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Relatório Anual Café RAC Brasil 2012. Elaborado por: Piracicaba, 2013 Relatório Anual Mercado café RAC 2012 Introdução O presente relatório tem o...
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Relatório Anual Café RAC Brasil 2012.

Elaborado por:

Piracicaba, 2013

Relatório Anual Mercado café RAC 2012

Introdução O presente relatório tem objetivo de demonstrar o comportamento de parte da cadeia produtiva do café certificado RAC – Rainforest Alliance Certified. Ele aborda a curva de crescimento da produção certificada, oferta e demanda café certificado, vendedores, exportadores e os principais destinos cafés RAC brasileiros. As informações referentes à importação e exportação de café foram extraídas exclusivamente do Rainforest Alliance Marketplace, sistema que permite o registro das operações envolvendo a comercialização dos cafés.

Origem do Café Certificado RAC Os cafés RAC são produzidos nas diversas regiões produtoras do Brasil, concentrando-se no sul do estado de Minas Gerais e no Cerrado também em Minas Gerais. Gráfico 1: Evolução da área certificada de café no Brasil (2005 – 2012) em hectares Evolução Área Certificada 60.000,00

56.150,07

50.000,00

48.423,00

40.000,00

39.527,45 30.526,64

30.000,00

24.512,08

22.393,06

20.000,00 15.780,15 10.000,00

8.795,96 9.895,84 2.598,50 2.067,04

2005

2006

2007

2008 total

6.380,59

2009

9.519,18

2010

12.713,00

2011

2012

grupos

Á área produtora de cafés certificados vem aumentando a cada ano desde a primeira fazenda certificada em 2003. De lá pra cá houve grandes esforços para divulgação1 da certificação e capacitação de técnicos2, especialmente para o fomento da criação de grupos. Outro fator importante para o crescimento da área certificada nos últimos três anos, principalmente de grupos, foi o inicio do programa Nespresso AAA, onde em parceria com o IMAFLORA capacita os técnicos de campo dos seus clusters fornecedores sobre a certificação para que eles possam prestar apoio aos produtores na adequação das propriedades. A divulgação da certificação diz respeito a influenciar as politicas de compra de grandes empresas para a inclusão de critérios socioambientais. 2 A capacitação de técnicos é realizada em treinamentos aberto para ao público. 1

Relatório Anual Mercado café RAC 2012

Também deve ser destacado o papel das cooperativas e exportadores, incentivando e prestando assistência para a certificação de seus cooperados. Com esse serviço, as cooperativas e exportadores cumprem o seu papel de levar melhores negócios aos seus cooperados e também é uma maneira de fidelização dos produtores.

Área certificada por região O Cerrado mineiro se destaca como a principal origem produtora de café certificado RAC no Brasil. Nesta região, foi realizada a primeira certificação individual, bem como a primeira certificação na modalidade de grupos. As cooperativas da região foram as primeiras que viram na certificação uma oportunidade de incremento de renda, melhoria na gestão das propriedades e um incentivo para cumprimento da legislação ambiental e trabalhista brasileira para os seus cooperados.

Certificação de Grupos Resultado de um contínuo processo de capacitação de técnicos, visitas e parcerias com empresas, dentre elas a Nespresso, a certificação em grupos evoluiu de maneira significativa em comparação aos últimos anos. Atualmente, 43,65% de toda a área certificada é representada pela modalidade de grupos, acréscimo significativo em comparação com os outros anos como se pode ver no gráfico 1 acima. Tabela 1: distribuição da área certificada por região do Brasil 2012. Hectares % certificado Região certificados Cerrado

31.996,15

56,98%

Sul de Minas

14.615,23

26,03%

Bahía

2.098,64

3,74%

Zona da Mata

781,35

1,39%

Norte de Minas

1.279,71

2,28%

Mogiana

3.460,36

6,16%

São Paulo

1.530,97

2,73%

Outras Regiões

387,66

0,69%

Total Brasil

56.150,07

100%

Relatório Anual Mercado café RAC 2012

Comercialização Demanda por café certificado A demanda por café certificado brasileiro foi similar aos últimos anos e novamente se concentrou basicamente na Europa 60% em proporção menor no Japão, Austrália, Estados Unidos e Canadá. As exportações tem se mantido próximas a 700.000 sacas de 60Kg tendo como principal destino em 2012 o porto de Bremen na Alemanha. A Mondelez Internacional antiga Kraft Foods através de sua empresa de importação a Taloca Café, tem se mantido na primeira colocação entre os compradores do café certificado RAC Brasileiro seguida pela Ecom Agroindustrial Corp Ltd e em terceiro lugar a InterAmerican Coffee GmbH. Tabela2: principais importadores dos cafés certificados brasileiros no período de 2009 a 2012: 2009 2010 2011 2012 Ranking Importadores 1°

Taloca

Taloca



Paragon Coffee Tchibo GmbH Trading Co.



Kanematsu

Taloca

Taloca

Kanematsu

Ecom Agroindustrial Corp Ltd Total

Ecom Agroindustrial Corp Ltda Tchibo GmbH United Coffee InterAmerican Coffee GmbH H.A. Bennett & Atlantic Specialty Tropical Farm Sons Pty. Ltd. Coffee, Inc Management GmbH Alessie & Co Constantia Trading Constantia Trading s.a. s.a. United Coffee InterAmerican Coffee D.R. Wakefield & GmbH Company Limited

InterAmerican Coffee GmbH Total



Atlantic Inc.

Atlantic (USA), Inc. Total



Itochu Corporation

4° 5° 6° 7°

Kanematsu

(USA), Paragon Trading Co.

Coffee Tchibo GmbH

Itochu Corporation

Tribeca Coffee Co

Kanematsu Total United Coffee Total Alessie e Co Total INICIATIVAS COMERCIALES NAVARRAS, S.A. Total

Tropical Farm Management GmbH

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Total Atlantic Specialty Atlantic (USA), Inc. Coffee, Inc

10°

Mitsubishi Corporation

Taylors of Harrogate Total

11°

Tropical Farm United Coffee Management GmbH

12°

Bernhard GmbH

Rothfos Armenia Corp.

H.A. Bennett & Sons Pty. Ltd. Total

Coffee Mountain Coffee Corporation Total

13°

Cerebos (Australia) Limited

14°

Atlantic Inc.

Mitsui Foods International (US) Total

(USA), Itochu Total

Corporation

Armenia Corp. Total

15°

Coffee

Principais Exportadores Com a consolidação desse mercado de café certificado a cada ano há um incremento no número de novos exportadores. Na tabela abaixo é possível notar que empresas que não representavam muito no passado em participação de mercado de cafés certificados, hoje ocupa um lugar de destaque, como é o caso da Atlântica Exportação e Importação de Café, que em 2011 aparecia na 12° posição e que em 2012, ocupou o primeiro lugar como principal exportador brasileiro. Tabela 3: Principais exportadores de café RAC 2009 2010 1 Daterra Atividades Tristao Cia de Rurais Ltda Comercio Exterior 2 EISAEmpresa EISAEmpresa Interagricola S.A. Interagricola S.A. 3 Unicafe Companhia de Unicafe Companhia Comercio Exterior de Comercio Exterior 4 Ipanema Agricola S.A. Daterra Atividades Rurais Ltda 5

Fazenda

Lagoa

do COMEXIM LTDA.

2011 Daterra Atividades Rurais Ltda EISAEmpresa Interagricola S.A. Unicafe Companhia de Comercio Exterior STOCKLER COMERCIAL E EXPORTADORA LTDA. COMEXIM LTDA.

2012 Atlantica Coffee EISAEmpresa Interagricola S.A. COMEXIM LTDA. Daterra Atividades Rurais Ltda Terra Forte Exp. e

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6 7 8

9 10

Oeste Tristao Cia Comercio Exterior COMEXIM LTDA.

de Terra Forte Exp. e Volcafe Ltda Imp. de Cafe Ltda Ipanema Agricola NKG Fazendas S.A. Brasileiras S.A.

Terra Forte Exp. e Imp. STOCKLER de Cafe Ltda COMERCIAL EXPORTADORA LTDA. Origem Brazil Coffee Group Fazenda Belmonte

11 12 13 14 15

Terra Forte Exp. e E Imp. de Cafe Ltda

Imp. de Cafe Ltda Unicafe Companhia de Comercio Exterior Expocaccer – Coop. Cafeicultores do Cerrado – Patrocínio. STOCKLER COMERCIAL E EXPORTADORA LTDA. Ipanema Agricola S.A. Origem Brasil Coffee Group

Ipanema Agricola S.A. Outspan Brazil Importação e Exportação Ltda. Tristao Cia de Sete Cachoeiras Comercio Exterior Comercial Atlantica Coffee NKG Fazendas Brasileiras S.A. Tristao Cia de Comercio Exterior Cooxupé Volcafé Ltda

Evolução das exportações Gráfico 2: Evolução das exportações de café RAC brasileiro Evolução Exportações Café RAC 800000 700000 600000

668886

691000

704.736

2010

2011

2012

489000

500000 400000

320000

300000 200000 100000

10000

30000

2004

2005

76000

128000

0 2006

2007

2008

2009

Relatório Anual Mercado café RAC 2012

Gráfico 3: Evolução produção x exportações

Evolução Produção x Exportação Café RAC 2000000 1.796.802,00 1.553.640

1500000 1000000

1.379.248

1.379.248,33

902.262,40

902.262,40 713.556,98

500000

704.736

691000

669886 489000

320000 0

76000 2006

128000 2007

2008

2009 Exportação

2010

2011

2012

Produção

Nos gráficos pode-se observar que a produção de certificado vem crescendo de maneira constante e as exportações não vem acompanhando a mesma proporção. Uma explicação para parte disso é que algumas empresas, como Nespresso, por exemplo, exportam café certificado, mas como não estampam o selo RAC em seus produtos, estão dispensadas de emitir o chamado “Certificado de Transação”, fonte dos dados assinalados nesse documento.

Portos de destino café RAC brasileiro Tabela 4: Principais destinos (portos) café RAC brasileiro Ranking 2009 2010 Portos Nome Nome 1º Bremen Bremen 2º Yokohama Tilbury, UK 3º Tilbury, UK Hamburg 4º Bremen/Holzhafe Yokohama n 5º Hamburg Bremen/Holzhafen 6º Melbourne Antwerp 7º Rotterdam Toronto 8º Antwerp Rotterdam

2011

2012

Nome Bremen Tilbury, UK Yokohama Hamburg

Nome Bremen Tilbury, UK Hamburg Antwerp

Antwerp Bremen/Holzhafen Melbourne Bremen/Hamburg

Yokohama Rotterdan New York Genova

Relatório Anual Mercado café RAC 2012



Oakland/San Francisco Sydney

10º 11º 12º

Melbourne

Toronto

Melbourne

Sydney

New York Durban Vado Ligure

Oakland New Orleans

Mercado Interno O Brasil é o maior produtor e segundo maior consumidor mundial de café e assim ocupa lugar importante na dinâmica do mercado mundial do produto. Tal importância não se reflete no mercado interno de café certificado, já que a quantidade de produtos e marcas disponíveis é pequeno e ainda sim, restrito a nichos de cafés especiais.

Conclusões e comentários 

Com relação ao total volume exportado de café RAC o gráfico mostra que os volumes estão estáveis nos últimos três anos, sendo que a produção se mostrou em crescimento constante no mesmo período. Essa informação reflete um pouco a variação de produtividade e bienalidade do café, todavia levanta uma preocupação no sentido de que as vendas possam estar se estabilizando.



Ainda com relação ao tópico acima, vale destacar que Nespresso tem sido um grande promotor da certificação e que não registra suas vendas no sistema da RA, por não utilizar o selo em seus produtos, fazendo com que o volume destinado à empresa não seja computado oficialmente nas avaliações.



A promoção e desenvolvimento de metodologia própria de capacitação de técnicos também têm se mostrado eficiente. Vale destacar que esse conceito foi desenvolvido a fim de facilitar o acesso dos produtores pequenos e médios.

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