SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento
DERAL - Departamento de Economia Rural Produtos Florestais - Erva-mate Setembro de 2013 A erva-mate é o principal produto florestal não madeirável em ordem de valor do grupo dos produtos florestais. Em 2012 ela representou 5% (178,5 milhões) do VBP florestal que foi R$ 3,5 bilhões. De 2011 para 2012 o VBP apresentou crescimento de 22% puxado pelo aumento de 12% no preço no período. Fato que foi o motivador de famílias ervateiras a manejarem seus antigos ervais, com isso vimos um aumento de 9% em volume produzido em 2012.
400
9,0
350
8,5
300
8,0
250
7,5
200
7,0
150
6,5
100
6,0
50
5,5
0
Preço
Figura 01. Valor bruto da produção da erva-mate do Paraná (milhões de reais ,deflacionado pelo IGP-DI).
5,0 2011 VBP (milhões R$)
2012 (mil t)
Preço R$/@
FONTE: SEAB - DERAL, 2013.
A produção de erva-mate está presente em 151 municípios do Estado, e a
concentração está na região sul, sendo que os maiores produtores são: União da Vitória, Irati, Guarapuava, Ponta Grossa e Pato Branco respondem por 89% do VBP da erva-mate no Paraná, conforme figura 03. Os maiores municípios produtores em 2012 foram: Cruz Machado, São Mateus do Sul, Bituruna, Paula Freitas, General Carneiro, Inácio Martins, Prudentópolis. Juntos responderam por 60% da renda gerada pela cultura no Estado. Para esses municípios a representação no seu VBP Agrícola total somente pela erva-mate foi respectivamente: 12%, 9%, 9%, 11,%, 5%, 5%, 2%,
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DERAL - Departamento de Economia Rural Figura 02. Participação no VBP da erva-mate por núcleo regional da SEAB. O u tro s 11% P a to B r a n c o 4% P o n ta Gros s a 5% Gua ra pua va 11%
U n iã o d a V it ó r ia 57%
Ir a t i 12%
FONTE: SEAB/DERAL, 2013.
Figura 03. Localização da produção de 2011 da Erva-mate no Paraná.
FONTE: SEAB- DERAL/DEB, 2012.
Em 2012, a produção da Erva-mate chegou a 337,4 mil toneladas e desde 2000, segue uma trajetória estável na oferta. Cenário que pode mudar nos próximos anos devido ao atraente preço da erva-mate no último ano. A redução de 26% em área em dez anos (figura abaixo), destinada ao plantio de erva-mate e a redução de quantidade, foram os fatores determinantes do quadro atual de aumento representativo do preço do produto. Responsável: Engenheira Florestal Rosiane Cristina Dorneles Contato:
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DERAL - Departamento de Economia Rural Figura 04. Área destinada ao plantio de erva-mate (ha). 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000 0 2001
2002
2003 Brasil
2004
2005 PR
2006 SC
2007 RS
2008
2009
2010
2011
MS
Fonte: IBGE, 2012.
Desde o início da série, esse é o terceiro momento de aumento nos preços. Em 2001 a exportação de erva-mate cancheada passava por um período importante que foi de 1998 até 2005. No segundo momento, entre 2006 e 2007 observamos um grande aumento das exportações das preparações do mate. Em 2012 e 2013, novamente elevação nos preços, no entanto sem aumento na quantidade exportada. A maior parte da produção é destinada ao consumo interno, pois a erva-mate é utilizada não apenas para a indústria de bebidas, mas também para cosméticos entre outros.
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DERAL - Departamento de Economia Rural
400
9,0
350
8,5
300
8,0
250
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200
7,0
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100
6,0
50
5,5
0
Preço
Figura 05. Evolução do VBP deflacionado pelo IGP-DI, produção e preços de 1998 a 2012.
5,0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 VBP (milhões R$)
(mil t)
Preço R$/@
Fonte: IBGE, 2012.
Por um lado a produção apresentou-se estável nos últimos anos e do outro, possui um mercado consumidor estabelecido e inelástico, pois é um alimento com forte tradição de consumo. Esse descompasso fez com que o preço pago ao produtor aumentasse 100% em um ano e a perspectiva é de continuidade no aumento dos preços, pois a oferta é defasada em relação à demanda. Mesmo que haja novos plantios o produto levará em média seis anos até estar pronto para a colheita e comercialização em escala que possa equilibrar o mercado. Além dos atraentes preços, com a possibilidade aberta pelo novo Código Florestal que possibilita a recuperação e exploração econômica da Reserva Legal com espécies exóticas e nativas, faz da erva-mate uma espécie chave desse processo. As perspectivas são boas, no entanto é preciso estar claro ao produtor que mesmo a erva-mate sendo um negócio que se bem manejado pode trazer lucro, a liquidez pode demorar, diferente das culturas agrícolas com ciclos curtos. Os altos preços motivaram também a produção de mudas, vimos em 2006 o aumento da produção de mudas que se foram efetivamente plantadas no estado, na safra 2013/2014 veremos um aumento da oferta. É difícil estimar se esse cenário foi estabelecido porque os preços de 2006 até 2011 e fizeram com que muitos produtores Responsável: Engenheira Florestal Rosiane Cristina Dorneles Contato:
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DERAL - Departamento de Economia Rural redirecionassem suas áreas para outras culturas. Figura 06. Produção de erva-mate, produção de mudas e preço por arroba da erva no barranco.
400
7,50
300
6,75
Produção
6,00 250
5,25
200
4,50 3,75
150
3,00 2,25
100
Preços e Mudas
8,25
350
1,50
50
0,75
0
0,00 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
(mil t)
(milhões de mudas)
Preço R$/@
FONTE: SEAB/DERAL, 2013.
O preço da erva-mate em pé variou 62% em no varejo 40%. figura abaixo. Figura 07. Série histórica dos preços da (erva-mate em pé, barranco, indústria em R$/@, cancheada, beneficiada, palitos e no varejo em R$/kg), preços deflacionados pelo IGP-DI) 16,00 14,00 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 1998 1998 1999 1999 2000 2000 2001 2001 2002 2002 2003 2003 2004 2004 2005 2005 2006 2006 2007 2007 2008 2008 2009 2009 2010 2010 2011 2011 2012 2012 2013 2013
0,00
PÉ
BAR
IND
CAN
FONTE: SEAB - DERAL/DEB, (2013 até julho).
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BENE
PAL
VAR
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DERAL - Departamento de Economia Rural De janeiro a agosto de 2013, as exportações nacionais de erva-mate cancheada foram de 39,3 toneladas, em valor chegou a U$S 106,94 mil. Resultado em oito meses que equivale a 90% do valor movimentado e 48% do volume de 2012. Ainda que em 2013, o incremento no resultado seja expressivo, em comparação com o ano anterior, está longe do desempenho da década passada. Figura 08. Exportação nacional de erva-mate cancheada (código NCM 09030010). Mil US$ FOB
Toneladas
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
2013-jan-ago
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
0
1998
500
FONTE: MDIC/Aliceweb, 2013.
Já os outros tipos de mate (figura abaixo), seguem uma tendência estável em volume, com um incremento expressivo em valor e movimentam uma receita maior pelo valor agregado de seus produtos.
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DERAL - Departamento de Economia Rural Figura 09. Exportação nacional de outros tipos de mate (código NCM 09030090). 80,0
Milhões US$ FOB
Mil ton
70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0
FONTE: MDIC/Aliceweb, 2013.
Figura 10. Exportações pelo estado do Paraná de erva-mate cancheada. Mil US$ FOB Toneladas
1.000,0 900,0 800,0 700,0 600,0 500,0 400,0 300,0 200,0 100,0
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2012
2011
2010
2009
2008
2013-jan-ago
FONTE: MDIC/Aliceweb, 2013. *jan-ago.
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
0,0
2013 jan/ago
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
0,0
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Figura 11. Exportação pelo Paraná de outros tipos de mate (código NCM 09030090). 18.000
Mil US$ FOB
TONELA DA S
16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000
13 jan/ago
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
0
1998
2.000
Quadro 01. Destinos das exportações de erva-mate cancheada pelo Paraná. 2012 DESTINOS Japão Bolívia Itália TOTAL
U$S FOB 15.750 14.602 1.769 32.121
KG 3.000 13.500 1.000 17.500
2013 jan/ago FOB
KG
7.369
4.500
7.369
4.500
FONTE: MDIC/Aliceweb, 2013.
Em 2011 foi exportado 19 toneladas de erva cancheada, equivalente a aproximadamente 60 toneladas de erva verde. A produção nacional foi de 443,6 mil toneladas de erva verde (IBGE 2011). Na proporcionalidade, denota-se o expressivo consumo interno da produção nacional.
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