BRISA Concessão Rodoviária, SA COMUNICADO Resultados Anuais ...

BRISA Concessão Rodoviária, S.A. Sede: Quinta da Torre da Aguilha, Edifício BRISA, São Domingos de Rana Capital social: EUR 75 000 000, matriculada na...
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BRISA Concessão Rodoviária, S.A. Sede: Quinta da Torre da Aguilha, Edifício BRISA, São Domingos de Rana Capital social: EUR 75 000 000, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Cascais, sob o número único e de pessoa coletiva 502790024

COMUNICADO Resultados Anuais de 2015 18 de fevereiro de 2016 As demonstrações financeiras reportadas ao ano de 2015 da Brisa Concessão Rodoviária, S.A. (“BCR”) foram preparadas de acordo com as normas internacionais do relato financeiro (IFRS) e ainda não foram auditadas.

1. Evolução do Tráfego na Rede BCR O enquadramento macroeconómico favorável tem-se traduzido numa melhoria sustentada do tráfego, que regista já o seu nono trimestre consecutivo de crescimento, revelando que a rede viária da BCR, a par de toda a restante rede nacional de autoestradas, está claramente em processo de recuperação dos níveis de procura. Em 2015, o Tráfego Médio Diário (TMD) na BCR foi de 17 368 veículos, o que corresponde a um crescimento de 7,0% face ao período homólogo. Este aumento do tráfego resultou de um crescimento orgânico de 7,2% e de um efeito de calendário ligeiramente negativo (-0,2%), decorrente da localização menos favorável dos dias feriados face a 2014. De realçar que todas as autoestradas da concessão registaram um desempenho muito positivo. A análise da distribuição de tráfego por tipo de veículo revela um crescimento positivo e muito semelhante entre veículos ligeiros e pesados (+7,0% e +6,8%, respetivamente). 12M 14

12M 15

16 230

17 368

4,5%

7,0%

Crescimento orgânico

4,2%

7,2%

Efeitos calendário

0,3%

-0,2%

TMD Like-for-like …dos quais:

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2. Demonstração dos Resultados Proveitos Operacionais Os proveitos operacionais ascenderam a 496,9 M€, o que representa um aumento de 6,7% face a 2014. É de destacar o forte crescimento das receitas de portagem, que atingiram os 481,2 M€ (+30,1M€ do que em 2014), sustentadas maioritariamente pelo já referido acréscimo no tráfego. As taxas de portagem não sofreram atualização em 2015. Custos Operacionais Os custos operacionais excluindo Amortizações, Depreciações e Provisões totalizaram 123,1 M€, o que representa uma queda de 0,3% face ao período homólogo. Apesar do significativo aumento de atividade, a BCR manteve os custos operacionais estáveis. A rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos, que reflete essencialmente os custos de subcontratação dos serviços de Operação e Manutenção da rede de autoestradas concessionadas e os custos de cobrança eletrónica de portagens, registou um decréscimo de 0,4% face ao período homólogo, ascendendo a 120,4 M€. Em 31 de Dezembro de 2015, a BCR contava com 14 colaboradores, representativos de uma despesa de 1,6 M€. O número de colaboradores não se alterou face ao período homólogo. A rubrica de Amortizações, Depreciações e Provisões ascendeu a 162,0 M€ (+1,4% face a 2014), dos quais 29 M€ se referem a provisões com custos de reposição de infraestruturas em que a BCR irá incorrer no futuro, relacionados com grandes reparações a efetuar na rede. Resultados e Margens Operacionais O Resultado Operacional (EBITDA) em 2015 foi de 373,8 M€, tendo a margem EBITDA atingido os 75,2%. O crescimento registado ao nível dos proveitos operacionais, aliado a um rigoroso controlo de custos, permitiu um aumento significativo destes indicadores de 9,3% (31,7 M€) e de 1,7 p.p., relativamente ao período homólogo de 2014, respetivamente. O EBIT ascendeu a 211,8 M€, situando-se a margem EBIT nos 42,6%, o que representa um aumento de 16,2% e de 3,5 p.p. face a 2014. Resultados Financeiros Os Resultados Financeiros da BCR registaram em 2015 um valor negativo de 101,6 M€, representando uma melhoria de 17,3 M€ em relação ao período homólogo. Os Proveitos Financeiros, que correspondem inteiramente à rubrica de Juros Obtidos, atingiram 1,5 M€, o que representa uma redução de 2,7 M€ em relação ao período homólogo, refletindo as baixas taxas de remuneração de depósitos oferecidas pelas instituições bancárias.

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Os Custos Financeiros baixaram 20M€ (de 123,1 M€ em 2014 para 103,1 M€ em 2015), com origem essencialmente na redução dos juros suportados em 17,2 M€, explicada pela diminuição registada na taxa média de financiamento. Resultado Líquido O Resultado Antes de Impostos ascendeu a 110,2 M€, tendo o Resultado Líquido atingido os 79,5 M€.

3. Posição Financeira, Investimento e Dívida Financeira Posição Financeira No final de 2015, o Ativo Líquido total ascendia a 2 927 M€, maioritariamente constituído pelo ativo intangível respeitante à rede de autoestradas da BCR e por depósitos bancários. O Capital Próprio totalizava 475 M€ e o Passivo Total ascendia a 2 453 M€. Em relação a 31 de Dezembro de 2014, o Passivo total aumentou 25 M€ e o Capital Próprio diminuiu 253 M€, tendo para esta variação contribuído decisivamente as distribuições ao acionista BCR SGPS,S.A., realizadas em Abril e Outubro de 2015, através de distribuição de dividendos, distribuição de outras reservas, reembolso de prestações acessórias e redução do capital social. Investimento O investimento (CAPEX) na rede concessionada totalizou 45,1 M€, maioritariamente afeto a grandes reparações de pavimentos, taludes e obras de arte. As grandes reparações (26,7 M€), consideradas aqui como investimento, são contabilisticamente provisionadas até ao momento da realização da obra. Foram igualmente realizados outros investimentos na rede, nomeadamente nos alargamentos dos sublanços Carvalhos/Sto. Ovídeo e Águas Santas/Ermesinde, e em equipamentos ao longo da rede, no valor total de 18,4 M€. Dívida Financeira Mantendo uma atenta e criteriosa gestão financeira, em Abril de 2015 a BCR emitiu obrigações no montante de 300 M€, com um cupão de 1,875% e maturidade em 2025 e, na mesma data, comprou e procedeu ao posterior cancelamento de 192,7 M€ do empréstimo obrigacionista no montante total de 600 M€ e maturidade em Dezembro de 2016. Estas operações permitiram alongar a maturidade da dívida da BCR, diminuir o seu custo médio e assegurar uma maior flexibilidade financeira. No final de 2015, e numa ótica contabilística, a dívida líquida da BCR ascendia a 1 930 M€, tendo aumentado 131,4 M€ em relação ao final do ano anterior. A BCR finalizou o ano com cerca de 228 M€ de liquidez, estando cerca de 132 M€ colocados em contas de reserva, para investimento e serviço da dívida. Em 31 de Dezembro de 2015, cerca de 70% da dívida da BCR estava sujeita ao regime de taxa de juro fixa e cerca de 30% ao regime de taxa de juro variável ou indexada à inflação.

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As notações de Rating atribuídas à BCR são de “BBB” (Stable Outlook) pela Fitch Ratings e de “Baa3” (Stable Outlook) pela Moody’s. Os quatro covenants sob a forma de rácios financeiros (designados por Net Senior Debt/EBITDA, Historic ICR, Forward Looking ICR e CLCR) a que a BCR está sujeita encontram-se, à data de 31 de Dezembro de 2015, significativamente dentro dos limites estabelecidos, com o rácio Net Senior Debt/EBITDA a situar-se em 5,30x, ou seja, abaixo do limite máximo de 5,75x definido para o respetivo nível de trigger event, e o rácio Historic ICR a registar 3,84x, ou seja, acima do limite mínimo de 2,25x definido para o respetivo nível de trigger event.

4. Outros Elementos No passado dia 18 de Junho de 2015, a BCR informou o mercado que a Brisa Autoestradas de Portugal, SA, alienou 30% do capital social e direitos de voto da Brisa Concessão Rodoviária, SGPS, S.A., sua acionista única e sociedade que detém, diretamente, o capital social da BCR. Esta alienação não implicara alterações na gestão operacional e estratégia financeira da BCR, em nada afetando a estrutura de ring-fencing oportunamente criada para proteção dos credores. Na sequência desta operação, a Brisa Autoestradas de Portugal, S.A. continua a deter o controlo da Brisa Concessão Rodoviária, SGPS,S.A., permanecendo detentora de 70% do respetivo capital social e direitos de voto.

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Demonstração sintética da Posição Financeira

Milhões €

Activos não correntes Activos intangíveis Activos fixos tangíveis Activos por impostos diferidos Outros Total activos não correntes Activos correntes Caixa e equivalentes Outros Total activos correntes Total do activo Total do capital próprio Passivos não correntes Empréstimos a MLP Outros Total de passivos não correntes Passivos correntes Empréstimos a CP Outros Total de passivos correntes Total do capital próprio e passivo

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31-dez-14

31-dez-15

Var.%

2 712,9 11,9 52,0 0,1 2 776,9

2 602,7 9,1 53,9 0,0 2 665,7

-4,1%

339,4 38,9 378,3 3 155,2 727,4

227,6 34,0 261,6 2 927,3 474,8

-32,9%

1 956,0 202,3 2 158,3

1 612,0 212,8 1 824,8

-17,6%

182,0 87,5 269,5 3 155,2

545,6 82,1 627,7 2 927,3

199,8%

-23,5% 3,7% -100,0% -4,0%

-12,6% -30,8% -7,2% -34,7%

5,2% -15,5%

-6,2% 132,9% -7,2%

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Demonstração sintética dos Resultados

Milhões €

Proveitos operacionais Receita de portagem Áreas de serviço Outros proveitos operacionais Custos operacionais FSEs Custos com pessoal Outros custos operacionais EBITDA Amortizações, Provisões, Reversões EBIT Proveitos construção (IAS11/IFRIC12) Custos construção (IAS11/IFRIC12) Resultado financeiro Custos financeiros Proveitos financeiros Resultado antes de imposto Imposto Resultado líquido

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31-dez-14 465,5 451,1 8,9 5,5 123,5 120,9 1,5 1,1 342,1 159,7 182,3 11,0 -11,0 -118,9 123,1 4,2 63,4 -21,6 41,8

31-dez-15 496,9 481,2 9,3 6,4 123,1 120,4 1,6 1,2 373,8 162,0 211,8 17,3 -17,3 -101,6 103,1 1,5 110,2 -30,7 79,5

Var.% 6,7% 6,7% 4,6% 15,9% -0,3% -0,4% 6,7% 6,8% 9,3% 1,4% 16,2% 58,0% 58,0% -14,5% -16,2% -64,4% 73,6% 42,0% 90,0%

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