História de uma marca - Imagens de Marca

História de uma Marca 1950-2015 História de uma Marca 1950-2015 Título: SEAT – História de uma marca, 1950-2015 Coleção I’M a Brand Edição: I’M in...
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História de uma Marca 1950-2015

História de uma Marca 1950-2015

Título: SEAT – História de uma marca, 1950-2015 Coleção I’M a Brand Edição: I’M in Motion e Have a Nice Day Coordenação I’M in Motion: Cristina Amaro Coordenação Have a Nice Day: Ana Rita Ramos Edição: Teresa Violante Design: Mário C. Pedro Capa: Arquivo SEAT Fotografia: Arquivo SEAT, AFFP – Agência Fotográfica Filipe Pombo (págs. 44, 54, 56, 58 e 60), Frederico Martins (pág. 72) Impressão: VRBL Tiragem: 2.000 exemplares Setembro 2015 Depósito Legal: 397643/15

ÍNDICE Prefácio............................................................................................................................... 07 Cronologia........................................................................................................................... 10 História SEAT A idade é um posto.............................................................................................................. 18 Mais do que números.......................................................................................................... 34 Ponto de viragem Bússola para o sucesso........................................................................................................ 38 História SEAT Portugal O melhor dos dois mundos................................................................................................. 44 Histórias através dos números............................................................................................ 51 Sou fã Rui Gramacho – De SEAT em SEAT..................................................................................... 54 Nuno Markl – “O carro com a janela do céu”...................................................................... 58 Competição Rasgar o asfalto................................................................................................................... 64 Design Mentes que brilham............................................................................................................ 70 Concept cars Reinventar a condução....................................................................................................... 78 Bastidores Como nasce um SEAT?........................................................................................................ 84 Martorell à lupa................................................................................................................... 92 Conquistas Palmas para a SEAT............................................................................................................104 Momento vital O carro que salvou uma vida..............................................................................................110 Futuro “Leonizar” a marca.............................................................................................................116

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“I´M a brand book”. Sim. A SEAT é a primeira marca da coleção I´M a Brand. Tal como desejado pela sua diretora de marketing e comunicação em Portugal. Teresa Lameiras fez-me o desafio e a minha equipa conseguiu ir ao encontro das suas expectativas. As primeiras linhas a nascer são as da marca espanhola que celebra, este ano, 65 anos no mercado. É caso para dizer que a SEAT está de parabéns, a dobrar! Pelo aniversário, e por ter sido pioneira e visionária em relação a um projeto único: o que junta este livro a um documentário televisivo de cerca de 25 minutos exclusivamente dedicado à história de marcas. Neste caso, a da SEAT. Com assinatura Imagens de Marca, o I´M a Brand é mais um passo na história de um programa que conta com quase 12 anos de emissões na SIC Notícias. Produzido pela

Somos a primeira!

mesma equipa que todas as semanas dá vida ao magazine, o documentário vai trocar por imagens toda a história que aqui ganha vida em papel. Numa simbiose perfeita entre duas equipas que se complementam em meios diferentes, este livro e o documentário são fruto de uma visão comum,

Cristina Amaro

minha e da Ana Rita Ramos (da Have a Nice Day), uma

Autora e coordenadora do programa

profissional de mão cheia que vê nas palavras a magia que eu

Imagens de Marca

vejo nas imagens. Posso dizer, por isso, que esta coleção tem tudo para dar certo! Emoção, sensibilidade, sentido estético, formato multimédia... esperamos que também sentido de oportunidade! Importa resgatar a história dos baús das marcas e trazê-la às pessoas. São as marcas que têm de dar o primeiro passo para ter de volta os tão desejados fãs, porque é de relação que se cria a longevidade... preço não fica para a história! Esperamos conseguir, com este projeto, mudar comportamentos e gerar emoção suficiente para que esta coleção possa ser (quase) infinita... A SEAT abre o capítulo. À SEAT só posso desejar uma longa viagem pela estrada da inovação, sempre com eficiência e qualidade. Como até aqui. Parabéns SEAT! seat história de uma marca 1950-2015 | 7

somos espanhóis e alemães. somos apaixonados pela perfeição. somos pela tecnologia emotiva. tudo o que sabemos, é tudo aquilo que sente. damos um sentido ao design. damos vida à tecnologia.

somos seat.

DATAS QUE MARCAM

Com mais de 60 anos, a história da SEAT entrelaça-se com a História recente de Espanha e do Mundo. Recordamos as principais datas. A 9 de maio foi constituída a Sociedade Española de Automóviles de Turismo (SEAT)

1950 1955

1953

Assinatura do Pacto de Varsóvia, a 14 de maio, entre a União Soviética e os seus aliados, em plena Guerra Fria

Inauguração da primeira fábrica, na Zona Franca em Barcelona, a 5 de junho A 13 de novembro foi lançado o primeiro carro, o modelo 1400

1957 Início da produção do mítico SEAT 600, a 27 de junho, conhecido por pelotilla (pequena bola) 1959

1960

100.000 unidades produzidas desde a criação da SEAT

Primeiro Acordo Coletivo

1964 Nova sede em Madrid

1963

Produção de 36.000 carros/ano

1961

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Início da construção do muro de Berlim, a 13 de agosto

No segmento superior o modelo 1500 ocupou o lugar do 1400

SEAT n.º 3.000.000: um exemplar do modelo 127, quatro portas

1975

1976

Foi lançado o modelo 128

Inauguração do Centro Técnico Morte do general Franco. D. Carlos de Borbón foi proclamado Rei de Espanha

1974 Foi produzido o SEAT n.º 2.000.000

Foi apresentado o modelo 127

A produção do modelo 600 chegou ao fim. Início da construção do I & D Centro Técnico da SEAT em Martorell

1973

Primeiro choque petrolífero da década (o segundo ocorre em 1979): os países árabes membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), aumentaram quatro vezes o preço do petróleo no período de três meses

1972

Lançamento do 850, primeiro modelo com várias versões 1966 O automóvel SEAT 1.000.000 foi um modelo 124 1968

1969

A 20 de julho, o Homem chegou à Lua através da missão Apollo 11

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1979

A capacidade de produção aumentou, graças à instalação de uma fábrica especializada em caixas de velocidade, mecanismos de mudanças e diferenciais em Prat del Llobregat, perto de Barcelona Apresentação do SEAT Ritmo Construção da fábrica em Martorell 1980

Queda do muro de Berlim

Lançamento do SEAT Panda, muito apelativo ao segmento jovem

A 30 de setembro foram assinados acordos de cooperação industrial e comercial com a Volkswagen

1989

1982 Produção de 400.000 carros/ano

Foi lançado o SEAT Fura

1987 1983

1984

Chegou ao mercado o SEAT Ronda, o primeiro automóvel a ser exportado oficialmente, através da rede internacional de concessionários

1986

A Volkswagen adquiriu 51% do capital da SEAT em junho. No final do ano esse valor aumentou para 75% Espanha e Portugal aderiram à então Comunidade Económica Europeia

A 27 de abril saiu da linha de montagem da Zona Franca o primeiro modelo Ibiza

1985

Foi lançado o SEAT Malaga, versão sedan do Ronda Criação da SEAT Sport, vertente de automobilismo da marca

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1990

A Volkswagen tornou-se sócia maioritária

Jogos Olímpicos, em Barcelona 1992 Inauguração da fábrica de Martorell

1991

Apresentação do novo modelo Cordoba

1993

1994 Apresentado o primeiro modelo SEAT desenvolvido no Grupo Volkswagen, o Toledo

O novo Toledo trouxe um toque de modernidade aos modelos da marca

1998

Apresentação do Cordoba WRC, cuja estreia decorreu no Campeonato Mundial de Ralis

1999

Nelson Mandela tornou-se no primeiro presidente negro da África do Sul (vencedor do Prémio Nobel em 1993)

1995

SEAT n.º 10.000.000

1996 Na estreia em competição, a SEAT venceu o Campeonato Mundial de Ralis 2L Apresentação do SEAT Alhambra MPV A 5 de julho foi realizado o primeiro processo de clonagem de um mamífero, uma ovelha, com o nome Dolly

Nova identidade da empresa: azul e branco dão lugar a vermelho e prata Foi apresentado o SEAT Leon

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2000 2001

Lançamento da 3.ª geração do Ibiza no Salão de Bolonha

2002

50.º aniversário da SEAT e 25.º do Centro Técnico

A SEAT aliou-se à Audi e à Lamborghini no Grupo de Marcas Audi, resultado da nova organização do Grupo Volkswagen

2004 Pela primeira vez, as portas de Martorell abriram ao público: 41.000 visitantes descobriram os bastidores da SEAT

2005 Apresentação do novo SEAT Leon (2.ª geração) e da versão de competição para o WTCC (World Touring Car Championship)

2003 O SEAT Altea inaugurou uma nova Era

Nova sede, centralizando toda a atividade em Martorell

2006

2007

A 1 de janeiro entrou em circulação a moeda comum, o Euro, em 12 países da União Europeia

Em julho foi inaugurado o Centro de Desenvolvimento de Protótipos e no final do ano o Centro de Design

Lançamento do Ibiza SC, Ibiza Cupra e Ibiza Ecomotive 2008

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A SEAT ganhou o título de Construtores do WTCC (World Touring Car Championship)

2013

2014

Apresentado o SEAT Leon ST

SEAT Ibiza celebrou 30 anos

Lançamento do Mii

Mais dois novos modelos: Leon Cupra e Mii by MANGO

2012

60.º aniversário SEAT

2009

2010

Apresentação do SEAT Alhambra Terminou a guerra no Iraque

Apresentação do projeto Leon Twin Drive Ecomotive, veículo híbrido seat cronologia | 15

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A idade é um posto

Aos 65 anos, a SEAT tem lugar cativo no pódio das marcas de automóveis. De Espanha para o mundo, integrada no Grupo Volkswagen desde 1990, prova que à experiência da idade é possível aliar inovação e eficiência. Foi um país pouco motorizado que viu nascer, a 9 de maio de 1950, a SEAT – Sociedade Española de Automóviles de Turismo, SA. Na altura as motas e os microcarros eram os únicos meios de transporte particular dos espanhóis. Mas com pouca expressão na sociedade: 3,1 veículos por cada mil habitantes. Para inverter este cenário, o então recém criado Instituto Nacional de la Industria, seis dos principais bancos do país e a italiana Fiat aliaram-se e deram forma à SEAT, com o capital social de 600 milhões de pesetas, o que equivaleria, hoje, a cerca de 3.606.000 euros. A Zona Franca de Barcelona foi o local escolhido para porto de abrigo da fábrica SEAT, uma área com 20 hectares. A construção começou ainda em 1950 e três anos depois já estava a funcionar. Contava com o empenho e com-

petência de 925 colaboradores que, meses depois, davam forma ao primeiro modelo da marca. A 13 de novembro era apresentado o 1400, o carro certo para dar resposta às necessidades dos corpos oficiais do Estado e do serviço público de táxis. Então, a procura ultrapassava em muito o ritmo de produção, de apenas cinco carros por dia. Em expansão

Mas essa realidade rapidamente mudou. Em 1956 foi atingido um recorde: 10 mil carros fabricados num ano (42 unidades/dia). Ao mesmo tempo, a quantidade de peças importadas foi drasticamente reduzida: em 1954 a quase totalidade (93%) era produzida em território espanhol, fruto do crescimento de pequenas empresas em torno da SEAT. Ciente de que não podia adiar o com-

Páginas anteriores: Linha de produção do modelo 1400, na fábrica instalada na Zona Franca de Barcelona, em 1953 Página ao lado: Gama SEAT à porta da fábrica na Zona Franca de Barcelona, em 1961

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H “Papamóvel” SEAT De 31 de outubro a 9 de novembro de 1982, o Papa João Paulo II realizou a primeira visita oficial a Espanha.

João Paulo II visitou Espanha a bordo de um SEAT Panda adaptado

Em apenas 15 dias a SEAT deu forma

a um dos modelos mais sui generis: o “Papamóvel”. O popular Panda foi transformado em veículo papal: um carro sem tejadilho nem janelas, com a traseira ao estilo de uma pickup, onde o Papa viajava de pé, e com um corrimão

Página seguinte: Transporte do mítico modelo 600 na década de 50, o carro que pôs Espanha a circular em quatro rodas

promisso de brindar a classe média emergente com um carro mais económico, a marca começou a produzir o popular modelo 600, a 27 de junho de 1957. Símbolo de liberdade e modernidade, foi o mote para a motorização da sociedade espanhola. Durante a década de 60 do século passado a economia do país deixou de assentar na agricultura, com o crescimento do turismo e dos serviços. E o setor automóvel não foi alheio a esta transformação. Na SEAT, as novidades também surgiam a bom ritmo: criação do serviço de assistência em estrada; remodelação do modelo 600 e fim da produção do 1400, substituído pelo 1500, carro de luxo e o primeiro da marca a incluir um motor a gasóleo. Em 1964 foi inaugurada a nova sede em Madrid e no ano seguinte realizou-se a primeira exportação simbólica dos carros SEAT, com destino à Colômbia. Em 1966 foi lançado um modelo mais espaçoso do que o carismático 600: o 850, primeiro carro da marca com versão de quatro portas, desportiva e descapotável. Um ano depois surgiu a FISEAT, que permitia adquirir um carro a prestações. A década não terminou sem novos modelos: o 124 e o 1430. E há mais: em 1968, a SEAT atingiu um marco – a produção de um milhão de veículos.

de apoio. Por várias vezes João Paulo II deslocou-se no “Papamóvel” made

Choques e desafios

by SEAT. E optou por este veículo SEAT

Os anos 70 foram um teste à capacidade de resiliência e criatividade da SEAT, na sequência de dois choques petrolíferos à escala mundial (1973 e 1979). A nível nacional foi também um período determinante, marcado pela

porque o oficial era demasiado alto e não entrava nos estádios de futebol, onde celebrou missa (em Madrid decorreu no Estádio Santiago Bernabéu e em Barcelona em Camp Nou).

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132 e do desportivo 1430 Special modelo 1600, e a aquisição do terreno em Martorell para construção do Centro Técnico, espaço de investigação e desenvolvimento da marca. Dois anos depois nasceu o primeiro carro concebido nessas instalações, o 1200 Sport. Apesar da crise que fustigava o setor automóvel, a SEAT prosseguiu com os planos de expansão e crescimento: compra das instalações de Landaben (Pamplona), construção do centro de peças em Martorell e lançamento de novos modelos (128 e SEAT Ritmo). A década de todas as decisões

Primeiro modelo da marca com tração dianteira, o 127, na versão três portas, surpreendeu pela capacidade da bagageira

Páginas anteriores: Anúncio da década de 60 ao SEAT 1500. Um modelo cheio de glamour

mudança de regime político após a morte do general Franco em 1975. Mas a década começou bem, com a SEAT a liderar o ranking da indústria espanhola e a lançar mais um modelo: o 127. Só nos primeiros seis meses foram vendidas 50 mil unidades. No mesmo ano em que os países árabes membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) aumentaram o preço do petróleo, causando uma crise económica, o mítico 600 chegava ao fim, após 16 anos de produção e cerca de 800 mil unidades a rodar na estrada. O ano de 1973 viu ainda o aparecimento dos modelos

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Após 30 anos de colaboração com a Fiat, e apesar do indiscutível prestígio dos carros, a SEAT não conseguiu o apoio do parceiro italiano para um reforço de capital. Foi um período de profundas reformulações e hora de prosseguir, mas a solo. Depois do lançamento do utilitário Panda, a empresa começou a ver resultados da transformação dos modelos construídos com o know-how Fiat em produtos 100% SEAT. Resolvida nos tribunais, a favor da SEAT, a controvérsia de que o novo modelo Ronda era muito idêntico ao Ritmo, original italiano, as conquistas sucederam-se. Graças a uma rede própria de concessionários, a SEAT iniciou-se na exportação de veículos para a Europa, sendo o primeiro país a Holanda, em 1983. No ano seguinte nasceu o Ibiza, fruto da criatividade do designer Giugiaro, da engenharia alemã Karmann e do produtor de automóveis Porsche. Entretanto, o sedan Ronda deu lugar ao

SEAT Malaga, e o Panda ao Marbella. Já em 1982 a marca espanhola tinha assinado acordos de cooperação industrial e comercial com a Volkswagen. Esses acordos foram reforçados em 1986, com a aquisição de 51% do capital da SEAT pelo grupo alemão em setembro, valor que aumentou para 75% no final do ano. E assim os automóveis SEAT começaram a ser conhecidos nos mercados europeus pelo desenho mediterrâneo e pela tecnologia alemã. Haverá melhor combinação?

M Ibiza real

Foi com um sorriso emocionado que o Rei Felipe VI reviu na fábrica de Martorell o seu primeiro carro, um SEAT Ibiza dourado, oferecido pelo pai, o então Rei D. Juan Carlos, por ocasião do seu 18.º aniversário.

Na moda

Se a década de 80 terminou com o lançamento da primeira pedra da fábrica de Martorell, a de 90 começou com mais duas boas notícias: a Volkswagen adquiriu a quase totalidade das ações SEAT (99,99% do capital), que entretanto atingiu um recorde anual de produção – meio milhão de unidades. E foi logo em 1991, no Salão de Barcelona, que a marca desvendou o primeiro modelo SEAT totalmente desenvolvido no Grupo Volkswagen: o Toledo. Espanha estava na moda: dois dos mais badalados eventos a nível mundial decorriam no país. À Expo’92, em Sevilha, juntou-se, no mesmo ano, a XXV edição dos Jogos Olímpicos, na cidade de Barcelona. No coração da competição, a SEAT foi parceira e patrocinadora no Programa Olímpico de Voluntários. O recém apresentado Toledo tornou-se no carro oficial do evento desportivo: foi disponibilizada uma frota de dois mil automóveis, composta principalmente por esse modelo, para deslocações dos organi-

Jovem e irreverente, o Ibiza foi o primeiro carro do rei de Espanha. Em 2014, em Martorell, o monarca reviu o seu Ibiza, totalmente recuperado

De 1986 a 2014 muito mudou – na SEAT, na Casa Real, no

mundo. Mas o SEAT Ibiza está igual, fruto de um delicado trabalho de recuperação. Com mais de 152 mil quilómetros, há 16 anos que o carro não era ligado. Pô-lo como novo foi um desafio aceite com gosto pela equipa responsável pelo restauro. O mais complicado foi mesmo colocar o sistema de injeção e a alimentação de combustível a funcionar. Um trabalho que incluiu ainda a pintura total do carro, estofos, pneus e jantes. O Ibiza real tem especificidades próprias, como bancos à medida, tendo em conta a altura do então jovem príncipe. Para Isidre López, responsável pelos Carros Clássicos da SEAT, e toda a equipa que trabalhou neste projeto, cada esforço valeu a pena, em especial quando viram o sorriso do monarca. “Penso que recordou o primeiro carro, os tempos de estudante, os 18 anos…”, afirma Isidre López. Boas memórias, a bordo de um Ibiza. seat história | 25

P

Jesús Torrano sempre trabalhou na SEAT. Décadas de aprendizagens e dedicação, movidas pela paixão à marca

Veterano orgulhoso

Jesús Torrano trabalha há 40 anos na SEAT. Quatro décadas cheias de saberes, aprendizagens, desafios e dedicação. Aos 13 anos Jesús entrou na Escola de

Aprendizagem e depois passou para as Página seguinte: Linha de montagem na fábrica de Martorell. Controlo e rigor em todas as etapas asseguram a qualidade final dos veículos

prensas, onde se encontra até hoje. E assim esteve envolvido nalguns dos lançamentos mais emblemáticos da marca: Toledo, Altea e Ibiza, e, mais recentemente, Leon. “Tentei devolver o investimento que a empresa fez em mim através do meu trabalho do dia-a-dia”, diz emocionado. Ao mesmo tempo agradece à SEAT: “Por me ter ensinado um ofício sem pedir o que quer que fosse em troca, apenas que trabalhasse e aplicasse o meu know-how”.

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zadores e transporte dos atletas. A 22 de fevereiro de 1993 o Rei D. Juan Carlos I inaugurou a fábrica de Martorell, na qual teve início a produção da segunda geração do Ibiza. No final do ano foi a vez de a SEAT dar a conhecer o novo Cordoba que, sem perder as linhas desportivas do Ibiza, destinava-se a um segmento mais familiar. Mas foi neste cenário de crescimento que os números, da produção às vendas, caíram. Como? Consequência de uma crise económica, particularmente sentida no setor automóvel. Já em 1995, quando a recessão tendia a desaparecer, a marca produziu o carro 10.000.000, um Toledo conduzido pelo então Príncipe das Astúrias. DO alhambra ao leon

No Salão de Genebra, em 1996, a SEAT deu a conhecer o monovolume Alhambra, ao mesmo tempo que o mítico Ibiza se tornou líder no seu segmento em Espanha, com 50 mil unidades vendidas num ano. Para assinalar o feito foi lançado o performante Ibiza Cupra. Em 1997 as grandes novidades foram o Arosa e o Cordoba Vario. Após 12 anos e 600.000 unidades produzidas, o ciclo de vida do Marbella chegou ao fim em 1998, o que significou também o encerramento da linha de montagem da fábrica na Zona Franca. Em contraponto, a unidade de Martorell foi nomeada a Melhor Fábrica do Grupo Volkswagen no primeiro trimestre do ano. A década não terminou sem o aparecimento do Leon. Primeiro automóvel da marca com 180 CV, caixa de seis

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C Livros na bagageira

O que faz um Leon X-perience no interior de uma biblioteca em Sant Pere de Ribes, perto de Barcelona?

A capacidade da bagageira do Leon X-Perience pode ser medida em litros (1.470) ou em livros (1.168, de tamanho médio)

Para assinalar o Dia Mundial do Livro, Esther González, apaixonada por

livros e colaboradora SEAT na fábrica de Martorell, teve uma ideia original: descobrir quantos livros cabem na bagageira do carro. Com a ajuda de vários colegas, Esther chegou a um número impressionante: 1.168 livros (de tamanho médio). Para tal foi montada uma operação aparatosa: o Leon X-Perience foi colocado dentro da biblioteca, o que implicou a remoção das grandes janelas do edifício e um camião especial para levar o veículo até à sala. Missão cumprida com um objetivo: incitar à leitura.

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velocidades e tração às quatro rodas, marcou a entrada da SEAT no principal segmento do mercado europeu, aliando qualidade e tecnologia. Já no virar do milénio, quando celebrava o 50.º aniversário, a SEAT adotou uma nova assinatura: “SEAT auto emoción”, reflexo dos valores da marca, sem esquecer design e espírito desportivo. Em 2001 chegou a terceira geração do carismático Ibiza e a SEAT Sport apresentou o protótipo do Leon Cupra R. Reinvenção permanente

Um ano depois estava lado a lado da Audi e da Lamborghini, integrando o Grupo de Marcas Audi. Resultado dessas sinergias surgiu o Altea, protótipo apresentado em 2003 no Salão de Frankfurt, exibido no ano seguinte no Salão Automóvel de Genebra. Era o primeiro modelo de uma nova geração. Em setembro tomou posse o conselho de administração número 500; meses antes a direção e os sindicatos tinham assinado o XVII Acordo Coletivo, com medidas de flexibilidade laboral e novas conceções quanto ao trabalho e às relações laborais. Pouco depois, e para fazer face aos desafios do mercado, a empresa reestruturou-se internamente, procurando não só responder melhor aos desafios do setor, como assegurar a competitividade. O lançamento de novos modelos continuou a bom ritmo: Leon FR e Altea XL em 2006, e Altea Freetrack, em 2007. Pelo meio nasceu o SEAT Service, área que reunia todas as atividades “após venda”, e foi inaugurado o

P

Pais visionários

Giorgetto Giugiaro, Walter de Silva, Luc Donckerwolke e Alejandro Mesonero-Romanos: eis os quatro “pais” do carismático Ibiza. Na festa dos 30 anos do modelo mais

2008. Reunia “o equilíbrio perfeito” entre

emblemático da marca, os quatro designers

design e “rebeldia, inovação e dinamismo”,

trocaram memórias e recordaram

tão característicos da juventude.

pormenores criativos. Giugiaro, criador

Coube a Alejandro Mesonero-Romanos,

do primeiro Ibiza em 1984, desvendou

atual responsável pelo design na SEAT, a

a fórmula de sucesso: “As proporções

missão de desenhar a edição especial 30.º

do carro, a simplicidade da arquitetura,

aniversário do Ibiza, um modelo de três

juntamente com elegância e ar desportivo”.

portas. Oportunidade única, envolvida

Na segunda geração arredondou as formas

em memórias muito especiais. Mesonero-

do Ibiza, mas preservou-lhe o espírito.

-Romanos foi um dos jovens que teve

Já em 2001, passado 18 anos do

um Ibiza como primeiro carro. “Estava

lançamento, Walter de Silva tornou o

a começar a estudar design e para mim

design do carro mais apelativo, pautado

o Ibiza era sinónimo de modernidade.

pela agilidade. O Ibiza correspondia ao

Um carro desenhado por Giugiaro com

“desejo de muitos jovens de terem um carro

um motor desenvolvido pela Porsche, e

que fosse simultaneamente desportivo e

produzido em Barcelona, a minha cidade

funcional”, recorda. Opinião partilhada por

preferida. Essa combinação cativou-me de

Luc Donckerwolke, responsável pela quarta

imediato”. E não foi o único!

Em cima: Três dos quatro designers que fizeram do Ibiza um carro mítico: Mesonero-Romanos, de Silva e Donckerwolke (da esquerda para a direita)

geração deste modelo SEAT, lançado em seat história | 29

M Guardião do tempo

No hangar A122, nas instalações de Martorell, mais parece que os ponteiros do relógio e as folhas do calendário ficaram suspensos.

Para Isidre López, carreira e hobby confundem-se: apaixonado por carros, preserva a memória da marca

Refúgio para 263 carros, preserva

com mestria a beleza, originalidade, sofisticação e valor histórico de autênticas relíquias de quatro rodas. Como afirma Isidre López, responsável pelos Carros Clássicos da SEAT, ali encontra-se a “herança de uma marca e de um país”.

Páginas anteriores: Espólio SEAT, guardado no hangar A122, que acolhe verdadeiras preciosidades da marca

Tudo começou pela mão de uma mulher, Elvira Veloso, colaboradora da SEAT que anteviu o valor histórico de cada um dos modelos. Precursora desta coleção, começou a guardar alguns modelos em diferentes áreas da fábrica. No hangar A122 existem protótipos, concept cars, carros de corrida, modelos comercializados… Viaturas de coleção

Página seguinte: Dança de robots na fábrica de Martorell, casa-mãe da marca, onde os carros SEAT ganham vida

provenientes diretamente da empresa ou através de doações privadas. Carros restaurados ao pormenor, com peças originais ou fabricadas à medida, e cuidadas com minúcia. Até porque, mais do que peças de museu, Isidre López pretende dar nova vida a estes modelos, mostrando que, mais de 50 anos depois nalguns casos, continuam a funcionar na perfeição.

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Centro de Desenvolvimento de Protótipos, departamento especializado em reunir as várias fases de desenvolvimento virtuais e físicos dos protótipos. Sem exagero, pode afirmar-se que 2008 foi o ano do Ibiza: a campanha de lançamento levou o novo modelo a diversas cidades de 17 países europeus. E ao Ibiza SC juntaram-se o Ibiza Cupra e o Ibiza Ecomotive. As preocupações ambientais da marca conduziram ao primeiro projeto de um modelo híbrido, o Leon Twin Drive Ecomotive em 2009, ano em que também foram apresentados o Leon Cupra e o Ibiza FR e a versão definitiva do Exeo ST. Por ocasião dos 60 anos, a SEAT deu novos passos no desenvolvimento de tecnologias mais verdes, através da gama E-Ecomotive, e deu a conhecer novos carros, o Ibiza ST e o Alhambra. Em 2012 as atenções viraram-se para um carro desenhado a pensar na condução em cidade, o Mii. Já sob a palavra de ordem “Enjoyneering” surgiram novas versões do Toledo e a terceira geração do Leon. Em 2013 o Leon ST espelhou na perfeição a expressão da marca “Technology to enjoy”, enquanto no ano seguinte o Leon Cupra e o Mii by MANGO causaram furor. 2014 foi ainda o ano dos 30 anos do Ibiza. Em 2015, a SEAT passou a integrar as marcas generalistas do grupo Volkswagen, o que revela uma estratégia de ampliação da gama e de crescimento. Só uma marca cheia de história e conquistas, aprendizagens e reinvenções consegue inovar e fazer sempre mais, melhor. O que virá a seguir?

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BI

mais do que números Dados estatísticos rigorosos e expressivos refletem a história e a dimensão da marca

5

unidades/dia produção inicial do modelo 1400

10%

crescimento em 2014

442.677

carros produzidos em Martorell em 2014

14.045 colaboradores

7.430

pessoas trabalham na unidade de Martorell

800

contratados em 2014 para o 3.º turno de produção do modelo Leon

1.ª empresa espanhola com certificação ISO 50 001, standard mundial para a sustentabilidade, eficiência energética e ambiental 34 | seat história de uma marca 1950-2015

6,4 milhões de Kg de tinta usados todos os anos em Martorell

70 + de

países

onde a SEAT está presente

+ 2.000 veículos

frota disponibilizada pela SEAT – quase só modelos Toledo – para transportar a família olímpica durante os Jogos Olímpicos em Barcelona

2.800.000 m

2

400 campos de futebol

área da fábrica em Martorell

24h/dia

trabalho em 3 turnos

53.000

painéis fotovoltaicos

nos telhados da fábrica em Martorell

17 milhões de kWh de energia solar/ano, suficiente para abastecer 4.000 famílias

96%

do lixo produzido é reaproveitado, grande parte transformado em combustível

Uma das empresas líder em Espanha

1.ª

em investim ento em I&D

10 modelos produzidos em Martorell: Ibiza, Ibiza SC, Ibiza ST, Leon, Leon CS, Leon ST, Leon X-Perience, Altea, Altea Xl e Audi Q3 3 modelos produzidos fora de Martorell: Alhambra, em Palmela (Portugal); Mii, em Bratislava (Eslováquia); Toledo, em Mladá Boleslav (República Checa)

1 carro pronto a cada 30 segundos na linha de montagem -50.000 viagens

em veículos pesados/ano, graças à linha ferroviária entre Martorell e a zona Franca, perto de Barcelona

800.000 unidades do modelo 600, produzido entre 1957 e 1970

2 comboios transportam 1 milhão cúbico de peças/ano

40 Km de ferrovia

entre Martorell e a Zona Franca, um investimento de 8,6 milhões de euros

2 estações de tratamento devolvem ao rio Llobregat o equivalente a 2 piscinas olímpicas de água limpa todos os anos seat história | 35

Com o SEAT 600 Espanha modernizou-se e um país inteiro começou a mover-se. Muito mais do que um carro, o 600 simbolizou mobilidade

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Bússola para o sucesso

Impossível – e redutor – destacar apenas um episódio fulcral na trajetória SEAT. Momentos marcantes há muitos, mas estes quatro são incontornáveis. desafios, conquistas. A vida de uma empresa é uma teia de ambições e vitórias, planos e estratégias, provas superadas e erros que incitam à melhoria permanente. Ao longo de 65 anos a SEAT cresceu, reinventou-se, explorou novos segmentos e seduziu os mercados. E nessa aprendizagem constante olhar para trás é tão importante como olhar em frente: porque só é possível construir sobre aquilo que se conhece. Sonhos,

Espanhóis sobre rodas

Quando Marc Bisbe, diretor geral da SEAT Portugal, nasceu, a sociedade espanhola já se rendera ao mítico 600, modelo que massificou o carro no país vizinho. “Era difícil que quem tivesse carro, naquela altura, não tivesse um 600. Havia filas para ter um”, recorda.

Durante vários anos o parque automóvel espanhol era formado por quase um só modelo. E valeu ao 600 o feito de aumentar a mobilidade do povo espanhol. Mas para que tal sucedesse foi necessário, antes, num país pouco industrializado e numa Europa pós-guerra, criar a primeira fábrica de produção automóvel em Espanha. Parceria alemã

Após a saída da italiana Fiat, a SEAT iniciou um acordo com o grupo alemão Volkswagen. Ao longo da década de 80 a parceria foi reforçada, até que culminou com a aquisição de 99,99% do capital. “Um marco decisivo para a continuação e sustentabilidade da companhia em termos financeiros e de crescimento”, considera Teresa Lameiras, diretora de marketing e

Página anterior: Verdadeiro êxito de vendas desde o lançamento, o modelo 600 da SEAT atingiu as 100.000 unidades em fevereiro de 1962 (foto em baixo). Com este carro os espanhóis não só ganharam mobilidade, como novos hábitos e maior qualidade de vida

seat ponto de viragem | 39

Assinatura do acordo de parceria entre o Grupo Volkswagen e a SEAT, em 1982. Quatro anos depois a Volkswagen tornou-se acionista maioritário

Página seguinte, em cima: Passados 31 anos do lançamento, o Ibiza continua um ícone da SEAT Página seguinte, em baixo: Por ocasião do 50.º aniversário da marca, o então Príncipe Felipe conduziu o primeiro carro Leon Cupra

comunicação. De forma progressiva a mentalidade germânica enraizou-se na SEAT, conferindo à marca um cunho distintivo: tecnologia e eficácia alemãs, aliadas ao design de inspiração mediterrânica e alegria de viver tão característica dos povos latinos. A fórmula de sucesso que catapultou a marca. Carro com nome a Verão

“Se o 600 pôs a marca SEAT em Espanha, o Ibiza pôs a marca no mundo”, resume Marc Bisbe. Na verdade, este modelo destinado ao segmento jovem refletia na perfeição o espírito e valores da marca. A começar pelo próprio nome, com cheiro a mar, sol e diversão. Ao longo

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de 30 anos o Ibiza soube, como poucos modelos, reinventar-se, antecipar tendências e cativar o público mais ou menos jovem. Com quatro gerações, é o modelo mais vendido da marca: cerca de 5 milhões em três décadas. À conquista de um novo segmento

Com o modelo Leon a SEAT deu um passo em frente e alargou a sua posição no mercado. “A marca identificava-se muito com o Ibiza no segmento B. Só quando conseguimos ter o Leon ganhámos posição no segmento seguinte, o C”, explica Marc Bisbe. Um modelo familiar, amplamente premiado, que não abdica do design, da tecnologia e qualidade.

seat ponto de viragem | 41

Irreverente e arrojado q.b., o SEAT Ibiza é a estrela da empresa, o carro mais emblemático e com mais sucesso da marca. Um ícone intemporal

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O melhor dos dois mundos

Com autonomia e centro de decisão próprio, a SEAT Portugal foi uma aposta ganha desde o início. O segredo? As pessoas. Oportunidades assim não se recusam. E raramente sucedem. Na SEAT Portugal desde o dia zero, Teresa Lameiras, diretora de marketing e comunicação, aprecia cada momento e conquista da marca como uma vitória pessoal. Não é de estranhar este grau de envolvimento e entrega: mais do que ver a SEAT Portugal nascer, Teresa Lameiras, então com o colega João Costa Pinto, deu forma e vida a este projeto, com sede em Lisboa. “Ter possibilidade de criar de raiz uma multinacional, construindo uma equipa e tendo a liberdade que a marca nos deu para adaptar a estratégia à realidade do nosso mercado, foi fabuloso e um projeto maravilhoso que acontece – se acontecer – uma vez na vida”, reconhece.

Até ao final de 2003, quando surgiu a SEAT Portugal, a marca espanhola estava presente no mercado nacional, mas através de um importador. Foi então que a SEAT optou por “uma forma de negócio direta”, conta Marc Bisbe, atual diretor geral da SEAT Portugal. Na altura a SEAT estava a redesenhar a estratégia de distribuição nos principais mercados europeus, com o objetivo de melhorar os processos de distribuição e a disponibilidade dos produtos junto do consumidor. “Precisávamos de reposicionar a marca, torná-la mais forte, e achámos que o faríamos melhor do que um parceiro”, conta Marc Bisbe. Aposta ganha desde o início. “O centro de decisão é aqui e é autónomo.

Página anterior: Marc Bisbe assumiu funções como diretor geral da SEAT Portugal a 1 de julho de 2012. Licenciado em Informática e com MBA em Gestão de Empresas, está na SEAT há 26 anos

seat história seat portugal | 45

A maioria dos colaboradores da SEAT Portugal abraçou o projeto desde o início. Uma equipa reduzida, mas com várias provas dadas ao longo dos anos

Página seguinte: Diretora de marketing e comunicação, Teresa Lameiras deu vida e forma, juntamente com um colega, ao projeto SEAT Portugal

Com a casa-mãe temos reuniões periódicas, definimos o orçamento, as políticas do ano… Dentro desse quadro temos liberdade. Trabalho de backoffice, tarefas administrativas, contabilidade, gestão de recursos humanos, é tudo partilhado com a SEAT SA”, explica o diretor geral. E resume: “Temos o melhor dos dois mundos”. Todos os serviços prestados em Portugal – comercial, pós-venda e marketing – contam com uma equipa 100% nacional. “Com exceção da minha pessoa, são todos portugueses, com mentalidade portuguesa, compreendem bem o mercado português, estão perto dos clientes portugueses…”, indica Marc Bisbe. E esse é o rumo certo para criar relações fortes, numa lingua-

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gem à medida da realidade, gostos e necessidades do mercado. One team, one goal

Nesta fórmula de sucesso as pessoas foram – e são – fator determinante. Com uma equipa relativamente pequena, pouco mais de 20 elementos, a SEAT Portugal orgulha-se da eficiência e resultados alcançados. Um grupo estável, com vários anos de experiência na empresa. Só assim se explica o sucesso e a notoriedade alcançados pela marca junto dos portugueses: “Na Europa, Portugal é o segundo maior país em termos de quota de mercado”, logo a seguir a Espanha, aponta Marc Bisbe. Ou a forma como, perante a recente crise económica, conseguiram inverter

seat história seat portugal | 47

A SEAT Portugal tem promovido vários eventos de música, apoiando artistas nacionais revelação. E tem também trazido músicos internacionais ao nosso país

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o cenário de quebra de vendas. “A SEAT confiou na equipa e confiou que podíamos fazer mais e melhor”, recorda o responsável da SEAT Portugal. Consequência de um cenário económico conturbado, o próprio mercado mudou. Se até então o segmento particular era preponderante, depois da crise as vendas a privados não representam mais de 25%. Foi preciso reinventar estratégias. Em pouco tempo os resultados melhoraram e conseguiu-se criar uma dinâmica positiva, sustentada no tempo. “Voltámos aonde estávamos”, diz Marc Bisbe. Mas com um bónus: “Tornámo-nos mais fortes”. Um projeto em equipa com uma só máxima: One team, one goal.

M Topo de gama made in Portugal

O monovolume Alhambra é produzido nas instalações da Autoeuropa, em Palmela. “É importante como marca termos

O Alhambra é um dos poucos modelos SEAT não produzidos na fábrica de Martorell. É na Autoeuropa que o monovolume ganha forma

produção no país”, assume o diretor geral da SEAT Portugal, Marc Bisbe. Trata-se de um modelo de topo da marca, com elevado impacto nos resultados do grupo. Basta pensar que o preço de um Alhambra corresponde ao valor de dois SEAT Ibiza. Distinguido por várias vezes como “Melhor Monovolume”, é um modelo chave no grupo.

seat história seat portugal | 49

Talento nacional para que te quero

Músicos bem conhecidos do público, como Rui Veloso (ao lado), ou André Sardet (em baixo) associaram-se à SEAT Portugal

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Tecnologia alemã, design e alegria de viver são os três eixos da SEAT. Com autonomia para decidir a forma de comunicar junto dos potenciais e atuais clientes, a SEAT Portugal enveredou desde o início por uma estratégia de promover o que é nacional. Uma decisão pioneira e arrojada na altura. Se hoje as atenções estão voltadas para o que se faz por cá, há 12 anos não era assim. Com um plano claro, a SEAT Portugal apoiou desde logo, e durante nove anos consecutivos, a Moda Lisboa nas suas múltiplas edições. O posicionamento era óbvio: “Somos uma marca de design”, refere Teresa Lameiras. Um patrocínio que permitiu ainda chegar a um público que gosta de carros, mas tem pouca apetência para explorar esse universo: o sexo feminino. Talvez por isso a SEAT seja uma das marcas com mais mulheres ao volante em Portugal. A música tem sido outra das áreas fortes da marca no nosso país. “Sempre nos associámos a cantores portugueses porque achamos que a música é importante para espelhar a característica de sermos uma marca bem-disposta, com alegria de viver”, sublinha a responsável de marketing e comunicação. Nomes revelação e cantores consagrados têm captado esse espírito, levando muitos dos seus fãs a tornarem-se também fãs SEAT. De eventos desportivos a encontros de lifestyle, a SEAT Portugal promove o lado bom da vida, dentro e fora da estrada.

BI

seat portugal

histórias através dos números Raio-x ao mundo SEAT em Portugal, numa viagem guiada pelas estatísticas mais marcantes ao longo dos anos.

470

colaboradores Rede SEAT Vendas 120 pessoas

Após-venda 350 pessoas

361.053 unidades Alhambra produzidas em Portugal de 1996 a meados de 2015*

* Inclui os modelos Alhambra (de 1996 a 2010), Alhambra NF (de 2010 a 2015) e Alhambra PA (de 2014 a meados de 2015)

Carros vendidos em Portugal

2004 a 2014

104.960

26

colaboradores SEAT Portugal (2015) 41 anos idade média dos colaboradores SEAT Portugal

NOS MEDIA

+ de 10 mil notícias publicadas em Portugal sobre a SEAT

+ de 3.000 eventos

organizados pela SEAT Portugal desde outubro de 2003

89.273 anúncios SEAT na televisão portuguesa, desde 1 de janeiro de 1999

277 horas 9 minutos e 20 segundos de “tempo de antena” nas rádios nacionais (de janeiro de 2002 a 5 de julho de 2015)

5.587 inserções de publicidade na imprensa portuguesa, das quais 66 páginas duplas e 2.588 páginas impares (de janeiro de 2000 a 5 de julho de 2015)

3.477 SEAT Ibiza

Modelo do Grup o Volk sw ag en

mais ven em Port

dido

ugal até à data

unidades vendidas em Portugal em 2014

seat história seat portugal | 51

Carro familiar, o Alhambra é produzido em Portugal, na Autoeuropa, em Palmela. Comodidade, espaço e tecnologia de mãos dadas

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De SEAT em SEAT

Um Toledo na adolescência, um Ibiza na juventude e um enorme fascínio por carros explicam a paixão de Rui Gramacho, 37 anos, pelos modelos SEAT. “Os meus pais compraram um SEAT quan-

do eu tinha 15 anos e, de certa forma, fiquei ligado à marca”, reconhece Rui Gramacho, colaborador no departamento de marketing de uma empresa de telecomunicações em Lisboa. “Era um SEAT Toledo, vermelho. Agora tem uma estética um bocadinho antiga, mas em 1992 era, de facto, um carro diferente e cativava pelas linhas. Na altura o mercado não se destacava por carros bonitos, eram quadrados, e o Toledo rompeu com a estética”, sublinha. Um SEAT que deixou marca na família e não só: “Lembro-me de pedirem ao meu pai para tirar o Toledo junto de stands onde estavam a fazer o lançamento de novos carros porque as pessoas não queriam ver os novos, iam ver o dele”. No mesmo dia em que celebrou o 18.º aniversário, Rui começou as aulas de código para tirar a carta de condução. A vontade de conduzir era muita... Mas não foi a tempo de guiar o famo-

so Toledo vermelho – nessa altura os pais já tinham trocado de carro. Coube-lhe em sorte outro SEAT, então um Ibiza, comercial. “Muitas pessoas da minha geração tiveram comerciais, os desportivos de dois lugares, a diesel, que eram muito económicos. O Ibiza acompanhou boa parte da minha formação na faculdade. Essa foi a génese da minha ligação à marca”, resume. à volta do altea

Após um breve interregno, Rui regressou aos modelos SEAT, então ao volante de um Altea. “Para a altura tinha linhas completamente diferentes do normal. Gostava bastante”. Tanto que dois anos depois, em 2006, criou o AlteaClubPT.com – Clube Proprietários do SEAT Altea de Portugal. Rui sentia que “havia pouca informação acerca do modelo”. O Clube era – é – o local por excelência para troca de impressões e experiências, esclareci-

Página anterior: Rui Gramacho comprou recentemente um SEAT Ibiza FR. Uma espécie de regresso às origens: quando tirou a carta, Rui estreou-se ao volante de um Ibiza, um comercial a diesel. Era um “desportivo de dois lugares”, brinca

seat Rui gramacho - de seat em seat | 55

Apaixonado por carros e atento aos pormenores, Rui Gramacho equipou o seu Ibiza FR com vários extras, como cintos vermelhos. Um detalhe estético que o leva a identificar-se (ainda mais) com o modelo que escolheu. Apesar desta personalização do Ibiza, Rui considera que os veículos SEAT “já vêm com tudo o que é necessário, até um pouco acima da média”

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mento de dúvidas e ponto de encontro entre condutores Altea. “O modelo unia-nos; o resto era convívio. A amizade perdura apesar de muitos já não termos Altea”, diz. Ainda hoje o fórum tem 1.500 utilizadores registados. Em 2008 Rui vendeu o Altea e trocou-o por… outro Altea. carro personalizável

Recentemente, e após ter ficado apenas com o carro da empresa e ter estado fora do país, quando regressou a Portugal a decisão de comprar um automóvel era clara, e a escolha pela marca foi natural. O SEAT Ibiza FR convenceu-o: “Há carros mais baratos, há carros mais caros, e há os que têm o valor correto: temos aquilo que pagamos para ter. A SEAT já vem com tudo o que é necessário”. Solidez mecânica, estética e valor foram os vetores chave na tomada de decisão. Atento aos pormenores, Rui Gramacho apetrechou o veículo com todos os extras possíveis e destaca dois. Quanto à segurança, câmara de marcha atrás, “algo estranho num carro tão pequeno, mas dá jeito, sobretudo porque tenho uma criança pequena em casa e é uma forma de estar descansado quando faço marcha atrás”. Em termos estéticos, cintos de segurança vermelhos. “Consegui configurar o carro ao meu gosto”. Um remake do tempo em que começou a conduzir, também ao volante de um Ibiza. Desde essa altura, muito mudou: Rui é hoje um adulto, o Ibiza reinventou-se. Mas tal como então a cor do seu Ibiza é a mesma: branca.

M Conduzido pela nostalgia

A viagem mais marcante de Rui Gramacho ao volante de um SEAT foi em 2008, quando trocou de Altea. Um trajeto curto, de 17 quilómetros – a distância da casa dos pais ao stand –, mas inesquecível. “Como o primeiro Altea estava ligado à

criação do Clube e a todas as experiências e pessoas que conheci, senti que estava a deixar para trás essa fase inicial. Fiz a viagem sozinho, foi sentida e filmei-a”. O vídeo foi partilhado no AlteaClubPT.com. Mas Rui não perdeu o rasto ao carro. “Descobri, mais tarde, quem é que o tinha comprado. Curiosamente, foi uma colega de liceu. Mantivemos contacto pelo Facebook e fomos falando um bocadinho sobre o tema”. O Altea deixou-lhe boas recordações. Tantas que Rui ainda gostava de ter um carro deste modelo, “não para usar diariamente, mas para recordar”. Há laços que não se perdem no tempo.

Foi difícil deixar para trás o seu primeiro Altea: Rui Gramacho sentiu que se despedia de um período da sua vida

seat Rui gramacho - de seat em seat | 57

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“O carro com a janela do céu”

Era assim que o filho de Nuno Markl se referia a um SEAT Leon com janela no tejadilho que o pai conduzia. Talvez por isso, para o humorista, um carro não é apenas um carro. É uma objeto de alguém que coleciona momentos. inesquecíveis. É preciso reconhecer que a melhor hipótese de alcançar a felicidade está em aproveitarmos a sabedoria que nos é oferecida em código sob a forma de detalhes, pormenores e metáforas. A vida é pródiga nisso. O humorista Nuno Markl, embaixador da SEAT, sabe bem aproveitar esses pequenos nadas que fazem da vida uma caderneta de cromos que devemos colecionar. São estes pormenores que o tornam fã da SEAT. “Tenho um afeto especial pelo Leon, nas suas diversas encarnações”, diz ele. “Houve um que me marcou em particular por razões afetivas: um Leon vermelho que tinha janela no tejadilho e que o meu filho Pedro batizou como ‘o carro com a janela do céu’. O carro marcou-o, para ele foi uma espécie de nave mágica”. De facto, um carro pode não ser ape-

nas um carro. Para Nuno Markl é uma peça de colecionador, de alguém que junta momentos inesquecíveis. Como a primeira grande viagem da sua vida, a solo, depois de ter a carta de condução, há cinco anos. “Foi num SEAT Leon. Não foi uma viagem gigante, foi pela costa alentejana, mas não deixa de ser inesquecível”, conta Nuno Markl. “Uma das vantagens de tirar a carta tarde é perceber que ainda há coisas surpreendentes para se descobrir na casa dos 40, altura da vida em que já se tem um olhar meio cínico e blasé perante o mundo. Essa viagem fez-me sentir outra vez com 18 anos”, diz, com aquele seu quê infantil, como se estivesse a falar não de um carro mas de uma carruagem encantada, cheia de mistérios por desvendar. Talvez seja este o segredo das marcas inesquecíveis, contido numa só pa-

Página anterior: Foi num SEAT Leon que Nuno Markl, embaixador da marca em Portugal, fez a primeira grande viagem da sua vida, pela costa alentejana. “Foi inesquecível. Essa viagem fez-me sentir outra vez com 18 anos”

seat Nuno markl - “o carro com a janela do céu” | 59

“Os carros da SEAT podem acompanhar-nos uma vida inteira, desde jovem encartado até chefe de família, mas sem nunca perder a irreverência”, diz Nuno Markl

lavra: excelência. Saber como fazer alguma coisa bem e apreciá-la. Para Nuno Markl isto explica, em parte, a história da SEAT. “O que mais gosto nesta marca é o misto de informalidade e espírito de diversão com o profissionalismo, a qualidade, a maneira como levam a sério o que fazem”. E acrescenta: “São carros que uma pessoa sente que a podem acompanhar uma vida inteira, desde jovem encartado até chefe de família, mas sem nunca perder a irreverência. Esse espírito faz-me sentir em casa”. De facto, inovação é uma lição para o futuro, não um diploma do passado para impressionar ou colocar emoldurado na parede. “Os carros SEAT já são parte

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integrante da minha vida. Há uma ligação muito forte”. ABERTOS À DIFERENÇA

A SEAT percebeu que os melhores produtos são os que têm em conta as diferenças entre as pessoas, não as que tratam tudo e todos de forma homogénea. Esse espaço para a diferença explica as preferências de alguém como Nuno Markl. E conta uma história: “A SEAT tem por hábito emprestar-me carros de cores vivas, e eu gosto disso. Vivemos num país onde quase todos os carros são pretos, cinzentos ou brancos, e eu não tenho problema em andar com carros de outras cores; devo, lá no fundo da minha timidez, ter um lado exi-

H Embaixador, e com orgulho

Momentos inesquecíveis de ligação à marca. Nuno Markl explica porquê. a ligação de Markl com a seat começou

no dia em que a marca patrocinou o seu espetaculo Caderneta de Cromos ao Vivo. “Isto pode ser meio infantil e pouco business, mas a verdade é que quando uma marca de prestígio decide associar-se a um trabalho meu, fico genuinamente sensibilizado, porque acho sempre que há milhões de coisas mais dignas a que uma marca se pode associar do que às desventuras de um caixa de óculos desastrado”. Portanto, quando chegou o convite para

bicionista”. E continua: “Fui num Leon azul metalizado ao Festival do Sudoeste e a dada altura precisei de ir buscar uma coisa ao carro e temi não saber dele no meio da confusão de viaturas. Usei então o melhor método para encontrá-lo: dei uma volta na roda gigante, olhei para o parque lá de cima e lá estava ele, diferente de todos os outros”. Apesar de nunca se ter interessado a fundo pelos detalhes de um carro, e como é fã de música, um dos pontos a que Nuno Markl dá mais valor é o som. “Os SEAT são magníficos na facilidade da ligação Bluetooth e na tremenda qualidade das colunas”. Visto assim, a paixão pela SEAT é um fascínio e parece a chave do paraíso.

ser embaixador, Nuno Markl não hesitou. Ao longo destes anos, muitas aventuras e desventuras aconteceram. Como a primeira vez em que o humorista perdeu a chave do carro. “Quando digo ‘perdi’, não é o clássico ‘olha, afinal estava entre as almofadas do sofá’. Não, aqui estamos no campeonato grande do perder. Estamos a falar de Perder. Com maiúscula”, escreveu Nuno no seu blog a Cave do Markl. E continuou a descrever o desaire: “Envergonhado, comuniquei a triste notícia à SEAT. Pensei: vão dar-me um chuto.”. Mas nada disto aconteceu. “Eu não merecia, mas à minha espera estava uma viatura de substituição. E é por isso que vos digo – a categoria da SEAT é muito superior à do embaixador que a representa.” seat Nuno markl - “o carro com a janela do céu” | 61

Bicampeão do Mundo no wtcc e vencedor da Taça Nacional de Ralis Diesel Campeões de Construtores de turismo wtcc 2008 e 2009 campeões de Pilotos de turismo wtcc 2008 e 2009

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Rasgar o asfalto

Carros de corrida e provas internacionais também fazem parte da história da SEAT. A fórmula é imbatível: motores potentes, design de excelência e condutores apaixonados. Se as estradas são a melhor passerelle dos modelos SEAT, é nas provas que os carros mostram toda a sua garra. E no currículo da SEAT Sport, departamento criado em 1985 para promover o envolvimento da marca em competições nacionais e internacionais, não faltam vitórias. Em 1971 a SEAT criou uma divisão de veículos especiais na fábrica instalada na Zona Franca em Barcelona, e decidiu participar nas competições do ano seguinte. A estreia não podia ter sido mais auspiciosa: Salvador Cañellas venceu o Rally Race, em outubro de 1972, ao volante de um 124 1600 TC. Foi o início de uma era repleta de títulos no campeonato espanhol: entre 1973 e 1979 a marca participou em 104 rallies, dos quais venceu 39. Também nos campeonatos regionais os bons resultados não

se fizeram esperar: 250 vitórias. Mais: entusiasmada com os resultados, a SEAT participou no Campeonato da Europa e Antonio Zanini conquistou por duas vezes o segundo lugar (1976 e 1979). Mas o grande feito ocorreu em 1977 quando Zanini ficou em 4.º lugar e Cañellas em 3.º lugar na Taça das Marcas. Nos anos seguintes a conjuntura económica forçou a SEAT a afastar-se das competições. Mais tarde, a partir de 1985, com o Ibiza Bimotor, somou várias vitórias e três anos depois conquistou o Campeonato Nacional de Terra com o Marbella Proto. Após seis anos de esboços, testes e melhorias, a marca revelou o seu carro todo o terreno, o SEAT Toledo Marathon. Porém, foi com o Ibiza GTI 1.8 16v grupo A que regressou aos campeonatos do mundo, em 1995, depois de 18 anos

Página anterior: O SEAT 124 na lendária corrida de carros clássicos austríaca, Ennstal Classic 2012, conduzido pelo piloto e embaixador da marca Jordi Gené

seat competição| 65

P Quando for grande quero ser…

Ao lado: Equipa SEAT vencedora do Campeonato do Mundo de Carros de Turismo, nas competições de 2008 e 2009

Álex Bisbal é filho de um colaborador da SEAT e não tem dúvidas em terminar a frase: engenheiro mecânico, com especialidade em aerodinâmica. O gosto pelos automóveis e as corridas está-lhe no ADN. “O mundo dos carros é uma tradição em casa. O meu pai trabalha na SEAT, vemos sempre juntos as corridas na televisão”. Não admira que aos 16 anos já estivesse tão convicto do que quer fazer mais tarde: “Desenhar

Nos bastidores do Circuito Barcelona-Catalunha, Álex ficou (ainda) mais entusiasmado com o universo automobilístico

de ausência. Foi logo em 1996 que a marca espanhola conseguiu uma proeza até então nunca alcançada: sagrou-se campeã na última corrida do Campeonato do Mundo de 2 Litros. E era a primeira vez que competia nessa prova. Nos anos seguintes voltou a conquistar este título na categoria dois litros (1997 e 1998), mas em 2001 anunciou que estaria focada na construção de carros de alta performance, não participando no campeonato. Pouco depois surgia o Ibiza Cupra R.

carros. É uma área muito estimulante,

Era Leon

com impacto na vida real”. E foi com

Mas a marca não ficou muito tempo fora das competições. Em 2002 regressou em força, com o lançamento da Supertaça SEAT Leon, prova que cativou de imediato participantes e público, com corridas cheias de adrenalina. Nas edições seguintes, depois

um brilho nos olhos que assistiu, no ano passado, ao Circuito Barcelona-Catalunha junto dos engenheiros da SEAT Sport. Uma oportunidade única – até chegar, quem sabe?, a vez de ser ele a estar nos bastidores das corridas…

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T Manuel Gião, piloto SEAT “Em pista aos comandos do SEAT Leon Cupra tenho sempre a certeza de que a vitória é um objetivo concreto. O prazer de condução aliado à adrenalina da velocidade é tudo o que um piloto deseja em competição”

F de Espanha, esta prova estendeu-se a outros países como Alemanha e Reino Unido. Logo em 2003 a SEAT voltou à competição ao mais alto nível, então no Campeonato Europeu de Carros de Turismo (ETCC), que venceu na edição seguinte. A partir de 2005 começou a correr no Campeonato do Mundo de Carros de Turismo (WTCC), que entretanto adquiriu a relevância do ETCC no calendário da FIA. O título foi conquistado por Espanha em 2008 e 2009, mas já em 2007 o Leon TDI causara furor ao ser o primeiro carro a diesel a participar no WTCC. As vitórias chegaram logo depois. Mais recentemente a SEAT Sport continua dedicada ao WTCC, à Supertaça SEAT Leon, SEAT Leon S2000 e Troféu SEAT Ibiza SC. Velocidade, engenharia, adrenalina e alta performance.

Mulheres de corrida

Lucile Cypriano, Andrina Gugger, Vinyes Amalia, Maria Baus-Coppens e Edina Bús. Eis as cinco mulheres que compõem a

categoria “Ladies Trophy” da SEAT Leon Eurocup. Este campeonato é, atualmente e dentro dos regulados pela FIA, o que tem mais mulheres a competir. Quem disse que mulheres e condução não combinam?

Mulheres de armas, fãs de velocidade e adrenalina, dão que falar nas pistas da SEAT Leon Eurocup

seat competição | 67

A SEAT é movida pela paixão e pelo desejo de fazer sempre mais e melhor. Engenheiros da beleza, os designers sonham, retocam e inovam até à perfeição

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Mentes que brilham

Criativos por feitio e paixão, os designers veem o que os rodeia com eternos olhos de criança: reinventam e redesenham contornos do dia-a-dia, transformando-os em novas soluções. A potência do motor, a eficiência e a segurança são tão importantes como a estética, a ergonomia e os acabamentos. Comprar um carro não é apenas satisfazer uma necessidade de mobilidade; é – tantas vezes – um ato sonhado e refletido vezes sem conta, um desejo alimentado durante muito tempo no nosso íntimo. Mas é também um impulso movido pela paixão. Seja mais racional ou emotiva, a escolha por um modelo em detrimento de outro é, em muito, influenciada pelo design do carro e pela sua infinidade de detalhes. “O caráter da SEAT é definido pela abordagem dinâmica e emotiva. São carros que desafiam os limites, com um espírito muito jovial. E são muito sedutores”, descreve Alejandro Mesonero-Romanos, diretor do Centro de Design da SEAT desde 2012. Num mundo altamente

competitivo como a indústria automóvel, inspiração é fator-chave para criar, surpreender e convencer. “Para um designer, viver numa cidade como Barcelona é muito excitante. Há sempre muita coisa a acontecer em termos de artes e design. Mas só por andar na rua muitas influências vêm ter contigo”, diz Mesonero-Romanos. Engenheiros da beleza, os designers são autênticas esponjas: “Recebemos todas estas influências que nos chegam do mundo exterior e de alguma maneira o nosso cérebro trabalha-as e ganham forma no papel”, explica o responsável máximo pelo design da marca espanhola.

Página anterior: À frente do Centro de Design da SEAT, Mesonero-Romanos é perfecionista. Para o sucesso de um carro, todos os detalhes contam

À lupa

Imaginar um carro novo é uma missão top secret em que todos os detalhes são pensados ao pormenor, desenhaseat design | 71

Página seguinte: Alejandro Mesonero-Romanos começou a carreira no estúdio de design da SEAT, perto de Barcelona. Aos 44 anos tornou-se diretor do Centro de Design da marca

dos e aprimorados numa busca incessante pela solução perfeita, onde a estética se encontra com a tecnologia e a eficiência. Ao longo deste processo nada é deixado ao acaso. E mesmo características aparentemente simples, como a cor dos modelos, resultam de um trabalho de minúcia e investigação própria. A criação da cor certa para um determinado modelo pode demorar até dois anos. Uma missão nem sempre fácil de compreender. “Muitas pessoas perguntam-me: ‘Não existem já cores prontas a escolher?’”, conta Carol Gómez, do Centro de Design da SEAT, elemento da equipa da cor. A tonalidade do carro reflete a personalidade de quem o con-

T Nuno Baltazar, estilista “A SEAT destaca-se não só por ser uma marca líder no mercado automóvel, mas também por uma atitude irreverente e desafiadora que faz dela uma referência de moda e de design. Conduzir um SEAT é, para além de uma escolha, uma atitude diferenciadora para quem privilegia um lifestyle que alia qualidade e segurança à estética e ao espírito competitivo”. 72 | seat história de uma marca 1950-2015

duz e as pessoas escolhem a cor pela “sensação que lhes transmite”, diz. Também a gama do próprio carro dita as diferenças de tonalidades. “Criar uma cor para o SEAT Mii é muito diferente do que para um Alhambra – que é mais elegante e sofisticado, – ou um Leon – que tem um caráter desportivo, jovem”, distingue Carol Gómez. Depois é preciso assegurar que a cor escolhida não mudará entre a criação e a utilização do veículo, garantindo a durabilidade ao longo do tempo. E a cor é apenas um dos muitos detalhes do design de um SEAT… Prêt-à-porter

Com este grau de exigência, rigor e inovação, design de automóveis e design de moda estão mais próximos do que se poderia imaginar. Assim se explica a parceria entre a SEAT e a MANGO, unidas em torno de características como qualidade, acessibilidade e vanguardismo, tal como a cidade musa que levou à criação do SEAT Mii by MANGO: a incontornável Barcelona. “O mundo da moda e do automobilismo têm processos de design diferentes, mas são muito paralelos ao mesmo tempo”, sublinha Alejandro Mesonero-Romanos. Elegância na passerelle e na estrada.

5

Alejandro Mesonero-Romanos

Atento, curioso e inventivo, assim é o diretor do Centro de Design da SEAT. Características obrigatórias para criar, supreender e inovar.

Onde se inspira para criar novos

Como entrecruza as

trabalho; de outra forma seria

modelos de automóveis?

necessidades dos condutores

muito fácil…

Em todo o lado. A inspiração é um

com a inovação?

estado de espírito – só precisas

Com a observação. Para ser

Entre o vasto portefólio de

de olhar para as coisas com a

inovador precisas de estar

modelos SEAT, consegue indicar

atitude certa, com curiosidade.

extremamente atento a tudo o

os modelos determinantes na

A mistura criativa acontece no

que acontece à tua volta. Tens de

evolução do design da marca?

teu cérebro. Ligar coisas que em

compreender as regras antes de

O primeiro Ibiza de 1984 e o Leon

princípio não têm pontos em

quebrá-las.

de 2012.

comum ou uma relação direta é o que chamo de criatividade.

Existem princípios que são

O que os torna tão especiais?

seguidos à risca para assegurar

O Ibiza foi o princípio da

o equilíbrio entre estética,

modernidade para a SEAT, quer

segurança e funcionalidade?

do ponto de vista técnico quer do

É esse o truque. Como

ponto de vista do design. O Leon é

transformar os requisitos da

o nosso presente, mas é também

funcionalidade e da segurança

a base para os carros vindouros. É

em beleza. É o desafio do meu

o resultado da maturidade. seat design | 73

L A marca do tempo O logótipo é um dos elementos visuais

que melhor traduz a visão da empresa. Ao longo dos 65 anos de existência a SEAT já renovou várias vezes o logo, refletindo as novas estratégias e o posicionamento da marca. O atual foi apresentado em 2012, no Paris Motor Show, desenhado pela equipa do Centro de Design e o departamento de marketing e comunicação da SEAT. “Ao mesmo tempo que preservámos a identidade do nosso tradicional ‘S’,

1953

reduzimos o número de linhas que lhe dão forma, atribuindo-lhe um aspeto mais 3D, e o conjunto do perímetro é mais quadrado, mais geométrico”, realça Alejando Mesonero-Romanos. Resultado? “Um logo que transmite uma imagem mais moderna, precisa e esculpida”. Tal como os antecessores, reflete os valores da SEAT: design, dinamismo, espírito jovem, eficiência, confiança e acessibilidade. As origens do logo encontram-se na mítica avenida barcelonesa Diagonal. Toques vibrantes, luzes quentes, perspetivas dinâmicas e alegria de viver foram transpostos com mestria para um símbolo. Mas foi também influenciado pelo modelo Leon, em especial na conceptualização de superfícies que fluem de uma superfície líquida, projetando qualidade e precisão. Um processo criativo que começou em 2010.

74 | seat história de uma marca 1950-2015

1980

1962

1968

1970

1999

seat design | 75

Guardião do tempo, o Museu Digital da SEAT é fruto da criatividade de jovens estudantes de arquitetura. Um olhar para o futuro, valorizando o passado

78 | seat história de uma marca 1950-2015

Reinventar a condução

Na incessante busca pela inovação e oferta de modelos ainda mais confortáveis, eficientes e com melhores performances, a SEAT define tendências e antecipa o futuro das quatro rodas. Carros que fazem sonhar, dentro e fora da estrada. é uma fonte de inspiração inesgotável. Aliás, a cidade é uma verdadeira musa para os designers da SEAT. Das ruas aos monumentos, da alegria de viver dos barceloneses à diversidade cultural, sem esquecer o azul do mar, a capital catalã estimula as mentes criativas. Mais do que responder às necessidades dos consumidores, os profissionais da SEAT têm como missão solucionar problemas, ditar tendências e trilhar caminhos rumo ao futuro. Características já evidentes nos modelos lançados pela marca no mercado, mas que atingem o apogeu nos concept cars. Inovadores e arrojados, os concept A luz de Barcelona

cars são a materialização, hoje, do que ainda está para vir. Repletos de carisma, estes modelos exibem as melhores soluções tecnológicas e de design do universo automobilístico. São segredos muito bem guardados, reveladores do espírito da marca, que faz uma clara aposta em investigação e desenvolvimento. Ao longo de seis décadas e meia de história a SEAT já criou vários concept cars, alguns com papel determinante na forma como a marca passou a desenhar e a construir veículos de quatro rodas. E todos começaram – e começam – por uma ideia, uma inspiração, muitas vezes quando os olhos descansam no azul do Mediterrâneo.

Página anterior: Segredos muito bem guardados, os concept cars, mais do que novos modelos, antecipam tendências e ditam o futuro da indústria automóvel. Na foto o modelo SEAT IBE, a visão da marca para o carro do futuro

seat concept cars | 79

SEAT IBE Nas palavras de Luc Donckerwolke, este concept car “reflete a visão da SEAT para o carro do futuro, que é tão emotivo como é ecologicamente responsável e económico”. Um coupé desportivo super compacto, considerado o melhor concept car no Salão Automóvel de Paris em 2010. E totalmente elétrico.

SEAT Tango Apresentado em 2001 no Salão de Frankfurt, é uma reinterpretação do espírito dos descapotáveis desportivos dos anos 50 e 60 até aos dias de hoje. Sem recursos retro, aposta em soluções inovadoras. Habitáculo e carroçaria são um só, dando forma a um carro musculado, com linhas fluidas. Desenhado para os apaixonados pelo “automóvel no seu estado mais puro”, acelera dos 0 aos 100 km/h em sete segundos.

SEAT IBL Qualidade e precisão. O concept car IBL é uma berlina que associa design minimalista e um interior inovador, com soluções premium. As linhas desportivas conferem-lhe uma aerodinâmica muito particular, que transmite confiança, conforto e segurança. “O IBL é tudo sobre emoção. Amor à primeira vista. Mas esta primeira impressão é algo para durar devido ao design elegante e intemporal,” diz Alejandro Mesonero-Romanos.

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SEAT 20V20 É o mais recente concept car da marca. Atlético, musculado e potente, este modelo leva ao extremo a vertente desportiva de um monovolume. Alejandro Mesonero-Romanos, diretor de design da SEAT, quis criar um carro que traduzisse o efeito de uma flecha, ao mesmo tempo que espelhasse aqueles segundos que antecedem o início de uma prova desportiva. “Queríamos captar a tensão de um atleta na fase da partida e transmitir a sensação de alerta. máximo, físico e mental”.

SEAT IBX Veículo utilitário desportivo e urbano, o IBX “foi criado a partir do conjunto de genes da nossa próxima geração de veículos. Este ADN de design terá um impacto profundo em cada um dos nossos modelos”, afirmou o então diretor de design da SEAT, Luc Donckerwolke, aquando da apresentação deste concept car. Um modelo dinâmico, que cruza caráter forte, design desportivo e motor híbrido.

seat concept cars | 81

Reduto do sonho e da criatividade, o Centro Técnico da SEAT é, há 40 anos, o coração da tecnologia e inovação, traços tão característicos da marca

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Como nasce um SEAT?

Do primeiro esboço até à saída do carro da fábrica de Martorell há um sem fim de etapas. Um processo longo que assegura a qualidade final dos veículos SEAT.

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Uma ideia dá origem ao primeiro esboço. Seguem-se muitos outros, em papel ou em formato digital, vistos e revistos, alterados e melhorados vezes sem conta.

Dado o primeiro passo – criação de um desenho viável industrial e comercialmente – as várias áreas do Centro Técnico unem esforços para dar vida ao que está no papel. Começam a preparar os conceitos mecânicos e a arquitetura do veículo.

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Os designers utilizam os últimos programas de desenho em 3D.

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O Centro de Protótipos de Desenvolvimento faz a ligação entre o Centro Técnico e a Produção, etapa fundamental na avaliação da qualidade do novo modelo. A realidade virtual permite criar modelos em 3D de alta definição e submetê-los a vários tipos de testes.

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O processo de produção começa nas prensas de Martorell, onde o aço revestido é trabalhado, dando forma às peças de carroçaria.

Mais de 2.000 robots fazem a quase totalidade da soldadura da carroçaria. Nalguns pontos, a soldagem é feita a laser, controlada por ultrassom, garantindo precisão cirúrgica nos acabamentos. seat bastidores | 89

A pintura é realizada em duas fases: primeiro protege-se a chapa contra a corrosão, depois robots aplicam várias camadas de tinta e verniz de acabamento, tanto dentro como fora do veículo.

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A montagem continua com a união do motor à carroçaria, um passo determinante neste processo. Seguem-se os para-choques, as rodas, o volante, os bancos… O carro ganha cada vez mais forma.

Depois de montados os equipamentos e partes interiores, e após os últimos testes e revisões – para garantir os elevados níveis de qualidade – os veículos são transportados para os vários concessionários SEAT, em mais de 75 países. seat bastidores | 91

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Martorell à lupa

Inaugurada pelo rei D. Juan Carlos, abriu portas em 1993. Tal como então, a fábrica da SEAT em Martorell, a 30 km de Barcelona, mantém-se como exemplo de investigação, eficiência e inovação. mais bem guardados de Espanha: o que se passa em Martorell fica em Martorell. Coração da tecnologia e do desenvolvimento SEAT, é um caleidoscópio de ideias, protótipos e invenções, mas também o centro de tomada das grandes decisões e alinhamento das principais estratégias do Grupo. Com exceção de três modelos – Alhambra, Toledo e Mii – todos os restantes são produzidos na fábrica de Martorell, aos quais se junta o modelo Q3, da Audi. E a um ritmo impressionante: mais de 2.000 unidades por dia, resultado do trabalho de mais de 7.000 pessoas, organizadas em três turnos (manhã, tarde e noite). Os carros são enviados para 75 países por estrada, ferrovia ou mar. Uma máquina bem oleada, graças a É um dos segredos

processos de produção inovadores, pessoal especializado e tecnologia de ponta – mais de 2.400 robots trabalham incessantemente. Na linha de montagem, os modelos ganham forma num ápice: um carro em 30 segundos. Em Martorell, eficiência também rima com sustentabilidade. É aqui que se encontra o maior parque solar da indústria automóvel: 53 mil painéis instalados no exterior da fábrica, que se prolongam pelo parque de estacionamento. Graças ao projeto SEAT al Sol são produzidos 17 milhões de kWh de eletricidade por ano, o que significa menos 7.000 toneladas de CO2 em igual período. A fábrica dispõe de duas linhas ferroviárias, numa extensão total de 40 quilómetros: o Autometro transporta os veículos para

Página anterior: A fábrica de Martorell é um mundo. Com 2.800.000 m2, o equivalente a 400 campos de futebol, acolhe todas as áreas chave da SEAT, da conceção à produção de automóveis

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Martorell nunca dorme: mais de 7.000 pessoas, organizadas em três turnos, dão vida às várias etapas de criação, produção e expedição dos modelos SEAT. Todas as fases são seguidas com cuidado e dedicação, verificadas e validadas várias vezes, assegurando assim o sucesso do produto final. Casa-forte da marca, Martorell reúne todas as valências num só local, maximizando recursos humanos e materiais

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Cerimónia de inauguração das instalações da fábrica de Martorell, em 1993, com presença do rei de Espanha

Página seguinte: A fábrica de Martorell é uma máquina bem oleada. Homens e robots aliam-se num trabalho delicado e exigente em nome de soluções inovadoras, eficientes e de qualidade. O sucesso da marca nasce aqui, em cada um dos momentos de produção

o Porto de Barcelona, e o Cargometro, que leva os componentes diretamente da Zona Franca de Barcelona. Graças a esta aposta na ferrovia são evitadas 50.000 viagens por estrada, menos 2.000 toneladas de CO2/ano. Mais: Martorell conta ainda com duas estações de tratamento de água que devolvem ao rio Llobregat, todos os anos, o equivalente a duas piscinas olímpicas; e um centro de cogeração, responsável pela produção de 50% da eletricidade e 90% da energia térmica necessárias. Design

No coração da fábrica encontra-se também o Centro de Desenvolvimento de Protótipos, que dá forma aos conceitos de inovação desenvolvidos no seio do Grupo Volkswagen. Sur-

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giu em 2007 e congrega as atividades relacionadas com as fases iniciais do design e criação de novos modelos, aliadas à análise de problemas, viabilidade e produtividade, sempre numa lógica pró-ativa para encontrar soluções. Para tal reúne colaboradores de diversas áreas da empresa, promovendo a troca de ideias. Um espaço vital e carismático de Martorell é o Centro Técnico. Inaugurado em 1975, reflete a aposta da SEAT, desde cedo, na investigação e desenvolvimento. E de forma pioneira: ainda hoje é o único em Espanha com capacidade para conceber novos veículos. Mais de 900 pessoas de diferentes nacionalidades trabalham diariamente no Centro Técnico, focadas no futuro e nas necessidades e desejos dos consumidores. Graças a

seat bastidores | 97

F Casa mãe em Martorell

Em cima: Com capacidade para 600 pessoas e uma área de 12.000 m2, a sede da SEAT pauta por uma arquitetura moderna, com amplas superfícies envidraçadas

Em setembro de 2004 a SEAT assinou um acordo de cedência ao consórcio da Zona Franca de grande parte dos terrenos que ocupava em Barcelona. Ao mesmo tempo deu início à construção

da nova sede, em Martorell, inaugurada em junho de 2006. Com este novo edifício a empresa modernizou-se e tornou-se mais competitiva, ao mesmo tempo que respondeu de forma mais adequada aos desafios da então nova organização interna. E assim concentrou, ainda mais, valências e serviços no “forte” de Martorell.

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tecnologias de simulação e realidade virtual, os períodos de desenvolvimento foram encurtados, ao mesmo tempo que os custos foram reduzidos e a qualidade aumentou. Referência para o Grupo e para o Setor, o Centro Técnico da SEAT foi a força motriz de desenvolvimento tecnológico dos fornecedores da empresa em Espanha. É também neste espaço que se encontra o Centro de Design. Abriu portas em 2007 e assume-se como um dos mais modernos do mundo. Trata-se de uma zona top secret, ou não fosse a incubadora dos sucessos da marca. Ao mesmo tempo que o edifício beneficia da luz natural, preciosa fonte de inspiração para os criativos, é totalmente opaco do exterior, preservando de olhares mais ou menos indiscretos

as linhas dos novos modelos. Ao longo de dois pisos o Centro de Design inclui uma área de ideias, outra de criação, espaço para apresentações virtuais e para apresentações físicas, esta com 430m2. E conta com uma equipa de 100 colaboradores, criativos e inspiradores.

I

Arredores

Junto da entrada sul da fábrica, num edifício moderno, fica o SEAT Service. Aqui a prioridade é só uma e está bem interiorizada: satisfação do cliente. Cinco divisões trabalham com esse foco: serviço técnico, responsável pela reparação de veículos; serviço de operações, que através do serviço de Gerentes de Área assegura que a garantia é aplicada em todos os mercados; organização e marketing, que cria cópias das campanhas de publicidade e sazonais da marca, de modo a existir uma imagem coerente a nível global; instituto, espaço de formação dos colaboradores nas áreas de produto, serviço e gestão de peças; e relações públicas, com o contacto direto dos consumidores. Próximo das instalações de Martorell situa-se o Centro de Reposição de Peças Originais, que distribui não só peças SEAT, mas também Volkswagen, Audi e Skoda aos concessionários em Espanha, Portugal e importadores de outros cantos do mundo. Todos os anos são expedidas cerca de 8 milhões de peças, um setor chave para os serviços cliente e pós-vendas da SEAT.

Graças à instalação de 53.000 painéis solares, Martorell não só é uma fábrica tecnológica como energeticamente eficiente

Sustentabilidade ambiental

As preocupações da marca com o planeta prolongam-se das instalações aos modelos automóveis.

A gama Ecomotive alia design, qualidade

e características tecnológicas para reduzir o consumo de combustível e as emissões de CO2. A mesma performance, mas com menor impacto. Na senda por veículos mais ecológicos, lançou ainda o SEAT IBE concept, um sports coupé com zero emissões. E um em cada cinco veículos modelo Leon é “verde”, produzido inteiramente com fontes de energia renovável.

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Modelo sensação, a gama Leon é a mais premiada da marca em Portugal, distinguida no lançamento como Carro do Ano, Desportivo do ano, Familiar do Ano e crossover do ano

Palmas para a SEAT

Os modelos da marca espanhola não só convencem os consumidores como a crítica. Ao longo dos anos têm sido várias as distinções. Um prémio é muito mais do que o troféu e a fotografia colada na parede do escritório; é sinal de qualidade, valor, eficiência. Sem falsas modéstias nem pretensões desmesuradas, significa “missão cumprida”, ao mesmo tempo que motiva para continuar a investigar, descobrir, fazer mais e melhor. Sempre. Ao longo de 65 anos a SEAT tem um vasto portefólio de distinções, atribuídas pelas mais variadas entida-

9

Ibiza

des, em diversos pontos do mundo. Teresa Lameiras, diretora de marketing e comunicação da SEAT Portugal, valoriza os prémios, mas q.b.: sem deslumbramentos, um sorriso nos lábios e a sensação de estar no caminho certo. Entre as muitas conquistas e distinções recebidas pela marca espanhola, elege os prémios “Carro do ano”, prova máxima da qualidade e diferenciação dos modelos SEAT.

49 Leon

Modelos premiados*

Página anterior: A SEAT tem acumulado prémios ao longo dos anos, conquistados dentro e fora de Espanha. Marca indiscutível da qualidade dos produtos e do sucesso dos vários modelos junto dos clientes

6 3 3 2 Mii

30

Alhambra

Exeo

Altea

Toledo

*De 2010 a meados de 2015

seat conquistas | 105

No nosso país o Leon foi considerado o Familiar do Ano, prémio recebido por Marc Bisbe, diretor geral da SEAT Portugal.

O SEAT Alhambra foi considerado o monovolume do ano em 2011 em Portugal...

Além dos modelos SEAT, também os anúncios da marca são premiados. “Oh, Brother!”, criado para o SEAT Altea Xl, foi distinguido em Espanha e a nível internacional. Criado pela agência de publicidade Atletico International, centra-se na importância do espaço a partir da figura de um monstro.

O SEAT Ibiza Cupra foi escolhido pelo júri do Carro do Ano/Troféu Volante de Cristal na categoria Desportivo do Ano em 2010 em Portugal. Já na edição anterior, o Ibiza tinha sido premiado na categoria Utilitário do Ano. 106 | seat história de uma marca 1950-2015

A 38.ª edição do prémio Melhor Carro promovido pela revista alemã Auto Motor und Sport valeu à SEAT três distinções. Os leitores elegeram o SEAT Alhambra como Melhor Monovolume Importado, o Ibiza conquistou o primeiro lugar na categoria Utilitário Importado, e o Leon o segundo lugar na classe compactos importados.

Em 2012 o SEAT Mii foi considerado pela imprensa especializada dinamarquesa o Carro do Ano e pelas leitoras da revista espanhola Mujer Hoy o melhor citadino.

al...

... e em Espanha, na segunda edição do prémio Ecomotor, organizado pelo jornal El Economista.

Em 2009 o SEAT Ibiza foi distinguido como Carro Utilitário do Ano.

O SEAT Leon valeu à marca o Prémio ABC – Melhor Carro 2014. Há 28 anos que a SEAT não recebia esta distinção. A cerimónia contou com a presença de várias figuras do Governo espanhol, entre as quais o ministro da Indústria, Energia e Turismo e ministro do interior.

Também a revista Coche Actual atribuiu ao SEAT Leon o título de Melhor Carro 2014. O prémio foi recebido por Mikel Palomera, diretor da SEAT Espanha. O Leon foi ainda considerado “Melhor Carro do Ano na Catalunha – 2014”, pela Associació Premsa Motor de Catalunya.

seat conquistas | 107

Porque a segurança não é detalhe, na SEAT são realizados inúmeros testes e controlos de qualidade ao longo de todo o processo de produção

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O carro que salvou uma vida

Era um dia igual aos outros quando Nikki Jeffreys, cliente da SEAT em Inglaterra, teve um brutal acidente de automóvel ao volante de um Altea. Foi a vírgula de tempo mais transformadora da sua existência. Mudou tudo. Nove horas da manhã, num dia como qualquer outro. Há fragmentos milimétricos de tempo que podem desenhar uma vida. Nikki Jeffreys ia para o trabalho depois de deixar os seus dois filhos na escola em Swindon, sudoeste de Inglaterra. O trânsito estava controlado, dia rotineiro, tranquilo. De repente o carro de Nikki, um SEAT Altea, bateu noutro automóvel que vinha na direção contrária e perdeu o controlo. “Lembro-me de estar com quatro ou cinco pessoas à minha volta a pedirem para não me mover. Eu sentia os dedos, as mãos, por isso dizia para mim mesma que apesar do acidente deveria estar tudo bem, deveriam ser apenas ferimentos”, relata ela sobre um dos momentos mais as-

sustadores da sua vida. Quando fala deste episódio, não sabe que palavras escolher. O momento pede-lhe um idioma que não há. O seu marido, Glen, conduzia a poucos quilómetros atrás dela, na mesma estrada onde aconteceu o acidente. Preocupado com a possibilidade de a mulher estar envolvida no desastre, tentou ligar-lhe várias vezes para o telemóvel, mas sem sucesso. Quando finalmente chegou ao local da colisão, viu o carro da mulher totalmente destruído. “Quando viu o meu rosto percebeu o momento dramático que estava a viver”, lembra Nikki, com lágrimas nos olhos. É impossível evitar um arrepio de comoção que a memória desses tempos convoca.

Página anterior: Nikki Jeffreys sofreu um gravíssimo acidente de automóvel ao volante de um SEAT Altea. “Você sobreviveu graças ao seu carro”, disseram o polícia e o paramédico que a acudiram no local

seat momento vital | 111

112 | seat história de uma marca 1950-2015

O acidente deixou Nikki com ferimentos graves – cortes e hematomas por todo o corpo, duas costelas partidas e um pulmão em sério colapso. “Fiquei com o cinto de segurança marcado no corpo”, recorda. Ao ver a gravidade da colisão, e depois de perceber que Nikki tinha sobrevivido, um polícia afirmou estar “muito surpreso”, porque, pela sua experiência, “em outros acidentes semelhantes, pessoas tinham perdido a vida”. E foi aí que a frase surgiu: “Você sobreviveu graças ao seu carro”, disseram o polícia e o paramédico que acudiram ao local. ERA PRECISO AGRADECER

A família e os amigos foram de uma dedicação terapêutica em todas as suas horas de suspensão. Durante todo o processo de recuperação, Nikki não parava de pensar no que tinha acontecido, na sorte que tinha tido. Como não é pessoa de se ocupar com os rumores da sua agonia, decidiu enviar uma mensagem à SEAT, via Facebook, para descrever o que tinha acontecido e agradecer aos engenheiros o impressionante trabalho para garantir a segurança dos carros. “Queria que soubessem que me sentia muito feliz. Sobrevivi graças ao carro. Se os meus filhos ainda têm mãe é graças a esta empresa”, acrescenta. Quando recebeu a mensagem, a equipa de segurança do Centro Técnico da SEAT decidiu convidar Nikki para ver com os próprios olhos todos os testes realizados na fábrica da Martorell, perto de Barcelona, para garantir a

segurança dos condutores, passageiros e peões. Nikki, o marido e os dois filhos foram testemunhas de todos os esforços que a equipa de engenharia faz todos os dias. São realizados mais de 200 testes de desenvolvimento por ano, com o objetivo de reduzir a probabilidade de lesões para os ocupantes dos veículos e para os peões. No final da visita, Nikki expressou o seu espanto: “Nunca imaginei que havia tanto trabalho nos bastidores. Ao escolher um carro, normalmente deixava-me guiar pelo design. Escolhi o meu SEAT Altea porque amava o seu styling. Mas agora é mais claro do que nunca que a coisa mais importante é a segurança”, diz Nikki. “Esta visita teve um efeito tão grande sobre o meu filho mais velho que ele agora quer trabalhar no Centro Técnico da SEAT”. Depois do acidente, e consciente de que poderia ter morrido, Nikki percebeu que a sua visão da vida mudou. “Aprecio muito mais o que tenho. Os meus filhos. O meu marido. A minha família. Tudo”, conclui. Hoje faz da existência uma festa olímpica e transfere para a SEAT a artilharia pesada do seu batalhão de afetos, gratidão e esperança no futuro.

Página anterior: Momentos da visita de Nikki Jeffreys, o marido e os filhos à fábrica da SEAT em Martorell, perto de Barcelona. Ela quis agradecer o impressionante trabalho de toda a equipa para garantir a segurança dos carros. “Queria que soubessem que me sentia muito feliz. Se os meus filhos ainda têm uma mãe é graças a esta empresa”

seat momento vital | 113

O Leon eleva o espírito desportivo da marca, definindo uma nova geração de automóveis SEAT. Um novo rumo para todos os modelos

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“Leonizar” a marca

Para a SEAT o futuro não começa amanhã; constrói-se já hoje, assente nos pilares mais firmes e duradouros: décadas de aprendizagens, conquistas e produtos inovadores. Como o Leon que, aos poucos, redefine os outros modelos da marca, tornando-os (ainda) mais atrativos e com caráter. “Para uma empresa, o produto é sempre a chave do sucesso – um produto único e atrativo, com caráter forte”, considera Jürgen Stackmann, presidente e CEO da SEAT SA. O Leon é esse produto. “É um modelo incrivelmente importante para o nosso atual desempenho de sucesso. Esta gama de modelos não só é extremamente bem-sucedida, como elevou a marca para um nível totalmente novo devido à qualidade e precisão. Isso faz do Leon um modelo para todas as linhas futuras. Já ‘Leonizámos’ com sucesso a última geração do Ibiza. E todos os futuros modelos serão ainda melhores”, garante o responsável máximo da empresa. Com 65 anos de história, a SEAT valoriza o passado para fazer sempre mais

e melhor. Numa área tão competitiva como a indústria automóvel, é impossível sobreviver apenas à conta dos méritos alcançados. Inovação e permanente reinvenção são peças-chave num caminho de êxitos e conquistas. “Foi o SEAT 600 que deu mobilidade a Espanha. O carro é um pequeno herói do seu tempo. Esta história é uma memória maravilhosa, mas temos de fazer prova de nós mesmos uma e outra vez, todos os dias, através da atratividade e qualidade dos nossos produtos”, defende Jürgen Stackmann. oportunidade para melhorar

Os últimos anos, marcados por uma forte crise económica, em especial nos países do sul da Europa, foram um desafio à SEAT. Mais: “Durante

Página anterior: Para Jürgen Stackmann, presidente e CEO da SEAT SA, é tão importante valorizar a história da empresa, como provar, a cada dia que passa, a qualidade, inovação e eficiência dos produtos da marca

seat futuro | 117

3 Stackmann em discurso direto O que torna a SEAT única? A SEAT combina design e funcionalidade, performance e conforto. Coloca ao alcan-

esse período a competição tornou-se ainda mais feroz”, recorda o presidente. Uma prova de fogo, bem superada. “Saímos mais fortes. Melhorámos processos internos, otimizámos a produção e, acima de tudo, desenvolvemos os produtos certos”, sublinha. Com o Leon, a família Ibiza, modelos como o Mii e o Alhambra “criámos uma linha muito atrativa e uma fundação sólida para futuros desenvolvimentos”, acredita o presidente da SEAT.

ce a mais alta qualidade e oferece prazer de condução com excecional eficiência.

Próximos passos

Reúne o melhor de dois mundos: emoção

O segredo é a alma do negócio, máxima que também se aplica (e muito) ao setor automóvel. Mesmo assim, Jürgen Stackmann desvenda os próximo passos da empresa. “Em 2016 os monovolumes de tamanho intermédio serão um passo muito importante para o futuro da marca. Mas será apenas um de muitos, porque já estamos a trabalhar numa nova gama de produtos muito atrativos”, afirma, despertando a atenção dos fãs SEAT e de todos os apaixonados pelas quatro rodas. A par de grandes novidades, a empresa continuará comprometida com a causa ambiental. Depois de ter reduzido em 21% as emissões de CO2 entre 2006 e 2014, “a tarefa mantém-se”, assegura Jürgen Stackmann. Além disso, “trabalhamos com o Grupo em temas como eletromobilidade e conseguiremos levar ao mercado os produtos certos assim que as condições estiverem reunidas”, garante. Mas os desafios para os próximos anos não se ficam por aqui. Há ainda

espanhola e perfeição alemã; perfecionistas apaixonados e engenheiros da beleza.

Qual é o seu SEAT preferido? Conduzo um Leon e um Alhambra. O Leon oferece prazer de condução, no dia-a-dia e em todas as condições. O Alhambra é um excelente carro de família. Tenho uma Em cima: O presidente da SEAT conduz um Leon e um Alhambra, a mesma qualidade e perfomance em diferentes situações na estrada

família grande e todos, em especial a minha mulher e os nossos quatro filhos, gostamos de viajar no Alhambra.

Recorda-se das primeiras impressões que teve em relação à SEAT? Reparei na SEAT quando trabalhava na Skoda. Via as pessoas a fazerem o seu trabalho com enorme paixão. O que mais tarde descobri em Martorell foi uma equipa altamente dedicada e criativa. As fundações da marca são muito robustas.

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Stackmann tem vasta experiência na indústria automóvel. Antes da SEAT desempenhou várias funções na Ford, Skoda e Volkswagen

que ter em conta a velocidade da digitalização e conectividade, bem como as mudanças dos segmentos de clientes. “A questão de fundo é que a sociedade, em particular a Europa, está a envelhecer”, explica. Além disso, a marca tem de continuar a trabalhar na competitividade, aponta. Porque é sempre possível fazer mais e melhor. À frente das decisões da SEAT desde 2013, Jürgen Stackmann tem ao seu cuidado um grande objetivo: “Continuar a desenvolver a SEAT, tornando-a na marca mais desejada para pessoas com uma abordagem à vida jovem e urbana, com modelos únicos e atrativos”.

P Quem é?

Jürgen Stackmann é presidente e CEO da SEAT desde 1 de maio de 2013. Natural de Buxtehude , na Alemanha, onde nasceu em 1961,

Stackmann tem duas licenciaturas em gestão de empresas, uma pela Universidade de Ciências Aplicadas de Saarland (Alemanha) e outra pela Universidade de Metz (França). Foi na Ford que começou a sua carreira, tendo ocupado diversos cargos na empresa, quer na Alemanha quer no Reino Unido. Chegou ao Grupo Volkswagen em 2010, como membro do conselho para Vendas e Marketing na Skoda Auto na República Checa. Antes de assumir as atuais funções na SEAT, Stackmann dirigiu a área de marketing do Grupo Volkswagen e da marca Volkswagen. seat futuro | 119

Acabou de se imprimir em setembro de 2015. Foi composto em Priva Pro e Australis Pro. Foi impresso em papel Coral Book 300 g/m2 e 120 g/m2.