Morning Call 10 de Setembro de 2015 - Gradual Investimentos

10 de Setembro de 2015 Morning Call 10 de Setembro de 2015 Bolsas Mundiais País/Região Índice Pontos Δ Dia Δ Mês Δ Ano EUA S&P 500 1.942 -...
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10 de Setembro de 2015

Morning Call

10 de Setembro de 2015 Bolsas Mundiais

País/Região

Índice

Pontos

Δ Dia

Δ Mês

Δ Ano

EUA

S&P 500

1.942

-1,39%

-1,53%

-5,68%

EUA

S&P 500 Futuro

1.934

-0,44%

-1,78%

-5,14%

O índice Xangai recuou 1,4%, com incertezas econômicas, além de investigações de autoridades chinesas quanto a empréstimos de margens ilegais em corretoras.

Europa

STOXX 600

1.942

-1,15%

-0,88%

4,98%

O composto europeu recuava 1,15%, realizando parte dos ganhos das últimas três sessões, com investidores aguardando a sinalização do futuro das taxas de juros nos EUA.

Japão

Nikkei

18.300

-2,51%

-3,13%

4,86%

China

Shangai

3.198

-1,39%

-0,25%

-1,14%

Brasil

Ibovespa

46.657

-0,22%

0,07%

-6,70%

Brasil

Ibovespa Futuro

45.685

-3,00%

-3,15%

-15,77%

Ativo

Cotação

Δ Dia

Δ Mês

Δ Ano

Petróleo WTI (USD/barril)

44,39

0,54%

-9,78%

-23,64%

Petróleo Brent (USD/barril)

47,69

0,23%

-11,93%

-16,81%

Mínério de Ferro - Qingdao (USD/ton)

59,01

1,43%

4,98%

-17,19%

Cobre (USD/ton)

245,35

0,45%

4,94%

-13,17%

Os mercados asiáticos encerraram em queda, após as fortes altas registradas ontem.

Ativo

Cotação

Δ Dia

Δ Mês

Δ Ano

USD/BRL

3,8904

2,92%

7,45%

46,39%

EUR/BRL

4,359

2,80%

7,35%

35,52%

USD/IENE

120,87

0,31%

-0,30%

0,91%

EUR/USD

1,1197

-0,09%

-0,12%

-7,45%

Período

Projeções

Anterior

Agenda Econômica Horário

País/ Região

Evento

8:30

Brasil

Ata do COPOM

9:00

Brasil

IPCA (% a.m.)

Ago

0,30%

0.62%

9:00

Brasil

IPCA (% a.a.)

Ago

9,61%

9.56%

275K

282K

9:30

EUA Brasil

Pedidos de auxílio desemprego Fluxo de veículos - ABCR

Dólar e Juros Hoje o dólar opera em alta frente às principais moedas emergentes. Internamente, o dólar segue pressionado após o rebaixamento do rating brasileiro pela S&P. Além disso, pesando para a desvalorização do real nos últimos meses podemos destacar: (i) nova revisão para meta fiscal de 2016 (ii) ciclo de aperto monetário menor do que o precificado; (iii) reiteradas tensões políticas e; (iv) dúvidas quanto a real situação chinesa. O mercado de juros brasileiro opera com viés de alta em todos os prazos também pressionado pelo rebaixamento do rating. Apesar da manutenção da taxa SELIC e a explicitação da intenção do BCB de manter esse patamar, os prazos mais curtos que já precificaram esse cenário, estão precificando com probabilidade relevante que o BCB deve voltar a elevar juros ainda esse ano. Vale ressaltar que a curva de juros que ficou negativamente inclinada desde novembro de 2014 voltou a ficar flat nos últimos dias.

Macroeconomia Após o pregão de ontem, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou o rating do Brasil de BBB- para BB+ e manteve a perspectiva negativa da nota. Com o rebaixamento, o País passou a ser grau especulativo pela agência. A S&P justificou o rebaixamento devido às maiores dificuldades na execução das mudanças de política econômicas para gerar superávit primário devido a dinâmica do Congresso e também o custo com os swaps, além disso, destacou que a mudança da meta fiscal para 2016 explicita divergência interna sobre a composição e magnitude do ajuste e a menor convicção, dentro do gabinete da presidente, sobre a política fiscal. Apesar de amplamente esperado, o downgrade do rating brasileiro ocorreu antes do imaginado por nós e pelo mercado, uma vez que a S&P havia mudado a perspectiva do rating para negativa no final de julho, a expectativa era de uma nova revisão somente no final de outubro. Sendo assim, acreditamos que a surpresa com o timing do rebaixamento pode levar a um relativo stress nos ativos brasileiros apesar de parcialmente precificado. Ontem divulgamos relatório atentando para a possibilidade iminente de rebaixamento do rating, para maiores detalhes acesse: https://www.gradualinvestimentos.com.br/Resc/Upload/PDFs/2015-09/cd_09_09_15.pdf A ata do COPOM divulgada hoje, por sua vez, trouxe algumas alterações relevantes. Abaixo os pontos mais relevantes: (i) No parágrafo 19, o Comitê explicita que o câmbio de referência passou de R$ 3,25 para R$ 3,55. Além disso, pondera que no cenário de referência a projeção de inflação para 2016 reduziu-se e encontra-se em torno da meta. (ii) No parágrafo 25, que trata da trajetória de política fiscal, o Comitê não descarta que no horizonte relevante a política fiscal deve caminhar para zona de neutralidade, ou até para contenção, entretanto com a nova revisão da meta fiscal de 2016 isso deve ocorrer de forma mais lenta. Além disso, a revisão fiscal afetou de forma significativa as expectativas e o preço dos ativos. (iii) No parágrafo 27, explicita que a ociosidade do mercado de trabalho tem se acelerado. (iv) No parágrafo 31, a alteração se dá pela afirmação de que há melhorias dos resultados do setor externo. (v) No parágrafo 32, o COPOM deixa claro que entende que o balanço de riscos teve certa deterioração, mas o cenário de convergência da inflação para 4,5% no final de 2016 se manteve. Além disso, acredita que as elevações recentes de prêmios de risco, que se refletem nos preços de ativos, exigem que a política monetária se mantenha vigilante em caso de desvios significativos das projeções de inflação em relação à meta. Já o IPCA de agosto divulgado pela manhã foi de 0,22%, bem abaixo da nossa projeção de 0,30% e em linha com o esperado pelo mercado. É o menor IPCA para os meses de agosto desde 2010, quando registrou 0,04%. Com isto o resultado do ano foi para 7,06%, bem mais do que os 4,02% de igual período de 2014. Em relação ao acumulado de janeiro a agosto, foi a taxa mais elevada desde 2003 (7,22%). Nos últimos 12 meses, o índice situou-se em 9,53%, próximo aos 9,56% dos 12 meses imediatamente anteriores. Apesar de já esperarmos uma forte desaceleração na margem, esta foi maior que a esperada e levou o acumulado em 12 meses a desacelerar também. Em relação aos grupos que compõem o IPCA os destaques ficam por conta: (i) forte desaceleração do grupo Alimentação (de 0,65% para -0,01%), como já esperávamos devido as leituras dos IGP’s de agosto; (ii) forte desaceleração do grupo Habitação (de 1,52% para 0,29%), movimento esperado porém em menor intensidade e; (iii) forte desaceleração do grupo Transportes (de 0,15% para -0,27%), principalmente com a retração do preço das passagens aéreas. Quanto ao cenário geral de inflação esperamos um arrefecimento das leituras na margem e possivelmente em 12 meses. Acreditamos que a partir das próximas leituras, os efeitos dos reajustes de preços administrados, que já se dissiparam em parte, continuarão apresentar menor impulso aos preços de forma a pressionar menos os índices inflacionários. A continuidade da depreciação cambial deve levar a novas pressões inflacionárias nos meses adiante, entretanto devido a forte deterioração da atividade econômica e a deterioração do mercado de trabalho estão minimizando sensivelmente o repasse de preços ao consumidor.

Gradual Investimentos 1

10 de

Morning Call

10 de Setembro de 2015

Maiores Altas Ativo

Preço

Variação

SBSP3

15,65

3,92%

BVMF3

10,63

3,81%

ESTC3

13,00

3,75%

QUAL3

16,95

3,23%

BRML3

11,86

3,13%

Análise de Notícias

CVC, Gol & Smiles – (CVCB3, GOLL4 & SMLE3) – De acordo com matéria veiculada pelo “Estadão”, o fundo Carlyle colocou o controle da CVC à venda, conversando com investidores estratégicos, entrando em negociações com a Smiles, controlada pela Gol. De acordo com o “Estadão”, o Smiles foi procurado pelo Carlyle e fez um estudo do negócio, sendo considerado um ativo estratégico para o grupo, pois poderia trazer um aumento de margens para o Gol, ao adicionar pacotes de viagens às suas passagens aéreas, além de estender sua oferta de milhas aos pacotes da CVC. De acordo com a matéria, o preço, no entanto, não é o único empecilho para o negócio. Na avaliação da Smiles, há um risco de mercado na integração entra a Gol e a CVC, que depende de parcerias com todas as empresas aéreas, podendo perder assim poder de negociação com as concorrentes da Gol (TAM, Azul e Avianca). Os acionistas Carlyle (45,7%) e GJP FIP (24,4%) teriam um acordo para vender a participação em conjunto, e estariam pedindo R$ 1,75 bilhão. O Smiles não estaria disposto a pagar o prêmio solicitado. De acordo com o “Estadão”, a Smiles negou a negociação a ser procurada. CVC e Carlyle não comentaram a questão.

Maiores Baixas Ativo

Preço

Variação

SMLE3

44,30

-5,64%

FIBR3

53,40

-5,18%

ECOR3

6,02

-5,05%

CSAN3

18,85

-4,75%

MRFG3

6,46

-4,72%

2015 Focus

2015 - Gradual

Selic

14,25%

14,25%

IPCA

9,29%

9,24%

Câmbio

3,60

3,80

PIB

-2,44%

Do ponto de vista financeiro, considerando o valor pedido pelo Carlyle e GJP (R$ 1,75 bilhão por 70,2% da CVC), e a necessidade de 100% de “tag along”, por se tratar de uma ação negociada no novo mercado, que garante a mesma oferta aos minoritários, a CVC seria avaliada por cerca de R$ 2,493 bilhão, um prêmio de aproximadamente 12% frente ao preço de mercado de ontem. Da perspectiva da Smiles, a CVC seria avaliada em cerca de 6,1x EBITDA, abaixo das 15,5x em que a Smiles é negociada atualmente, embora os negócios não sejam comparáveis. Desta forma, o EV/EBITDA de uma potencial companhia combinada seria de cerca de 10,35x de acordo com nossos cálculos. A Smiles sairia de uma posição de caixa líquido para uma relação dív. Liq/EBITDA de 3x, considerando o financiamento da aquisição apenas com emissão de dívida. Além disso, não consideramos potenciais sinergias entre os negócios. Acreditamos assim que um potencial negócio é positivo para as companhias, com múltiplos atrativos para a Smiles, sinergias para a Gol e um prêmio de mercado para a CVC. Setor de Energia Elétrica – De acordo com matéria veiculada pela “AE Broadcast”, o Tribunal de Contas da União (TCU) liberou a renovação das concessões de distribuição de energia elétrica, cujos contratos começaram a vencer desde julho deste ano. Uma medida cautelar do órgão impedia que o processo fosse realizado, que já havia sido decidido pelo governo. A notícia é positiva para as ações de companhias com concessões expirando até 2017, como Cemig, Copel e Eletrobrás.

Projeções Econômicas Dado

Ao analisar o possível negócio, achamos que a aquisição faz sentido para a Smiles e Gol, já que aumentaria a complementaridade dos negócios, aliando passagens aéreas, pacotes turísticos e programa de milhagens.

-2,50%

Magazine Luíza – (MGLU3) – O conselho de administração da companhia aprovou um grupamento de ações na proporção 8 para 1, sem data efetiva definida, ainda a ser apreciada em AGE a ser convocada. A notícia é de cunho informativo. Fibria – (FIBR3) – A companhia comunicou que ocorreu um incêndio em uma composição ferroviária da América Latina Logística (RUMO3), que transportava celulose da unidade de Três Lagoas (MS) para Santos (SP), com danos em 30 vagões. A companhia não informou o volume de celulose transportado. A notícia é marginalmente negativa para as ações da companhia. Setor de Construção Civil – De acordo com matéria veiculada pela “AE Broadcast”, o governo decidiu adiar o lançamento da terceira fase do Minha Casa Minha Vida, especulado agora para o fim do mês. De acordo com fontes, o governo ainda não conseguiu bater o martelo sobre os novos parâmetros do projeto, além de dificuldades orçamentárias. A notícia é de cunho informativo.

Projeções Econômicas Dado

2016 Focus

2016 - Gradual

Selic

12,00%

11,00%

IPCA

5,58%

4,75%

Câmbio

3,70

4,01

PIB

-0,50%

0,40%

Gradual Investimentos 2

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Morning Call

10 de Setembro de 2015

Próximos Proventos - Data "EX" Código

Empresa

Tipo de Provento

Valor Bruto

Valor Liquido

Data de Divulgação

Data "COM"

Data "EX"

Data de Pagamento

ABEV3

Ambev SA

Dividendo

R$ 0,150

-

31/08/2015

08/09/2015

09/09/2015

28/09/2015

CIEL3

Cielo SA

Dividendo

R$ 0,218

-

29/07/2015

11/09/2015

14/09/2015

30/09/2015

CIEL3

Cielo SA

JSCP

R$ 0,061

R$ 0,052

29/07/2015

11/09/2015

14/09/2015

30/09/2015

BBAS3

Banco do Brasil SA

JSCP

R$ 0,266

R$ 0,226

28/08/2015

11/09/2015

14/09/2015

30/09/2015

LREN3

Lojas Renner SA

Desdobramento

Fator: 5

-

19/06/2015

14/09/2015

15/09/2015

-

POMO4

Marcopolo SA

JSCP

R$ 0,024

R$ 0,021

24/02/2015

21/09/2015

22/09/2015

30/12/2015

Próximos Proventos - Data de Pagamento Código

Empresa

Tipo de Provento

Valor Bruto

Valor Liquido

Data de Divulgação

Data "COM"

Data "EX"

Data de Pagamento

SEER3

Ser Educacional SA

JSCP

R$ 0,03

R$ 0,03

03/08/2015

31/07/2015

03/08/2015

15/09/2015

GETI4

AES Tiete SA

Dividendo

R$ 0,37

-

10/08/2015

07/08/2015

10/08/2015

25/09/2015

TBLE3

Tractebel Energia SA

Dividendo

R$ 0,48

-

27/07/2015

20/08/2015

21/08/2015

25/09/2015

ABEV3

Ambev SA

Dividendo

R$ 0,15

-

31/08/2015

08/09/2015

09/09/2015

28/09/2015

POMO4

Marcopolo SA

JSCP

R$ 0,02

R$ 0,02

24/02/2015

22/06/2015

23/06/2015

30/09/2015

CIEL3

Cielo SA

Dividendo

R$ 0,22

-

29/07/2015

11/09/2015

14/09/2015

30/09/2015

CIEL3

Cielo SA

JSCP

R$ 0,06

R$ 0,05

29/07/2015

11/09/2015

14/09/2015

30/09/2015

BBAS3

Banco do Brasil SA

JSCP

R$ 0,27

R$ 0,23

28/08/2015

11/09/2015

14/09/2015

30/09/2015

ITUB3

Itau Unibanco Holding SA

Dividendo

R$ 0,02

-

28/08/2015

31/08/2015

01/09/2015

01/10/2015

ITUB4

Itau Unibanco Holding SA

Dividendo

R$ 0,02

-

28/08/2015

31/08/2015

01/09/2015

01/10/2015

ITSA4

Itausa - Investimentos Itau SA

Dividendo

R$ 0,02

-

28/08/2015

31/08/2015

01/09/2015

01/10/2015

Gradual Investimentos 3

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Disclaimer

10 de Setembro de 2015

Research Daniel Marques, CNPI, CMT [email protected] Gesley Henrique Florentino, CNPI-P [email protected] João Marcello Schoenberger, CNPI-T [email protected]

Equipe Econômica André Perfeito - Economista-Chefe

[email protected] Rafael Gonçalves

[email protected]

DISCLAIMER Este relatório foi elaborado pela equipe de análise da Gradual Investimentos. Trata-se de um material de uso exclusivo desta instituição e de seus clientes, não podendo ser reproduzido ou distribuído , em todo ou e parte, sem expressa autorização da Gradual. Este relatório é distribuído com o objetivo de fornecer informações que possam ajudar o investidor na sua decisão de investimento, porém não visa oferta ou solicitação de compra e venda de qualquer instrumento financeiro. As informações contidas neste relatório são consideradas confiáveis na data de sua publicação, entretanto, não representam por parte da Gradual garantia de exatidão dos dados factuais utilizados. O presente relatório não deve ser considerado de forma isolada, sendo que as opiniões, estimativas e projeções aqui constantes são baseadas em julgamento do(s) analista(s) de investimento envolvido(s) na sua elaboração e são, portanto, sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado. O analista responsável pela elaboração deste relatório - Sr. Daniel Marques - declara, nos termos do artigo 17 da Instrução CVM n° 483/10, que: (I) as análises e recomendações refletem única e exclusivamente suas opiniões pessoais, às quais foram realizadas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Gradual Investimentos; (II) informar o investidor caso esteja em situação que possa afetar a imparcialidade do relatório ou que configure ou possa configurar conflito de interesses, incluindo, mas não se limitando aos casos em que: a) possuir vínculo com pessoa natural que trabalhe para o emissor objeto do relatório de análise, esclarecendo a natureza do vínculo; b) seu cônjuge ou companheiro, seja direta ou indiretamente, em nome próprio ou de terceiros, titular de valores mobiliários objeto do relatório de análise; ou envolvidos na aquisição, alienação ou intermediação dos valores mobiliários objeto do relatório de análise; c) a remuneração do(s) analista(s) de investimento está, direta ou indiretamente, influenciada pelo resultado proveniente dos negócios e operações financeiras realizadas pela Gradual Corretora.

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