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Programa Nacional Conexão Startup Indústria - Squarespace

Este Caderno Especial aborda os resultados da construção do Programa Nacional Conexão Startup Indústria na segunda fase do customer development: o cus...
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Este Caderno Especial aborda os resultados da construção do Programa Nacional Conexão Startup Indústria na segunda fase do customer development: o customer validation

ProgramaNacional Programa Nacional Startup Conexão Conexão Indústria Customer Development

Startup Indústria Customer Validation

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 4 2. O QUE É O CUSTOMER VALIDATION (VALIDAÇÃO PELO CLIENTE)? ............. 5 3. A PROPOSTA DE VALOR DO PROGRAMA NACIONAL CONEXÃO STARTUP INDÚSTRIA..................................................................................................................... 6 4. POR QUE PASSAR PELA ETAPA DE VALIDAÇÃO PELO CLIENTE? ................ 9 5. A ARQUITETURA DO PROGRAMA NACIONAL CONEXÃO STARTUP INDÚSTRIA................................................................................................................... 10 6. ETAPAS PARA A COMPOSIÇÃO DO EDITAL DO PROGRAMA ........................ 15 6.1.

CONSULTA PÚBLICA........................................................................................ 16

6.1.1. METODOLOGIA ................................................................................................ 17 6.1.1.1. Coleta .......................................................................................................... 17 6.1.1.2. Análise ......................................................................................................... 17 6.1.1.2.1. Pré-análise ............................................................................................... 17 6.1.1.2.2. Exploração do material ........................................................................... 17 6.1.1.2.3. Tratamento dos resultados .................................................................... 17 6.1.1.2.4. Elaboração do relato............................................................................... 17 6.1.2. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................ 18 6.1.2.1. Análise Geral .............................................................................................. 18 6.1.2.2. Análise por Critério .................................................................................... 18 6.1.2.2.1. INDÚSTRIA ............................................................................................. 18 6.1.2.2.1.1.

Critério 1 ............................................................................................ 18

6.1.2.2.1.2.

Critério 2 ............................................................................................ 20

6.1.2.2.1.3.

Critério 3 ............................................................................................ 20

6.1.2.2.1.4 .

Critério 4 ............................................................................................ 20

6.1.2.2.1.5 .

Critério 5 ............................................................................................ 21

6.1.2.2.1.6 .

Critério 6 ............................................................................................ 22

6.1.2.2.1.7 .

Contribuições Gerais ........................................................................ 23

6.1.2.2.2. INSTITUIÇÕES DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS ................................................................................................................................... 23

6.1.2.2.2.1.

Critério 1 ............................................................................................ 24

6.1.2.2.2.2.

Critério 2 ............................................................................................ 24

6.1.2.2.2.3.

Critério 3 ............................................................................................ 25

6.1.2.2.2.4.

Critério 4 ............................................................................................ 26

6.1.2.2.2.5.

Critério 5 ............................................................................................ 26

6.1.2.2.2.6.

Critério 6 ............................................................................................ 26

6.1.2.2.2.7.

Critério 7 ............................................................................................ 27

6.1.2.2.2.8.

Critério 8 ............................................................................................ 28

6.1.2.2.2.9.

Contribuições Gerais ....................................................................... 28

6.1.2.2.3.

STARTUPS ............................................................................................ 29

6.1.2.2.3.1. Critério 1 ................................................................................................ 29 6.1.2.2.3.2. Critério 2 ................................................................................................ 30 6.1.2.2.3.3. Critério 3 ................................................................................................ 30 6.1.2.2.3.4. Critério 4 ................................................................................................ 31 6.1.2.2.3.5. Critério 5 ................................................................................................ 31 6.1.2.2.3.6. Critério 6 ................................................................................................ 32 6.1.2.2.3.7. Critério 7 ................................................................................................ 32 6.1.2.2.3.7. Contribuições Gerais ............................................................................ 33 6.1.2.2.3.8. Áreas de Competências ....................................................................... 35 6.2.

LISTA DE CRITÉRIOS INICIAIS PROPOSTOS X LISTA FINAL DE CRITÉRIOS 36

6.3. LANÇAMENTO DO EDITAL DO PROGRAMA NACIONAL CONEXÃO STARTUP INDÚSTRIA ................................................................................................. 48 7. PRÓXIMOS PASSOS ............................................................................................ 53 8. O EDITAL ESTÁ NO AR! ....................................................................................... 54 O Edital Startup Indústria está no ar! Cadastre-se! ................................................ 54

1.

INTRODUÇÃO Este é o sétimo Caderno de Referências do Programa Nacional Conexão Startup

Indústria. As contribuições desta edição foram extraídas a partir do processo de desenvolvimento da arquitetura do Programa, com base nas adaptações realizadas pela Gerência de Inovação(GERIN), da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), para a fase de validação pelo cliente, o Customer Validation, como forma de validar as suposições assumidas a partir da finalização da primeira etapa de levantamento

de

hipóteses

de

problemas

e

soluções

e,

incorporar

as

contribuições/sugestões que fazem sentido para o público-alvo do Programa: startups, indústrias, instituições de apoio ao desenvolvimento de negócios e governo. Este Caderno tem o objetivo de apresentar os resultados e os aprendizados obtidos na utilização da metodologia do Customer Development para a criação do modelo do Programa Nacional de Conexão Startup e Indústria, na fase do Customer Validation. Este caderno apresenta ainda o lançamento do Edital do Programa Nacional Conexão Startup Indústria e os próximos passos. Boa leitura!

2.

O QUE É O CUSTOMER VALIDATION (VALIDAÇÃO PELO CLIENTE)?

A validação do cliente é a segunda etapa do Customer Development, com a primeira etapa sendo o Customer Discovery. O Customer Development, desenvolvido pelo empreendedor e acadêmico Steven Blank, preconiza a elaboração de modelos de negócios voltados à necessidade real do cliente, diminuindo o risco do produto não ser aceito no mercado. O Caderno de Referências Especial, do programa Nacional Conexão Startup Indústria, que aborda a primeira fase do Customer Development, o Customer Discovery (disponível aqui: https://goo.gl/PkCqrP) apresenta uma visão teórica da metodologia do Customer Development, no capítulo 3, bem como a forma de utilização da metodologia pela Gerência de Inovação (GERIN), da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), na construção do Programa (o que foi e o que não foi feito). Neste Caderno pretende-se mostrar o desenvolvimento do modelo de lançamento do Programa Nacional Conexão Startup Indústria. Identificar um modelo de negócio sustentável é um passo crítico na vida de qualquer empresa, e por vezes muito difícil para startups. O processo de "validação pelos clientes" descrito por Steven Blank em seu livro, Os Quatro Passos para a Epifania, oferece às startups uma maneira de desenvolver as idéias e técnicas necessárias para projetar seu modelo de negócios usando como pano de fundo o modelo de Alexander Osterwalder, o Business Model Canvas1. A Gerência de Inovação, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), adaptou as ideias de Blank para a fase de validação pelo cliente, como forma de validar as suposições assumidas a partir da finalização da primeira etapa de levantamento de hipóteses de problemas e soluções e traduzir essas validações em um modelo viável, escalável e inovador na arquitetura do Programa Nacional Conexão Startup Indústria.

1

O Business Model Canvas é um modelo de gerenciamento estratégico e de lean startups para o desenvolvimento de modelos de negócios. É um gráfico visual com elementos que descrevem a proposta de valor de uma empresa ou produto, infraestrutura, clientes e finanças, criado pelo suíço Alexander Osterwalder.

3.

A PROPOSTA DE VALOR DO PROGRAMA NACIONAL CONEXÃO STARTUP INDÚSTRIA

A ABDI atua diretamente com as agendas estratégicas setoriais da indústria brasileira voltadas para a produtividade e inovação. Em seu modelo de atuação estão o ciclo de políticas públicas e ações pontuais para a solução de problemas de competitividade, produtividade e inovação na indústria. Com os índices de inovação em grande queda e a perda de competitividade da indústria brasileira, nos últimos anos, percebeu-se a necessidade da criação de instrumentos mais ágeis, eficazes e eficientes que pudessem impulsionar a inovação industrial e levar o Brasil à retomada do crescimento econômico e confiança no ambiente de negócios. Mudanças estruturais na indústria exigem tempo e um grande volume de investimento. Porém, a velocidade exigida pelo cliente final é cada vez mais urgente e a indústria tem dificuldade em se adaptar à nova realidade, repleta de incertezas. Com a abertura de mercados, principalmente o asiático com um enorme poder de arraste da economia, a concorrência fica mais acirrada, principalmente na indústria de hardware. No século XX, inovações eram uma forma de manutenção de market share de empresas líderes. Era comum, o que se chama de sensação de monopólio, em que uma indústria, ao lançar uma inovação usufrui de uma sensação de não concorrência, podendo exercer preços maiores. Porém, com a diminuição de ciclo de vida dos produtos (por consequência da mudança comportamental do consumidor) somada ao aumento da concorrência, o tempo e a margem da sensação de monopólio de inovações diminuiu. O preço no lançamento, antes muito maior que os custos, hoje é rapidamente achatado, exigindo das indústrias extrema atenção ao aumento da sua eficiência. Como resposta, indústrias como a Apple, identificaram a oportunidade de agregar uma camada de serviço e de inteligência à produção do hardware. De forma que se institucionalizam as baixas margens de valor agregado aos hardwares e se exige um novo modelo de negócio baseado em serviços e inovação recorrente. Indústrias que dependem dos hardwares para sobrevivência estão em busca de implantar um novo conceito ainda em discussão: a digitalização, a indústria 4.0, ou melhor, a nova indústria, que começa a se organizar e coloca os avanços digitais a serviço da produtividade.

Os Estados Unidos que, nas décadas de 80 e 90, transferiram parte de suas indústrias para a Ásia em busca de mão-de-obra barata, após as oscilações da economia com a crise de 2008, reavaliaram a importância de se ter uma indústria consistente e competitiva como lastro para a economia sustentável baseada na geração de empregos, no incentivo à inovação e à produtividade. Hoje, os EUA estão trazendo suas fábricas de volta. É a transformação digital, ou Digitalização. Não só nos EUA, mas mesmo em países como a Alemanha que manteve uma indústria de transformação pujante, também tem dedicado muita atenção a sua indústria para mantê-la competitiva e inovadora, numa busca incessante pela produtividade. Houve um despertar generalizado. Inglaterra, China e Japão também buscam uma indústria mais competitiva. Ao implantar a digitalização na linha de produção, a indústria pode reduzir seus gastos, aumentar a eficiência e ter mais flexibilidade na adaptação de novos produtos. Indústrias mais atualizadas com o crescimento acelerado do desenvolvimento tecnológico já entendem que precisam buscar novos modelos de negócios (serviços e inteligência) e que necessitam compreender profundamente seu consumidor (por exemplo, por meio de big data e analytics). A indústria brasileira tem enfrentado obstáculos importantes e sua representatividade no PIB vem caindo ao longo dos anos. Portanto, é inegável que a indústria nacional precisa se modernizar para que seja mais competitiva e se torne mais relevante e atuante nos mercados internacionais. A digitalização é uma alavanca para alcançar esse patamar sustentável de produtividade e competitividade, pois viabiliza a criação de novos modelos de negócio e provoca mudanças nos mercados e nas estratégias das empresas. A ABDI considera que a parceria entre startups e indústria podem contribuir para a inovação no Brasil. Startups podem ser a ponte para ajudar as indústrias a buscar novos negócios e a criar novos produtos e resolver problemas processuais de forma mais inovadora. A indústria oferece às startups o que elas mais precisam: acesso ao mercado e co-desenvolvimento. Um exemplo da importância desse tema é a publicação de dois estudos (Winning Together https://goo.gl/M6HNK8 e Scalling Together https://goo.gl/oPBZ9o) pelo think tank britânico Nesta Diante disso, fica clara a importância da conexão entre startups e indústrias: enquanto a indústria foca no aumento da eficiência com processos de digitalização, as startups, com seu DNA digital, têm a agilidade, a velocidade, linguagem e metodologias

necessárias para compreender esse novo consumidor e gerar novos modelos de negócios para a indústria brasileira ou aumentar sua eficiência no processo produtivo. Considerando o Customer Development, é sabido que o objetivo de uma startup é transformar uma visão de produto, uma ideia, em algo palpável e consumível por um determinado mercado, resolvendo assim um problema ou demanda real. Para alcançar esse objetivo a startup nasce de uma ideia, se transforma em uma startup, desenvolve uma série de MVPs, o Mínimo Produto Viável 2, que é a versão mais simples de um produto que pode ser lançada com uma quantidade mínima de esforço e desenvolvimento, para identificar problema - cliente; problema - solução e validar hipóteses. Diante do grande desafio de formular uma política ágil, eficiente e eficaz para buscar alternativas frente ao cenário da inovação no Brasil, a ABDI em um grande esforço orquestrado entre as instâncias públicas e privadas, concebeu o Programa Nacional Conexão Startup Indústria, que tem sua proposta de valor validada ao longo das duas etapas do Customer Development. ● Fomentar o desenvolvimento tecnológico da indústria nacional, por meio da inovação; ● Elevar a competitividade da indústria nacional por meio da alavancagem da inovação; ● Prover subsídios para a formulação de políticas públicas; ● Mapear demandas industriais; ● Fomentar o ambiente de aprendizado para a eficaz aproximação entre indústrias e startups, por meio do codesenvolvimento de soluções tecnológicas, com foco em negócios; ● Engajar indústrias para o codesenvolvimento de soluções digitais inovadoras com startups; ● Mapear startups e suas competências; ● Realizar matchmaking entre demandas das indústrias, competências de startups, gerando assim o codesenvolvimento de soluções tecnológicas.

2

(MVP, do Inglês Minimum Viable Product) - que pode ser explicado pela decomposição dos termos: Minimum: o menor tamanho possível, que possa ser entregue no menor tempo possível. Viable: uma proposição de valor importante o suficiente para que seu principal cliente adote esse produto, se possível gerando receita. Product: funcionalidades encaixadas em uma entrega que se assemelhe a um produto coeso e útil. Disponível em: goo.gl/H1tlE4

4.

POR QUE PASSAR PELA ETAPA DE VALIDAÇÃO PELO CLIENTE?

O objetivo do processo de validação pelo cliente, no âmbito do programa Nacional Conexão Startup foi validar a arquitetura do Programa e os pressupostos que sustentam esse modelo de atuação. Em outras palavras, a validação pelo cliente foi uma etapa crítica que precisava ser realizada antes do lançamento do edital do Programa para testar a implementação da arquitetura junto ao maior público possível. Em seu livro, Blank descreve a validação pelo cliente como um "método que permite o desenvolvimento de um processo de validação previsível" e sugere que não se deve escalar o modelo de negócios até que se tenha desenvolvido uma sólida compreensão do modelo capaz de ser repetível. A natureza e a importância da validação pelo cliente sugerem fortemente que esta é uma ação que deve envolver a alta administração da empresa. A etapa de validação pelo cliente foi adaptada à realidade de atuação da ABDI para a construção da arquitetura do Programa e em um grande esforço orquestrado envolveu diretamente os níveis de gerência e diretoria da Agência. O modelo foi testado internamente, exaustivamente, primeiramente e logo foram disponibilizadas a primeira e segunda versão de validação no website do Programa: www.conexaostartupindustria.com.br encaminhada a segunda versão (versão utilizada para a finalização do Edital) à Consulta Pública, realizada pela Gerência de Inovação no período de 15 a 23 de fevereiro de 2017. A Consulta Pública será explorada em detalhes no capítulo XX deste Caderno de Referências. Os modelos disponibilizados no website do programa, são os das figuras X e Y, do próximo capítulo e, testaram a validação pelo cliente com uma ferramenta que permitiu o que foi chamado de “pré-inscrição” servindo como um termômetro de interesse e de aceitação do modelo proposto. Foram contabilizadas 142 (cento e quarenta e duas) pré-inscrições de startups e 18 (dezoito) de indústrias dispostas a apresentarem desafios tecnológicos ao Programa. As pré-inscrições ocorreram no período entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017. Além de centenas de e-mails que auxiliaram no processo de validação e composição do modelo atual. Todos os contatos realizados com a Gerência de Inovação foram devidamente tratados e respondidos e, todos esses contatos receberam o alerta de “tá valendo” para o lançamento do Edital.

5.

A ARQUITETURA DO PROGRAMA NACIONAL CONEXÃO STARTUP INDÚSTRIA

A partir do seu lançamento no dia 2 de dezembro de 2016, em reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação3 promovido pela Confederação Nacional da Indústria, o Programa entrou em um novo ciclo: o customer validation, onde se dará a fase de implementação de um modelo, com o desenvolvimento de um piloto, que foi exposto a diferentes frentes para teste e validação pelo cliente, ou seja o público-alvo do Programa. Na etapa do Customer Discovery foram concebidos diferentes MVPs do Programa que foram concebidos à medida que cada etapa evoluía em volume de informações e de interações. No Caderno Especial sobre o Customer Discovery é possível encontrar todos os modelos dos MVPs concebidos. O Caderno Especial está disponível aqui: https://goo.gl/PkCqrP

O modelo abaixo é a primeira versão apresentada em interações com diferentes players e a partir das validações obtidas do Customer Discovery. Nesta versão há o posicionamento claro da proposta de valor do Programa Nacional Conexão Startup Indústria, porém ainda abrangendo as ações preparatórias para a realização de um ciclo completo das etapas do Programa, que compreendem gestões junto aos ecossistemas-alvo: educação para a indústria e fortalecimento de atividades para startups que possam atender os desafios tecnológicos da indústria.

3

Para mais detalhes sobre a MEI ver https://goo.gl/xKRsjE

Figura 1. Versão I Customer Validation

Fonte: Gerência de Inovação, ABDI

A figura abaixo mostra a arquitetura do Programa Nacional Conexão Startup Indústria em uma versão mais atualizada, que é versão utilizada para a preparação do edital de lançamento para seleção de indústrias, startups e instituições de apoio ao desenvolvimento de negócios. Esta versão é focada na engrenagem do Programa, descartando as ações de mobilização e fortalecimento dos ecossistemas, pois não podem ser incorporadas como “etapas” do Programa, mas sim como um processo do Customer Discovery.. A versão atual do Programa concentra sua proposta de valor na geração da inovação como fator determinante de competitividade para a indústria nacional, resultado de um gigantesco esforço de articulação da ABDI, entre players antes desconectados e até isolados, que agora se juntam em um grande pacto pró-inovação. E o próprio benchmark de boas práticas, técnicas e metodologias, por meio do registro do grande volume de informações coletadas ao longo do processo, é aqui adicionado para a composição de agendas estratégicas replicáveis para impulsionar o tradicional ciclo de políticas públicas.

Figura 2. Arquitetura Programa Conexão Startup Indústria

Fonte: Gerência de Inovação, ABDI.

A arquitetura do Programa Nacional Conexão Startup Indústria visa à promoção de um ambiente de conexão entre startups e indústrias para aumentar a competitividade e a inovação da indústria nacional. Os resultados dessas interações serão utilizados como fundamento para criação de novas políticas públicas de fomento à inovação. Objetivos específicos do Programa ● Mapear e realizar matching4 entre demandas de indústrias, competências de startups e know how de instituições; ● Fomentar ambiente de aprendizado do processo de co-desenvolvimento para indústrias e startups; ● Engajar indústrias a codesenvolverem soluções inovadoras com startups e realizar negócios por meio da aquisição de pilotos. ● Consolidar informações de boas práticas das conexões realizadas no âmbito do Programa para subsidiar a formulação de políticas públicas pró-inovação. 4

Correspondência entre demanda industrial, competências e perfis de startups e interesse e capacidade de assitir ao desenvolvimento do desafio a ser trabalhado, pelas instituições de apoio ao desenvolvimento de negócios.

A ABDI, em parceria com instituições de fomento, desenvolvimento tecnológico, inovação e novos negócios, apoiará financeiramente a construção das soluções pelas startups para as demandas da indústria. O Programa está dividido em seis etapas:      

Etapa 1: Cadastro e seleção de Indústrias, Startups e Instituições de Apoio ao desenvolvimento de negócios; Etapa 2: Definição dos grupos de trabalho (matchmaking); Etapa 3: Prova de Conceito; Etapa 4: Rodada de Negócios; Etapa 5: Piloto; Etapa 6: Agenda de estratégias e iniciativas de apoio à inovação.

Etapa 1: Cadastro e seleção de Indústrias, Startups e Instituições O objetivo desta etapa é cadastrar e selecionar indústrias, startups e instituições de apoio ao desenvolvimento de negócios (ex. aceleradoras), que tenham capacidade e interesse para desenvolverem uma solução conjunta. A seleção ocorrerá por meio de banca avaliadora e de acordo com critérios estabelecidos, objeto da consulta pública. Etapa 2: Definição dos grupos de trabalho (matchmaking) O objetivo desta etapa é mediar a composição de arranjos entre indústrias, startups e instituições de apoio. Para tanto, serão identificadas as demandas das indústrias, as competências das startups e as estratégias das instituições de apoio ao desenvolvimento. A ABDI e parceiros, por meio do Programa, organizarão eventos de matchmaking para facilitar a interação entre os players. Em cada arranjo, entre as partes, será definido um plano de trabalho com prazos e responsabilidades. Etapa 3: Prova de Conceito O objetivo desta etapa é o desenvolvimento de soluções funcionais (prova de conceito) pelas startups, com apoio do grupo de trabalho, que serão testadas pelas indústrias participantes sob a ótica dos desafios que devem ser superados. As indústrias comprometem-se a compartilhar informações e colaborar para o desenvolvimento da prova de conceito pelas startups. As instituições de apoio ao desenvolvimento de negócios, além do aporte financeiro,

ficam responsáveis pelo acompanhamento do desenvolvimento das soluções por meio da aplicação de metodologias e indicadores. As startups comprometem-se a desenvolver e entregar as soluções referentes à demanda da indústria respeitando o acordo entre as partes. Etapa 4 - Rodada de Negócios O objetivo desta etapa é a escolha pela indústria, dentre as provas de conceito apresentadas pelas startups, aquela que apresenta maior contribuição para o seu negócio. O programa propiciará ambientes qualificados de interação para garantir a eficácia da negociação. As condições de aquisição serão negociadas entre as partes envolvidas. Etapa 5 - Piloto O objetivo desta etapa é o desenvolvimento e entrega dos Pilotos pelas startups e aquisição pelas indústrias. As indústrias comprometem-se a compartilhar informações e colaborar para o desenvolvimento da prova de conceito pelas startups, além de adquirir o piloto nas condições previstas. As instituições de apoio, além do aporte financeiro, ficam responsáveis pelo acompanhamento do desenvolvimento das soluções através da aplicação de metodologias e indicadores. As startups comprometem-se a desenvolver e entregar os Pilotos referentes à demanda da indústria respeitando o acordo entre as partes. Etapa 6: Agenda de estratégias e iniciativas de apoio à inovação. As informações geradas a partir da relação entre indústrias, startups e instituições de apoio ao desenvolvimento de negócios, no âmbito do Programa Nacional Conexão Startup Indústria, serão compiladas, analisadas e publicadas pela ABDI para dar suporte à formulação de políticas públicas pró-inovação e competitividade da indústria brasileira, bem como gerar base de dados robusta de metodologias, técnicas, boas práticas, benchmarking e referência para iniciativas públicas e privadas de apoio à inovação e novos negócios, bem como auxiliar a melhora da eficiência dos processos públicos.

6.

ETAPAS PARA A COMPOSIÇÃO DO EDITAL DO PROGRAMA

Após a etapa de validação pelo cliente ocorreu a concepção da arquitetura do Programa Nacional Conexão Startup Indústria, teve início a fase de construção do edital de lançamento do Programa para a seleção de indústrias, startups e instituições de apoio ao desenvolvimento de negócios. A construção do edital enfrentou diversos desafios dentro da própria ABDI, por se tratar de um modelo de atuação, que por si só é inovador dentro do ambiente tradicional de formulação de políticas públicas.

As metodologias tradicionais adotadas pela ABDI, principalmente o PMBOK (Project Management Base of Knowledgment), que é um guia de boas práticas, contendo diversos processos e ferramentas úteis na gestão de projetos, são utilizadas também no processo de formulação de ações, políticas e programas, quando há um ambiente de certeza das diretrizes a serem tomadas. Essas metodologias tradicionais de gestão de projetos demandam um alto grau de conhecimento e uma intensa fase de planejamento. A solução encontrada para trabalhar com máximo de eficiência de recursos financeiros, econômicos e humanos, dentro do menor tempo possível, com grande nível de incerteza, foi a adoção de metodologias ágeis para a formulação de políticas públicas, gestão de projetos e organização do trabalho, em um ritmo acelerado de aprendizado. As metodologias ágeis, abordadas em todos os Cadernos de Referência, da Gerência de Inovação, da ABDI, também foram aplicadas na etapa de validação e construção da arquitetura de lançamento do Programa e construção do edital.

6.1.

CONSULTA PÚBLICA

As Consultas Públicas da ABDI têm como finalidade tornar mais transparentes os processos de contratação e garantir as melhores condições/exigências possíveis e existentes no mercado para a execução eficiente do objeto a ser contratado, por meio de questionamentos, esclarecimentos, cotações de preços e sugestões. A Consulta Pública no âmbito do Programa Nacional Conexão Startup Indústria serviu como uma das etapas do Customer Validation. A ABDI realizou Consulta Pública para a definição dos CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE STARTUPS, INDÚSTRIAS E INSTITUIÇÕES DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS, que constam no Edital do Concurso do programa Nacional Conexão Startup Indústria publicado em 16 de março de 2017. A Consulta Pública aconteceu entre os dias 15 de fevereiro de 2017 e 22 de fevereiro de 2017. As contribuições podiam ser encaminhadas para o e-mail: [email protected]. Ao final desta data, foi realizada Audiência Pública, no dia 23 de fevereiro de 2017, em dois períodos: de 9h às 12h30 para os critérios relacionados à seleção de indústrias e instituições de apoio ao desenvolvimento de negócios; e de 14h30 às 18h para os critérios relacionados à seleção de startups. A Audiência Pública aconteceu na sede da ABDI, na SCN Quadra 1, Bloco D, Ed. Vega Luxury Design Offices, Torre Empresarial A, auditório do 2º andar, Asa Norte, Brasília– DF CEP 70.711-040. Aconteceu, ainda, a participação on-line, cujo link para participação esteve disponível na página da ABDI e nas redes sociais do Programa. No início de cada período, antes das discussões dos critérios, o modelo do Programa foi disponibilizado e explicado detalhadamente, pela Gerente de Inovação, Elisa Carlos, para o público presente e online, e foi submetido às dúvidas, comentários sugestões de todos os participantes. A ABDI elencou uma série de sugestões de critérios para dar início aos debates, meramente ilustrativa, que puderam ser acessadas nos links na página da ABDI. Foi também disponibilizado um documento-resumo do Programa Nacional Conexão Startup Indústria para subsidiar as participações.

6.1.1. METODOLOGIA 6.1.1.1. Coleta Os dados utilizados na análise foram coletados durante a Consulta Pública nº 001/2017 realizada pela ABDI, entre os dias 15 e 23 de fevereiro de 2017, sendo o dia 23, a realização da Audiência Pública, ocorrida em Brasília, mas com possibilidade de participação on line. As contribuições recebidas foram via arquivos de texto e mensagens pelo e-mail [email protected], mensagens de chat on line e áudios. 6.1.1.2. Análise O processo de análise das contribuições recebidas foi estruturado em quatro etapas: pré-análise, exploração do material, tratamento dos resultados e elaboração deste relato. 6.1.1.2.1. Pré-análise Leitura exaustiva dos e-mails e textos resultantes das contribuições online. transcrição dos áudios da Audiência Pública.

6.1.1.2.2. Exploração do material Por meio da análise de conteúdo, as contribuições foram catalogadas e categorizadas.

6.1.1.2.3. Tratamento dos resultados Montagem da matriz de análise de dados, com oobjetivo de identificar e realçar os padrões e semelhanças entre as contribuições.

6.1.1.2.4. Elaboração do relato Elaboração e desenvolvimento do relato com abordagem das contribuições por

cada critério apresentado como sugestão de discussão.

6.1.2. RESULTADOS E DISCUSSÕES 6.1.2.1. Análise Geral

Quando classificamos os players por atividade é possível observar que a maior parte das contribuições vieram de entidades setoriais e startups com 22% e 21%, respectivamente. Elas foram seguidas pelas instituições de pesquisa com 18% e pelas instituições de apoio com 12%. A classificação dos players pode ser observada no Gráfico 1 abaixo: Gráfico 1: Classificação dos Players

6.1.2.2. Análise por Critério 6.1.2.2.1. INDÚSTRIA 6.1.2.2.1.1.

Critério 1

Existência de processos e/ou área de Iniciativas estruturadas de inovação inovação ou de interação com startups

que caracterizam a capacidade da organização em realizar projetos de desenvolvimento

de

soluções

tecnológicas

Para o critério, a maioria das manifestações referem-se ao bloco dos três primeiros critérios, que podem ser lidos como experiências prévias da indústria com startups. Uma parte dessas manifestações questionou qual seria o papel das instituições de apoio dadas as experiências das indústrias com startups.. As demais apontam para a possibilidade de restrição das indústrias que irão participar do Programa. A partir disso, foram dadas algumas sugestões no sentido de alterar o texto dividir a seleção. A alteração textual do critério 1 foi sugerida conforme descrito abaixo: “O Item 1 pode ser alterado com adaptação/criação de processos de “boas práticas” de relacionamento e um método de implantação de soluções de startups que deverá ser desenvolvido e seguido.” Algumas manifestações foram no sentido de que o objetivo do Programa deveria ser o de selecionar indústrias que ainda não possuem iniciativas de inovação e de relação com startups. Para as indústrias que já possuem essas iniciativas, o papel da ABDI deveria ser o de reforçá-las, neste sentido algumas sugestões foram para separar a seleção em dois grupos, um grupo de indústrias que possuem experiências prévias com startups, e outro que não possuísse essa experiência. Ocorreram algumas sugestões de pequenas alterações do texto da descrição do critério, que se resumem no sentido da retirada da palavra “tecnológicas” e substituí-la pela palavra “inovadoras”. Foi também debatida a questão da necessidade de comprovação do que é solicitado, não apenas no critério 1, mas também nos critérios 4 e 6.

6.1.2.2.1.2.

Critério 2

Projetos anteriores com startups

Iniciativas de trabalho com startups

A maioria das manifestações foram no sentido de que este critério seria limitante para a entrada de indústrias no programa. Algumas manifestações foram no sentido de o critério é desejável, no entanto, não deveria ser um critério eliminatório, mas sim uma forma de obtenção de uma pontuação maior na seleção de indústrias que tivessem desenvolvido projetos com startups. A questão foi abordada também de outra maneira por alguns participantes: que experiências com projetos de pesquisa e desenvolvimento concluídos ou em andamento, deveriam contar como uma pontuação neste critério ou em um critério similar, a ser criado.

6.1.2.2.1.3.

Critério 3

Aquisição de produtos e ou serviços de Aquisições de soluções com startups startups

A maioria das manifestações relacionadas a este critério, na verdade se referem ao bloco de critérios 1,2 e 3. As discussões giraram em torno da retirada do critério, por ser considerado limitante para participação de indústrias no Programa. A ampliação do critério foi proposta, no sentido de que o critério não deve se restringir a aquisição, uma vez que as empresas podem estar em fase de prova de conceito com startups.

6.1.2.2.1.4 . Capacidade

de

Critério 4

cumprimento

contrapartidas não financeiras

de Demonstrativo

da

existência

de

condições materiais e de infraestrutura,

tais

como,

área

física,

recursos

humanos, máquinas, equipamentos e materiais consumíveis disponíveis para a execução do projeto

Algumas contribuições para o critério 4 giraram em torno da palavra “Capacidade”, então foi feita a proposta para substituí-la pela palavra “Compromisso”. Algumas discussões avaliaram que a interpretação do critério insinuava que a startup ficaria incubada na indústria. Aconteceu uma discussão relevante no sentido de se solicitar o envolvimento e engajamento formal de executivos da área de inovação no codesenvolvimento de uma solução para garantir o melhor aproveitamento dos recursos do programa e alcançar melhores resultados.

6.1.2.2.1.5 .

Critério 5

Impacto do projeto na empresa

a)

Quais

os

potenciais

internos do projeto na empresa;

impactos

b) Quais oportunidades podem ser identificadas no mercado: tamanho, demanda,

etc,

que

justifiquem

as

demandas a serem atendidas pelo Programa.

A maioria absoluta das manifestações sobre esse critério aponta que o critério deve ser excluído ou reformulado para contemplar a possibilidade de propostas de soluções disruptivas pelas startups, que as demandas possam extrapolar a zona de conforto das indústrias e que as startups não sejam vistas como fornecedoras de demandas específicas e pré-estabelecidas, como encomenda de produtos, que as indústrias deveriam ser orientadas quando da formulação de suas demandas, para consideraram um certo nível de abstração. Foi sugerido também que a seleção de demandas da indústria fosse orientada para a mudança disruptiva em processos internos, mas também em produtos.

6.1.2.2.1.6 . Possuir

equipe

de

Critério 6 suporte

às Existência

atividades de desenvolvimento

de

equipe

de

acompanhamento

disponível

para

atuação

em

Programa,

todas as ou

implementação,

seja,

etapas

do

concepção, negociação,

monitoramento e avaliação do projeto;

As manifestações sobre este critério apontaram a necessidade de mentores das indústrias para o codesenvolvimento de um projeto com startups. Foi acrescentada porém, a importância da formação, capacitação e preparação de profissionais das indústrias para a execução da mentoria.

A questão da mentoria de profissionais das indústrias para as startups apareceu diversas vezes em sugestões relativas a outros critérios e nas sugestões gerais. De uma maneira geral os comentários sobre mentoria eram seguidos de uma certa preocupação sobre o engajamento das indústrias no processo de codesenvolvimento da solução com as startups. Várias sugestões apareceram no sentido de que é necessária a indicação, pela indústria, de um facilitador/interlocutor, de preferência com conhecimento e experiência da indústria o do segmento da demanda tecnológica.

6.1.2.2.1.7 .

Contribuições Gerais

Algumas manifestações sugeriram a possibilidade de aporte financeiro da indústria para as startups como uma forma de garantir o engajamento. Ou ainda demandar das indústrias alguma contrapartida financeira para o projeto, como forma de garantir o comprometimento. Outras sugestão foi no sentido de incluir critério de não-exclusividade da solução, poderia haver um período de não comercialização, mas posteriormente a solução poderia ser replicável a outras indústrias do mesmo segmento. Foi sugerido então que a indústria deveria desenvolver projetos para o adensamento da sua cadeia produtiva. Foi sugerida que a participação das indústrias fosse vinculada ao perfil de faturamento/porte, dotada de planta produtiva instalada em território nacional, em segmentos estratégicos ou em conformidade com a estratégia de desenvolvimento nacional, com abrangência nacional, com diversidade de negócios, possuir centros de ou institutos tecnológicos ou áreas de P&D, possuir plano estratégico na área das tecnologias da informação, com foco em novas tecnologias.

6.1.2.2.2.

INSTITUIÇÕES DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO DE

NEGÓCIOS

6.1.2.2.2.1.

Critério 1

Expertise em processos de apoio ao Expertise em processos de apoio ao desenvolvimento de empresas com desenvolvimento de startups/empresas produtos que combinem HW, SW e focadas em Produtos que combinam serviços

hardware, dados e serviços digitais, destinados

a

consumidores

e

empresas (incluindo gerenciamento da cadeia de fornecedores, certificação, gestão fiscal e PI)

Algumas

manifestações

foram

no

sentido

de

que

a

experiência

no

desenvolvimento de hardware e software deve estar presente também na indústria interessada em participar, e não somente nas instituições de apoio ao desenvolvimento de negócios. Foram recebidas várias manifestações no sentido de que as instituições de apoio podem contribuir significativamente para o Programa, tanto fornecendo expertise em negócios desenvolvidos, quanto nas áreas de internacionalização, apoio jurídico, parcerias com outros programas, colocar à disposição mentores e conselheiros, e no processo de desenvolvimento de HW, SW e serviços. Foi sugerida a inclusão nesse critério a gestão de desenvolvimento tecnológico, conhecimento no desenvolvimento de tecnologias, capacidade de agregar tecnologias à solução, estrutura para a prototipagem, apoio em qualificação, certificação e a previsão de parcerias para o desenvolvimento e a relevância de possuir equipe própria, metodologia e rede de contatos e parceiros sólida de forma que promova os serviços necessários para alavancagem do negócio e da solução, incluindo produtos físicos.

6.1.2.2.2.2.

Critério 2

Quadro de mentores que tenham Quadro experiência de trabalho na indústria

de

mentores

que

tenham

experiência profissional no setor industrial

A maioria das manifestações relativas ao critério 2 são no sentido de ampliar o escopo do critério para a inclusão de mentores que tenham experiência não somente em aceleração ou desenvolvimento de startups, mas também outras expertises que não apenas o setor industrial, como uma visão multidisciplinar. Foi sugerida a a inclusão de especialistas e não apenas mentores a esse critério. Foi acrescentada também a relevância de acrescentar ao critério a experiência no desenvolvimento de produtos e transferência tecnológica para a indústria e que seja relacionada ao setor industrial específico do projeto, por exemplo, energia, comunicações, etc.

6.1.2.2.2.3.

Critério 3

Casos de projetos com indústrias

Cases de projetos focados em soluções para ambiente industrial. A instituição de apoio ao desenvolvimento de negócios deve

demonstrar

portfólio

de

startups/empresas que realizaram projetos, cujos clientes sejam indústrias.

Várias manifestações sugeriram que a instituição de apoio ao desenvolvimento de negócios deve demonstrar portfólio de startups/empresas que realizaram projetos, cujos clientes sejam direta ou indiretamente, indústrias. Inclusive acrescentar a importância da comprovação de experiência na execução de programas de fomento à colaboração entre indústria e startups, como fator eliminatório. Um grande volume de sugestões acrescenta a necessidade de um método de acompanhamento de startups com foco em B2B, rede parceiros no setor industrial, necessidade de se ter um portfólio de startups com foco B2B, que possua em sua rede de colaboração, mentores mentoria da indústria e fundos de investimento com foco em B2B.

6.1.2.2.2.4.

Critério 4

Capacidade financeira para aporte de Capacidade de aportar recursos financeiros recursos

definidos nesta chamada pública (próprios ou de terceiros)

As sugestões foram para a definição de valores mínimos e máximos de aporte e que fosse levado em consideração o aporte econômico na composição do aporte total, como equipe, espaço físico, treinamentos etc.

6.1.2.2.2.5.

Critério 5

Tempo de existência

Quantidade de meses de existência

As sugestões foram no sentido de que as entidades deveriam comprovar, no mínimo, 3 (três) anos de existência.

6.1.2.2.2.6. Empresas desenvolvidos

com

Critério 6 negócios Número

de

empresas

com

projetos/negócios

Foi questionada a falta de clareza do critério, no sentido de como seria a ferramenta de mensuração, se seria por comparação ou em relação a algum referencial. Várias manifestações sugeriram o uso de métricas ou índices para essa análise, como um taxa de sucesso, total de startups graduadas versus total de startups atendidas. Ou ainda um índice mínimo de quantas startups receberam investimento e quantas passaram a gerar um determinado volume de receitas. As discussões foram no sentido de que o critério deveria provar a qualidade e eficácia do método de aceleração.

Algumas manifestações discordaram do critério totalmente, sob a alegação de que iniciativas de colaboração entre startups e indústrias no Brasil ainda são muito recentes, que não há estoque significativo no país de casos de colaboração com resultado comercial significativo no Brasil, que as interações entre startups e indústria ainda são massivamente experimentais.

6.1.2.2.2.7.

Critério 7

Abrangência das chamadas

Quantidade de inscritos nas suas chamadas

Este critério foi bastante debatido, principalmente no que se refere à relação qualidade x quantidade. Que se deveria considerar mais a efetividade das startups apoiadas do que a quantidade de inscritos nas chamadas. Algumas manifestações sugeriram a exclusão do critério, uma vez que a entidade pode ter capacitação para o apoio proposto, porém, não ter aberto chamadas até o momento, o que não implica em inabilitação para o Programa. Ademais, a quantidade de inscritos não significa qualidade da atividade desenvolvida, vez que a quantidade está condicionada a uma série de outras variáveis, tais como o tamanho do setor, grau de solidez do mercado no Brasil, área de atuação das empresas etc. Vale ressaltar algumas manifestações que indicaram que o número de inscrições não é relevante e sugerem que o indicador de abrangência seja relacionado à rede de contatos e parcerias com entidades e associações de startups. Ou ainda que as instituições demonstrem os meios para inscrição de empresas em seus programas de apoio. A discussão neste sentido teve alguns contrapontos, um deles foi no sentido de que algumas instituições de apoio não realizam chamadas, mas recebem diversos projetos para serem avaliados. Outro contraponto apontou que hoje existem muitas chamadas e hackatons que geram um grande volume de inscritos, mas que não possuem qualificação técnica, que deveria haver uma avaliação qualitativa dos inscritos, caracterizando seus perfis, inclusive avaliando melhor instituições de apoio que possuíssem candidatos com protótipos ou MVPs já desenvolvidos em detrimento a

programas com somente ideações, como hackatons.

6.1.2.2.2.8. Projetos e parcerias

Critério 8 Número de projetos em parcerias com outras instituições do ecossistema

A maioria das manifestações se preocuparam em analisar a amplitude do que será considerado como projetos e parcerias. As sugestões ressaltaram a importância de que sejam consideradas parcerias com instituições públicas, privadas, universidades, empresas, fundações, associações, desde que visem o desenvolvimento e a ampliação das atividades inovativas ou o aumento da competitividade do setor em âmbito nacional, regional ou local. Alguns comentários foram no sentido de se avaliar a qualidade e o sucesso dessas parcerias, que essas experiências não acontecem apenas em projetos conjuntos, mas também e principalmente por meio da experiência da equipe principal da instituição de apoio ao desenvolvimento de negócios na atuação em grandes empresas, que essa experiência associada à experiência em trabalhar com startups seria um indicador com nota máxima para este item.

6.1.2.2.2.9.

Contribuições Gerais

É importante ressaltar que diversos comentários e manifestações demonstraram uma grande preocupação na definição de Instituições de Apoio ao Desenvolvimento de Negócios, para que não ficasse caracterizado apenas como aceleradoras. Foram feitas diversas sugestões de se contemplar no Edital um glossário com definições e explicações.

Outras manifestações: necessidade de a entidade apoiadora ter como objeto social o apoio a PD&I, que a contabilidade seja separada por área e por projeto, que

estudos e pesquisas desenvolvidas junto à indústria gere relatórios públicos, que a instituição prove a experiência em contratos ou convênios com o Poder Público. Foi ressaltada a importância em diversas manifestações que as instituições sem fins lucrativos ligadas ao desenvolvimento setorial tecnológico, voltadas ao fomento e a promoção socioeconômica nacional deveriam receber maior pontuação e que deveria ser exigido no edital a apresentação de um currículo de cada perfil da equipe profissional, sendo que a experiência da equipe com a indústria também deveria ter pontuação maior. Apontou-se também a necessidade da instituição de apoio possuir ou acessar

infraestrutura

de

laboratórios

que

venham

a

ser

necessários

ao

desenvolvimento de soluções. Foi demonstrada também a preocuação de que caso a instituição de apoio não pudesse cumprir com todos os requistos do Programa, que fosse permitido a ela associar-se com outros parceiros para o atendimento á exigências do Edital. ·

6.1.2.2.3.

STARTUPS

6.1.2.2.3.1. Critério 1 Adequação

das

estruturas

de Ambiente

de

desenvolvimento

que

desenvolvimento para aplicações de caracterize capacidade de simulação e software e hardware

implementação de soluções tecnológicas de hardware

associadas

a

software

(apresentação de um protótipo em estágio de testes)

Foram unânimes as manifestações em discordar da aplicação deste critério. Diversas manifestações destacaram o fato de diversas startups, inclusive das áreas de competência sugeridas para a consulta, não lidarem com hardware e software. Várias sugestões surgiram no sentido de que parcerias do Programa pudessem disponibilizar estruturas e laboratórios, como o SENAI, para auxiliar startups no

desenvolvimento de protótipos e em estágios de testes. Destacou-se nas discussões o fato de startups não possuírem estruturas para desenvolvimento formal ou metodologias práticas estruturadas e que o critério deveria avaliar a pré-existência de MVP ou Protótipo, e qualificações técnicas da equipe da startup.

6.1.2.2.3.2. Critério 2 Interagiu em alguma iniciativa direta Participação em eventos de indústrias com a indústria

como

hackatons,

demodays

e

outros

eventos em que startups se apresentam para executivos da indústria

Não foram recebidas muitas manifestações a respeito desse critério, porém todas no mesmo sentido de que o critério conduziria à participação massiva de “concurseiros de startups” e isso limitaria a participação de empreendedores dentro do escopo do contemplados pelo projeto.

6.1.2.2.3.3. Critério 3 Vendeu produtos e serviços para a Iniciativas de desenvolvimento de soluções indústria

para ambiente industrial. A startup deve demonstrar estar preparada para o desafio tecnológico e comercial focado na indústria

A maioria das manifestações sugere a exclusão deste critério. Os comentários foram no sentido de que o foco do critério deveria ser sobre a solução técnica e não sobre a experiência com o segmento industrial. Outras sugestões forma no sentido de que o relacionamento prévio com a indústria, de forma a validar e potencialmente testar solução proposta, implicasse em um peso maior na pontuação.

6.1.2.2.3.4. Critério 4 Impacto tecnológico e comercial de a) demonstração de viabilidade dos seus objetivos propostos

projetos (MVPs) e sua capacidade de gerar resultados com impactos concretos para a indústria dentro dos prazos previstos e com os recursos disponíveis; b) demonstração do impacto comercial para potenciais parceiros e participantes do PNCSI: apresentar soluções tecnológicas de processo ou

de

produto

que

sejam

replicáveis,

caracterizando o efeito multiplicativo dos resultados das ações desenvolvidas durante as etapas do Programa

A maioria das manifestações foi focada na questão do MVP. O principal questionamento foi se o MVP seria o que será apresentado no projeto para o Programa ou poderiam ser MVPs anteriores, e também surgiu a preocupação de que se o MVP estiver desenvolvido, a conexão com a indústria poderia não ser tão frutífera, quando do desenvolvimento do MVP no âmbito do Programa. Várias manifestações também foram no sentido de revisão cuidadosa do critério, pois a discussão foi em torno de que a avaliação da contribuição do projeto e seu potencial para indústria é papel da indústria, como a questão da escalabilidade, que deveria ser analisada em conjunto com a indústria. Sugeriu-se então que o foco fosse na solução técnica e seus benefícios.

6.1.2.2.3.5. Critério 5 Possuir experiência de gestão de Existência de experiência de acompanhamento

projeto

projeto com disponibilidade de atuação em

(da formulação a implementação)

todas

as

concepção,

etapas

do

Programa,

implementação,

ou

seja

negociação,

monitoramento e avaliação do projeto;

A maioria das manifestações foi no sentido de alterar o texto para “possuir equipe específica para gestão de projeto com um gerente, sócio ou da equipe”. Houve também a discussão de que o critério estaria atrelado ao critério 6 e que deveria avaliar a qualificação e experiência da equipe técnica, a capacidade empreendedora, como histórico empreendedor e iniciativas inovadoras.

6.1.2.2.3.6. Critério 6 Possuir equipe de desenvolvimento A startup tem um cofundador técnico, ou na técnica adequada a indústria

equipe (engenheiro eletricista, engenheiro mecânico,

engenheiro

de

controle

e

automação, hardware hacker, codificador de assembly, java, C++ etc.)

A maioria das manifestações concorda com o critério, apenas foi ressaltado que deveria haver a exigência de pelo menos um integrante da equipe possuir experiência de atuação com a indústria.

6.1.2.2.3.7. Critério 7 Inovação e independência tecnológica

A

startup

deve

ser

independente

tecnologicamente, original e inovadora no desenvolvimento

de

solução.

A

representação comercial de solução de

terceiros não será considerada para esse critério, apenas o que é de domínio da startup.

A maioria das manifestações foram contrárias à independência tecnológica da startup, destacou-se que a solução trazida pela startup deve ser inovadora, mas que poderia sim ser construída em plataformas já existentes. Outra possibilidade levantada nas discussões é a de que a startup tenha uma tecnologia própria, mas que com uma parceria poderia gerar uma solução mais completa. Uma pequena parte das sugestões concorda com o critério, no sentido de que ressalta a característica de utilização de recursos públicos no âmbito do Programa para contribuir com a redução dos níveis de dependência tecnológica e importação de tecnologia.

6.1.2.2.3.7. Contribuições Gerais Algumas sugestões foram no sentido de a startup conseguir pontuação adicional quando da participação em outros programas de inovação e de programas que avaliem a qualidade das startups. Sugeriu-se a incorporação de critério que pontuasse tecnologia/solução com patente regularizada (nos casos em que isso se aplica) e solução já desenvolvida e implementada pelo menos em fase piloto. Várias sugestões surgiram no sentido da inclusão de critérios de propriedade intelectual, acordos de confidencialidade, garantias de qualidade (procedimentos técnicos e certificações podem ter um peso maior) certificações, especialmente para startups eu trabalharão no setor da saúde. Algumas manifestações demonstraram preocupação com relação aos desafios de indústrias terem de atender exigências e requisitos de marcos regulatórios complexos de inovação, gerando um projeto conjunto de alto impacto. Outra questão que surgiu nas discussões foi sobre transferência tecnológica e

participação/limitação de startups que não são 100% brasileiras. Outras sugestões para pontuação adicional: Integração Universidades e ICT’s – startups que apresentem projetos com aplicação de testes de mestrado e doutorado (conexão com universidades / instituições de ciência e tecnologia) – Projetos que fomentem maior pesquisa aplicada de forma a potencializar a integração universidade/ICT’s e empresas. Aplicação de incentivos regulatórios governamentais (nível federal) - Startups cujos projetos estejam enquadráveis em linhas de investimentos de projetos setoriais em P,D&I como, por exemplo Energia (ANEEL), Óleo e Gás (ANP) e TIC (Lei da Informática). Saúde - Desenvolvimento tecnológico - Startups que possibilitem soluções para a área da saúde e que possam vir a ser beneficiadas por offsets (transferência tecnologia) em funções de aquisições/importações de compras governamentais (exemplo: Ministério da Saúde). Design Authority - Startups que desenvolvam soluções cujo “Design Authority” sejam das próprias e/ou em parceria com instituições de ciência e tecnologia (ICT’s). Startup Residente em Parque Tecnológico / Incubadora - Startup que tenha participado de processo seletivo para engajamento em um Parque Tecnológico e/ou Incubadora

Sugestões para inserção critérios de avaliação do negócio: 

Proposta de Valor - Relevância do problema. Segmento de clientes.



Modelo de negócio - Modelo de negócio que faça sentido. Conhecimento sobre os concorrentes. Vantagens competitivas.



Potencial de faturamento - Capacidade de geração de receita Lucratividade.



Crescimento Global - Capacidade de internacionalização



Histórico de aceleração do PROJETO - Investimentos econômicos e financeiros prévios. Participação em programas de pré e aceleração.

6.1.2.2.3.8. Áreas de Competências As áreas de competências elegíveis para startups foi um tema altamente discutido. Inúmeras manifestações sugeriram a inclusão de diferentes áreas, cada sugestão seguida da justificativa da relevância da área para o desenvolvimento tecnológico do Brasil, ou que algumas áreas eram setores da economia e não áreas, ou que a exclusão de determinada área, eliminaria a participação de startups muito relevantes etc. Foram inúmeras contribuições. A seguir a lista de temas sugeridos no âmbito da Consulta Pública, para inclusão na área de competência de startups, (a maioria dos temas teve pelo menos duas sugestões): Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial, Biotecnologia, Cyber Security, Indústria 4.0, Visão Computacional, Cyber

Security,

Meio

Ambiente,

Saúde

Humana,

Otimização

Industrial,

Desenvolvimento Farmacêutico, Saúde Pública, Empresas de P&D e novas tecnologias em métodos alternativos, Análise por imagem (reconhecimento e inspeção), Análise e simulação de processos produtivos, Logística interna, Análise de Big Data, Redes Inteligentes de Energia, Micro Grids, Eficiência Energética, Modelagem e Simulação, Treinamento, Softwares Embarcados, Softwares Críticos, Treinamento, Tecnologias de Smart Grid, Tecnologias de Automação Industrial, Tecnologias para Veículos Elétricos, Saúde, Outros setores da indústria, Automação, Tecnologias para Geração de Energia Renovável e Geração Distribuída, Helthcare, Realidade aumentada, Têxtil e de Confecção, Manufatura Avançada, Wearables, Design estratégico, Manutenção, Química, Equipamentos médicos, Economia compartilhada, Biologia Sintética, Eficiência e Produtividade Industrial, Logística Reversa, Tecnologia de proteínas recombinantes para desenvolvimento de produtos biotecnológicos, Estudos pré-clínicos e clínicos para a indústria regulada, Nanotecnologia Aplicada à Saúde, com foco em diagnóstico, terapia e regeneração tecidual, Nanotecnologia Aplicada à Saúde, com foco em diagnóstico, terapia e regeneração tecidual, Agronegócios, Aeroespacial, Digital Health, Agronegócios e Saúde Animal. Diante do grande número de contribuições e sugestões para a inclusão de temas, inclusive para a exclusão de áreas de competência, a versão final do Edital do Programa nacional Conexão Startup Indústria não contempla áreas de competências

de startups.

6.2.

LISTA DE CRITÉRIOS INICIAIS PROPOSTOS X LISTA FINAL DE

CRITÉRIOS

Após avaliação minuciosa de todas as contribuições recebidas durante o período da Consulta Pública, bem como de todas as validações ocorridas nesta etapa, foi consolidada a lista final de critérios de seleção de startups, indústrias e instituições de apoio ao desenvolvimento de negócios. Abaixo segue o “antes e depois” da etapa do Customer Validation dos critérios do Edital do programa nacional Conexão Startup Indústria.

6.2.1. INDÚSTRIAS Tabela 1. proposta de Critérios para a seleção de indústrias antes do Customer Validation Itens

Critérios

Descrição

1

Existência de processos e/ou áreas de inovação ou de interação com startups

Iniciativas estruturadas de inovação que caracterizem capacidade da organização em realizar projetos de desenvolvimento de soluções tecnológicas

2

Projetos anteriores com startups

Iniciativas de trabalho com startups

3

Aquisição de produtos e ou serviços de startups

Aquisições de soluções com startups

4

Capacidade de cumprimento de contrapartidas não financeiras

Demonstrativo da existência de condições materiais e de infraestrutura, tais como, área física, recursos humanos, máquinas, equipamentos e materiais consumíveis disponíveis para a execução do projeto

5

Impacto do projeto na empresa

a) b)

6

Possuir equipe de suporte às atividades de desenvolvimento

Quais os potenciais impactos internos do projeto na empresa; Quais oportunidades podem ser identificadas no mercado: tamanho, demanda, etc, que justifiquem as demandas a serem atendidas pelo Programa.

Existência de equipe de acompanhamento disponível para atuação em todas as etapas do Programa, ou seja, concepção, implementação, negociação, monitoramento e avaliação do projeto;

Tabela 2. Critérios finais para a seleção de indústrias depois do Customer Validation Itens

Critério

Evidência

Experiência com indústria, dos profissionais envolvidos no Programa

Evidenciar a existência de ao menos 1 (um) profissional com mais de 5 (cinco) anos de experiência na indústria.

Forma de avaliação e pontuação Sim = 1 Não = 0

Peso (1 a 3 ) 3 (muito importante)

Entende-se por experiência com indústria ter trabalhado como funcionário, sócio, acionista, investidor, consultor, mentor, terceiro.

1

Serão considerados currículos próprios, perfis no Linkedin ou currículos da plataforma Lattes do CNPq e anuência formal. 2

Experiência com startup, dos profissionais envolvidos no Programa

Evidenciar a existência de ao menos 1 (um) profissional com mais de 3 (três) anos de experiência com startups. Entende-se por experiência com startup, ter trabalhado como funcionário, sócio, acionista, investidor, consultor, mentor, terceiro. Serão considerados currículos próprios, perfis no LinkedIn ou currículos da plataforma Lattes do CNPq e anuência formal.

Sim = 1 Não = 0

3 (muito importante)

3

Disponibilidade da infraestrutura de pesquisa e desenvolvimento disponível e compatível com as demandas declaradas no Programa

Evidenciar por meio de listagem a existência de infraestrutura física, máquinas, equipamentos e insumos/materiais consumíveis disponíveis para codesenvolvimento de soluções com startups.

Nota da banca: 0a5

3 (muito importante)

4

Existência de parcerias com institutos de pesquisa e desenvolvimento

Evidenciar, por meio de ao menos 1 (um) acordo de cooperação e/ou outros instrumentos jurídicos correlatos, o estabelecimento de parcerias com institutos tecnológicos, de pesquisa ou universidades.

Sim = 1 Não = 0

2 (importante)

5

Codesenvolvime nto anterior com startups

Evidenciar, por meio de ao menos 1 (um) contrato, declaração da startup e/ou outro instrumento jurídico correlato, iniciativas de codesenvolvimento anteriores com startups (provas de conceito, piloto, prototipação) nos últimos 2 (dois) anos

Sim = 1 Não = 0

2 (importante)

6

Eventos anteriores com startups

Evidenciar por meio de website, certificado, contrato de patrocínio, declaração de outra parte, acordos, ou outros instrumentos correlatos, ao menos 1 (um) patrocínio, organização, ou co- organização de eventos, programa interno, hackathon, desafio, concurso, demoday e outras ações pertinentes com startups, nos últimos 2 (dois) anos

Sim = 1 Não = 0

3 (muito importante)

7

Aquisição de produtos e ou serviços de startups

Evidenciar, por meio de ao menos 1 (um) contrato, nota fiscal ou outro instrumento jurídico correlato, aquisições de soluções, contratação de prestação de serviços, licenciamentos de tecnologias, entre outros tipos, com startups.

Sim = 1 Não = 0

1 (desejável)

6.2.2. INSTITUIÇÕES DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS Tabela 3. Proposta de critérios para a seleção de instituições de apoio ao desenvolvimento de negócios antes do Customer Validation Itens

Critérios

Descrição

1

Expertise em processos de apoio ao desenvolvimento de empresas com produtos que combinem HW, SW e serviços

Expertise em processos de apoio ao desenvolvimento de startups/empresas focadas em Produtos que combinam hardware, dados e serviços digitais, destinados a consumidores e empresas (incluindo gerenciamento da cadeia de fornecedores, certificação, gestão fiscal e PI)

2

Quadro de mentores que tenham experiência de trabalho na indústria

Quadro de mentores que tenham experiência profissional no setor industrial

3

Casos de projetos com indústrias

Cases de projetos focados em soluções para ambiente industrial. A instituição de apoio ao desenvolvimento de negócios deve demonstrar portfólio de startups/empresas que realizaram projetos, cujos clientes sejam indústrias.

4

Capacidade financeira para aporte de recursos

Capacidade de aportar recursos financeiros definidos nesta chamada pública (próprios ou de terceiros)

5

Tempo de existência

Quantidade de meses de existência

6

Empresas negócios desenvolvidos

com

Número de empresas com projetos/negócios

7

Abrangência chamadas

das

Quantidade de inscritos nas suas chamadas

8

Projetos e parcerias

Número de projetos em parcerias com outras instituições do ecossistema

Tabela 4. Critérios finais para a seleção de instituições de apoio ao desenvolvimento de negócios após o Customer Validation

Critério

5

Evidência

Forma de avaliação e pontuação

Peso (1 a 3 )

1

Expertise em processos de apoio ao desenvolvimento de startups

Evidenciar, por meio de contrato, carta de declaração da startup, lista publica de seleção ou instrumentos correlatos, no mínimo 10 (dez) negócios apoiados nos últimos 2 (dois) anos.

Sim = 1 Não = 0

3 (muito importante)

2

Expertise em processos de apoio ao desenvolvimento de startups Business to Business (B2B)

Evidenciar, por meio de contrato, carta de declaração da startup, lista publica de seleção ou instrumentos correlatos, ao menos 3 (três) negócios apoiados B2B nos últimos 2 (dois) anos.

Sim = 1 Não = 0

3 (muito importante)

3

Expertise em processos de apoio ao desenvolvimento de startups Business to Business (B2B) que incluam Hardware

Evidenciar, por meio de contrato, carta de declaração da startup, lista publica de seleção ou instrumentos correlatos, ao menos 3 (três) negócios apoiados B2B nos últimos 2 (dois) anos e que envolvam o desenvolvimento de hardwares5

Sim = 1 Não = 0

3 (muito importante)

4

Metodologia de apoio ao desenvolvimento de startups

Evidenciar, a existência de uma metodologia de apoio ao desenvolvimento de negócios inovadores, por meio de apresentação.

Sim = 1 Não = 0

3 (muito importante)

5

Equipe técnica com experiência com indústria

Evidenciar ao menos 2 (dois) profissionais no time com mais de 5 (cinco) anos de experiência em indústria, cada um.

Sim = 1 Não = 0

3 (muito importante)

Componentes eletrônicos em estado físico passíveis de comunicação e interação com camadas lógicas (softwares), como por exemplo, processadores, atuadores, sensores, transdutores, acumuladores de energia, circuitos de fios e luz, placas, memórias materiais, correntes, e qualquer outro material em estado físico.

Serão considerados currículos próprios, perfis no Linkedin ou currículos da plataforma Lattes do CNPq e anuência formal. 6

Quadro de mentores com expertise em negócios

Evidenciar a existência de pelo menos 5 (cinco) mentores de qualquer área no quadro de mentores da Instituição.

Sim = 1 Não = 0

2 (importante)

Sim = 1 Não = 0

3 (muito importante)

Sim = 1 Não = 0

3 (muito importante)

Serão considerados currículos próprios, perfis no Linkedin ou currículos da plataforma Lattes do CNPq e anuência formal. 7

Quadro de mentores que tenham experiência de trabalho com startups

Evidenciar por meio de currículos de mentores que pelo menos 2 (dois) detenham experiência profissional com startups. Serão considerados currículos próprios, perfis no Linkedin ou currículos da plataforma Lattes do CNPq e anuência formal.

8

Quadro de mentores que tenham experiência de trabalho na indústria

Evidenciar, por meio de currículos de mentores, que pelo menos 2 (dois), tenham experiência profissional no setor industrial. Serão considerados currículos próprios, perfis no Linkedin ou currículos da plataforma Lattes do CNPq e anuência formal.

9

Tempo de existência

Evidenciar que possui mais de 3 (três) anos existência na área em questão, através do CNPJ.

Sim = 1 Não = 0

2 (importante)

10

Parcerias com institutos tecnológicos ou Programas de Fomento a startups

Evidenciar, ao menos 1 (uma) parceria com institutos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico e/ou Programas de Fomento a startups nos últimos 2 (dois) anos, por meios de

Sim = 1 Não = 0

1 (desejável)

termos, acordos, lista publica de seleção. 11

Experiência com indústrias

Evidenciar, por meio de certificado de participação, fotos, website, contratos, acordos ou outros instrumentos correlatos, ao menos 1 (um) trabalho realizado previamente com indústrias nos últimos 2 (dois) anos, (organização conjunta de eventos, treinamentos, programa de aceleração corporativa etc.).

Sim = 1 Não = 0

2 (importante)

12

Espaço físico

Evidenciar a existência de espaço físico próprio ou alugado, potencialmente disponível para uso das startups selecionadas pela Instituição no Programa, através da planta do espaço, contrato de aluguel etc.

Sim = 1 Não = 0

1 (desejável)

13

Volume de investimento previsto para o programa

Evidenciar por meio de carta de intenção o montante total destinado ao desenvolvimento dos projetos de prova de conceito e piloto por startups participantes do programa. (A porcentagem máxima de investimento econômico considerado no cálculo, deve respeitar os itens 2.3.1 e 2.5.1 deste Edital.) (Ressalta-se que o valor declarado não é obrigatório, pois os requisitos para o investimento envolvem outros critérios próprios da instituição.)

Menos de R$70.000,00 = 0

3 (muito importante)

14

Valor total de investimento financeiro em startups nos anos de 2015 e 2016

Evidenciar por meio de relatório financeiro da instituição o valor total investido em startups nos anos de 2015 e 2016. Serão considerados somente valores financeiros investidos.

Maior que R$70.001,00 e menor que R$ 270.000,00 = 1 Maior que R$270.001,00 e menor que R$ 570.000,00 = 2 Maior que R$570.001,00 = 3

Menor que R$200.000,00 = 0 Maior que R$200.001,00 e menor que R$ 500.000,00 = 1 Maior que R$500.001,00 e menor que R$ 1.000.000,00 = 2

3 (muito importante)

Maior que 1.000.001,00 = 3 15

Valor total de investimento econômico em startups nos anos de 2015 e 2016

Evidenciar por meio de relatório financeiro da instituição o valor total investido em startups nos anos de 2015 e 2016

Menor que R$100.000,00 = 0 Maior que R$100.001,00 e menor que R$ 300.000,00 = 1

3 (muito importante)

Maior que R$300.001,00 e menor que R$ 600.000,00 = 2 Maior que R$600.001,00 = 3

6.2.2. STARTUPS

Tabela 5. Proposta de critérios para a seleção de instituições de apoio ao desenvolvimento de negócios após o Customer Validation Itens

Critérios

Notas de Itens

1

Adequação das estruturas de desenvolvimento para aplicações de software e hardware

Ambiente de desenvolvimento que caracterize capacidade de simulação e implementação de soluções tecnológicas de hardware associadas a software (apresentação de um protótipo em estágio de testes)

2

Interagiu em alguma iniciativa direta com a indústria

Participação em eventos de indústrias como hackatons, demodays e outros eventos em que startups se apresentam para executivos da indústria

3

Vendeu produtos e serviços para a indústria

Iniciativas de desenvolvimento de soluções para ambiente industrial. A startup deve demonstrar estar preparada para o desafio tecnológico e comercial focado na indústria

4

Impacto tecnológico comercial objetivos propostos

e de

a) demonstração de viabilidade dos seus projetos (MVPs) e sua capacidade de gerar resultados com impactos concretos para a indústria dentro dos prazos previstos e com os recursos disponíveis; b) demonstração do impacto comercial para potenciais parceiros e participantes do PNCSI: apresentar soluções tecnológicas de processo ou de produto que sejam replicáveis, caracterizando o efeito multiplicativo dos resultados das ações desenvolvidas durante as etapas do Programa

5

Possuir experiência de gestão de projeto (da formulação a implementação)

Existência de experiência de acompanhamento projeto com disponibilidade de atuação em todas as etapas do Programa, ou seja, concepção, implementação, negociação, monitoramento e avaliação do projeto;

6

Possuir equipe de desenvolvimento técnica adequada a indústria

A startup tem um cofundador técnico, ou na equipe (engenheiro eletricista, engenheiro mecânico, engenheiro de controle e automação, hardware hacker , codificador de assembly, java, C++ etc.)

7

Inovação e independência tecnológica

A startup deve ser independente tecnologicamente, original e inovadora no desenvolvimento de solução. A representação comercial de solução de terceiros não será considerada para esse critério, apenas o que é de domínio da startup.

Tabela 6. Critérios finais para a seleção de instituições de apoio ao desenvolvimento de negócios após o Customer Validation

Itens

Critério

Equipe técnica com experiência com empresas industriais

1

Evidência

Evidenciar a existência de ao menos 1 (um) profissional do time da startup com mais de 5 (cinco) anos de experiência na indústria. Entende-se por experiência com indústria ter trabalhado como funcionário, sócio, acionista, investidor, consultor, mentor, terceiro. Serão

considerados

Forma de avaliação e pontuação

Peso (1 a 3 )

Sim = 1 Não = 0

3 (muito importante)

currículos próprios, perfis no Linkedin ou currículos da plataforma Lattes do CNPq e anuência formal. Equipe dedicada à startup

Evidenciar a existência de ao menos 1 (um) (co)fundador dedicado exclusivamente à startup (40 (quarenta) horas semanais).

Sim = 1 Não = 0

3 (muito importante)

Nota da Banca: 0 a 5

3 (muito importante)

Sim = 1 Não = 0

2 (importante)

Sim = 1 Não = 0

2 (importante)

2 Serão considerados currículos próprios, perfis no Linkedin ou currículos da plataforma Lattes do CNPq e anuência formal. Multidisciplinaridad e e complementaridade dos membros do time da startup 3

Evidenciar a diversidade de formação e/ou experiência do time da startup com pelo menos 3 (três) perfis distintos, mas complementares Serão considerados currículos próprios, perfis no Linkedin ou currículos da plataforma Lattes do CNPq e anuência formal.

Equipe técnica de desenvolvimento

4

Evidenciar a existência de ao menos 1 (um) profissional do time formado em áreas correlatas à área de competência técnica da startup (Ex.: engenharias e áreas correlatas, microeletrônica, linguagem computacional etc) e/ou com mais de 2 (dois) anos de experiência técnica profissional. Serão considerados currículos próprios, perfis no Linkedin ou currículos da plataforma Lattes do CNPQ e anuência formal.

Equipe de gestão da startup 5

Evidenciar a existência de ao menos 1 (um) profissional do time da startup, formado em áreas correlatas à administração de empresas, e/ou com mais

de 2 (dois) anos de experiência em gestão administrativa de empresas ou projetos. Serão considerados currículos próprios, perfis no Linkedin ou currículos da plataforma Lattes do CNPQ e anuência formal. Equipe técnica com experiência em startups

6

Evidenciar a existência de ao menos 1 (um) profissional do time da startup com experiência de no mínimo de 2 (dois) anos anterior em startups. Entende-se por experiência com startup ter trabalhado como funcionário, sócio, acionista, investidor, consultor, mentor, terceiro.

Sim = 1 Não = 0

2 (importante)

Serão considerados currículos próprios, perfis no Linkedin ou currículos da plataforma Lattes do CNPq e anuência formal. Pré-existência de MVP ou Protótipos

Evidenciar por meio de especificações técnicas, fotos, relatórios de simulação o desenvolvimento de pelo menos 1 (um) MVP e/ou protótipo realizado pela startup nos últimos 2 (dois) anos (independentemente da proposta de valor a ser apresentada neste cadastro).

Sim = 1 Não = 0

3 (muito importante)

Participação em programas de fomento à inovação e/ou apoio a startups, empreendedorismo.

Evidenciar participação em pelo menos 1 (um) Programa de fomento à inovação e apoio a startups nos últimos 4 (quatro) anos (Ex.: Inovativa, Edital Senai de Inovação, CRIATEC, FINEP Startup, Startup Brasil entre outros, programas de aceleração, incubação, fundos de investimento, premiações etc).

Sim = 1 Não = 0

2 (importante)

7

8

Serão aceitos como comprovação, certificados, listas públicas de seleção, declaração da instituição, contratos e outros instrumentos jurídicos correlatos. Participação de eventos com a indústria

9

Evidenciar a participação em ao menos 1 (um) evento como hackatons, demodays e outros eventos em que startups e indústria se relacionam, nos últimos 2 (dois) anos.

Sim = 1 Não = 0

1 (desejável)

Serão aceitos certificados, listas de presença, lista online publica de seleção para comprovação de participação. Relacionamento com a indústria

Evidenciar por meio de nota fiscal, contrato ou declaração da indústria, a realização de ao menos 1 (uma) prova de conceito, MVP ou prototipação remunerados ou não, nos últimos 2 (dois) anos.

Sim = 1 Não = 0

1 (desejável)

Proposta de valor

Descrição detalhada da proposta de valor da startup, com o mínimo de informações listadas a seguir: segmento de clientes; modelo de negócio; potencial de faturamento; capacidade de internacionalização; identificação da maturidade da solução (se problemsolution fit ou productmarket fit); identificação do tipo da solução para indústria (ex. novos modelos de negócios, novos produtos, novos processos, novos mercados, novas tecnologias, eficiência produtiva etc); oportunidade de mercado (tamanho do mercado potencial, existência de barreiras regulatórias, etc);

Nota da banca: 0 a 5

3 (muito importante)

10

11

classificação em Business to Business (B2B) ou Business to Customer (B2C). Podem ser evidenciados por: website, perfis de mídias sociais, Canvas, resumo executivo, imagens, gráficos entre outros, não ultrapassando o limite de upload constante neste Edital. A banca avaliará: Escalabilidade; Proposta de valor; Impacto mercadológico; Maturidade da solução; Diferencial Competitivo; Grau de inovação.

6.3.

LANÇAMENTO DO EDITAL DO PROGRAMA NACIONAL CONEXÃO

STARTUP INDÚSTRIA

A ABDI lançou no dia 16 de março de 2017, o edital do Programa Startup Indústria, para seleção de indústrias, startups e instituições de apoio ao desenvolvimento de negócios. As inscrições estão abertas, até o dia 12 de abril. Não percam! Indústrias, startups e instituições de apoio ao desenvolvimento de negócios interessadas em inovação no Brasil têm até o dia 12 de abril de 2017 para se inscreverem no edital do Programa Nacional Conexão Startup Indústria, publicado na página www.startupindustria.com.br. Ao todo, o programa deverá investir R$ 5,2 milhões, em seis etapas, onde serão selecionadas 10 indústrias, 20 instituições de apoio e 100 startups.

Em uma concorrida cerimônia com a presença de mais de 400 participantes, entre CEOs de grandes indústrias, gestores, empreendedores de startups, acadêmicos, investidores e representantes de instituições de apoio à inovação, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) lançou, na quinta-feira (16), em São Paulo, o edital do Programa.

Representando o Ministro de Estado da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, o Presidente da ABDI, Guto Ferreira, abriu o discurso destacando as boas perspectivas para a economia e para a indústria brasileira nos próximos anos. “Não podemos nos deixar contagiar pelo pessimismo. A saída para a superação da crise e para a ampliação da competitividade e da produtividade do país está na inovação. E foi com essa perspectiva que nasceu o Programa Conexão Startup Indústria, como uma nova alternativa para a inovação. O Programa quer ser a ponte entre indústrias e startups, que juntas produzem inteligência e soluções para um Brasil mais competitivo”, destacou o Presidente, ao declarar que “os bons ventos voltaram”.

Guto mencionou que a ABDI tem trabalhado, de forma parceira e integrada, com os ministérios da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), em diversas frentes. “Estamos atuando em conjunto na atualização da Lei da Informática, Lei do Bem, no apoio aos Programas InovAtiva Brasil, coordenado pela Secretaria de Inovação e Novos Negócios do MDIC, Brasil Mais Produtivo, além de projetos de estímulo à manufatura avançada (Indústria 4.0)”, disse.

Painel O evento de lançamento do edital também contou com o painel “Novos Rumos da Inovação no Brasil: a conexão startup indústria”, moderado pelo Presidente da ABDI, com as participações de gestores da Samsung, Embraer e Cisco. O Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Samsung, Antônio Marcon, falou sobre o Programa de Promoção da Economia Criativa implementado pela empresa coreana, com o apoio da Anprotec. “Temos uma expectativa muito positiva com o lançamento Startup Indústria. O Programa vem em boa hora e possibilita uma interação mais próxima entre os diversos agentes, tanto do lado da indústria, quanto do lado das startups e das instituições de apoio”, afirmou Marcon, ao mencionar os resultados positivos do Economia

Criativa,

lançado

em

2015

pela

Samsung

para

dar

suporte

a

empreendimentos inovadores em áreas de interesse da companhia. Entre 2015 e 2020, a Samsung deverá investir US$ 5 milhões no programa, provenientes de renúncia fiscal, prevista na Lei de Informática.

Para o diretor de Desenvolvimento Tecnológico da Embraer, Daniel Moczydlover, o grande mérito do Conexão Startup Indústria é promover a interação de todos os atores do ecossistema. “Nesse sentido o Startup Indústria tem papel fundamental, já que nos ajudará com a tomada de decisões e com os riscos. É muito saudável aprender como esse ecossistema funciona e, inclusive, mapear oportunidades interessantes de trazermos essas startups para próximo da nossa cadeia de fornecimento da indústria aeronáutica”, observou.

A inovação aberta e integrada prevista no Startup Indústria foi um ponto defendido pelo diretor do Centro de Inovação da Cisco, Leandro Barbeita, durante o painel. “Nos dias de hoje, é impossível pensar em inovação feita por uma equipe sozinha, em um laboratório. É preciso a integração de todo o ecossistema para ter ganho de escala. E isso é um caminho sem volta. O fato de o governo, por meio da ABDI, estimular essa integração, é um estímulo a mais para dar robustez à inovação no país”, enfatizou Barbeita, ao dizer que a Cisco vai estudar o edital para inscrição no Programa destinado às indústrias.

O Presidente da ABDI, Guto Ferreira, ressaltou que um dos grandes méritos do Startup Indústria é promover o conhecimento aberto. “Quando idealizamos o Programa, fomos motivados por saber que uma indústria centenária não abriria suas portas para empresas nascentes. Ou, se abrisse, acabaria matando a sua criatividade. Por este motivo, o Conexão vem para promover uma integração saudável, onde mapeamos a necessidade da indústria e a capacidade de criação de soluções de uma empresa nascente, minimizando os riscos para ambos os lados. E esse aprendizado será compartilhado entre todos”, defendeu Ferreira.

“Pela primeira vez, conseguiremos fazer algo em escala nacional, identificando as startups que já estão no momento certo de entregar valor para essas indústrias e preparando essas indústrias para receber as startups de um jeito certo”, pontuou o presidente da Associação Brasileira de Startups, Amure Pinho. Ele lembrou que uma grande indústria tem potencial para alavancar uma startup.

O edital

A Gerente de Inovação da ABDI e Coordenadora-Geral do Programa Nacional Conexão Startup Indústria, Elisa Carlos, explicou inicialmente, que serão feitos o cadastro e a seleção de 10 indústrias, 20 instituições de apoio ao desenvolvimento de negócios e 100 startups. “Desde o ano passado, ouvimos mais de 1000 players envolvidos com inovação, de forma que pudéssemos delinear um programa colaborativo e participativo e que contribuirá, efetivamente, para a geração de valor para a indústria nacional” disse Elisa.

Após a seleção, serão formados 10 grupos de trabalho entre esses atores, na etapa conhecida como matchmaking. “Na prova de conceito, serão selecionadas 40 startups que receberão até R$ 200 mil cada. E, na sequência, faremos as rodadas de negócio, onde as startups apresentarão suas soluções para as indústrias. A melhor solução será escolhida para o codesenvolvimento de um piloto”, explicou Elisa, ao ressaltar que na fase do piloto, as indústrias farão a aquisição dos pilotos de 10 startups que, por sua vez, receberão R$ 500 mil cada. “A última fase é uma das mais importantes do ponto de vista governamental é a agenda de novas estratégias, momento em que aproveitaremos toda a experiência adquirida para replicar em outras frentes e iniciativas de apoio à inovação da indústria nacional”, afirmou. O lançamento do edital foi realizado em parceria com a Harvard Business School – HBS Alumni Angels of Brasil, uma associação de ex-alunos de Harvard que promove o empreendedorismo e o investimento de negócios em estágio inicial (anjos). Na ocasião,

a HBS divulgou os resultados da pesquisa Status of Corporate Venture in Brazil: how corporations are connecting with the startup ecosystem, com um mapeamento das atividades que das grandes empresas para conexão com o ecossistema empreendedor (startups).

7.

PRÓXIMOS PASSOS

Com o lançamento do edital do Programa, os próximos passos envolvem as ações de acompanhamento das etapas do edital, das frentes de Educação para Indústria e Fortalecimento do Ecossistema.

Para o ano de 2017 está previsto o monitoramento do edital do Programa, principalmente no que se refere ao processo de seleção (cadastramento, avaliação e divulgação dos resultados), de formação dos grupos de trabalho (matchmaking) (planejamento, realização e avaliação do (s) evento (s), de desenvolvimento das provas de conceito e de realização das rodadas de negócio.

Na frente de Educação para a Indústria, a expectativa é que seja elaborado um plano de ação, com a previsão de eventos e cursos de sensibilização da indústria a serem realizados em conjunto com as associações representativas da indústria

Com relação ao Fortalecimento do Ecossistema, serão apoiados eventos e iniciativas de parceiros que ajudem na realização de conexões entre startups e indústrias.

Serão gerados relatórios para cada etapa do Programa e rodadas de apresentações dos resultados.

8.

O EDITAL ESTÁ NO AR!

O Edital Startup Indústria está no ar! Cadastre-se! Agora é hora de se cadastrar e contribuir para alavancar a inovação no Brasil! Atenção

Startups,

Indústrias

e

Instituições

de

Apoio

ao

Desenvolvimento de Negócios: o cadastro para o Edital Startup Indústria está no ar até o dia 12 de abril! Faça aqui o cadastro da sua instituição! Vamos

juntos

nessa

jornada

em

prol

da

inovação

Programa Nacional Conexão Startup Indústria Pensando hoje na indústria de amanhã www.startupindustria.com.br

no

Brasil!