VERÃO N.80
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VERÃO 2015 • N. 80
A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL Em Foco O FUTURO DA INDÚSTRIA NA FEIRA DE HANNOVER 2015
Tema de Capa OS DESAFIOS DA INDÚSTRIA PORTUGUESA
Destaques 110 ANOS DA SIEMENS EM PORTUGAL
1905 1934
1876
Estabelecimento da Siemens na Rua Augusta. Introdução do negócio de eletrodomésticos.
A Companhia Portuguesa de Eletricidade Siemens inicia as suas atividades em Portugal.
Fornecimento de um forno para a indústria vidreira na Marinha Grande.
1895
1913
Motores Siemens equipam elétricos da Companhia Carris, no Porto.
Fornecimento de equipamentos para a central hidroelétrica de Santa Rita (Fafe) e para a central termo-elétrica de Massarelos (Porto).
2003 Criação do Laboratório de Redes Óticas e de um Centro Mundial de I&D de software para as redes de UMTS e GPRS.
1955 Fornecimento de 24 carruagens para o Metropolitano de Lisboa.
1998
2002 Um milhão de telemóveis vendidos. Adjudicação do projeto “chave na mão” para o Metro Sul do Tejo: material circulante e infra-estruturas eletromecânicas.
2000 2001 Instalação do centro de Competências para aplicações UMTS. Contrato para renovação da Central do Ribatejo.
Início de funcionamento da central da Tapada do Outeiro, projeto “chave na mão” desenvolvido pela Siemens.
A Expo’98 teve a colaboração da Siemens como patrocinadora e fornecedora de equipamentos e serviços tecnológicos.
2005
2010
Estabelecimento de parceria com a Gulbenkian para a Biologia Computacional.
2004 Fornecimento de soluções integradas para nove dos dez estádios de futebol do Euro2004. Desenvolvimento e operação do Terminal de Passageiros temporário criado para fazer face ao fluxo de passageiros no aeroporto de Lisboa.
Projeto do Hospital da Luz: fornecimento de soluções de imagiologia, tecnologias de informação entre outros sistemas.
Protocolo com o MOBI-E (a entidade portuguesa responsável pela dinamização da mobilidade elétrica em Portugal) para soluções de carregamento de carros elétricos.
2008 Início da construção da central de Ciclo Combinado do Pego, uma das mais eficientes centrais do mundo.
2006 Aquisições da Bayer Diagnostics, da Diagnostic Products Corporation e da CTI tornam a Siemens líder mundial em diagnóstico integrado in-vivo e in-vitro.
2009 Assinatura protocolo com EMEF para criação de competências nacionais na área da montagem de material circulante ferroviário.
1987 Entrega da primeira central pública digital em Portugal no âmbito da substituição da rede telefónica pública por equipamento digital.
1964 A Siemens inicia a atividade fabril em Portugal, através da aquisição da Motra-Equipamentos Elétricos produtora de motores e transformadores.
1971
1989 Inauguração da nova Sede “Dois Moinhos”, em Alfragide.
Arranque da nova Fábrica em Évora, produtora de relés (Material de Telecomunicações).
1990 Assinado com a CP o contrato de fornecimento de unidades elétricas para a linha de Sintra. Assinados contratos com CTT e TLP para implementação da primeira rede móvel.
1995
1997 Início de atividades da Fábrica Condensadores de Tântalo em Évora com um investimento inicial no valor de 50 milhões de euros.
1996 Constituição da Siemens Semicondutores, S.A., Vila do Conde. 10 comboios pendulares da CP são equipados com sistemas elétricos de controlo e tração Siemens.
Entrada em funcionamento do novo Hospital de Leiria, projeto “chave na mão” realizado pela Siemens. Carlos Melo Ribeiro é o primeiro português a liderar a empresa em Portugal.
1992 Constituição da Fábrica do Seixal - disjuntores e quadros elétricos.
2014
2011 Para a central hidroelétrica de Venda Nova III (EDP) a Siemens, S.A. forneceu o equipamento eletromecânico.
2012 Fornecimento de soluções aeroportuárias para quatro aeroportos de Angola - Soyo, Dundo, Saurimo e Luena.
A Siemens Portugal foi nomeada um dos 30 lead countries do Grupo a nível global, ficando com a responsabilidade por apoiar o desenvolvimento do negócio em Angola e Moçambique. Inauguração do Centro de Competências IT Global Operation Lisbon.
2013 A Siemens soma 12 Centros de Competência nas áreas Energia, Infraestruturas e Saúde assim como serviços partilhados (recursos humanos, compras, finanças, etc).
Em Portugal desde 1905. Com Portugal desde 1905 E isso vê-se em todos os momentos nos pequenos e grandes projetos. Energia · Indústria · Infraestruturas · Saúde A Siemens celebra este ano 110 anos de presença em Portugal e isso faz com que seja um dos mais antigos parceiros do país. Esteve com Portugal nas primeiras experiências de eletrificação do território e no crescimento da rede ferroviária. Ajudou a indústria especializada e, ao longo dos anos, dos eletrodomésticos ao equipamento médico, a Siemens foi sempre uma presença constante nos grandes momentos do país.
Em Portugal desde 1905. Com Portugal desde 1905.
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FOCO PÁ G I N A 5
TEMA DE CAPA
BUSINESS TO SOCIETY
PÁ G I N A 1 2
PÁ G I N A 2 4
Clipping – A Siemens nos media Relação de confiança entre a Siemens e a economia portuguesa O futuro da indústria
Tema de Capa: A nova era da indústria nacional
ENERGIA SUSTENTÁVEL: páginas 22 a 28
Entrevista: António Pires de Lima – “A indústria é motor de desenvolvimento” Entrevista: Diogo da Silveira – “O crescimento da utilização do e-mail impulsionou a venda de papel” Opinião: António Mira DIRETOR-GERAL
FUTURO DA INDÚSTRIA: páginas 39 a 40
INFRAESTRUTURAS INTELIGENTES: páginas 29 a 37
CENTROS DE COMPETÊNCIA
DA DIGITAL FACTORY and PROCESS INDUSTRIES DRIVES da SIEMENS “A resposta à quarta revolução industrial”
and
PÁ G I N A 5 1
SAÚDE: páginas 41 a 44 ANGOLA E MOÇAMBIQUE: páginas
45 a 50
ST
SUSTENTABILIDADE PÁ G I N A 5 4
Centro de Tecnologias de Informação comemora um ano de vida Reconhecimento na área dos autocarros elétricos em Portugal Centro Global de Gestão de Imobiliário ganha terreno internacional
DESTAQUES PÁ G I N A 7 3
Resultados sólidos – A levar a “Engenharia made in Portugal aos quatro cantos do Mundo” Portos com alma lusa Lisbon Business Connections Uma pegada com 110 anos
Geração 2015 – Desafio para jovens e futuros engenheiros Regresso a casa Centro Infantil da Cruz Vermelha Portuguesa recebe remodelação ATEC promove empreededorismo jovem Aposta na diversidade em Portugal
RAIO-X INOVAÇÃO PÁ G I N A 6 4
Laboratório de Plasmas Hipersónicos apoia indústria espacial Pictures of the Future – Cenário 2030: Rumo à realidade Crescimento sustentável Valorização do talento em Portugal Pioneirismo no setor energético nacional 30 anos de inovações em ressonância magnética
I LOVE SIEMENS PÁ G I N A 8 0
O setor da indústria em resumo A marca nas Redes Sociais
Disponível em versão ipad e android
IMPRESSUM: Diálogo Publicação da Siemens em Portugal PROPRIETÁRIO E EDITOR: Siemens, S.A. DIRETORA: Joana Garoupa - Tel.: 214 178 225 joana.garoupa@ siemens.com COORDENAÇÃO GERAL: Ana Ribeiro - Tel.: 214 178 504
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Indústria 4.0: Por um Portugal Digital MELO RIBEIRO Administrador Delegado e Chief Executive Officer
A indústria é um dos motores decisivos para o desenvolvimento do país, sendo o grande impulsionador das exportações nacionais. A aposta na exportação e internacionalização foi, talvez, a melhor resposta das indústrias portuguesas aos efeitos da crise financeira que o país tem vindo a atravessar.
o processo não irá decorrer de um dia para o outro. Mas as bases do futuro já estão lançadas, até porque muitos componentes da Indústria 4.0 já estão disponíveis. Basta lembrar que o Fórmula 1 de Sebastian Vettel e o Mars Rover “Curiosity” foram desenvolvidos, no mundo virtual, com a ajuda do software de gestão do ciclo de vida do produto (PLM) Para que este setor de atividade seja bem- da Siemens, o que dispensou meses de testes -sucedido, além de melhorias de produtividade práticos desnecessários. é necessária uma forte política de inovação em relação a produtos, processos produtivos e co- Para preparar já hoje os recursos humanos merciais, e uma decisiva captação de talentos. que irão ditar as regras desta nova era, estaTodos estes fatores são relevantes, ainda mais belecemos com o Estado português o protoquando sabemos que Portugal e a Europa estão colo Engenharia Made in Portugal que dotou no limiar de uma nova revolução industrial. as principais universidades e escolas técnico-profissionais com licenças de software e kits Tal como as três revoluções industriais an- de automação Siemens, aproximando o ensiteriores, a atual, a quarta – Indústria 4.0 –, no teórico/prático das necessidades reais da assinala uma nova era na produção que visa indústria nacional e da sua modernização. interligar os fluxos de dados entre parceiros, A iniciativa também pretende criar condifornecedores e clientes e a integração vertical ções para que os futuros engenheiros acedam dos ciclos produtivos dentro das organizações, a uma formação cada vez melhor, fundamendesde o desenvolvimento até ao produto aca- tal para impulsionar a indústria e desenvolver bado. O mundo real irá fundir-se com o virtual a economia portuguesa. neste processo, em sistemas onde sensores e chips identificam e localizam produtos e em Nos dias de hoje, enquanto o universo da Inque estes conhecem o seu próprio histórico e dústria 4.0 começa a ganhar forma, vamos o seu estado atual. aprendendo e desenvolvendo o potencial que tem para se tornar um impulsionador de exEste novo panorama traz ganhos de eficiên- portação, não só em Portugal, como também cia e um aumento exponencial no dinamismo no resto da Europa. Se ficarmos parados, ficado setor, trazendo novos players e tecnolo- mos para trás. gias para o mundo industrial. É verdade que 5
FOCO
A Siemens nos Media
A indústria do futuro precisa de novos talentos. Esta é uma aposta da empresa.
I MPR ENSA
ANTÓNIO MIRA EM ENTREVISTA 01
O responsável pelas divisões da Indústria foi entrevistado pela revista Indústria, onde explicou o Prémio Nova Geração|15 no âmbito do projeto “Engenharia Made in Portugal”. “A competição foi pensada e desenvolvida com o objetivo de aproximar o ensino teórico e prático das necessidades reais da indústria nacional e da sua modernização”, avançou António Mira. Uma entrevista onde também se falou do papel da Siemens enquanto empresa de engenharia, na modernização da indústria nacional e na sua entrada na quarta revolução industrial.
ORDEM DOS ENGENHEIROS ENTRA NO PRÉMIO NOVA GERAÇÃO
Luís Mourato, responsável pela divisão Building Technologies.
05
A Siemens vai receber durante seis meses quatro estudantes universitários para estagiarem nos seus departamentos, como notícia a secção dedicada às novas tecnologias do Correio da Manhã. Esta oportunidade surge no âmbito do Prémio Nova Geração|15.
02
A Ordem dos Engenheiros (OE) associou-se à iniciativa Prémio Nova Geração|15, um concurso de ideias que visa distinguir e reconhecer as melhores propostas para o futuro da indústria portuguesa. Uma iniciativa da Siemens a que se juntaram a OE, a CIP e a COTEC, e que visa estimular a formação na área da engenharia.
PRÉMIO NOVA GERAÇÃO|15
03
05
1 de fevereiro de 2015
19 de abril de 2015
Vida Imobiliária
Correio da Manhã
SIEMENS LIGA SIEMENS PROCURA TEORIA ACADÉMICA NOVOS TALENTOS 06 À INDÚSTRIA 04
02
Revista InGenium
A multinacional Siemens quer incentivar os jovens futuros engenheiros a criarem uma indústria mais moderna e inovadora.
1 de janeiro de 2015
A PERSONALIDADE DOS EDIFÍCIOS DO FUTURO 03
01
Revista Indústria 1 de janeiro de 2015
6
As “qualidades verdes” dos edifícios – consumo de recursos, construção e operação sustentável – são e continuarão a ser um importante fator de diferenciação no setor imobiliário. Uma entrevista de
04
Expresso 28 de fevereiro de 2015
A Siemens Portugal está a desenvolver diversos projetos em parceria com cerca de 200 escolas e universidades nacionais que já envolveram mais de 47 mil alunos, disse ao Diário Económico António Mira. O responsável da Siemens pelo setor da indústria explicou, também, que o objetivo é encontrar novos talentos na área da engenharia. António Mira referiu, ainda, ao DE a
existência de outros projetos da empresa alemã a este nível, como a Automation Academy e o programa PLM. 06
Diário Económico 27 de abril de 2015
20 ANOS DE CARREIRA 08
Carlos Melo Ribeiro conta como foi o seu percurso na empresa, os desafios da economia protuguesa e como fintou a crise.
O NEGÓCIO DA SAÚDE 10
João Seabra, diretor-geral da região sudoeste da Europa, da divisão Healthcare, tendo a seu cargo a gestão de seis países, foi o convidado do programa “Página 2”. É responsável pela gestão do negócio em França, Itália, Espanha, Portugal, Grécia e Bélgica.
CENTRO DE COMPETÊNCIAS PARA A ENERGIA 07
A Siemens está a terminar mais um grande projeto de investimento em Portugal, desta vez na área da energia. Trata-se do 17.º Centro de Competências que o grupo abriu em Portugal. Numa entrevista ao Diário Económico, o responsável por esta divisão no país, Fernando Silva, fala dos desafios futuros e da estratégia da Siemens para a área da energia. Segundo este responsável, estamos a falar de uma equipa constituída por 350 pessoas na divisão de Energy Managment.
T E L E VISÃO
08
Revista Exame
SIEMENS APOSTA NA PROMOÇÃO DA CARREIRA DAS EXECUTIVAS 11
Ajudar a fazer crescer os negócios das empreendedoras portuguesas é objetivo do programa “The Mentoring Empresarial Connect to Success” que foi lançado pela embaixada norte-americana em Portugal. O programa prevê que grandes empresas portuguesas disponibilizem uma equipa para responder aos desafios do desenvolvimento de negócio destas mulheres. A Siemens é uma das empresas que disse sim a este convite. Entrevista a Joana Garoupa, diretora de Comunicação da Siemens Portugal.
1 de maio de 2015
PRESIDENTE DA SIEMENS RECEBIDO E AGRACIADO EM BELÉM 09
O presidente da Siemens AG, Joe Kaeser, foi recebido pelo Presidente da República, Cavaco Silva, que o agraciou com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Industrial, por ocasião do 110.º aniversário da presença da empresa em Portugal.
10
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24 de fevereiro de 2015
2 de abril de 2015
RTP2: “Página 2”
ETV: “Capital Humano”
R ÁD IO
CRESCIMENTO VERDE 12
Entrevista com Joana Garoupa, diretora de Comunicação da Siemens, sobre a Semana Nacional para o Crescimento Verde, Green Business Week, que decorreu no Centro de Congressos de Lisboa. 07
09
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28 de abril de 2015
13 de maio de 2015
4 de março de 2015
Diário Económico
Diário Económico
TSF
7
Relação de confiança entre a Siemens e a economia portuguesa Joe Kaeser visitou Portugal em maio por ocasião do 110.º aniversário da presença da empresa em Portugal e foi homenageado pelo Presidente da República Portuguesa Depois de uma reunião com o management da Siemens Portugal para discutir plataformas de crescimento da empresa, o CEO da Siemens AG, Joe Kaeser, foi para a Presidência da República para ser agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Industrial. Já depois de ter recebido as insígnias, o presidente da Siemens manifestou a sua “grande honra” em receber a distinção, dedicando-a a todos os colaboradores da Siemens em Portugal, notando que têm sido eles “a fazer a diferença”. “Estamos aqui há 110 anos e ficaremos cá por mais 110 anos”, prometeu. O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, sublinhou a relação de confiança entre a Siemens e a economia portuguesa, considerando que a empresa tem ajudado a projetar o país como uma localização competitiva para o investimento. “Consideramos que a Siemens, como grande empresa global que é, tem ajudado a projetar Portugal como uma localização competitiva para o investimento. A Siemens está em Portugal há 110 anos e, ao ser observada por outros investidores internacionais, pode contribuir para que sejam tomadas decisões para que os outros invistam em Portugal”, afirmou o chefe de Estado, Cavaco Silva. Cavaco Silva, que falava antes de condecorar o presidente da Siemens, Joe Kaesar, lembrou que a empresa é um dos mais antigos grupos empresariais a operar no país, tendo ao longo do tempo contribuído para o desenvolvimento económico e social. Atualmente, referiu, emprega direta e indiretamente
Joe Kaeser, CEO da Siemens AG, é agraciado por Cavaco Silva, Presidente da República, com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Industrial
colaboradores “altamente qualificados” e estabeleceu parcerias com universidades e instituições científicas, contribuindo desta forma para a investigação, o desenvolvimento e a inovação em Portugal, ao mesmo tempo que criou centros de competência que projetam o país por todo o mundo. “Há, portanto, uma relação de confiança – podemos dizer assim – entre a Siemens e a economia portuguesa”, frisou. Referindo-se à sua visita em 2009 à sede da empresa, em Munique, o Presidente da República recordou a forma como ficou impressionado com os projetos inovadores que então lhe foram apresentados, alguns dos quais trabalhados em Portugal e que depois
“levam o talento português aos cinco continentes. “A Siemens é uma das maiores empresas a nível mundial, penso que tem a nível mundial mais de 300 mil colaboradores, é conhecida pela excelência da sua engenharia, da inovação, das soluções tecnológicas, pela procura incessante de resposta para os problemas do mundo moderno”, acrescentou. Complementarmente, e por ocasião do 110.º aniversário da presença da empresa em Portugal, a visita de Joe Kaesar terminou com um almoço com alguns dos clientes Siemens e o ministro da Economia, Pires de Lima.
9
O futuro da indústria Soluções integradas com vista à otimização da produção industrial com ligações entre o mundo real e virtual são o cenário perfeito para conhecer o mundo 4.0 A Siemens apresentou as mais recentes inovações no caminho para a produção do futuro na edição de 2015 da Feira de Hannover, aquela que é considerada o maior certame do mundo sobre tecnologia industrial. Sob o lema “A Caminho da Indústria 4.0 – Impulsionar a Empresa Digital”, o stand de 3500m2 da Siemens apresentou, aos seus clientes industriais, uma visão abrangente do vasto portefólio da empresa. O espaço reuniu soluções integradas para otimização da produção nas áreas da eletrificação, automação e digitalização, aquelas em que a empresa vai continuar a apostar nos próximos anos por serem as de potencial mais elevado. 10
A Siemens apresentou, no certame, uma vasta gama de produtos, soluções e serviços que podem ajudar a conseguir mais eficiência, inteligência e flexibilidade na produção industrial ao longo de toda a cadeia de valor. A chave para isso é a transformação digital em contexto industrial. Esta evolução, que ainda se encontra nos estágios iniciais de desenvolvimento, está a abrir novas vias para um futuro de sucesso, no qual a indústria será capaz de desempenhar o seu papel como motor de inovação, crescimento e estabilidade social. A Siemens, empresa especialista líder a nível global, está em desenvolvimento contínuo neste campo e fez da digitalização uma prioridade. É por isso que os seus produtos e serviços irão continuar a fortalecer a competitividade das empresas no longo prazo.
As diversas zonas temáticas do stand em Hannover 2015 foram encenadas de forma apelativa, com exemplos visualmente impressionantes. Foi dada uma ênfase especial à digitalização da indústria no contexto dos temas-chave: “O Futuro da Produção” e “Energia Sustentável”. No seu “Fórum de Digitalização”, que ocupou uma área de cerca de 1000m2 do stand com um palco próprio, a Siemens recriou exemplos de aplicações reais das indústrias transformadoras e de embalagem, do setor de engenharia mecânica e de produção aditiva. O Fórum também foi palco de uma apresentação central que abordou os diferentes aspetos da digitalização e mostrou como a Siemens interliga o mundo real com o virtual.
Visita oficial no stand Siemens: Angela Merkel, chanceler alemã, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi com Joe Kaeser, CEO da Siemens AG, e Klaus Helmrich, membro do Managing Board
Hannover 2015
3.500m2
3.000
Stand da Siemens
doses de salsicha
30
120.000 visitantes
km de cabos
85
> 120
25.000
apresentações de produtos
cafés e cappuccinos
toneladas de aço
23
23 delegações de 19 países
pontos wi-fi
10.000 litros de bebidas
11
13-15
TEMA DE CAPA A indústria nacional é um pilar fundamental da sustentabilidade do modelo económico e social em Portugal. O investimento em tecnologia e inovação, captação de talento e a aproximação entre o ensino, a investigação e a indústria são alguns dos desafios.
16-19
ENTREVISTA
ANTÓNIO PIRES DE LIMA
O papel da indústria como motor de desenvolvimento é ainda mais relevante ao nível das exportações, o que tem contribuído para assegurar uma balança comercial positiva.
DIOGO DA SILVEIRA
A partilha mais rápida entre utilizadores ilimitados contribuiu para o crescimento do volume de impressão devido à preferência das pessoas por lerem documentos em papel.
20-21
OPINIÃO
ANTÓNIO MIRA
O sucesso futuro da indústria nacional passa pela captação de talento, pela inovação em termos de produtos, processos produtivos e comerciais e pela melhoria da produtividade.
12
A nova era da indústria nacional O setor industrial nacional está a apostar cada vez mais em inovação, potenciando o conhecimento e tecnologia nacionais para oferecer, ao mercado global, produtos diferenciados. A inovação começa agora
A indústria é o cerne de uma economia forte. Contribui, em média, para 77% da inovação de cada país, 70% das suas exportações e representa 17% do seu produto interno bruto (PIB). A política industrial da União Europeia (UE) integra-se na estratégia de crescimento Europa 2020 e visa o crescimento sustentável e a criação de emprego através do uso eficiente dos recursos disponíveis. Como a indústria nacional é um pilar fundamental da sustentabilidade do modelo económico e social em Portugal, o relançamento do setor deve basear-se nesta estratégia. O seu sucesso depende da capacidade da indústria de ultrapassar vários desafios. Entre estes encontram-se o investimento em tecnologia e inovação, captação de talento e a aproximação entre o ensino e a investigação e a indústria. Portugal tem de se apoiar numa economia do conhecimento que leve à inovação tecnológica, comercial e de produto que permita às empresas nacionais terem sucesso por fazerem e oferecerem diferente e melhor. Um estudo recente da Comissão Europeia (CE) demonstra que a União Europeia (UE) poderia criar 3,7 milhões de postos de trabalho e aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) anual em 795 mil milhões de euros até 2025 ao consagrar 3% do seu PIB à investigação e desenvolvimento. A economia portuguesa tem apostado nisso, com o apoio de sucessivos governos, aplicando cada vez mais recursos financeiros e humanos em investigação, desenvolvimento e inovação. Este esforço resultou na melhoria de alguns rankings e indicadores relativos à despesa, qualificação em ciência e tecnologia e à publicação científica do país, com exceção de 2012 devido ao impacto da crise. Mas para o setor industrial recuperar é necessário apostar ainda mais em inovação, procurando antecipar tendências e potenciando o conhecimento e tecnologia ao seu alcance, dentro e fora das instalações fabris, para conseguir oferecer, ao mercado global, produtos diferenciados. Para que isso aconteça é necessário, entre outros, que o país se torne mais produtivo, investindo ainda mais na modernização tecnológica da indústria nacional.
formação, tem assumido um papel importante no aumento da competitividade das empresas. No entanto, a capacidade de atrair os melhores passa pela melhoria da imagem do setor industrial nacional em relação à sua capacidade tecnológica e pelo aprofundar do seu envolvimento nas várias fases do ensino secundário, profissional ou superior. Isso pode ser feito através da sua participação na definição dos programas escolares. Mas também implica o desenvolvimento e disseminação de case studies para apoio curricular em determinadas disciplinas. Desta forma, a indústria promove uma perspetiva prática sobre os principais temas do setor, fornecendo conhecimento mais adequado aos seus futuros trabalhadores. Este tipo de ações contribui para o setor promover a sua imagem e para melhorar a sua capacidade de atração junto de um público cujo processo formativo está cada vez mais orientado para o setor terciário. Se a indústria captar talento dotado de algum conhecimento prático, reforçando-o, depois, com as ferramentas e metodologias de produção mais recentes, poderá ter acesso a um quadro de trabalhadores mais autónomos, motivados e criativos logo desde a sua integração. Outro dos desafios do setor industrial é que poucas empresas olham com atenção para o seu acervo tecnológico e conseguem fazer uma análise sobre a rotura tecnológica prevista para um futuro próximo. Por isso é muito relevante o reforço da ligação entre o tecido empresarial e o meio académico, pois o conhecimento gerado nas universidades pode ser essencial para a criação de vantagens competitivas no mercado e para ultrapassar barreiras técnicas que ocorrem em processos de investigação e desenvolvimento que decorram no seio das empresas.
É essencial a indústria nacional apostar na inovação tecnolóA captação de talento e a qualificação do capital humano, atra- gica e de produto para poder concorrer no mercado global, até vés de uma coordenação e relação eficaz entre as escolas e uni- porque já não consegue competir pelo baixo custo dos produtos versidades e o setor industrial, em termos de políticas de ensino e que coloca no mercado. 13
Por isso, o caminho da indústria portuguesa passa por aproveitar, de forma mais eficiente, o potencial científico e técnico gerado no meio académico e no tecido empresarial para encontrar as melhores soluções para melhorar a sua capacidade concorrencial. Isto implica a necessidade de adaptar os modelos de negócio aos novos desafios económicos globais, incluindo o investimento em tecnologias mais eficientes e produtivas. Existem bons exemplos disso nos setores da pasta e do papel, de componentes para automóvel, de moldes e de têxtil e calçado nacionais, entre outros. A mudança feita no setor de calçado, por exemplo, permitiu que este setor consiga vender cada par de sapatos a cerca de 24 euros, o segundo valor mais elevado a seguir aos italianos, registando exportações crescentes nos últimos anos. E vendem-se principalmente à custa de inovação. Não só tecnológica, mas também comercial e em termos de design. O trabalho já realizado por algumas das empresas nacionais permitiu-lhes competir no mercado global com um posicionamento completamente diferente do tradicional. Está, hoje, mais associado a estratégias de diferenciação e inovação de produto e de processo. Ou seja, não fazem apenas coisas novas. Também produzem de forma diferente. O sucesso futuro da indústria nacional implica a captação de talento, a melhoria da produtividade e a inovação em termos de produtos, processos produtivos e comerciais. Isto acarreta mais investimento em formação, investigação e desenvolvimento e em novas e melhores tecnologias. Tudo é relevante, até porque a indústria portuguesa é um motor decisivo para o desenvolvimento nos próximos anos.
A grande indústria nacional As grandes empresas industriais são as maiores exportadoras portuguesas. Por exemplo, a Autoeuropa representa sensivelmente 6% das exportações nacionais de mercadorias, incorporando componentes de várias empresas nacionais, muitas delas PME, sem, no entanto, deixar de lhes colocar as mesmas exigências que impõe aos seus restantes fornecedores certificados. A Portucel Soporcel, cuja atividade está ligada à produção e comercialização de pasta e papel, representa cerca de 3% das exportações nacionais e quase 1% do PIB. O grupo diferencia-se pela integração vertical do seu modelo de negócio – investigação aplicada, floresta, pasta de celulose, energia renovável e papel – e pelo elevadíssimo Valor Acrescentado Nacional (VAN), direto e indireto, que incorpora nos produtos que fabrica e exporta na sua quase totalidade. A sua posição de liderança internacional, a forte contribuição para a economia nacional e a estratégia de crescimento e inovação que prossegue, a par das credenciais éticas e de sustentabilidade, levaram a que o grupo fosse nomeado, em junho de 2013, como a “Melhor Empresa da Europa” pelos European Business Awards.
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ANTÓNIO PIRES DE LIMA MINISTRO DA ECONOMIA
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A indústria é motor de desenvolvimento Para o ministro da Economia, António Pires de Lima, o papel da indústria como motor de desenvolvimento é ainda mais relevante ao nível das exportações, o que tem contribuído para assegurar uma balança comercial positiva DIÁLOGO: A indústria tem um papel essencial na economia. Qual tem
É preciso não esquecer que o papel da indústria como motor de de-
sido o seu desempenho como motor de desenvolvimento para a necessária senvolvimento é ainda mais relevante ao nível das exportações, o recuperação de Portugal? que tem contribuído para assegurar uma balança comercial positiANTÓNIO PIRES DE LIMA: A elevada concentração do setor dos serviços na estrutura produtiva em detrimento da indústria tem sido uma forte tendência observada em Portugal e na generalidade dos países desenvolvidos desde o final dos anos 90 face aos países emergentes, nomeadamente a China.
Entre 2000 e 2014 o VAB gerado pela indústria transformadora e extrativa no país desceu de 17,7% para 12,9% do total, e o emprego respetivo desceu de 22,1% para 16,7% do total. A análise inter-regional do VAB em Portugal revela que esta tendência se refletiu, embora de forma heterogénea, em todas as regiões.
va e o equilíbrio externo da economia portuguesa. D: O que ainda falta fazer? Quais são as principais oportunidades atuais
para o setor industrial nacional? APL: As empresas industriais enfrentam hoje um contexto de mui-
to maior exigência, com uma concorrência cada vez mais global, que impõe a necessidade de ganhar competências distintivas e afirmar a diferenciação.
A indústria europeia enfrenta enormes desafios inerentes à globalização da produção e dos mercados, pelo que tem de fazer valer os seus pontos fortes: design reputado, engenharia capaz de desenvolver e Apesar desta evolução, tem-se registado uma alteração significa- fabricar produtos inovadores e complexos, standards de fabrico eletiva no padrão de especialização da indústria transformadora em vados com imagem de precisão e fiabilidade, liderança no fabrico de Portugal. Assim, transitou-se da dependência de atividades indus- maquinaria e equipamentos, vanguarda na segurança e nas preocupatriais tradicionais baseadas em baixos custos de produção para ções ambientais, elevado nível de formação dos recursos humanos e uma situação em que predominam empresas competitivas dos se- capacidade científica e tecnológica de topo. tores tradicionais e novos setores, ambos com maior incorporação tecnológica, com peso crescente na economia e uma dinâmica de As políticas que contribuam para uma aposta no desenvolvimento da crescimento. Destacam-se, entre outros, o vestuário, calçado, agro- indústria – nomeadamente da indústria transformadora – têm vin-alimentar (nos setores tradicionais), mas também o setor auto- do a ser consideradas estratégicas para a retoma do crescimento na móvel e componentes, a eletrónica, o setor químico e farmacêutico Europa e uma das condições para a saída da crise. A este nível, as poe as indústrias relacionadas com as novas tecnologias de informação líticas que estão a ser implementadas em Portugal, nomeadamente e comunicação. Mais recentemente, e em termos de variação homó- com a Estratégia de Fomento Industrial para o Crescimento e para o loga, os dados encadeados em volume ao nível do VAB gerado na in- Emprego (EFICE) e o Acordo de Parceria 2020, visam uma melhoria dústria têm registado valores positivos desde 2010 (6,8%). De acor- do ambiente de negócios (sobretudo para empresas inovadoras) e das do com os dados já conhecidos de 2014, a variação homóloga deste condições para registo da propriedade intelectual, a par de uma reduíndice atingiu os 1,8%. Também ao nível do investimento assiste-se ção da carga administrativa e simplificação do ambiente regulatório, atualmente a uma inversão da tendência de decréscimo do seu peso com impacto direto na competitividade das empresas. Por outro lado, no PIB, que se registava desde o início do século. Este crescimento pretende-se o aumento da qualidade das infraestruturas diretamente do investimento explica-se pelo reforço do setor industrial, no qual associadas à atividade produtiva, como as energéticas, os portos e a os projetos de empresas multinacionais como a Siemens tiveram, ferrovia, bem como um melhor funcionamento do mercado de trabalho e a adequação das competências e qualificações dos trabalhadores e continuam a ter, um papel muito importante. às necessidades das empresas e da economia. 17
Só assim será possível reforçar o valor acrescentado da produção nacional, designadamente pela maior ligação a centros de investigação e tecnológicos, universidades e outros agentes, apostando no potencial dos clusters para apoiar o crescimento e internacionalização das empresas. Por fim, mas não menos importante, queremos também reforçar condições de acesso ao financiamento em condições competitivas para empresas com valor e economicamente viáveis, com o objetivo de facilitar a integração progressiva das empresas em cadeias de valor mundiais, aumentar a sua competitividade e assegurar o acesso aos mercados externos em condições de concorrência mais favoráveis.
produtos transacionáveis de elevado valor acrescentado, investindo em tecnologia de ponta, na modernização de processos e métodos de trabalho e na maior qualificação dos recursos humanos. A inovação e as mudanças tecnológicas são motores determinantes para a evolução dos processos de fabrico através, nomeadamente, da combinação de tecnologias e de novas técnicas de produção, num contexto onde novos materiais avançados desempenharão igualmente um papel relevante. Em particular, as biotecnologias industriais, os bioplásticos, os biocombustíveis de próxima geração e as nanotecnologias irão desempenhar um papel cada vez mais importante em segmentos da indústria transformadora.
Em termos de rankings internacionais respeitantes à inovação e I&D, no Índice de Competitividade Global 2014-2015 do Fórum Económico Mundial Portugal subiu 15 posições, ocupando a 36.ª posição em 144 economias avaliadas. Estas reformas vão continuar a ser implementadas, de forma a melhorar a competitividade e a atratividade da economia nacional, e centradas na valorização da produção nacional, ao longo da cadeia de valor, tendo sempre como objetivos principais a criação de emprego e o reforço das exportações.
A dinamização da indústria nacional passa, assim, pelo avanço tecnológico e pelo aumento do VAB dos setores mais tradicionais. Aproximar as universidades e os centros de investigação das empresas industriais, de modo a facilitar e acelerar a transferência de tecnologia e a aplicação do conhecimento, é uma forma de fomentar a competitividade mais eficiente e com menores custos. D: Hoje, tanto no nosso país como na Europa, a necessária reindustria- Para isso, o país produz já um recurso endógeno da maior qualidalização não passa por modelos assentes em fatores de competitividade de: o potencial científico e técnico gerado no meio académico e no como mão de obra barata mas pela inovação. Como é que a indústria tecido empresarial.
portuguesa se vai diferenciar neste mercado global? APL: Para se afirmar num mercado crescentemente globalizado, a indústria portuguesa precisa de ser efetivamente mais competitiva nos segmentos onde pretende atuar. Importa repensar o posicionamento da indústria portuguesa nas cadeias de valor internacionais mais atrativas às nossas competências, apostando em 18
Nestas questões, a estratégia de clusters tem também um papel determinante. O desenvolvimento de clusters, num ambiente de equilíbrio entre grandes e pequenas empresas, com escala, agilidade, inovação e empreendedorismo, será decisivo num processo de relançamento da indústria como setor de relevância no país à escala
internacional, colocando as empresas portuguesas num patamar de elevada competitividade nos seus mercados externos-alvo.
tecnológicas de gestão de negócios baseadas em Internet mais recentes e em condições extremamente acessíveis.
As questões logísticas e de energia são também uma preocupação porque os custos são elevados e, principalmente, porque nem sempre estão adaptadas às reais necessidades das empresas. Investir no desenvolvimento dos transportes, nomeadamente em plataformas marítimas e ferroviárias, e na integração no mercado europeu de energia, é uma via para fomentar a indústria portuguesa e, em especial, a sua internacionalização.
Por outro lado, além de uma cada vez maior utilização das tecnologias de informação, existe uma crescente combinação de processos de fabrico avançados com vários serviços ao utilizador final, o que está associado a uma maior incorporação do conhecimento na indústria transformadora. Em paralelo, uma maior eficiência na utilização de recursos constitui um desafio central para os setores envolvidos, permitindo desenvolver processos mais integrados no quadro de cadeias de valor nacionais e europeias.
É muito importante lembrar que, na última década, Portugal tem registado uma melhoria na especialização em serviços intensivos do No que se refere à fileira das Tecnologias de Produção e Instrumentação conhecimento. Como tal, a partir de 2012 a Balança de Pagamentos – que inclui empresas que disponibilizam produtos e serviços para Tecnológica (BPT) entre Portugal e o estrangeiro passou a ser positiva. a indústria transformadora, nomeadamente fabricantes de máquinas, integradores de sistemas, software houses e empresas de Em termos de rankings internacionais respeitantes à inovação e I&D, engenharia e consultoria para processos industriais, entre outros no Índice de Competitividade Global 2014-2015 do Fórum Económico – esta representa cerca de 11% das empresas da indústria transMundial Portugal subiu 15 posições, ocupando a 36.ª posição em 144 formadora, 8% do pessoal e 7% do seu volume de negócios. economias avaliadas. Neste Índice destacam-se a qualidade das instituições de investigação científica (18.º lugar), a disponibilidade de cientis- D: Quais são os melhores exemplos de sucesso no uso da inovação no tas e engenheiros (8.ª posição global e 3.ª entre países da EU), mas tam- setor industrial nacional, ou seja, quais têm sido as indústrias mais bém o 4.º lugar na qualidade das nossas escolas de gestão e o 5.º lugar na inovadoras? facilidade e rapidez para iniciar uma nova atividade (empreendedoris- APL: Existem alguns exemplos na indústria portuguesa de alterações profundas nos modelos de negócio que permitiram a algumas mo). São resultados muito positivos e que nos enchem de orgulho. empresas competirem no mercado global (veja-se o caso da indúsD: Qual tem sido o contributo do uso de novas tecnologias como a digita- tria têxtil e da indústria do calçado), com um posicionamento comlização para que isso aconteça? pletamente diferente do tradicional mais associado a estratégias APL: A economia digital tem ajudado as micro e pequenas e médias de diferenciação e inovação de produto e de processo. empresas portuguesas a serem mais competitivas. Ao estimular a utilização de ferramentas digitais permite-se o acesso a novos Estas indústrias aproveitaram a sua flexibilidade, evoluindo para mercados, a melhoria da gestão e torna-se mais eficiente a relação produtos individualizados e pequenas séries (personalizadas) com com os clientes e fornecedores. grande qualidade, com entrega rápida em mercados exigentes. Um pequeno país como Portugal terá grande dificuldade em competir Com a adesão às redes de informação, a produtividade das PME com grandes economias massificadas em produtos pouco valorizapode hoje ser melhorada com um leque de soluções que até há pou- dos, e terá que usar a flexibilidade da sua mão de obra para aproco tempo apenas eram acessíveis às grandes empresas. Desde a co- veitar rapidamente as oportunidades. municação com clientes e fornecedores à gestão total do negócio, estas ferramentas permitem às empresas serem mais organizadas, O calçado, um setor antes completamente dependente de tecnologia rentáveis e competitivas. e de design importado, que passou de importador de tecnologia para exportador e líder mundial em alguns segmentos, procura agora afirAém de publicitar a localização do negócio e os produtos ou servi- mar-se como o maior exportador europeu e principal criador de tenços disponibilizados, a Internet é uma extraordinária plataforma dências de moda, com um impacto muito significativo em termos de internacional de venda de produtos e serviços. Um meio através do imagem do setor e do país. Este setor fez parcerias com o INESC Porto qual as empresas – mesmo as mais pequenas – podem ambicionar para o desenvolvimento de tecnologias de informação, automação, fazer negócios em todo o mundo. otimização e outras ligadas à organização empresarial, à logística intra-empresarial e aos armazéns automáticos, entre outros. Segundo o “Plano de Ação Empreendedorismo 2020” da Comissão Europeia, o crescimento das PME é duas a três vezes mais rápido Por fim, também não faltam bons exemplos na indústria transforquando adotam as TIC. A digitalização e a libertação dos dados dos madora, onde em matéria de inovação se destacam, por exemplo, a documentos físicos permitem, entre outras vantagens, melhorar o química, moldes e injeção de plásticos, indústria automóvel e aeroprocesso de tomada de decisões empresariais e ajudar a fazer um náutica e respetivos componentes, metalomecânica, têxteis técnimelhor planeamento do futuro. O programa “PME Digital”, inicia- cos, novos materiais e produtos compósitos. tiva do Ministério da Economia, disponibiliza às PME as soluções 19
DIOGO DA SILVEIRA CEO DA PORTUCEL SOPORCEL
IDADE: 54 anos FORMAÇÃO ACADÉMICA: Engenharia na École Centrale de Lille, França, investigador na Universidade de Berkely UC e MBA no Insead. O QUE ME FAZ FELIZ: O meu quotidiano familiar, profissional, com os amigos e desportivo. MAIOR DESAFIO QUE JÁ ENFRENTEI : O atual desafio profissional, levar para um novo patamar um grupo que já é uma referência mundial. O QUE MUDAVA EM PORTUGAL: A dimensão. Um país ainda “maior” e com mais população.
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O crescimento da utilização do e-mail impulsionou a venda de papel Segundo Diogo da Silveira, CEO da Portucel Soporcel, a partilha mais rápida entre utilizadores ilimitados contribuiu para o crescimento do volume de impressão devido à preferência das pessoas por lerem documentos em papel DIÁLOGO: Como vêem, na Portucel, a evolução dos processos indus- D: Diz-se que o papel tem os dias contados neste mundo cada vez mais di-
triais? Quais foram as principais mudanças nos últimos tempos? Como gital. Como encaram este desafio sabendo que grande percentagem do vosso se adaptaram a elas? negócio vem diretamente da venda de papel e de produtos associados? DIOGO DA SILVEIRA: A evolução dos processos industriais tem sido DS: O conceito de paperless office tem vindo a ser comunicado há pautada pela procura de uma maior sustentabilidade, traduzida na décadas, sem nunca se ter efetivamente concretizado por diversas melhor utilização dos recursos, da matéria-prima e da energia. razões. Uma delas tem a ver com o que designamos “democratização da impressão”. A investigação, desenvolvimento e inovação aplicadas à indústria da pasta e do papel, onde os conceitos físico-químicos que regulam Os equipamentos de cópia e impressão originais necessitavam de inos processos se têm mantido imutáveis, têm permitido encontrar vestimentos avultados, estando apenas ao alcance de poucos utilitecnologias e métodos cada vez mais sofisticados e especializados. zadores, quase exclusivamente corporativos ou públicos. Por outro O trabalho que temos feito para adotar processos de fabrico mais lado, o crescimento da utilização do e-mail, considerado inicialmeneficientes e ambientalmente adequados, como a utilização de com- te uma ameaça ao consumo de papel, tornou-se, na realidade, um postos químicos menos agressivos, é muito relevante. Exemplos dos seus maiores impulsionadores, pois a partilha mais rápida entre como o branqueamento das pastas sem recurso ao cloro livre, e sim utilizadores ilimitados, associada à sua preferência por lerem docuao oxigénio, ozono e peróxido de hidrogénio, ou a recolha e trata- mentos em papel, levou a que o volume de impressão tivesse crescimento dos gases não condensáveis, e mal odorosos, e a sua queima do consideravelmente. na caldeira de recuperação, demonstram-no. Além disso, o uso de smartphones e tablets tem levado ao desenvolD: Atualmente, os maiores desafios colocados às indústrias são o aumento vimento de aplicações que permitem a impressão on-the-move aos da produtividade, da capacidade de resposta, da flexibilidade e uma cada utilizadores. Exemplo disso é a possibilidade de impressão de carvez maior necessidade de personalização dos produtos. De que forma é que tões de embarque, em terminais existentes em alguns aeroportos, a a entrada na nova era da indústria – indústria 4.0 – pode ajudar a melho- partir de aplicações instaladas em smartphones e tablets.
rar estes indicadores? DS: Estou certo que um dos fatores de sucesso do Grupo Portucel Soporcel reside no elevado nível de automação de floor level e de integração e interface, desde as funções de order entry até às funções de shipping planning. As de manutenção também são suportadas por sistemas de monitoragem on-line do “estado de condição”. A gestão de energia é apoiada por sistemas de automação e os sistemas DCS e QCS estão presentes de forma generalizada nos processos produtivos. É ainda muito elevado o grau de automação das operações, movimentação e armazenagem das áreas de transformação de papel.
Os consumidores também estão mais informados. Por isso, quando optam por utilizar papel com origem em florestas geridas de forma responsável, sabem que estão a utilizar materiais renováveis e de sustentabilidade garantida. O papel, ao contrário do plástico e outros materiais habitualmente usados para fabricar equipamentos informáticos, é um produto que usa madeira de florestas especificamente plantadas para o efeito, que são repostas mantendo, desta forma, o ciclo do carbono.
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A resposta à quarta revolução industrial ANTÓNIO MIRA Diretor-geral Digital Factory and Process Industries and Drives da Siemens
A indústria é o motor das economias fortes e sustentáveis e a sua evolução constante aumentou a sua complexidade. Hoje a indústria tem a capacidade para suprir as necessidades individuais dos seus clientes. A passagem de modelos de produção local para modelos tecnológicos de base digital fez, deste setor, um motor de crescimento da economia global. Hoje há 17500 programadores de software a trabalharem em empresas como a Siemens em todo o lado do mundo, com conhecimento específico sobre indústria.
A empresa digital que a Siemens prevê para o futuro é uma abordagem holística que se estende por uma cadeia completa de valor agregado que inclui fornecedores. Utiliza os seus recursos de forma eficiente poupando, por exemplo, 70% da energia através do uso de tecnologias de acionamento de velocidade variável em motores que poupam energia.
integrada tem sido o principal suporte para mais de 100 mil produtos de automação e permite otimizar fluxos de trabalho e reduzir até 25% dos custos de engenharia das empresas. O software PLM da Siemens e as suas soluções de automação permitem também reduzir até 50% do tempo de resposta às solicitações do mercado. A Siemens tem disponível igualmente o Industry Mall, o catálogo on-line com mais de 100 mil referências e configurações, representando 35,8% da faturação total do ano passado da Industry Portugal.
Com a utilização do Portal de Automação Totalmente Integrada (TIA), a nova estrutura de engenharia unifica todas as ferramentas de software de automação num único A procura de produtos cada vez mais es- ambiente de desenvolvimento e a Siemens pecíficos e adaptados às necessidades dos persegue o objetivo de disponibilizar uma O futuro da indústria depende daqueles que clientes é cada vez maior. A globalização plataforma integrada para a implementação estão à altura dos desafios e fornecem retrouxe desafios de produtividade, flexibili- de soluções de automação – em todas as in- sultados fiáveis. dade e de capacidade de resposta às empre- dústrias do mundo. A automação totalmente sas, a que estas têm de responder constantemente. Caraterizada pelo uso crescente da digitalização e da interligação entre produtos, cadeias de valor e modelos de negócio, a quarta revolução industrial (Industry 4.0) é a melhor resposta a estes desafios. Já há atualmente exemplos de processos produtivos extremamente otimizados, como acontece na unidade fabril da Siemens em Amberg, onde são produzidas cerca de 1000 referências diferentes, de forma flexível e eficiente, através do uso das mais recentes ferramentas de software. Estas contribuíram para melhorias significativas de qualidade nos últimos 20 anos, e vários aumentos dos volumes de produção realizados pelo mesmo número de pessoas.
Caraterizada pelo uso crescente da digitalização e da interligação entre produtos, cadeias de valor e modelos de negócio, a quarta revolução industrial (Industry 4.0) é a melhor resposta a estes desafios. Já há atualmente exemplos de processos produtivos extremamente otimizados, como acontece na unidade fabril da Siemens em Amberg, onde são produzidas cerca de 1000 referências diferentes, de forma flexível e eficiente, através do uso das mais recentes ferramentas de software.
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PORTEFÓLIO SIEMENS • Software Industrial • Controlo industrial • Control Panel Engineering • Comunicação Industrial • Eficiência Energética • Identificação Industrial • Automação de Processos • Controladores • Fonte de Alimentação • TIA Portal • Acionamentos • Integrated Drive Systems (IDS) • Automação baseada em PC • HMI - Interface Homem Máquina • Motores • Redutores • Controlo de Movimento • Serviços Industriais • Totally Integrated Automation 23
b2S
BUSINESS TO SOCIETY
“This company has a purpose in the society because it produces stuff which makes living and life and societal development better.” Joe Kaeser, CEO da Siemens AG
Siemens adquire Rolls-Royce A Siemens aumentou o seu portefólio através da integração dos produtos e soluções de negócio da empresa Rolls-Royce Energy
Com a aquisição da Rolls-Royce Energy – com uma carteira de pequenas e médias turbinas a gás – a Siemens vem complementar a sua tecnologia e portefólio de turbinas a gás. Deste negócio faz ainda parte um acordo de acesso exclusivo à futura tecnologia de turbinas, bem como o acesso ao fornecimento privilegiado e serviços de engenharia durante 25 anos. Em paralelo a Siemens anunciou o acordo para a aquisição da Dresser-Rand. O abrangente portefólio de compressores, turbinas a vapor, turbinas a gás e motores desta empresa cotada na Bolsa de Nova Iorque faz desta organização uma das principais fornecedoras para a indústria.
Com esta estratégia de aquisição, integrada no programa Visão 2020, a Siemens agregou à empresa o negócio de compressão e as turbinas de gás da Rolls-Royce Energy, bem como a vasta presença dos seus produtos no mercado. 24
“Como marca premium no mercado global de infraestruturas de energia, a Dresser-Rand cabe na perfeição no portefólio da Siemens. As operações das duas empresas, que se interligam, vão gerar o aparecimento de um O principal objetivo da empresa é fortalecer a fornecedor ao nível mundial para os crescensua posição junto da indústria petrolífera e de tes mercados do petróleo e do gás”, afirma o gás. Numa fase em que este setor se encontra presidente e CEO da Siemens AG, Joe Kaeser. em processo de liberalização, a Siemens entra, assim, no novo mercado das empresas dis- A Siemens prevê finalizar a operação de acordo tribuidoras de equipamentos de energia. entre as duas empresas já durante este verão.
Lipor II faz paragem das 100 mil horas para manutenção A Power Generation Services realizou com sucesso para a Port’Ambiente um dos maiores projetos de manutenção
A empresa Port’Ambiente é responsável pela operação e manutenção das instalações da Lipor II que trata cerca de 400 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos por ano de oito municípios da área do Grande Porto. Ciente das responsabilidades do seu cliente a Power Generation Services começou a trabalhar em parceria com a Port’Ambiente para que fosse possível garantir por mais 10 a 15 anos o funcionamento que se espera desta central de incineração de resíduos sólidos urbanos.
Assim, entre março e dezembro do ano passado a Siemens realizou na Lipor II um projeto de manutenção e modernização do equipamento produtor de energia da central. O projeto foi liderado pela Power Generation Services e envolveu a Siemens Alemanha, assim como o centro de competências de instrumentação da Power Generation.
de tempo decidiu-se, além da extensa intervenção de manutenção e reparação dos equipamentos produtores de energia, instalar a mais recente tecnologia da Siemens para o sistema de comando e controlo (T3000), a realização de um upgrade ao equipamento de excitação e ainda a proteção do gerador.
Pela primeira vez foram incorporadas em Tendo em vista dotar a central com a plena ca- Portugal todas as valências deste centro pacidade de operar por mais um longo período de competência, tendo este sido responsável pela engenharia, procurement, montagem e colocação em serviço do novo sistema. Este centro de competências é já largamente conhecido pela implementação de projetos em vários países espalhados pelo mundo como o Brasil, Canadá, Espanha, China, Árabia Saudita e Índia, entre outros. Como é natural numa intervenção desta dimensão o período de indisponibilidade dos equipamentos é de extrema importância, tendo para isso sido necessário um acompanhamento rigoroso da equipa encarregue pelo projeto devido à quantidade de frentes de trabalho e da logística necessária à execução do mesmo. Durante o reduzido período de indisponibilidade foi necessário enviar diversos equipamentos pesados para os centros de reparação na Alemanha, além de uma série de modificações realizadas na instalação. “A Siemens cumpriu o especificado, em plena colaboração com as nossas equipas, destacando-se o elevado empenho e qualidade de trabalho por todos”, referiram os responsáveis da Lipor II. 25
Siemens estende contrato de manutenção na Portucel Soporcel
Projeto visa garantir a produção de energia e vapor na Central de Cogeração da Figueira da Foz, uma das instalações fabris do maior grupo de produção de pasta e papel nacional A Portucel Soporcel adjudicou, à Power Generation Service da Siemens, a extensão do contrato de manutenção dos equipamentos de produção de energia da central de cogeração da Figueira da Foz. A empresa irá fornecer toda a engenharia, peças de reserva e serviços necessários para garantir a produção de energia elétrica nesta instalação nos próximos sete anos.
nua, melhorar o desempenho das centrais dos clientes. Faz isso através de extensões de tempo de vida útil, usando tecnologias avançadas para melhorar a sua eficiência e capacidade com o objetivo de produzirem mais eletricidade consumindo o mesmo volume de combustível.
A unidade da Figueira da Foz do Grupo Portucel Soporcel está instalada no Complexo Industrial Num mercado de frotas com alguns anos de de Lavos e é uma das mais eficientes unidades trabalho que requer cada vez mais eficácia no fabris de pasta e papel da Europa. A sua operacombate às mudanças climáticas, na conser- ção está integrada verticalmente, da floresta vação dos recursos naturais e na resposta às ao papel, e dá origem à produção de cerca de necessidades impostas pela expansão global da 800 mil toneladas de papéis finos não revestipopulação, a Siemens procura, de forma contí- dos e de energia verde a partir de biomassa.
A Portucel Soporcel ocupa uma posição de destaque no setor da energia renovável em Portugal, onde é o principal produtor nacional a partir de biomassa, constituída por subprodutos da matéria-prima usada no seu processo produtivo e biomassa residual da floresta. A energia elétrica e térmica produzida nos três complexos industriais do grupo é gerada, em simultâneo, nas suas centrais de cogeração a biomassa e a gás natural. A térmica é totalmente utilizada nos processos de fabrico de pasta e papel e a energia elétrica excedentária é injetada na rede nacional.
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Parceiro estratégico no Cluster eólico O Cluster eólico, que contempla os parques eólicos de norte a sul do país, foi e tem sido um projeto de clara importância estratégica para Portugal e conta com equipamentos e tecnologias da Siemens (...) construção de cerca de 50 instalações, desde postos de corte e subestações de alta e média tensão (...)
A ENEOP – Eólicas de Portugal, constituída pelos promotores eólicos EDPR, ENEL Green Power, GENERG e pelo parceiro industrial Enercon, foram os parceiros na construção e operação de 1200 MW de energia eólica. O concurso, lançado pelo Estado em 2005, previu a criação de um cluster industrial associado ao desenvolvimento de um projeto para a energia eólica. Associado a este consórcio, a
Enercon criou em Viana do Castelo um pólo industrial com três fábricas para o fornecimento dos aerogeradores – no âmbito deste projeto e para a exportação futura. A participação e envolvimento da Siemens neste projeto começou em 2006, mas a implementação do mesmo desenrolou-se efetivamente entre outubro de 2008 e novembro de 2014. A empresa participou como fornecedor de equipamentos de tecnologia avançada – desde a gestão de contrato/projeto, engenharia, comissionamento ao fornecimento de transformadores de potência, GIS, equipamentos de alta tensão e muito alta tensão, quadros metálicos de média tensão, transformadores de serviços auxiliares, reactâncias de neutro, sistemas de proteção, comando e controlo e sistemas de contagem. No âmbito do cluster eólico foi necessário construir e dotar a rede elétrica de infraestruturas elétricas capazes para a interligação destas novas instalações. O projeto contou, assim, com a construção de cerca de 50 instalações, desde postos de corte e subestações de alta e média tensão, assim como subestações de alta e muito alta tensão.
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Inovação em subestações da REN A Siemens Portugal vai proceder à instalação de sistemas de proteção, comando e controlo nas subestações da REN em Porto Alto e Vila Nova de Famalicão, numa clara aposta na inovação A Siemens Portugal continua a apoiar o desenvolvimento de projetos nacionais, neste caso específico a REN, que está a dar continuidade ao melhoramento da rede elétrica no país. Neste âmbito, a companhia elétrica portuguesa adjudicou à Siemens a aquisição de Sistemas de Proteção, Comando e Controlo – SPCC para duas subestações: Porto Alto e Vila Nova de Famalicão. Em Porto Alto registar-se-á a remodelação da subestação, já em Vila Nova de Famalicão trata-se de uma subestação nova. Para a REN esta atualização do sistema de Porto Alto e a construção da subestação de Vila Nova de Famalicão são fundamentais, pois os sistemas de proteção, comando e controlo garantem a gestão e interligação de sistemas de energia complexos, bem como a integração fiável e segura de unidades de produção à rede elétrica. A finalidade da implementação de Sistemas de Proteção, Comando e Controlo é garantir As soluções de monitorização ajudam a otimi- o cumprimento dos parâmetros de qualidade zar a utilização da rede graças à gestão contí- de serviço que permitem a otimização da exnua da informação sobre o estado de todos os ploração da rede. seus componentes. São soluções e equipamentos que garantem Os objetivos principais da implementação a fiabilidade e performance dos sistemas. destas soluções são: reduzir os períodos de indisponibilidade do sistema, reduzir os cus- Na subestação de Porto Alto trata-se de uma tos de vida útil e alargar a vida útil de todos os remodelação de todo o sistema de proteção, componentes da rede. comando e controlo dos níveis de 150 e 60 kV,
que deverá estar concluído no final de 2016. Quanto à subestação de Vila Nova de Famalicão, numa primeira fase a REN adjudicou o sistema de proteção, comando e controlo referente a três painéis de linha nos 400 kV e sistemas centrais, com conclusão prevista para o final deste ano.
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Mais e melhor energia em Cabo Verde Empresa contribui para melhorar a produção e distribuição de energia no arquipélago A Siemens Portugal está atualmente a participar em diversos projetos de referência no arquipélago de Cabo Verde. Ligados à produção e distribuição de energia elétrica em diversas ilhas, visam estabilizar o fornecimento, melhorar a qualidade da energia distribuída e aumentar a penetração das fontes renováveis. A Smart Grid Solutions & Services, da Siemens, está a desenvolver um estudo de seletividade e coordenação de proteções relativo às redes de energia elétrica das ilhas de Santiago, São Vicente e Sal. O projeto integra-se no Programa de Redução de Perdas e Melhoria da Qualidade de Energia Elétrica da empresa elétrica cabo-verdiana Electra e será o ponto de partida para a redução de perdas não técnicas nas três ilhas do arquipélago. Também contribuirá para a melhoria da qualidade da energia distribuída e proporcionará o aumento sustentável da penetração das renováveis nestes territórios. Este projeto, adjudicado à Siemens pela consultora portuguesa Gesto – Energia, empresa com presença relevante no mercado cabo-verdiano, compreende a elaboração de simulações e inclusão de propostas de melhoria. O forte envolvimento da Siemens na fase inicial de expansão e desenvolvimento tecnológico das redes, em Cabo Verde, aumentará o envolvimento e melhorará a eficácia da empresa na realização de novos projetos. É, assim, um passo importante para o crescimento 30
da presença da Siemens Portugal no arquipélago. Neste âmbito, a unidade Medium Voltage & Solutions, da Siemens, forneceu equipamento elétrico a três centrais de produção de energia a fuel, situadas nas ilhas de Santo Antão, São Nicolau e Fogo. Este projeto, desenvolvido para estabilizar o fornecimento à rede nas três ilhas, foi financiado com fundos do governo holandês, através do programa ORET, com fiscalização dos Laboratórios KEMA e adjudicado pela EST,
cliente Siemens para a componente elétrica. A Electra será a responsável pela exploração e manutenção das instalações. Realizado em parceria com a Empresa de Serviços Técnicos, de Leiria, o projeto incluiu o fornecimento de diversas soluções de média tensão, como celas SIMOSEC e celas NXAIR M, produzidas na fábrica de Corroios, e transformadores, assim como toda a engenharia, ensaios em fábrica e nas instalações do cliente.
Investimento essencial Projeto do Reino Unido pode ser referência para Portugal Todos os dias meio milhão de pessoas viajam neste comboio suburbano para se deslocarem ao centro de Londres. A linha inclui um percurso de 225 km com 50 estações e liga Bedford a Brighton, permitindo o acesso aos aeroportos de Luton e Gatwick. Elevada capacidade e elevada frequência de serviço, comboios mais longos e a extensão das plataformas, bem como a construção de novas estações, fazem deste projeto um dos maiores de sempre no Reino Unido.
A Siemens irá também assegurar a manutenção da frota, uma referência a adicionar aos diversos projetos de manutenção que realiza no Reino Unido através dos quais assegura que diariamente mais de 350 comboios entrem em serviço.
sido objeto de uma modernização nos anos 90, quando foi implementado o ar condicionado e substituídos alguns interiorismos, mantêm a estrutura original, estando em final do ciclo de vida e colocando já ao operador diversos problemas ao nível da disponibilidade e de segurança dos passageiros.
O Thameslink é, sem dúvida, um projeto de referência que pode ser replicado um pouco por todo o mundo. Em Portugal, por exemplo, a linha de Cascais é um dos projetos a aguardar desenvolvimentos e que poderá usar como referência as premissas tecnológicas e de serviços usadas neste projeto.
A modernização de ligações suburbanas como a linha de Cascais é, por isso, essencial. Apesar dos desequilíbrios estruturais que a economia portuguesa enfrentou nos Há cerca de oito anos o Ministério dos Transúltimos anos é necessário retomar o invesportes britânico anunciou que Thameslink timento no desenvolvimento do país, inseria considerada uma prioridade de incluindo uma rede de transportes adequada vestimento no setor ferroviário do país. O Atualmente com 25 km e 18 estações, a li- aos objetivos do desenvolvimento urbano e projeto incluía a modernização da linha e nha de Cascais liga esta vila ao Cais do Sodré, do seu impacto na economia. a aquisição de uma nova frota de comboios em Lisboa. Tem uma procura diária média de suburbanos, de modo a assegurar a passa- mais de 80 mil passageiros. Nela opera uma gem de comboios de três em três minutos frota de 30 comboios que, embora tenham durante as horas de ponta. Para isso seria necessário implementar uma combinação de sistemas de segurança e controlo, topo de gama (ETCS nível 2 em combinação com sistema ATO), com comboios altamente sofisticados e de tecnologia de ponta. A Siemens ganhou o contrato de fornecimento de ambos os sistemas, com o valor global de 1,8 mil milhões de euros. Para este projeto vão ser fornecidas 1140 carruagens, uma das maiores encomendas de sempre recebidas pela empresa, que investiu cerca de 50 milhões de euros no desenvolvimento desta nova plataforma de comboio, o suburbano bitensão – Desiro City. As primeiras carruagens serão entregues a partir de 2016 e atingem uma velocidade máxima de 160 km/h. O sistema de tração, instalado numa só carruagem, possibilita configurações de três a doze carruagens, conforme as necessidades específicas de transporte de passageiros em cada horário. Portas com a largura de 1,5 m facilitam a entrada e saída de passageiros num tempo de paragem de 45 segundos.
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Manutenção ferroviária de referência Objetivos • Divisão das intervenções de manutenção intermédias em pacotes de trabalho passíveis de serem concluídos durante o turno noturno, aumentando assim significativamente a disponibilidade das locomotivas de passageiros para o serviço comercial. • As ações de formação avançadas, que permitiram aos técnicos do SIMEF adquirirem pleno conhecimento sobre o funcionamento e diagnóstico de avarias nas locomotivas.
Desde 2011 que o SIMEF executa a manutenção de 54 locomotivas elétricas da CP dedicadas ao transporte de passageiros e de mercadorias, com uma qualidade amplamente reconhecida pelo cliente e pelos utilizadores dos comboios. O SIMEF é um ACE que reúne a Siemens – um dos maiores fabricantes mundiais de material circulante ferroviário, detentor de um vasto know-how tecnológico – e a EMEF – o maior prestador de serviços de manutenção de material circulante ferroviário em Portugal. A parceria surge de um desafio lançado em 2009 às duas empresas para assumirem não só a manutenção da série de locomotivas LE4700 – montada pela Siemens nas instalações da EMEF entre entre 2007 e 2009 – como também da série LE5600, entregue pela Siemens em 1995. Em resposta a este desafio foi criado o SIMEF – Serviços Integrados de Manutenção e Engenharia Ferroviária – que opera em oficinas especialmente remodeladas para 32
o efeito no Entroncamento e em Lisboa – sistema de monitorização em tempo real do Santa Apolónia, contando com 52 colabora- funcionamento das locomotivas – permitindores oriundos maioritariamente da EMEF. do, com base nos dados recolhidos, apoiar remotamente na recolocação das locomotivas Os objetivos contratualmente definidos pelo em circulação em caso de imobilização em licliente afiguravam-se exigentes desde o iní- nha, bem como implementar a capacidade de cio, tendo o seu integral cumprimento apenas análise de Big Data com o objetivo de antecisido possível graças à estreita colaboração par e obviar a ocorrência de possíveis avarias. entre as duas empresas e à implementação de conceitos de manutenção inovadores. O SIMEF é hoje um caso de sucesso. Presta um serviço com elevados padrões de qualiA introdução de ferramentas de diagnóstico dade, criando valor, quer para o cliente CP, especialmente desenvolvidas para o SIMEF através de uma resposta flexível às suas netornaram possível medir a condição dos equi- cessidades operacionais e da incorporação pamentos das locomotivas e identificar aque- contínua de uma elevada componente tecles com avarias iminentes. nológica nos serviços de manutenção, quer para os parceiros EMEF e Siemens. A parcePara o futuro, o SIMEF pretende continuar a ria entre estas duas entidades traduziu-se investir fortemente na formação dos seus co- no aumento das respetivas competências e laboradores, na transferência de know-how no desenvolvimento da engenharia ferroviátecnológico e na implementação contínua de ria portuguesa potenciando, assim, outras novos paradigmas, designadamente no do- oportunidades vindouras. mínio da manutenção sob condição, estando para esse efeito planeada a instalação de um
Aquisição de empresa de software de logística Operação dá, à Siemens, a possibilidade de dispor um portefólio melhorado e integrado de soluções de TI a partir de um único fornecedor A divisão de Soluções para Logística e Aeroportos (LAS) da Siemens adquiriu a AXIT, empresa de software especializado em plataformas de tecnologias de informação (TI) apoiadas na nuvem de computadores e bases de dados interligados pela Internet (cloud-based) para gestão de processos logísticos. Esta operação permitirá, a ambas as organizações, a exploração de novas áreas do negócio de software de logística.
clientes no setor. Sediada em Frankenthal, na Alemanha, dispõe também de um Centro de Desenvolvimento de Software em Wroclaw, na Polónia. “Para a AXIT, este é o caminho certo para um crescimento rápido dos negócios a nível internacional. A LAS tem uma boa organização e uma forte rede global de vendas da qual iremos beneficiar”, refere Holger Schmidt, CEO da empresa. Já para Michael Reichle, CEO da divisão de Soluções de Logística Aeroportuárias da Siemens, “as A AXIT é líder europeia no fornecimento de TI, o software e a capacidade de utilizar insoluções de software cloud-based na área formações logísticas importantes para acresda logística e tem uma importante base de centar valor aos nossos clientes constituem
os aspetos-chave da nossa estratégia de inovação. A AXIT tem, no seu portefólio, produtos de excelência. Sendo especialista neste ramo, ocupa uma posição reconhecida no mercado alemão que sai bastante reforçada desta fusão”. A fusão com a AXIT vai permitir à Siemens tornar-se pioneira nesta tecnologia inovadora, disponibilizando um portefólio melhorado e integrado de soluções de TI a partir de um único fornecedor. As duas empresas vão partilhar as suas competências para desenvolverem soluções inovadoras e explorarem novos mercados.
A fusão com a AXIT vai permitir à Siemens tornar-se pioneira nesta tecnologia inovadora, disponibilizando um portefólio melhorado e integrado de soluções TI.
Equipa de Sucesso A equipa portuguesa da Siemens Postal, Parcel & Airport Logistics tem um papel relevante na estratégia da empresa, contribuindo para a inovação e desenvolvimento na área dos aeroportos. Há exemplos de sucesso do seu trabalho em geografias tão variadas como Portugal, Angola, China, Índia, Singapura, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos da América.
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Pronto para o futuro Ao fim de 40 anos, o Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian apresenta‑se agora como um espaço renovado Quando foi inaugurada, em 1975, a sede da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, tornou-se um dos principais centros culturais da capital. Ativa na promoção da arte, ciência, educação e beneficência, a Gulbenkian é a mais conhecida e reputada instituição filantrópica presente em Portugal.
Mais de 40 anos depois, a Fundação decidiu remodelar as suas infraestruturas. Desta forma, o Grande Auditório foi sujeito a uma recuperação completa, com novas soluções técnicas de última geração. A Siemens foi o parceiro escolhido para os trabalhos de fornecimento e instalação dos equipamentos de iluminação cénica, áudio, vídeo e comunicaÉ pela sede da Fundação, em Lisboa, que passa ções técnicas. Adicionalmente, fazem parte grande parte do seu trabalho em prol da cul- da renovação os trabalhos de infraestruturas tura. Além do museu e de um centro de expo- elétricas associadas. sições – incluindo também o Centro de Arte Contemporânea – ainda se junta o Grande Apesar da rigorosa manutenção a que são Auditório da Gulbenkian, por onde passaram sujeitos anualmente todos os equipamenalguns dos mais importantes espetáculos de tos, a passagem do tempo provocou alguma música e bailado realizados nas últimas déca- desatualização das soluções instaladas no das em Portugal. Grande Auditório.
Com o objetivo de se modernizar e responder às necessidades atuais e futuras foi realizada uma profunda renovação do espaço e equipamentos, instalando os parâmetros mais avançados em termos de funcionalidade, capacidade tecnológica, segurança, conforto e acessibilidades. Depois de sete meses de obras o Grande Auditório abriu portas, já com um espaço totalmente remodelado e equipado com tecnologia de ponta. Este projeto de intervenção faz parte de um programa de renovação e reabilitação dos edifícios e jardins da Fundação iniciado em 2005.
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A nova geração de gestão centralizada Lançamento da nova Desigo CC™, uma plataforma inovadora que assegura a gestão integrada e eficiente da energia, segurança e conforto dos edifícios A Siemens oferece um conjunto de soluções para automação, segurança e proteção contra incêndios de edifícios. Nestas incluem-se produtos, sistemas e serviços destinados a garantir a máxima eficiência energética e conforto em edifícios, bem como a segurança de pessoas, processos e bens. Há soluções específicas para empresas, datacenters, hospitais, aeroportos, hotéis e também edifícios comerciais, cidades e suas infraestruturas. A inovadora plataforma Desigo CC™, a mais recente tecnologia de gestão de edifícios da Siemens, permite controlar e otimizar todos os sistemas dos edifícios. O que a torna verdadeiramente única no mercado é a sua estrutura abrangente, pois é uma plataforma integrada de gestão de edifícios aberta, eficiente, flexível e fácil de usar. A Desigo CC™ oferece uma série de benefícios aos seus clientes. Garante que todos os sistemas do edifício trabalham em conjunto, evitando cenários indesejáveis antes que se descontrolem e oferecendo aos seus ocupantes o nível máximo de segurança e conforto. Operações fiáveis e ininterruptas, que obedecem aos mais elevados padrões de qualidade, melhoram automaticamente a performance dos edifícios. Desta forma será criado o melhor ambiente possível para condóminos de edifícios e pacientes, visitantes e empregados de hotéis, hospitais e edifícios de escritórios. Também haverá uma redução significativa de custos. Quando se interligam todos os sistemas disponíveis apenas tem de se investir, gerir e treinar os operadores num sistema. Isso diminui significativamente os custos de operação, que representam 80% dos gastos com 36
a gestão de edifícios, a que se acrescentam poupanças energéticas até 20%, confirmadas pelas aplicações já realizadas. Ou seja, a Desigo CC™, contribui para reduzir custos de forma significativa.
Plataforma única e inovadora, a Desigo CC™ é muito mais do que uma nova tecnologia. É uma solução que traz benefícios para todos os que vivem, trabalham e gerem os edifícios atuais e do futuro.
UM SISTEMA ABERTO Projetada para atender às necessidades de automação e segurança atuais e futuras de edifícios, esta plataforma tem uma arquitetura flexível e aberta, que deixa os nossos cilentes solidamente preparados para o futuro, pois não os sujeita a investirem num sistema fechado. Como trabalha com muitos protocolos standard da indústria, é um verdadeiro sistema aberto, que permite a sua integração com outras soluções existentes no mercado. A Desigo CC™ é a primeira plataforma projetada para integrar todos os sistemas do edifício, como os de AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado), iluminação, sombreamento, energia, segurança e proteção contra incêndios. Desta forma elimina muitos dos desafios dos sistemas de gestão tradicionais dos edifícios.
AMBIENTE SEGURO PARA PROMOVER O CONFORTO E A PRODUTIVIDADE A Desigo CC™ tem também a capacidade de integrar o controlo do edifício com os equipamentos de segurança de vida e de proteção contra incêndios, além dos de deteção de intrusão, vigilância por vídeo e controlo de acesso. Gráficos detalhados ajudam as pessoas que a usam a conhecê-la melhor, para apoiar e sustentar as suas decisões.
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UM SISTEMA DE GESTÃO DE EDIFÍCIOS QUE ESTÁ A FAZER HISTÓRIA Os requisitos de construção são cada vez mais exigentes. A escassez de recursos, o aumento dos custos operacionais, os riscos legais, a criação de redes de edifícios individuais em complexos de edifícios: todos esses fatores colocam enormes desafios aos gestores e utilizadores.
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Modernização da fábrica de Fisipe O processo de modernização da fábrica da Fisipe, no Seixal, conta com a tecnologia de ponta e o know how da Siemens na adaptação da sua produção para o fornecimento de materiais em fibras de carbono
Com efeito, a Siemens foi a empresa tecnológica escolhida pela Fisipe para equipar o seu novo projeto de adaptação de parte da produção da sua fábrica para o fornecimento de materiais em fibra de carbono, que permitirá à empresa a entrada noutros setores do mercado. Esta fábrica, que produzia exclusivamente matéria-prima para a indústria têxtil (fibras), é agora também capaz de oferecer novos produtos aplicados à indústria automóvel e aeronáutica. A empresa, detida pelo grupo alemão SGL, apostou num caminho inovador através da
conversão de parte das suas linhas para a produção destes novos compostos sintéticos. E a escolha do parceiro tecnológico recaiu, mais uma vez, sobre a Siemens Portugal, com a qual assinou um contrato de fornecimento global para os sistemas que acionam, controlam e monitorizam a produção da nova fibra. Este projeto incluiu o desenvolvimento do setor elétrico e de automação da Fisipe, o fornecimento da instrumentação de campo/processo e dos sistemas de automação, Simatic S7, a supervisão WinCC, o fornecimento dos quadros de baixa tensão, o desenvolvimento
do projeto elétrico e de automação, o software e o comissionamento de todo o sistema. Numa colaboração que data de 2005, e na qual a aposta nos engenheiros portugueses da Siemens Portugal é clara, as duas empresas deram mais um importante contributo para a modernização do tecido industrial português, que conta agora com mais uma unidade de produção de tecnologia de ponta completamente virada para a exportação, num setor de enorme potencial futuro e numa empresa onde a exportação representa 99% da produção. 39
Viagem ao futuro Klaus Helmrich, membro do Managing Board da Siemens AG, dá as boas-vindas (à direita) ao grupo português liderado pelo António Mira, diretor-geral da Digital Factory and Process Industries and Drives (à esquerda)
Distribuidores nacionais vivenciam a indústria de amanhã… hoje! Quem passou pelo espaço da Siemens teve a oportunidade de estar, hoje, lado a lado com as soluções do futuro. A Siemens Portugal fez-se representar por uma comitiva total de 20 pessoas, na grande maioria distribuidores da área da automação industrial, proteção e controlo industrial, acionamentos, instrumentação e da baixa tensão e que puderam ver os futuros processos industriais e a digitalização da produção que permitem combinar o mundo virtual e real demonstrando como a indústria do amanhã proporcionará avanços inovadores, eficientes e eficazes em toda a cadeia industrial. Quando já todos pensavam que nada mais havia a experimentar, aparecem em cena as gémeas mais conhecidas de Hannover 2015. Em interação com um orador, uma figura aparece num ecrã mas a mesma rapidamente se torna real, interagindo não só num mundo virtual como também num real. Este robot (conhecido pelas gémeas) permitiu uma experiência interativa com os visitantes do certame.
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Maserati Ghibli foi estrela no stand
Não é de estranhar que este modelo seja apelativo. O veículo representa a fusão perfeita entre a paixão italiana por carros desportivos e design sofisticado com os métodos mais evoluídos de planificação, desenvolvimento e fabrico. O novo Maserati Ghibli foi um dos mostruários de digitalização da Siemens durante a feira de Hannover 2015.
Ghibli é o exemplo perfeito dos benefícios que os fabricantes de automóveis já estão a ter devido à digitalização dos seus processos. Os componentes foram desenvolvidos no software Siemens PLM NX, o processo de produção foi simulado eficientemente, e ao pormenor, através da utilização do portefólio de soluções digitais Tecnomatix e do TIA Portal, Portal de Automação totalmente integrado da Siemens, Em 2014, a Maserati não só celebrou cem anos que é utilizado para automação flexível da lide vida da marca, como também comemorou o nha de produção. Os complexos processos de melhor ano de sempre da sua história com as produção são planeados, otimizados e monitovendas deste modelo. O sucesso do Maserati rizados com o software SIMATIC IT MES.
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Inovação ao serviço da saúde
Artur Osório, Administrador do Grupo Trofa Saúde
O Hospital Privado de Gaia, o mais recente projeto do Grupo Trofa Saúde, é sinónimo de inovação e modernidade A abertura do Hospital Privado de Gaia é “um marco importante, que fecha um ciclo de investimentos realizados na zona Norte do país”, afirma Artur Osório, administrador do Grupo Trofa Saúde. De acordo com Artur Osório o Hospital Privado de Gaia encontra-se “localizado numa zona onde a oferta privada ainda é relativamente pequena e a oferta pública tem algumas dificuldades”, como tal esta unidade vem “preencher uma lacuna” com base em muita qualidade, uma grande “oferta de serviços a todos os níveis, tanto na capacidade de diagnóstico, como na capacidade terapêutica, com muito boas equipas clínicas e uma boa organização também”.
Por parte do Trofa Saúde houve uma clara aposta na qualidade e na inovação tecnológica, nomeadamente na área de diagnóstico. A tecnologia selecionada para esta nova unidade é da Siemens, tendo havido um grande investimento nomeadamente em equipamentos de ressonância magnética, tomografia computorizada e radiologia de intervenção, o que possibilita diagnósticos precisos e mais rápidos, em particular nas áreas das lesões ortopédicas, da oncologia, da cardiologia e da neurologia. Esta parceria resultou, assim, num hospital dotado de “equipamentos de última geração, do melhor que existe no mercado, com uma qualidade de imagem muitíssimo boa, o que permite aos médicos fazerem um diagnóstico preciso e, por conseguinte, oferecerem aos pacientes o melhor tratamento possível”, realça Artur Osório.
Altamente criterioso na seleção dos equipamentos médicos, o Grupo Trofa Saúde teve em atenção, em primeiro lugar, a qualidade dos equipamentos, em segundo a assistência oferecida pelo fabricante, que deve ser constante, e por último a relação custo-benefício. E, neste sentido, a parceria com a Siemens tem funcionado perfeitamente. “Neste momento a Siemens tem demonstrado ser a melhor e enquanto nos continuar a garantir qualidade será sempre a nossa parceira de eleição”, sublinha Artur Osório. Para o futuro o Grupo Trofa Saúde está focado no crescimento interno das unidades de saúde já existentes e na expansão para a região de Lisboa, em especial para as zonas periféricas, e também para países de língua portuguesa.
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Saúde da Mulher A importância da tecnologia no rastreio e diagnóstico precoce
A Saúde da Mulher tem sido uma área em crescente evolução nos últimos anos. E neste campo, a prevenção e deteção precoce assumem, cada vez mais, um papel determinante em doenças como o cancro da mama ou do colo do útero. Opinião que é partilhada pelos médicos José Luís Fougo, coordenador do Centro de Mama do Centro Hospitalar de São João, e Faustino Ferreira, diretor clínico e vogal da Comissão Executiva dos SAMS Prestação Integrada de Cuidados de Saúde.
quase diária de notícias e informação relativa à doença. “Este facto, aliado à oferta de um Programa Nacional de Rastreio para o Cancro da Mama no Serviço Nacional de Saúde, facilita a procura de cuidados médicos nesta área”, sublinha o especialista.
O responsável dos SAMS Prestação Integrada de Cuidados de Saúde lembra, mesmo, que nos últimos 20 anos não há conhecimento de patologia oncológica avançada do colo do útero fruto do rastreio sistemático desta patologia e do seu tratamento em fases iniciais. E que, relativamente à patologia oncológica da mama, Faustino Ferreira explica: “Nos SAMS Prestação são disponibilizadas consultas e exames de Integrada de Cuidados de Saúde dedicamos há rastreio, com elevada percentagem de adesão. muito uma especial atenção à prevenção e deteção precoce da patologia oncológica nas Quando se fala mais especificamente em cancro nossas beneficiárias e utentes. Poderemos da mama, José Luís Fougo sublinha a importânJosé Luís Fougo afirma que “a conscienciali- dizer que há uma consciência generalizada cia da tecnologia no rastreio e diagnóstico de zação das mulheres para o cancro da mama é da sua importância.” tumores muito pequenos. “Neste campo a teccada vez maior”. E atribui o facto à divulgação nologia é determinante, permitindo a correta 42
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identificação de lesões no seio do tecido mamário. Hoje em dia a tecnologia disponível facilita o trabalho do médico porque a qualidade da imagem é muito boa. Além disso, a segurança dos exames e dos equipamentos é cada vez maior.”
contudo uma qualidade de imagem excecional para diagnóstico.
Opinião partilhada por José Luís Fougo que relembra que “a mamografia é uma radiografia da mama e, portanto, aplica radiação X sobre o corpo. Mas uma mamografia normal, com quatro imagens, aplica uma dose de radiação muito baixa, inferior à radiação que todos recebemos durante um ano, na nossa vida normal, sem fazermos exames radiológicos”.
“Algumas lesões que anteriormente nos deixavam algumas dúvidas serão agora melhor esclarecidas, o que poderá poupar exames adicionais”, conclui.
“O Centro de Mama foi pioneiro em Portugal na forma como se organizou para prestar cuidados nesta área. É uma organização multidisciplinar onde cirurgiões, radiologistas e anaFaustino Ferreira defende que a mamografia tomo-patologistas convivem diariamente, no continua a ser o método standard por excelên- mesmo espaço físico, permitindo que os doencia para a deteção precoce de patologia mamá- tes realizem, no mesmo dia, a consulta médiria. “A mais baixa dose possível de radiação é ca, os exames de imagem e as biópsias”, refere um objetivo que todos procuramos, de acordo José Luís Fougo, para quem as mais-valias que com as normas europeias, garantindo contudo o novo mamógrafo trará situam-se ao nível do que a qualidade de imagem não se perca.” incremento do diagnóstico.
Faustino Ferreira refere que a principal vantagem deste equipamento da Siemens, que carateriza como “topo de gama”, é a possibilidade de passarmos a dispor da tomossíntese, o que nos Tanto o Hospital de São João como os SAMS permite abordar doutra forma áreas suspeitas Prestação Integrada de Cuidados de Saúde pela aquisição de volume. Aumenta assim muito já dispõem de um mamógrafo digital da a especificidade dos resultados, sendo que para Siemens, com tecnologia PRIME, que permi- a doente aumenta quer a segurança dos resultate reduzir a baixa dose de radiação já disponi- dos quer a segurança do próprio exame devido bilizada pelo sistema em 30%, possibilitando à menor dose de radiação recebida”, defende.
Tanto o Hospital de São João como os SAMS Prestação Integrada de Cuidados de Saúde já dispõem de um mamógrafo digital da Siemens, com tecnologia PRIME, que permite reduzir a baixa dose de radiação já disponibilizada pelo sistema em 30%. 43
ARS de Lisboa e Vale do Tejo centraliza aquisição de medicamentos A centralização das compras de medicamentos e equipamentos de diagnóstico para as 15 Unidades de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo permite à ARSLVT uma redução de custos em mais de 50% A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) centralizou o processo de compras de medicamentos e outros produtos farmacêuticos para as Unidades de Saúde existentes no território.
com um suporte constante, como refere a far- se pretendia homogeneidade e uma economacêutica Lurdes Lourenço, “há sempre al- mia de escala. guém a quem podem recorrer tecnicamente e tirar dúvidas, porque há formação”. No entanto, concordam que o maior desafio foi fazer as estimativas das quantidades No final, já é com um sorriso na cara que as reais que se consomem, pois não havia um Pela primeira vez, está a decorrer um pro- responsáveis referem as dificuldades que histórico de consumo, tanto no setor do mecesso de aquisição centralizada de meios enfrentaram ao longo de todo o processo: dicamento, como nos equipamentos de diagcomplementares de diagnóstico para 15 a dispersão geográfica, a heterogeneidade nóstico. Algo que foi colmatado com a aposta Agrupamentos de Centros de Saúde, entre os dos processos de aquisição, dos produtos es- num sistema informático com regras e metoquais a análise sumária de urina, vulgarmen- colhidos, da sua qualidade e preços, quando dologias específicas. te denominada “Urina Tipo 2”. Na totalidade são cerca de 400 equipamentos de urinálise, da Siemens, que permitem o registo de todas as análises existentes, com a possibilidade de leitura visual e automática.
“Houve sempre duas vertentes a ter em conta: a da descida dos preços e a qualidade do serviço. E ambas foram alcançadas”, avançou Nadine Ribeiro, coordenadora da Unidade Orgânica de Farmácia (UFO) desta entidade. “Com este projeto, o custo dos produtos baixou e a sua qualidade aumentou”, salienta. A coordenadora dos Serviços de Farmácia, Alice Santos, defende que “a relação preço/ qualidade atingida foi muito boa. E a descida de custos foi superior a 50%”, complementada
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Neste momento as responsáveis da farmácia da ARSLVT já conseguem fazer um balanço do processo de centralização de compras, que consideram bastante positivo, e sublinham a importância do acompanhamento que a Siemens tem feito aos seus equipamentos.
Nadine Ribeiro, Alice Santos e Lurdes Lourenço da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo 44
Parceria com a Tecnimed, uma aposta reforçada HOOD05162002252917
A parceria da Siemens Healthcare com a empresa angolana Tecnimed continua a dar frutos e os projetos para 2015 já estão em marcha Saidy Pereira e Vysolela de Oliveira, da Tecnimed, e José Almeida, da Siemens Healthcare
A Tecnimed já foi distinguida pela Siemens enquanto parceira nesta área, nomeadamente com o Siemens Healthcare Sales Partner – Excellence Award 2014. A Tecnimed, empresa angolana sediada em Luanda e que trabalha há mais de 30 anos no mercado da saúde, caminha de mãos dadas com a Siemens Healthcare desde 1997. Uma parceria que começou na área do diagnóstico por imagem e que recentemente se estendeu ao diagnóstico laboratorial. Em 2014 a área Diagnostics da Siemens Healthcare Portugal passou a ser responsável por alguns países de África, nomeadamente Angola, dando início a um processo de consulta ao mercado para a escolha do distribuidor em Angola, que recaiu sobre o parceiro Tecnimed.
momento. A Siemens está a investir na formação da equipa técnica da Tecnimed para que esta fique preparada para prestar assistência de forma autónoma, contando sempre com o suporte contínuo da equipa portuguesa.
setor – Ultrasound Awards 2011 (S-Class Outperformer 2011), Sales Partner Award 2012 – Multi Modality Deals, e o Siemens Healthcare Sales Partner – Excellence Award 2014.
A Tecnimed, enquanto empresa com uma vasta experiência no setor da saúde e uma excelente presença junto dos operadores deste mercado, é, para Ivan França, responsável da área Diagnostics, “um parceiro muito importante, com o qual se prevê um aumento significativo do volume de faturação da empresa em Angola”.
“Esta parceria é estratégica, pois a experiência que temos obtido ao longo destes anos com a imagiologia da Siemens Healthcare é ótima. A organização, a clareza dos objetivos traçados, o apoio dispensado e a qualidade dos equipamentos e serviços têm sido fulcrais para o sucesso da Tecnimed no mercado angolano”, afirma Rui Coelho, administrador desta empresa angolana.
Já no início deste ano foi assinado o contra- De realçar que a Tecnimed já foi distinguida to de distribuição, que deu início a um con- pela Siemens enquanto parceira nesta área, junto de instalações e projetos a decorrer no nomeadamente com o Siemens Healthcare 45
Angola conquista SubSea Service Center O primeiro SubSea Service Center da Siemens em Angola, e o único do género da empresa em África, já está operacional
A Siemens Angola foi recentemente reconhecida com a atribuição do primeiro service center da empresa em Angola e o único do género em África, o “SubSea Service Center – Angola”. Este centro atuará na área da instalação, inspeção, manutenção, peças de substituição, remodelação e serviços técnicos e de reparação, competências reconhecidas pela Siemens Noruega, localização central de todas as competências para o SubSea na área do Oil & Gas. De realçar, neste contexto, a importância das soluções do SubSea Service Center, agora adotadas, no apoio ao desenvolvimento do negócio da Siemens neste país, bem como para o crescimento da economia angolana.
para o setor do Oil & Gas, nomeadamente através da disponibilização ao mercado de turbinas aeroderivativas a gás desta empresa britânica na área da energia.
Conhecedora da realidade deste país africano e das suas necessidades, a aposta da Siemens no mercado angolano é contínua. As mais recentes aquisições da empresa, nomeadamente das atividades energéticas da Rolls Royce no final de 2014, vieram permitir a diversificação do portefólio de produtos e serviços
A criação do SubSea Service Center Angola, o primeiro centro deste género no continente africano que vai trabalhar em estreita colaboração com a Siemens na Noruega e Inglaterra, é apenas mais um exemplo do envolvimento da empresa neste setor crítico para o sistema económico-financeiro angolano.
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Workshop sobre energia elétrica Partilha de visão e conhecimento com as entidades públicas responsáveis do setor elétrico angolano na implementação e operacionalização de Soluções Integradas para Gestão de Energia. Estes sistemas são fundamentais para responder aos atuais desafios da rede, impostos pelo elevado ritmo de crescimento económico registado em Angola, bem como a crescente procura de energia por parte dos consumidores. As soluções apresentadas – baseadas na plataforma Spectrum PowerTM – são consideradas referências de mercado a nível tecnológico e disponibilizam numa plataforma única todas as aplicações necessárias ao planeamento, gestão e operação das redes de energia, estando já preparadas para integrar e gerir os elementos que constituem uma Smart Grid. Estas soluções são fundamentais para aumentar a disponibilidade e fiabilidade dos sistemas de produção e das redes de distribuição e transmissão de energia, contribuindo para aumentar a sua eficiência, indo assim ao encontro dos objetivos de sustentabilidade económica e ambiental da rede de energia angolana.
A Siemens organizou, no Hotel de Convenções de Talatona, em Luanda Sul, Angola, um workshop sobre centros de despacho e condução para infraestruturas de produção, transporte e distribuição de energia. O evento abordou os sistemas de telecontagem para contagem e faturação da energia que transita entre os operadores da rede e contou com a presença de vários representantes do Ministério da Energia e responsáveis de empresas de relevo do setor.
A Siemens pretendeu com esta iniciativa reforçar as parcerias que tem vindo a desenvolver nesta área e o seu compromisso com o No workshop estiveram presentes respon- país no seu desenvolvimento socioeconómico. sáveis de vários dos principais intervenientes no mercado da energia de Angola, como Segundo Sérgio Filipe, responsável da Siemens o Instituto Regulador do setor Eléctrico de Angola, “este workshop surge na altura oporAngola (IRSE), a Empresa Pública de Produção tuna uma vez que a energia é um dos temasde Electricidade (PRODEL), a Rede Nacional -chave do país, base de desenvolvimento e de Transporte (RNT) a Empresa Nacional aumento de qualidade de vida. Durante os de Distribuição de Electricidade (ENDE) e o dois dias em que o mesmo decorreu houve Ministério da Energia e Águas. oportunidade de, em conjunto, procurarmos melhorar os níveis de aplicabilidade e seguEste evento, onde participaram vários res- rança deste recurso que é fundamental para ponsáveis da Siemens, pretende demons- levar Angola onde queremos – um país de sutrar a experiência e competência da empresa cesso e crescimento.” 47
Primeiro SIPROTEC 5 para Angola Angola, um mercado de incontornável importância nos dias de hoje, recebeu o primeiro equipamento SIPROTEC 5 A tecnologia SIPROTEC, com mais de cem anos, é uma das soluções-chave para a proteção de redes de energia em todo o mundo. A Siemens lançou recentemente uma nova geração de equipamentos desta família, o SIPROTEC 5. Trata-se de um equipamento mais flexível e inovador, que a Siemens instalou em Angola com a construção de uma subestação para a alimentação energética da fábrica da EPC, ASC-Angola Steel Corp. A Danieli, empresa subcontratada pela EPC para a construção de uma nova unidade fabril para a produção de aço, manifestou a necessidade de trabalhar com uma empresa de confiança e com a mais alta tecnologia para construir a subestação de 220 Kv contígua a esta unidade fabril. A Siemens foi a empresa eleita. Com início em setembro 2012, este projeto em Barra do Dande, na província do Bengo, deverá estar concluído ainda este ano. Neste projeto o material fornecido pela Siemens passou, ainda, por equipamento de alta tensão (transformadores de tensão, transformadores de corrente, transformadores de potência, disjuntores, seccionadores, isoladores, descarregadores de sobretensão), reactância de neutro, sistema de proteção, comando e controlo, comissionamento e supervisão de montagem do equipamento AT. Experiência no fornecimento e supervisão de montagem de equipamento de AT e no fornecimento de proteção, comando e controlo, 48
aleada à excelência da engenharia e produtos continua focada nas oportunidades de negóSiemens são, sem dúvida, os pontos fortes de cio que possam proporcionar possibilidade todo este projeto. de trabalhar com clientes de referência nos principais setores de atividade da economia Trata-se de uma parceria de elevada im- angolana, nomeadamente nas áreas da enerportância estratégica para a Siemens, que gia, óleo e gás.
A energia da Siemens chega a Matambo e Tete Com o fornecimento de uma subestação móvel para Matambo e a ampliação da subestação de Tete, em Moçambique, a Electricidade de Moçambique (EDM), pretende tornar a sua rede elétrica mais eficiente e fiável Este é um projeto que se reveste de elevada importância, não só para o desenvolvimento da rede elétrica de Moçambique, mas igualmente para o aumento da qualidade de vida da população moçambicana, e a Siemens é a parceira de eleição para ultrapassar esses obstáculos.
fornecimento de energia, próprias de um país em explosão demográfica e com uma rede elétrica ainda frágil.
Esta solução da Siemens é composta por três trailers (um trailer de Alta Tensão – 220 kV), baseado na tecnologia compacta GIS, um segundo trailer para um transformador de poCom o decorrer da ampliação da subestação tência 220/30 kV 25 MVA e, por fim, um traide 220 kV de Matambo, cabe agora à Siemens ler de média/baixa tensão que, num único fornecer uma solução portátil e compacta que contentor, incluirá não só a distribuição a 30 permita garantir o fornecimento de energia kV, mas igualmente os sistemas auxiliares, à população durante o desenvolvimento des- de proteção, comando e controlo. te projeto. A solução escolhida é uma subestação móvel. Esta permitirá ainda, em qual- Na subestação de Tete será realizado o auquer ponto geográfico, colmatar falhas no mento da potência instalada através do
fornecimento de um novo transformador de potência 66/33 kV 50 MVA, assim como a ampliação do quadro de distribuição em média tensão dos sistemas auxiliares, de proteção, comando e controlo. Num financiamento do World Bank ao Estado moçambicano, uma vez mais a Siemens é o parceiro selecionado por garantir a melhor solução técnica que permitirá assegurar a a melhoria da rede elétrica e consequente melhoria da qualidade de vida da população moçambicana, não só nas regiões de Tete e Matambo, mas em todo o país.
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Nova sede do Banco de Moçambique A Siemens desenvolveu um projeto Totally Integrated Power (TIP) para os quatro edifícios da nova sede do Banco de Moçambique
O Banco de Moçambique está a expandir a sua ação a todo o território deste país africano. Segundo o governador desta instituição, Ernesto Gove, no ano passado foram abertos 52 balcões um pouco por todo o território. O objetivo é a “diversificação da gama de serviços e produtos financeiros oferecidos aos seus clientes e a expansão da intermediação financeira”, acrescenta o gestor. O empreendimento tem tido o apoio da Siemens, desde a fase de desenvolvimento ao projeto de execução. As novas agências estão a ser equipadas com produtos de soluções Siemens como quadros de média tensão, transformadores de potência, quadros de baixa tensão e sistemas de comando de iluminação KNX. Os vários investimentos que o banco central do país está a realizar visam acompanhar o desenvolvimento exponencial de Moçambique, que precisa do apoio das instituições financeiras e das entidades reguladoras para se manter sustentável. Este é atualmente o maior projeto que a Siemens está a desenvolver em edifícios do O maior projeto em curso da instituição é setor terciário em Moçambique. A empresa a construção da sua nova sede, que passará está a apoiar a obra de construção da sede a integrar quatro edifícios. A obra está a ser do Banco de Moçambique desde a fase de erguida no mesmo espaço da anterior e inclui, desenvolvimento ao projeto de execução. além do edifício sede, que irá manter a facha- Por isso, o corpo técnico da Siemens desenda, uma nova torre de escritórios com 30 pi- volveu um projeto Totally Integrated Power sos, um silo-auto com 20 andares e um polo (TIP), de integração total e otimizada dos técnico com seis pisos. Nos novos edifícios fi- equipamentos fornecidos pela empresa, e carão sediados todos os serviços centrais des- apoiará a evolução da obra até ao final da ta entidade reguladora moçambicana. construção, previsto para 2015. 50
Segundo o governador desta instituição, Ernesto Gove, no ano passado foram abertos 52 balcões um pouco por todo o território.
CENTROS DE COMPETÊNCIA
Os centros de competência Siemens a funcionar em Portugal atuam nas áreas de energia, infraestruturas, saúde, tecnologias de informação e serviços partilhados, fornecendo serviços e soluções dentro do mundo Siemens que são utilizados em 200 países nos cinco continentes.
Centro de Tecnologias de Informação comemora um ano de vida ANO DE ABERTURA: 2014 N.º DE PESSOAS: >100
O centro de competência IT Global Operations Lisboa comemora um ano e avança com o nascimento de uma nova área, Cyber Security O IT Global Operations Lisboa comemora em 2015 o seu primeiro aniversário enquanto líder de soluções de TI e serviços inovadores para todo o universo Siemens. Tendo iniciado a sua atividade em janeiro de 2014 e apostado em realizar atividades de nearshoring a nível de TI, a equipa conta já com mais de 100 especialistas em TI e está em franca expansão, graças aos resultados apresentados nestes 12 meses de atividade que comprovam que a estratégia da Siemens é benéfica não apenas para a empresa como para o país. Mas a capacidade de Portugal não é somente assinalada pela Siemens. Muitas outras entidades descobriram o mercado nacional e o valor das equipas de TI, tornando o acesso aos profissionais cada vez mais restrito. Para continuar a fase expansionista, a Siemens iniciou projetos com universidades e também com a academia de formação ATEC, podendo assim criar especialistas à medida das necessidades existentes. “Ser um empregador atraente, com ambientes de trabalho state-of-the-art e benefícios para atrair a melhor equipa de TI, já não é suficiente”, afirma Andy Maertz, diretor de Operações Globais. E acrescenta: “Proporcionar uma perspetiva de longo prazo à nossa equipa, investir e lançar programas educacionais e promover uma relação com os alunos, que se encontram numa fase muito precoce no seu processo educacional,
são as únicas formas de garantirmos os melhores profissionais.” Esta é também a razão pela qual o departamento de Operações Globais pondera abrir um escritório satélite no Porto – para capitalizar a proximidade com as universidades do norte de Portugal. Uma pool atrativa, constituída com recursos humanos das diversas universidades ou de start-ups e incubadoras, é uma estratégia muito apelativa para os projetos de expansão nesta área. Particularmente com a recente decisão estratégica do Conselho de TI na Alemanha, que preconiza o aumento da procura de recursos humanos altamente qualificados e que decide colocar em Portugal uma nova responsabilidade, o Cyber Security.
Este novo centro é especializado no controlo e defesa dos sistemas de informação da Siemens e até há bem pouco tempo apenas estava implementado nos Estados Unidos. Com o aumento do fluxo de informação e consciência do seu valor, a Siemens decidiu criar um novo centro com este mesmo objetivo, desta vez na Europa, e Portugal foi o país escolhido. Este novo centro de Cyber Security já está instalado em território nacional, presta serviços a todo o continente europeu e pode vir a expandir os seus serviços para o continente asiático. Para a Siemens Portugal, a atribuição deste novo centro de competências é mais uma prova da competência dos recursos humanos nacionais e da capacidade de resposta às necessidades da empresa.
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ANO DE ABERTURA: 2014 N.º DE PESSOAS: