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SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento

DERAL- Departamento de Economia Rural

SERICICULTURA Dezembro 2014 1

Introdução A seda é altamente considerada entre as fibras têxteis devido seus atributos

únicas em caimento, brilho, leveza e resistência além de caraterísticas químicas e físicas como, pH neutro, elasticidade, ausência de eletricidade estática, alta capacidade de absorção que a torna de uso confortável como tecido e também pode ser para fins eletrônicos, aeronáuticos e na medicina. A seda é considerada como uma fibra ecológica por ser obtida a partir dos casulos de bicho-da-seda produzidos por tecnologias amigas do ambiente que envolve pequenas quantidades de fertilizantes e praticamente sem inseticidas. A produção de seda corresponde a menos de 0,2% dentre as fibras têxteis e devido a falta de informações é difícil de se ter dados precisos. A sericicultura é uma alternativa de geração de renda para muitos produtores do meio rural e está presente em cerca de 40 países, no entanto nas últimas décadas a produção de fios de seda e a indústria têxtil a ela vinculada vem apresentando declínio. Entre os muitos fatores podem ser citados a alta demanda por mão-de-obra na atividade que hoje compete com outros postos de trabalho que exigem menos esforço físico; a redução da demanda por artigos de seda tanto em peças de roupas como artigos de decoração, as cortinas, tecidos para estofados, almofadas devido a crise mundial que se atingiu Europa e Estados Unidos com início em 2008; a presença da China como maior produtor de casulos e de seda por preços mais baixos devido a disponibilidade de mãode-obra mais barata, tem grande variedade de tecnologias e importantes subsídios que tornam seus preços mais competitivos no mercado mundial. O presente trabalho teve como objetivo analisar a conjuntura da sericicultura apresentando os dados referentes aos casulos do bicho-da-seda e de seda crua no mundo, Brasil e Paraná, produção, importação e exportação no período de 2008 a 2012. O Brasil é o único produtor de fio de seda em escala comercial no Ocidente.

a.

Responsável Eng Agrônoma Gianna Maria Cirio e-mail: [email protected]

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Conjuntura Mundial – Produção e Comércio: Importação e Exportação de

Casulos do Bicho-da-seda e de Seda crua. Em relação a produção mundial de casulos de bicho-da-seda em 2012, dos 40 países produtores, os cinco principais foram: China, Índia, Uzbequistão, Brasil, Tailândia, República Islâmica do Irã e Vietnã. A China e a Índia produziram 65 e 26%, respectivamente e somam mais de 90% sendo também tradicionais consumidores. No Gráfico 1. podemos acompanhar a produção mundial de casulos do bicho-daseda o qual se manteve estável no período entre 2010 a 2012. Considerando informações da FAOSTAT, em termos de produção média mundial de casulos de bicho-da-seda no período entre 1992 e 2012, foi produzido 97% na Ásia 2,5 % nas Américas, 0,2% na Europa e não houve produção na Africa. Gráfico 1. Produção mundial de casulos do bicho-da-seda, em t, 2007 a 2012. 570.000 565.000

563.960

563.517

563.499

2010

2011

2012

toneladas

560.000 555.000 550.000 545.000

542.746

540.813

540.000 535.000 530.000 ano

530.475 2007

2008

2009

Fonte: FAOSTAT, 2014.

Em relação a produção média mundial de fios de seda entre 1992 e 2012, a concentração foi nas regiões da Ásia com 95%, Europa com 3,3%, nas Américas com 1,3% e sem produção na Africa (FAOSTAT). Em relação à produção de seda crua em 2012 o principais países produtores foram: China, Índia, Vietnã, Romênia, Tailândia de um total de 24 países (Tabela 1) com predominância da produção pela China e Índia e equivalente a 78 e 13% do global. a.

Responsável Eng Agrônoma Gianna Maria Cirio e-mail: [email protected]

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SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento

DERAL- Departamento de Economia Rural Tabela 1. Países produtores de seda crua, em t, 2007 a 2012. PAISES

2007

2008

2009

2010

2011

2012

China

125.001

126.001

126.001

126.001

126.001

126.001

Índia

18.475

18.320

18.370

19.690

19.690

20.410

Vietnã

10.110

7.746

7.367

7.367

7.367

7.517

Romênia

2.100

2.100

2.100

2.100

2.100

2.100

Tailândia

1.600

1.600

1.600

1.600

1.600

1.600

Usbequistão

1.200

1.200

1.200

1.200

1.200

1.200

900

900

900

900

900

900

República Islâmica do Irã Brasil

1.300

1.000

800

600

600

500

República Dem. Pop. Coreia

350

350

400

400

400

400

Japão

105

105

105

105

105

280

5.048

5.048

5.053

5.053

753

753

166.189

164.370

163.896

165.016

160.716

161.661

Outros (14 países) TOTAL Fonte: FAOSTAT, 2014.

Considerando o comércio mundial, a importação de casulos de bicho-da-seda em 2011, foi feita principalmente pela Nigéria (40%) e também pela República Islâmica do Irã (16%), Tailândia (12%) e a China (7%). A importação de casulos se reduziu de 2008 a 2011 (20%) (Tabela 2). Tabela 2. Países importadores de casulos de bicho-da-seda, em t, 2007 a 2011. PAISES

2007

2008

2009

2010

2011

República Islâmica do Irã

121

141

141

55

75

Tailândia

2

535

23

56

53

China

64

57

416

134

30

Indonésia

16

835

804

11

23

182

182

182

182

Nigéria França

6

5

7

8

10

Japão

14

4

10

13

4

Outros (33 países)

344

593

34

85

80

TOTAL

567

2.352

1.617

544

457

Fonte: FAOSTAT, 2014.

Em relação a importação de seda crua foi feita principalmente pela Índia (36%) e menor pela Romênia (13%) em 2011 (Tabela 3).

a.

Responsável Eng Agrônoma Gianna Maria Cirio e-mail: [email protected]

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SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento

DERAL- Departamento de Economia Rural Tabela 3. Países importadores de fios de seda, em t, 2007 a 2011. PAISES

2007

2008

2009

2010

2011

Índia

7.922

8,392

7.338

4.525

5.597

Romênia

1.254

1.621

551

774

1.989

Itália

1.463

1.040

501

698

711

Vietnã

495

678

411

723

635

Japão

791

932

733

737

563

República da Coreia

989

724

656

645

533

Turquia

130

97

55

92

114

Alemanha

98

90

65

101

114

França

150

191

111

109

110

Bangladesh

209

193

401

167

108

Outros (14 países)

6.345

6.326

5.535

5.299

4.968

TOTAL

19.845

20.284

16.357

13.870

15.442

Fonte: FAOSTAT, 2014.

O Uzbequistão exportou 40% dos casulos do bicho-da-seda em 2011 e Estados Unidos e Reino Unido importaram 17% cada (Tabela 4). Tabela 4. Países exportadores de casulos de bicho-da-seda, em t, 2007 a 2011. PAISES

2007

2008

2009

2010

2011

Usbequistão

289

300

220

164

164

Estados Unidos da América

22

29

33

44

71

China

80

29

30

42

54

Bélgica

36

110

8

30

4

Reino Unido

24

73

60

Austrália

224

Outros (27 países)

150

52

14

22

48

TOTAL

830

609

389

1.207

411

68 894

Fonte: FAOSTAT, 2014.

Quanto a exportação de seda crua em 2010, 80% foi pela China em relação aos vinte principais países exportadores. Esta operação reduziu-se no período de 2007 a 2011 em cerca de 33% (Tabela 5).

a.

Responsável Eng Agrônoma Gianna Maria Cirio e-mail: [email protected]

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DERAL- Departamento de Economia Rural Tabela 5. Países exportadores de fios de bicho-da-seda, em t, 2007 a 2010. PAISES

2007

2008

2009

2010

China

13.756

13.431

9.227

8.509

Itália

602

240

197

489

Romênia

140

217

144

381

Emirados Árabes Unidos

271

79

81

357

Alemanha

68

66

183

183

República Dem. Pop. Da Coreia

277

183

147

115

Usbequistão

211

203

313

94

Índia

139

64

54

57

Estados Unidos da América

93

137

137

36

Brasil

18

187

158

35

Outros (10 países)

92

93

215

135

15.667

14.900

10.856

10.391

TOTAL Fonte: FAOSTAT, 2014.

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Conjuntura Brasileira - Produção e Comércio: Importação e Exportação de

Casulos do Bicho-da-seda e de Seda crua. Os principais países produtores da seda e de seus produtos foram os mais atingidos pela crise econômica de 2008 entre eles os países europeus, Japão e EUA e como a produção brasileira de casulos e fios é voltada para o mercado externo a exportação foi afetada. Em relação a produção brasileira de casulos do bicho-da-seda, no período de 2007 a 2012 verificou-se redução em 60% e como fatores importantes podem ser citados os custos de produção e os baixos preços fazendo a produção oscilar. Em 2012 o Brasil produziu cerca de 0,5% do total mundial de casulos equivalente a 3,2 mil t e passou da 4 a. para a 6a. posição no período entre 2007 e 2012 sendo superado pelas produções do Irã e Tailândia (Tabela 1). A produção de seda crua foi cerca de 0,3% do total (equivalente a 500 t), ficando em 8o. lugar no ranking mundial em 2012. Esta produção veio se reduzindo ano a ano e comparando os anos de 2008 e 2012 passou de 1 mil t para 500 t que representa queda de 50%.

a.

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SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento

DERAL- Departamento de Economia Rural Tabela 6. Produção de casulos de bicho-da-seda, por estado, no Brasil, em t, 2007 a 2013. 2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Casulos do bicho-da-seda

Qtd (t)

Valor (R$1000

Qtd (t)

Valor (R$1000

Qtd (t)

Valor (R$1000

Qtd (t)

Valor (R$1000

Qtd (t)

Valor (R$1000

Qtd (t)

Valor (R$1000

Qtd (t)

Valor (R$1000

Paraná

7.374

43.160

5.562

33.334

4.444

29.648

3.178

22.627

2.933

26.161

2.732

25.288

2.397

25.201

450

2.923

320

2.081

314

2.287

334

2.361

186

1.572

155

1.673

164

1.979

São Paulo Santa Catarina

1

1

1

1

1

4

0

1

0

0

0

0

0

0

Mato Grosso do Sul

380

2.046

280

1.558

195

1.260

138

947

100

883

0

887

82

854

8.205

48.133

6.162

36.974

4.954

33.199

3.651

25.936

3.219

28.616

2.987

27.848

2.643

28.034

Brasil

Fonte : IBGE , 2007 a 2011, SEAB/DERAL/BRATAC, 2012 e 2013

Em relação ao comércio, o Brasil não importa casulos verdes e quanto a de seda crua em 2011 foi importado 67 t, aparecendo em 10 o. lugar na relação dos 20 maiores importadores mundiais, a participação do Brasil neste segmento foi menor que 0,50% entre 2007 e 2011. Quanto a exportação brasileira de produtos de seda, esta pode ser dividida em Casulos de Bicho-da-seda, Seda Crua (não fiada), Desperdícios de Seda e outros e Fios de Seda e Desperdícios (Tabela 7). A exportação de casulos do bicho-da-seda e também seda crua (não fiada) veio reduzindo entre 2007 e 2013 o Brasil exportou principalmente Desperdícios de Seda e Outros (entre 9 e 17%) e Fios e Desperdícios de Seda (entre 81 e 90%). Tabela 7. Exportação brasileira de produtos da seda em US$ FOB e em peso líquido (t), 2007 a 2013. Produtos de seda

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

US$ FOB

Peso liquido (t)

US$ FOB

Peso liquido (t)

US$ FOB

Peso liquido (t)

US$ FOB

Peso liquido (t)

US$ FOB

Peso liquid o (t)

US$ FOB

Peso liquido (t)

US$ FOB

Peso liquido (t)

Casulos de bicho-da-seda

501.600

72

0

0

0

0

7.735

1

561

0

134

0

0

0

Seda crua (não fiada)

511.588

18

359.749

13

184.274

8

172.666

6

0

0

0

0

0

0

Desperdícios de seda e outros

949.723

195

641.407

126

363.232

86

841.958

129

703.990

96

441.449

54

832.979

82

33.941.935

1.212

32.169.107

1.023

25.975.619

892

33.669.292

827

32.549.712

510

30.809.982

433

35.239.447

433

35.904.846

1.497

33.170.263

1.163

26.523.125

986

34.691.651

963

33.254.263

606

31.251.565

487

36.072.426

515

Fios de seda e desperdícios

Brasil Fonte: MDIC

a.

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DERAL- Departamento de Economia Rural Em relação a comercialização dos produtos de seda existem diferenças nos preços que se devem ao valor agregado. Os Desperdícios de seda e outros receberam menos de 10% do valor comparando com Fios de seda e desperdícios, ou seja enquanto o quilo do primeiro recebeu US$ 7,30, o segundo recebeu US$ 63,82 (2011), US$ 8,19 e 71,09 (2012) e US$ 10,16 e 81,40 (2013). O Brasil comercializou principalmente fios de seda. Gráfico 1. Preços recebidos no Brasil, em US$/kg por Desperdícios de seda e outros e pelos Fios de seda e desperdícios, período entre 2007 a 2013. 90,00

81,40

Preços em US$/kg

80,00

71,09 63,82

70,00 60,00 50,00

40,71

40,00

27,99

31,43

29,14

5,10

4,22

6,53

7,30

8,19

10,16

2008

2009

2010

2011

2012

2013

30,00 20,00

10,004,88 0,00

2007

DESPERDICIOS DE SEDA E OUTROS

FIOS DE SEDA E DESPERDICIOS

Fonte : MDIC/2014.

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Conjuntura Paranaense - Produção e Comércio. Na safra 2013/14, o Brasil produziu 2,6 mil t de casulos verdes sendo 90% (2,2 mil

t) pelo Paraná que foi o maior produtor nacional (Tabela 6). A sericicultura esteve presente nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e em Santa Catarina até o ano de 2010. Entre 2007 e 2013 a produção total brasileira reduziu próximo a 68%. O estado de São Paulo reduziu sua participação na produção devido aos baixos preços praticados na época de 2011. A queda na demanda mundial após 2008, por produtos de seda, reduziu o número de sericicultores, de áreas com amoreira e de barracões ativos. No Paraná a maior a.

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SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento

DERAL- Departamento de Economia Rural produção obtida de casulos de bicho-da-seda foi na safra de 2006/07 equivalente a 7,8 mil t e em 2007/08 a área plantada com amoreira chegou a 14,8 mil ha (Tabela 10). Na safra 2013/14 a sericicultura esteve presente em 181 municípios, com aproximadamente 1.900 sericicultores, numa área de amoreiras de 3.974 ha. A produção obtida foi 2,2 t, representando em relação a safra anterior uma redução de 4% (em produtores, municípios e produção) enquanto que a área reduziu em 11%, onde se infere aumento na produtividade. Em relação a participação da sericicultura no Valor Bruto da Produção (VBP) nos municípios a comercialização de casulos verdes representaram entre 0,05 a 0,08% do total; em 2007 este valor chegou a 0,14% e na safra de 2012/13 representou 0,05% e R$ 28,5 milhões (Tabela 8). Tabela 8. Histórico da sericicultura no Paraná, safras 2006/07 a 2013/14. No. de municípios o.

N de sericicultores N

o.

2006/07

2007/08

2008/09

2009/10

2010/11

2011/12

2012/13

2013/14

239

229

219

216

204

191

188

181

6.749

5.889

4.524

3.947

2.759

2.240

1.985

1.902

de barracões

7.122

6.468

5.002

4.338

3.072

2.667

2.210

2.141

Área de amoreira (ha)

13.645

14.799

11.464

10.067

7.049

5.750

4.523

3.974

Área média/produtor (ha)

2,02

2,51

2,53

2,55

2,55

2,40

2,23

2,09

Casulos verdes (t)

7.645

5.708

4.456

4.099

2.811

2.445

2.326

2.217

Produção média-kg/produtor

1.133

969

985

1.039

1.019

1.092

1.172

1.166

Produtividade média (kg/ha)

560

386

389

407

399

442

523

558

Rendimento de lagartas (kg/g)

2,84

2,95

2,87

3,14

2,39

3,68

3,73

% de casulos de 1a.

95,22

95,79

95,17

94,99

95,54

96,53

96,10

Preço médio (R$/kg casulos)

6,05

5,76

6,64

6,83

8,79

10,89

12,83

46.280,60

32.869,65

29.599,54

27.993,82

23.855,66

27.604,56

28.504,94

88,72

91,09

92,17

92,34

91,98

98,36

89,08

V.B. Da Produção (R$1.000,00) Participação do Paraná (%)

15,22

86,43

Fonte : IBGE, SEAB/DERAL, BRATAC - Elaboração SEAB/DERAL

3.1

Principais municípios produtores no Paraná – Safra 2013/14. Considerando os 20 municípios maiores produtores de casulos verdes no Paraná a

estes se atribui mais de 57% da produção que representa perto de 1,3 mil t numa área de 2,3 mil ha de amoreiras (Tabela 9). O município de Nova Esperança produz perto de 25%, 322 t de casulos (dentro destes 20 municípios).

a.

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8

SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento

DERAL- Departamento de Economia Rural Quanto a produtividade, a média no estado é 0,560 t/ha e no município de Palmital foi 0,840 t/ha que corresponde a perto de 50% mais que a média do estado; outros municípios que se destacaram em produtividade foram Tuneiras do Oeste, Mandaguaçu e Guaraniaçu conforme pode ser verificado na Tabela 9. Tabela 9. Municípios paranaenses maiores produtores de casulos verdes, safra 2013/14. Núcleo Regional da SEAB

Municípios

No. Criadores

No. Barracões

Área de amoreiras (ha)

Produção Produtivid de casulos ade (t/ha) verdes (t)

Maringá

Nova Esperança

180

265

632

322

0,509

Paranavaí

Alto Paraná

66

67

211

101

0,478

Maringá

Astorga

55

64

150

97

0,647

Laranjeiras do Sul

Diamante do Sul

87

88

132

84,3

0,639

Ivaiporã

Cândido de Abreu

101

102

175

81

0,463

Cascavel

Boa Vista da Aparecida

41

43

82

52

0,637

Umuarama

Altônia

38

41

65

46

0,719

Paranavaí

Cruzeiro do Sul

43

96

91

44

0,489

Cianorte

Tuneiras do Oeste

25

26

57

42,4

0,741

Ivaiporã

Jardim Alegre

32

42

69

42

0,608

Maringá

Mandaguaçu

24

28

56

41,3

0,734

Cianorte

Indianópolis

30

37

60

40

0,669

Guarapuava

Palmital

37

37

44

37

0,840

Jacarezinho

Wenceslau Braz

48

52

65

36

0,557

Umuarama

São Jorge do Patrocínio

24

25

57

35,6

0,630

Jacarezinho

Curiúva

34

37

58

35

0,602

Laranjeiras do Sul

Guaraniaçu

33

36

49

35

0,708

Campo Mourão

Iretama

31

37

60

33

0,547

Cianorte

Rondon

17

27

92

33

0,359

Apucarana

Arapongas

37

25

53

31

0,588

983

1.175

2.258

1.270

0,562

TOTAL Fonte : SEAB/VBP- 2013 – Elaboração SEAB/DERAL

3.2

Vale Da Seda O Vale da Seda (vide Figura 1) é região a noroeste do Paraná, delimitada pela

bacia hidrográfica do Rio Pirapó e onde mais se produz casulos de bicho-da-seda no ocidente. Nela estão localizados os 29 municípios (Tabela 10): Apucarana, Arapongas, Astorga, Atalaia, Cambira, Colorado, Cruzeiro do Sul, Flórida, Guaraci, Iguaraçu, Itaguajé, Jaguapitã, Jandaia do Sul, Jardim Olinda, Lobato, Mandaguaçu, Mandaguari, Marialva,

a.

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9

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DERAL- Departamento de Economia Rural Maringá, Munhoz de Melo, Nossa Senhora das Graças, Nova Esperança, Paranacity, Paranapoema, Presidente Castelo Branco, Rolândia, Sabáudia, Santa Fé e Uniflor. Tabela 10. Vale da Seda, resumo dos municípios, safra 2013/14. Núcleo Regional da SEAB

Municípios

No. Criadores

No. Barracões

Área de amoreiras (ha)

Produção de casulos verdes (t)

Produtividad e (t/ha)

Maringá

Nova Esperança

180

265

632

322

0,509

Maringá

Astorga

55

64

150

97

0,647

Paranavaí

Cruzeiro do Sul

43

96

91

44

0,489

Maringá

Mandaguaçu

24

28

56

41,3

0,734

Apucarana

Arapongas

37

25

53

31

0,588

Maringá

Atalaia

15

20

35,55

20,5

0,579

Maringá

Uniflor

5

12

30,88

14,4

0,467

Londrina

Jaguapitã

4

4

18,70

11,2

0,602

Paranavaí

Paranacity

9

9

11,57

7,2

0,622

Maringá

Presidente Castelo Branco

4

7

13,70

6,9

0,506

Maringá

Nossa Senhora das Graças

5

5

12,00

6,3

0,527

Apucarana

Apucarana

8

6

16,40

5,7

0,350

ngá

Colorado

4

4

8,60

4,7

0,553

Maringá

Munhoz de Melo

4

4

7,87

4,2

0,532

Paranavaí

Jardim Olinda

3

3

6,12

3,8

0,631

Maringá

Maringá

2

5

7,16

3,3

0,461

Londrina

Guaraci

3

3

8,19

2,4

0,302

Londrina

Rolândia

2

2

5,50

2,1

0,393

Apucarana

Sabáudia

3

3

2,40

1,5

0,614

Maringá

Itaguajé

1

2

6,05

1,1

0,188

Maringá

Angulo

2

2

2,32

0,985

0,425

Apucarana

Jandaia do Sul

1

1

1,60

0,985

0,241

Apucarana

Cambira

1

1

0,30

0,218

0,728

415

571

1.177

633.2156

0,557

TOTAL – VALE DA SEDA Fonte: SEAB/DERAL

Na safra 2012/13 dos 29 municípios, a produção de casulos do bicho-da-seda foi em 23 deles e correspondeu a 13% do total do estado. Em relação aos sericicultores, número de barracões e área de amoreiras, o Vale da Seda representa 22, 27 e 31% do total e a produção em t corresponde a 29%. Não estão sendo produzidos casulos nos municípios de Flórida, Iguaraçu, Lobato, Mandaguari, Marialva e Santa Fé.

a.

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10

SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento

DERAL- Departamento de Economia Rural Figura 1. Vale da Seda.

Fonte : valedaseda.com.br

4.1.3 SAFRA 2013/14 A safra 2013/14 refletiu os efeitos dos diferentes eventos climáticos ocorridos no período como uma forte geada em 28 de agosto de 2013, que atingiu as brotações iniciais das amoreiras, as secas no mês de fevereiro de 2014 que afetaram o desenvolvimento das plantas e produção de massa verde para o consumo do bicho-da-seda assim como período prolongado de frio em maio de 2014, estes eventos embora localizados podem ter contribuído para a redução na produção final. 4.2

COMERCIALIZAÇÃO PARANÁ

4.2.1 EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS DA SEDA PARANÁ O Brasil exportou Fios e Desperdícios de Seda (Tabela 11) em que o Paraná contribuiu em 2010 com 62% e em 2011 com 85%. a.

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DERAL- Departamento de Economia Rural Tabela 11. Exportação paranaense de produtos da seda em US$ FOB (1.000,00) e em peso líquido (t), 2007 a 2013. 2010 US$ FOB

EXPORTAÇÃO

2011

2012

2013

Peso Liquido (kg)

US$ FOB

Peso Liquido (kg)

US$ FOB

Peso Liquido (kg)

US$ FOB

Peso Liquido (kg)

Desperdícios de seda, não cardados, não penteados

PR

626.954

96.468

689.898

96.119

408.981

52.474

832.913

82.023

BR

840.881

129.028

689.898

96.119

408.981

52.474

832.913

82.023

Fios de seda

PR

16.965.797

395.584

27.399.967

428.908

30.657.899

430.932

35.230.835

432.825

BR

33.312.449

775.371

32.549.712

510.058

30.657.899

430.932

35.230.835

432.825

PR

356.843

51.680

0

0

151.213

2.412

8,612

94

BR

356.843

51.680

0

0

151.213

2.412

8,612

94

17.957.329

544.390

28.089.880

525.028

31.218.093

485.818

36.072.426

514.942

34.691.651

962.742

33.254.263

606.440

31.251.565

487.245

36.072.426

514.942

Fios de desperdícios de seda

TOTAL DE PR PRODUTOS DE BR SEDA Fonte : Aliceweb, 2014

Outras exportações como de casulos de bicho-da-seda e seda crua, outros desperdícios de seda e fios de seda/ seus desperdícios, pêlo messina, retalhos reduziram a partir de 2010 e em 2013 não mais foram comercializados. 4.2.2

PREÇOS E CUSTOS NO PARANÁ Os preços médios nominais de 2014 ficou em R$ 15,22 por quilo de casulo (Gráfico

2). Considerando as médias dos anos de 2010 a 2013, estas foram R$ 7,04; R$ 9,12; R$ 10,84 e R$ 13,00 respectivamente. Comparando as médias entre os anos 2010 e 2011, 2011 a 2012, 2012 e 2013 e 2013 e 2014, os preços por quilo de casulos tiveram altas que representaram cerca de 30%, 19%, 20% e 17%. Considerando o custo de produção estimado da seda, para uma produtividade média de 624 kg/ha de amoreira, cerca de 68% dos custos da lavoura são para a contratação de mão de obra temporária e 4% para compra de fertilizantes. A adoção de tecnologias tais como mecanização do corte de amoreira, de sistemas de roldanas para elevação de bosques acopladas em tratores, novas maquinas peladeiras de casulos que podem aumentar a eficiência do trabalho reduzindo o trabalho braçal.

a.

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DERAL- Departamento de Economia Rural Gráfico 2. Preços pagos ao produtor, por kg de casulos de primeira em R$, janeiro/2010 a dezembro/2014. 18,00

R$ 1,00

15,76 15,79 16,1 15,71 15,41 15,09 15,22 14,66 14,78 14,92 15,15 16,00 14,02 14,00 12,00 10,00 8,00 6,00 JAN

FEV

MAR ABR

2010

2011

MAI

JUN

JUL

2012

AGO SET 2013

OUT NOV

DEZ

2014

Fonte: SEAB/DEB

5 CONSIDERAÇÕES A criação do bicho-da-seda com o objetivo da exploração comercial dos casulos é influenciada por vários fatores, em sua maioria variáveis não controláveis e imprevisíveis, tais como as condições climáticas, a oscilação econômica, a cotação do dólar, dentre outras que podem tornar a atividade um risco potencial constante de prejuízos aos pequenos produtores. A atividade tem como limitação a impossibilidade de uso de tecnologia ao longo de todo o processo produtivo, em virtude da produção dos casulos ser muito delicada. Por outro lado, esta produção é que garante a renda, durante grande parte do ano e permite a absorção da mão-de-obra livre de outras atividades, contribuindo, deste modo, para a fixação em seus locais de origem, nas regiões rurais. Como características para a produção de casulos do bicho-da-seda podem ser citados: a exigência de disciplina rigorosa, até mesmo aprendido por tradição através de gerações e deve ser considerado que a cadeia de produção é altamente específica no que diz respeito ao treinamento e capacitação de mão de obra e equipamentos exclusivos da sericicultura que não tem valor se destinados a outras atividades.

a.

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DERAL- Departamento de Economia Rural A especificidade citada dificulta a entrada de novos participantes devido a necessidade de capacitação de recursos humanos e que somada a barreiras relativas ao acesso a clientes e a necessidade de economia de escala para que ocorra a viabilidade econômica da cadeia produtiva como um todo. A sericicultura apresenta algumas vantagens: baixo risco, uso de pequenas áreas, pouco capital de giro, voltada para o mercado internacional, considerada correta, limpa, viavelmente econômica e justa. Os criadores tem garantia de venda porque a atividade é mantida pelo sistema de integração com a indústria que fornece as larvas e mudas de amoreiras e adquire os casulos, com pagamento à vista. AMERICA LATINA A produção mundial é dominada pela Ásia e o Brasil é um dos países que produz na América Latina muito embora tenham acontecidos diversas iniciativas governamentais para introduzir a sericicultura como alternativa econômica em pequenas propriedades rurais. Em 2001 foi constituída na América Latina, a Rede Andina de La Seda, hoje conhecida como Rede Latino-americana de La Seda com o objetivo de promover sinergias locais e regionais que permitissem a cooperação entre os países latinoamericanos que se transformassem em ações concretas para o desenvolvimento sustentável da sericicultura, fizeram parte da rede a Argentina, Bolívia, Colômbia, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru, Venezuela e Brasil. No ano de 2010 a sericicultura estava presente na Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Cuba e Guatemala com cerca de 306 sericicultores e produção de 6,5 mil t de casulos da qual a Colômbia foi responsável por 79% desta produção (5,2 mil t). Atualmente ainda permanecem na atividade produtores do Brasil, Colômbia, México, Paraguai e Peru e isto se deve ao alto grau de especificidade da produção de casulos de bicho-da-seda que fizeram que as iniciativas governamentais dos países da América Latina para incentivar a produção com alternativa econômica para pequenas propriedades rurais não tivessem os resultados esperados.

a.

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DERAL- Departamento de Economia Rural BRASIL E PARANÁ A sericicultura no Brasil gera um emprego direto para cada hectare plantado, ou seja perto de 4.000 ha e igual quantidade de empregos diretos. A produção brasileira de fios de seda é voltada para a exportação, principalmente para países do continente asiático e europeus, como Japão, França e Itália. Além do Paraná a sericicultura é encontrada com menor expressão nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A sericicultura veio para o estado do Paraná no final da década dos 50, teve seu auge nas décadas de 70 e 80 e permanece até os dias de hoje. Como dificuldades da atividade por ser indicado que o exercício da mesma é pelos mesmos sericicultores que estão envelhecendo. Os jovens do meio rural não sentem atração para permanecer no meio rural e na atividade preferindo mudar-se para centros urbanos onde frequentam escolas e encontram outros postos de trabalho. Outro fator a considerar é a redução de mão-de-obra disponível para a sericiultura pela concorrência com outras atividades como: colheita de café, corte de cana-de-açúcar e também em abatedouros de aves em determinados municípios. E ainda podemos citar que a atividade é exercida em 8 a 9 meses com um período de entressafra de 3 a 4 meses nos quais o produtor fica sem renda. A sericicultura está mais concentrada no Noroeste do Paraná com presença de recursos humanos, técnicos e materiais e a otimização destes recursos pode fortalecer o desenvolvimento regional sustentável. A produção de casulos de bicho-da-seda tem como suporte uma indústria de fiação muito bem posicionada no mercado internacional do fio de seda (BRATAC) e que está trabalhando com capacidade ociosa devido a redução da produção de casulos de bichoda-seda enquanto que a demanda pelo fio no mercado internacional permanece aquecida. a.

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DERAL- Departamento de Economia Rural Fazem parte desta atividade diferentes segmentos como a empresa O Casulo Feliz que aproveita de casulos impróprios para a fiação (casulos defeituosos). Em 2009 a Incubadora Tecnológica de Maringá propôs o Projeto Vale da Seda que dá enfase ao desenvolvimento regional sustentável e possibilitou a criação da Cooperativa dos Produtores de Artesanato em Seda (Copraseda l) formada por 36 mulheres moradoras da área rural de Nova Esperança que produzem cachecóis e outros artigos artesanais em seda para a rede de comércio justo Artisans Du Monde da França pela Artisans Brasil. Também dentro da mesma cadeia estão as pesquisas da Universidade Estadual de Maringá (UEM), UNIOESTE, UPDG do Paraná, UNESP de São Paulo na área de desenvolvimento de híbridos de bicho-da-seda e o IAPAR na pesquisa de amoreiras. Em relação as pesquisas com híbridos de bicho-da-seda, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) e a Empresa Seda y Fibras do Paraguai que firmaram convênio em 2011 para a manutenção do banco de germoplasma e também para o desenvolvimento de programa de melhoria das raças e híbridos pertencentes a UEM e também pesquisa para o desenvolvimento de híbridos com maior rusticidade. A BRATAC Indústria de Fiação no Brasil é uma empresa de capital 100% brasileiro, é a única fiação em operação no Brasil, que trabalha com fios de qualidade o ano todo, diferentemente da China ou outros mercados, sua principal meta é manter esta qualidade e ainda aumentar a produtividade por agricultor e com isso atender os mercados mais exigentes. CONSIDERAÇÕES A sericicultura exige uma disciplina rigorosa aprendida por tradição através de gerações e no Paraná estes sericicultores ainda permanecem na atividade e a produção de fios de seda de alta qualidade é exportados para países como França, Itália e Japão. A partir da safra 2011/12 houve um aquecimento do mercado internacional do fio da seda o que melhorou os preços pagos aos produtores por quilo de casulos de primeira e as perspectivas para o setor continuam otimistas. a.

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DERAL- Departamento de Economia Rural A SEAB investiu nas Patrulhas Sericícolas como parte do Programa da Modernização da Sericicultura e este é constituído por um conjunto de equipamentos que inclui trator, carreta, roçadeira, distribuidor de calcário, subsolador, corrente e máquinas de retirar casulo que já foram entregues para grupos de produtores dos municípios de Alto Paraná, Altônia, Astorga, Diamante do Sul, Godoy Moreira, Guaraniaçu, Nova Esperança, Terra Boa, Tuneiras do Oeste e Wenceslau Braz. Os técnicos da EMATER estão trabalhando em conjunto com os da BRATAC visando desenvolver melhorias no segmento sericícola e foram implantadas 18 Unidades de Referência em diferentes localidades do estado. A EMATER realizou experimentos na região do município de Nova Esperança, junto aos produtores e obtiveram rendimentos de até 1,3 t/ha de casulos quando a média do estado fica em 0,5 t/ha. A deriva de agrotóxicos, um dos grandes entraves da atividade, ainda ocorre e estão sendo atendidas pela ADAPAR atuante principalmente nos núcleos regionais de Paranavaí e Maringá com registros das ocorrências. Nos municípios de Mandaguaçu e Nova Esperança estão redigindo Lei Orgânica que restringe a pulverização aérea com agrotóxicos em suas extensões. A BRATAC, Indústria de Fiação no Brasil está trabalhando com cerca de 2/3 de sua capacidade enquanto a demanda pelo fio da seda no mercado internacional permanece aquecida para a produção brasileira de fios de qualidade e para atingir uma maior eficiência está promovendo projetos visando aumentar a área de amoreiras e produção por sericicultor. Na atual conjuntura os sericicultores se encontram otimistas e investindo em tratores para mecanizar partes do processo produtivo e assim reduzir a dependência e necessidade de mão-de-obra e também reativando barracões com novos sericicultores entrando na atividade. O 32o Encontro de Sericicultores realizado em 2014 em Mandaguaçu contou com a presença mais de 1100 produtores de 45 municípios do estado.

a.

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DERAL- Departamento de Economia Rural CONCLUSÕES A sericicultura no Brasil e Paraná enfrentou dificuldades devido a crise que atingiu outros países produtores em 2008 mas atualmente vem se estabilizando com mudanças e com o apoio da empresa BRATAC ativa e atuante. A atividade no Paraná ocupa cerca de 2000 sericicultores e uma área de 4000 ha e o objetivo é atender demanda especifica de mercados exigentes em fios de seda de alta qualidade. A sericicultura vem se modernizando e adotando inovações de modo a reduzir a dependência de mão-de-obra visto que está está sendo disputada por outras atividades. O Vale da Seda, situada a noroeste do estado do Paraná é a região que mais produz casulo de bicho-da-seda em todo o Ocidente.

a.

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