BRISA Concessão Rodoviária, S.A. Resultados do 1º semestre de ...

BRISA Concessão Rodoviária, S.A. Sede: Quinta da Torre da Aguilha, Edifício BRISA, São Domingos de Rana Capital social: EUR 75 000 000, matriculada na...
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BRISA Concessão Rodoviária, S.A. Sede: Quinta da Torre da Aguilha, Edifício BRISA, São Domingos de Rana Capital social: EUR 75 000 000, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Cascais, sob o número único e de pessoa colectiva 502790024

COMUNICADO

Resultados do 1º semestre de 2015 As demonstrações financeiras reportadas ao 1º semestre de 2015 da Brisa Concessão Rodoviária, S.A. (“BCR”) foram preparadas de acordo com as normas internacionais do relato financeiro (IFRS) e não foram sujeitas a Relatório de Auditoria elaborado por auditor independente registado na CMVM.

1. Evolução do Tráfego na Rede BCR O enquadramento macroeconómico favorável tem-se traduzido numa melhoria sustentada do tráfego, que regista já o seu sétimo trimestre consecutivo de crescimento. No 1º semestre de 2015, o Tráfego Médio Diário (TMD) na BCR foi de 15 757 veículos, o que representa um crescimento de 7,0% face ao período homólogo. Este aumento do tráfego foi suportado por um crescimento orgânico de 6,9%, tendo os efeitos de calendário contribuído com 0,1%. De realçar que todas as auto-estradas da concessão registaram um desempenho muito positivo. Por último, de referir que a análise da distribuição de tráfego por tipo de veículo mostra uma evolução semelhante nos veículos ligeiros e nos pesados (+7,0% e +6,5% respectivamente).

6M 14

6M 15

14 731

15 757

4,0%

7,0%

Crescimento orgânico

3,7%

6,9%

Efeitos calendário

0,3%

0,1%

TMD Like -for-like …dos quais:

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2. Demonstração dos Resultados Proveitos Operacionais Os proveitos operacionais ascenderam a 223,5 M€, o que representa um aumento de 7,3% face ao 1º semestre de 2014. Destaque para o forte crescimento das receitas de portagem, que atingiram os 217 M€ (+7,1% face ao 1º semestre de 2014), sustentadas pelo já referido acréscimo no tráfego. As taxas de portagem não sofreram actualização. Custos Operacionais Os custos operacionais excluindo amortizações, depreciações e provisões mantiveram-se estáveis, totalizando 60,8 M€ no 1º semestre de 2015, o que representa uma ligeira queda de 0,7% face ao período homólogo. A rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos, que reflecte essencialmente os custos de subcontratação dos serviços de Operação e Manutenção da rede de auto-estradas concessionadas e os custos de cobrança electrónica de portagens, registou um decréscimo de 0,8% face ao período homólogo, ascendendo a 59,5 M€. Em 30 de Junho de 2015, a BCR contava com 14 colaboradores, representativos de uma despesa de 0,8 M€. O número de colaboradores não se alterou face ao período homólogo. A rubrica de Amortizações, Depreciações e Provisões ascendeu a 82,0 M€ (+4,7% face ao 1º semestre de 2014), dos quais 14,6 M€ se referem a provisões relacionadas com custos de reposição de infraestruturas em que a BCR irá incorrer no futuro, relacionados com grandes reparações a efectuar na rede. Resultados e Margens Operacionais O Resultado Operacional (EBITDA) no 1º semestre de 2015 foi de 162,7 M€, tendo a margem EBITDA atingido os 72,8%. O crescimento registado ao nível dos proveitos operacionais, aliado a um rigoroso controlo de custos, permitiu um aumento significativo destes indicadores de, 10,7% (15,7 M€) e 2,2 p.p., relativamente ao período homólogo de 2014, respectivamente. O EBIT ascendeu a 80,7 M€, situando-se a margem EBIT nos 36,1%, o que representa um aumento de 17,5% e de 3,1 p.p. face ao 1º semestre de 2014. Resultados Financeiros Os Resultados Financeiros da BCR no final do 1º semestre de 2015 registaram um valor negativo de 51,7 M€, representando uma melhoria de 6,7 M€ em relação ao período homólogo. Os Proveitos Financeiros, que correspondem inteiramente à rubrica de Juros Obtidos, atingiram 1,0 M€, diminuindo assim 0,9 M€ em relação ao período homólogo, reflectindo a redução na remuneração de depósitos pelas instituições bancárias.

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Os Custos Financeiros ascenderam a 52,7 M€, o que compara com 60,3 M€ no fim do 1º semestre de 2014, reflectindo principalmente a diminuição da dívida e das taxas de juro, mas também menores comissões com as linhas de financiamento bancário. Resultado Líquido O Resultado Antes de Impostos ascendeu a 29,0 M€, tendo o Resultado Líquido atingido os 20,9 M€.

3. Posição Financeira, Investimento e Dívida Financeira Posição Financeira No final do 1º semestre de 2015, o Activo total ascendia a 3 010,0 M€, maioritariamente constituído pelo activo intangível respeitante à rede de auto-estradas da BCR e por depósitos bancários. O Capital Próprio totalizava 565,6 M€ e o Passivo Total ascendia a 2 444,4 M€. Em relação a 31 de Dezembro de 2014, o Passivo total aumentou 16,6 M€ e o Capital Próprio diminuiu 161,8 M€, tendo para esta variação contribuído decisivamente uma distribuição de 184 M€ ao accionista BCR SGPS,S.A., realizada no mês de Abril de 2015 através de distribuição de resultados do exercício anterior, reservas livres e reembolso de prestações acessórias. Investimento O investimento (CAPEX) na rede concessionada totalizou 22,6 M€, maioritariamente afecto a grandes reparações de pavimentos, taludes e obras de arte. As grandes reparações (15,2 M€) consideradas aqui como investimento, são contabilisticamente provisionadas até ao momento da realização da obra. Foram igualmente realizados outros investimentos na rede, nomeadamente no alargamento do sublanço Carvalhos/Sto. Ovídeo e em equipamentos ao longo da rede, no valor total de 3,4 M€. No 2º semestre de 2015, o investimento na infra-estrutura da BCR deverá ser superior ao registado nos primeiros 6 meses do ano, mantendo-se direccionado para as grandes reparações e alargamentos. Dívida Financeira Mantendo uma atenta e criteriosa gestão financeira, em Abril de 2015 a BCR emitiu obrigações no montante de 300 M€, com um cupão de 1,875% e maturidade em 2025 e, na mesma data, comprou e procedeu ao posterior cancelamento de 192,7 M€ do empréstimo obrigacionista no montante total de 600 M€ e maturidade em Dezembro de 2016. Estas operações permitiram alongar a maturidade da dívida da BCR e assegurar uma maior flexibilidade financeira. No final do 1º semestre de 2015, e numa óptica contabilística, a dívida líquida da BCR ascendia a 1 894 M€, tendo aumentado 95 M€ em relação ao final do ano anterior. A BCR finalizou o semestre com cerca de 265 M€ de liquidez, estando cerca de 120 M€ colocados em contas de reserva, para investimento e serviço da dívida. Em 30 de Junho de 2015 cerca de 70% da dívida da BCR estava remunerada a taxa de juro fixa e cerca de 30% a taxa de juro variável.

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As notações de Rating atribuídas à BCR são de “BBB” (Stable Outlook) pela Fitch Ratings e de “Baa3” (Stable Outlook) pela Moody’s. Os quatro covenants sob a forma de rácios financeiros (designados por Net Senior Debt/EBITDA, Historic ICR, Forward Looking ICR e CLCR) a que a BCR está sujeita encontram-se, à data de 30 de Junho de 2015, significativamente dentro dos limites estabelecidos, com o rácio Net Senior Debt/EBITDA a situar-se em 5,49x, ou seja, abaixo do limite máximo de 6,00x definido para o respectivo nível de trigger event, e o rácio Historic ICR a registar 3,01x, ou seja, acima do limite mínimo de 2,25x definido para o respectivo nível de trigger event.

4. Outros Elementos A BCR informou o mercado no passado dia 18 de Junho que a Brisa Auto-Estradas de Portugal, SA , alienou 30% do capital social e direitos de voto da Brisa Concessão Rodoviária, SGPS, S.A., sua accionista única e sociedade que detém, directamente, o capital social da BCR. Esta alienação não implicará alterações na gestão operacional e estratégia financeira da BCR, em nada afectando a estrutura de ring-fencing oportunamente criada para protecção dos investidores. Na sequência desta operação, a Brisa Auto-Estradas de Portugal, S.A. continuará a deter o controlo da Brisa Concessão Rodoviária, SGPS,S.A., permanecendo detentora de 70% do respectivo capital social e direitos de voto.

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Demonstração sintética da Posição Financeira

Milhões €

Activos não correntes Activos intangíveis Activos fixos tangíveis Activos por impostos diferidos Outros Total activos não correntes Activos correntes Caixa e equivalentes Outros Total activos correntes Total do activo Total do capital próprio Passivos não correntes Empréstimos a MLP Outros Total de passivos não correntes Passivos correntes Empréstimos a CP Outros Total de passivos correntes Total do capital próprio e passivo

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31-Dez-14

30-Jun-15

Var.%

2 712,9 11,9 52,0 0,1 2 776,9

2 654,1 9,2 51,8 0,1 2 715,2

-2,2%

339,4 38,9 378,3 3 155,2 727,4

265,4 29,4 294,8 3 010,0 565,6

-21,8%

1 956,0 202,3 2 158,3

2 032,6 211,1 2 243,7

3,9%

182,0 87,5 269,5 3 155,2

126,4 74,3 200,7 3 010,0

-30,5%

-22,7% -0,4% 0,0% -2,2%

-24,7% -22,1% -4,6% -22,2%

4,3% 4,0%

-15,0% -25,5% -4,6%

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Demonstração sintética dos Resultados

Milhões €

Proveitos operacionais Receita de portagem Áreas de serviço Outros proveitos operacionais Custos operacionais FSEs Custos com pessoal Outros custos operacionais EBITDA Amortizações, Provisões, Reversões EBIT Proveitos construção (IAS11/IFRIC12) Custos construção (IAS11/IFRIC12) Resultado financeiro Custos financeiros Proveitos financeiros Resultado antes de imposto Imposto Resultado líquido

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30-Jun-14 208,3 202,6 3,6 2,1 61,3 60,0 0,8 0,5 147,0 78,3 68,7 3,0 -3,0 -58,4 60,3 1,9 10,3 -2,1 8,2

30-Jun-15 223,5 217,0 3,7 2,8 60,8 59,5 0,8 0,5 162,7 82,0 80,7 4,8 -4,8 -51,7 52,7 1,0 29,0 -8,1 20,9

Var.% 7,3% 7,1% 2,8% 40,0% -0,8% -0,8% 0,0% 0,0% 10,8% 4,7% 17,7% 60,0% 60,0% 11,5% -12,6% -42,1% 187,1% 161,3%

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