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DERAL - Secretaria da Agricultura e Abastecimento - Estado do Paraná

SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento DERAL - Departamento de Economia Rural Produtos Florestais Março de 2014 MUNDO Segundo...
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SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento

DERAL - Departamento de Economia Rural Produtos Florestais Março de 2014

MUNDO Segundo dados da FAO, a cobertura florestal mundial é de aproximadamente 4 bilhões de hectares. Desse valor, os países com maior cobertura são respectivamente, Rússia com 20%, Brasil com 13%, Canadá com 8%, Estados Unidos da América com 8% e China com 5%, juntos representam 53% quadro e figura abaixo. O ranking dos países com maior cobertura florestal é o mesmo dos países com maior área de florestas nativas, sendo Rússia com 22%, Brasil com 14%, Canadá com 9%, Estados Unidos da América com 8% e China também com 8%. Quadro 01. Cobertura florestal mundial em 2011. País

Área Florestal (milhões ha)

%

Área de Nativas (milhões ha)

%

Rússia

809

20%

792

22%

Brasil

519

13%

512

14%

Canada

310

8%

301

9%

EUA

304

8%

279

8%

China Fonte: FAO, 2012.

207

5%

130

4%

Para a área de florestas plantadas, a China possui a maior quantidade, com 29% do total, em seguida Estados Unidos da América com 10%, Rússia com 6%, Japão e Índia com 4% e Brasil com 3%, conforme quadro 02. Quadro 02. Área de florestas plantadas. País

Área Plantada (milhões ha)

%

China

77

29%

Estados Unidos da América

25

10%

Rússia

17

6%

Japão

10

4%

Índia

10

4%

Brasil

7

3%

FONTE: FAO, 2012.

Responsável: Engenheira Florestal Rosiane Cristina Dorneles Contato: [email protected] ; (41) 3313-4032

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DERAL - Departamento de Economia Rural Figura 01. Distribuição da cobertura florestal mundial em 2011.

FONTE: FAO, 2012.

BRASIL Segundo estimativas do Serviço Florestal Brasileiro a cobertura florestal do Brasil até 2012 era de 463 milhões de hectares, dos quais, 456,1 milhões de hectares são de florestas nativas o que representa 53,6% da área nacional e aproximadamente 7,2 milhões de hectares de florestas plantadas que são equivalentes a 0,8% do território Brasileiro. Quadro 03. Área estimada de florestas naturais classificadas por bioma em 2012. BIOMA

ÁREA (milhões de ha)

Amazônia

325,5

Caatinga

41,4

Cerrado

57,3

Pantanal

8,9

Mata Atlântica

20,1

Pampa

2,8 TOTAL

456,1

Fonte: Brasil, MMA (2007) adaptato por Serviço Florestal Brasileiro.

Responsável: Engenheira Florestal Rosiane Cristina Dorneles Contato: [email protected] ; (41) 3313-4032

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DERAL - Departamento de Economia Rural Da área de plantios florestais, 93% são eucalipto e pinus com 5,1 milhões de hectares de eucalipto e 1,6 milhão de hectares de pinus respectivamente e 522,1 mil hectares são de plantios como acácia, seringueira, paricá, teca, araucária e pópulos (ABRAF, 2013). Segundo o levantamento realizado pela Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (ABRAF), em 2012 o Valor Bruto da Produção do setor a nível nacional foi R$ 56,3 bilhões com contribuição tributária de R$ 7,6 bilhões e movimentou 4,4 milhões de empregos diretos, indiretos e de efeito renda. As exportações nacionais dos produtos provenientes da atividade florestal madeirável, geraram uma receita aproximada de U$S 9,95 bilhões em 2013, superando em 3,6% o resultado do ano anterior. No saldo movimentado, as exportações superam as importações conforme figura abaixo. Figura 02. Exportações e importações nacionais dos produtos provenientes da atividade florestal madeirável. 14 12

US$ FOB (bilhões)

10 8 6 4 2

EXPORT

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

2000

0

IMPORT

Fonte: Aliceweb-MDIC, elaboração DERAL, 2014.

Da pauta, mais da metade da receita é proveniente da celulose (52%), na sequência estão os capítulos: madeira com 20%, papel 20% e móveis 8%.

Responsável: Engenheira Florestal Rosiane Cristina Dorneles Contato: [email protected] ; (41) 3313-4032

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DERAL - Departamento de Economia Rural Figura 03. Participação dos capítulos na exportação nacional.

20%

8% 20%

52% Madeira

Celulose

Papel

Móveis

Fonte: Aliceweb-MDIC, elaboração DERAL, 2014.

Do capítulo das madeiras e seus artefatos, nos últimos anos, cinco países são responsáveis por mais da metade de sua demanda internacional: Estados Unidos, França, Reino Unido, Bélgica, e Holanda. E ainda que o total das exportações desses produtos tenham reduzido, após 2008, a participação dos Estados Unidos é constante em aproximadamente um terço. (figura 04) Figura 04. Principais destinos das exportações de madeira.

Reino Unido Países Baixos (Holanda) França Estados Unidos Bélgica

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Fonte: Aliceweb-MDIC, elaboração DERAL, 2014.

Do capítulo celulose, China, Holanda, Estados Unidos, Itália e Bélgica respondem Responsável: Engenheira Florestal Rosiane Cristina Dorneles Contato: [email protected] ; (41) 3313-4032

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DERAL - Departamento de Economia Rural por aproximadamente 80% dos destinos das exportações brasileiras. Destaque para a crescente participação da China que em cinco anos passou de 17% para 30%, figura abaixo. Figura 05. Principais destinos das exportações de celulose.

Itália Bélgica China Países Baixos (Holanda) Estados Unidos 2008

2009

2010

2011

2012

2013

Fonte: Aliceweb-MDIC, elaboração DERAL, 2014.

Os principais destinos do papel produzido no Brasil são: Argentina, Estados Unidos, Chile, Reino Unido, Venezuela e Paraguai. Desse capítulo o destaque é para Argentina com participação média de 20% do total exportado nos últimos cinco anos. Figura 06. Principais destinos das exportações de papel.

Paraguay Venezuela United Kingdom Chile United States Argentina 2008

2009

2010

2011

2012

Fonte: Aliceweb-MDIC, elaboração DERAL, 2014.

Responsável: Engenheira Florestal Rosiane Cristina Dorneles Contato: [email protected] ; (41) 3313-4032

2013

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DERAL - Departamento de Economia Rural PARANÁ Segundo levantamento anual realizado pelo Departamento de Economia Rural (DERAL) , o Valor Bruto da Produção (VBP) dos produtos florestais em 2012 foi R$ 3,53 bilhões, variando 0,5% em termos reais ante a 2011. Figura 07. Variação real do VBP florestal de 2011 para 2012. R$ 3,53

2011

2012

R$ 3,51

Fonte: SEAB/DERAL, 2013.

Desde o início da série, o melhor desempenho dos produtos primários da cadeia florestal, foi em 2005 momento que o setor seguia uma trajetória de expansão. Desde então apresentou um declinou que se acentuou em 2008, reflexos do período de crise internacional que acometeu seus principais consumidores externos como: Estados Unidos, Europa, China, Argentina. Figura 08. Série histórica do VBP Florestal. (bilhões R$, nominal e real, deflacionado pelo IGP-DI).

3,45

3,68

3,51

3,53

2012

2001

3,43

2011

2000

2003

2,46

3,49

2002

2,40

1999

R$ Bilhões 2,30

3,41

4,33

2009

4,43

2008

4,67 4,21

VBP NOMINAL

FONTE: DERAL,2013.

Responsável: Engenheira Florestal Rosiane Cristina Dorneles Contato: [email protected] ; (41) 3313-4032

VBP REAL

2010

2007

2006

2005

2004

1998

1,97

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DERAL - Departamento de Economia Rural O VBP Paranaense em 2012 atingiu R$ 54 bilhões, apresentando um crescimento de 1,2% em relação a 2011. Desse valor, 50,8% é atribuído a agricultura, 42,7% a pecuária e os produtos florestais participaram com 6,5% . Figura 09. Participação dos grupos no VBP total do Estado, 2012. 6,5%

50,8% 42,7%

Agricultura

Pecuária

Florestais

Fonte: SEAB/DERAL, 2013.

Os produtos florestais contemplados pelo VBP estadual são: produtos madeiráveis representados pelas toras de diversos sortimentos e que em 2012 foram responsáveis por 94% da receita gerada e os não madeiráveis representados por: Erva-mate, Pinhão, Palmitos, Resina e Látex que responderam por 6% da receita. Figura 10. Composição do VBP Florestal do paraná em 2012. 6,0%

94,0%

Madeiráveis

Não madeiráveis

FONTE: DERAL, 2013.

Responsável: Engenheira Florestal Rosiane Cristina Dorneles Contato: [email protected] ; (41) 3313-4032

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DERAL - Departamento de Economia Rural O desempenho dos produtos florestais é representativo, pois ocupando aproximadamente 7% do solo paranaense sua renda participou com 6,5% da receita total do Estado, em 2012 a área de plantio florestal somou aproximadamente 1,5 milhão de hectares, sendo 60% de pinus e 40% de eucalipto. Esse levantamento foi realizado conjuntamente a pesquisa do VBP, através de pesquisas, realizadas junto a EMATER, IBGE, prefeituras, cooperativas e outras entidades ligadas à agricultura. A maior concentração dos plantios florestais está na Região de Ponta Grossa, seguida por Curitiba, Guarapuava, União da Vitória e Irati, que são os núcleos regionais de maior expressão na produção florestal do Estado. Figura 11. Área plantada de pinus e eucalipto no estado do paraná (ha).

FONTE: SEAB/DERAL, 2012.

Assim como os plantios, a receita gerada pelos produtos florestais destaca-se na região sul do Estado. Mais da metade da renda é gerada pelas toras para serraria e laminadora (58%), ela possui tradição em segmentos chaves no setor de papel e celulose que a faz responder por 83% da receita gerada pelas toras que atendem esse setor e como coadjuvante dos processos anteriores e não menos importante está a renda pela lenha, a região respondeu por 43% da renda deste que é um dos principais produtos florestais. Pela orientação florestal da região, também é líder na produção de mudas florestais Responsável: Engenheira Florestal Rosiane Cristina Dorneles Contato: [email protected] ; (41) 3313-4032

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DERAL - Departamento de Economia Rural (57%) da renda total pela cultura. Outro produto de destaque do sul do estado é a erva-mate. Em 2012 a região foi responsável por de 86% da receita total do Paraná, resultado que foi favorecido pela região ser a de ocorrência natural da espécie, na qual encontra as condições edafoclimáticas ideais para seu desenvolvimento. Ainda com os produtos não madeiráveis, apresentou 73% da renda pelo pinhão e 53% da resina de pinus. Do desempenho geral dos principais grupos dos produtos florestais, as toras para serraria e laminadora foram responsáveis por 60% da receita total (R$ 2,1 bilhão) e em 2012 decresceu 0,47% de sua renda, no entanto houve um aumento de quantidade produzida, tanto de pinus quanto de eucalipto, já a trajetória aponta aumento para a produção de eucalipto e redução do pinus. Dentro desse processo de substituição, as toras para laminação de pinus tendem a diminuir. Tabela 01. Principais produtos do VBP florestal em 2012. Produto Serraria e Laminadora Lenha Papel e Celulose Erva-mate Outros Total

Unidade Milhões (m3) Milhões (m3) Milhões (m3) Mil Toneladas

Produção 2011 2012 Variação 22,74 24,04 5,75% 16,62 16,03 -3,56% 9,24 8,69 -5,96% 308,31 337,37 9,42%

VBP (milhões) Participação 2011 2012 Variação Grupo Total 2.119,66 2.109,73 -0,47% 60% 3,91% 562,97 546,99 -2,84% 15% 1,01% 503,43 466,55 -7,33% 13% 0,86% 145,53 178,54 22,68% 5% 0,33% 181,16 228,74 26,27% 6% 0,42% 3.512,76 3.530,56 0,51% 100% 6,54%

FONTE: DERAL, 2013. Valor real deflacionado pelo IGP-DI em milhões de reais.

A lenha é o segundo produto da pauta do grupo, devido a sua utilização em várias cadeias produtivas, como por exemplo, na agricultura e pecuária em processos de secagem de grãos e aquecimento de aviários. Esse produto apresentou uma leve queda no seu resultado, mas seu histórico é de crescimento, sua produção passou de 8 para 16 milhões de metros cúbicos em dez anos. Com relação à madeira para papel e celulose, a redução na quantidade produzida aliada à estabilidade nos preços praticados resultou num decréscimo de 7,33% em seu VBP. Dos não madeiráveis a erva-mate é o principal produto. Em 2012 apresentou um crescimento de 22,68% em relação a 2011, influenciado principalmente pelo aumento dos

Responsável: Engenheira Florestal Rosiane Cristina Dorneles Contato: [email protected] ; (41) 3313-4032

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DERAL - Departamento de Economia Rural preços pagos ao produtor. Esse aumento é resultado do desequilíbrio da relação oferta e demanda. O Paraná é um grande produtor e fornecedor de erva-mate para outros estados, no entanto a nossa produção está estável há mais de dez anos. Além da estabilidade houve uma redução de área destinada ao cultivo, pois os preços entre 2006 e 2011 estimularam o redirecionamento dos produtores para outras culturas com ciclos mais curtos e preços mais atraentes. Em 2013 a receita gerada pelas exportações dos produtos florestais pelo Estado, foi 7,5% superior ao ano anterior chegando a US$ 1,4 bilhão somente pelos produtos da atividade que envolve os produtos madeireiros. Esse valor é 14,1% do desempenho nacional. Figura 12. Exportações e importações pelo Paraná dos produtos

provenientes da atividade

florestal madeirável. 1,6

EXPORT

IMPORT

1,4 1,2

U$S bilhões

1,0 0,8 0,6 0,4 0,2

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

2000

0,0

Fonte: Aliceweb-MDIC, elaboração DERAL, 2014.

Da pauta, a madeira representa 57% da receita gerada, papel 34%, móveis 9% e celulose 0,3% e os principais destinos são: ◦ Madeira: Estados Unidos, Alemanha e Bélgica; ◦ Papel: Argentina, China e Cingapura;

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DERAL - Departamento de Economia Rural ◦ Móveis: Argentina, Bolívia e Peru; ◦ Celulose: China, África do Sul e Índia. Figura 13. Participação dos capítulos na exportação nacional. 0% 9%

34%

57%

Madeira

Papel

Móveis

Celulose

Fonte: Aliceweb-MDIC, elaboração DERAL, 2014.

Tabela 02. Participação das exportações Paraná-Brasil (US$ FOB bilhões). Ano

Brasil

Paraná

Part. PR/BR

2009

7,5

1,0

13%

2010

9,6

1,2

12%

2011

10,0

1,2

12%

2012

9,6

1,3

14%

2013

10,0

1,4

14%

Fonte: Aliceweb-MDIC, elaboração DERAL, 2014.

Com relação aos preços vários fatores influenciam em sua formação tais como a interação entre oferta e demanda regionalizados, estruturas de mercado, formas de comercialização da madeira, custos, transporte e etc. Ao longo da série é observado um maior incremento para as toras para energia às toras de maiores sortimentos tanto para pinus quanto eucalipto.

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DERAL - Departamento de Economia Rural Figura 14. Série histórica do preço das toras de eucaliptos (R$ em pé, deflacionado pelo IGP-DI base junho de 2000.)

140

LENHA

18-25

25-35

120 100 80 60 40 20

09/00 04/00 09/01 04/01 09/02 04/02 09/03 04/03 09/04 04/04 09/05 04/05 09/06 04/06 09/07 04/07 09/08 04/08 09/09 04/09 09/10 04/10 09/11 04/11 09/12 04/12 10/13 07/13 04/13 01/14

0

Fonte: SEAB/DERAL, 2014.

Figura 15. Série histórica do preço das toras de pinus (R$ em pé, deflacionado pelo IGP-DI base junho de 2000.)

180

LENHA

8-18

18-25

25-35

160 140 120 100 80 60 40 20

Fonte: SEAB/DERAL, 2014.

Responsável: Engenheira Florestal Rosiane Cristina Dorneles Contato: [email protected] ; (41) 3313-4032

04/13

10/13

09/12

09/11

09/10

09/09

09/08

09/07

09/06

09/05

09/04

09/03

09/02

09/01

09/00

09/99

09/98

0