A​ ​DITADURA​ ​CIVIL​ ​MILITAR

A​ ​DITADURA​ ​CIVIL​ ​MILITAR  O  período  da  Ditadura  Civil  Militar  foi um dos mais longos da República do Brasil. Foram  21  anos  da  ditadur...
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A​ ​DITADURA​ ​CIVIL​ ​MILITAR 

O  período  da  Ditadura  Civil  Militar  foi um dos mais longos da República do Brasil. Foram  21  anos  da  ditadura  que  se  estenderam  de  1964  até  1985.  Podemos  dividir  o  período  em  três  fases  principais:  o  golpe  e  a  legalização  do regime autoritário, os anos de chumbo (1968-1974)  e​ ​a​ ​“reabertura​ ​lenta,​ ​gradual​ ​e​ ​segura”​ ​(1975-1985). 

 

O​ ​GOLPE​ ​E​ ​A​ ​LEGALIZAÇÃO​ ​DO​ ​REGIME​ ​AUTORITÁRIO 

Este  período  inicia-se  com  deposição  do  presidente  João  Goulart  a  partir  do  golpe  de  1964  e  passa  pelos primeiros anos do regime, em que ocorreu a construção da ditadura a partir  da​ ​legalização​ ​das​ ​práticas​ ​autoritárias.​ ​Se​ ​ligado​ ​no​ ​esquema​ ​abaixo: 

   

OS​ ​ANOS​ ​DE​ ​CHUMBO    Nestes anos houve a ascensão da “linha dura” das Forças Armadas ao poder. Teve início  quando  Costa  e  Silva  decretou  o  AI-5  em  1968  e  se  estendeu  até  o  fim  do  governo  Médici  em  1974.  A  consolidação  do  Estado  autoritário resultou no embate entre a ditadura e as oposições  armadas​ ​e​ ​na​ ​forte​ ​repressão​ ​utilizada​ ​pelo​ ​regime​ ​para​ ​eliminar​ ​os​ ​opositores.  Este  também  é  o  período  do  chamado  “Milagre  Econômico”,  marcado pelo crescimento  do  PIB  a  partir  da  valorização  dos  produtos  comerciais  brasileiros  e  pela  entrada  do  capital  externo.  Embora  o  PIB  tenha  crescido,  as  diretrizes  econômicas  do  governo  não  visaram  a  distribuição​ ​de​ ​renda,​ ​o​ ​que​ ​ocasionou​ ​concentração​ ​de​ ​renda​ ​e​ ​aumento​ ​das​ ​desigualdades. 

“ABERTURA​ ​LENTA,​ ​GRADUAL​ ​E​ ​SEGURA” Foram  quase  11  de  reabertura  política.  Por  isso, foi marcada como um processo lento e  cheio  de  contradições.  Ao  mesmo  tempo  em  que  os  governos  “sorbonistas”  (a linha mais light  das  Forças  Armadas)  de  Geisel  e  Figueiredo  aliviavam  a  censura  e  davam  trégua  às  torturas e  perseguições,  buscavam  retardar  ao  máximo  a  abertura  política  e  a  volta  à  democracia.  É  o  período  marcado  pelo início de uma crise econômica inflacionária e uma abertura contraditória.  Contraditória  porque,  mesmo  com  a  diminuição  da  repressão,  ocorreram  mortes  como  a  do  jornalista  Vladimir  Herzog  e  do  sindicalista  Manoel  Fiel  Filho.  O declínio da ditadura é marcado  pela​ ​Leia​ ​da​ ​Anistia,​ ​a​ ​volta​ ​dos​ ​exilados​ ​e​ ​pela​ ​campanha​ ​das​ ​Diretas​ ​Já.​ ​Confira​ ​abaixo: