A - Resultados do 1º trimestre de 2017

Rede Energia S/A - Resultados do 1º trimestre de 2017 São Paulo, 10 de maio de 2017 – A Administração da Rede Energia S/A (“Rede Energia” ou “Companhi...
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Rede Energia S/A - Resultados do 1º trimestre de 2017 São Paulo, 10 de maio de 2017 – A Administração da Rede Energia S/A (“Rede Energia” ou “Companhia”) apresenta os resultados do primeiro trimestre (1T17). As informações financeiras e operacionais a seguir, exceto quando indicado o contrário, são apresentadas de acordo com os Padrões Internacionais de Demonstrações Financeiras (International Financial Reporting Standards – IFRS).

Considerações gerais A Rede Energia S/A tem como base dos seus negócios a distribuição de energia elétrica, sendo responsável por nove distribuidoras localizadas nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo e Paraná, que compreende 436 municípios. A base comercial das distribuidoras da Rede Energia abrange aproximadamente 3,7 milhões de unidades consumidoras e envolve uma população de 9,1 milhões de habitantes. Resume-se a seguir o desempenho econômico-financeiro da Companhia no primeiro trimestre de 2017 e 2016:

1

Desempenho econômico-financeiro

1.1

Destaques

Resume-se a seguir o desempenho econômico-financeiro da Companhia no primeiro trimestre de 2017 e 2016: Desempenho Econômico-Financeiro Resultados – R$ milhões Descrição

1T17

1T16

Variação %

Receita Operacional Bruta

3.067,8

3.017,5

+ 1,7

Receita Operacional Bruta, sem receita de construção

2.854,6

2.820,5

+ 1,2

Receita Operacional Líquida

1.972,4

1.888,6

+ 4,4

Receita Operacional Líquida, sem receita de construção

1.759,2

1.691,6

+ 4,0

Resultado antes das Receitas e Despesas Financeiras (EBIT)

194,9

113,4

+ 71,9

EBITDA

333,9

241,9

+ 38,0

EBITDA Ajustado

362,4

263,6

+ 37,5

Resultado financeiro

(83,2)

(51,8)

+ 60,6

73,7

44,3

+ 66,4

Lucro Líquido Indicadores Operacionais Número de Consumidores Cativos (mil)

3.664,9

3.599,2

Vendas de energia a consumidores cativos (GWh)

4.135,7

4.261,6

- 3,0

Vendas de energia a consumidores cativos + livres (TUSD) - (GWh)

4.882,3

4.796,8

+ 1,8

12,95

13,29

- 0,34 p.p

18,4

14,0

+ 31,6 P.P

2,2

2,9

- 24,1

Perdas de Energia (%)

+ 1,8

Indicador Relativo EBITDA Ajustado/Receita Líquida (%) Endividamento líquido/EBITDA Ajustado 12 meses (vezes) Indicadores Financeiros - R$ milhões 31/03/2017 Ativo Total

31/12/2016

Variação %

14.104,1

13.926,7

Caixa/Equivalentes de Caixa/Aplicações Financeiras

1.288,8

1.308,4

+ 1,3 - 1,5

Patrimônio Líquido

4.167,1

2.908,5

+ 43,3

Endividamento Líquido

3.129,8

3.170,5

- 1,3

Obs.: EBITDA Ajustado: EBITDA mais acréscimos moratórios de contas de energia.

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

1

Resultados do 1º trimestre de 2017

2

Desempenho operacional

2.1

Mercado de energia

Com sinais de melhoria no cenário macroeconômico, as vendas consolidadas de energia elétrica a consumidores finais (mercado cativo) localizados na área de concessão da Rede Energia, somadas ao transporte de energia para os consumidores livres (TUSD), totalizaram 4.882,3 GWh no 1T17 (4.796,8 no 1T16), representando um aumento de 1,8% em relação ao 1T16. Considerando o fornecimento não faturado, o volume vendido passa para 4.887,9 GWh, o que significa um aumento de 2,5% em relação ao mesmo trimestre de 2016. A composição do mercado de energia no primeiro trimestre de 2017 foi a seguinte: Mercado de Energia Consolidado Descrição Valores em GWh

Trimestre 1T17

 Energia vendida mercado cativo faturado  Transporte de energia clientes livres (TUSD) Subtotal (Mercado Cativo + TUSD faturado)

Var. %

4.135,7

4.261,6

- 3,0

746,6

535,2

+ 39,5

4.882,3

4.796,8

+ 1,8

5,6

(26,7)

-

4.887,9

4.770,1

+ 2,5

 Consumo não faturado Total (Mercado Cativo + TUSD + não faturado)

1T16

O aumento das vendas de energia elétrica se deu em todas as regiões onde as distribuidoras da Rede Energia atuam, exceto na região Norte, com a Energisa Tocantins, cujas vendas foram afetadas pela redução do consumo dos seus principais clientes, temperaturas mais amenas e alto volume de chuvas no trimestre, comparativamente à situação anômala de seca e calor intenso no mesmo período do ano passado. O consumo no mercado cativo (4.135,7 GWh) mostrou queda de 3,0% no trimestre, em decorrência das migrações de consumidores cativos para o mercado livre (TUSD), que apresentou crescimento de 39,5% no consumo. Destaque no trimestre o consumo no Centro-Oeste, da Energisa Mato Grosso do Sul, com aumento de 4,5% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Na região Sul/Sudeste, todas as sete distribuidoras apresentaram aumento do consumo de energia, com destaque para a Bragantina (+4,7%), CFLO (+3,3%) e EMG (+2,5%). Mercado Cativo de Energia Elétrica por Classe de Consumo + TUSD (Consolidado) Descrição Valores em GWh Vendas de energia a consumidores finais + TUSD

Trimestre 1T17

1T16

Var. %

4.882,3

4.796,8

+ 1,8

 Residencial

1.725,2

1.713,2

+ 0,7

 Industrial

1.026,0

1.021,9

+ 0,4

390,7

534,8

- 26,9

 Cativo  Livre  Comercial  Cativo  Livre  Rural  Cativo  Livre  Outras classes  Cativo  Livre

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

635,3

487,1

+ 30,4

1.045,1

1.038,3

+ 0,7

953,8

990,2

- 3,7

91,3

48,1

+ 89,8

494,6

450,7

+ 9,7

485,8

450,7

+ 7,8

8,8

-

-

591,4

572,7

+ 3,3

580,2

572,7

+ 1,3

11,2

-

-

2

Resultados do 1º trimestre de 2017

2.2

Consumo por região

Do total das vendas no mercado cativo e livre no 1T17, 67,9% foram vendidos na região Centro-Oeste, 21,87% nas regiões Sudeste e Sul e 10,3% na região Norte. Exceto, a ETO na região Norte, todas as distribuidoras de energia elétrica da Rede Energia apresentaram aumento de consumo, conforme demonstrado no quadro abaixo: Mercado Cativo + TUSD (faturado) por Distribuidora e Região Trimestre

Descrição Valores em GWh

1T17

1T16

Var. %

503,0

513,4

-2,0

503,0

513,4

-2,0

3.315,6

3.245,9

+ 2,1

 Energisa Mato Grosso (EMT)

1.965,2

1.953,5

+ 0,6

 Energisa Mato Grosso do Sul (EMS)

1.350,4

1.292,4

+ 4,5

1.063,7

1.037,5

+ 2,5

 Caiuá

308,3

303,3

+ 1,6

 Vale Paranapanema (EDEVP)

243,8

240,1

+ 1,5

 Bragantina (EEB)

278,8

266,4

+ 4,7

 Nacional (CNEE)

160,7

157,9

+ 1,8

72,1

69,8

+ 3,3

4.882,3

4.796,8

+ 1,8

Região Norte  Energisa Tocantins (ETO) Região Centro-Oeste

Região Sul/Sudeste

 Força e Luz do Oeste (CFLO) Total – Distribuição nas cinco regiões do país

As distribuidoras da Rede Energia S/A encerraram o primeiro trimestre de 2017 com um total de 3.664.874 unidades consumidoras cativas e com 395 consumidores livres (176 na EMT, 104 na EMS, 18 na ETO, 17 na Caiuá, 29 na EDEVP, 30 na EEB, 10 na CNEE e 11 na CFLO). 2.3

Clientes por concessionária

A Rede Energia encerrou o primeiro trimestre de 2017 com 3.664.874 unidades consumidoras cativas, número 1,8% superior ao registrado no fim de março de 2016. A carteira de consumidores livres atingiu 395 clientes no primeiro trimestre de 2017, contra 184 em igual período de 2016. Número de consumidores Cativos e Livres por Região Número de Consumidores Distribuidoras Região Norte ETO

Cativos 570.903

Livres 18

570.903

18

2.332.699

280

EMT

1.334.570

176

EMS

998.129

104

Região Sul/Sudeste

761.272

97

Caiuá

245.333

17

EDEVP

181.813

29

EEB

158.707

30

CNEE

117.119

10

58.300

11

3.664.874

395

Região Centro-Oeste

Força e Luz do Oeste Total

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

3

Resultados do 1º trimestre de 2017

2.4

Balanço de Energia Balanço de Energia - Distribuidoras da Rede Energia 1º trimestre de 2017 (1T17)

Descrição Valores em GWh

EMT

EMS

ETO

Caiuá

EDEVP

EEB

CNEE

CFLO

Consolidada

(a) Energia Total Vendida (a=b+c+d)

1.647,5

1.145,9

472,0

292,7

217,6

161,8

151,9

60,0

6.377,8

(b) Energia vendida mercado cativo

1.642,2

1.143,6

481,0

289,8

215,6

161,0

142,8

59,7

6.244,8

Residencial

654,9

486,2

213,7

131,6

86,9

63,2

65,9

22,9

2.664,7

Industrial

149,2

86,9

45,8

23,1

29,3

28,6

16,4

11,4

591,0

Comercial

378,1

281,8

93,5

74,7

41,9

35,7

33,2

14,8

1.383,9

Rural

233,0

131,9

49,9

15,5

28,0

17,6

7,9

2,1

641,2

Setor público e consumo próprio

227,0

156,8

78,1

44,8

29,5

15,9

19,4

8,4

964,0

5,3

2,3

(9,1)

2,9

2,0

0,9

1,0

0,3

19,8

-

-

-

-

-

-

8,1

-

113,2

2.354,0

1.599,5

578,4

354,9

261,3

293,3

184,1

74,7

8.697,6

323,0

206,8

22,0

18,5

28,2

117,8

17,9

12,4

1.127,6

0,5

5,3

0,5

19,0

-

-

-

-

111,3

383,0

241,4

83,9

24,7

15,6

13,7

14,3

2,3

1.081,0

(c) Consumo não faturado (d) Suprimento a concessionárias (e) Energia injetada (e=a+f+g+h) (f) Transporte energia clientes livres (TUSD) (g) Intercâmbio de energia (h) Perdas na distribuição (i) Energia Recebida Total (i=a+h+j+k)

2.336,2

1.411,4

646,7

345,2

295,4

220,2

193,5

62,3

8.208,9

(j) Perdas na Rede Básica

28,0

24,0

9,6

15,4

11,1

8,8

7,4

-

161,6

(K) Venda de Energia CCEE

277,7

-

81,2

12,4

51,1

36,0

19,9

-

588,5

2.5

Portfólio de Contratos Portfólio de Contratos - Distribuidoras da Rede Energia

Descrição Valores em GWh (a) Energia comprada

1º trimestre de 2017 (1T17) EMT

EMS

ETO

CAIUÁ

EDEVP

EEB

CNEE

CFLO

Consolidada

1.885,2

1.346,4

576,7

339,5

295,4

220,2

193,5

62,3

7.599,0

 Bilateral

533,0

-

46,5

51,6

51,5

52,1

-

-

1.041,6

 Leilões de Energia

588,9

637,8

346,7

120,9

120,9

74,5

100,7

-

3.268,6

 Quota de Itaipu

323,1

223,5

-

63,6

46,8

42,5

31,2

-

800,0

 Quota do PROINFA

40,1

25,1

12,5

6,2

4,6

3,8

3,3

1,5

146,3

 Quota de ANGRA

59,1

40,6

16,7

11,2

8,7

7,3

5,7

-

231,6

339,3

367,0

138,7

86,1

62,8

40,1

52,6

-

1.899,1 142,0

 Quota de Garantia Física (95%)  Contrato Suprimento  Geração distribuída (b) Geração Própria / Embutida / Desverticalizada (c) Liquidação na CCEE (d) Energia Recebida Total (d=a+b+c)

2.6

-

-

-

-

-

-

-

60,7

1,6

52,4

15,8

-

-

-

-

-

69,7

451,0

1,1

70,0

-

-

-

-

-

522,1

-

63,9

-

5,7

-

-

-

-

87,8

2.336,2

1.411,4

646,7

345,2

295,4

220,2

193,5

62,3

8.208,9

Perdas de energia elétrica

As perdas totais consolidadas da Rede Energia nos últimos 12 meses encerrados em março de 2017 somaram 2.853,4 GWh (redução de 1,6% em relação a 2016), representando 12,95% da energia requerida, queda de 0,34 ponto percentual em relação ao resultado de dezembro de 2016. A EMT é destaque com redução de 20,5 GWh, fruto do incremento de equipes de fiscalização do Grupo “B”, com a regularização de mais de 2.000 unidades clandestinas, desligamento e blindagem de rede em áreas de invasão mapeadas com apoio do poder público e blindagem de quadros de medição coletivos em condomínios com histórico de furto de energia. A ETO voltou a apresentar redução nos GWhs das perdas não técnicas, em função da intensificação das ações de combate, do aumento das equipes de leitura rural plurimensal e recontagem de pontos de iluminação pública.

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

4

Resultados do 1º trimestre de 2017

No entanto, esse efeito não foi refletido no indicador percentual, em função da queda do mercado nesta área de concessão. Distribuidoras % Energia Injetada (12 meses)

Perdas Técnicas (%) mar/16

dez/16

Perdas Não-Técnicas (%)

mar/17

mar/16

dez/16

Perdas Totais (%)

mar/17

mar/16

dez/16

mar/17

ANEEL

EMT

9,76

9,82

10,05

5,37

5,62

5,17

15,13

15,44

15,21

13,67

EMS

9,95

9,83

9,83

4,55

3,89

3,65

14,50

13,72

13,49

15,13

ETO

11,75

11,52

11,47

2,96

3,34

2,90

14,71

14,86

14,37

13,98

6,20

6,25

6,32

0,59

0,49

0,25

6,79

6,74

6,57

6,68

Caiuá

6,34

6,24

6,31

1,38

1,02

0,76

7,72

7,26

7,07

7,68

EDEVP

6,91

6,89

7,01

0,53

0,74

0,27

7,43

7,63

7,28

7,08

EEB

4,93

5,10

5,12

0,18

0,05

(0,08)

5,11

5,15

5,04

5,13

CNEE

8,27

8,46

8,59

(0,11)

(0,02)

(0,06)

8,16

8,44

8,53

8,05

CFLO

3,39

3,51

3,55

0,47

0,18

(0,00)

3,87

3,69

3,55

3,93

9,34

9,32

9,42

3,94

3,89

3,53

13,29

13,21

12,95

12,71

Empresas Sul-Sudeste

Rede Energia Consolidada

Nota: Para cálculo dos percentuais apresentados acima, foram considerados os valores de energia não faturada. Os percentuais regulatórios referem-se aos últimos 12 meses findos em março de 2017.

Perdas em 12 meses Em GWh

Perdas Técnicas

Perdas Não-Técnicas mar/16

dez/16

Perdas Totais

mar/17

mar/16

dez/16

mar/17

Var.(%)(1)

mar/16

dez/16

mar/17

EMG

162,8

158,9

166,7

3,2

11,7

4,2

166,0

170,6

170,9

+ 0,2

ENF

19,6

19,0

19,2

(2,5)

(2,0)

(2,5)

17,1

17,0

16,7

- 1,8

ESE

240,0

267,5

278,8

107,4

82,1

70,6

347,4

349,6

349,4

- 0,1

EBO

48,9

52,8

55,1

3,4

(4,2)

(18,5)

52,3

48,6

36,6

- 24,7

EPB

496,0

503,5

523,6

113,6

159,8

139,3

609,6

663,3

662,9

- 0,1

EMT

931,9

920,0

941,6

512,2

526,2

484,1

1.444,1

1.446,2

1.425,7

- 1,4

EMS

575,3

559,1

566,4

262,8

221,4

210,2

838,1

780,5

776,6

- 0,5

ETO

295,5

295,7

290,2

74,4

85,7

73,4

369,9

381,4

363,6

- 4,7

Empresas Sul-Sudeste

269,4

271,4

276,4

25,5

21,2

11,1

294,9

292,6

287,5

- 1,8

Caiuá

82,2

80,1

81,4

17,8

13,1

9,8

100,0

93,2

91,2

- 2,1

EDEVP

66,5

66,6

67,9

5,1

7,2

2,6

71,6

73,8

70,5

- 4,5

EEB

55,2

57,7

58,5

2,0

0,5

(0,9)

57,2

58,2

57,6

- 1,0

CNEE

55,5

56,7

58,1

(0,8)

(0,1)

(0,4)

54,7

56,6

57,7

+ 1,9

CFLO

10,0

10,3

10,5

1,4

0,5

-

11,4

10,8

10,5

- 2,8

2.072,1

2.046,2

2.074,6

874,9

854,5

778,8

2.947,0

2.900,7

2.853,4

- 1,6

Rede Energia Consolidada (1)

Variação março de 2017/dezembro de 2016. Nota: Os dados são passíveis de recontabilizações de energia realizadas pela CCEE.

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

5

Resultados do 1º trimestre de 2017

2.7 Gestão da Inadimplência 2.7.1 Taxa de Inadimplência No 1T17, a inadimplência dos consumidores da Rede Energia (calculada pela relação percentual entre a provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) e o fornecimento faturado, no período de 12 meses) foi de 0,05%, 1,11 ponto percentual inferior à registrada nos últimos 12 meses encerrados em março de 2016 (1,16%), principalmente em função das reversões ocorridas na EMT no valor de R$ 12,5 milhões (jun/2016), referentes a acordo com a Prefeitura de Cuiabá, e de R$ 86,6 milhões (set/2016) após acordo com SANECAP. Desconsiderando esses efeitos, o indicador seria de 1,28% na EMT, e de 1,00% no consolidado, queda de 0,17 pontos percentuais em relação aos 12 meses findos em março de 2015. Últimos 12 meses (%) PCLD (% do Fornecimento faturado) EMT EMS ETO Empresas Sul-Sudeste Caiuá EDEVP EEB CNEE CFLO Total

Mar/17 (0,87) 1,17 0,88 0,14 0,38 (0,23) 0,19 0,11 0,22 0,05

Mar/16 1,40 1,59 0,99 0,17 0,23 0,07 0,23 0,12 0,11 1,16

Variação em pontos percentuais 0,42 0,11 0,03 0,15 - 0,04 - 0,01 + 0,11 - 1,11 +

2.7.2 Taxa de Arrecadação Entre o 1T16 e 1T17, a taxa de arrecadação consolidada da Rede Energia (representada pela arrecadação dos últimos 12 meses sobre ao faturamento acumulado do mesmo período) permaneceu no mesmo patamar, apesar do cenário econômico pouco favorável. Vale destacar que o decréscimo na taxa de arrecadação na Energisa Tocantins deve-se a créditos em atraso com o governo estadual em fase de equacionamento. As distribuidoras da Rede Energia vêm intensificando as ações de cobrança para conter o aumento da inadimplência, com mecanismos ágeis e desburocratizados de pagamento de débitos por meio de pontos de atendimento, da internet e de call center e pelo reforço das ações de corte e negativação de débitos. Últimos 12 meses (%) Taxa de Arrecadação (%) EMT EMS ETO Empresas Sul-Sudeste Caiuá EDEVP EEB CNEE CFLO Total

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

Mar/17 97,14 96,74 97,15 99,02 98,84 99,25 98,81 99,27 99,22 97,58

Mar/16 97,25 96,66 97,87 98,8 98,81 99,02 98,74 98,84 98,33 97,58

Variação em pontos percentuais + + + + + + +

0,11 0,08 0,72 0,22 0,03 0,23 0,07 0,43 0,89 -

6

Resultados do 1º trimestre de 2017

2.8

Indicadores de qualidade dos serviços – DEC e FEC

Os indicadores DEC e FEC (média móvel 12 meses) apresentaram expressiva melhoria em todas as concessões do da Rede Energia, exceto no DEC da ETO, impactado, em grande parte, por fatores climáticos adversos na sua área de atuação, conforme relatado na seção Desempenho de Mercado (2.1). Entre as distribuidoras da Rede Energia, as empresas Sul/Sudeste se destacaram, com redução média de 37,7% no DEC e 34,2% no FEC. Todas as concessões estão dentro dos limites regulatórios do FEC. Em relação ao DEC, apenas a EMT e ETO estão acima do limite regulatório. No caso da ETO medidas incrementais estão sendo implementadas para reverter os efeitos negativos no indicador de continuidade dos últimos meses. Os indicadores de qualidade tiveram os seguintes desempenhos nos últimos 12 meses findos em março: Distribuidoras Média móvel 12 meses

DEC (horas)

FEC (vezes)

Limite DEC

Limite FEC

Mar/17

Mar/16

Mar/17

Mar/16

Var.(%)

Mar/17

Mar/16

Var.(%)

EMT

25,30

26,19

- 3,4

13,82

22,04

- 37,3

23,92

EMS

11,95

12,99

- 8,0

5,90

6,69

- 11,8

12,28

9,23

ETO

36,20

30,52

+ 18,6

14,30

16,33

- 12,4

27,35

19,48

Empresas Sul-Sudeste

19,81

6,80

10,91

- 37,7

5,54

8,42

- 34,2

8,52

8,76

Caiuá

6,91

12,62

- 45,2

5,80

9,90

- 41,4

7,65

8,12

EDEVP

6,59

7,16

- 8,0

4,36

5,20

- 16,2

9,16

8,91

EEB

8,83

16,45

- 46,3

6,50

9,73

- 33,2

9,78

10,38

CNEE

5,66

8,50

- 33,4

6,56

10,41

- 37,0

8,23

8,09

CFLO

3,75

5,59

- 32,9

3,53

4,80

- 26,5

7,40

8,00

Nota: Para os indicadores da Energisa Sul/Sudeste foram realizadas ponderações pelo número de clientes. Os dados apresentados são obtidos a partir das bases de dados da Aneel e são passíveis de alterações solicitadas pelo regulador.

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Resultados do 1º trimestre de 2017

3

Desempenho financeiro

3.1

Receita operacional líquida

No 1T17, a receita operacional líquida consolidada, sem a receita de construção, totalizou R$ 1.759,2 milhões, o que representa um aumento de 4,0% em relação aos R$ 1.691,6 milhões registrados no 1T16. Esse desempenho decorre, principalmente, do aumento de 2,5% nas vendas de energia no mercado cativo, livre e do fornecimento não faturado. A seguir, as receitas operacionais líquidas por classe de consumo: Receita operacional por classe de consumo Descrição (R$ milhões)

Período 1T17

1T16

Var. %

2.549,8

2.634,9

- 3,2

1.127,5

1.131,4

- 0,3

Industrial

265,0

337,6

- 21,5

Comercial

642,7

665,9

- 3,5

Rural

238,3

220,3

+ 8,2

Outras classes

276,3

279,7

- 1,2 + 49,6

(+) Receita de energia elétrica (mercado cativo) Residencial

(+) Suprimento de energia elétrica

101,1

67,6

(+) Fornecimento não faturado líquido

2,2

(32,5)

-

(+) Disponibilidade do sistema elétrico

157,0

127,6

+ 23,0 + 8,2

(+) Receitas de construção

213,2

197,0

(130,9)

(127,6)

+ 2,6

(+) Subvenções vinculadas aos serviços concedidos

150,0

107,4

+ 39,7

(+) Ativo financeiro indenizável da concessão (VNR)

19,0

33,4

- 43,1

6,4

9,7

- 34,0

3.067,8

3.017,5

+ 1,7

843,4

839,1

+ 0,5

(1,3)

1,5

-

253,3

288,3

- 12,1

1.972,4

1.888,6

+ 4,4

213,2

197,0

+ 8,2

1.759,2

1.691,6

+ 4,0

(+) Constituição e amortização - CVA

(+) Outras receitas (=) Receita bruta (-) Impostos sobre vendas (-) Deduções bandeiras tarifárias (-) Encargos setoriais (=) Receita líquida (-) Receitas de construção (=) Receita líquida, sem receitas de construção

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Resultados do 1º trimestre de 2017

A seguir, as receitas operacionais líquidas das subsidiárias por segmento de atividade: Receita líquida por segmento Valores em R$ milhões

Trimestre 1T17

1T16

Var. %

 Energisa Mato Grosso

820,0

740,4

+ 10,8

 Energisa Mato Grosso do Sul

520,1

532,8

- 2,4

 Energisa Tocantins

287,7

279,0

+ 3,1

 Empresas Sul Sudeste

345,5

336,6

+ 2,6

105,7

102,4

+ 3,2 + 6,1



Caiuá



Vale Paranapanema

84,1

79,3



Bragantina

71,8

75,1

- 4,4



Nacional

57,6

52,5

+ 9,7



Força e Luz do Oeste

26,3

27,3

- 3,7

(=) Rede Energia Consolidada

1.972,4

1.888,6

+ 4,4

(-) Receitas de construção (=) Rede Energia Consolidada, sem receita de construção

213,2

197,0

+ 8,2

1.759,2

1.691,6

+ 4,0

Nota: As receitas líquidas por classe de consumo e por distribuidora podem ser encontradas no Anexo I.

3.2 Ambiente Regulatório 3.2.1 Conta de Compensação dos Valores da Parcela A (CVA) Em março de 2017 foi possível observar uma redução no saldo da Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A (CVA). Em 31 de março de 2017, a Rede Energia registrou uma CVA passiva (“a pagar”) de R$ 130,9 milhões, ante uma CVA passiva de R$ 127,6 milhões registrados em março de 2016, ou seja, um aumento de 2,6% (R$ 3,3 milhões). A CVA é o mecanismo regulatório instituído pela Portaria Interministerial nº 25/02, destinado a registrar as variações de custos relacionados à compra de energia, transporte de energia e encargos setoriais, ocorridas no período entre os eventos tarifários da distribuidora. O objetivo deste mecanismo é neutralizar os efeitos desses custos, ditos de “Parcela A” e de repasse tarifário integral assegurado, sobre o resultado da distribuidora. Sobrecontratação Ao longo dos últimos trimestres, a Rede Energia envidou seus melhores esforços para a mitigação da sobrecontratação de energia, por meio da utilização dos mecanismos disponíveis, tais como participação em todos os MCSDs de Energia Existente e Energia Nova e realização de acordos bilaterais com geradores. Em reunião da Diretoria da Aneel, realizada em 25 de abril de 2017, o regulador definiu que a aprovação da involuntariedade de cada distribuidora será avaliada individualmente, considerando o máximo esforço para atingimento do nível de cobertura contratual, conforme previsto na Resolução Normativa 453/2011. Em função dos motivos expostos acima, os montantes de energia superior ao nível regulatório de repasse (>105%), não afetaram o resultado do 1T17. 3.2.2 Bandeiras tarifárias Em janeiro de 2015 entrou em vigor o “Sistema de Bandeiras Tarifárias”, que repassa automaticamente ao consumidor final o custo incorrido pela distribuidora sempre que a compra de energia for afetada pelo despacho termelétrico de maior custo. O objetivo deste mecanismo é diminuir o carregamento financeiro entre os reajustes tarifários e aliviar o dispêndio de caixa das distribuidoras no curto prazo. Em fevereiro de 2016, a Aneel reduziu em 40% o valor da tarifa adicional da bandeira amarela: de R$ 2,50 para R$ 1,50. A bandeira vermelha também foi dividida em dois patamares: o patamar 1 com cobrança extra de R$ 3,00 para cada 100 KWh consumidos; e o patamar 2 que mantém o valor de R$ 4,50 por 100 kWh. As receitas consolidadas auferidas pela Rede Energia provenientes das bandeiras tarifárias no 1T17 foram de R$ 14,7 milhões, ante os R$ 144,4 milhões registrados no 1T16. Esta redução é explicada pela melhoria no cenário hidrológico em 2016.

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Resultados do 1º trimestre de 2017

3.2.3 Revisões e reajustes tarifários Em 2016, a Aneel homologou o 4º Ciclo de Revisões Tarifárias Periódicas ("4CRTP") de seis subsidiárias da Rede Energia S/A. A revisão tarifária da Energisa Tocantins, ocorrida em julho de 2016, teve o processo de homologação da Base de Remuneração concedido em caráter provisório pela Aneel. Esta revisão é provisória em decorrência da mensuração da base de remuneração da distribuidora no que se refere apenas às baixas de ativos. A Aneel apurará o valor adequado apenas das baixas no próximo evento tarifário (em julho de 2017), ocasião em que a Companhia espera reverter até R$ 31 milhões de baixas sobre os valores já refletidos na Base Homologada, este efeito equivale a 5,3% da Base de Remuneração já reconhecida no último evento tarifário. As demais distribuidoras da Rede Energia terão seus processos de revisão (“4CRTP”) homologados em abril de 2018 (Energia Mato Grosso e Energia Mato Grosso do Sul). Os efeitos para os consumidores decorrentes do último processo de reajuste e revisão tarifária de cada distribuidora da Rede Energia ocorridos em 2016 e em 2017 foram os seguintes: Efeito para o Consumidor (%) Distribuidoras

Baixa Tensão

EMT (*) EMS (*) ETO Caiuá EDEVP EEB CNEE CFLO (*)

- 1,99 - 1,58 + 13,79 -2,32 -0,33 + 1,68 - 1,15 - 13,84

Alta e Média Tensão - 2,35 - 2,68 + 9,99 + 2,84 + 6,20 + 2,06 + 1,90 - 20,09

Médio - 2,10 - 1,92 + 12,81 -0,94 + 1,69 + 1,84 - 0,37 - 16,48

Início da Vigência

Processo Revisional

08/04/2017 08/04/2017 04/07/2016 10/05/2016 10/05/2016 10/05/2016 10/05/2016 29/06/2016

Reajuste Anual Reajuste Anual 4CRTP 4CRTP 4CRTP 4CRTP 4CRTP 4CRTP

Em abril de 2017, a Aneel aprovou os reajustes tarifários anuais da EMT e EMS. Para maiores informações, ver Eventos Subsequentes.

3.2.4 Base de remuneração regulatória O processo de valoração dos ativos da Base de Remuneração Regulatória utiliza o método do Valor Novo de Reposição - VNR, que corresponde ao valor, a preços atuais de mercado, de um ativo idêntico, similar ou equivalente, sujeito a reposição, que efetue os mesmos serviços e tenha a mesma capacidade do ativo existente, considerando todos os gastos necessários para a sua instalação. A Base de Remuneração Líquida das distribuidoras que já passaram pelo 4º Ciclo em 2016 totalizou R$ 1.068,7 milhões. A evolução das Bases de Remunerações Líquidas (BRL) das distribuidoras da Rede Energia e as datas das Revisões Tarifárias (RT) são as seguintes: Base de Remuneração Líquida (BRL) (Em R$ milhões) (1) Distribuidora

Data revisão tarifária

3º Ciclo

4º Ciclo

3º Ciclo

4º Ciclo

5º Ciclo

Caiuá

101,4

154,3

mai/12

mai/16

mai/21

CNEE

47,3

75,8

mai/12

mai/16

mai/21

EEB

87,5

139,9

mai/12

mai/16

mai/21

EDEVP

68,3

100,8

mai/12

mai/16

mai/21

CFLO

14,9

20,8

jun/12

jun/16

jun/21

ETO

257,1

577,1

jul/12

jul/16

jul/20

Subtotal

576,5

1.068,7

EMT

1.693,5

-

(2)

abr/14

abr/18

abr/23

-

(2)

abr/14

abr/18

abr/23

EMS

1.152,6

Total

3.422,6

-

WACC (antes de impostos)

11,36%

12,26%

(1) Preços da data de RT. | (2) Distribuidoras que não realizaram revisão tarifária no ciclo.

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Resultados do 1º trimestre de 2017

3.2.5 Parcela B Os processos revisionais realizados em 2016 e em 2017 resultaram em um aumento na Parcela B de 6,3% em termos reais, em relação à data anterior (D-1) da aplicação da revisão tarifária, chegando a R$ 2.474,0 milhões. O crescimento da Parcela B nas empresas que entraram no 4CRTP foi influenciado, principalmente, pela intensificação e reconhecimento tarifário dos investimentos realizados. Parcela B Distribuidora

DRA (*)

DRP (**)

Variação (R$ milhões)

Variação %

Processo Revisional

EMT (***)

965,7

1.012,3

46,6

+ 4,8

Reajuste Anual

EMS(***)

641,3

667,6

26,3

+ 4,1

Reajuste Anual

ETO

388,3

446,0

57,7

+ 14,9

4CRTP

Caiuá

97,6

103,5

5,9

+ 6,0

4CRTP

EDEVP

79,7

84,9

5,2

+ 6,5

4CRTP

EEB

78,5

79,9

1,4

+ 1,8

4CRTP

CNEE

53,7

55,9

2,2

+ 4,1

4CRTP

CFLO

22,8

23,9

1,1

+ 4,8

4CRTP

Total

2.327,6

2.474,0

146,4

+ 6,3

(*) (**) (***)

DRA – Data de Referência Anterior: é definida como sendo a data de vigência do último processo tarifário homologado pela Aneel, seja reajuste ou revisão tarifária, que contempla os custos incorridos e receitas auferidas nos doze meses relativos ao processo tarifário. DRP – Data de Referência em Processamento: a DRP é definida como sendo a data de vigência do processo tarifário em análise a ser homologado pela Aneel, seja reajuste ou revisão tarifária, que contempla os custos e receitas previstas para os doze meses relativos ao processo tarifário. Em abril de 2017, a Aneel aprovou os reajustes tarifários anuais da EMT e EMS. Para maiores informações, ver Eventos Subsequentes.

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Resultados do 1º trimestre de 2017

3.2.6 Créditos de subvenção tarifária, baixa renda e sub-rogação CCC A Aneel também autorizou o repasse no montante de R$ 150,1 milhões no 1T17 (R$ 180,5 milhões no 1T16), referentes a subsídios tarifários concedidos aos consumidores de baixa renda, rurais irrigantes e serviços públicos, através da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), em cumprimento ao disposto no Decreto nº 7.891 de 2013. Esses recursos, por sua vez, foram registrados como receita operacional. Os valores por distribuidora são os seguintes: Recursos Decreto 7.891 e Baixa Renda (R$ milhões)

1T17

1T16

EMT

60,4

50,0

EMS

47,9

21,8

ETO

19,9

16,0

Caiuá

4,1

5,3

EDEVP

5,1

5,4

EEB

4,2

4,3

CNEE

3,9

3,9

CFLO

4,6

1,0

Total

150,1

180,5

Além desse saldo, as distribuidoras da Rede Energia detêm créditos de sub-rogação de CCC (Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis) no montante de R$ 24,2 milhões, em contrapartida à implantação de projetos elétricos, que proporcionaram a redução do dispêndio da CCC. 3.3

Custos e Despesas operacionais

Os custos e despesas operacionais consolidadas, excluindo os custos de construção, totalizaram R$ 1.564,3 milhões no 1T17, redução de 0,9% em relação ao 1T16. Destaque para as despesas com PMSO que apresentaram redução de 7,7% no mesmo trimestre analisado. A composição dos custos e despesas operacionais consolidadas pode ser assim demonstrada: Composição dos custos e despesas operacionais Valores em R$ milhões 1 Custos e Despesas não controláveis 1.1 Energia comprada 1.2 Transporte de potência elétrica 2 Custos e Despesas controláveis

Trimestre 1T17

1T16

Var. %

1.116,2

1.093,9

+ 2,0

1.021,4

948,1

+ 7,7

94,8

145,8

- 35,0

320,2

346,3

- 7,5

284,4

308,2

- 7,7

35,8

38,1

- 6,0

2.2.1 Contingências

15,1

(3,1)

-

2.2.2 Devedores duvidosos

20,7

41,2

- 49,8

127,9

138,0

- 7,3

139,0

128,5

+ 8,2

2.1 PMSO 2.2 Provisões/Reversões

3 Demais receitas/despesas 3.1 Depreciação e amortização 3.2 Outras receitas/despesas Total Custos e Despesas Operacionais (1+2+3, s/ construção) Custo de construção Total Custos e Despesas Operacionais (1+2+3, c/ construção)

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

(11,1)

9,5

-

1.564,3

1.578,2

- 0,9

213,2

197,0

+ 8,2

1.777,5

1.775,2

+ 0,1

12

Resultados do 1º trimestre de 2017

3.3.1 Custos e Despesas operacionais não controláveis Os custos e despesas não controláveis (Parcela A) cresceram 2,0% no 1T17, totalizando R$ 1.116,2 milhões. 

Custos com Energia Elétrica Comprada para Revenda

No 1T17, os custos com energia comprada para revenda subiram 7,7%, ou R$ 73,3 milhões, em comparação ao registrado no 1T16, totalizando R$ 1.021,4 milhões. Esse aumento deve-se à elevação dos despachos térmicos dentro da ordem de mérito, que aumentam o custo da parcela variável dos CCEARs (Contratos de Compra de Energia no Ambiente Regulado). 

Encargos do Uso do Sistema de Transmissão

No 1T17, os custos com encargos do uso do sistema de transmissão totalizaram R$ 94,8 milhões, redução de 35,0%, decorrente da queda nos Encargos de Serviços do Sistema (ESS), em função da redução do despacho fora da ordem de mérito. 3.3.2 Custos e Despesas operacionais controláveis Os custos e despesas controláveis no 1T17 totalizaram R$ 320,2 milhões, redução de 7,5% em relação ao 1T16 (R$ 346,3 milhões). 

PMSO (Pessoal, Material, Serviços e Outros)

Dando continuidade a redução apresentada nos trimestres anteriores, as despesas com PMSO totalizaram R$ 284,4 milhões no 1T17, redução de 7,7% em relação ao 1T16, enquanto a inflação dos últimos doze meses foi de 4,57% (IPCA/IBGE) e 4,86% (IGP-M/FGV). PMSO Consolidado Valores em R$ milhões Pessoal Custos indenizatórios Fundo de pensão Material Serviços de terceiros Outras

Trimestre 1T17

1T16

Var. %

125,2

130,7

- 4,2

4,8

9,7

-50,5 + 24,3

4,6

3,7

20,5

21,4

- 4,2

106,3

114,0

- 6,8

27,8

38,4

- 27,6

Multas e compensações

16,8

12,4

+ 35,5

Contingências (liquidação de ações cíveis)

10,9

8,7

+ 25,3

0,1

17,3

- 99,4

284,4

308,2

- 7,7

Outros Total PMSO Consolidado IPCA / IBGE (últimos 12 meses encerrados em março de 2017)

4,57%

IGPM / FGV (últimos 12 meses encerrados em março de 2017)

4,86%

As principais variações nas despesas de PMSO estão detalhadas a seguir:  Despesas com Pessoal e Fundo de Pensão No 1T17, as despesas com pessoal e fundo de pensão totalizaram R$ 129,8 milhões, redução de 3,4% ou R$ 4,6 milhões em comparação ao 1T16, devido, principalmente, da redução de R$ 5,5 milhões na linha de pessoal, decorrente da estratégia de internalização de pessoal e da queda nos custos indenizatórios, que totalizaram R$ 4,8 milhões, contra R$ 9,7 milhões no 1T16.  Despesas com Materiais e Serviços de Terceiros No 1T17, as despesas com materiais e serviços de terceiros totalizaram R$ 126,3 milhões, uma redução de 6,7% ou R$ 9,1 milhões em relação ao 1T16, devido, principalmente, decréscimo de R$ 7,6 milhões nas despesas com serviços de terceiros na EMT (redução de R$ 7,5 milhões nesta rubrica), como resultado da iniciativa de internalização de atividades de manutenção preventiva e corretiva. Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

13

Resultados do 1º trimestre de 2017

 Outras Despesas No 1T17, as outras despesas somaram R$ 27,8 milhões, uma redução de 27,6%, decorrente da redução de R$ 10,6 milhões de despesas gerais, que foi parcialmente compensado pelo aumento de R$ 4,4 milhões nas multas e compensações regulatórias (especialmente, na ETO). A seguir, as despesas com PMSO por distribuidora: Trimestre

Despesas com PMSO das distribuidoras Valores em R$ milhões

1T17

1T16

Var. %

Energisa Mato Grosso

- 14,2

110,8

129,1

Energisa Mato Grosso do Sul

86,8

106,0

- 18,1

Energisa Tocantins

55,3

48,2

+ 14,7

Empresas Sul/Sudeste

+ 0,9

44,1

43,7



Caiuá

13,6

13,9

- 2,2



Vale Paranapanema

10,6

9,8

+ 8,2



Bragantina

10,0

10,2

- 2,0



Nacional

7,2

6,4

+ 12,5



Força e Luz do Oeste

2,7

3,4

- 20,6

297,0

327,0

- 9,2

Total

3.3.3 Demais despesas O grupo das demais despesas totalizou R$ 24,7 milhões no 1T17, redução de 48,1% em relação ao 1T16, devido a: (i) (ii)

Queda de R$ 20,5 milhões nas provisões para devedores duvidosos; Receitas auferidas na alienação de aeronave, na EMT, por USD 9,0 milhões (R$ 21,9 milhões, na linha de outras receitas) Estes efeitos foram parcialmente compensados pelo: (i) Aumento de R$ 18,2 milhões nas contingências, em função da menor reversão na EMT e ETO e adequação dos riscos financeiros de processos em andamento na EMS.

Demais despesas Valores em R$ milhões Provisões/Reversões

1T17

1T16

Var. %

35,8

38,1

Contingências

15,1

(3,1)

-

Devedores duvidosos

20,7

41,2

- 49,8

Outras despesas/receitas Total das demais despesas

3.4

Trimestre

- 6,0

(11,1)

9,5

-

24,7

47,6

- 48,1

EBITDA

No 1T17, o EBITDA Ajustado atingiu R$ 362,4 milhões, 37,5% maior em relação ao apurado no 1T16 (R$ 263,6 milhões). O acréscimo de R$ 98,8 milhões no EBITDA Ajustado entre o 1T17 e o 1T16 decorre, principalmente: (i) Melhoria de R$ 46,2 milhões na Parcela B das distribuidoras, em função do crescimento de mercado, reajustes/revisões tarifárias e eficiência no combate às perdas; (ii) Redução de 7,7% (ou R$ 23,7 milhões) no PMSO; (iii) Alienação da aeronave na EMT (R$ 21,9 milhões na rubrica de outras receitas/despesas).

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

14

Resultados do 1º trimestre de 2017

O EBITDA e EBITDA Ajustado por subsidiária são os seguintes: EBITDA (*) valores em R$ milhões

EBITDA 1T17

1T16

EBITDA Ajustado Var. %

1T17

1T16

Var. %

EMT

134,9

75,2

+ 79,4

151,1

82,0

+ 84,3

EMS

90,3

71,1

+ 27,0

102,0

73,5

+ 38,8

ETO

32,3

30,5

+ 5,9

37,7

36,3

+ 3,9

Caiuá

20,5

19,4

+ 5,7

21,9

21,4

+ 2,3

EDEVP

17,6

16,7

+ 5,4

18,6

18,0

+ 3,3

EEB

10,5

7,2

+ 45,8

11,7

8,7

+ 34,5

CNEE

16,2

13,8

+ 17,4

17,0

14,9

+ 14,1

CFLO

7,3

2,1

+ 247,6

7,7

2,8

+ 175,0

Combinação de negócios - Ajustes “pro forma” (1) Rede Energia Consolidada

4,3

5,9

- 27,1

(5,3)

6,0

-

333,9

241,9

+ 38,0

362,4

263,6

+ 37,5

16,9

12,3

+ 4,6 p.p

18,4

13,4

+ 5,0 p.p

Margem EBITDA (%)

(*) EBITDA é a soma do lucro líquido, impostos, resultado financeiro e depreciação/amortização, conforme Instrução CVM 527/12. EBITDA Ajustado = EBITDA + Receitas de acréscimos moratórios.

(1) As participações acionárias adquiridas são avaliadas pelo valor justo dos ativos e passivos detidos pelas entidades objeto do negócio e as diferenças para o valor pago são classificados como: (i) intangível (goodwill) quando o valor pago superar o valor justo dos ativos e passivos; (ii) resultado do exercício (compra vantajosa) quando o valor pago é inferior ao valor justo dos ativos e passivos. O goodwill referente a entidades sob o regime de concessão e/ou autorização de exploração econômica por prazo determinado, são amortizados no prazo de exploração.

3.5

Resultado financeiro

No 1T17, o resultado financeiro líquido refletiu despesas financeiras líquidas de R$ 83,2 milhões, contra R$ 51,8 milhões de despesas financeiras líquidas no 1T16. Resultado Financeiro Consolidado Valores em R$ milhões Receitas financeiras

Trimestre 1T17

1T16

Var. % - 37,0

100,8

160,1

Receita de aplicações financeiras

35,9

42,1

- 14,7

Acréscimos moratórios sobre contas em atraso

28,5

21,7

+ 31,3 - 95,5

Atualização financeira de ativos regulatórios (CVA)

2,8

61,8

Ajuste a valor presente

(0,6)

0,7

-

(-) Pis/Cofins sobre receita financeira

(5,9)

(6,2)

- 4,8

Outras receitas financeiras Despesas financeiras Encargos de dívidas - Juros Encargos de dívidas - Variação monetária/cambial Instrumentos financeiros derivativos Marcação mercado de dívidas e derivativos

40,1

40,0

+ 0,2

(184,0)

(211,9)

- 13,2

(91,6)

(80,2)

+ 14,2

(3,1)

68,7

-

(28,3)

(93,3)

- 69,7 - 77,7

2,3

10,3

Atualização financeira de passivos regulatórios

(8,0)

(16,2)

- 50,6

Atualização monetária de P&D e eficiência energética

(5,2)

(6,1)

- 14,8

Ajustes a valor presente

3,4

(1,8)

-

(-) Transferência de juros capitalizados para ordens em curso

0,8

11,9

- 93,3

Mútuos com partes relacionadas Atualização de contingências

(20,7)

(22,5)

- 8,0

(2,6)

(13,5)

- 80,7

Outras despesas financeiras

(31,0)

(69,2)

- 55,2

Resultado financeiro

(83,2)

(51,8)

+ 60,6

As receitas financeiras apresentaram queda de R$ 59,3 milhões, devido aos seguintes fatores: (i) Queda de R$ 59,0 milhões na rubrica de atualização financeira de ativos regulatórios (CVA) em função da redução da Selic média no 1T17 (12,7% a.a.) em relação ao 1T16 (13,7% a.a.); (ii) Redução de R$ 6,2 milhões nas receitas de aplicações financeiras; (iii) Aumento de R$ 6,8 milhões nas receitas de acréscimos moratórios, decorrentes dos juros e mora aplicados aos consumidores por atraso no pagamento das contas de energia.

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

15

Resultados do 1º trimestre de 2017

As despesas financeiras apresentaram decréscimo de 13,2% (R$ 27,9 milhões), passando de R$ 211,9 milhões no 1T16 para R$ 184,0 milhões no 1T17, explicado por: (i) Variação negativa de R$ 14,8 milhões do resultado cambial (variação monetária/cambial, instrumentos financeiros derivativos e marcação a mercado de dívidas e derivativos), em função da queda do dólar ocorrida no início de 2016 e encerramento dos limitadores cambiais das dívidas. (ii) Redução de R$ 8,2 milhões de atualização financeira de passivos regulatórios; 3.6

Lucro Líquido

No 1T17, a Rede Energia apresentou um lucro líquido consolidado de R$ 73,7 milhões, contra R$ 44,3 milhões no 1T16, em decorrência do aumento de 37,5% no EBITDA, que foi parcialmente afetado pela piora no resultado financeiro. A seguir, o lucro líquido consolidado da Rede Energia e das suas subsidiárias: Trimestre

Lucro Líquido (prejuízo) Valores em R$ milhões

1T17

1T16

Var. %

EMT EMS ETO Empresas Sul Sudeste Caiuá EDEVP EEB CNEE CFLO Rede Energia Consolidada

38,0 33,6 6,2 41,6 10,8 11,3 4,4 10,8 4,3 73,7

21,4 28,9 15,3 27,4 8,1 9,3 8,5 1,5 44,3

+ 77,6 + 16,3 - 59,5 + 51,8 + 33,3 + 21,5 + 27,1 + 186,7 + 66,4

4 4.1

Estrutura de capital Caixa e endividamento

A posição consolidada de caixa, equivalentes de caixa e aplicações financeiras totalizou R$ 1.156,5 milhões no final de março de 2017, frente aos R$ 2.768,2 milhões registrados em 31 de dezembro de 2016. Ressalte-se que os referidos saldos incluem os créditos referentes à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC) e Conta de Compensação dos Valores da Parcela A (CVA). Em 31 de março de 2017, a dívida liquida totalizou R$ 2.997,5 milhões, contra R$ 3.140,1 milhões em 31 de dezembro de 2016. Por sua vez, a dívida líquida deduzida dos créditos setoriais, passou de R$ 3.170,5 milhões em 31 de dezembro de 2016 para R$ 3.129,8 milhões em 31 de março de 2017. Consequentemente, a relação dívida líquida por EBITDA Ajustado consolidado nos últimos 12 meses (R$ 1.401,1 milhões) passou de 2,4 vezes em dezembro de 2016 para 2,2 vezes em março de 2017, queda de 0,2 vezes. Evolução da Alavancagem Consolidada - Dívida líquida (R$ milhões) / EBITDA Ajustado 12 meses (vezes) – 6.000,0

2,9

3,3

2,9

5.000,0

4,0

2,4

2,2

3,0 2,0

4.000,0

3.000,0

2.838,2

3.275,1

3.403,9

3.170,5

3.129,8

1,0 0,0 -1,0

2.000,0 -2,0 1.000,0

-3,0 -4,0

-

mar/16

jun/16 Dívida líquida

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

set/16

dez/16

mar/17

Dívida líquida / EBITDA Ajustado

16

Resultados do 1º trimestre de 2017

A seguir, as dívidas de curto e longo prazo, líquidas de disponibilidades financeiras (caixa, equivalentes de caixa, aplicações financeiras e créditos setoriais) entre 31 de março de 2017, 31 de dezembro de 2016 e 30 de setembro de 2016: Controladora

Descrição Valores em R$ milhões

Consolidado

31/03/2017

31/12/2016

30/09/2016

31/03/2017

31/12/2016

30/09/2016

2,9 0,7 2,2 157,4 109,7 47,7 160,3 18,2 142,1 142,1

1,9 1,4 0,5 153,5 106,7 46,8 155,4 50,7 104,7 104,7

0,7 0,5 0,2 148,6 102,7 45,9 149,3 8,6 140,7 140,7

1.032,7 672,3 144,8 30,7 16,9 24,8 117,0 26,2 3.253,6 2.455,5 521,8 86,5 34,5 165,8 (10,5) 4.286,3 1.288,8 2.997,5 144,8 24,2 (301,3) 3.129,8

994,6 605,4 150,9 24,0 16,7 58,6 131,2 7,8 3.453,9 2.538,4 550,6 88,0 95,7 195,1 (13,9) 4.448,5 1.308,4 3.140,1 106,4 24,6 (161,4) 3.170,5

1.137,4 692,4 142,9 32,4 16,6 58,6 117,0 77,5 3.575,9 2.609,6 593,5 82,7 110,1 224,3 (44,3) 4.713,3 1.211,3 3.502,0 103,4 25,8 (31,1) 3.403,9

-

2,2

2,4

2,9

Curto Prazo Empréstimos, financiamentos e arrendamentos Debêntures Encargos de dívidas Parcelamento de impostos e déficit atuarial Parcelamento de encargos setoriais Parcelamento energia comprada Itaipu Instrumentos financeiros derivativos líquidos Longo Prazo Empréstimos, financiamentos e arrendamentos Debêntures Parcelamento de impostos e déficit atuarial Parcelamento de encargos setoriais Parcelamento energia comprada Itaipu Instrumentos financeiros derivativos líquidos Total das dívidas (-) Disponibilidades financeiras Total das dívidas líquidas (-) Créditos CDE (-) Créditos CCC (-) Créditos CVA Total das dívidas líquidas deduzidas de créditos setoriais

Indicador relativo Divida líquida / EBITDA Ajustado 12 meses (1)

(1)

-

-

EBITDA Ajustado = EBITDA + Receitas de acréscimos moratórios (últimos 12 meses).

As dívidas por distribuidora controlada pela Rede Energia em 31 de março de 2017 são as seguintes: Dívidas líquidas em 31 de março de 2017 (R$ milhões) Curto Prazo Empréstimos, financiamentos e arrendamentos Debêntures Encargos de dívidas Parcelamento de impostos e déficit atuarial Parcelamento de encargos setoriais Parcelamento energia comprada Itaipu Instrumentos financeiros derivativos líquidos Longo Prazo Empréstimos, financiamentos e arrendamentos Debêntures Parcelamento de impostos e déficit atuarial Parcelamento de encargos setoriais Parcelamento energia comprada Itaipu Instrumentos financeiros derivativos líquidos Total das dívidas (-) Disponibilidades financeiras Total das dívidas líquidas (-) Créditos CDE (-) Créditos CCC (-) Créditos CVA Total das dívidas líquidas deduzidas de créditos setoriais

EMT

EMS

ETO

372,8 157,5 69,5 9,2 2,7 17,4 117,0 (0,5) 1.623,9 1.203,1 215,2 15,5 24,3 165,8 1.996,7 479,5 1.517,2 55,1 24,2 (135,0) 1.572,9

214,1 134,5 73,1 5,3 1,2 878,1 619,0 258,9 0,2 1.092,2 400,0 692,2 52,2 (87,9) 727,9

190,9 155,9 9,0 0,8 7,4 17,8 448,4 447,8 1,0 10,2 (10,6) 639,3 142,9 496,4 13,7 (9,6) 492,3

3,2

CAIUÁ

EDEVP

EEB

CNEE

CFLO

122,0 132,3 1,3 4,0 (15,6) 46,2 23,8 22,4 168,2 102,3 65,9 3,9 (24,4) 86,4

6,2 3,1 0,1 3,0 28,5 11,5 17,0 34,7 40,5 (5,8) 3,5 (15,8) 6,5

83,5 59,0 4,8 3,0 16,7 31,2 14,5 16,7 114,7 43,3 71,4 2,8 (24,2) 92,8

5,3 2,9 0,1 2,3 23,5 10,5 13,0 28,8 34,9 (6,1) 8,9 (5,9) (9,1)

34,7 26,8 0,2 1,0 6,7 12,9 12,2 0,7 47,6 22,5 25,1 4,6 1,5 19,0

2,8

0,2

2,6

(0,3)

1,2

Indicador Relativo Dívidas líquidas / EBITDA Ajustado 12 meses

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

(1)

2,4

2,0

17

Resultados do 1º trimestre de 2017

5

Investimentos

No 1T17, as distribuidoras da Rede Energia realizaram investimentos no montante de R$ 324,7 milhões, aumento de 43,4% em relação aos R$ 226,5 milhões investidos no mesmo trimestre do ano passado. Os investimentos em ativos elétricos (excluindo os recursos provenientes das Obrigações Especiais) somaram R$ 201,7 milhões, 62,1% do total. A maior parte dos investimentos em ativos elétricos ocorreu nas concessionárias que passarão pelo 4CRTP em 2018, EMT (R$ 117,3 milhões) e a EMS (R$ 149,2 milhões). Estes investimentos estão focados na expansão e reforço da rede elétrica, bem como na melhoria contínua da qualidade de energia fornecida. Os investimentos provenientes de Obrigações Especiais totalizaram R$ 112,0 milhões (34,5% do total), dos quais R$ 88,2 milhões foram investidos na Energisa Mato Grosso do Sul, primordialmente atrelados ao programa de universalização (PLPT). Os investimentos realizados no 1T17, por subsidiária, foram os seguintes: Investimentos Valores em R$ milhões

Ativos Elétricos 1T17

1T16

Obrigações Especiais

Var. %

1T17

1T16

Var. %

Ativos Não Elétricos 1T17

1T16

Var. %

Investimento Total 1T17

1T16

Var. %

EMT

96,7

97,6

- 0,9

16,6

2,7

+ 514,8

4,0

19,3

- 79,3

117,3

119,6

- 1,9

EMS

58,1

33,4

+ 74,0

88,2

6,7

+ 1.216,4

2,9

2,8

+ 3,6

149,2

42,9

+ 247,8

ETO

29,4

46,8

- 37,2

3,1

2,1

+ 47,6

2,4

1,3

+ 84,6

34,9

50,2

- 30,5

Empresas Sul Sudeste

17,5

9,8

+ 78,6

4,1

1,2

+ 241,7

1,7

2,8

- 39,3

23,3

13,8

+ 68,8

Caiuá

6,2

3,6

+ 72,2

0,9

0,1

+ 800,0

0,5

1,2

- 58,3

7,6

4,9

+ 55,1

Vale Paranapanema

3,4

1,4

+ 142,9

1,9

0,2

+ 850,0

0,4

0,3

+ 33,3

5,7

1,9

+ 200,0

Bragantina

4,4

2,9

+ 51,7

0,4

0,7

- 42,9

0,3

0,6

- 50,0

5,1

4,2

+ 21,4

Nacional

2,8

1,1

+ 154,5

0,7

0,1

+ 600,0

0,3

0,6

- 50,0

3,8

1,8

+ 111,1

0,7

0,8

- 12,5

0,2

0,1

+ 100,0

0,2

0,1

+ 100,0

1,1

1,0

+ 10,0

201,7

187,6

+ 7,5

112,0

12,7

+ 781,9

11,0

26,2

- 58,0

324,7

226,5

+ 43,4

Força e Luz do Oeste Total

As “Obrigações Especiais” são recursos aportados pela União, Estados, Municípios e Consumidores para a concessão e não compõe a Base de Remuneração Regulatória da distribuidora.

Conforme Fato Relevante, divulgado em 23 de março de 2017, as distribuidoras da Rede Energia mantém a projeção de investir R$ 1.044,8 milhões no ano de 2017.

6 6.1

Eventos subsequentes Reajustes tarifários da EMT e EMS

Conforme Comunicados ao Mercado, divulgados anteriormente, a Aneel aprovou os reajustes tarifários anuais da EMT e EMS, conforme segue abaixo:

Nível de Tensão

6.2

Efeito Médio para o Consumidor da EMT (vigência a partir de 08/abril)

Efeito Médio para o Consumidor da EMS (vigência a partir de 08/abril)

Baixa Tensão

-1,99%

-1,58%

Alta e Média Tensão

-2,35%

-2,68%

Total

-2,10%

-1,92%

Aneel aprova grupamento das distribuidoras Sul-Sudeste

Em reunião da Diretoria, realizada 25 de abril de 2017, a Aneel homologou a anuência para que as distribuidoras Companhia Força e Luz do Oeste, Companhia Nacional de Energia Elétrica, Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema S.A, Empresa Elétrica Bragantina S.A e Caiuá Distribuição de Energia S.A, possam ser agrupadas sob o controle da Energisa Sul-Sudeste. A nova concessão agrupada terá vigência a partir de 1º de julho de 2017. Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

18

Resultados do 1º trimestre de 2017

A autorização obedece às regras estabelecidas no decreto nº 8.461/15, regulamentada pela Resolução Normativa nº 716/2016-Aneel, que possibilitou o agrupamento das distribuidoras controladas por um mesmo grupo econômico, estando o procedimento sujeito à aprovação da agência reguladora e ao atendimento de critérios de racionalidade operacional e econômica. A expectativa é de que com o agrupamento de concessões a operação em sinergia das distribuidoras resulte em uma melhoria na modicidade tarifária, resultante dos ganhos de escala e de eficiência, e também na melhora da qualidade do serviço de fornecimento de energia. O decreto prevê ainda o estabelecimento de uma única data para os reajustes tarifários da nova área de concessão agrupada. Em função da fusão dessas distribuidoras, o reajuste das concessões foi adiado para 12 de julho. O decreto prevê ainda o estabelecimento de uma única data para os reajustes tarifários da nova área de concessão agrupada.

7

Dividendos do exercício de 2016

Com base nos resultados apurados em 2016, reunidos em Assembleia Geral, os acionistas deliberaram distribuir dividendos no montante de R$ 38,0 milhões, correspondentes a R$ 0,01790230383 por ação ordinária e R$ 0,01969253421 por ação preferencial. O dividendo será pago em 27 de junho de 2017, com base na posição acionária do dia 04/05/2017, respeitadas as negociações deste dia.

8

Serviços prestados pelo auditor independente

Em atendimento ao rodízio obrigatório previsto no artigo 31 da Instrução Normativa CVM nº 308, de 14 de maio de 1999, e conforme orientado pelo Comitê de Auditoria e Riscos da Companhia, foi aprovada pelo Conselho de Administração a contratação da Ernst & Young Auditores Independentes na qualidade de novo auditor independente da Companhia a partir do primeiro trimestre de 2017. A remuneração total desses auditores independentes pelos serviços prestados para a Rede Energia S/A nos primeiros três meses de 2017 foi de R$ 186 mil, dos quais R$ 122 mil pela revisão contábil das demonstrações financeiras. A política de contratação adotada pela Companhia atende aos princípios que preservam a independência do auditor, de acordo com as normas vigentes, que determinam, principalmente, que o auditor não deve auditar seu próprio trabalho, nem exercer funções gerenciais para seu cliente ou promover os seus interesses. A Administração.

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

19

Resultados do 1º trimestre de 2017

Demonstrações Financeiras 1. Balanço Patrimonial Ativo REDE ENERGIA S/A BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE MARÇO DE 2017 E 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Em milhares de reais) 31/03/2017

31/12/2016

31/03/2017

31/12/2016

Ativo Circulante Caixa e equivalente de caixa Aplicações financeiras no mercado aberto e recursos vinculados Clientes, consumidores e concessionárias Títulos de créditos a receber Dividendos a receber Estoques Tributos a recuperar

780

33.308

357.427

17.449

17.347

837.719

449.545 768.556

-

-

1.516.227

1.338.324 9.661

-

-

8.810

36.535

36.535

-

-

-

-

27.163

26.720 276.920

10.504

10.121

280.366

Instrumentos financeiros derivativos

-

-

18.471

27.755

Ativos financeiros setoriais

-

-

259.560

356.250

5.877

5.910

395.352

387.683

71.145

103.221

3.701.095

3.641.414

-

-

93.661

90.304

-

-

202.709

160.011

Outros créditos Total do circulante Não circulante Realizável a longo prazo Aplicações financeiras no mercado aberto e recursos vinculados Clientes, consumidores e concessionárias Títulos de créditos a receber Créditos com partes relacionadas Tributos a recuperar

-

-

17.396

18.065

283.692

265.385

360.340

339.741

9.836

10.061

172.123

170.927

Depósitos e cauções vinculados

23.640

121

155.432

132.038

Créditos tributários

32.132

32.132

895.252

888.774

Ativos financeiros setoriais

-

-

50.606

85.478

Contas a receber da concessão

-

-

2.771.947

2.650.946

Instrumentos financeiros derivativos

-

-

10.583

17.861

159

159

179.660

176.595

349.459

307.858

4.909.709

4.730.740

-

-

-

-

4.008.701

3.931.407

8.073

8.084

Imobilizado

-

-

30.907

31.223

Intangível

-

-

5.454.344

5.515.235

Total do não circulante

4.358.160

4.239.265

10.403.033

10.285.282

Total do ativo

4.429.305

4.342.486

14.104.128

13.926.696

0

0

-

-

Outros créditos

Investimentos

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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20

Resultados do 1º trimestre de 2017

2. Balanço Patrimonial Passivo REDE ENERGIA S/A BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE MARÇO DE 2017 E 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Em milhares de reais) 31/03/2017 Passivo Circulante Fornecedores Encargos de dívidas Empréstimos e financiamentos Debêntures Dividendos a pagar Folha de pagamento Tributos e contribuições sociais Parcelamento de impostos Encargos setoriais Taxas regulamentares Incorporação de redes Obrigações estimadas Passivos financeiros setoriais Instrumentos financeiros derivativos Taxa de iluminação pública Outras contas a pagar Total do circulante

31/12/2016

31/03/2017

31/12/2016

150 740 2.215 38.539 932 164 42.740

161 465 1.391 38.539 568 172 41.296

917.041 30.659 672.294 144.782 50.638 9.917 315.682 13.020 226.794 58.635 216.823 58.272 557.804 44.672 41.272 88.537 3.446.842

822.126 23.986 605.435 150.905 50.644 11.951 274.053 13.485 239.748 58.635 234.398 53.803 453.433 35.527 35.746 93.653 3.157.528

109.721 47.734 430.113 651.798 171.493 4.872 1.415.731

106.719 46.783 430.643 632.836 170.835 4.891 1.392.707

171.699 2.455.529 521.782 130.777 67.317 1.577.446 640.312 419.396 53.680 146.070 81.349 98.917 19.164 106.732 6.490.170

200.810 2.538.436 550.597 104.745 69.564 1.594.202 622.122 401.627 3.903 149.658 151.566 95.705 78.615 18.473 95.680 6.675.703

Participação de acionistas não controladores Total do patrimônio líquido

2.777.404 5.722 10.716 113.954 690 62.348 2.970.834 2.970.834

2.777.404 5.719 10.716 113.954 690 2.908.483 2.908.483

2.777.404 5.722 10.716 113.954 690 62.348 2.970.834 1.196.282 4.167.116

2.777.404 5.719 10.716 113.954 690 2.908.483 1.184.982 4.093.465

Total do passivo e patrimônio líquido

4.429.305

4.342.486

14.104.128

13.926.696

Não circulante Fornecedores Empréstimos e financiamentos Debêntures Tributos e contribuições sociais Parcelamento de impostos Imposto de renda e contribuição social diferido Débitos com partes relacionadas Provisão para riscos trabalhistas, cíveis e fiscais Provisão para perdas em participações societárias Instrumentos financeiros derivativos Passivos financeiros setoriais Encargos setoriais Taxas regulamentares Incorporação de redes Benefícios a empregados - plano de pensão Outras contas a pagar Total do não circulante Patrimônio líquido Capital social Reserva de capital Reserva de lucros Dividendos adicionais propostos Outros resultados abrangentes Lucros (Prejuízos) acumulados

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Resultados do 1º trimestre de 2017

3. Demonstrações de Resultados

REDE ENERGIA S/A DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO TRÊS MESES FINDOS EM 31 DE MARÇO DE 2017 E 2016 (Em milhares de reais) 1T17

Receita operacional bruta Fornecimento de energia elétrica Suprimento de energia elétrica Disponibilidade do Sistema Elétrico Receita de construção Outras receitas Deduções à receita operacional ICMS faturado PIS, Cofins e ISS Encargos setoriais - Bandeiras tarifárias CPRB Outras (CCC, CDE, P&D e PEE) Receita operacional líquida Despesas operacionais Energia elétrica comprada Encargos de uso do sistema Pessoal Entidade de previdência privada Material Serviços de terceiros Depreciação e amortização Provisão para crédito de liquidação duvidosa / contingência Custo de construção Outras despesas Outras Receitas/Despesas operacionais Resultado antes da equivalência patrimonial Resultado de equivalência patrimonial Resultado antes das receitas e despesas financeiras Resultado financeiro Receita de aplicações financeira Variação monetária e acréscimo moratório Ajuste a valor presente Outras receitas financeiras Encargos de dívidas - juros Encargos dividas - variação monetária e cambial Marcação mercado de dívidas e derivativos Resultado de Swap Ajuste a valor presente (-)Transferência p/Imob curso Outras despesas financeiras

Resultado antes dos tributos Contribuição social e imposto de renda Lucro líquido do período Lucro atribuível a: Acionistas da Controladora Acionistas não controladores Lucro líquido por ação - R$

1T16

1T17

1T16

-

-

2.551.982 101.143 156.996 213.172 44.475 3.067.768

2.602.357 67.641 127.626 197.006 22.886 3.017.516

-

-

576.130 266.756 (1.311) 466 253.322 1.095.363 1.972.405

583.208 255.295 1.452 561 288.444 1.128.960 1.888.556

294 (35) 272 531 (531) 76.590 76.059

3 975 201 (6.323) (5.144) 5.144 51.312 56.456

1.021.364 94.807 125.234 4.603 20.546 106.257 138.970 35.794 213.172 27.832 (11.088) 1.777.491 194.914 194.914

948.091 145.820 130.660 3.682 21.388 113.990 128.535 38.125 197.006 38.353 9.531 1.775.181 113.375 113.375

1.014 9.615 (1.099) (1.441) (22.100)

1 7.240 (1.111) (987) (26.159)

35.877 28.534 (605) 37.000 (91.620) (3.083) 2.251 (28.281) 3.405 820 (67.486)

42.100 21.662 716 95.649 (80.154) 68.723 10.346 (93.341) (1.780) 11.867 (127.633)

(14.011) 62.048 300 62.348

(21.016) 35.440 1.145 36.585

(83.188) 111.726 (38.032) 73.694

(51.845) 61.530 (17.261) 44.269

62.348 0,05

36.584 0,03

62.348 11.346

36.584 7.685

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Resultados do 1º trimestre de 2017

Notas Explicativas

Rede Energia S.A. (Em Recuperação Judicial) Notas explicativas às informações trimestrais para o Período findo em 31 de março de 2017 (Em milhares de reais, exceto quando indicado ao contrário).

1. Contexto operacional A Rede Energia S.A – Em Recuperação Judicial (“Rede Energia” ou “Companhia”), é Companhia Aberta registrada na CVM – Comissão de Valores Mobiliários em 16 de outubro de 1969, com ações negociadas na Bm&fbovespa S/A - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros. O objetivo social da Companhia é a participação no capital de outras empresas, tendo como base a atividade de distribuição e geração de energia elétrica, bem como outras atividades necessárias ou úteis à consecução do seu objeto social ou a ele relacionadas. As controladas possuem obrigações regulatórias conforme consta nos contratos de concessão de distribuição de energia elétrica e nas autorizações concedidas as empresas de distribuição, geração e comercialização, conforme segue: Distribuição de energia elétrica: I – fornecer energia elétrica a consumidores localizados em sua área de concessão, nos níveis de qualidade e continuidade estabelecidos em legislação específica; II – realizar as obras necessárias à prestação dos serviços concedidos, reposição de bens, e operar a infraestrutura de forma a assegurar a regularidade, continuidade, eficiência, segurança e modicidade das tarifas, em conformidade com as normas técnicas e legais específicas; III – organizar e manter registro e inventário dos bens vinculados à concessão e zelar por sua integridade, sendo vedado à concessionária alienar ou conceder em garantia tais bens sem a prévia e expressa autorização do agente regulador; IV – atender a todas as obrigações de natureza fiscal, trabalhista, previdenciária e regulatória, inclusive prestando contas aos consumidores; V – implementar medidas que objetivem o combate ao desperdício de energia, por meio de programas de redução de consumo de energia e inovações; VI – submeter à prévia aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) alterações em posições acionárias que impliquem em mudanças de controle. Na hipótese de transferência de ações representativas do controle acionário, o novo controlador deverá assinar termo de anuência e submissão às cláusulas do contrato de concessão e às normas legais e regulamentares da concessão; A concessão poderá ser extinta pelo término do contrato, encampação do serviço, caducidade, rescisão, irregularidades ou falência da concessionária, podendo ser prorrogada, mediante requerimento da concessionária e a critério exclusivo do Poder Concedente - Ministério de Minas Energia – MME. Os Contratos de Concessão das controladas Caiuá Distribuição de Energia S/A (“CAIUÁ”), Companhia Nacional de Energia Elétrica (“CNEE”), Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema S/A (“EDEVP”), Empresa Elétrica Bragantina S/A (“EEB”) e Companhia Força e Luz do Oeste (“CFLO”), vencidos em julho/2015, foram renovados pelo Poder Concedente (Ministério de Minas Energia – MME) por mais 30 anos, ou seja, até julho/2045. Em dezembro de 2015, os aditivos de prorrogação aos contratos foram assinados. As informações referentes à revisão e aos reajustes tarifários, ativo e passivo financeiro setorial, contas a receber da concessão, ativos vinculados à concessão e receita de construção estão apresentados nas notas explicativas nº 11, 12, 16, 19 e 30, respectivamente.

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Resultados do 1º trimestre de 2017

Renovação de concessões: As controladas CAIUÁ, CNEE, EDEVP, EEB e CFLO, tiveram seus contratos de concessões vencidos em 07 de julho de 2015 para os quais foram assinados em dezembro de 2015 termos aditivos aos contratos de concessão com vencimento em 07 de julho de 2045. Os aditivos foram formalizados de acordo com o Despacho do Ministro de Minas e Energia de 09 de dezembro de 2015, na Lei nº 12.783 de 11 de janeiro de 2013, no Decreto nº 7.805 de 14 e setembro de 2012 e no Decreto nº 8.461 de 02 de junho de 2015. Estes novos aditivos exigiram das distribuidoras atendimento aos seguintes critérios: I - eficiência com relação à qualidade do serviço prestado; II - eficiência com relação à gestão econômico-financeira; III - racionalidade operacional e econômica; e IV - modicidade tarifária. O alcance dos referidos indicadores será monitorado pelos Órgãos reguladores, podendo haver penalidades na eventualidade de não atingimentos dos mesmos. Com os novos aditivos que prorrogaram o prazo de concessão até 2045, o direito do contas a receber da concessão, registrado pelas controladas como ativo financeiro até a assinatura dos referidos aditivos, foram transferidos para o ativo intangível, para serem amortizados ao longo da vida útil remanescente dos bens, ao novo prazo de concessão. Os contratos das demais concessões têm vigência até janeiro de 2020 (Energisa Tocantins – Distribuidora de Energia S/A – “ETO”) e dezembro de 2027 (Energisa Mato Grosso – Distribuidora de Energia S/A - “EMT” e Energisa Mato Grosso do Sul – Distribuidora de Energia S/A – “EMS”). Geração de energia elétrica: A controlada EMT possui Contrato de Concessão de Geração nº 04/1997 de 3 Usinas Termelétricas, com as respectivas subestações associadas, com vencimento em 10 de dezembro de 2027. De acordo com o artigo 8º da Lei nº 10.848 de 15 de março de 2004, regulamentada pelo Decreto nº 5.163 de 30 de julho de 2004, ficou vedada às concessionárias que atuam na distribuição de energia elétrica, manter atividades de geração no sistema interligado nacional de transmissão. A exceção ficou para os casos de atendimento a sistema elétrico isolado, ou seja, aqueles não ligados ao sistema interligado de transmissão. Embora, possuindo 3 usinas termelétricas próprias no sistema isolado, a principal atividade da controlada EMT é a distribuição de energia elétrica, e a necessidade da manutenção desses ativos de geração é somente para atendimento dessas comunidades isoladas. Portanto, a administração da controlada EMT considera seu negócio principal a atividade de distribuição de energia elétrica e a pequena atividade de geração como parte integrante do negócio principal, o que levou a bifurcação de todo ativo imobilizado da concessão em ativo financeiro e ativo intangível visto que o contrato garante o direito de indenização. Os ativos de geração de energia representam 0,26% de todo ativo financeiro e intangível da concessão da controlada EMT. Comercialização de energia elétrica: A comercialização de energia elétrica anteriormente era realizada pela controlada Companhia Técnica de Comercialização de Energia – em Recuperação Judicial, desde 27 de novembro de 2012, teve sua autorização revogada através da Resolução Autorizativa nº 3.759, datada de 20 de novembro de 2012 (“Resolução Autorizativa nº 3.759”), expedida pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. Serviços: A Rede Energia, através de sua controlada Multi Energisa Serviços S.A. presta serviços de operação, manutenção e serviços correlatos à geração e distribuição de energia elétrica, comissionamento, pré-operação, operação remota e local, serviços de call center e também manutenção eletromecânica de usinas, subestações, linhas de transmissão e parques. Histórico da aquisição de controle acionário da Rede Energia e suas subsidiárias: Os principais eventos que sucederam à assunção do controle da Rede Energia e suas subsidiárias pela Energisa obedeceram à seguinte cronologia: Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

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Resultados do 1º trimestre de 2017



Em 31 de agosto de 2012, a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL decretou a intervenção administrativa nas controladas: EMT, ETO, EMS, CFLO, CAIUÁ, EEB, EDEVP e CNEE. Nesta data, em decorrência da perda do poder de controle sobre as empresas distribuidoras de energia elétrica, a Companhia reclassificou seus investimentos para “ativos financeiros classificados como disponíveis para venda”.



26 de novembro de 2012: A Rede Energia publicou fato relevante informando que ajuizara pedido de recuperação judicial (“RJ”). Na mesma data, foram ajuizados, os pedidos de RJ da Companhia Técnica de Comercialização de Energia (“CTCE”), da QMRA Participações S.A. (“QMRA”), da Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema S.A. (“EEVP”) e da Denerge Desenvolvimento Energético S.A. (“Denerge”).



09 de setembro de 2013: O Plano de RJ foi homologado na 2ª Vara de Falência e Recuperações para as empresas Rede, CTCE, EEVP, Denerge e QMRA, favorável à proposta apresentada pela Energisa.



16 de outubro de 2013: A operação objeto do Plano homologado foi aprovada pelo CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica.



17 de dezembro de 2013: A ANEEL aprovou o plano de recuperação das concessionárias de distribuição sob intervenção (“Plano ANEEL”) apresentado pela Rede que foi detalhado e atualizado pela Energisa.



28 de janeiro de 2014: A ANEEL anuiu à transferência do controle societário da Rede para a Energisa.



08 de abril de 2014: A ANEEL decretou o fim da intervenção nas concessionárias e em 11 de abril de 2014 foi divulgado fato relevante informando que naquela data foi formalizada a transferência do controle societário da Rede à Energisa. Com o fim de intervenção, as demonstrações financeiras consolidadas da Companhia passaram a refletir ativos e passivos das subsidiárias, distribuidoras de energia elétrica, mensurados pelo valor justo na data da transação.

Atualmente, todas as disposições dos planos de recuperação apresentados à ANEEL vêm sendo estritamente cumpridas e, no momento, aguarda-se apenas o trânsito em julgado da decisão que decretou o encerramento do processo de recuperação judicial. Recuperação judicial de controladas: Meses após a homologação do Plano de Recuperação Judicial, a maior parte dos credores optaram por desistir de seus recursos, restando, no âmbito do processo principal, apenas dois agravos de instrumento interpostos pelo credor Moneda: um contra o processamento conjunto da recuperação judicial e outro contra a homologação propriamente dita do Plano de Recuperação Judicial. Ambos os recursos não foram conhecidos pelo Tribunal de Justiça, de modo que no momento aguarda-se sua apreciação pelo Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal. Já em fevereiro de 2016, a administradora judicial protocolou petição informando que o plano de recuperação vinha sendo devidamente cumprido, requerendo o encerramento da Recuperação Judicial. Em agosto de 2016, o parecer da administradora foi acolhido, tendo sido proferida decisão decretando o encerramento da recuperação judicial, uma vez que cumpridas todas as obrigações previstas no Plano de Recuperação Judicial dentro do período de dois anos previsto no artigo 61, da Lei 11.101/2005. Contra estas decisões alguns credores apresentaram embargos de declaração, os quais foram devidamente rejeitados pelo Juízo da recuperação em decisão datada de 11/10/2016. Na sequência, o credor Banco do Nordeste do Brasil interpôs Apelação contra a decisão de encerramento. No momento, aguarda-se o processamento do recurso e o seu julgamento pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

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Resultados do 1º trimestre de 2017

A posição em 31 de março de 2017 do saldo remanescente das dívidas habilitadas na Recuperação Judicial é a seguinte: Descrição = Saldos em 31/12/2015 (+) Atualização (1)

Rede

CTCE

Total

139.513

42.036

181.549

11.410

3.559

14.969

Reversão de provisão ajuste a valor presente (1) e (2)

11.414

3.169

14.583

(-) Liquidação/Cessão de Créditos (3)

(6.980)

(1.013)

(7.993)

= Saldos em 31/12/2016

155.357

47.751

203.108

(+) Atualização (1)

2.827

867

3.694

Reversão de provisão ajuste a valor presente (1) e (2)

2.225

917

3.142

160.409

49.535

209.944

= Saldos em 31/03/2017

(1)

Ajustes realizados na rubrica de outras receitas financeiras na demonstração de resultado do período da controladora e consolidado.

(2)

Ajustes a Valor Presente: Refere-se ao valor de ajuste a valor presente, registrado pela Companhia e a controlada CTCE, para os créditos dos credores que fizeram no Plano de Recuperação Judicial opções para os recebimentos de seus créditos – opções A e B. Para o desconto a valor presente utilizou-se uma taxa de 15,19% a.a., que a Companhia considera como a taxa de retorno adequada para a realização dos créditos. Essa taxa é compatível com a natureza, o prazo e os riscos de transações similares em condições de mercado na situação atual. A Administração da Companhia entende que essa taxa de desconto representava adequadamente o custo de capital na data da aquisição das empresas.

(3)

Os pagamentos aos credores previstos no plano de recuperação judicial foram iniciados a partir de 11 de abril de 2014. Durante o período de 01 de janeiro de 2016 a 31 de março de 2017 foram liquidadas diretamente pela própria Rede Energia e Energisa cerca de R$7.993 (R$6.980 dívida da Companhia e R$1.013 dívida da CTCE).

2. Apresentação das informações financeiras intermediárias (informações trimestrais) As informações financeiras intermediárias (informações trimestrais) da Companhia, aprovadas em 10 de maio de 2017 pelo Conselho de Administração, compreendem: 

As informações financeiras intermediárias individuais e consolidadas elaboradas e apresentadas de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 21 (R1) - Demonstração Intermediária e com a norma internacional IAS 34 - Interim Financial Reporting, emitida pelo International Accounting Standards Board - IASB, e de forma condizente com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, aplicáveis à elaboração das Informações Trimestrais - ITR.

As demais informações referentes às bases de elaboração, apresentação das informações financeiras intermediárias e resumo das principais práticas contábeis não sofreram alterações em relação àquelas divulgadas na Nota Explicativa nº 2 às Demonstrações Financeiras Anuais referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016 (doravante denominadas de “Demonstrações Financeiras de 31 de dezembro de 2016”), publicadas na imprensa oficial em 27 de março de 2017. Dessa forma, estas informações financeiras intermediárias (informações trimestrais) devem ser lidas em conjunto com as referidas demonstrações financeiras. A Administração da Companhia declara que todas as informações relevantes próprias das informações financeiras intermediárias individuais e consolidadas estão sendo evidenciadas e correspondem às utilizadas pela Administração na sua gestão.

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Resultados do 1º trimestre de 2017

3. Adoção dos padrões internacionais de contabilidade 3.1

Novos pronunciamentos contábeis emitidos pelo IASB - International Accounting Standards Board

As informações referentes aos novos pronunciamentos contábeis emitidos pelo IASB não sofreram alterações significativas em relação àquelas divulgadas na nota explicativa 3.1 das Demonstrações Financeiras de 31 de dezembro de 2016. 3.2

Reapresentação das informações financeiras intermediárias

A Administração da Companhia, após reavaliação de determinados temas e objetivando a melhor apresentação da sua posição patrimonial e do seu desempenho operacional e financeiro, procedeu as seguintes reclassificações nas suas demonstrações do resultado e do valor adicionado de 31 de março de 2016, originalmente emitidas em 13 de maio de 2016 conforme demonstrado a seguir, com base nas orientações emanadas pelo “CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro”: Consolidado Demonstração do Resultado

Divulgado

Ref

Receita operacional líquida Provisões para créditos de liquidação duvidosa Outras Lucro bruto Resultado antes das receitas (despesas) financeira e impostos Resultado financeiro Receita financeira Atualização contas a receber da concessão - VNR

31/03/2016

(a) (b) (b)

Reclassificado

1.855.135 (13.400) (17.935) 196.716 79.954 (18.424) 193.548 33.421

(a)

Reapresentado 31/03/2016

33.421 (27.824) 27.824 33.421 33.421 (33.421) (33.421) (33.421)

1.888.556 (41.224) 9.889 230.137 113.375 (51.845) 160.127 -

Consolidado Demonstração do Valor Adicionado

Divulgado 31/03/2016

Ref

Receitas Vendas de Mercadorias, Produtos e Serviços Provisão/Reversão de Créds. Liquidação Duvidosa Insumos Adquiridos de Terceiros Outros Valor adicionado bruto Valor adicionado líquido Valor adicionado recebido em transferencia Receita financeira

2.987.996 2.787.089 (13.400) (1.523.868) (185.455) 1.464.128 1.335.593 199.739 199.739

(a) (b) (b)

(a)

Reapresentado 31/03/2016

Reclassificado 5.597 33.421 (27.824) 27.824 27.824 33.421 33.421 (33.421) (33.421)

2.993.593 2.820.510 (41.224) (1.496.044) (157.631) 1.497.549 1.369.014 166.318 166.318

Controladora Fluxo de caixa Demonstração do fluxo de caixa Atividades operacionais Lucro antes dos impostos Lucro liquido do período

Ref

Divulgado 31/03/2016

( c) ( c)

Reclassificado

36.585 -

(36.585) 36.585

Reapresentado 31/03/2016

36.585

Consolidado Fluxo de caixa

Ref

Demonstração do fluxo de caixa Atividades operacionais Lucro antes dos impostos ( c) Lucro liquido do período ( c) Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido ( c) Provisão para créditos de liquidação duvidosa (b) Variações nos Ativos e Passivos Consumidores e concessionárias (b) Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

Divulgado Reapresentado Reclassificado 31/03/2016 31/03/2016

61.530 13.400 130.061 94.304 361.260

(61.530) 44.269 17.261 27.824 (27.824) (27.824) -

44.269 17.261 41.224 102.237 66.480 361.260

27

Resultados do 1º trimestre de 2017

A natureza dos ajustes e reclassificações realizadas encontra-se descritas a seguir: (a)

A Companhia revisou suas práticas contábeis e concluiu que o ajuste a valor justo do ativo financeiro indenizável da concessão, originalmente apresentado sob a rubrica de “Receita financeira – Atualização do contas a receber da concessão VNR”, no resultado financeiro, deveria ser reclassificado para o grupo receitas operacionais – ativo financeiro indenizável da concessão, objetivando melhor a apresentação quanto à sua posição patrimonial e seu desempenho e de sua atividade de distribuição de energia elétrica. Esta mudança de prática, de acordo com o CPC 23 tem como base:

(i)

O retorno dos negócios de distribuição, sobre o investimento em infraestrutura, é determinado pelo valor justo dessa infraestrutura mais a taxa de “WACC” (custo médio ponderado do capital);

(ii)

Investir em infraestrutura é a atividade do negócio de distribuição de energia elétrica, e o seu modelo está suportado em controlar a construção, manutenção e operação dessa infraestrutura; e

(iii) A nova classificação adotada está corroborada pelo parágrafo 23 do OCPC 05 – Contrato de Concessão. O impacto no período findo em 31 de março de 2016, na Companhia foi uma reclassificação de R$33.421 da receita financeira – Atualização do contas a receber da concessão VNR para receitas operacionais – ativo financeiro indenizável da concessão. (b)

A Companhia reclassificou valores de baixas de contas de energia anteriormente classificadas na rubrica de Custos dos Bens e/ou Serviços Vendidos – Outras Despesas para a rubrica de Custos dos Bens e/ou Serviços Vendidos – Provisão para credito de liquidação duvidosa, objetivando melhor demonstrar a demonstração de resultado.

(c)

A Companhia revisou suas práticas contábeis e concluiu que, melhor apresentação da demonstração do fluxo de caixa de 31 de março de 2016 originalmente apresentava a demonstração do fluxo de caixa a partir do Lucro antes dos impostos, objetivando melhor adequar passou a demonstrar a partir do lucro líquido do exercício.

4. Informações financeiras consolidadas (informações trimestrais) consolidadas As informações financeiras consolidadas incluem as informações financeiras da Rede Energia e das controladas: Ramo de atividade Controladas diretas Empresa Elétrica Bragantina S.A. Distribuição de energia Companhia Nacional de Energia Elétrica Distribuição de energia Companhia Força e Luz do Oeste Distribuição de energia Energisa Tocantins Distribuidora de Energia S.A. Distribuição de energia Energisa Mato Grosso Distribuidora de Energia S.A. Distribuição de energia Energisa Mato Grosso do Sul Distribuidora de Energia S.A. Distribuição de energia Caiuá Distribuição de Energia S.A. Distribuição de energia Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema S.A. Distribuição de energia Companhia Técnica de Comercialização de Energia – em Recuperação Judicial Comerc. Energia Rede Power do Brasil S.A. Holding QMRA Participações S.A. – em Recuperação Judicial Holding Multi Energisa Serviços S/A (atual denominação social de Rede de Eletricidade e Serviços Serviços S.A.) Vale do Vacaria Açúcar e Álcool S.A. Agrícola Controlada indireta Energisa Mato Grosso do Sul – Distribuidora de Energia S.A. (1) Distribuição de energia

% de participação 31/03/2017 31/12/2016 95,85 98,7 98,53 76,67 57,67 64,01 100 100 99,99 99,99 100

95,85 98,69 98,30 76,67 57,67 64,01 100 100 99,99 99,99 100

99,9

99,9

100

100

35,92

35,92

(1) A EMS é controlada pela Rede Power, que por sua vez é controlada pela Rede Energia. Descrição dos principais procedimentos de consolidação: a) Eliminação dos saldos das contas de ativos e passivos entre as empresas consolidadas; b) Eliminação dos saldos das contas de investimentos e correspondentes participações no capital e resultados das empresas consolidadas; e

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

28

Resultados do 1º trimestre de 2017

c) Eliminação dos saldos de receitas e despesas, decorrentes de negócios entre as empresas.

5. Informações por segmento - consolidado Um segmento operacional é um componente que desenvolve atividades de negócio das quais pode obter receitas e incorrer em despesas, incluindo receitas e despesas relacionadas com transações com outros componentes da Companhia. Todos os resultados operacionais dos segmentos são revistos frequentemente pela Administração para decisões sobre os recursos a serem alocados ao segmento e para avaliação de seu desempenho, e para o qual estão disponíveis nas demonstrações financeiras. Os resultados de segmentos que são reportados à Administração incluem itens diretamente atribuíveis ao segmento, bem como aqueles que podem ser alocados em bases razoáveis. O item não alocado compreende principalmente ativos corporativos. A Companhia e suas controladas atuam nos segmentos econômicos de distribuição, comercialização e na prestação de serviços de manutenção e operação de empreendimentos de geração e distribuição de energia elétrica. Resumem-se a seguir as operações por segmento: a) Informações sobre segmentos 31/03/2017 Distribuição Serviços Receitas Externas Receitas Intersegmentos Total

Total

1.972.405

-

1.972.405

-

12.303

12.303

1.972.405

12.303 1.984.708

Receitas Financeiras

87.786

17.660

105.446

Despesas Financeiras

(155.987)

(32.647)

(188.634)

Total

(68.201) (14.987)

(83.188)

Depreciação e amortização

138.201

769

138.970

Resultado por segmento divulgável antes do imposto de renda e contribuição social

124.218 (12.492)

111.726

31/03/2016 Distribuição Serviços Receitas Externas Receitas Intersegmentos Total

Total

1.888.556

-

1.888.556

-

11.258

11.258

1.888.556

11.258 1.899.814

Receitas Financeiras

150.671

13.292

163.963

Despesas Financeiras

(180.795)

(35.010)

(215.805)

Total

(30.124) (21.718)

(51.842)

Depreciação e amortização

127.842

693

128.535

81.905 (20.375)

61.530

Resultado por segmento divulgável antes do imposto de renda e contribuição social Distribuição

Serviços

31/03/2017

31/12/2016

Ativos dos segmentos divulgáveis

13.599.966

706.591

14.306.557

14.125.365

Ativo circulante

3.644.702

92.931

3.737.633

3.678.714

Ativo não circulante

9.955.264

613.660

10.568.924

10.446.651

Passivos dos segmentos divulgáveis

8.419.058

1.720.383

10.139.441

10.031.900

Passivo circulante

3.418.679

64.701

3.483.380

3.194.825

Passivo não circulante

5.000.379

1.655.682

6.656.061

6.837.075

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

29

Resultados do 1º trimestre de 2017

b) Conciliação de receitas, lucros, ativos e passivos por segmento 31/03/2017

31/03/2016

Receita líquida total de segmentos divulgáveis

1.984.708

1.899.814

Eliminação de receitas intersegmentos

(12.303)

(11.258)

Receita líquida consolidada

1.972.405

1.888.556

Depreciação e amortização total de segmentos divulgáveis

138.970

128.535

Depreciação e amortização consolidada

138.970

128.535

Receita financeira total de segmentos divulgáveis

105.446

163.960

Eliminação de receitas intersegmentos

(4.640)

(3.833)

Receita financeira consolidada

100.806

160.127

Despesa financeira total de segmentos divulgáveis

(188.634)

(215.805)

Eliminação de receitas intersegmentos

4.640

3.833

Despesa financeira consolidada

(183.994)

(211.972)

Total de lucros dos segmentos divulgáveis

111.726

61.530

Lucro antes dos impostos

111.726

61.530

31/03/2017

31/12/2016

Receita

Depreciação e amortização

Receita financeira

Despesa financeira

Lucros

Ativo Ativo total dos segmentos divulgáveis

14.306.557

14.125.365

Outros valores não alocados

(202.429)

(198.669)

Total Ativo consolidado

14.104.128

13.926.696

10.139.441

10.031.900

Outros valores não alocados

(202.429)

(198.669)

Total passivo consolidado

9.937.012

9.833.231

Passivo Passivo total dos segmentos divulgáveis

6. Caixa, equivalente de caixa, aplicações financeiras no mercado aberto e recursos vinculados 6.1.

Caixa e equivalente de caixa (avaliados ao valor justo por meio de resultado) Controladora 31/03/2017 Caixa e depósitos bancários à vista Aplicações financeiras de liquidez imediata: Certificado de Depósito Bancário (CDB) Compromissada (1) Total caixa e equivalentes de caixa (2)

Consolidado

31/12/2016 31/03/2017

31/12/2016

780

869

21.605

27.570

-

32.439

335.822

421.975

780

32.439 33.308

80.358 255.464 357.427

305.483 116.492 449.545

A carteira de aplicações financeiras é constituída, principalmente, por Certificados de Depósito Bancário (CDB’s) e Operações compromissadas. A rentabilidade média ponderada da carteira em 31 de março de 2017 equivale a 66,30% do CDI (100,78% do CDI em 31 de dezembro de 2016).

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30

Resultados do 1º trimestre de 2017

(1) Operações compromissadas em debêntures - São operações de venda de títulos com compromisso de recompra assumido pelo vendedor, concomitante ao compromisso de revenda assumido pelo comprador. Essas operações possuem liquidez imediata, são remuneradas de 50,0% até 102,5% do CDI. (2) As datas consideradas representam o vencimento do título que lastreia a aplicação financeira. Por cláusula contratual, essas aplicações financeiras são resgatáveis em até 90 dias da data de sua contratação pelas taxas contratadas. 6.2.

Aplicação no mercado aberto e recursos vinculados (avaliadas ao valor justo por meio de resultado) Controladora

Consolidado

31/03/2017

31/12/2016

31/03/2017

31/12/2016

17.449

17.347

931.380

858.860

-

-

38.892

48.850

17.449

17.347

197.168

95.699

-

-

601.599

623.947

Certificado de Depósito Bancário (CDB)

-

-

35.854

37.442

Cédula de Crédito Bancário (CCB)

-

-

3.975

5.916

Debêntures

-

-

113.216

116.444

Compromissadas

-

-

1.479

7.396

DPGE

-

-

-

-

Títulos públicos

-

-

82.228

12.584

Fundo de Crédito

-

-

21.617

22.314

Fundo de Renda Fixa

-

-

97.576

153.404

Letra financeira (LFT)

-

-

243.863

46.757

Letra financeira (LFS)

-

-

1.791

219.840

Nota Promissória

-

-

-

1.850

Outros instrumentos

-

-

60

60

-

-

93.661

90.304

Total de aplicações no mercado aberto e recursos 17.449 vinculados (5)

17.347

931.380

858.860

Circulante

17.449

17.347

837.719

768.556

Não circulante

-

-

93.661

90.304

Avaliadas ao valor justo por meio do resultado Certificado de Depósito Bancário (CDB) Fundos de Investimento

(1)

Fundos de Investimentos Exclusivos

(2)

Fundo de investimento em direitos creditórios

(3)

(1) Fundo de investimentos – Inclui fundos classificados como Renda Fixa e Multimercado e são remunerados a 100,38% até 104,02% e média ponderada de 102,64% do CDI. (2) Fundo de investimentos exclusivos inclui aplicações em CDB, CCB, Debêntures, Compromissadas, Fundos de Renda Fixa, Fundos de Crédito, Títulos, LFT, LFS, LF, são remuneradas a 104,99% até 105,40% do CDI. (3) Fundo de investimentos em direitos creditórios - FIDC Energisa Centro Oeste com vencimento em 01/10/2034. (4) Inclui no consolidado, R$148.722 (R$144.100 em 31 de dezembro de 2016) referente a recursos vinculados a empréstimos, leilões de energia e bloqueios judiciais. A carteira de aplicações financeiras é formada, principalmente, por Fundos de Investimentos Exclusivos, compostos por diversos ativos visando melhor rentabilidade com o menor nível de risco, tais como: títulos de renda fixa, títulos públicos, operações compromissadas, debêntures, CDB´s, entre outros. A rentabilidade média ponderada da carteira consolidada em 31 de março de 2017 equivale a 115,10% do CDI (105,74% do CDI em 31 de dezembro de 2016). Uso de estimativas: O controle das aplicações financeiras do Grupo Energisa é regido por Política de Gestão de Riscos Decorrentes do Mercado Financeiro que busca mitigar o risco de contraparte, ou seja, o risco associado à possibilidade da entidade não honrar seus compromissos de pagamentos. Esta política determina as modalidades de aplicação elegíveis ao aporte de recursos, bem como os ratings mínimos exigidos para cada uma delas. Da mesma forma dita limites de concentração nas entidades recebedoras dos recursos (bancos em empresas) em função de seu porte, rating e patrimônio. Política de Gestão de Riscos Decorrentes do Mercado Financeiro é pública e está disponível no site da Energisa.

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31

Resultados do 1º trimestre de 2017

7. Clientes, consumidores e concessionárias – consolidado O saldo de Clientes, consumidores e concessionárias refere-se, substancialmente aos: (i) valores faturados de venda de energia elétrica a consumidores finais, concessionárias revendedoras, bem como a receita referente à energia consumida e não faturada; (ii) valores a receber relativos à energia comercializada na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE; (iii) receita de uso da rede elétrica e os valores renegociados e (iv) serviços prestados. A exposição aos riscos de crédito e uma análise de sensibilidade para ativos e passivos financeiros são divulgadas na nota explicativa nº 34.

Saldos a vencer Até 60 dias

Saldos vencidos

Mais de 60 dias

Até 90 dias

91 a 180 dias

181 a 360 dias

Há mais de 360 dias

Provisão p/ créditos de liquidação duvidosa (7)

Total 31/03/2017 31/12/2016

Valores correntes: (1) Residencial

165.879

5

199.019

23.480

2.534

4.841

(30.855)

364.903

347.104

Industrial

77.165

-

19.642

3.771

2.476

21.716

(21.716)

103.054

100.929

Comercial

130.465

-

52.103

7.651

9.778

12.869

(22.647)

190.219

177.204

Rural

59.343

-

23.783

5.080

537

1.489

(1.489)

88.743

78.290

Poder público

48.036

1

13.174

2.973

2.302

8.871

(8.871)

66.486

65.907

Iluminação pública

6.135

-

7.358

795

411

5.540

(5.540)

14.699

16.935

22.952

-

9.209

2.796

4.861

85.405

(85.405)

39.818

42.812

347.642

-

-

-

-

-

-

347.642

345.489

-

-

-

-

-

-

34.498

33.526 35.276

Serviço público Fornecimento faturado

não

Arrecadação Processo Classificação 34.498 Valores renegociados: Residencial

8.684

30.278

5.615

2.670

2.936

18.895

(30.960)

38.118

Industrial

3.521

6.379

1.394

823

1.396

6.623

(10.211)

9.925

10.222

Comercial

5.709

25.155

2.431

1.012

1.311

6.590

(12.051)

30.157

29.139

Rural

2.307

4.541

964

331

344

1.368

(3.059)

6.796

5.453

10.234

129.316

1.212

670

1.110

19.821

(27.581)

134.782

106.723

Iluminação pública

736

6.293

94

87

-

264

(1.141)

6.333

5.872

Serviço público

1.698

7.008

172

97

173

878

(1.977)

8.049

7.377

(1.779)

(53.142)

-

-

-

-

-

(54.921)

(58.641)

923.225

155.834

336.170

52.236

30.169

195.170

(263.503)

1.429.301

1.349.617

Suprimento Energia 65.432 Moeda Nacional (4)

27.884

20.026

23.911

10.205

20.481

-

167.939

66.360

Encargos de Uso da Rede Elétrica 4.005

-

-

-

-

-

-

4.005

3.933

Poder público

(2)

(-) Ajuste Presente (3)

valor

Subtotal -clientes

Redução do uso do sistema de distribuição (5)

12.201

-

-

-

-

-

-

12.201

12.201

12.154

10.645

32.310

14.933

9.139

45.886

(19.577)

105.490

66.224

1.017.017

194.363

388.506

91.080

49.513

261.537

(283.080)

1.718.936

1.498.335

Circulante

1.516.227

1.338.324

Não Circulante

202.709

160.011

Outros

(6)

Total

(1) Os vencimentos são programados para o 5º dia útil após a entrega das faturas, exceto os clientes do Poder Público que possuem 10 dias úteis para efetuar os pagamentos. Inclui principalmente, o fornecimento de energia elétrica faturada e não faturada, esta última apurada por estimativa reconhecida pelo regime de competência, até o encerramento do balanço. (2) Inclui a renegociação realizada em 03 de agosto de 2016 em que a controlada EMT assinou com a Prefeitura Municipal de Cuiabá e com a Companhia de Saneamento da Capital (SANECAP) o Termo de Confissão, Assunção e Parcelamento de Dívidas referente a fornecimento de energia elétrica no montante R$86.592, liquido de juros, correção monetária e multas, que esta sendo recebido em parcelas equivalentes a 50% do valor pago mensalmente pela Companhia de Saneamento para o Município de Cuiabá, iniciada em 30 de Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

32

Resultados do 1º trimestre de 2017

setembro de 2016. Sobre o saldo devedor incidirá juros de 0,5% ao mês limitado ao valor da parcela da outorga até o final da concessão (abril/2042). A controlada reverteu no terceiro trimestre de 2016 toda provisão anteriormente constituída do mesmo montante, e constituiu provisão para ajuste a valor presente sobre a dívida no montante de R$41.820, contabilizado na demonstração de resultado do período na rubrica de outras despesas financeiras no consolidado, calculado pela aplicação da taxa anual de CDI 12,13% a.a. (3) Ajuste a valor presente: refere-se ao valor de ajuste a valor presente calculado para os contratos renegociados sem a incidência de juros e/ou para aqueles com taxa de juros de IPCA ou IGPM. Para o desconto a valor presente foi utilizado a taxa média anual de CDI 12,13% a.a. (13,63% a.a. em 31 de dezembro de 2016). Essa taxa é compatível com a natureza, o prazo e os riscos de transações similares em condições de mercado na situação atual. A Administração entende que essa taxa de desconto representa adequadamente o custo de capital, tendo em vista a natureza, complexidade e volume das renegociações. (4) Inclui energia vendida na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. O saldo da conta de suprimento de energia no consolidado, em 31 de março de 2017, inclui os valores referentes à comercialização de energia elétrica no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE no montante de R$167.862 (R$66.360 em 31 de dezembro de 2016). Esses saldos foram apurados com base em cálculos preparados e divulgados pela CCEE. A composição desses valores, incluindo os saldos registrados na rubrica “fornecedores” no passivo circulante de R$159.251 (R$34.993 em 31 de dezembro de 2016) e R$7.376 (R$14.875 em 31 de dezembro de 2016), decorre da aquisição de energia elétrica e dos encargos de serviços do sistema, conforme demonstrados a seguir: Composição dos créditos da CCEE

31/03/2017

31/12/2016

Créditos a vencer

64.854

32.632

Créditos vinculados a liminares

(a)

Créditos vencidos Sub-total créditos CCEE (-) Aquisições de energia na CCEE (-) Encargos de serviços do sistema Total créditos CCEE

21.027

21.027

81.981

12.701

167.862

66.360

(159.251)

(34.993)

(7.376)

(14.875)

1.235

16.492

As transações ocorridas na CCEE são liquidadas após 45 dias do mês de competência. (a) Os valores da energia de curto prazo, que se encontram vinculados a liminares, podem estar sujeitos à alteração dependendo de decisões dos processos judiciais em andamento movidos por determinadas empresas do setor, tendo em vista diferentes interpretações das regras do mercado em vigor. Essas empresas, não incluídas na área do racionamento, obtiveram liminar que torna sem efeito o Despacho nº 288 da ANEEL, de 16 de maio de 2002, que objetivou o esclarecimento às empresas do setor sobre o tratamento e a forma de aplicação de determinadas regras de contabilização do MAE (atualmente CCEE), incluídas no Acordo Geral do Setor Elétrico. O pleito dessas empresas envolve a comercialização da cotaparte de Itaipu no submercado Sudeste/Centro-Oeste durante o período de racionamento de 2001 a 2002, quando havia discrepância significativa de preços na energia de curto prazo entre os submercados. Uso de estimativas: Compra e venda de energia elétrica na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE - os registros das operações de compra e venda de energia na CCEE estão reconhecidos pelo regime de competência de acordo com os cálculos preparados e divulgados pela entidade ou por estimativa da Administração da Companhia, quando as informações não estão disponíveis tempestivamente. (5) Redução de uso do sistema de distribuição: Por meio da Resolução homologatória ANEEL n° 1.270 de 03 de abril de 2012, foi concedido para controlada EMT valores provenientes de perda financeira dos descontos concedidos na TUSD. Os valores objetivam recompor a receita da Companhia referente à disponibilização da rede de transmissão aos consumidores livres, geradoras e fontes incentivadas. Para o saldo remanescente de R$12.201 (R$12.201 em 31 de dezembro de 2016), suspenso por liminares, tem-se o mesmo valor registrado em contrapartida de outros passivos no consolidado. (6) As controladas EMT e ETO possuem R$72.591 (R$36.134 em 31 de dezembro de 2016) referente ao ICMS incidente sobre a disponibilização da rede de distribuição e transmissão aos consumidores livres e ICMS sobre Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

33

Resultados do 1º trimestre de 2017

a demanda de energia, suspenso por liminares em contrapartida tem o mesmo valor contabilizado na rubrica de ICMS em tributos e contribuições sociais no passivo não circulante no consolidado. Inclui, também, serviços taxados e outros valores a receber de consumidores. (7) Provisão para créditos de liquidação duvidosa - A provisão para créditos de liquidação duvidosa foi constituída em bases consideradas suficientes para fazer face às eventuais perdas na realização dos créditos do contas a receber de clientes, consumidores e concessionárias e se baseiam nas instruções da ANEEL assim resumidas: Clientes com débitos relevantes 

Análise individual do saldo a receber do consumidor, por classe de consumo, considerado de difícil recebimento.

Para os demais casos:    

Consumidores residenciais - Vencidos há mais de 90 dias; Consumidores comerciais - Vencidos há mais de 180 dias; Consumidores industriais, rurais, poderes públicos, iluminação pública, serviços públicos e outros Vencidos há mais 360 dias. Contratos renegociados – (i) parcelas vencidas – são provisionadas as parcelas (ii) mais de 3 parcelas vencidas – são provisionadas as parcelas vencidas e a vencer.

Para as classes Serviço Público, Poder Público e Iluminação Pública: as controladas avaliam individualmente os casos de créditos em cobrança judicial com sentença com transitado em julgado favoravelmente ou que possua título de precatório, considerando que, nesses casos a realização do crédito é liquida e certa. Para todos os demais créditos de clientes públicos vencidos há mais de 360 dias é reconhecida a perda estimada no valor recuperável. Segue movimentação ocorrida no periodo/exercício: Movimentação das provisões

31/03/2017

31/12/2016

Saldos iniciais – 31/12/2016 e 31/12/2015

288.988

407.852

Provisão (reversões) constituída no período/exercício (*)

20.663

(1.718)

Baixa de contas de energia elétrica – incobráveis

(17.291)

(117.146)

Saldos finais – 31/03/2017 e 31/12/2016

292.360

288.988

Clientes, consumidores e concessionárias

283.080

280.811

Títulos de créditos a receber

2.327

3.900

Outros (uso mútuo de poste)

6.953

4.277

Alocação:

(*) As reversões de provisões ocorridas no período findo em 31 de março de 2017, basicamente refere-se a liquidação de processos de recebimentos de faturas de energia junto a Prefeitura Municipal de Cuiabá, da renegociação da dívida da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), dos títulos precatórios, que segue: (i)

A controlada EMT reverteu no período toda provisão anteriormente constituída de R$86.592 referente a renegociação efetuada com a Companhia de Saneamento da Capital de Cuiabá (SANECAP).

(ii)

Em 17 de junho de 2016, a controlada EMT assinou a petição na Central de Conciliação de Precatórios, do precatório requisitório nº 13.699/2004, resultou em acordo entre a controlada EMT e o Município de Cuiabá/MT, A controlada possuía provisão para créditos de liquidação duvidosa no montante de R$35.524, que foi revertida para a rubrica de outras despesas financeiras por corresponder aos valores de multas, juros e correção monetária.

(iii)

A controlada EMT renegociou outros débitos de fornecimento de energia elétrica de Iluminação Pública e de outros órgãos Municipais no montante de R$10.021 já contemplando a redução de

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

34

Resultados do 1º trimestre de 2017

juros, multas e 95% de correção monetária, tendo sido recebido totalmente em 31 de dezembro de 2016.

8. Títulos de créditos a receber Consolidado 31/03/2017 31/12/2016

(1)

Títulos de créditos a receber (2)

28.376

30.916

Processo execução de precatórios PM de Cuiabá (1)

24.320

25.320

Ajuste a valor presente (2)

(24.163)

(24.610)

Provisão para créditos de liquidação duvidosa (1)

(2.327)

(3.900)

26.206

27.726

Circulante

8.810

9.661

Não circulante

17.396

18.065

Ação de Execução (processo nº 383/2001 - 3ª Vara de Fazenda Pública – Cuiabá) da controlada EMT, ajuizada em desfavor do Município de Cuiabá, que deu origem ao Precatório Requisitório nº 13.699/2004/TJMT. Em 17 de junho de 2016, foi assinada a petição na Central de Conciliação de Precatórios, do precatório requisitório nº 13.699/2004, resultou em acordo entre a controlada EMT e o Município de Cuiabá/MT, pelo qual foi fixado crédito a ser pago, de forma parcelada, no valor original do precatório requisitório de R$28.320, que será recebido em 66 parcelas fixas de R$500, corrigidos pela taxa de 0,5% ao mês, e a última parcela, de nº 67, no valor de R$183. Os recebimentos das parcelas iniciado em 10 de agosto de 2016 e as demais com vencimento em 25 de cada mês. Foram recebidas 06 parcelas em 31 de dezembro de 2016, totalizando R$3.000. A controlada EMT possuía provisão para créditos de liquidação duvidosa no montante de R$35.524 que foi revertida para a rubrica de outras despesas financeiras por corresponder aos valores de multas, juros e correção monetária. No período findo em 31 de março de 2017 , foi constituído Ajuste a valor presente no valor de R$1.977 utilizando-se a taxa média anual do CDI de 13,63% ao ano, registrados em outras despesas financeiras.

(2)

As controladas EDEVP, CAIUA, EEB, CNEE e CFLO adquiriram, em 2003, créditos de origem não tributária decorrentes da condenação da União Federal em ação indenizatória, com finalidade de compensação de impostos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, reconhecidos por decisão judicial transitada em julgado. Referidos créditos estão sob discussão judicial, em ação judicial movida pela detentora do crédito contra a União Federal. As controladas ingressaram nesta ação com pedido de assistência o que foi indeferido pelo Juiz de Primeira Instância por fundamentos de ordem meramente processual. Contra a referida decisão, foi apresentado recurso, que aguarda apreciação pelo Tribunal Regional Federal da 1a Região. Com a adesão ao Parcelamento Excepcional – PAEX, nos termos da Medida Provisória nº 303/2006, em 15/12/2006, as controladas desistiram da compensação tributária dos referidos créditos e mantém a discussão judicial, com a finalidade de ver reconhecido seu direito ao crédito. A recuperação do crédito depende do sucesso da referida ação judicial, sendo considerado possível o êxito da ação pelos assessores jurídicos da Companhia. A Administração reconheceu provisão para perdas no valor recuperável desse ativo, registrada como redutora na rubrica títulos de créditos a receber no consolidado no montante de R$21.400 (R$21.400 em 31 de dezembro de 2016).

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

35

Resultados do 1º trimestre de 2017

Em 31 de março de 2017, os vencimentos dos títulos de créditos são: Consolidado (*) Vencidos

3.254

2017

5.394

2018

5.382

2019

5.158

2020

4.600

2021 em diante

4.745

Total

28.533

(*) Apresentado líquido do ajuste a valor presente. 9. Dividendos a receber Segue demonstrativo de dividendos a receber das controladas: Controladora Controladas

31/03/2017

31/12/2016

Energisa Mato Grosso - Distribuidora de Energia S/A

11.941

11.941

Energisa Mato Grosso do Sul – Distribuidora de Energia S/A

2

2

Energisa Tocantins – Distribuidora de Energia S/A

6.160

6.160

Empresa Elétrica Bragantina S/A

832

832

Empresa Distrib. Energisa Vale do Paranapanema

3.208

3.208

Companhia Nacional de Energia Elétrica

2.454

2.454

Rede Power do Brasil S.A

6.679

6.679

Companhia Força e Luz do Oeste

654

654

Multi Serviços Energisa S/A

4.432

4.432

Vale do Vacaria Açúcar e Álcool S.A.

173

173

Total – Circulante

36.535

36.535

10. Tributos a recuperar Controladora 31/03/2017 Imposto sobre circulação serviços – ICMS (a)

de

mercadorias

Imposto de renda retido fonte – IRRF

(b)

e

-

31/12/2016 -

Consolidado 31/03/2017 153.351

31/12/2016 147.924

5.743

3.831

10.842

6.849

Imposto de renda pessoa jurídica – IRPJ

(c)

13.492

15.700

166.778

171.811

Contribuição social sobre o lucro – CSLL

(c)

937

569

29.604

30.477

-

-

70.910

69.459

168

82

21.004

21.327

Contribuições ao PIS e a COFINS

(d)

Outros

20.340

20.182

452.489

447.847

Circulante

Total

10.504

10.121

280.366

276.920

Não circulante

9.836

10.061

172.123

170.927

a) Corresponde basicamente aos créditos de ICMS originados das aquisições dos equipamentos e materiais para o ativo intangível das controladas, realizáveis nos próximos 48 meses mediante as compensações mensais com o imposto incidente sobre a venda de energia elétrica aos consumidores além de R$19.924 de carta de créditos adquiridos junto ao Estado de Mato Grosso pela controlada EMT. Essa carta de crédito foi apresentada como garantia na habilitação para usufruir dos benefícios fiscais instituidos pela Lei 9.165/2009, cuja prestação de contas ocorreu em 07 de novembro de 2014 e aguarda homologação da SEFAZ-MT. A Administração possui provisão para perdas constituida da totalidade dos créditos em face da incerteza de sua realização. Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

36

Resultados do 1º trimestre de 2017

b) Imposto de renda retido na fonte originado basicamente de retenções realizadas sobre rendimentos de aplicações financeiras e do fornecimento de energia elétrica aos órgãos públicos, serão compensados com as antecipações mensais de IRPJ e o excedente, não utilizado dentro do próprio exercício, será incorporado ao saldo negativo de IRPJ do ano calendário. c) Na controladora corresponde a retenções sobre o rendimento de aplicações financeiras e contratos de mútuo. Nas controladas se refere a saldos negativos de imposto de renda e contribuição social apurados em anos calendários anteriores, decorrentes de estimativas pagas à maior, que serão utilizados para compensação de tributos administrados pela Receita Federal do Brasil. d) Corresponde ao pagamento a maior de PIS/COFINS efetuado no período findo em 31 de dezembro de 2016, relativo ao custo de aquisição de energia comprada para revenda, encargos de conexão, serviços e demais custos relacionados à atividade de distribuição de energia elétrica das controladas e inclui 24 parcelas remanescentes de créditos constituídos até 31 de dezembro de 2014 sobre máquinas, equipamentos, materiais e de prestação de serviços incorporados ao ativo intangível e imobilizado, recuperáveis em 1/48 avos, conforme legislação vigente a época da constituição do saldo. A partir do exercício de 2015, em razão de alteração da legislação, os créditos passaram a ser constituídos sobre a cota de depreciação/amortização dos bens e equipamentos utilizados na atividade operacional.

11. Revisão e reajuste tarifário periódico – consolidado 11.1.

Reajuste tarifário:

Pela execução dos serviços, a concessionária tem o direito de cobrar dos consumidores às tarifas determinadas e homologadas pelo Poder Concedente. Os valores das tarifas serão reajustados em periodicidade anual e a receita da concessionária será dividida em duas parcelas: Parcela A (composta pelos custos não gerenciáveis) e Parcela B (custos operacionais eficientes e custos de capital). O reajuste tarifário anual tem o objetivo de repassar os custos não gerenciáveis e atualizar monetariamente os custos gerenciáveis. As tarifas das controladas foram reajustadas conforme segue Distribuidoras Resolução Homologatória

Efeito médio a ser percebido pelos consumidores (%) Vigência (início)

CAIUÁ

Resolução 1.888, de 05/05/2015

1,85%

10/05/2015

CFLO

Resolução 1.907, de 23/06/2015

16,54%

29/06/2015

CNEE

Resolução 1.889, de 05/05/2015

-3,62%;

10/05/2015

EDEVP

Resolução 1.886, de 05/05/2015

-0,09%

10/05/2015

EEB

Resolução 1.887, de 05/05/2015

-0,23%

10/05/2015

EMS

Resolução 2.054, de 05/04/2016 7,19%

08/04/2016

EMT

Resolução 2.055, de 05/04/2016

8,60%

08/04/2016

ETO

Resolução 1.919, de 30/06/2015

5,88%

04/07/2015

As resoluções vigentes a partir de abril de 2017 são conforme segue: EMS EMT 11.2.

Resolução 2.215 de 04/04/2017 Resolução 2.216, de 04/04/2017

-1,92%

08/04/2017

-2,10%

08/04/2017

Reajuste tarifário extraordinário:

A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), em reunião realizada em 27 de fevereiro de 2015, deliberou por conceder, a partir de 02 de março de 2015, reajuste tarifário extraordinário (RTE) diferenciado para todas as concessionárias de distribuição de energia elétrica do país. As controladas tiveram os seguintes efeitos médios:

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

37

Resultados do 1º trimestre de 2017

Efeito médio da RTE por distribuidora Distribuidoras

Ato ANEEL

Efeito médio para o Vigência consumidor (%) (início)

EMT

Resolução 1.858, de 27/02/2015

26,80%

ETO

Resolução 1.858, de 27/02/2015

4,46%

02/03/2015

EMS

Resolução 1.858, de 27/02/2015

27,86%

02/03/2015

CNEE

Resolução 1.858, de 27/02/2015

35,21%

02/03/2015

CAIUÁ

Resolução 1.858, de 27/02/2015

32,36%

02/03/2015

EDEVP

Resolução 1.858, de 27/02/2015

29,40%

02/03/2015

EEB

Resolução 1.858, de 27/02/2015

38,49%

02/03/2015

CFLO

Resolução 1.858, de 27/02/2015

31,88%

02/03/2015

02/03/2015

O reajuste tarifário extraordinário (RTE) aplicado tem por objetivo adequar a cobertura tarifária dos custos atuais com Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e compra de energia. 11.3.

Bandeiras tarifárias:

Desde janeiro de 2015, as contas de energia passaram a ter a incidência do mecanismo denominado Sistema de Bandeiras Tarifárias. As Bandeiras Tarifárias visam refletir por meio de uma sinalização de fácil assimilação pelos consumidores (analogia a um semáforo) os custos variáveis da geração de energia elétrica que, até antes de sua implementação, somente eram repassados às tarifas de energia nos reajustes tarifários ordinários das distribuidoras. Além de garantir a cobertura dos custos variáveis de energia às distribuidoras, o mecanismo tem um papel fundamental de sinalizar à população os custos reais de geração de energia elétrica proporcionando que esta possa promover alterações de hábitos voltados à realização de um consumo consciente de energia. Mensalmente, por meio de um Despacho, a ANEEL divulga a cor da Bandeira Tarifária que será vigente no mês civil seguinte. Para tanto, utiliza-se de informações fornecidas pelo Operador Nacional do Sistema – ONS de previsões de geração de energia elétrica no país relativas aos custos de geração de energia por fonte termelétrica e à exposição aos preços de liquidação no mercado de curto prazo que afetem os agentes de distribuição conectados ao Sistema Interligado Nacional – SIN. Cabe à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE realizar a gestão da Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias. Dessa forma, as bandeiras verde, amarela e vermelha indicarão se a energia custará mais ou menos, em função das condições de geração de energia no SIN. Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre quaisquer acréscimos; Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A cobrança iniciou em janeiro de 2015, com a tarifa aplicada de R$1,50, a partir de março foi de R$3,50 e em setembro de 2015 alterou para R$2,50 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Em fevereiro de 2016 uma nova alteração da regulamentação definiu um adicional de R$1,50 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Em fevereiro de 2017, foi promovido pela Agencia uma revisão da tarifa aplicada que gerou um acréscimo de 33%, passando de R$1,50 para R$2,00 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Bandeira vermelha: condições mais custosas de geração. A cobrança iniciou em janeiro de 2015, com a tarifa aplicada de R$3,00, a partir de março do mesmo ano o índico foi alterado para R$5,50 e em setembro de 2015 alterado para R$4,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Em fevereiro de 2016, nova alteração na regulamentação definiu a abertura da bandeira vermelha em dois patamares: patamar 1 com um índice de R$3,00 e patamar 2 com um índice de R$4,50 aplicáveis a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Contudo, a partir de fevereiro de 2017, a tarifa aplicada pela ANEEL, sofreu uma redução de 22%, passando de R$4,50 para R$3,50 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. As alterações da regulamentação de bandeiras tarifárias observadas no segundo semestre de 2016 e início de 2017 foram promovidas pela ANEEL para garantir que o mecanismo regulatório estivesse efetivamente alinhado com as necessidades de coberturas de custos de geração de energia do país. Ao longo da aplicação desse mecanismo foi possível observar que por um período ocorreu insuficiência de recursos (conta centralizadora deficitária), enquanto em outro período se observou sobra de recursos (superávit da conta centralizadora).

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

38

Resultados do 1º trimestre de 2017

Importante destacar que a partir de março de 2017, a ANEEL definiu a aplicação da Bandeira Amarela, devido ao resultado de análises do cenário hidrológico do pais. 11.4.

Revisão tarifária:

As revisões tarifárias periódicas das controladas ocorrem: (i) a cada quatro anos na ETO, e (ii) a cada cinco anos na EMT, EMS, CAIUA, EEB, CNEE, EDEVP e CFLO. Neste processo, a ANEEL procede ao recálculo das tarifas, considerando as alterações na estrutura de custos e mercado da concessionária, estimulando a eficiência e a modicidade das tarifas. Os reajustes e as revisões são mecanismos de atualização tarifária, ambos previstos no contrato de concessão. A concessionária também pode solicitar uma revisão extraordinária sempre que algum evento provoque significativo desequilíbrio econômicofinanceiro da concessão. Resumem-se, a seguir, as revisões tarifárias em vigor: Resolução Homologatória

Efeito médio para o consumidor Vigência (%) (início)

CAIUÁ

Resolução 2.071, de 03/05/2016

-0,94%

EEB

Resolução 2.074, de 03/05/2016

1,84%

10/05/2016

CNEE

Resolução 2.073, de 03/05/2016

-0,37%

10/05/2016

Distribuidoras

10/05/2016

EDEVP

Resolução 2.072, de 03/05/2016

1,69%

10/05/2016

CFLO

Resolução 2.095, de 21/06/2016

-16,48%

29/06/2016

ETO

Resolução 2.105, de 28/06/2016

12,81%

04/07/2016

EMT

Resolução 1.506, de 05/04/2013

0,95%

08/04/2013

EMS

Resolução 1.505, de 05/04/2013

-3,17%

08/04/2013

11.5.

Outros assuntos regulatórios – sobrecontratação:

A sobrecontratação das distribuidoras do grupo Energisa é decorrente, principalmente, da obrigatoriedade que foi imposta às concessionárias de energia elétrica de adquirir energia no Leilão A-1 de 2015 e da migração de clientes especiais para o Ambiente de Contratação Livre (ACL). Em razão de regra disposta no Decreto n° 5.163/04, independentemente da sua necessidade, as distribuidoras de energia elétrica do país estavam sujeitas à aquisição obrigatória de um mínimo de 96% dos seus Montantes de Reposição no último leilão de 2015, sendo que o descumprimento dessa regra configuraria riscos alheios à gestão dos agentes, inclusive com a imposição de prejuízos às controladas, distribuidora de energia elétrica, por atividade que não lhe remunera (a aquisição de energia). Para afastar os prejuízos decorrentes da aquisição de energia que lhe foi imposta, mitigando a sua sobrecontratação, ao longo de 2016 e ainda em 2017, o grupo Energisa envidou e vem envidando seus melhores esforços e utilizando-se de todos os mecanismos disponíveis, tais como a participação nos MCSDs Mensais e de Energia Nova e a realização de acordos bilaterais com geradores. Mesmo assim, considerando que um dos últimos mecanismos ainda não foi realizado (o MCSD Ex-Post), as distribuidoras do grupo Energisa, em conjunto, estimam ter encerrado o ano de 2016 com 111,0% de nível de contratação, sendo que o excedente, acima dos 100%, é liquidado pelo Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) ao longo do ano. Por isso, o Grupo Energisa, baseando-se tanto em parecer técnico de reconhecido escritório de advocacia e em manifestações da ABRADEE, quanto em interações com a Aneel, recorreu à para que essa sobrecontratação seja reconhecida como involuntária, afastando-se os prejuízos das controladas, distribuidoras de energia elétrica O Poder Concedente, inclusive indicando a sua convergência com o entendimento do grupo Energisa, alguns meses após a realização do leilão A-1 e após iniciadas as discussões com relação ao equívoco na sua realização, diante do cenário de maior retração da economia e da renda, e, por conseguinte, da carga atendida pelos agentes de distribuição, editou o Decreto n° 8.828/16, alterando a obrigação aquisição do montante mínimo obrigatório para futuros leilões, quando desnecessária. Quanto ao passado, forma mantidas as discussões e análise do tema junto aos agentes. Da mesma forma, com relação à migração de clientes especiais do mercado cativo para o mercado livre, e a devolução da energia a eles correspondente, também já foi manifestado entendimento no sentindo que não há Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

39

Resultados do 1º trimestre de 2017

porque fazer distinção entre estes e os consumidores potencialmente livres apenas em decorrência da fonte de energia do fornecedor escolhido. Resta apenas a definição sobre a aplicação da permissão de redução dos contratos (CCEAR) por migração de consumidor especial para o ambiente livre e a consideração das sobras relativas a essa migração como involuntárias. A Companhia envidou seus melhores esforços para a mitigação da sobrecontratação de energia, por meio da utilização dos mecanismos disponíveis, tais como participação em todos os MCSDs de Energia Existente e Energia Nova e realização de acordos bilaterais com geradores. Em reunião da Diretoria da Aneel, realizada em 25 de abril de 2017, o regulador definiu que a aprovação da involuntariedade de cada distribuidora será avaliada individualmente, considerando o máximo esforço para atingimento do nível de cobertura contratual, conforme previsto na Resolução Normativa 453/2011. Em função dos motivos expostos acima, os montantes de energia superior ao nível regulatório de repasse (>105%), não afetaram o resultado do 1T17 e as discussões acerca do tema permanecem em curso e aguarda entendimento definitivo junto à ANEEL para reconhecimento contábil do ativo financeiro setorial.

12. Ativo e passivo financeiro setorial – consolidado A conta de compensação dos valores da parcela A – CVA é o mecanismo destinado a registrar as variações de custos relacionados à compra de energia e encargos regulatórios, ocorridas no período entre reajustes tarifários e/ou revisões periódicas, de modo a permitir maior neutralidade no repasse dessas variações para as tarifas. Em 2014 a ANEEL decidiu aditar os contratos de concessão e permissão, das controladas, distribuidoras de energia elétrica, com vistas a eliminar eventuais incertezas, até então existentes, quanto ao reconhecimento e à realização das diferenças temporais, cujos valores são repassados anualmente na tarifa de distribuição de energia elétrica – Parcela A (CVA) e outros itens financeiros o que permitiu a contabilização dos saldos da CVA de forma prospectiva de acordo com o OCPC 08. No termo aditivo emitido pela ANEEL, o órgão regulador garante que os valores de CVA e outros itens financeiros serão incorporados no cálculo da indenização, quando da extinção da concessão. Desta forma, os valores reconhecidos de ativos e passivos financeiros setoriais tiveram a contrapartida a receita de venda de bens e serviços.

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

40

Resultados do 1º trimestre de 2017

As controladas contabilizaram as variações destes custos como ativos e passivos financeiros setoriais, conforme demonstrado a seguir: Ativos financeiros setoriais

Saldo em Receita Operacional Resultado 31/12/2016 Adição Amortização Financeiro

Saldo em 31/03/2017

76.846

21.311

Itens da Parcela A (i) Energia elétrica comprada para revenda

50.972

(106.095)

(412)

Programa Incentivo Fontes Alternativas de Energia - PROINFA 6.163

(3.071)

(3.778)

(125)

(811)

Transporte de Energia Elétrica Rede Básica

15.808

(6.432)

466

37.851

(1.264)

74

3.013

28.009

Transporte de Energia Elétrica - Itaipu

3.644

559

Encargo de serviços de sistema ESS (iii)

(178.513)

(104.423) 11.077

(5.514)

(277.373)

Conta de Desenvolvimento Energético - CDE

(38.013)

(40.931)

(1.647)

(137.303)

(56.712)

Componentes financeiros Neutralidade da Parcela A (iv)

47.395

(2.278)

(5.614)

1.020

40.523

Sobrecontratação de energia (ii)

11.757

20.522

32.142

1.863

66.284

Devoluções Tarifárias (*)

(17.151)

(3.852)

-

(586)

(21.589)

CUSD

61

(56)

(199)

(22)

(216)

Exposição de submercados

(61.644)

(4.192)

3.248

(416)

(63.004)

Garantias (v)

2.778

660

(726)

75

2.787

Saldo a Compensar (vi)

(18.167)

11.200

12.245

-

5.278

Outros itens financeiros (vii)

(24.528)

2.227

44.232

-

21.931

Total Ativo

(161.363)

(56.855)

(77.876)

(5.224)

(301.318)

Ativo Circulante

356.250

259.560

Ativo Não Circulante

85.478

50.606

Passivo circulante

(453.433)

(557.804)

Passivo não circulante

(149.658)

(53.680)

(*) O valor de R$3.853 (R$15.095 em 31 de dezembro de 2016) refere-se à receita de Ultrapassagem de Demanda e Excedente de Reativo, reconhecido pelas controladas ETO, CAIUÁ, EEB, CNEE, EDEVP e CFLO, conforme Despacho ANEEL nº245/2016, que determinou que para operacionalizar os efeitos contábeis em consonância com o Proret, a partir do 4º ciclo de Revisão Tarifária os novos valores decorrentes de Ultrapassagem de Demanda e Excedente de Reativo deverão ser apropriados em Passivos Financeiros Setoriais– Devoluções Tarifárias sendo atualizados mensalmente de acordo com o índice de correção monetária estabelecido no Proret (IPCA) e somente começará a ser amortizado quando da homologação no 5º CRTP (Ciclo de Revisão Tarifária Periódica). (i) Valores tarifários não gerenciáveis a compensar da Parcela A – CVA A Portaria Interministerial dos Ministros de Estado da Fazenda e de Minas e Energia nº 25, de 24 de janeiro de 2002, estabeleceu a Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da “Parcela A” - CVA, com o propósito de registrar as variações de custos, negativas ou positivas, ocorridas no período entre reajustes tarifários anuais, relativos aos itens previstos nos contratos de concessão de distribuição de energia elétrica. Estas variações são apuradas por meio da diferença entre os gastos efetivamente incorridos e os gastos estimados no momento da constituição da tarifa nos reajustes tarifários anuais. Os valores considerados na CVA são atualizados monetariamente com base na taxa SELIC. (ii) Repasse de sobrecontratação/exposição involuntária de energia As distribuidoras devem garantir, por meio de contratos de energia regulados, o atendimento de 100% do seu mercado. Contratações superiores ou inferiores a este referencial implicam na apuração, pela ANEEL, com aplicação nos processos de reajustes e revisões tarifárias, dos custos de repasse de aquisição do montante de sobrecontratação, limitado aos cinco por cento em relação à carga anual regulatória de fornecimento da distribuidora e do custo da energia referente à exposição ao mercado de curto prazo.

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41

Resultados do 1º trimestre de 2017

(iii) Encargo de Serviço do Sistema – ESS Representa um encargo destinado a cobertura dos custos dos serviços do sistema, que inclui os serviços encilares, prestados pelos usuários. (iv) Neutralidade Refere-se à neutralidade dos encargos setoriais na tarifa, apurando as diferenças mensais entre os valores faturados e os valores inseridos nas tarifas. (v) Garantias Financeiras Repasse dos custos decorrentes da liquidação e custódia das garantias financeiras previstas nos contratos de que tratam os art. 15 (geração distribuída por chamada pública), art. 27 (CCEAR de leilões de energia nova e existente) e art. 32 (leilões de ajuste) do Decreto nº 5.163/2004. (vi) Saldo a Compensar da CVA do ciclo anterior Conforme previsto no § 4° do artigo 3° da Portaria Interministerial MME/MF n° 25/2002, verifica-se se o Saldo da CVA em processamento considerado no processo tarifário foi efetivamente compensado, levando-se em conta as variações ocorridas entre o mercado de energia elétrica utilizado na definição daquele processo tarifário e o mercado verificado nos 12 meses da compensação, bem como a diferença entre a taxa de juros projetada e a taxa de juros SELIC verificada. (vii)

Outros itens financeiros

Considera-se os demais itens financeiros de característica não recorrentes e específico das Distribuidoras, tais como, Reversão do financeiro RTE2015, Diferencial Eletronuclear, Repasse de Compensação DIC/FIC, etc.

13. Outros créditos Controladora 31/03/2017 Baixa renda

(1)

Consolidado 31/12/2016

31/03/2017

31/12/2016

-

-

23.984

21.613

Ordens de serviço em curso – PEE e P&D

-

-

91.529

95.712

Ordens de desativação em curso

-

-

5.664

4.322

Ordens de serviços em curso e outros

-

-

20.845

7.705

Ordens de dispêndio a reembolsar – ODR

-

-

132

651

Adiantamentos a fornecedores e empregados

87

121

17.315

15.628

(2)

-

-

108.138

84.755

-

-

176.791

176.791

(3)

-

-

(176.791)

(176.791)

Subvenção CDE – desconto tarifário Banco Daycoval

(3)

Provisão p/ perdas Banco Daycoval

Outros créditos a receber - CELPA - em Recuperação 3.033 Judicial (4) Sub-rogação do CCC

(5)

-

3.064 -

44.579 24.167

43.518 24.617

Créditos com terceiros – Alienação de bens e direitos

-

-

18.925

15.204

Aquisição de combustível para conta CCC

-

-

39.043

42.537

Padrão de Energia

-

-

-

3.105

Plano de Universalização

-

-

1.776

2.089

-

-

5.807

27.039

1.663

1.663

1.663

18.595

-

-

26.546

26.546

-

-

112.110

109.682

Despesas pagas antecipadamente Créditos a receber de terceiros Créditos Eletrobrás – LPT

(6)

(7)

Créditos a receber do Estado de Tocantins Outros

(*)

(8)

1.190

1.221

32.789

20.960

Total

5.973

6.069

575.012

564.278

Circulante

5.816

5.910

395.352

387.683

Não circulante

157

159

179.660

176.595

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

42

Resultados do 1º trimestre de 2017

(*)

Em 31 de março de 2017, inclui, no consolidado, montante de R$6.953 créditos de liquidação duvidosa.

(1)

referente a provisão para

Baixa renda – consolidado Esses créditos referem-se à subvenção da classe residencial baixa renda, com consumo mensal inferior a 220 kWh, cumprido certos requisitos. Essa receita é custeada com recursos financeiros oriundos da RGR - Reserva Global de Reversão e da CDE - Conta de Desenvolvimento Energético, ambos sob a administração da Eletrobrás. Os saldos ainda não ressarcidos estão registrados no balanço patrimonial na rubrica “outros créditos” no ativo circulante consolidado. A Administração das controladas não espera apurar perdas na realização dos saldos. Segue a movimentação ocorrida no período/exercício: EMT

ETO

EDEVP

EEB

CNEE

CFLO

CAIUA

Total

Saldos consolidados em 31/12/2016 6.939

5.375

5.344

852

520

492

369

1.722

21.613

Subvenção baixa renda

11.100

7.717

8.982

2.037

1.135

413

818

1.526

33.728

Ressarcimento Eletrobrás

(10.601)

(8.040)

(8.269)

(2.111)

(846)

(236)

(369)

(885)

(31.357)

5.052

6.057

778

809

669

818

2.363

23.984

Saldos consolidados em 7.438 31/03/2017

(2)

EMS

Subvenção CDE – desconto tarifário – consolidado Refere-se a recursos transferidos às concessionárias autorizados pelo Governo Federal, através do Decreto nº 7.891 de 23 de janeiro de 2013, para fazer frente à Subvenção CDE para os descontos incidentes sobre as tarifas aplicáveis aos usuários do serviço público de distribuição de energia elétrica, nos termos do inciso VII do caput do art. 13 da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002. As controladas CNEE, CAIUÁ, EDEVP, EEB, CFLO e EMS desde 02 de setembro de 2015 possuem ação ordinária onde foi ajuizado o direito de promover mensalmente a compensação das subvenções a receber de CDE e baixa renda, com os valores a pagar de CDE com a Eletrobrás. Desta forma, até dezembro de 2016 foram compensados R$45.879 referente à subvenção CDE e R$173.461 referente subvenção baixa renda. Em 31 de março de 2017, os saldos em aberto correspondem à subvenção incorrida nos meses de fevereiro e março de 2017 , cujo ressarcimento a administração das controladas irá compensar no primeiro trimestre de 2017. Segue a movimentação ocorrida no período/exercício: EMT

ETO

EDEVP

EEB

CNEE

CFLO

CAIUÁ

EMS

8.835

3.917

3.138

2.523

635

2.248

14.830

49.291

12.178

3.670

3.521

3.486

3.790

2.569

39.587

118.092

(50.231)

(12.389)

(1.583)

(2.281)

(2.129)

(182)

(1.193)

(24.721)

(94.709)

8.624

6.004

4.378

3.880

4.243

3.624

29.696

108.138

Saldos consolidados em 48.629 31/12/2016 Desconto subvenção Rural

84.755

tarifário Irrigante e

Ressarcimento Eletrobrás

Saldos consolidados em 31/03/2017 47.689 (3)

Total

Banco Daycoval Refere-se à transferência de valor efetuado pelo Banco Daycoval S.A. para a conta corrente Companhia em 28 de fevereiro de 2012, para quitação de dívidas vencidas por antecipação desta holding, conforme justificativa da Instituição Financeira. A Administração das controladas EMT, CAIUÁ e EMS consideram essas transferências indevidas e ajuizaram uma medida judicial para a recuperação desse valor. Ocorre que o Plano para a recuperação e correção das falhas e transgressões que motivaram a intervenção na EMT, CAIUÁ e EMS foi aditado após a aprovação, pela Assembleia Geral de Credores da Recuperação

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

43

Resultados do 1º trimestre de 2017

Judicial da Rede Energia S.A. – “em Recuperação Judicial”. Em 17 de dezembro de 2013 a ANEEL aprovou, através da Resolução Autorizativa nº 4.463, o Plano ANEEL e acolheu a proposta da ENERGISA para a realização de um adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC) no valor equivalente ao saque efetuado pelo Banco Daycoval S/A. Dessa forma, a restituição da aplicação financeira das controladas EMT, CAIUÁ e EMS passaram depender tão somente da demanda judicial movida pelas controladas, caracterizando um ativo contingente, visto que sua realização será confirmada apenas pela ocorrência ou não de eventos futuros, incertos, não totalmente sob o controle da entidade. Por este fato a Administração das controladas decidiu provisionar a perda dos valores enquanto aguarda o andamento do questionamento jurídico. (4)

Créditos a receber CELPA

Crédito que as controladas EMT, EMS, CAIUÁ, ETO, CNEE, CFLO, EDEVP e Rede Serviços tem a receber da Centrais Elétricas do Pará S/A – CELPA – em “Recuperação Judicial”, oriundo de transações entre partes relacionadas. Os créditos intra-grupo serão parcialmente assumidos pela Rede Power do Brasil S/A, até onde se compensarem, que passará a responder perante às Partes Relacionadas pela parcela do crédito assumido e serão compensados. Do saldo total, cerca de 69% foram assumidas pela Rede Power do Brasil S/A e o restante será pago em parcelas semestrais a partir do último dia do mês de setembro de 2019, com conclusão em setembro de 2034. A controlada indireta mantém ajuste a valor presente dos créditos a receber no valor de R$9.371 ( R$9.229 em 31 de dezembro de 2016). (5)

Sub-rogação CCC Em conformidade com as disposições da Resolução ANEEL nº 784, de 24 de dezembro de 2002, e Resolução Autorizativa - ANEEL nº 81, de 09 de março de 2004, a controlada EMT foi enquadrada na sub-rogação do direito de uso da Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis - CCC, devido à implantação de projetos elétricos que proporcionaram a redução do dispêndio da CCC, que contribui para a modicidade das tarifas aos consumidores finais. Para fins de cálculo do benefício, foram aprovados os seguintes projetos com saldos a receber em aberto: 

Sistema de Transmissão Sapezal / Comodoro, energizado em 31 de outubro de 2013, com projeto e subsídio aprovado no montante de R$32.254, por meio da Resolução Autorizativa nº 1.877 de 07 de abril de 2009. Foram recebidos R$1.215 em 2014, R$3.111 em 2015 e R$3.311em de 2016, totalizando R$7.637. O saldo remanescente é de R$24.167.

O Despacho ANEEL nº 4.722, de 18 de dezembro de 2009, para aplicação nas publicações do exercício de 2009, trata nos itens 53 e 54, a respeito da contabilização do subsídio recebido pela concessionária, oriundo do fundo da CCC em virtude de obras que visam à desativação de usinas térmicas e consequente redução de óleo diesel no processo de geração de energia em nosso país. O mencionado despacho determina que todos os valores já recebidos ou aprovados sejam registrados no grupo de contas “223 - Obrigações Especiais Vinculadas à Concessão do Serviço Público de Energia Elétrica”. Dentro desse grupo é feita a segregação dos valores já efetivamente recebidos e dos valores pendentes de recebimento que já foram aprovados pelo órgão regulador.

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

44

Resultados do 1º trimestre de 2017

A controlada EMT tem registrado os valores referentes a esse subsídio da seguinte forma: Obra

Status

Valor aplicado Valor sub-rogado Recebido

A receber 31/03/2017 31/12/2016

Sistema de Transmissão Sapezal / Comodoro em serviço 45.166

32.254

8.087

24.167

24.617

Total

32.254

8.087

24.167

24.617

2.037

2.204

2.037

2.204

22.130

22.413

45.166

Circulante (Principal) Circulante (Variação IGP-M)

-

Total do Circulante Não Circulante (Principal)

(6)

Não Circulante (Variação IGP-M)

22.130

22.413

Total do Não circulante

22.130

22.413

Créditos com terceiros – Alienação de bens e direitos Esses créditos com terceiros referem-se à valores a receber sobre a venda de bens e direitos alienados.

(7)

Crédito a receber das Centrais Elétricas Brasileiras S/A A controlada Energisa TO reconheceu no período créditos a receber no montante R$26.546, referente às liberações finais da 4ª e 5ª Tranche da subvenção econômica do Programa Luz Para Todos prevista no Contrato Nº ECFS-343/2013 firmado em 19/12/2013 com Eletrobrás, em face da finalização do processo de prestação de contas, cujos recursos são provenientes da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), e que se destinam a aplicação integral no âmbito do Programa, tendo como contra partida a conta de Obrigações vinculadas à concessão e permissão do serviço público de energia elétrica.

(8)

Créditos a receber do Estado de Tocantins Refere-se a valores que a controlada ETO tem a receber do Governo do Estado do Tocantins, a saber: 31/03/2017

31/12/2016

Saldo inicial – não circulante – 31/12/2016 e 31/12/2015

109.682

98.781

Amortização realizado no período/exercício

-

(2.326)

Atualização monetária – IGPM

2.428

13.227

Saldo anterior a provisão

112.110

109.682

 Programa Reluz Tocantins O Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente - RELUZ foi instituído em 2000 pela Eletrobrás, com o apoio do Ministério de Minas e Energia, e implementado pelas concessionárias de energia elétrica com a participação das prefeituras e governos estaduais. O Programa tem por objetivo o desenvolvimento de sistemas eficientes de iluminação pública e sinalização semafórica, bem como a valorização dos espaços públicos urbanos, melhorando a segurança da população. Estão habilitados ao programa os entes federativos (Municípios, Governos Estaduais e Distritos) por intermédio das concessionárias de energia elétrica. Os entes federativos interessados em incluir seus projetos no Programa RELUZ deverão dirigir-se diretamente às concessionárias de energia elétrica locais que negociarão e apresentarão a solicitação do financiamento à Eletrobrás, conforme orientações do Manual de Instruções do Programa. O financiamento da Eletrobrás é de até 75% do valor total do projeto. Os 25% restantes deverão constituir a contrapartida dos entes federativos e/ou das concessionárias de energia elétrica. Buscando a melhoria e ampliação da iluminação pública dos municípios tocantinenses, o Governo do Estado do Tocantins implementou o Programa Reluz Tocantins, que teve como objetivo a execução de obras para eficientização energética do sistema de iluminação pública dos 139 municípios que compõem o Estado. Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

45

Resultados do 1º trimestre de 2017

Em 24 de junho de 2010, o Governo do Estado firmou contrato de financiamento com a Companhia, conforme autorizado pela Lei nº 2.305, de 24/3/2010. O referido contrato tem como objeto a contratação de financiamento de R$82.423 do Governo do Estado junto à ETO e a execução, por parte da Companhia, das obras e serviços necessários para à implantação do Programa Reluz Tocantins. A forma de pagamento está estabelecida no contrato da seguinte forma: i.

Transferência de estruturas e redes de energia elétrica de titularidade do Governo do Estado;

ii. Transferência de ações ordinárias, correspondentes a 9% das ações de emissão da ETO e de titularidade do Governo do Estado; iii.

Utilização da totalidade do montante de dividendos creditados;

iv. O saldo remanescente após realizados os itens anteriores, deverá ser pago em 24 parcelas mensais, iguais e sucessivas. A controlada ETO executou todas as obras e serviços necessários do Programa Reluz e recebeu a aprovação da finalização do programa pela Eletrobrás, por meio da carta CTA-DF-5975/2013, de 11 de setembro de 2013 e encaminhou ao Governo do Estado todas as notificações de evento de pagamento, conforme a conclusão dos eventos físicos previstos no cronograma do contrato e aprovação da Eletrobrás. Em 09 de julho de 2014, por meio de dação de pagamento, foi realizada a transferência de 9% das ações de emissão da ETO, de titularidade do Estado do Tocantins, um total de 34.085.056 ações preferenciais, correspondendo ao valor de R$33.063. O saldo a receber relacionado ao Programa Reluz Tocantins foi atualizado conforme cláusulas contratuais que, de forma geral, resumem-se em 7,5% a.a de atualização financeira sobre o saldo principal e para os pagamentos em atraso, atualização monetária com base na variação mensal do IGPM/FGV, além de juros de 0,5% (meio por cento) ao mês e multa de 10% (dez por cento) sobre a totalidade do débito em atraso, isso perfaz um montante em 31 de março de 2017 de R$86.715 (R$84.848 em 31 de dezembro de 2016), considerando-se o abatimento do saldo devedor dos dividendos creditados relativos aos exercícios de 2009, 2010, 2011, 2014, 2015 e 2016, bem como a dação em pagamento através da transferência de 9% das ações. Conforme previsto no contrato do Programa Reluz Tocantins, a Companhia reteve os dividendos creditados ao acionista Estado do Tocantins, cumprindo o dispositivo contratual de que a Companhia, a qualquer tempo, poderia utilizar os dividendos creditados para pagamento das parcelas vencidas do valor da dívida do Programa. Em 29 de setembro de 2013, o acionista Estado do Tocantins entrou com uma ação judicial para recebimento dos valores creditados a título de dividendos (dos exercícios de 2009, 2010 e 2011) e, em decisão liminar, os valores foram depositados em juízo, até o julgamento de mérito da demanda. Após a concessão de Suspensão de Segurança pelo presidente do STJ, os valores bloqueados foram devolvidos à ETO nos dias 7 e 9 de abril de 2014. Caso a decisão final seja julgada em desfavor da Companhia, o saldo devedor será recalculado sem considerar o pagamento efetuado por meio da compensação dos dividendos. O convênio firmado para a implementação de 125 km de linhas de transmissão interligando Tocantinópolis a Xambioá. A prestação de contas da conclusão da obra foi apresentada ao Governo do Estado por meio da correspondência CE – 003/2012-DFC, de 29 de fevereiro de 2012. O valor a receber atualizado é de R$25.395 (R$24.834 em 31 de dezembro de 2016). Até o encerramento destas demonstrações financeiras, o Estado do Tocantins não havia liberado os recursos financeiros em conformidade com o plano de trabalho definido no Convênio. Em 01 de julho de 2016, o Governo do Estado do Tocantins, através do Ofício nº 909/2016/SEFAZ/GASEC, confirmou o saldo devedor com a controlada ETO no montante de R$103.185, na data base de 31 de março de 2016, referente ao convênio 028/2008 – linha de transmissão ligando Xambioá a Tocantinópolis e o Programa Reluz. Esse Ofício ainda confirma que as partes estão em tratativas para encontrar uma forma de parcelar e liquidar o referido saldo devedor, sendo que o valor final será objeto de confirmação quando da finalização dos trabalhos do Comitê de Análise dos Contratos Ativos firmados entre o acionista Estado do Tocantins e o Grupo Energisa, criado através do Decreto do Governador do Estado nº 5.436, de 25 de maio de 2016. Em 21 de novembro de 2016 o Governo do Estado publicou o Decreto nº 5.541 elegendo o comitê com objetivo de solucionar todos os assuntos dos contratos entre as partes. Diante desses novos fatos e da perspectiva de conclusão das negociações devido à criação do referido Comitê, a administração tem

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

46

Resultados do 1º trimestre de 2017

expectativa de realização dos créditos da controlada ETO com o acionista Estado do Tocantins no próximo exercício.

14. Transações com partes relacionadas A Companhia detém o controle acionário direto nas empresas citadas na nota explicativa nº 4, sendo controlada diretamente pela Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema S/A (EEVP) (56,89%), Denerge (9,82%) e Energisa (29,49%). A Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema S/A (EEVP) (56,89%) é controlada pela Denerge (99,99%). A Denerge é controlada pela Energisa (99,97%). A Energisa S/A também possui controle acionário da Energisa Paraíba – Distribuidora de Energia S/A (EPB), Energisa Sergipe - Distribuidora de Energia S/A (ESE), Energisa Borborema - Distribuidora de Energia S/A (EBO), Energisa Nova Friburgo – Distribuidora de Energia S/A (ENF), Energisa Soluções S/A (ESO), Energisa Soluções e Construções em Linhas e Redes S/A (ESOLC), Energisa Comercializadora Ltda (ECOM), Energisa Serviços Aéreos S/A (ESER), Energisa Planejamento e Corretagem de Seguros Ltda (EPLA), Energisa Geração Usina Mauricio. Os saldos com partes relacionadas são apresentadas como segue: Controladora: 31/03/2017 Ativo

31/12/2016

Passivo

Ativo

Passivo

Mútuos (1) . Companhia Técnica de Comercialização de Energia (“CTCE”) -

99.776

-

96.917

-

6.865

-

-

-

-

59.880

-

. Companhia Técnica de Comercialização de Energia –RJ 6.865 (“CTCE-RJ”) . Companhia Geral

111.030

-

. Denerge Desenvolvimento Energético S/A (“Denerge”) . Denerge Desenvolvimento (“Denerge-RJ”)

Energético

S/A



RJ

. QMRA Participações S/A (“QMRA”)

-

-

47.945

-

14

-

13

-

. QMRA Participações S/A – RJ (“QMRA-RJ”)

726

-

726

-

. Energisa S/A (“Energisa”) (1)

155.020

-

140.266

-

. Energisa S/A – RJ (“Energisa-RJ”) (3)

-

518.044

-

502.899

. Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema S/A 1.394 (“EEVP”)

-

1.295

-

. Multi Energisa Serviços S/A (“Multi Energisa”)

8.643

-

8.395

-

. Vale do Vacaria Açúcar e Álcool S.A (“Vale do Vacaria”)

-

529

-

529

. Acceptor Consultoria (“Acceptor”)

-

-

-

-

-

33.449

-

32.491

283.692

651.798

265.385

632.836

. Empresa de Eletricidade do Vale do Paranapanema S/A (“EEVP”) 8.000

-

-

-

Total

651.798

265.385

632.836

e

Corretagem

de

seguros

. Rede Power do Brasil S/A (“Rede Power”) Subtotal – não circulante Investimentos – Recursos destinados a futuro aumento de capital (2):

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

291.692

47

Resultados do 1º trimestre de 2017

Condições dos contratos: Mútuos

Taxa Nominal

Vencimento

. Acceptor Consultoria e Corretagem de Seguros Ltda. (1)

100% do CDI

31/10/2016

. Vale do Vacaria Açúcar e Álcool S/A

100% do CDI

18/07/2017

. Energisa S/A

Média ponderada dos juros de empréstimos captados pelas 30/06/2018 empresas do grupo + variação do CDI

. Energisa S/A (créditos opção “C” – RJ) (3)

0,5% a.a

11/04/2036

. Companhia Técnica de Comercialização de Energia S/A (1)

100% do CDI

31/10/2017

. Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema S/A (1)

100% do CDI

31/10/2017

0,5% a.a

11/04/2036

. Companhia Técnica de (créditos opção “C” – RJ) (3)

Comercialização

de

Energia

S/A

. QMRA Participações S/A (1)

100% do CDI

07/07/2017

. QMRA Participações S/A (créditos opção “C” – RJ) (3)

0,5% a.a

11/04/2036

. Rede Power do Brasil S/A (1)

100% do CDI

19/11/2017

. Denerge Desenvolvimento Energético S/A (1)

100% do CDI

01/08/2018

. Denerge Desenvolvimento Energético S/A (1)

100% do CDI

31/10/2017

0,5% a.a

11/04/2036

100% do CDI

31/03/2017

. Denerge Desenvolvimento (créditos opção “C” – RJ) (3) . Multi Energisa Serviços S/A (1)

Energético

S/A

(1) Os mútuos são remunerados com base em 100% do CDI com prazo de 24 meses, nos termos de contratos de mútuo, podendo ser prorrogado por iguais e sucessivos períodos. O contrato de mutuo com a Energisa S/A está sendo remunerado pela taxa média de captação junto a terceiros, que no exercício foi em média de CDI + 1.1209 a.a (CDI + 1,1236 % a.a. em 31 de dezembro de 2016), e inclui o Instrumento particular de Cessão e aquisição de direitos de crédito e outras avenças firmado pela Energisa S/A em 31 de março de 2017 com a Companhia e a controlada Rede Power, como segue: .Instrumento particular de Cessão e aquisição de direitos de crédito e outras avenças em 31 de março de 2017 firmado pela Energisa S/A com a Companhia e a controlada Rede Power nos montantes de R$15.782 e R$8.857, respectivamente, foi devido a transação da Companhia e da controlada Rede Power em 18 de junho de 2008 com a EDP – Energias do Brasil S.A., celebrou instrumento particular de compromisso e permuta de ações e outras avenças tendo por objeto a permuta, sem torna, de ações de emissão da Energisa Mato Grosso do Sul, detidas pela EDP, por (i) ações ordinárias de emissão da Lajeado e ações preferenciais de emissão da Investco, detidas pela Companhia; e (ii) ações ordinárias Lajeado e ações ordinárias de emissão da Tocantins, detidas pela Rede Power. Nos termos e condições do Instrumento de permuta a EDP responsabilizou-se perante a Rede Energia e Rede Power, por determinada contingências passivas da Energia Mato Groso do Sul. Em decorrência da obrigação de indenizar a EDP por força do instrumento particular de Cessão firmado entre a Energisa, Companhia e Rede Power, liquidou em 30 de setembro de 2016 o débito total de R$24.639 diretamente com a Energisa S/A que por sua vez passou a ser devedora junto a Companhia e esta por sua vez com a controlada Rede Power. Os respectivos valores foram reconhecidos pela Companhia e Rede Power na demonstração do resultado do período em outras receitas operacionais. (2) Refere-se a Adiantamentos para futuro aumento de capital que não possui remuneração. O montante de R$8.000, registrados em 08 de dezembro de 2016, foram recursos aportados pela controladora Empresa de Eletricidade do Vale do Paranapanema S/A (“EEVP”) . (3) Os créditos a receber da Companhia, adquiridos dos credores, seriam pagos inicialmente pela Recuperanda nas seguintes condições: (i) o valor correspondente a 25% do montante total dos créditos cedidos seriam pagos em parcela única em até 1 ano da data de pagamento da cessão, com juros de 12,5% ao ano incidentes a partir da data da cessão; e (ii) o valor remanescente correspondente a 75% do montante total dos créditos cedidos serão pagos ao fim do prazo de 22 anos em parcela única, com juros capitalizados de 0,5% ao ano incidentes a partir da data de pagamento da cessão. Em 2014, foi acordado entre as partes a postergação pelo prazo de 10 anos o vencimento da parcela única que teria vencimento em julho de 2015, correspondente a 25% do montante total da dívida, entretanto fica mantido o prazo de 22 anos para pagamento do valor remanescente correspondente a 75% do montante total da Dívida com juros capitalizados de 0,5% ao ano, incidentes a partir da data de pagamento. Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

48

Resultados do 1º trimestre de 2017

Transações efetuadas durante o período pela Companhia, referente a juros dos contratos de mútuos: Controladas

Receitas / (-) Despesas financeira

CTCE

(2.935)

QMRA

1

Rede Power

(984)

Multi Energisa

254

Denerge

3.265

EEVP

40

Energisa

(11.374)

Total em 31/03/2017

(11.733)

Total em 31/03/2016

(15.452)

Consolidado: Saldos dos ativos: Ativos Rede Energia

QMRA

Multi Energisa

31/03/2017

31/12/2016

Denerge

Mútuo (1)

111.031

-

12.276

123.307

119.744

Energisa

Mútuo (1)

155.020

74.726

-

229.746

212.968

EEVP

Mútuo (1)

1.394

-

5.893

7.287

7.029

267.445

74.726

18.169

360.340

339.741

(1)

Os mútuos são remunerados com base em 100% do CDI com prazo de 24 meses, nos termos de contratos de mútuo, podendo ser prorrogado por iguais e sucessivos períodos. O contrato de mutuo firmado com a Energisa está sendo remunerado pela taxa média de captação junto a terceiros, que no exercício foi em média de 1.1209% a.a (CDI + 1,1236% a.a. em 31 de dezembro de 2016).

Saldos dos passivos: Passivos

Energisa

Mútuo

Rede Energia

CTCE

-

2.355

QMRA

Rede Multi Energisa Power

31/03/2017 31/12/2016

-

-

3.075

6.647

720

Créditos Energisa– adquiridos RJ (2) - RJ 518.044

91.427

22.840

-

-

632.311

610.713

Denerge

4.785

127

14

-

4.926

4.762

720

640.312

622.122

Mútuo

-

518.044 98.567 22.967 14 (2)

Créditos a receber da Companhia, adquiridos dos credores, conforme descrito no item 3 acima.

Transações efetuadas durante o período/exercício pela Companhia e suas controladas, referente a juros dos contratos de mútuos:

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

49

Resultados do 1º trimestre de 2017

Resultado do período/exercício: Receitas / (-) Despesas financeira Rede Energia

CTCE

QMRA

Multi Energisa

31/03/2017

31/03/2016

Energisa

Mútuo

(10.383)

(3.261)

1.662

(22)

(12.004)

(14.646)

Acceptor

Mútuo

-

-

-

-

-

(38)

EEVP

Mútuo

40

-

173

213

164

Denerge

Mútuo

3.265

(140)

(4)

361

3.482

1.251

BBPM

Mútuo

-

-

-

-

-

(218)

JQMJ

Mútuo

-

-

-

-

-

(31)

(7.078)

(3.401)

1.658

512

(8.309)

(13.518)

Serviços Contratados Energisa Soluções Construções S/A

Empresas

Energisa Soluções S/A

Multi Energisa

Energisa

31/03/2017

31/12/2016

Caiuá

2.334

361

1.166

-

3.861

9.637

EEB

2.367

327

801

-

3.495

9.298

CFLO

-

15

248

-

263

480

CNEE

224

133

559

-

916

2.104

EDEVP

274

334

910

-

1.518

2.371

EMS

2.167

836

2.863

-

5.866

19.646

EMT

5.916

1.290

4.177

413

11.796

57.134

ETO

-

590

1.578

-

2.168

13.282

3.886

12.302

413

29.883

14.492 115.162

As transações com as empresas ligadas referem-se a serviços de manutenção de linhas e redes, subestações, engenharia e de projetos, estão suportados por contratos que foram homologados pela ANEEL. Remuneração dos administradores No período findo em 31 de março de 2017, a remuneração do Conselho e da Diretoria foi de R$97 (R$220 em 31 de março de 2016) e R$1.280 (R$1.641 em 31 de março de 2016) no consolidado, respectivamente. Além da remuneração, a Companhia e suas controladas são patrocinadoras dos benefícios de previdência privada, seguro saúde e seguro de vida para seus diretores, sendo a despesa no montante de R$139 (R$190 em 31 de março de 2016) no consolidado. Os encargos sociais sobre as remunerações totalizaram R$412 (R$457 em 31 de março de 2016) no consolidado. Em 31 de março de 2017, a remuneração maior, menor e a média atribuída aos dirigentes foram, respectivamente, R$87, R$2 e R$31 (R$68, R$2 e R$21 em 31 de março de 2016) no consolidado. Na AGO/AGE de 28 de abril de 2017, foi aprovado o limite global da remuneração anual dos administradores para o exercício de 2017 no montante de R$1.450 (R$3.225 para o exercício de 2016), na controladora. 15. Créditos tributários, impostos diferidos e despesa de imposto de renda e contribuição social corrente. Os impostos diferidos são oriundos de prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social, assim como as diferenças temporárias, que estão registrados segundo as normas do CPC 32 (IAS 12) e apresentado conforme normas do CPC 26 (IAS 1). Com base nos estudos técnicos, a Administração elaborou a projeção de resultados tributáveis, demonstrando a capacidade de realização dos créditos tributários nos exercícios futuros, conforme requerido pelo CPC 32. A estimativa consolidada para as realizações dos impostos diferidos está apresentada a seguir, ressaltando que as projeções de resultados utilizadas no estudo de recuperabilidade desses ativos foram aprovados pelos Conselhos de Administração da Companhia e das controladas. Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

50

Resultados do 1º trimestre de 2017

Os impostos diferidos reconhecidos nas informações financeiras individuais e consolidadas são apresentados da seguinte forma:

Controladora 31/03/2017

Consolidado

31/12/2016

31/03/2017

31/12/2016

Ativo Prejuízos fiscais

20.812

20.812

273.110

279.671

Base negativa da contribuição social

11.320

11.320

108.333

112.486

Imposto de Renda

-

-

377.801

365.160

Contribuição Social

-

-

136.008

131.457

Total – ativo não circulante

32.132

32.132

895.252

888.774

Diferenças temporárias:

Controladora 31/03/2017

Consolidado

31/12/2016

31/03/2017

31/12/2016

Passivo Diferenças Temporárias: Imposto de Renda

316.259

316.649

1.159.887

1.172.207

Contribuição Social

113.854

113.994

417.559

421.995

Total – passivo não circulante

430.113

430.643

1.577.446

1.594.202

Total passivo não circulante Líquido

397.981

398.511

682.194

705.428

A natureza dos créditos diferidos é como segue: Controladora 31/03/2017

31/12/2016

Base de cálculo IRPJ + CSSL Base de cálculo IRPJ + CSSL Ativo/Passivo Prejuízos Fiscais Base negativa da contribuição social Ajustes a valor presente Deságio sobre investimento Total

   20.812

83.251

20.812

125.774

11.320

125.774

11.320

-1.191.795

-405.210

-1.193.352

-405.740

-73.244

-24.903

-1.056.014 -397.981

Total - Ativo Não Circulante

209.025 32.132

Total Passivo Não Circulante

-1.265.039 -430.113

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

  

83.251

-73.244

-24.903

-1.057.571

-398.511

209.025

32.132

-1.266.596

-430.643

51

Resultados do 1º trimestre de 2017

Consolidado 31/03/2017

31/12/2016

Base de cálculo IRPJ + CSSL Base de cálculo IRPJ + CSSL Ativo/Passivo

  

Base negativa da contribuição social

1.203.700

108.333

1.249.846

112.486

Prejuízos fiscais

1.092.435

273.110

1.118.681

279.671

Provisão p/créditos de liquidação duvidosa (PCLD e Daycoval)

469.151

159.511

465.779

158.365

Provisões para riscos trabalhistas, cíveis e fiscal.

419.396

142.594

401.627

136.553

Outras provisões (PEE, P&D, honorários e outras).

235.433

80.047

217.638

73.997

Ativo financeiro setorial

161.363

54.863

161.363

54.863

Créditos fiscais - ágio

115.731

39.349

118.422

40.263

Outras adições temporárias

71.501

24.311

74.111

25.198

Provisão ajuste atuarial

23.016

7.824

21.699

7.378

Marcação a mercado – derivativos

15.617

5.310

-6.187

-2.104

Ajustes a valor presente

-2.287.205

-777.650

-2.285.934

-777.218

Intangível - Mais Valia

-1.727.392

-587.313

-1.777.124

-604.222

receber da concessão e atualizações

-232.656

-79.103

-216.945

-73.761

Encargos sobre reservas de reavaliação

-200.718

-68.244

-209.479

-71.223

Deságio sobre investimento

-189.030

-64.270

-188.407

-64.058

-2.547

-866

-4.753

-1.616

-832.205

-682.194

-859.663

-705.428

Total - Ativo Não Circulante

3.807.343

895.252

3.829.166

888.774

Total Passivo Não Circulante

-4.639.548

-1.577.446

-4.688.829

-1.594.202

IRPJ e CSSL sobre a parcela do VNR do contas a

Outras exclusões temporárias Total

Seguem as realizações dos créditos fiscais: Período

Consolidado

2017

76.940

2018

57.524

2019

61.014

2020

67.505

2021

64.564

2022 a 2026 Total

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

567.705 895.252

52

Resultados do 1º trimestre de 2017

Os valores de imposto de renda e contribuição social que afetaram o resultado do período, bem como a compensação dos créditos tributários registrados podem ser assim demonstrados: Controladora 31/03/2017 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro 62.048 Alíquota fiscal combinada

34%

Imposto de renda e contribuição social calculados às alíquotas (21.096) fiscais combinadas

31/03/2016

Consolidado 31/03/2017

31/03/2016

35.440

111.726

61.530

34%

34%

34%

(12.050)

(37.987)

(20.920)

(222)

Ajustes: Itens permanentes: Despesas indedutíveis (doações, brindes, multas, etc)

-

-

(591)

Realização de Tributos Diferidos – Controladas

-

-

-

-

Redução do imposto de renda e adicionais (1)

-

-

4.649

-

Equivalência patrimonial

26.041

17.446

-

-

Efeitos de Prejuízos Fiscais de Períodos Anteriores Constituídos no Exercício (2)

-

(4.169)

-

(4.332)

Outras adições

8.213

(4.645)

(82)

(4.103)

Imposto de renda e contribuição social

300

1.145

(38.032)

(17.261)

Alíquota efetiva

(0,48%)

(3,23%)

34,04%

(28,05%)

(1) As controladas EMT e ETO possuem redução do imposto de renda e adicionais. O benefício fiscal consiste na redução de até 75% do Imposto de Renda calculado sobre o lucro de exploração. Os valores de redução do imposto de renda e adicionais reconhecidos pelas controladas montam a R$ 4.649, sendo: R$ 1.180 na ETO e R$ 3.468 na EMT. As controladas ETO e EMT obtiveram seus pleitos deferidos em dezembro de 2014 pelo Ministério da Integração Nacional – Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia - SUDAM, pelos seus respectivos Laudos Constitutivos números 113 e 114, que concedeu benefício fiscal de 75% de redução do Imposto de Renda, para o período de 01 de janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2023. (2) A Administração da Companhia e de suas controladas objetivando quitar débitos tributários, decidiram aderir ao programa oficializado com a edição da Medida Provisória nº 766 de 05 de janeiro de 2017 regulamentada pela Instrução Normativa nº 1.687 de 01/02/2017 da Receita Federal do Brasil, que instituiu o Programa de Regularização Fiscal, permitindo às empresas quitarem débitos de natureza tributária ou não tributária, possibilitando às pessoas jurídicas que aderirem ao programa, liquidação de até 80% (oitenta por cento) dos débitos fiscais, com a utilização de prejuízos fiscais e base negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Liquido – CSLL, próprios e de empresas controladora e controladas de forma direta ou indireta o que permitiu a Companhia o reconhecimento em 31/12/2016 de créditos tributários apurados nos últimos exercícios sociais no montante de R$32.132 na Rede Energia, em face de provável realização no exercício de 2017. Uso de estimativas: os créditos tributários são reconhecidos com base nos prejuízos fiscais e bases negativas e em relação às diferenças temporárias entre os valores contábeis de ativos e passivos para fins contábeis e os correspondentes valores usados para fins de tributação. Se o reconhecimento ocorre na extensão em que seja provável que o lucro tributável dos próximos anos esteja disponível para ser usado na compensação dos créditos tributários, com base em projeções de resultados elaborados e fundamentadas em premissas internas e em cenários econômicos futuros que possibilitam a sua utilização. Periodicamente, os valores registrados são revisados e os efeitos, considerando os de realização ou liquidação, estão refletidos em consonância de acordo com a legislação fiscal.

16. Contas a receber da concessão – consolidado Em 14 de janeiro de 2013, foi publicada a Lei nº 12.783, conversão da Medida Provisória nº 579/2012, que vem determinar a utilização do o VNR – Valor novo de reposição para valoração dos créditos a receber, ao final da concessão, a título de indenização dos investimentos efetuados e não recuperados por meio da prestação de serviços outorgados. Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

53

Resultados do 1º trimestre de 2017

No entendimento da Administração da Companhia, este fato alterou as condições contratuais da concessão relacionadas à forma de remunerar as controladas, distribuidoras de energia elétrica, pelos investimentos realizados na infraestrutura vinculados à prestação de serviços outorgados, que até o exercício de 2011, era reconhecido pelo custo histórico. Desde 31 de dezembro de 2012 as controladas EDEVP, EMT, CAIUÁ, ETO, EEB, CNEE, CFLO e EMS passaram a reconhecer o VNR – Valor Novo de Reposição, homologados pela ANEEL, dos ativos que compõem a concessão, com aplicação da variação do IGPM. Em novembro de 2015, a ANEEL através da Resolução Normativa nº 686/2015, aprovou a revisão do Submódulo 2.3 dos Procedimentos de Revisão Tarifária (PRORET) da Base de Remuneração Regulatória (BRR), onde determinou que a base de remuneração fosse atualizada pela aplicação do IPCA. No período findo em 31 de março de 2017, as controladas EDEVP, EMT, CAIUÁ, ETO, EEB, CNEE, CFLO e EMS passaram a reconhecer a remuneração do contas a receber da concessão – VNR no consolidado no grupo de receitas operacionais como ativo financeiro indenizável da concessão em R$18.985 (R$33.421 em 31 de março de 2016). O saldo do contas a receber da concessão está classificado como ativo financeiro disponível para venda no ativo não circulante no consolidado. Seguem as modificações ocorridas pelas controladas: Saldo 31/12/2016

Adições (2)

Baixas

Receitas Operacionais – Ativo financeiro indenizável da Saldo concessão 31/03/2017 (1)

EMT

1.327.640

63.854

(1.860)

11.140

1.400.774

ETO

704.017

38.248

(7.190)

5.533

740.608

EMS

585.802

10.006

(1.057)

2.102

596.853

CAIUA

12.572

9

-

84

12.665

CNEE

5.855

3

-

26

5.884

CFLO

1.526

3

-

15

1.544

EEB

8.331

-

-

45

8.376

EDEVP

5.203

-

-

40

5.243

112.123

(10.107) 18.985

TOTAL GERAL

(1)

2.650.946

2.771.947

Os ativos estão a valor justo com a aplicação variação mensal do IPCA, índice de remuneração utilizada pelo regulador tarifário nos processos de reajustes tarifários. Possíveis variações decorrentes do critério de cálculo do VNR também são consideradas.

(2) Transferência do intangível para o contas a receber da concessão.

Saldo 31/12/2015 Adições (2)

Receitas Operacionais – Ativo financeiro indenizável da concessão (1)

Baixas

Saldo 31/12/2016

EMT

1.074.263

209.729

(4.028)

47.676

1.327.640

ETO

635.021

61.476

(21.933)

29.453

704.017

EMS

438.954

134.511

(191)

12.528

585.802

CAIUA

12.225

37

(4)

314

12.572

CNEE

6.309

99

-

(553)

5.855

CFLO

1.452

3

-

71

1.526

EEB

7.693

60

-

578

8.331

EDEVP

4.991

58

-

154

5.203

405.973 (26.156)

90.221

2.650.946

TOTAL GERAL 2.180.908

(1) Os ativos estão a valor justo com a aplicação variação mensal do IPCA, índice de remuneração utilizada pelo regulador tarifário nos processos de reajustes tarifários. Possíveis variações decorrentes do critério de cálculo do VNR também são consideradas. (2) Transferência do intangível para o contas a receber da concessão. Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

54

Resultados do 1º trimestre de 2017

As controladas CNEE, EEB, CAIUÁ e EDEVP passaram por processo do 4º ciclo de revisão tarifária e por consequência reconheceram o VNR – Valor Novo de Reposição de acordo com as Resoluções da ANEEL, tendo registrado o montante de R$18.903 em outras receitas.

17. Investimentos Controladora 31/03/2017

Consolidado 31/12/2016

31/03/2017 31/12/2016

Participação em controladas 4.008.598

3.931.304

-

-

Outros

103

103

8.073

8.084

Total

4.008.701

3.931.407

8.073

8.084

Participação em controladas: 31/03/2017 Informações sobre o investimento da controladora

Informações sobre as controladas

Controladas

%

Nº ações / cotas Capital detidas / social mil

Distribuição Empresa Elétrica Bragantina S.A. Companhia Nacional de Energia Elétrica Companhia Força e Luz do Oeste Energisa Tocantins Energisa Mato Grosso Energisa Mato Grosso do Sul Caiuá Distribuição de Energia S.A. Empresa de Distrib. De Energia Vale Paranapanema S.A.

   95,85 98,69 98,53 76,67 57,67 64,01 100

   23 23 3 500 122.780 414 366.241

   91.351 34.000 11.500 505.729 1.469.786 616.733 335.857

   349.326 218.923 101.093 2.114.266 6.067.878 3.480.789 569.479

   243.271 127.364 77.746 1.182.457 3.771.267 2.106.472 365.032

   106.055 91.559 23.348 931.809 2.296.611 1.374.317 204.447

   4.382 10.760 4.316 -4.217 28.173 21.893 10.798

68.192 4.200 10.619 4.251 -3.233 16.247 14.014 10.798

3.490.826 101.653 90.359 23.004 714.429 1.324.456 879.714 204.447

100

119.905

119.905

328.550

175.787

152.763

11.296

11.296

152.764

-659

-

-659

-

1.802

10.205

Comercialização Companhia Técnica de Comercialização de 99,99 7 Energia (1) Prestação de Serviços Multi Energisa Serviços S.A. (atual denominação de Rede de Eletricidade e 99,99 1 Serviços S.A.) Holdings e demais Companhias QMRA Participações S.A. Rede Power do Brasil S.A. Vale do Vacaria Açúcar e Álcool S.A. Total

500

5.000

Ativo

Passivo

Resultado Patrimônio Equivalência do Investimentos Líquido Patrimonial período

124.883

44.915

100 2.416.298 1.189.734 76.153 99,99 263 235.379 531.873 100 1 1.112 1.768

292.175

-167.292

-659

34.700

10.215

1.803

1.802

10.205

48.917 53.042 221

27.236 478.830 1.548

1.085 6.347 -177

7.255 1.085 6.347 -177

507.567 27.236 478.783 1.548

76.590

4.008.598

(1) A Companhia constituiu provisão referente ao passivo a descoberto de sua controlada Companhia Técnica de Comercialização de Energia S/A no montante de R$167.275, além de R$4.218 referente ao investimento Vale da Vacaria e QMRA, registrado em provisões para perdas em participação societária no passivo não circulante.

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

55

Resultados do 1º trimestre de 2017

31/12/2016 Informações sobre o investimento da controladora

Informações sobre as controladas

Controladas

%

Distribuição Empresa Elétrica Bragantina S.A. Companhia Nacional de Energia Elétrica Companhia Força e Luz do Oeste Energisa Tocantins

Nº ações / cotas detidas / mil

Capital social

Ativo

Passivo

Patrimôn io Líquido

Result ado Equivalê do ncia period Patrimo Investiment o nial os

95,85

   23

91.351

345.497

243.824

101.673

   3.841

130.682 3.419

3.422.589 97.453

98,69

23

34.000

215.150

134.351

80.799

10.596

10.457

79.740

98,3 76,67

3 500

11.500 505.729

90.578 71.547 19.031 2.102.605 1.166.579 936.026

2.455 333

18.708 717.662

57,67

122.786

Energisa Mato Grosso do Sul 64,01 Caiuá Distribuição de Energia S.A. 100 Empresa de Distrib. De Energia Vale 100 Paranapanema S.A.

Energisa Mato Grosso

Comercialização Companhia Técnica Comercialização de Energia (1)

de

60.290

1.308.209

414 366.241

2.517 2.728 104.54 1.469.786 6.203.188 3.934.750 2.268.438 5 616.733 3.435.120 2.082.696 1.352.424 59.990 335.857 558.420 364.771 193.649 995

38.400 995

865.700 193.649

119.905

119.905

14.333

14.333

141.468

     

   1.111

-

320.886

179.419

141.467

      99,99

Prestação de Serviços Multi Energisa Serviços S.A. (atual denominação de Rede de 99,9 Eletricidade e Serviços S.A.) Holdings e demais companhias QMRA Participações S.A. 100 Rede Power do Brasil S.A. 99,99 Vale do Vacaria Açúcar e Álcool S.A. 100 Cia Geral 83,31 Total

7

500

121.721

288.354

-166.633

1.112

1.111

-

     

   2.728

8.403

8.412

2.729

2.728

8.403

26.151 472.483 1.725 -

      5.074 28.115 728      

   33.729 5.074 28.112 728 -185    168.250

      1

5.000

      2.416.298 263 1 14      

41.644

1.189.734 235.379 1.112 -

74.156 523.051 1.993 -

33.232

48.005 50.568 268 -

500.312 26.151 472.436 1.725 3.931.304

(1) A Companhia constituiu provisão referente ao passivo a descoberto de sua controlada Companhia Técnica de Comercialização de Energia S/A no montante de R$166.617, além de R$4.218 referente ao investimento Vale da Vacaria e QMRA, registrado em provisões para perdas em participação societária no passivo não circulante. Movimentação dos investimentos:

Controladas Distribuição Empresa Elétrica Bragantina S.A. Companhia Nacional de Energia Elétrica Companhia Força e Luz do Oeste Energisa Tocantins Energisa Mato Grosso (EMT) Energisa Mato Grosso do Sul Caiuá Distribuição de Energia S.A. Empresa de Distrib. De Energia Vale Paranapanema S.A. Comercialização Companhia Técnica de Comercialização de Energia (1) Prestação de Serviços Multi Energisa Serviços S.A. Holdings e demais companhias QMRA Participações S.A. Rede Power do Brasil S.A. Vale do Vacaria Açúcar e Álcool S.A. Total

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

Saldo em Subscrição/aquisição 31/12/2016 e AFAC

Ganho/Perda aquisições Equivalência Saldo em de ações (2) Patrimonial 31/03/2017

3.422.589 97.453 79.740 18.708 717.662 1.308.209 865.700 193.649

42 42 -

3 3 -

68.192 4.200 10.619 4.251 (3.233) 16.247 14.014 10.798

3.490.826 101.653 90.359 23.004 714.429 1.324.456 879.714 204.447

141.468

-

-

11.296

152.764

-

-

-

(659)

-

-

-

-

(659)

-

8.403 8.403 500.312 26.151 472.436 1.725 3.931.304

42

3

1.802 1.802 7.255 1.085 6.347 (177) 76.590

10.205 10.205 507.567 27.236 478.783 1.548 4.008.598

56

Resultados do 1º trimestre de 2017

(1) Valor registrado no passivo não circulante – provisão para perdas em participação societária; (2) Ganho/perda em transações com aquisições de ações. No período findo em 31 de março de 2017 a Rede Energia S/A, adquiriu ações de acionistas não controladores, resultando em ganho de capital no valor de R$3 contabilizado em contrapartida ao patrimônio líquido.

Controladas

Subscrição, aquisição e AFAC.

Saldo em 31/12/2015

Dividendos

Outros Resultados Abrangentes

Equivalência Patrimonial

Saldo em 31/12/2016

Distribuição Empresa Elétrica Bragantina S.A. Companhia Nacional de Energia Elétrica Companhia Força e Luz do Oeste Energisa Tocantins Energisa Mato Grosso (EMT) Energisa Mato Grosso do Sul Caiuá Distribuição de Energia S.A. Empresa de Distrib. De Energia Vale Paranapanema S.A.

2.946.910 47.626 87.301 20.972 566.032 1.061.185 860.505 162.984

451.199 50.490 152.595 202.342 7.772 30.000

(109.819) (3.987) (17.601) (4.681) (5.807) (11.932) (44.935) -

(6.387) (318) (417) (160) (1.037) (3.685) (146) (330)

130.682 3.419 10.457 2.455 333 60.290 38.400 995

3.422.589 97.453 79.740 18.708 717.662 1.308.209 865.700 193.649

140.305

8.000

(20.876)

(294)

14.333

141.468

Comercialização Companhia Técnica de Comercialização de Energia (1)

-

-

-

-

1.111

-

-

-

-

-

1.111

-

Prestação de Serviços Multi Energisa Serviços S.A. (atual denominação de Rede de Eletricidade e Serviços S.A.)

11.732

-

(6.104)

-

2.728

8.403

11.732

-

(6.104)

-

2.728

8.403

479.305 21.077 456.661 1.415 152

33 33

(8.499) (8.081) (418) -

(82) (82) -

33.729 5.074 28.112 728 (185)

500.312 26.151 472.436 1.725 -

3.437.947

451.232

(124.422)

(6.469)

168.250

3.931.304

Holdings e demais companhias QMRA Participações S.A. Rede Power do Brasil S.A. Vale do Vacaria Açúcar e Álcool S.A.(2) Companhia Geral Total

(1) Valor registrado no passivo não circulante – provisão para perdas em participações societárias; (2) Refere-se à redução do capital da controlada. Provisão para perdas em participação societária - investimento: Controladora 31/03/2017 31/12/2016 Passivo Não circulante - Provisão para perdas em participação societária Vale do Vacaria Açúcar e Álcool S.A. Companhia Técnica de Comercialização de Energia – CTCE Total - passivo não circulante

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

4.218

4.218

167.275

166.617

171.493

170.835

57

Resultados do 1º trimestre de 2017

18. Imobilizado – consolidado Saldo 31/12/2016 Adição Transferências Baixas(*) Depreciação Saldo 31/03/2017 Imobilizado em Serviço Custo: Edificações e benfeitorias

1.525

-

-

Máquinas e equipamentos

48.446

-

Veículos

38.806

-

Móveis e utensílios

10.729

-

99.506

-

Edificações e benfeitorias

(262)

-

-

-

(45)

(307)

Máquinas e equipamentos

(27.252)

-

-

-

(1.346)

(28.598)

Veículos

(35.680)

-

-

36.437

(927)

(170)

(5.432)

-

-

-

(128)

(5.560)

(68.626)

-

-

36.437

(2.446)

(34.635) 30.908

Total do imobilizado em serviço

-

-

1.525

3.802

(1)

-

52.247

-

(38.155)

-

651

391

-

-

11.120

4.193 (38.156)

-

65.543

Depreciação acumulada:

Móveis e utensílios Total Depreciação acumulada Subtotal Imobilizado Imobilizado em curso Total do Imobilizado

30.880

-

4.193

(1.719)

(2.446)

343

3.849

(4.193)

-

-

(1)

31.223

3.849

-

(1.719)

(2.446)

30.907

(*)Das baixas no montante de R$1.724, R$1.718 refere-se a baixa da aeronave da controlada EMT. Saldo 31/12/2015 Adição

Transferência Depreciação Saldo 31/12/2016

Imobilizado em Serviço Custo: Edificações e benfeitorias

1.555

(30)

-

-

1.525

Máquinas e equipamentos

12.408

32.474

3.564

-

48.446

Veículos

38.311

-

495

-

38.806

1.251

7.698

1.780

-

10.729

53.525

40.142

5.839

-

99.506

Móveis e utensílios Total do imobilizado em serviço Depreciação acumulada: Edificações e benfeitorias

(142)

(78)

-

(42)

(262)

Máquinas e equipamentos

(3.659)

(19.256)

-

(4.337)

(27.252)

(29.743)

-

-

(5.937)

(35.680)

(556)

(4.450)

-

(426)

(5.432)

(34.100)

(23.784)

-

(10.742)

(68.626)

19.425

16.358

5.839

(10.742)

30.880

-

6.182

(5.839)

-

343

19.425

22.540

-

(10.742)

31.223

Veículos Móveis e utensílios Total Depreciação acumulada Subtotal Imobilizado Imobilizado em curso Total

Taxas de depreciação praticadas pela controladora e no consolidado são revisadas anualmente, é como segue: Taxas de depreciação do ativo imobilizado

31/03/2017

31/12/2016

Edificações e benfeitorias

3,33%

3,33%

Máquinas e equipamentos

7,91%

7,91%

Veículos

14,29%

14,29%

Móveis e utensílios

6,25%

6,25%

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

58

Resultados do 1º trimestre de 2017

19. Intangível Intangível – Contrato de Concessão– consolidados Referem-se à parcela da infraestrutura utilizada pelas controladas na concessão da distribuição de energia elétrica a ser recuperada pelas tarifas elétricas durante o prazo da concessão. A movimentação dos bens da concessão, é como segue: Saldo 31/12/2016

Adição

Transferências

Baixas (*)

Amortização

Saldo 31/03/2017

Intangível em Serviço Custo

11.107.437

-

191.356

(39.251)

-

11.259.542

Amortização Acumulada

(5.279.395)

-

(249)

26.445

(252.302)

(5.505.501)

Subtotal

5.828.042

-

191.107

(12.806)

(252.302)

5.754.041

Em Curso

1.030.179

320.651

(191.107)

(133.960)

-

1.025.763

Total Intangível

6.858.221

320.651

-

(146.766)

(252.302)

6.779.804

Custo

2.091.456

-

100.966

-

-

2.192.422

Amortização Acumulada

(951.798)

-

(293)

-

(107.366)

(1.059.457)

Subtotal

1.139.658

-

100.673

-

(107.366)

1.132.965

203.328

111.677

(100.673)

(21.837)

-

192.495

1.342.986

111.677

-

(21.837)

(107.366)

1.325.460

5.515.235

208.974

-

(124.929)

(144.936)

5.454.344

(-) Obrigações vinculadas à concessão Em Serviço

Em Curso Total das concessão

Obrigações

vinculadas

à

Total Intangível

(*) Do total das baixas realizadas no período findo em 31 de março de 2017 R$124.929, R$112.126 trata-se de transferências para o contas a receber da concessão e R$12.806 referem-se a baixas operacionais realizadas no período, inicialmente são contabilizados nas Ordens de desativação – ODD, e ao final do processo os valores são transferidos para a demonstração do resultado do exercício na rubrica de outras receitas (despesas) operacionais. Saldo 31/12/2015 Intangível em Serviço Custo Amortização Acumulada Subtotal Em Curso Total Intangível (-) Obrigações vinculadas à concessão Em Serviço Custo Amortização Acumulada Subtotal Em Curso Total das Obrigações vinculadas à concessão Total Intangível

10.676.653 (4.653.126) 6.023.527 869.446 6.892.973

Adição

Transferências

Baixas (**)

Amortização

Saldo 31/12/2016

1.282.411 1.282.411

568.567 (71.435) 497.132 (497.132) -

(137.783) 105.248 (32.535) (624.546) (657.081)

(660.082) (660.082) (660.082)

11.107.437 (5.279.395) 5.828.042 1.030.179 6.858.221

2.002.444 11.139 (762.773) 1.239.671 11.139 226.409 210.941 1.466.080 222.080 5.426.893 1.060.331

77.873 (62.425) 15.448 (15.448) -

(218.574) (218.574) (438.507)

(126.600) (126.600) (126.600) (533.482)

2.091.456 (951.798) 1.139.658 203.328 1.342.986 5.515.235

(**) Do total das baixas realizadas no exercício findo em 2015 de R$492.458, R$486.802 foi transferido para o contas a receber da concessão, (R$30.364) refere-se a contratos de participação financeira do consumidor que foram cancelados com redução da rubrica de incorporação de redes, (R$5.299) refere-se a devolução do Programa de Eletrificação Rural do Estado de Tocantins – Ofício nº 685/2015 SFF/ANEEL e R$41.319 referem-se a baixas operacionais realizadas no exercício. A infraestrutura utilizada pelas controladas nas suas operações é vinculada ao serviço público de distribuição de energia, não podendo ser retirada, alienada, cedida ou dada em garantia hipotecária sem a prévia e expressa autorização do Órgão Regulador. A Resolução ANEEL nº 20/99, revogada pela Resolução 691/2015 regulamenta a desvinculação da infraestrutura das concessões do Serviço Público de Energia Elétrica, concedendo autorização

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

59

Resultados do 1º trimestre de 2017

prévia para a sua desvinculação, quando destinada à alienação. Determina, também, que o produto da alienação seja depositado em conta bancária específica e os recursos reinvestidos na infraestrutura da própria concessão. A amortização do ativo intangível está sendo realizada de acordo com as taxas da Resolução Normativa da ANEEL nº 674, de 11 de agosto de 2015, limitada ao prazo da concessão com base nos benefícios econômicos gerados anualmente. As taxas médias ponderadas de amortização utilizadas pelas controladas foram como segue: Empresas

31/03/2017

31/12/2016

EDEVP EMT CAIUÁ ETO EEB CNEE CFLO EMS

4,38% 4,09% 4,36% 3,96% 4,36% 4,51% 4,55% 4,31%

4,39% 4,16% 4,37% 3,95% 4,36% 4,51% 4,54% 4,34%

O saldo do intangível e do contas a receber da concessão estão reduzidos pelas obrigações vinculadas à concessão, que são representadas por: Obrigações vinculadas à concessão:

31/03/2017

31/12/2016

Contribuições do consumidor (1) Participação da União – recursos CDE (2) Participação do Governo do Estado (2) Receitas de Ultrapassagem de Demanda e Energia Reativa Excedente (-) Amortização acumulada Total

2.060.141 1.153.219 257.156 198.472 (1.059.455) 2.609.533

1.976.050 1.134.585 257.008 186.969 (951.798) 2.602.814

Alocação: Contas a receber da concessão Infraestrutura – Intangível em serviço Infraestrutura – Intangível em curso Receitas de Ultrapassagem de Demanda e Energia Reativa Excedente Total

1.284.073 1.132.968 39.824 152.668 2.609.533

1.259.827 1.139.658 62.028 141.301 2.602.814

(1) As contribuições do consumidor representam a participação de terceiros em obras para fornecimento de energia elétrica em áreas não incluídas nos projetos de expansão das concessionárias de energia elétrica. (2) As subvenções da União – recursos CDE e as participações do Governo do Estado são provenientes da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE e estão destinados ao Programa Luz para Todos. As controladas passaram a amortizar as obrigações vinculadas à concessão (obrigações especiais) a partir da segunda revisão tarifária periódica ocorrida em: CNEE (Maio/2008), EDEVP (Maio/2008), CAIUÁ (Maio/2008), CFLO (Junho/2008), ETO (Julho/2008), EMT (Abril/2008), EMS (Abril/2008) e EEB (Abril/2008). A partir da segunda revisão tarifária periódica as obrigações vinculadas à concessão (obrigações especiais) passaram a ser amortizadas pela taxa média de depreciação do ativo intangível da respectiva atividade em que tiverem sido aplicados os recursos das obrigações especiais. As novas adições, ocorridas desde 01 de janeiro de 2015, passaram a ser amortizadas de acordo com a data de aquisição, até estar totalmente amortizado. Receitas de Ultrapassagem de Demanda e Energia Reativa Excedente A ANEEL, através da Resolução Normativa n° 463 de 22 de novembro de 2011, determinou que os valores provenientes do faturamento de multas por ultrapassagem de demanda e consumo de energia reativa excedente, a partir do 3° ciclo de revisões tarifárias, passem a ser contabilizadas como Obrigações Especiais. Anteriormente ao 3º ciclo esses valores eram contabilizados como receita operacional. As controladas passaram pelo 3º ciclo de revisão tarifária, sendo a CNEE, EDEVP, CAIUÁ em 12 de Maio/2012, CFLO em 29 de Junho/2012, ETO em 04 de Julho/2012, EMT, EMS e EEB em 08 de Abril/2013, a partir dessa data, o faturamento das ultrapassagens de demanda passou a ser contabilizados na rubrica Obrigações Especiais. A partir do 4º ciclo de revisão tarifária os novos valores decorrentes da Receita de Ultrapassagem de Demanda e Energia Reativa Excedente serão apropriados em passivos financeiros setoriais – devolução tarifárias, e serão atualizados mensalmente com aplicação da variação do IPCA e amortizado a partir do inicio do 5º ciclo tarifário. Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

60

Resultados do 1º trimestre de 2017

A ABRADEE (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), como representante das distribuidoras de energia elétrica, ingressou no judiciário questionando o tratamento dado a esse faturamento.

20. Fornecedores Controladora

Consolidado

31/03/2017 31/12/2016 31/03/2017 31/12/2016 Suprimento: (1) CCEE

-

-

168.674

40.288

Contratos Bilaterais (1)

-

--

772.439

819.910

Uso de rede básica (1)

-

-

19.774

12.348

Encargos de Serviço no sistema (1)

-

-

7.986

14.719

Uso do sistema de distribuição (CUSD) (1)

-

-

8.616

6.828

Materiais, serviços e outros (2)

150

161

111.251

128.843

Total

150

161

1.088.740

1.022.936

Circulante

150

161

917.041

822.126

-

-

171.699

200.810

Não Circulante

(1) Refere-se a aquisição de energia elétrica de geradores, uso da rede básica e do sistema de distribuição, cujo prazo médio de liquidação é de 25 dias. Inclui R$282.863 (R$326.228 em 31 de dezembro de 2016), dos quais R$117.047 (R$195.078 em 31 de dezembro de 2016) encontra-se contabilizado no passivo não circulante, de débitos com Eletrobrás devidos pelas controladas EMT e EEB, referente ao repasse Itaipu, cujo parcelamento dos débitos em atraso foi consolidado em 60 parcelas. Os juros remuneratórios incidentes sobre o principal serão amortizados nas 24 primeiras parcelas e o principal nas demais. Os juros estão sendo calculados pela taxa de 115% do CDI. Em 31 de março de 2017 foram pagos parcelamentos de débitos com fornecedores de energia no montante de R$53.488 (R$77.836 em 31 de dezembro de 2016) e reconhecido R$10.123 (R$52.924 em 31 de dezembro de 2016) de atualização financeira. (2) Referem-se a aquisições de materiais, serviços e outros, necessários à execução, conservação e manutenção dos serviços de distribuição, geração e comercialização de energia elétrica.

21. Empréstimos, financiamentos e encargos de dívidas O saldo dos empréstimos e financiamentos, bem como os encargos e demais componentes relacionados, são como se segue: Controladora

Consolidado

31/03/2017 31/12/2016 31/03/2017 31/12/2016 Empréstimos e Financiamentos - Moeda Nacional

109.721

106.719

2.617.596

2.582.206

-

-

508.503

559.627

740

465

20.532

17.061

Encargos de dívidas - Moeda Estrangeira

-

-

10.127

6.925

(- ) Custos à amortizar

-

-

(6.054)

(6.434)

(- ) Marcação à mercado de dívidas

-

-

7.778

8.472

110.461

107.184

3.158.482

3.167.857

740

465

702.953

629.421

109.721

106.719

2.455.529

2.538.436

Empréstimos e Financiamentos - Moeda Estrangeira Encargos de dívidas - Moeda Nacional

Total Circulante Não Circulante

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

61

Resultados do 1º trimestre de 2017

A composição da carteira de empréstimos e financiamentos e as principais condições contratuais podem ser encontradas no detalhamento abaixo: Total 31/03/2017

Empresa / Operação

Encargos Financeiros Anuais

31/12/2016

Vencimen to

Periodicida de Amortiza ção

(Taxa efetiva de juros) (4)

Garan tias (*)

REDE ENERGIA S.A. Credores "RJ" - Bicbanco

4.750

4.577 1,0% a.a (Pré)

nov/35

Final

0,25%

E

Credores "RJ" - BNB

10.471

10.091 1,0% a.a (Pré)

nov/35

Final

0,25%

E

Credores "RJ" - Opção "C"

95.240

92.516 1,0% a.a (Pré)

nov/35

Final

0,25%

-

Total em Moeda Nacional

110.461

107.184

Total Rede Energia S.A.

110.461

107.184

FIDIC Grupo Energisa IV

354.111

354.119 TR + 7,00% a.a.

out/34

Mensal

2,06%

E

FIDIC Grupo Energisa II

485.959

486.289 CDI + 0,70% a.a.

mai/31

Mensal

3,20%

E

24.246

26.953 CDI + 2,28% a.a.

jun/17

EMT

CCB – Santander Luz para Todos I - Eletrobrás Luz para Todos II - Eletrobrás Repasse BNDES – Bradesco Repasse BNDES – Itaú

(1)

Repasse BNDES – Bradesco Repasse BNDES – Itaú

(1)

(1)

(1)

(-) Custo de captação incorrido na contratação Total em Moeda Nacional Resolução 4131-Bank of America ML

(2)

Leasing - Cessna Finance (-) Marcação à Mercado de Dívida

(3)

Total em Moeda Estrangeira Total EMT

Mensal

3,60%

E+A

109.246

6,00 a 8,00% a.a. ago/22 119.033 (Pré)

Trimestral

1,47% a 1,94%

-

124.161

136.176 SELIC

nov/19

Mensal

1,97%

-

76.489

TJLP + 3,96% a nov/21 63.982 4,26% a.a.

Mensal

2,80% a 2,87%

A

70.537

TJLP + 3,96% a nov/21 59.004 4,26% a.a.

Mensal

2,80% a 2,87%

A

65.506

56.797 SELIC + 4,34%

nov/21

Mensal

3,04%

A

60.409

52.379 SELIC + 4,34%

nov/21

Mensal

3,04%

A

(2.870)

(3.024)

1.367.794

1.351.708

1.923

4.944 1,50% a.a. (Pré)

mai/17

Mensal

-2,41%

D

-

33.622 6,75% a.a. (Pré)

set/20

Trimestral

-1,13%

C

14

(1)

1.937

38.565

1.369.731

1.390.273

EMS FIDIC Grupo Energisa IV

292.077

292.084 TR + 7,00% a.a.

out/34

Mensal

2,06%

E

FIDIC Grupo Energisa I I

221.746

221.896 CDI + 0,70% a.a.

mai/31

Mensal

3,20%

E

36.007

TJLP + 3,96% a nov/21 32.771 4,26% a.a.

Mensal

2,80% a 2,87%

A

32.127

TJLP + 3,96% a nov/21 29.178 4,26% a.a.

Mensal

2,80% a 2,87%

A

27.554

26.736 SELIC + 4,34%

nov/21

Mensal

3,04%

A

24.309

23.586 SELIC + 4,34%

nov/21

Mensal

3,04%

A

26.435

6,00 a 8,00% a.a. mai/22 29.055 (Pré)

Trimestral

1,47% a 1,94%

-

(-) Custo de captação incorrido na contratação

(1.303)

(1.373)

Total em Moeda Nacional

658.952

Repasse BNDES – Bradesco Repasse BNDES – Itaú

(1)

Repasse BNDES – Bradesco Repasse BNDES – Itaú

(1)

(1)

(1)

Luz para Todos - Eletrobrás

Resolução 4131-Bank of América I ML (-) Marcação à Mercado de Dívida

(2)

(3)

Total em Moeda Estrangeira Total EMS

99.816 24

-

-

-

jun/17

Final

-

-

-

653.933 102.673 2,00% a.a. (Pré) 6 -

99.840

102.679

758.792

756.612

-2,28%

A -

ETO Luz para Todos I - Eletrobrás

22.297

23.622 6,0% a 6,5%% a.a.

abr/22

Mensal

1,47% a 1,59%

E

Luz para Todos II - Eletrobrás

57.988

63.600 SELIC

nov/19

Mensal

1,97%

-

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

62

Resultados do 1º trimestre de 2017

CCB – Santander Repasse BNDES – Bradesco Repasse BNDES – Itaú

(1)

(1)

Repasse BNDES – Bradesco Repasse BNDES – Itaú

(1)

Nota Promissória Itaú

(2)

(1)

Total em Moeda Nacional (2)

(-) Marcação à Mercado de Dívida

69.911 CDI + 2,28% a.a.

jun/19

Mensal

3,60%

E

58.863

TJLP + 3,96% a nov/21 54.851 4,26% a.a.

Mensal

2,80% a 2,87%

A

25.859

TJLP + 3,96% a nov/21 24.093 4,26% a.a.

Mensal

2,80% a 2,87%

A

47.121

42.544 SELIC + 4,34%

nov/21

Mensal

3,04%

A

20.698

18.688 SELIC + 4,34%

nov/21

Mensal

3,04%

A

Final

0,00% a 0,00%

103.943

(-) Custo de captação incorrido na contratação Resolução 4131 – Itaú

62.888

(3)

(1.881)

CDI + 1,85% a dez/19 100.408 1,95% a.a. -

-

jun/19

Mensal

-

-

jun/19

Mensal

3,60%

E+A

TJLP + 3,96% a nov/21 15.800 4,26% a.a.

Mensal

2,80% a 2,87%

A

nov/21

Mensal

3,04%

A

(2.037)

-

397.776

395.680

209.995

213.866 2,72% a.a. (Pré)

4.925

4.880 -

Total em Moeda Estrangeira

214.920

218.746

Total ETO

612.696

614.426

-

-2,11%

E -

CAIUÁ CCB – Santander

(2)

Repasse BNDES I – Itaú

6.440 (1)

15.852

7.160 CDI + 2,28% a.a.

(1)

10.029

Total em Moeda Nacional

32.321

32.691

83.162

84.698 3,40% a.a. (Pré)

nov/17

Mensal

-1,94%

A

40.861

42.033 1,85% a.a. (Pré)

jun/17

Mensal

-2,32%

A

-

-

Repasse BNDES II – Itaú

Resolução 4131 - Itaú BBA Resolução 4131 - Bank of America ML (-) Marcação à Mercado de Dívida

(2)

(3)

1.126

9.731 SELIC + 4,34%

1.329 -

Total em Moeda Estrangeira

125.149

128.060

Total CAIUÁ

157.470

160.751

-

CNEE Repasse BNDES I – Itaú

(1)

4.847

TJLP + 3,96% a nov/21 4.702 4,26% a.a.

Mensal

2,80% a 2,87%

A

8.558 SELIC + 4,34%

nov/21

Mensal

3,04%

A

jul/18

(1)

8.586

Total em Moeda Nacional

13.433

13.260

Total CNEE

13.433

13.260

Repasse BNDES II – Itaú

CFLO Luz para Todos – Eletrobrás

52

64 6,0% a.a. (Pré)

Mensal

1,47%

E

Mensal

2,80% a 2,87%

A

nov/21

Mensal

3,04%

A

fev/18

Final

-1,84%

A

-

-

2.202

TJLP + 3,96% a nov/21 2.141 4,26% a.a.

(1)

1.808

1.754 SELIC + 4,34%

Nota Promissória - SAFRA

10.094

Repasse BNDES I – Itaú Repasse BNDES II – Itaú

(1)

Total em Moeda Nacional

14.156

Resolução 4131 - Itaú BBA

24.381

(+) Marcação à Mercado de Dívida

(3)

659

3.959 25.422 3,83% a.a. (Pré) 753 -

Total em Moeda Estrangeira

25.040

26.175

Total CFLO

39.196

30.134

-

EDEVP Repasse BNDES I – Itaú Repasse BNDES II – Itaú

(1) (1)

9.492

TJLP + 3,96% a nov/21 8.453 4,26% a.a.

Mensal

2,80% a 2,87%

A

5.223

5.068 SELIC + 4,34%

nov/21

Mensal

3,04%

A

jul/22

Mensal

1,47%

E

Total em Moeda Nacional

14.715

13.521

Total EDEVP

14.715

13.521

EEB Luz para Todos - diversos - Eletrobrás

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

1.529

1.661 6,0% a.a. (Pré)

63

Resultados do 1º trimestre de 2017

Repasse BNDES I – Itaú

(1)

Repasse BNDES II – Itaú

7.061

(1)

10.222

TJLP + 3,96% a nov/21 6.520 4,26% a.a.

Mensal

2,80% a 2,87%

A

9.195 SELIC + 4,34%

Mensal

3,04%

A

nov/21

Total em Moeda Nacional

18.812

17.376

Resolução 4131 - Itaú

12.794

13.031 3,40% a.a. (Pré)

nov/17

Mensal

-1,94%

A

Resolução 4131 - ABC

45.698

46.263 4,96% a.a. (Pré)

ago/17

Final

-1,56%

A

-

-

nov/35

Final

(+) Marcação à Mercado de Dívida

(3)

1.030

1.505 -

Total em Moeda Estrangeira

59.522

60.799

Total EEB

78.334

78.175

-

CTCE Credores "RJ" - BMG

3.654

3.521 1,0% a.a (Pré)

Total em Moeda Nacional

3.654

3.521

Total CTCE

3.654

3.521

2.632.074

2.592.833

526.408

575.024

3.158.482

3.167.857

Em Moeda Nacional Em Moeda Estrangeira Total Rede Consolidada

1,00%

-

A=Aval Energisa S/A, B=Alienação Fiduciária, C=Depósito Caução, D=Fiança, E=Recebíveis. (1) A controladora final Energisa S/A., firmou um acordo de investimentos com a BNDES Participações S.A – BNDESPAR por meio de um sindicato de bancos, formado entre Itaú Unibanco S.A., Banco Bradesco S.A., Banco BTG Pactual S.A. e Banco Citibank S.A., visando o repasse no âmbito dos programas FINAME e FINEM, já enquadrado para as oito subsidiárias de distribuição de energia elétrica controladas pela Companhia, sujeito ao atendimento das condições estabelecidas entre os Agentes Repassadores e as controladas e à confirmação, aprovação e disponibilidade de recursos por parte do BNDES. O Acordo de Investimentos prevê, ainda, o compromisso de implementar alterações no Estatuto Social do controlador final Energisa de forma a adequá-lo às melhores práticas de governança e adesão ao Regulamento de Listagem do Nível 2 de Governança Corporativa da BM&F Bovespa. Até 31 de março de 2017, foram liberados R$575.000 referente a 1ª tranche do programa do Acordo de Investimentos conforme demonstrado abaixo: Empresas

Valores

Energisa Mato Grosso Distribuidora de Energia S/A

253.029

Energisa Mato Grosso Sul Distribuidora Energisa S/A

110.823

Energisa Tocantins Distribuidora de Energia S/A

141.137

CAIUÁ Distribuição de Energia S/A

24.024

Empresa Elétrica Bragantina S/A

16.052

Empresa de Distribuição de Energia Vale do Paranapanema S/A 13.731 Companhia Nacional de Energia Elétrica S/A

12.516

Companhia Força e Luz do Oeste

3.688

Total

575.000

Esses recursos serão destinados a expansão e modernização do sistema de distribuição de energia elétrica na área de concessão das controladas, além de investimentos na aquisição de máquinas e equipamentos e investimentos sociais não contemplados nos licenciamentos ambientais. Os contratos junto ao BNDES possuem cláusulas restritivas que em geral, requerem a manutenção de certos índices financeiros em determinados níveis. Essas garantias são estruturadas a partir de indicadores estabelecidos pela controladora Energisa S.A.. Além disto, estes contratos possuem obrigações contratuais não financeiras, como envio periódico de informações, cumprimento regular de normas trabalhistas, manutenção de licenças necessárias à operação, bem como de seguros, entre outras, que são avaliadas pelo banco quanto ao fiel atendimento. O descumprimento desses níveis e obrigações pode implicar em

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

64

Resultados do 1º trimestre de 2017

vencimento antecipado das dívidas (vide nota explicativa nº 37 – Instrumentos financeiros e gerenciamento de riscos). Em 31 de março de 2017, os índices foram cumpridos. 1) Os contratos junto ao Bank of América Merrill Lynch, Itaú BBA e ABC possuem proteção de swap cambial e instrumentos financeiros derivativos. Os contratos possuem cláusulas restritivas que em geral, requerem a manutenção de certos índices financeiros em determinados níveis. Essas garantias são estruturadas a partir de indicadores estabelecidos pelo controlador final (Energisa S.A.). O descumprimento desses níveis pode implicar em vencimento antecipado das dívidas (vide nota explicativa nº 37 – Instrumentos financeiros e gerenciamento de riscos). Em 31 de março de 2017, as exigências contratuais foram cumpridas. 2) Estas operações estão sendo mensurada ao valor justo por meio do resultado, de acordo com os métodos da contabilidade de “hedge” de valor justo ou pela designação como “Fair Value Option” (nota explicativa nº 34). 3) Para as dívidas em moeda estrangeira, inclui variação cambial. 4) A controlada EMT transferiu a propriedade do contrato de Leasing - Cessna Finance no montante de R$33.622 em março de 2017.(conforme nota explicativa nº 33) Os financiamentos obtidos junto ao Finame estão garantidos pelos próprios equipamentos financiados. A Companhia e suas controladas têm como prática alocar o pagamento de juros na atividade de financiamento na demonstração do fluxo de caixa. Os principais indicadores utilizados para a atualização de empréstimos e financiamentos tiveram as seguintes variações percentuais e taxas efetivas no período/exercício: Moeda/indicadores 31/03/2017 31/12/2016 US$ x R$

-2,78%

-16,54%

TJLP

1,82%

7,50%

SELIC

1,97%

14,02%

CDI

3,03%

14,00%

IPCA

0,96%

6,29%

IGP-M

0,73%

7,19%

LIBOR

1,04%

0,67%

UMBNB

0,06%

0,07%

TR

0,35%

2,01%

Em 31 de março de 2017, os vencimentos dos financiamentos de longo prazo são os seguintes: Controladora Consolidado 2018

95.240

315.952

2019

-

369.966

2020

-

176.640

2021

-

176.180

14.481

1.416.791

109.721

2.455.529

Após 2021 Total

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

65

Resultados do 1º trimestre de 2017

Seguem as movimentações ocorridas nos períodos/exercícios: Controladora

Descrição

Consolidado

31/03/2017 31/12/2016 31/03/2017 31/12/2016

Saldos iniciais em 31/12/2016 e 31/12/2015

107.184

93.488

3.167.857

2.792.535

65.335

993.046

Novos empréstimos e financiamentos obtidos Custos Apropriados Encargos de dívidas – juros, variação monetária e cambial Marcação Mercado Dívida Reversão ajuste a valor presente

-

-

-

(3.613)

275

1.113

60.526

138.890

-

-

(695)

10.878

3.002

13.699

3.069

13.948

Pagamento de principal

-

-

(76.889)

(534.909)

Pagamento de juros

-

(1.116)

(60.721)

(242.918)

110.461

107.184

3.158.482

3.167.857

740

465

702.953

629.421

109.721

106.719

2.455.529

2.538.436

Saldos finais em 31/03/2017 e 31/12/2016 Circulante Não circulante

Os custos de captações dos financiamentos a serem amortizados nos exercícios subsequentes são como seguem: Empresas Contratos

31/12/2017 31/12/2018 31/12/2019 em diante Total

Banco Santander

101

Banco Itaú BBA - BNDES

68

304

256

341

980

1.577

357

476

1.048

1.881

461

615

1.794

2.870

461

615

1.794

2.870

203

270

830

1.303

203

270

830

1.303

1.021

1.361

3.672

6.054

ETO Banco Itaú BBA - BNDES EMT Banco Itaú BBA - BNDES EMS TOTAL

135

22. Debêntures (não conversíveis em ações) O saldo de debentures e demais componentes a elas relacionadas, são como se segue: Descrição Debentures – moeda nacional (-) custos de captação incorridos na captação Total Circulante Não Circulante

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

Controladora Consolidado 31/03/2017 31/12/2016 31/03/2017 31/12/2016 49.949 49.949 2.215 47.734

48.174 48.174 1.391 46.783

669.578 (3.014) 666.564 144.782 521.782

704.888 (3.386) 701.502 150.905 550.597

66

Resultados do 1º trimestre de 2017

Total 31/03/2017 31/12/2016

Operações REDE ENERGIA 4ª Emissão Total REDE ENERGIA EMS 7ª Emissão (-) custos captação Total EMS EMT

49.949

Emissão

48.174 22/12/09

49.949

48.174

333.381

353.239 31/05/14

Nº de Titulos Emitidos / circulação

Rendimentos Vencimento

Amortização/ parcelas

Taxa efetiva de juros

370.000 / 0

1% a.a

jul /36

Final

1,00%

40.000 / 40.000

CDI+2,28% a.a

mai / 21

Semestral

3,60%

45.000 / 45.000

CDI+2,28% a.a

mai / 21

Mensal, após jun.2016

3,60%

de

5ª Emissão (-) custos de captação Total EMT TOTAL (-) custos de captação Total em moeda nacional CONSOLIDADO

(1.425) 331.956

(1.601) 351.638

286.248

303.475 15/05/14

(1.589) 284.659 669.578

(1.785) 301.690 704.888

(3.014)

(3.386)

666.564 666.564

701.502 701.502

(1) As debêntures de 4ª emissão da Controladora com o Banco do Nordeste do Brasil S.A. foram repactuadas na Recuperação Judicial – (opção A) com juros de 1% e estão sendo apresentadas deduzidas de R$290.575 e ajuste a valor presente. (2) As debêntures possuem cláusulas restritivas que em geral, requerem a manutenção de certos índices financeiros em determinados níveis. O descumprimento desses níveis pode implicar em vencimento antecipado das dívidas (vide nota explicativa nº 34 – Instrumentos financeiros e gerenciamento de riscos).Em 31 de março de 2017 as exigências contratuais foram cumpridas. Em 31de março de 2017, as debêntures classificadas no não circulante têm seus vencimentos assim programados: Ano 2018 2019 2020 2021 Após 2021 Total

Controladora

Consolidado

47.734 47.734

112.274 149.699 149.699 62.375 47.735 521.782

Os custos de captações de debêntures a serem amortizados nos períodos/exercícios subsequentes são como seguem: 31/03/2017 EMT EMS 5ª Emissão 7ª Emissão Exercício Exercício Após

Exercício 2017 Exercício 2018 Após 2019

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

Consolidado

500 666 423 1.589 EMT 5ª Emissão

451 601 373 1.425 EMS 7ª Emissão

951 1.267 796 3.014 Consolidado

714 714 357 1.785

682 682 237 1.601

1.396 1.396 594 3.386

67

Resultados do 1º trimestre de 2017

Seguem as movimentações ocorridas no período/exercício: Controladora Consolidado 31/03/2017 31/12/2016 31/03/2017 31/12/2016

Descrição Saldos iniciais em 31/12/2016 e 31/12/2015 Encargos de dívidas – juros, variação monetária e cambial Reversão ajuste a valor presente Pagamento de principal Recompra de debêntures Pagamento de juros Saldos finais em 31/03/2017 e 31/12/2016 Circulante Não circulante

48.174 822 953 49.949

44.735 3.330 3.448 (3.339) 48.174

701.502 24.054 952 (37.130) (22.814) 666.564

954.452 121.210 3.448 (87.066) (158.255) (132.287) 701.502

2.215 47.734

1.391 46.783

144.782 521.782

150.905 550.597

Recompra de debêntures: Controladas: . Em 04 de janeiro de 2016 e em 23 de março de 2016 a controlada Energisa Mato Grosso efetuou o resgate e cancelamento de 10.000 debêntures de sua 5ª emissão 2ª série com o pagamento de liquidações aos debenturistas de R$100.000 e em 08 de setembro de 2016 recomprou mais 860 debêntures no valor de R$8.255. . Em 04 de janeiro de 2016 a controlada Energisa Tocantins efetuou o resgate de 5.000 debêntures de sua 1ª emissão com o pagamento de liquidações aos debenturistas de R$50.000. . Em 07 de maio de 2015, controlada Energisa Mato Grosso resgatou e cancelou a totalidade das debentures de sua 2ª emissão no montante de R$34.646. 23. Tributos e contribuições sociais Controladora 31/03/2017

Consolidado

31/12/2016

31/03/2017

31/12/2016

Imposto s/Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS (a) Impostos S/Serviços – ISS Encargos Sociais Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ Contribuição Social s/ o Lucro - CSLL Contribuições ao PIS e a COFINS Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF Contribuição Previdenciária s/ Receita Bruta Imposto s/ Operações Financeiras - IOF Contribuições Previdenciária s/ Receita Bruta - CPRB Outros

61 169 188 301 197 16

227 314 10 17

283.320 2.029 8.327 27.952 13.404 85.747 1.871 552 340 22.917

219.812 3.040 11.547 29.717 10.448 77.178 2.206 112 333 24.405

Total

932

568

446.459

378.798

Circulante Não Circulante

932 -

568 -

315.682 130.777

274.053 104.745

(a) As controladas CAIUÁ, CNEE, EBB e EDEVP, possuem liminar suspendendo a cobrança do ICMS sobre os valores faturados com subvenção do baixa renda com deposito judicial no montante de R$36.457 (R$24.128 em 31 de dezembro de 2016) que foram registrados no passivo não circulante, enquanto as controladas EMT e ETO possuem R$36.134 referente ao ICMS incidente sobre a disponibilização da rede de distribuição e transmissão aos consumidores livres e ICMS sobre a demanda de energia, que se encontram suspenso por liminares dos consumidores (vide nota explicativa nº 7).

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

68

Resultados do 1º trimestre de 2017

24. Parcelamento de impostos - consolidado As controladas possuem parcelamentos estaduais e federais, com os respectivos benefícios e reduções, distribuídos da forma a seguir. Os parcelamentos federais são corrigidos pela variação da Taxa Selic e os estaduais através dos índices adotados por cada UF: Descrição

REDE SUL (SP) (*)

EMT

COFINS

31/03/2017

31/12/2016

-

145

145

354

ICMS

455

79.737

80.192

82.695

TOTAL

455

79.882

80.337

83.049

Circulante

313

12.707

13.020

13.485

Não Circulante

142

67.175

67.317

69.564

(*) Inclui as controladas EEB, EDEVP, CAIUA, CFLO e CNEE. As Controladas CAIUÁ, CNEE, EDEVP, EEB e CFLO possuem parcelamentos ordinários e de dívida ativa junto a Secretaria da Fazenda Estadual de São Paulo e Paraná (ELO) no montante R$ 79.737 (R$82.199 em 31 de dezembro de 2016) sendo: R$ 25.760 (R$26.483 em 31 de dezembro de 2016) na CAIUÁ, R$ 14.904 (R$ 15.322 em 31 de dezembro de 2016) na CNEE, R$ 19.194 (R$19.732 em 31 de dezembro de 2016) na EDEVP, R$ 19.097 (R$19.686 em 31 de dezembro de 2016) na EEB, R$ 782 (R$ 976 em 31 de dezembro de 2016) na CFLO. Abaixo, número máximo de parcelas restantes para cada tipo de parcelamento: Descrição

EMT

REDE SUL (*)

COFINS ICMS

-

2

17

72

17

74

(*) Inclui as controladas EEB, EDEVP, CAIUA, CFLO e CNEE. Saldos em 31 de março de 2017: Valor original COFINS ICMS TOTAL

Multa

Juros

Total

37

4

104

145

45.602

5.100

29.490

80.192

45.639

5.104

29.594

80.337

Os saldos consolidados dos impostos parcelados estão assim programados: 31/03/2017 2017

12.799

2018

15.331

2019

13.886

2020

12.935

Após

25.386

Total

80.337

Circulante

13.020 67.317

Não circulante

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

69

Resultados do 1º trimestre de 2017

25. Encargos setoriais – consolidado 31/03/2017 Quota - Conta de Desenvolvimento Energético – CDE Fundo Nacional Desenvolvimento Científico Tecnológico - FNDCT Ministério de Minas e Energia - MME Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica - PROCEL Pesquisa e Desenvolvimento - P&D Programa de Eficiência Energética - PEE Total Circulante Não circulante

31/12/2016

82.536

85.317

2.245

2.351

1.105

1.160

6.287

-

103.376

108.257

177.315

194.229

372.864

391.314

226.794 146.070

239.748 151.566

O contrato de concessão das controladas estabelece a obrigação de aplicar anualmente o montante de 1% da receita operacional líquida, em ações que tenham como objetivo o combate ao desperdício de energia elétrica e o desenvolvimento tecnológico do setor elétrico. Esse montante é destinado aos Programas de Eficiência Energética (PEE) e Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), a ser recolhido ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e ao Ministério de Minas e Energia (MME). A participação de cada um dos programas está definida pelas Leis nº 10.848 de 15 de março de 2004, nº 11.465 de 28 de março de 2007 e nº 12.212 de 21 de janeiro de 2010. A atualização das parcelas referentes ao PEE e P&D é efetuada pela taxa de juros SELIC, de acordo com as Resoluções Normativas ANEEL nº 176 de 28 de novembro de 2005, nº 219 de11 de abril de 2006, nº 300 de 12 de fevereiro de 2008, nº 316 de 13 de maio de 2008, nº 504 de 14 de agosto de 2012, nº 556 de 18 de junho de 2013 e Ofício Circular nº 1.644/2009-SFF/ANEEL de 28 de dezembro de 2009. Por meio das Resoluções Normativas nº 316, de 13 de maio de 2008, alterada pela REN nº 504 de 14 de agosto de 2012 e nº 556 de 18 de junho de 2013, a ANEEL estabeleceu novos critérios para cálculo, aplicação e recolhimento dos recursos do programa de eficiência energética e pesquisa e desenvolvimento. Entre esses novos critérios, foram definidos os itens que compõem a base de cálculo das obrigações, ou seja, a receita operacional líquida e o cronograma de recolhimento ao FNDCT e ao MME. Os gastos realizados com os projetos de PEE e P&D estão registrados na rubrica de serviços em curso até o final dos projetos, quando são encerrados contra os recursos do programa, enquanto a realização das obrigações por aquisição de ativo intangível, tem como contrapartida o saldo de obrigações especiais. 26. Taxas regulamentares – consolidado Movimentação Saldo inicial –31/12/2016 e 31/12/2015 Juros

31/03/2017 154.340

31/12/2016 173.500

3.228

22.438

Amortização

(17.584)

(41.598)

Saldo Final –31/03/2017 e 31/12/2016

139.984

154.340

Quota Reserva Global de Reversão - RGR

89.054

59.465

Quota - Conta de Desenvolvimento Energético - CDE

53.930

94.875

Circulante

58.635

58.635

Não circulante

81.349

95.705

Os valores das taxas regulamentares foram integralmente parcelados, em 01 de julho de 2014, junto à Eletrobras pelas controladas indiretas EMT, ETO, CFLO, CAIUÁ, CNEE, EEB e EDEVP, conforme segue: (i) RGR e CDE parcelado em 60 meses, sendo os juros SELIC incidentes sobre o principal, amortizados nas 24 primeiras parcelas e o principal nas demais; (ii) Os débitos em atraso referente ao Proinfa e CCC foram divididos em 12 parcelas iguais e consecutivas. Os parcelamentos das controladas CFLO, CAIUÁ, CNEE, EEB e EDEVP foram totalmente liquidados.

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27. Incorporação de redes – consolidado As Resoluções Normativas da ANEEL n.º 223/2003, n.º 229/2006, nº 238/2006, n.º 250/2007, n.º 368/2009, nº 414/2010 e n.º 488/2012 estabelecem as condições gerais para o atendimento aos pedidos de ligação de novas unidades consumidoras. Os regulamentos citados preveem que o solicitante, individualmente ou em conjunto, e os órgãos públicos, inclusive da administração indireta, poderão aportar recursos, em parte ou no todo, para as obras necessárias à antecipação da ligação ou executar as obras de extensão de rede mediante a contratação de terceiro legalmente habilitado. Os recursos antecipados ou o valor da obra executada pelo interessado deverão ser restituídos pelas controladas EMT, EMS, ETO, EEB, CNEE, CFLO, CAIUA e EDEVP até o ano em que o atendimento ao pedido de fornecimento seria efetivado segundo os Planos de Universalização, para os casos de consumidores que se enquadrem aos critérios de atendimento sem custo ou nos prazos fixados nos regulamentos que tratam do atendimento com participação financeira do interessado. O prazo de universalização de energia elétrica das controladas EMT e ETO, em áreas rurais no Mato Grosso e Tocantins, foi prorrogado para 2020 e 2018, respectivamente. A revisão do cronograma foi aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), por meio da Resolução Homologatória nº 1993 (EMT) e nº 1994 (ETO), publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 15 de dezembro de 2014. Sobre os saldos das incorporações de redes particulares incidem encargos calculados pela variação do IGPM, acrescido de 0,5% a 1% ao mês de juros. Segue a movimentação ocorrida no período/exercício: Descrição

31/03/2017

Saldos em 31/12/2016 e 31/12/2015

31/12/2016

313.013

294.625

Adição no período/exercício

11.362

49.464

Atualização monetária

10.056

55.887

Baixas/pagamentos (*)

(18.691)

(86.963)

Saldos em 31/03/2017 e 31/12/2016

315.740

313.013

216.823

234.398

98.917

78.615

Circulante Não circulante

(*) No período findo em 31 de março de 2017, R$18.691 refere-se a pagamentos (R$86.963 em 31 de dezembro de 2016). 28. Provisões para riscos trabalhistas, cíveis e fiscais Controladora

Trabalhistas

Saldos iniciais - não circulante 31/12/2016 e 31/12/2015

Fiscais

31/03/2017 30/12/2016

Reversões de provisões

35 (35)

Atualização monetária

-

13

13

82

Saldos finais - não circulante 31/03/2017 e 31/12/2016

-

668

668

690

Consolidado Saldos iniciais - não circulante 31/12/2016 e 31/12/2015

Trabalhistas

655 -

Cíveis

12.026 29

681 (73)

31/03/2017 30/12/2016

Provisões para riscos trabalhistas, cíveis e fiscais

172.465 24.294

Reversões de provisões

(3.796)

(8.221)

(244)

(12.261)

(152.507)

Pagamentos efetuados

(1.110)

(9.217)

-

(10.327)

(74.498)

Atualização monetária

833

1.615

188

2.636

29.285

Saldos finais - não circulante 31/03/2017 e 31/12/2016

192.686

214.711

11.999

419.396

401.627

(126.754)

(97.175)

Depósitos e cauções vinculados (*)

217.136 13.398

Fiscais

690 (35)

401.627 37.721

467.013 132.334

(*) As controladas diretas e indiretas possuem cauções e depósitos vinculados no ativo não circulante, no montante de R$155.432 (R$132.038 em 31 de dezembro de 2016). Desse total, R$23.394 (R$34.863 em 31 de

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dezembro de 2016), não possuem provisões para riscos em face do prognóstico de êxito ser possível ou provável. Perdas prováveis - consolidado  Trabalhistas A maioria das ações tem por objeto discussões sobre: (i) Acidentes de trabalho; (ii) Horas extras e reflexos; (iii) Sobreaviso e reflexos; (iv) Equiparação salarial e reflexos; (v) Adicional de gratificação para dirigir veículos; (vi) FGTS (40% sobre o expurgo inflacionário); (vii) adicional de periculosidade. Foram provisionadas as contingências representadas pelas citadas ações judiciais trabalhistas com chances prováveis de perda pela Companhia, conforme avaliação de seus advogados. De maneira geral, estima-se em cerca de 3 (três) a 5 (cinco) anos, em média, o prazo para que as referidas ações com chances prováveis de perda tenham julgamento final e haja o efetivo desembolso pela Companhia dos valores provisionados, na hipótese de a Companhia ser vencida nas ações; No período findo em 31 de março de 2017 foram constituídas cerca de R$24.294 de aumento de provisões, principalmente relacionadas a novas ações e ao incremento do risco em ações existentes, devido à movimentação processual, basicamente envolvendo as discussões sobre o recebimento de horas extras, adicional periculosidade, sobreavisos, entretanto, as controladas realizaram pagamentos da ordem de R$1.110, e por consequência reverteram provisões de R$3.796. Os arquivamentos dos processos estão basicamente relacionados às ações de empregados que discutiam o recebimento de horas extras e de sobreaviso, bem como de ações relacionadas a indenizações de danos morais e materiais, decorrentes de acidentes de trabalho, todas em estágio avançado de tramitação e já julgadas desfavoravelmente à Companhia, encerradas por acordo de pagamento.  Cíveis Nos processos cíveis discutem-se principalmente indenizações por danos morais/materiais e reclamações de consumidores, tais como (i) Corte indevido de energia elétrica; (ii) Inscrição indevida (SPC/Serasa); (iii) Cancelamento/Revisão de fatura de irregularidade de consumo; (iv) Cancelamento/Revisão de fatura de consumo normal; (v) Ressarcimento de danos elétricos; (vi) Ligação ou troca de titularidade de UC; (vii) Programa Luz no Campo/Programa Luz para Todos; (viii) Incorporação/ Indenização por construção de rede particular de energia elétrica; (ix) Acidentes com terceiros; (x) indenizações. Inclui ainda ações judiciais de consumidores reivindicando o reembolso de valores pagos às controladas resultantes da majoração de tarifas com base nas portarias do DNAEE nº 38 e nº 45, aplicadas durante a vigência do Plano Cruzado no ano de 1986, tendo sido constituída provisão pelo valor da tarifa majorada; As provisões civeis no período foram incrementadas em mais R$13.398, principalmente relacionadas a novas ações e ao aumento do risco em ações existentes, devido à movimentação processual, basicamente envolvendo as discussões sucitadas por consumidores, sobre os valores que compõe as faturas das notas fiscais/conta de energia elétrica e suspensão de fornecimento, bem como danos materiais e morais decorrentes de acidentes na rede elétricas. Entretanto as controladas realizaram pagamentos da ordem de R$9.217, e por consequência reverteram provisões de R$8.221. Os arquivamentos dos processos estão basicamente relacionados as ações envolvendo questionamento dos valores nas faturas, danos decorrentes de variações na tensão elétrica e danos materiais e morais decorrentes de acidentes na rede elétrica, todas em estágio avançado de tramitação e já julgadas desfavoravelmente e encerradas por acordo de pagamento.  Fiscais Referem-se a discussões relacionadas a PIS, COFINS, INSS, ISS, ICMS e CSLL. Os processos se encontram com a exigibilidade de seus créditos suspensa, quer seja por estarem em trâmite os processos administrativos, quer seja porque se encontram devidamente garantidas às execuções fiscais em andamento. O incremento de novas provisões no período findo 31 de março de 2017 foi de R$29, principalmente relacionadas ao recolhimento de diferencial de alíquota de ICMS. A Administração entende que todas as provisões constituídas são suficientes para cobrir eventuais perdas com os processos em andamento. Com base na opinião de consultores jurídicos foram provisionados todos os processos judiciais, cuja probabilidade de desembolso futuro foi estimada como provável.

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A reversão da provisão no período foi ocasionada principalmente pela baixa na controlada EMT de processos de cobrança indevida de diferencial de alíquota de ICMS pela SEFAZ de Mato Grosso, em virtude de pagamento realizado no âmbito de programa de parcelamento (pagos em parcela única, com benefícios), após julgamento parcialmente procedente do auto de infração correlato. Principais processos: Controlada - ETO . Processo nº 5003614-42.2012.827.2729 - Cobrança de débito tributário apurado por meio do auto de infração relativo a ICMS incidente sobre operações de compra de bens destinados ao ativo imobilizado da empresa, no montante envolvido de R$4.634 (R$4.544 em 31 de dezembro de 2016). . Processo nº 2010.002.0904-8 - Cobrança de débito tributário apurado por meio do auto de infração relativo a glosa de créditos de ICMS baseado na aquisição de bens destinados ao ativo imobilizado, no montante envolvido de R$3.447 (R$3.380 em 31 de dezembro de 2016). Perdas possíveis - consolidado A Companhia e suas controladas possuem processos de naturezas trabalhistas, cíveis e fiscais em andamento em um montante de R$3.174.427 (R$3.140.216 31 de dezembro de 2016) no consolidado, cuja probabilidade de êxito foi estimada como possível, não requerendo a constituição de provisão.  Trabalhistas As ações judiciais de natureza trabalhistas no montante de R$111.063 (R$101.987 em 31 de dezembro de 2016), no consolidado, referem-se aos seguintes objetos: discussões de ex-empregados que requerem recebimento de horas extras, de adicional de periculosidade, horas de sobreaviso, indenizações por danos decorrentes de acidente de trabalho, bem como ações de ex-empregados de prestadores de serviços contratados pelas controladas reclamando responsabilidade solidária por verbas rescisórias, bem como a cobrança de contribuição sindical. O aumento refere-se, basicamente, a alteração de prognóstico em processos da base de ativos, bem como propositura de novos processos.  Cíveis As ações judiciais de natureza cível no montante de R$1.516.906 (R$1.444.432 em 31 de dezembro de 2016) no consolidado, discutem-se principalmente indenizações por danos morais/materiais e reclamações de consumidores, envolvendo débitos de energia; e multas regulatórias originárias de procedimentos de fiscalização do poder concedente que se encontra em processo de defesa administrativa; bem como a ações em que os consumidores pretendem a devolução de valores. Além de multas regulatórias originárias de procedimentos de fiscalização do poder concedente que estão em processo de defesa administrativa. Principais processos: Controladora: . Ação de execução por quantia certa, com montante envolvido de R$179.133 (R$158.843 em 31 de dezembro de 2016), para a cobrança dos supostos créditos consubstanciados em Cédulas de Crédito Bancário, emitidas pela Centrais Elétricas do Pará – CELPA. Na hipótese da Companhia vir a ser condenada, esse débito poderá ter de se sujeitar ao Plano de Recuperação Judicial. . Ação civil pública, com pedido de antecipação de tutela, ajuizada pelo Ministério Publico Federal, no montante envolvido de R$181.581 (R$159.990 em 31 de dezembro de 2016), por meio da qual pretende anular a Resolução Autorizativa da ANEEL nº 3.731, de 30/12/2012, que autorizou a CELPA a destinar para investimentos na área de concessão os recursos decorrentes das compensações devidas a seus consumidores por transgressões aos limites dos indicadores de qualidade do serviço de distribuição de energia elétrica, no período de 29/02/2012 a 07/08/2015.

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. Ação na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de SP, o processo de recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira das sociedades envolvidas. Em fevereiro de 2016, a administradora judicial protocolou petição informando que o plano de recuperação vinha sendo devidamente cumprido, requerendo o encerramento da Recuperação Judicial. Em agosto de 2016, o parecer da administradora foi acolhido, tendo sido proferida decisão decretando o encerramento da recuperação judicial, uma vez que cumpridas todas as obrigações previstas no Plano de Recuperação Judicial dentro do período de dois anos previsto no artigo 61, da Lei 11.101/2005. Contra estas decisões alguns credores apresentaram embargos de declaração, os quais foram devidamente rejeitados pelo Juízo da recuperação em decisão datada de 11/10/2016. Atualmente está em curso prazo para os credores apresentarem Apelação contra a decisão de encerramento. Controladas: EMS . Ação cível coletiva, no montante de R$160.353 (R$159.077 em 31 de dezembro de 2016), por meio da qual a Associação de Defesa dos Consumidores de Energia, objetivando a devolução em dobro de valores supostamente cobrados de forma indevida. O impacto no caso de perda do processo é eventual recalculo das tarifas praticadas, implicando na alteração das bases contratuais do contrato de concessão e toda metodologia de fixação das tarifas elaboradas pelo Poder Concedente. . Ação cível pública, no montante de R$79.660 (R$79.026 em 31 de dezembro de 2016), por meio da qual o Ministério Público Estadual, requer que a controlada EMS seja impedida, em caso de furto de energia, de cobrar o débito retroativo apurado e interromper o fornecimento de energia, bem como a ser condenada a devolver em dobro os valores cobrados com base no procedimento combatido. . Ação cível pública, no montante de R$60.061 (R$59.583 em 31 de dezembro de 2016), por meio da qual o Ministério Público Federal, pleiteia a anulação da Resolução ANEEL nº167, que fixou o índice de reposicionamento tarifário Companhia, para em seu lugar, fixar outro índice que não o IGPM. EMT . Ação de indenização, no montante de R$66.523 (R$65.994 em 31 de dezembro de 2016), ajuizada por Conel Construções Elétricas Ltda, objetivando o ressarcimento por danos materiais e morais fundamentada em suposta rescisão imotivada pela ré do contrato de prestação de serviços. . Ação de indenização, no montante de R$37.698 (R$37.398 em 31 de dezembro de 2016), objetivando o ressarcimento de valores em razão de onerosidade excessiva dos contratos de prestação de serviço e de descumprimento de obrigações previstas nos contratos. Caiua . Ação de Indenização onde se discute questões relacionadas a Verbas Contratuais, com valor pedido de R$20.149 (R$ 19.989 em 31 de dezembro de 2016), proposta em abril de 2016.  Fiscais As ações de natureza fiscais e tributárias no montante R$1.546.458 (R$1.591.797 em 31 de dezembro de 2016), no consolidado, referem-se basicamente a discussões sobre: (i) PIS e COFINS incidentes sobre as faturas de energia elétrica; (ii) ICMS incidente sobre a demanda de energia; (iii) compensação e aproveitamento de créditos de ICMS; (iii) diferencial de alíquota; e (iv) imposto de renda e contribuição social sobre o lucro; (v) cobrança de ISS sobre prestação de serviços oriundos da concessão; (vi) compensação e aproveitamento de créditos de ICMS de equipamentos para prestação dos serviços de distribuição e transmissão de energia no ativo permanente da empresa, já tendo a comprovação obtida decisões favoráveis em 1ª, 2ª e 3ª instâncias, com transito em julgado em alguns processos; (vii) cobrança ICMS em decorrência de saída isenta e energia elétrica recebida ao abrigo do deferimento.

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Principais processos: Controladas: ETO . Processo nº 5003614-42.2012.827.2729 - cobrança de débito tributário apurado por meio do auto de infração relativo a ICMS incidente sobre operações de compra de bens destinados ao ativo imobilizado da empresa, no montante envolvido de R$148.326 (R$145.446 em 31 de dezembro de 2016). . Processo nº 5008221-35.2011.827.2729 - cobrança de débito tributário apurado por meio do auto de infração relativo a glosa de créditos de ICMS baseado na aquisição de bens destinados ao ativo imobilizado, no montante envolvido de R$69.348 (R$68.002 em 31 de dezembro de 2016). EMS . Auto de infração com montante envolvido de R$61.704 (R$60.506 em 31 de dezembro de 2016), lavrado pela Receita Federal para cobrança de créditos tributários de PIS e COFINS, das competências de dezembro de 2007 a fevereiro de 2008, decorrentes da glosa de créditos apropriados no regime não cumulativo sobre os valores que seriam restituídos aos consumidores por força de determinação da ANEEL. EMT . Processo envolvendo ICMS sobre a demanda de energia, de compensação de débitos fiscais, com investimentos realizados pela Companhia no sistema elétrico, no âmbito dos Decretos Estaduais n°s 1.171/2012 e 2.042/2013 (Lei da Copa). Em 31 de março de 2017, os processos envolvendo ICMS incidente sobre demanda de energia (“ICMS Demanda”) montavam R$635.499 (R$622.848 em 31 de dezembro de 2016), para o qual a Companhia não constituiu provisão, com base na avaliação de seus consultores jurídicos. A diferença acentuada entre os dois exercícios decorre do fato de que em dez/2015, dois dos cinco autos de infração se encontravam prognosticados como de perda remota, porque haviam sido indicados à compensação no âmbito dos Decretos Estaduais n°s 1.171/2012 e 2.042/2013 (Lei da Copa), o que posteriormente resultou em indeferimento, voltando referidos autos, ao prognóstico possível. . Os processos referentes a ICMS Demanda, decorrem de autuação em virtude de falta de arrecadação e recolhimento do tributo, por conta de impedimento judicial (decisões judiciais suspendendo a exação, obtidas por consumidores). Após a cessação dos efeitos das referidas decisões, a Companhia vem mantendo discussões com a SEFAZ/MT, no sentido de construir uma solução para a arrecadação deste tributo, por meio da participação da Companhia, na condição de mero agente arrecadador. As discussões culminaram na abertura da possibilidade de adesão direta pelos consumidores, ao programa de parcelamento vigente do Estado (Refis MT – Leis Estadual 10.433/2016 e Decreto 780/2016). . Destaca-se, a autuação fiscal da Secretaria de Fazenda do Estado de Mato Grosso, no montante de R$234.795 (R$230.237 em 31 de dezembro de 2016), invalidando transferência de créditos adquiridos pela Companhia, na apuração do ICMS devido mensalmente. Alega-se: (i) suposto recolhimento a menor do ICMS, por apropriação de crédito fiscal em montante supostamente superior ao permitido pela legislação; e (ii) ausência de enquadramento da transferência, ao convênio ICMS 85/2011, contra o que a Companhia defende-se no respaldo legal havido para a operação. . Destaca-se também os processos referentes à tomada de crédito do diferencial de alíquota de ICMS, nas operações de aquisição de bens destinados ao ativo permanente, dentre os quais salienta-se uma execução fiscal no valor de R$56.340 (R$55.247 e, 31 de dezembro de 2016); em divergência com preceitos constitucionais e com a Lei Complementar nº 87/96, a Lei Estadual nº 7.098/98 do Estado de Mato Grosso veda em seu art. 25, §6º, a tomada deste crédito; o tema é objeto da ADI nº 4.623/MT, em trâmite perante o STF, já com parecer favorável da Advocacia Geral da União. EDEVP . Auto de Infração com valor pedido de R$17.676 (R$17.333 em 31 de dezembro de 2016) onde se discute questões relacionadas incidência de ICMS sobre valores recebidos a título de subvenção econômica da subclasse baixa renda ref. fevereiro de 2008 até dezembro 2009. Uso de estimativas – As controladas registraram provisões, as quais envolvem julgamento por parte da Administração, para riscos trabalhistas, cíveis e fiscais, que, como resultado de um acontecimento passado é Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

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provável que uma saída de recursos envolvendo benefícios econômicos seja necessária para liquidar a obrigação e uma estimativa razoável possa ser feita do montante dessa obrigação. O julgamento da Companhia é baseado na opinião de seus consultores jurídicos. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta alterações circunstanciais tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões de inscrições fiscais ou exposições identificadas com base em novos assuntos ou decisões de tribunais. 29. Patrimônio líquido 29.1 Capital Social O capital social é de R$2.777.404 (R$2.777.404 em 31 de dezembro de 2016), representando 2.057.875 (2.057.875 em 31 de dezembro de 2016) ações nominativas, sendo 1.418.784 (1.418.784 em 31 de dezembro de 2016) ações ordinárias e 639.090 (639.090 em 31 de dezembro de 2016) ações preferenciais, sem valor nominal. Nas Assembleias Gerais, cada ação ordinária dá direito a um voto. As ações preferenciais são inconversíveis em ações ordinárias e não tem direito de voto nas Assembleias Gerais. Cada ação preferencial faz jus a: a. Recebimento de dividendos não cumulativos, no mínimo 10% (dez por cento) superiores aos atribuídos às ações ordinárias; b. Prioridade no reembolso do capital, sem prêmio, em caso de liquidação da sociedade, e depois de reembolsadas as ações ordinárias, participação igualitária com essas últimas no rateio do excesso do patrimônio líquido que se verificar; c. Participação em igualdade de condições com as ações ordinárias na distribuição, pela sociedade, de lucros, bonificações ou outras vantagens, inclusive nos casos de aumentos de capital decorrentes de capitalização de reservas. Em reunião do Conselho de Administração da Companhia, realizada em 22 de setembro de 2016, foi aprovado o aumento de capital social, dentro do limite do capital autorizado, no montante de R$531.617, mediante a emissão de 342.979.014 novas ações, todas nominativas, escriturais e sem valor nominal, de acordo com as seguintes condições: (i) após o aumento de capital, o mesmo passará a ser de R$2.777.404, dividido em 2.057.874.630 ações, sendo 1.418.784.243 ações ordinárias e 639.090.387 ações preferenciais; (ii) preço de emissão será de R$1,55 por ação independentemente de sua espécie; (iii) as ações ordinárias e preferenciais emitidas conferirão os mesmos direitos e terão as mesmas características e restrições; (iv) será concedido a todos os acionistas detentores de posição acionária na data de 27 de setembro de 2016, o prazo de 30 dias para o exercício do direito de preferência para subscrição das ações; (v) o direito de subscrição será exercido mediante a o pagamento do preço de subscrição e o preenchimento do respectivo boletim de subscrição; (vi) Caso haja sobras após o termo do prazo do direito de preferência, a Companhia poderá promover um ou mais rateios de eventuais sobras, conforme necessário para que haja subscrição e integralização do valor total do aumento de capital; e (vii) o aumento de capital deverá ser homologado em reunião do Conselho de Administração a ser realizada em até 5 (cinco) dias a contar da data de subscrição e integralização do montante total do capital. Em 28 de setembro de 2016, foram aportados pela controladora indireta Energisa S/A a título de “recursos recebidos para aumento de capital” o montante de R$152.595. 29.2 Reserva de Incentivos – reserva de redução de imposto de renda (controladas) As controladas EMT e ETO por atuarem no setor de infraestrutura na região Centro Oeste e Norte, obtiveram a redução do imposto de renda devido para fins de investimentos em projetos de ampliação da sua capacidade instalada, conforme determina o artigo 551, § 3º, do Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999. Esta redução foi aprovada através de Laudos Constitutivos, que impõe algumas obrigações e restrições: (i) O valor apurado como benefício não pode ser distribuído aos acionistas; (ii) O valor deve ser contabilizado como reserva de capital e capitalizado até 31 de dezembro do ano seguinte à apuração e/ou utilizado para compensação de prejuízos; e (iii) O valor deve ser aplicado em atividades diretamente relacionadas com a produção na região incentivada. A partir da edição da Lei nº 11.638/07, e Lei nº 11.941/09 os incentivos fiscais passaram a ser contabilizados no Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

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Resultados do 1º trimestre de 2017

resultado do exercício com posterior transferência para reservas de lucros – reserva de redução de imposto de renda. Seguem as informações dos incentivos obtidos pelas:

Controladas EMT ETO Total

Órgão Governamental SUDAM SUDAM

Redução de Imposto de Renda (consolidado)

Nº do laudo constitutivo

31/03/2017

114/2014 113/2014

31/12/2016

44.783 10.538 55.321

44.783 10.538 55.321

Esses valores foram registrados diretamente no resultado do período na rubrica “imposto de renda e contribuição social corrente” no consolidado e foram destinados a reserva de incentivo fiscais no patrimônio líquido das controladas. 30. Receita operacional - consolidada 31/03/2017

31/03/2016

Não revisado pelos auditores independentes Nº de consumidores Residencial Industrial Comercial Rural Poder Público Iluminação Pública Serviço Público Consumo Próprio Subtotal Suprimento de energia elétrica Fornecimento Não Faturado Líquido Disponibilização do sistema de transmissão e de distribuição Receita de Construção (1) Serviços Especializados (-) Ultrapassagem Demanda (2) (-) Excedentes de Reativos (2) Constituição e Amortiz- CVA Ativa e Passiva (3) Subvenções vinculadas ao serviço concedido Ativo financeiro concessão

indenizável

Não revisado pelos auditores independentes

MWh

Nº de consumidores

R$

MWh

R$

2.953.347 34.147 269.957 363.103 34.344 4.741 4.338 897 3.664.874 -

1.725.235 390.689 953.867 485.847 208.345 230.256 135.225 6.213 4.135.677 486.385 5.600

1.127.467 264.994 642.695 238.299 132.502 72.715 71.156 2.549.828 101.143 2.152

2.885.480 37.144 271.752 360.989 34.116 4.565 4.264 870 3.599.180 -

1.713.155 534.784 990.161 450.712 210.319 211.390 144.764 6.305 4.261.590 361.277 (26.733)

1.131.438 337.627 665.855 220.308 131.970 72.669 75.016 2.634.883 67.641 (32.527)

396 -

-

156.996 213.172 504 (5.120) (10.101)

184 -

-

127.626 197.006 1.211 (2.532) (7.460)

-

-

(130.878)

-

-

(127.616)

-

-

150.034

-

-

107.370

da

Outras Receitas Operacionais Total – receita operacional bruta Deduções da receita operacional ICMS PIS COFINS CPRB ISS Deduções Bandeiras Tarifárias (4) Programa de Eficiência Energética – PEE Conta de Desenvolvimento Energético – CDE Programa de Pesquisa e Desenvolvimento – P&D Taxa de Fiscaliz dos serviços de Energia Elétrica - TFSEE Total Total – receita operacional líquida

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

-

-

18.985

-

-

33.421

3.665.270

4.627.662

21.055 3.067.770

3.599.364

4.596.134

18.493 3.017.516

-

-

576.130 47.439 218.910 466 407 (1.311)

-

-

583.208 45.497 209.572 561 225 1.452

-

-

8.685

-

-

8.289

-

-

233.248

-

-

269.480

-

-

8.707

-

-

8.289

3.665.270

4.627.662

2.684 1.095.365 1.972.405

3.599.364

4.596.134

2.387 1.128.960 1.888.556

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Resultados do 1º trimestre de 2017

(1)

Receita de construção está representada pelo mesmo montante em custo de construção. Tais valores são de reconhecimento obrigatório pela ICPC 01 – Contratos de Concessão e correspondem a custo de construção de obras de ativos da concessão de distribuição de energia elétrica.

(2)

Inclui R$3.853 (R$3.594 em 31 de março de 2016) de receita de Ultrapassagem de Demanda e Excedente de Reativo, contabilizado em contrapartida de outros passivos financeiros setoriais, pelas controladas ETO, CAIUÁ, EEB, CNEE, EDEVP E CFLO, conforme Despacho ANEEL nº245/2016.

(3)

Refere-se ao montante de ativos e passivos financeiros setoriais reconhecidos em 31 de março de 2017 de acordo com a Deliberação CVM nº 732/14.

(4)

A partir de janeiro de 2015, as contas de energia tiveram a aplicação do Sistema de Bandeiras Tarifárias. O acionamento da bandeira tarifária é sinalizado mensalmente pela ANEEL, de acordo com as informações prestadas pelo Operador Nacional do Sistema – ONS, conforme a capacidade de geração de energia elétrica no país. A ANEEL, através do Ofício nº 185 de 08 de abril de 2015, com alteração efetuada pelo Despacho nº 245 de 28 de janeiro de 2016, estabeleceu novos procedimentos contábeis para registro das Receitas Adicionais das Bandeiras Tarifárias. Pela alteração proposta, os montantes das bandeiras passam a ser registrados na receita operacional. As receitas auferidas pela Companhia referentes as bandeiras tarifárias no período findo em 31 de março de 2017, foram de R$14.471 (R$144.484 em 31 de março de 2016), tendo recebido da Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias CCRBT o montante de R$451 em 2017 e repassados a Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias - CCRBT o montante R$1.452 em 31 de dezembro de 2016. Dessa forma, o efeito líquido das bandeiras tarifárias no resultado das Companhias no 4º semestre de 2016 foi de R$14.922 (R$143.032 em 31 de dezembro de 2016). Para os meses de janeiro a março de 2017e exercício de 2016 a Aneel homologou os valores conforme abaixo: Meses

Despacho

31/03/2017

Janeiro Fevereiro Março

Nº 592 de 02 de março de 2017 (Nº 583 de 04 de março de 2016) Nº 899 de 30 de março de 2017 (Nº 829 de 30 de março de 2016) Valor a ser homologado em abril de 2017(Nº1.356 de 4 de maio de 2016)

2.408 80 (2.038) 450

31/03/2016 (23) (25) (1.404) (1.452)

31. Custo de Energia Elétrica comprada para revenda-consolidado Consolidado Energia elétrica comprada p/revenda

MWH (1)

31/03/2017 Energia de Itaipú - Binacional Energia de leilão Energia bilateral e outros suprimentos Cotas de Angra REN 530/12 (2) Energia de curto prazo - CCEE Cotas Garantia Física-Res. Homol. ANEEL 1410 - Anexo I Programa incentivo fontes alternativas energia – PROINFA (-) Parcela a compensar crédito PIS/COFINS não cumulativo Total

730.649 1.990.346 1.387.152 149.343 69.576 1.086.482 97.157 5.510.705

31/03/2016 734.858 2.042.482 1.233.270 152.349 26.965 1.099.701 96.242 5.385.867

01/01/2017 a 31/03/2017 140.782 466.616 302.753 34.112 59.659 82.829 35.653 (101.040) 1.021.364

01/01/2016 a 31/03/2016 161.851 471.910 197.040 30.651 78.388 61.156 38.656 (91.561) 948.091

(1) Informações não revisadas pelos auditores independentes. (2) Contempla valor da REN 1585/2013.

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Resultados do 1º trimestre de 2017

32. Cobertura de seguros A Companhia e suas controladas adotam a política de contratar cobertura de seguros para os bens sujeitos aos riscos para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza de sua atividade. Os seguros da Companhia são contratados conforme os preceitos de gerenciamento de riscos e seguros geralmente empregados por empresas de distribuição de energia elétrica. As premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo da auditoria das informações trimestrais e, consequentemente, não foram revisadas pelos nossos auditores independentes. As principais coberturas é como segue:

Ramos

Data vencimento

de

Cobertura securitária (R$ mil)

Consolidado 31/03/2017

31/12/2016

Riscos operacionais

07/11/2017

58.000

1.941

1.941

Responsabilidade Civil Geral

23/11/2017

50.600

1.726

1.726

Frota - Danos Materiais e Corporais a terceiros

23/10/2017

Até 360/veiculo

648

648

Aeronáutico – responsabilidade civil (RETA)

30/11/2017

991

4

4

Aeronáutico – casco/LUC

30/11/2017

207.826

65

65

Vida em Grupo - Morte e Acidentes Pessoais

31/12/2017

125.889

1.044

979

Multirrisco Hangar

20/11/2017

2.500

4

4

RC Hangar

20/11/2017

35.974

21

21

Compreensivo Empresarial

28/09/2017

620

3

3

Transportes (*)

30/01/2017

Até 2.000/transporte

160

178

Responsabilidade Civil Administradores e Diretores (D&O)

26/11/2017

50.000

276

278 5.847

5.892

(*) A apólice de seguro foi renovada para o vencimento de janeiro de 2018. Riscos Operacionais Na apólice contratada foram destacados prédios e equipamentos com seus respectivos valores segurados e seus limites máximos de indenização. Possui cobertura securitária básica, tais como incêndio, raio e explosão de qualquer natureza, danos elétricos, queda de aeronave, impacto de veículo aéreo e terrestre, tumultos, alagamento / inundação, pequenas obras de engenharia, despesas extraordinárias, inclusão / exclusão de bens e locais, erros e omissões. Responsabilidade Civil Geral Apólice contratada na modalidade GERIP, possui cobertura securitária para danos morais, materiais e corporais causados a terceiros em decorrência das operações da empresa. Multirrisco Garante cobertura securitária no caso de prejuízos decorrentes dos riscos causados a prédios, máquinas, móveis e utensílios, mercadorias e matérias primas do segurado. Frota A Companhia mantém cobertura securitária para RCF/V - Responsabilidade Civil Geral Facultativa/Veículos, garantindo aos terceiros envolvidos em sinistros, cobertura de danos pessoais e/ou materiais incorridos. Vida em Grupo e Acidentes Pessoais Garante cobertura securitária no caso de morte por qualquer causa, invalidez permanente total ou parcial por acidente e invalidez funcional permanente de seus empregados. Responsabilidade Civil - Hangar Apólice contratada possui cobertura securitária para Danos Materiais e Corporais, Estéticos e Morais, além de responsabilidade civil de veículos circulando em Aeroportos. Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

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Resultados do 1º trimestre de 2017

Transportes Garante a cobertura securitária para carga, descarga, transporte e roubo das mercadorias inerentes ao ramo de atividade do Segurado, principalmente Máquinas e Equipamentos, quando transportadas pelo mesmo em veículos próprios. Seguro Aeronáutico O seguro de Responsabilidade Civil (RETA) e Casco (LUC) garante a cobertura securitária da aeronave e de danos materiais e/ou corporais causados aos passageiros, tripulantes e terceiros. Compreensivo Empresarial A apólice garante proteção contra incêndio, raio, explosão, implosão, danos elétricos, quebra de vidros, perda ou pagamento de aluguel. Estão cobertos os bens maquinismo, móveis e utensílios dos andares do prédio na Avenida Paulista – SP e do escritório na QD 701, Conj. D-Bloco B, Brasília-DF. Responsabilidade Civil de Administradores e Diretores (D&O) Apólice de seguro garante o pagamento dos prejuízos financeiros decorrentes de reclamações feitas contra os Segurados em virtude de atos danosos pelos quais sejam responsabilizados decorrentes de atos de sua gestão. 33. Arrendamento mercantil – consolidado A controlada Energisa Mato Grosso vendeu aeronave em março /2017 avaliada em R$1.718 (R$2.627 em 31 de dezembro 2016), líquido de depreciação, registrados no ativo imobilizado, adquiridos através de contrato de arredamento mercantil, que possui cláusulas de opção de compra, com prazo de duração de 10 anos e taxas de juros conforme abaixo: Condições contratuais do arrendamento mercantil em 31 de março de 2017: Características da Operação Operação

Vencimento

CESSNA FINANCE 29/09/2020

Periodicidade Amortização Trimestral

Garantias Reais

Custo da Dívida Prazo Médio meses

Indexador

Depósito Caução 120

USD

Taxa de Juros a.a.

TIR (Taxa efetiva de juros)

6,75%

-10,76%

No período findo em 31 de março de 2017, a Companhia em atendimento ao CPC-06 (R1) (Operação de Arrendamento Mercantil), reconheceu os montantes de R$1.364 (R$5.452 em 31 de dezembro de 2016), como despesa de depreciação e de R$432 (R$865 em 31 de março de 2016) como despesa financeira referente aos encargos dos contratos. 34. Instrumentos financeiros e gerenciamento de risco Abaixo, são comparados os valores contábeis e valor justo dos principais ativos e passivos de instrumentos financeiros: Controladora 31/03/2017 Nível

Contábil

Valor justo

31/12/2016 Contábil

Valor justo

Ativos Caixa e equivalente de caixa Aplicações no mercado aberto e recursos vinculados Créditos com partes relacionadas

2 2 2

780 17.449 283.692

780 17.499 283.692

33.308 17.347 265.385

33.308 17.347 265.385

Passivos Fornecedores Empréstimos, financiamentos, encargos de dívidas e debêntures Débitos com partes relacionadas

2 2 2

150 160.410 651.798

150 160.410 651.798

161 155.358 632.836

161 155.358 632.836

Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

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Resultados do 1º trimestre de 2017

Consolidado 31/03/2017 Nível Ativos Caixa e equivalente de caixa Aplicações financeiras no mercado aberto e recursos vinculados Clientes, consumidores e concessionárias Títulos de créditos a receber Contas a receber da concessão Instrumentos financeiros derivativos

2 2 2 2 3 2

Ativo financeiro setorial Créditos com partes relacionadas

3 2

Passivos Fornecedores 2 Empréstimos, financiamentos, encargos de dívidas, debêntures e 2 arrendamento mercantil Instrumentos financeiros derivativos 2 Passivo financeiro setorial Débitos com partes relacionadas Parcelamento de impostos Taxas regulamentares

3 2 2 2

Contábil

Valor justo

31/12/2016 Contábil

Valor justo

357.427 931.380 1.718.936 26.206 2.771.947

357.427 931.380 1.718.936 26.206 2.771.947

449.545 858.860 1.498.335 27.726 2.650.946

449.545 858.860 1.498.335 27.726 2.650.946

29.054 310.166

29.054 310.166

45.616 441.728

45.616 441.728

360.340

360.340

339.741

339.741

1.088.740

1.088.740

1.022.936

1.022.936

3.825.046

3.827.015

3.869.359

3.875.751

44.672 611.484

44.672 611.484

39.430 603.091

39.430 603.091

640.312 80.337 139.983

640.312 80.337 139.983

622.122 83.049 154.340

622.122 83.049 154.340

Hierarquia de valor justo Os diferentes níveis foram assim definidos:  Nível 1 - Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos e idênticos. 

Nível 2 - Inputs, exceto preços cotados, incluídas no Nível 1 que são observáveis para o ativo ou passivo, diretamente (preços) ou indiretamente (derivado de preços).



Nível 3 - Premissas, para o ativo ou passivo, que não são baseadas em dados observáveis de mercado (inputs não observáveis).

Em função das controladas de distribuição terem classificado os respectivos contas a receber da concessão e ativos e passivos financeiros setoriais como disponíveis para venda, os fatores relevantes para avaliação ao valor justo não são publicamente observáveis. Por isso, a classificação da hierarquia de valor justo é de nível 3. A movimentação e respectivos ganhos (perdas) no resultado do período de R$24.209 (R$79.031 em 31 de março de 2016) , assim como as principais premissas utilizadas, estão divulgadas nas notas explicativas nº 12 e 16. Em atendimento à Instrução CVM nº 475/2008 e à Deliberação nº 604/2009, a descrição dos saldos contábeis e do valor justo dos instrumentos financeiros inclusos no balanço patrimonial em 31 de março de 2017 e 31 de dezembro de 2016, estão identificadas a seguir: Não derivativos – classificação e mensuração Empréstimos e recebíveis Incluem clientes, consumidores e concessionárias, títulos de créditos a receber, outros créditos, ativo financeiro setorial e contas a receber da concessão. São inicialmente mensurados pelo custo amortizado, usando-se a taxa de juros efetiva, sendo seus saldos aproximados ao valor justo. Aplicações financeiras avaliadas ao valor justo por meio do resultado e ao custo amortizado Os saldos das aplicações financeiras em Certificados de Depósitos Bancários e fundos de investimentos são avaliados ao seu valor justo por meio do resultado, exceto se mantidos até o vencimento, quando a Companhia e suas controladas manifestarem intenção e capacidade financeira para mantê-los até o vencimento. Após a avaliação inicial, esses ativos são avaliados ao custo amortizado utilizando o método da taxa de juros efetiva, menos perdas por redução ao valor recuperável. Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

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Resultados do 1º trimestre de 2017

Ativos financeiros disponíveis para venda Os ativos financeiros disponíveis para venda são aqueles ativos financeiros não derivativos que não são classificados como: (a) empréstimos e recebíveis, (b) investimentos mantidos até o vencimento ou (c) ativos financeiros pelo valor justo por meio do resultado. Após mensuração inicial, ativos financeiros disponíveis para venda são mensurados a valor justo, com ganhos e perdas não realizados reconhecidos diretamente dentro dos outros resultados abrangentes até a baixa do investimento, com exceção das perdas por redução ao valor recuperável, dos juros calculados utilizando o método de juros efetivos e dos ganhos ou perdas com variação cambial sobre ativos monetários que são reconhecidos diretamente no resultado do exercício. Passivos financeiros pelo custo amortizado Fornecedores - são mensurados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, variações monetárias e/ou cambiais incorridos até a data do balanço, sendo o seu valor contábil aproximado de seu valor justo. Empréstimos, financiamentos, encargos de dívidas e debêntures – Os instrumentos financeiros estão classificados como passivos financeiros ao custo amortizado. Os valores contábeis dos empréstimos e financiamentos vinculados aos investimentos das distribuidoras junto a Eletrobrás e BNDES, se aproximam de seus respectivos valores justos, já que operações similares não estão disponíveis no mercado financeiro, com vencimentos e taxas de juros comparáveis. O valor justo dos passivos financeiros referentes aos empréstimos com bancos comerciais que são negociados em mercados ativos é determinado com base nos preços observados nesses mercados (fonte: CETIP). Para os instrumentos financeiros sem mercado ativo, sendo esses a 4ª emissão de debêntures da Companhia, foi estabelecido o seu valor justo como sendo equivalente ao valor contábil do instrumento. Para algumas das dívidas a Companhia e suas controladas realizaram a opção pela designação ao valor justo por meio do resultado, conforme descrito abaixo. Derivativos O valor justo estimado de ativos e passivos financeiros foi determinado por meio de informações disponíveis no mercado e por metodologias apropriadas de avaliação. A Companhia e suas controladas têm como política o gerenciamento dos riscos, evitando assumir posições relevantes expostas a flutuações de valor justo. Nesse sentido, buscam operar instrumentos que permitam maior controle de riscos. Os contratos de derivativos são efetuados com operações de swap e opções envolvendo juros e taxa de câmbio, visando eliminar a exposição à variação do dólar além de adequação do custo das dívidas de acordo com o direcionamento do mercado. As operações de proteção contra variações cambiais adversas requerem monitoramento constante, de forma a preservar a eficiência das suas estruturas. As operações vigentes são passíveis de reestruturação a qualquer tempo e podem ser objeto de operações complementares ou reversas, visando reduzir eventuais riscos de perdas relevantes. Hedge Accounting Em de 01 de julho de 2015, a Companhia efetuou a designação formal de parte de suas operações de proteção do tipo “swap” (instrumento de hedge) para troca de variação cambial e juros, para variação do CDI, como hedge accounting. Em 31 de março de 2017 essas operações, assim como as dívidas (objeto do hedge) estão sendo avaliadas de acordo com a contabilidade de “hedge” de valor justo. Em tais designações de hedge a Companhia documentou: (i) a relação de hedge; (ii) o objetivo e estratégia de gerenciamento de risco; (iii) a identificação do instrumento financeiro; (iv) o objeto ou transação coberta; (v) a natureza do risco a ser coberto; (vi) a descrição da relação de cobertura; (vii) a demonstração da correlação entre o hedge e o objeto de cobertura; e (viii) a demonstração da efetividade do hedge. Os contratos de “swap” são designados e efetivos como “hedge” de valor justo em relação à taxa de juros e/ou variação cambial, quando aplicável. Durante o período, o “hedge” foi altamente efetivo na exposição do valor justo às mudanças de taxas de juros e, como consequência, o valor contábil das dívidas designadas como hedge foram impactado em R$159 (R$9.414 em 31 de março de 2016) e reconhecido no resultado financeiro no mesmo momento em que o valor justo de “swap” de taxa de juros era reconhecido no resultado. Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

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Resultados do 1º trimestre de 2017

Fair Value Option A Companhia optou pela designação formal de novas operações de dívidas contratadas no primeiro trimestre de 2017, para as quais a Companhia e suas controladas possuem instrumentos financeiros derivativos de proteção do tipo “swap” para troca de variação cambial e juros, como mensuradas ao valor justo. A opção pelo valor justo (“Fair Value Option”) tem o intuito de eliminar ou reduzir uma inconsistência de mensuração ou reconhecimento de determinados passivos, no qual de outra forma, surgiria. Assim, tanto os “swaps” quanto as respectivas dívidas passam a ser mensuradas ao valor justo e tal opção é irrevogável, bem como deve ser efetuada apenas no registro contábil inicial da operação. Em 31 de março de 2017 tais dividas e derivativos, assim como os demais ativos e passivos mensurados ao valor justo por meio do resultado tem quaisquer ganhos ou perdas resultantes de sua re-mensuração reconhecidos no resultado da Companhia. Durante o período, o valor contábil das dívidas designadas como “Fair Value Option” foi impactado em R$536 (R$1.594 em 31 de março de 2016) e reconhecido no resultado financeiro no mesmo momento em que o valor justo de “swap” de taxa de juros era reconhecido no resultado. Incertezas Os valores foram estimados na data do balanço, baseados em informações disponíveis no mercado e por metodologias apropriadas de avaliações. Entretanto, considerável julgamento foi requerido na interpretação dos dados de mercado para produzir a estimativa mais adequada do valor justo. Como consequência, as estimativas utilizadas e apresentadas a seguir não indicam, necessariamente, os montantes que poderão ser realizados no mercado de troca corrente. Administração financeira de risco O Conselho de Administração tem responsabilidade geral pelo estabelecimento e supervisão do modelo de administração de risco da Companhia e suas controladas. Assim, fixou limites de atuação da Companhia com montantes e indicadores preestabelecidos na “Política de Gestão de Riscos decorrentes do Mercado Financeiro” (revista a cada dois anos e disponível na web site da Companhia) e nos regimentos internos da diretoria da Companhia e suas controladas. O Comitê de Gestão de Riscos, composto pela Diretoria Financeira e Consultor externo especializado, acompanha, através do Relatório Trimestral de Gestão de Riscos, a adequação das operações à “Política de Gestão de Riscos decorrentes do Mercado Financeiro”. Adicionalmente, a gestão de risco da Companhia e de suas controladas visa identificar, analisar e monitorar riscos enfrentados, para estabelecer limites e mesmo checar a aderência aos mesmos. Para tanto, a Companhia e suas controladas contam com serviços de empresa especializada e independente na gestão de risco de caixa e dívida, de modo que é procedido monitoramento diário sobre o comportamento dos principais indicadores macroeconômicos e seus impactos nos resultados, em especial nas operações de derivativos. Este trabalho permite definir estratégias de contratação e reposicionamento, visando menores riscos e melhor resultado financeiro. Gestão de Risco de Capital O índice de endividamento no final do período/exercício de relatório é o seguinte: Consolidado 31/03/2017 Dívida (a) Partes Relacionadas (c) Caixa e equivalentes de caixa Dívida líquida Patrimônio líquido (b) Índice de endividamento líquido

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3.825.046

31/12/2016 3.869.359

632.311

610.713

(357.427)

(449.545)

4.099.930

4.030.527

(2.970.835)

(2.908.483)

1,38

1,39

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Resultados do 1º trimestre de 2017

(a) A dívida é definida como empréstimos, financiamentos e debêntures de curto e longo prazos (excluindo derivativos e contratos de garantia financeira), conforme detalhado nas notas explicativas nº 21 e nº 22. (b) O patrimônio líquido inclui todo o capital e as reservas do Grupo, gerenciados como capital. (c) Energisa S/A, conforme detalhamento na nota explicativa nº 14. a) Risco de liquidez A Administração, através do fluxo de caixa projetado, programa suas obrigações que geram passivos financeiros ao fluxo de seus recebimentos ou de fontes de financiamentos, de forma a garantir o máximo possível a liquidez, para cumprir com suas obrigações, evitando inadimplências que prejudiquem o andamento das operações da Companhia e de suas controladas. As maturidades contratuais dos principais passivos financeiros, incluindo pagamentos de juros estimados e excluindo o impacto de acordos de negociação de moedas pela posição líquida, são as seguintes: Controladora Taxa média de juros efetiva ponderada (%)meses

De 6 a 12 meses

Até 6 meses

De 1 a 3 anos

De 3 a 5 anos

Mais de 5 anos

Total

Fornecedores Empréstimos e financiamentos, encargos de dívidas e debêntures. 1,00%

150

-

-

-

-

150

2.226

-

11.912

8.956

518.319

541.413

Total

2.376

-

11.912

8.956

518.319

541.563

Consolidado Fornecedores Empréstimos e financiamentos, encargos de dívidas e debêntures. 11,49% Total

917.041

-

-

-

517.404

1.434.445

618.881 1.535.922

517.703 517.703

1.461.536 1.461.536

758.863 758.863

2.568.376 3.085.780

5.925.359 7.359.804

O risco de liquidez representa o risco da Companhia enfrentar dificuldades para cumprir suas obrigações relacionadas aos passivos financeiros. A Companhia monitora o risco de liquidez mantendo investimentos prontamente conversíveis para atender suas obrigações e compromissos, e também se antecipando para futuras necessidades de caixa. b) Risco de crédito A Administração avalia que os riscos de caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras e instrumentos financeiros derivativos são reduzidos, em função de não haver concentração e as operações serem realizadas com bancos de percepção de risco aderentes à “Política de Gestão de Riscos decorrentes do Mercado Financeiro”. Constituído no primeiro trimestre de 2010, o Comitê de Auditoria do Conselho de Administração da Energisa S.A. tem a função de supervisionar se a Administração do grupo vem seguindo as regras e princípios estabelecidos na política. O risco de crédito, principalmente das distribuidoras de energia elétrica do Grupo Energisa, é representado por contas a receber, o que, no entanto, é atenuado por vendas a uma base pulverizada de clientes e por prerrogativas legais para suspensão da prestação de serviços a clientes inadimplentes. Adicionalmente, parte dos valores a receber relativos às transações de venda, compra de energia e encargos de serviço do sistema, realizados no âmbito da CCEE, está sujeita a modificações, dependendo de decisões de processos judiciais ainda em andamento, movidos por algumas empresas do setor. Esses processos decorrem da interpretação de regras do mercado, vigentes entre junho de 2001 e fevereiro de 2002, período do Programa Emergencial de Redução de Energia Elétrica.

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Resultados do 1º trimestre de 2017

Exposição a riscos de crédito O valor contábil dos ativos financeiros representa a exposição máxima do crédito. A exposição máxima do risco do crédito na data das informações financeiras é a seguinte: Controladora

Consolidado

Nota 31/03/2017 31/12/2016 31/03/2017 31/12/2016 Ativos Caixa e equivalente de caixa Aplicações financeiras no mercado aberto e recursos vinculados Clientes, consumidores e concessionárias Títulos de créditos a receber Ativo financeiro setorial Contas a receber da concessão Instrumentos financeiros derivativos Créditos com partes relacionadas

6 6 7 8 12 16 36 14

780 17.449 283.692

33.308 17.347 265.385

357.427 931.380 1.718.936 26.206 310.166 2.771.947 29.054 360.340

449.545 858.860 1.498.335 27.726 441.728 2.650.946 45.616 339.741

c) Risco de mercado: taxa de juros e de câmbio Parte dos empréstimos e financiamentos em moeda nacional, apresentados na nota explicativa nº 21, é composto de financiamentos obtidos junto a diversos agentes de fomento nacional (Eletrobrás, BNDES e FINEP) e outras instituições do mercado de capitais. A taxa de juros é definida por estes agentes, levando em conta os juros básicos, o prêmio de risco compatível com as empresas financiadas, suas garantias e o setor no qual estão inseridas. Na impossibilidade de buscar alternativas ou diferentes hipóteses de mercado e/ou metodologias para suas estimativas, em face dos negócios das controladas e às peculiaridades setoriais, esses são mensurados pelo “método do custo amortizado” com base em suas taxas contratuais. Os resultados da Companhia são suscetíveis a variações, em função dos efeitos da volatilidade da taxa de câmbio sobre as operações de vendas de opções vinculadas aos swaps dos passivos atrelados a moedas estrangeiras, principalmente ao dólar norte-americano. A taxa de câmbio do dólar norte-americano encerrou o período findo em 31 de março de 2017, com queda de 16,5% sobre 31 de dezembro de 2015, cotado a R$3,2591/USD. A volatilidade do dólar norte-americano em 31 de dezembro de 2016 era de 14,40%, enquanto em 31 de dezembro de 2015 era de 22,07%. Do montante consolidado das dívidas bancárias e de emissões da Companhia em 31 de março de 2017 , de R$3.834.114 (R$3.879.179 em 31 de dezembro de 2016), R$526.408 (R$575.024 em 31 de dezembro de 2016) estão representados em dólares conforme nota explicativa nº 21. As operações que possuem proteção cambial e os respectivos instrumentos financeiros utilizados estão detalhadas abaixo. Os empréstimos em dólar norte americano têm custo máximo de 4,96% ao ano mais variação cambial e vencimentos de curto e longo prazo, sendo o último vencimento em junho de 2019. O balanço patrimonial em 31 de março de 2017 apresenta R$18.471 (R$27.755 em 31 de dezembro de 2016) no ativo circulante, R$10.583 (R$17.861 em 31 de dezembro de 2016) no ativo não circulante, R$44.671 (R$35.527 em 2015) no passivo circulante e R$3.903 em 31 de dezembro de 2016 no passivo não circulante, no consolidado, a título de marcação a mercado dos instrumentos financeiros derivativos atrelados ao câmbio e aos juros, originados da combinação de fatores usualmente adotados para precificação a mercado de instrumentos dessa natureza, como volatilidade, cupom cambial, taxa de juros e cotação do dólar. Não se tratam de valores materializados, pois refletem os valores da reversão dos derivativos na data de apuração, o que não corresponde ao objetivo de proteção das operações de hedge.

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Resultados do 1º trimestre de 2017

A Companhia possui proteção contra efeitos adversos sobre os financiamentos atrelados à variação cambial, conforme mencionados acima, conforme segue: Custo Financeiro (% a.a.) Operação

Notional (USD)

EMT Resolução 4131 - Bank of America ML EMS Resolução 4131 - Bank of America ML ETO Resolução 4131 - Itaú BBA CAIUÁ Resolução 4131 - Itaú BBA Resolução 4131 - Bank of America ML CFLO Resolução 4131 - Itaú BBA EEB Resolução 4131 – Itaú Resolução 4131 – ABC

Ponta Ativa

Ponta Passiva

Vencimento

Designação

7.273

VC + (Libor + 1,50%) x 117,65%

CDI + 1,45%

04/05/2017

Fair Value Hedge

31.446

VC + (Libor + 1,85%) x 117,65%

CDI + 1,49%

01/06/2017

Fair Value Hedge

65.030

VC + 4,04%

CDI + 2,72%

13/04/2020

Fair Value Hedge

25.893 12.882

VC + 4,00% VC + (Libor + 1,85%) x 117,65%

CDI + 2,25% CDI + 1,50%

28/11/2017 12/06/2017

Fair Value Hedge Fair Value Hedge

7.663

VC + 5,05%

CDI + 2,95%

26/02/2018

Fair Value Option

3.984 12.987

VC + 4,00% VC + 7,02%

CDI + 2,25% CDI + 3,55%

28/11/2017 31/08/2017

Fair Value Hedge Fair Value Option

De acordo com o CPC 40, apresentam-se abaixo os valores dos instrumentos financeiros derivativos da Companhia e suas controladas, cujos valores não foram contabilizados como “fair value hedge”, vigentes em 31 de março de 2017 e 31 de dezembro de 2016. Valor de referência Fair Value Option

31/03/2017

Dívida designada para “Fair Value Option”

31/12/2016

Valor justo Descrição Moeda Estrangeira - USD e LIBOR

80.575

31/12/2016

(21.517)

(73.740)

71.597

73.740

(97.279) (25.682) (47.199)

(96.948) (23.208) (96.948)

80.575

Swap Cambial (Derivativo) 80.575

31/03/2017

80.575

Posição Ativa Moeda Estrangeira - USD e LIBOR Posição Passiva Taxa de Juros CDI Posição Líquida Swap Posição Líquida Dívida + Swap

A Companhia e suas controladas designam certos instrumentos de “hedge” relacionados a risco com variação cambial e taxa de juros dos empréstimos como “hedge” de valor justo, (“fair value hedge”), conforme demonstrado abaixo: Valor de referência Fair Value Hedge

31/03/2017 31/12/2016

Dívida (Objeto de Hedge) (*)

419.382

431.582

Swap Cambial (Instrumento de Hedge)

419.382

431.582

Valor justo Descrição Moeda Estrangeira - USD e LIBOR Posição Ativa Moeda Estrangeira - USD e LIBOR Posição Passiva Taxa de Juros CDI Posição Líquida Swap Posição Líquida Dívida + Swap

31/03/2017 31/12/2016 (454.840)

(467.665)

455.263

468.545

(445.198) 10.065 (444.746)

(439.150) 29.395 (438.270)

(*) Os empréstimos designados formalmente como “Fair Value Hedge” são reconhecidos a valor justo na proporção da parcela efetiva em relação ao risco que está sendo protegido. O Valor Justo dos derivativos contratados pelas controladas 31 de março de 2017 foi apurado com base nas cotações de mercado para contratos com condições similares. Suas variações estão diretamente associadas às variações dos saldos das dívidas relacionadas na nota explicativa nº 21 e 22 e ao bom desempenho dos mecanismos de proteção utilizados, descritos acima. A Companhia e suas controladas não têm por objetivo liquidar esses contratos antes dos seus vencimentos, bem como possuem expectativa distinta quanto aos resultados apresentados como Valor Justo - conforme abaixo demonstrado. Para uma perfeita gestão, é procedido monitoramento diário, com o intuito de preservar menores riscos e melhores resultados financeiros.

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Resultados do 1º trimestre de 2017

A marcação a mercado (MtM) das operações da Companhia e de suas controladas foi calculada utilizando metodologia geralmente empregada e conhecida pelo mercado. A metodologia consiste basicamente em calcular o valor futuro das operações, utilizando as taxas acordadas em cada contrato, descontando a valor presente pelas taxas de mercado. Os dados utilizados nesses cálculos foram obtidos de fontes consideradas confiáveis. As taxas de mercado, como a taxa Pré e o Cupom de Dólar, foram obtidas diretamente do site da BM&F (Taxas de Mercado para Swaps). A taxa de câmbio (Ptax) foi obtida do site do Banco Central. No caso das opções, as volatilidades implícitas de dólar também foram obtidas na BM&F. Análise de sensibilidade De acordo com o CPC 40, a Companhia e suas controladas realizaram análise de sensibilidade dos principais riscos aos quais os instrumentos financeiros e derivativos estão expostos, como segue: Variação cambial Considerando a manutenção da exposição cambial de 31 de março de 2017, com a simulação dos efeitos nas informações financeiras futuras, por tipo de instrumento financeiro e para três cenários distintos, seriam obtidos os seguintes resultados (ajustados a valor presente para a data base das demonstrações financeiras): Cenário I Operação

Exposição

Dívida Moeda Estrangeira – USD e LIBOR Variação Dívida Swap Cambial Posição Ativa Instrumentos Financeiros Derivativos – USD e LIBOR Variação – USD e LIBOR Posição Passiva Instrumentos Financeiros Derivativos - Taxa de Juros CDI Variação - Taxa de Juros CDI Subtotal Total Líquido

(526.860) -

Risco

(Provável) (*)

Cenário II (Deterioração de 25%)

Cenário III (Deterioração de 50%)

(513.099) 13.761

(642.891) (116.031)

(773.680) (246.820)

513.099 (13.761)

642.891 116.031

773.680 246.820

(542.477)

(542.477)

(542.477)

(542.477)

(15.617) (542.477)

(29.378) (542.477)

100.414 (542.477)

231.203 (542.477)

526.860 -

Alta US$

(*) O cenário provável é calculado a partir da expectativa do dólar futuro do último boletim Focus divulgado para a data de cálculo. Os cenários de deterioração de 25% e de deterioração de 50% são calculados a partir da curva do cenário provável. Nos cenários a curva de dólar é impactada, a curva de CDI é mantida constante e a curva de cupom cambial é recalculada. Isto é feito para que a paridade entre dólar spot, CDI, cupom cambial e dólar futuro seja sempre válida. Os derivativos no “Cenário Provável”, calculados com base na análise líquida das operações acima apresentadas até o vencimento das mesmas, ajustadas a valor presente pela taxa pré-fixada brasileira em reais para 31 de março de 2017, atingem seu objetivo, o que é refletido no valor presente negativo de R$ 542.477 que serve para mostrar a efetividade da mitigação das variações cambiais adversas das dívidas existentes. Neste sentido, quanto maior a deterioração do câmbio (variável de risco considerada) maiores serão os resultados positivos dos swaps. Por outro lado, com os cenários de deterioração do real frente ao dólar, de 25% e 50%, o valor presente seria negativo de R$ 542.477em ambos os casos.

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Resultados do 1º trimestre de 2017

Variação das taxas de juros As distribuidoras adquiridas não possuem instrumentos financeiros derivativos indexados a taxa de juros. Considerando que o cenário de exposição dos instrumentos financeiros indexados às taxas de juros de 31 de março de 2017 seja mantido e que os respectivos indexadores anuais acumulados sejam (CDI = 14,00%, TJLP = 7,50% ao ano ao ano) e caso ocorram oscilações nos índices de acordo com os três cenários definidos, o resultado financeiro liquido seria impactado em: Exposição (R$ mil)

Instrumentos Instrumentos financeiros ativos: Aplicações financeiras no mercado aberto e recursos vinculados Instrumentos financeiros passivos: Swap Empréstimos, debêntures

financiamentos

e

Subtotal Total - perdas

1.267.201

Risco

Cenário I (Provável) (1)

Cenário II (Deterioração de 25%)

Cenário III (Deterioração de 50%)

Alta CDI

138.125

172.656

207.187

(542.477) Alta CDI (1.534.945) Alta CDI (346.217) Alta TJLP (4.750) Alta IPCA (398.724) Alta SELIC (646.188) Alta TR (3.473.301) (2.206.100) -

(59.130) (167.309) (25.966) (46) (43.460) (2.261) (298.172) (160.047)

(73.913) (209.136) (32.458) (58) (54.325) (2.826) (372.716) (200.060)

(88.695) (250.964) (38.949) (69) (65.190) (3.392) (447.259) (240.072)

(1) Considera o CDI de 31 de março de 2018 (10,90% ao ano), cotação das estimativas apresentadas pela recente Pesquisa do BACEN, datada de 31 de março de 2017, TJLP 7,5% ao ano, Selic 10,90%, TR 0,35% e IPCA 0,96%. Não incluem as demais operações pré-fixadas no valor de R$360.814. 35. Benefícios a empregados Plano de Aposentadoria e Pensão As controladas são patrocinadoras de planos de benefícios previdenciários aos seus empregados, na modalidade de Contribuição Definida (CD) e de Benefício Definido (BD), sendo para este último vedado o ingresso de novos participantes e os atuais neles inscritos, estão na condição de assistidos. O plano de Benefício Definido é avaliado atuarialmente ao final de cada exercício, visando verificar se as taxas de contribuição estão sendo suficientes para a formação de reservas necessárias aos compromissos de pagamento atuais e futuros. Em 31 de março de 2017, a despesa de patrocínio a esses planos foi de R$2.031 Plano de saúde As controladas participam do custeio de planos de saúde a seus empregados, administrados por operadoras reguladas pela ANS. No caso de rescisão e ou aposentadoria, os empregados podem permanecer no plano desde que assumam a totalidade do custeio, não cabendo a Companhia, qualquer vínculo e ou obrigação pós-emprego com esses empregados. No período findo em 31 de março de 2017 as despesas com o plano de saúde foram de R$5.446 (R$9.032 em 31 de março de 2016), no consolidado.

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Resultados do 1º trimestre de 2017

36. Compromissos – consolidados As controladas possuem os seguintes compromissos relacionados a contratos de longo prazo com a venda de energia: Contrato de compra de energia Vigência Caiuá Distribuição de Energia S.A. Energisa Mato Grosso Distribuidora Energia S/A Energisa Tocantins Distribuidora Energia S/A Energisa Mato Grosso do Sul Distribuidora Energia S/A Companhia Nacional de Energia Elétrica – CNEE

2017

2018

2019

2020

2021

Após 2021

2017 a 2048

107.171

147.914

150.059

134.207

139.991

2.477.327

2017 a 2048

982.342

1.455.465

1.554.256

1.555.032

1.603.644

19.117.508

2017 a 2048

336.168

463.499

477.845

352.512

382.824

7.127.984

2017 a 2048

502.301

726.824

720.643

734.938

765.856

13.720.637

2017 a 2048

60.346

76.614

75.629

66.575

66.424

1.531.111

Empresa Elétrica Bragantina S.A. – EEB 2017 a 2048 Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema S.A. – EDEVP 2017 a 2048

73.761

109.082

127.950

112.943

126.981

2.222.369

96.924

135.495

135.371

122.394

124.350

2.281.721

Companhia Força e Luz do Oeste – CFLO

47.247

67.838

70.017

72.226

74.268

484.245

2.206.260

3.182.731

3.311.770

3.150.827

3.284.338

48.962.902

2017 a 2026

(*) O contrato de suprimento da CFLO foi aditado, conforme as disposições previstas no Submódulo 11.1 do PRORET (Procedimento de Regulação Tarifária). (**) Não estão incluídos os valores referentes à Quota do Proinfa e de Itaipu valores relativos aos contratos de compra de energia, com vigência de 8 a 30 anos, representam o volume contratado pelo preço médio corrente no final do exercício de 2016 foram homologados pela ANEEL. A controladas EMT, ETO, EMS, CAIUA, EDEVP, EEB e CNEE efetuaram análises dos compromissos de energia contratados que excedem o limite de 5% de sobrecontratação. De acordo com as projeções de demanda e estimativa de preços de mercado a Administração sensibilizou os resultados e não foram considerados significativos para suas operações.

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Resultados do 1º trimestre de 2017

37. Informações adicionais aos fluxos de caixa Em 31 de março de 2017 e 31 de dezembro de 2017, as movimentações patrimoniais que não afetaram os fluxos de caixa consolidado da Companhia, referentes à combinação de negócios, são como seguem:

Outras transações não caixa Contas a receber da concessão - Bifurcação de Ativos Contas a receber da concessão – Ativo financeiro indenizável da concessão Atividades operacionais Pagamento de Fornecedores a prazo Incorporação de redes – transferência para obrigações especiais Estoques – transferência para o intangível Atividades de investimentos Aquisição de intangível com pagamento a prazo Obrigações especiais – devolução de recursos Programa LPT Obrigações especiais – transferência para incorporação de redes Intangível - transferência para estoques

31/03/2017

31/12/2016

112.123 18.985

405.973 90.221

57.282 11.362 -

67.718 49.464 2.728

57.282

67.718 49.464 2.728

11.362 -

Venda da aeronave Atividades operacionais Outras Contas a Receber

6.930

Depósitos e Cauções Vinculados

9.661

-

Impostos a recuperar

5.620

-

Tributos e contribuições sociais

3.593

-

1.718

-

32.222

-

Atividades de investimentos Intangível Atividades de financiamento Arrendamento mercantil

38. Eventos subsequentes - Energisa entra no segmento de transmissão com aquisição de duas linhas A empresa foi vencedora de dois lotes do Leilão de Transmissão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), adquirindo as concessões das linhas de Goiás (lote 3) e do Pará (lote 26), em um investimento total de R$625 milhões. O Leilão de Transmissão aconteceu no dia 24 de abril de 2017, na Bovespa, em São Paulo. Segundo a Aneel, o prazo para entrada em operação comercial da linha em Goiás é agosto de 2021 e a do Pará, em fevereiro de 2022. A Energisa deverá realizar o licenciamento e contratação de todas as obras para a operação dos empreendimentos buscando antecipar estes prazos. Lote 3 - composto por instalações que ficam no estado de Goiás, incluindo a linha de transmissão de 230 kV Rio Verde Norte - Jataí, com 136 quilômetros em circuito duplo, e a subestação Rio Verde Norte. Os investimentos previstos no empreendimento somam R$ 295,3 milhões e o prazo para a realização das obras é de 48 meses. A linha fica próxima ao Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde ficam duas das empresas do Grupo Energisa. Lote 26 - ficará no estado do Pará, em uma área localizada quase na divisa com Tocantins e Mato Grosso. O lote consiste em Linha de Transmissão 230 kV Xinguara II – Santana do Araguaia, com 296 quilômetros de extensão em circuito duplo, e a subestação Santana do Araguaia. Esta obra é muito importante para concluir os reforços da região do Baixo Araguaia do Mato Grosso, que é a fronteira agrícola mais dinâmica do Estado. - ANEEL autoriza unificação das empresas Sul-Sudeste A partir de 3 de julho de 2017, o Grupo Energisa irá unificar, em uma única empresa, os processos e operações das cinco distribuidoras que compõem a Energisa Sul-Sudeste. Com a mudança, Energisa Caiuá, Energisa Bragantina, Energisa Vale Parapanema, Energisa Nacional e Energisa Força e Luz do Oeste passam a se chamar Energisa Sul-Sudeste (ESS). Após a unificação, a ESS atenderá 739 mil clientes em uma área de cobertura de Rede Energia S/A – Em Recuperação Judicial

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pouco mais de 30 mil km², que envolve 82 municípios. A empresa vai continuar com 1,4 mil colaboradores, número total de todos os profissionais que hoje já compõem as cinco distribuidoras. O objetivo do agrupamento, aprovado no dia 25 de abril de 2017 pela Aneel, é obter sinergia nos processos para melhorar, ainda mais, os serviços prestados aos consumidores por meio da integração dos sistemas utilizados pelo Grupo. A migração possibilitará que a ESS passe a utilizar uma mesma plataforma, já em vigor no Grupo, contribuindo para a padronização dos sistemas das empresas, beneficiando, principalmente, as áreas de logística, suprimentos e o financeiro. No âmbito interno, as antigas nomenclaturas das distribuidoras mudarão, a partir do dia 3 de julho, e elas passarão a ser identificadas por região da seguinte forma:     

EBR – passará a se chamar Regional Leste; ECI – passará a se chamar Regional Oeste; EVP – passará a se chamar Regional Centro; ELO – passará a se chamar Regional Sul; ENA – passará a se chamar Regional Norte;

Para o dia a dia do consumidor, na prática, serão três mudanças principais: a fatura da conta de luz ganhará um novo layout apresentando mais facilidade na leitura dos dados e transparência das informações, a identificação das Unidades de Consumo (UC) terá o acréscimo de uma letra inicial e um dígito final. Não haverá mudanças nas estruturas físicas e as sedes de cada uma das atuais empresas continuarão funcionando normalmente onde já existem. A Companhia está avaliando os impactos contábeis e fiscais das incorporações e não espera efeitos relevantes sobre os ativos e resultados. - Empréstimos contratados (1) Recebimentos de parcelas do subcréditos - BNDES pelas controladas: Em 26 e 27de Abril de 2017 , foram liberadas parcelas do subcrédito constantes do contrato de empréstimos e financiamentos junto ao BNDES Participações S.A - BNDESPAR, no banco Itaú e Bradesco, referente à 1ª tranche do programa do Acordo de Investimento para as controladas, conforme segue: Controladas

Valor

CFLO EDEVP EMT EMS EBB ETO Total

86 364 11.156 3.107 2.002 5.242 21.957

(2) A controlada indireta Cia Nacional de Energia Elétrica (CNEE) captou R$28.000 em Nota Promissória em uma única série, com vencimento em 09/10/2017. Visando o reforço de capital de giro e redução de custo financeiro. A Nota Promissória tem data de emissão em 11/04/2017 e faz jus a uma remuneração CDI + 1,35% a.a. (3) A controlada indireta Empresa Distribuidora de Energisa Vale do Paranapanema (EDEVP) capitou em 28/04/2017 empréstimos em moeda estrangeira no valor de R$20.000 junto ao Banco BBM S/A, com taxa de juros de 2,76% mais a variação cambial, que será pago em uma única parcela de principal e juros em 30/04/2018.

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Resultados do 1º trimestre de 2017

Relatório dos Auditores Independentes sobre Revisão de Informações Trimestrais

Aos Acionistas, Conselheiros e Administradores da Rede Energia S.A. – Em Recuperação Judicial São Paulo – SP Introdução Revisamos as informações financeiras intermediárias, individuais e consolidadas, da Rede Energia S.A. – Em Recuperação Judicial (“Companhia”) contidas no Formulário de Informações Trimestrais - ITR referente ao trimestre findo em 31 de março de 2017, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de março de 2017 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o período de três meses findo naquela data, incluindo as notas explicativas. A Administração da Companhia é responsável pela elaboração das informações financeiras intermediárias individuais e consolidadas de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 21 - (R1) Demonstração Intermediária, e com a norma internacional IAS 34 - Interim Financial Reporting, emitida pelo International Accounting Standards Board - IASB, assim como pela apresentação dessas informações de forma condizente com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, aplicáveis à elaboração das Informações Trimestrais - ITR. Nossa responsabilidade é a de expressar uma conclusão sobre essas informações financeiras intermediárias com base em nossa revisão. Alcance da revisão Conduzimos nossa revisão de acordo com as normas brasileiras e internacionais de revisão de informações intermediárias (NBC TR 2410 - Revisão de Informações Intermediárias Executada pelo Auditor da Entidade e ISRE 2410 - Review of Interim Financial Information Performed by the Independent Auditor of the Entity, respectivamente). Uma revisão de informações intermediárias consiste na realização de indagações, principalmente às pessoas responsáveis pelos assuntos financeiros e contábeis e na aplicação de procedimentos analíticos e de outros procedimentos de revisão. O alcance de uma revisão é significativamente menor do que o de uma auditoria conduzida de acordo com as normas de auditoria e, consequentemente, não nos permitiu obter segurança de que tomamos conhecimento de todos os assuntos significativos que poderiam ser identificados em uma auditoria. Portanto, não expressamos uma opinião de auditoria. Base para conclusão com ressalva Conforme mencionado na nota explicativa 13 às informações financeiras intermediárias, a controlada indireta Energisa Tocantins - Distribuidora de Energia S.A. possui créditos a receber do Governo do Estado de Tocantins nos montantes de R$ 86.715 mil e R$ 25.395 mil (R$84.848 mil e R$24.834 mil, em 31 de dezembro de 2016), referentes ao programa Reluz Tocantins e ao convênio firmado para a implementação de linhas de transmissão interligando Tocantinópolis a Xambioá, respectivamente. Em função da ausência de análises e documentação que suportem as condições de realização do ativo, não foi possível nos satisfazermos quanto à eventual necessidade de registro de alguma provisão para desvalorização desses ativos. Conclusão com ressalva sobre as informações financeiras intermediárias individuais e consolidadas Com base em nossa revisão, exceto pelos possíveis efeitos do assunto descrito no parágrafo “base para a conclusão com ressalva sobre as informações financeiras intermediárias”, se houver, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que as informações financeiras intermediárias individuais e consolidadas incluídas nas informações trimestrais acima referidas não foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com o CPC 21 (R1) e o IAS 34 aplicáveis à elaboração de Informações Trimestrais - ITR, e apresentadas de forma condizente com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.

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Outros assuntos Demonstrações do valor adicionado Revisamos, também, as demonstrações do valor adicionado (DVA), individual e consolidada, referentes ao período de três meses findo em 31 de março de 2017, preparadas sob a responsabilidade da Administração da Companhia, cuja apresentação nas informações financeiras intermediárias é requerida de acordo com as normas expedidas pela CVM - Comissão de Valores Mobiliários aplicáveis à elaboração de Informações Trimestrais - ITR e considerada informação suplementar pelas IFRS, que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de revisão descritos anteriormente e, com base em nossa revisão, exceto pelos possíveis efeitos do assunto descrito no parágrafo “Base para a conclusão com ressalva sobre as informações financeiras intermediárias correspondentes”, se houver, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que não foram elaboradas, em todos os seus aspectos relevantes, de forma consistente com as informações financeiras intermediárias tomadas em conjunto. Valores correspondentes ao exercício e período anterior Os balanços patrimoniais, individual e consolidado, em 31 de dezembro de 2016, e as demonstrações individuais e consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e do valor adicionado, referentes ao período de três meses findo em 31 de março de 2016, apresentados para fins de comparação foram auditados e revisados por outros auditores independentes, que emitiram relatório de auditoria e relatório de revisão sobre informações financeiras intermediárias em 23 de março de 2017 e 13 de maio de 2016, respectivamente, com ressalva relativa ao assunto mencionado no parágrafo “base para conclusão com ressalva”. Os valores correspondentes relativos às demonstrações do resultado, dos fluxos de caixa e do valor adicionado, referentes ao período de três meses findo em 31 de março de 2016, apresentados para fins de comparação, ajustados e reapresentados em decorrência dos assuntos descritos na nota explicativa 3.2, foram revisados por outros auditores independentes que emitiram um relatório de revisão em 10 de maio de 2017 com uma conclusão com ressalva relativa ao assunto mencionado no parágrafo “base para conclusão com ressalva”.

Rio de Janeiro, 10 de maio de 2017. ERNST & YOUNG Auditores Independentes S.S. CRC - 2SP 015.199/O-6-F-RJ

Roberto Cesar Andrade dos Santos Contador CRC - 1RJ 093.771/O-9

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