SIMULADO II - BANCA FCC
Olá, candidatos! Sou Aline Aurora, professora de Língua Portuguesa.
É sempre um enorme prazer elaborar mais um simulado para os concursos da Fundação Carlos Chagas. Já temos um edital aberto e muitos outros para abrir. Este é o momento de treinar, por meio de um simulado, para você testar não só seus conhecimentos, como também seu tempo de resolução de prova de Português. Espero que este simulado ajude a melhorar seu desempenho ao fazer as provas do seu concurso. Vamos nessa??!!!!
INSTRUÇÕES - Verifique se este caderno contém 12 questões, numeradas de 1 a 12. - Para cada questão, existe apenas UMA resposta certa. - Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher a resposta certa. - Bom simulado!
Questões com base na
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SIMULADO II – FCC
ALINE AURORA LÍNGUA PORTUGUESA
Atenção: As questões referem-se ao texto que segue, adaptado de Rolf Kuntz; o original foi publicado na edição 860 do Observatório da Imprensa, no dia 21/07/2015.
A caça aos centavos 1
Com a receita em queda e a despesa ainda elevada, o governo deu o primeiro sinal de
desespero, em seu esforço de arrumação das contas públicas, ao vender as ações do Banco do Brasil (BB) para fazer caixa. O Tesouro começou a venda
em 26 de junho e conduziu as operações muito
discretamente, até reconhecê-las oficialmente em 16/7.
Os papéis estavam na carteira do Fundo
Soberano, menos conhecido por seu nome de registro, Fundo Fiscal de Investimentos e Estabilização (FFIE). 2
A operação rendeu, até aquele momento, modestos R$ 23,86 milhões, uma quantia insignificante
se comparar com a meta fiscal definida para o ano, um superávit primário de R$ 66,3 bilhões para o setor público. Mas essa desproporção torna o lance especialmente dramático e justifica a chamada de primeira página, no dia 17, sexta-feira, no Globo e na Folha de S. Paulo. 3
Apesar da linguagem muito enrolada, a nota divulgada pelo Tesouro chamou a atenção com
suficiente clareza para o problema das contas públicas. Decidiu-se vender os papéis, segundo o informe, para “tornar a carteira aderente à conjuntura macroeconômica atual”. Outra passagem é um pouco mais direta: “a estratégia de elevação da liquidez do portfólio do FFIE foi iniciada como medida prudencial em um contexto de política de consolidação fiscal do setor público”. 4
A Folha abre o caderno de Economia com essa notícia. O Estadão é mais discreto, mas também
deixa claro o objetivo de catar algum dinheiro. No dia anterior, a maioria dos grandes jornais haviam noticiado a nova queda da arrecadação federal em junho. 5
O informe foi explorado de forma desigual pelos jornais, mas, em todos os casos, ficou clara a
expectativa muito ruim dos técnicos do governo. Uma avaliação mais segura das perspectivas dependeria do balanço geral, atualizado até junho, de receitas e despesas do governo central e do setor público em todos os níveis. 6
Para alcançar esse resultado o governo precisará, além de reverter a tendência da arrecadação,
fazê-la crescer aceleradamente ou cortar os gastos com enorme severidade. Mais provavelmente, deverá combinar as duas ações. Mudanças como essas, pelo menos em proporções significativas, parecem muito difíceis neste momento, especialmente quando se levam em conta os impasses políticos entre Executivo e Legislativo. 7
Uma saída possível será uma redução da meta fiscal fixada para o ano, medida já proposta pelo
senador Romero Jucá (PMDB-RR) e até os últimos dias ainda rejeitada, oficialmente, pelo ministro da Fazenda. Se o projeto do senador for aprovado, a meta de superávit primário deste ano poderá cair para
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uma soma pouco superior a R$ 22 bilhões. Será, naturalmente, o mínimo obrigatório. O governo poderá, se tiver condições, produzir um resultado melhor. 8
A médio prazo, o primeiro objetivo da política fiscal é controlar o endividamento público e, em
seguida, reduzir o peso do endividamento, isto é, a proporção entre a dívida e o produto interno bruto (PIB). Outros objetivos da política devem ser, naturalmente, o uso mais eficiente do dinheiro público e, se possível, a redução da carga tributária, mas esses pontos são politicamente mais complicados. A curto prazo o desafio mais importante é impedir o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pelas agências de classificação. 9
As dificuldades da política de ajuste, principal compromisso do governo para este ano, devem
compor boa parte da pauta econômica do segundo semestre. Os jornais cobriram a questão fiscal com razoável eficiência nos últimos quatro anos e foram capazes, por exemplo, de apontar com rapidez os lances principais da contabilidade criativa, tentativas de maquiar as contas públicas. 10
A gestão financeira do governo continuará exigindo atenção especial, neste ano, e muito empenho
para decifrar os detalhes técnicos. O Brasil continua muito longe de ser uma Grécia, mas em todo o mundo o crédito público é um bem para ser tratado como peça de cristal.
1
O texto legitima a seguinte compreensão: (A)
O autor, ao dizer que está longe de ser uma Grécia, considera favorável a situação econômica do Brasil.
(B)
A médio prazo, o endividamento público será controlado para reduzir a carga tributária.
(C)
A solução para alcançar o resultado esperado é arrecadar fundos de investimentos e reduzir gastos de forma conjunta.
(D)
O termo ainda (1º parágrafo), além da indicação temporal, pressupõe que alguma informação não é explícita.
(E)
O controle financeiro é como uma peça de cristal portanto deve ser decifrado com detalhes técnicos.
2
O autor estabelece uma relação de causa e efeito entre:
(A)
... linguagem muito enrolada... / ... chamou a atenção com suficiente clareza... (3º parágrafo)
(B)
... alcançar esse resultado... / ... reverter a tendência da arrecadação... (6º parágrafo)
(C)
...redução da meta fiscal fixada ... / ...medida já proposta pelo senador ... (7º parágrafo)
(D)
O Tesouro começou a venda em 26 de junho... / conduziu as operações muito discretamente... (1º parágrafo)
(E)
... receita em queda e a despesa ainda elevada... / ... sinal de desespero... (1º parágrafo)
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... controlar o endividamento público ... ... e em seguida reduzir o peso do endividamento ... ... quando se levam em conta os impasses políticos ... Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos sublinhados acima foram corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:
4
(A)
controlar ele
reduzi-lo
os levam em conta
(B)
controlá-lo
reduzi-lo
levam-nos em conta
(C)
o controlar
o reduzir
levam-lhes em conta
(D)
controlá-lo
lhe reduzir
levam-nos em conta
(E)
controlá-lo
reduzir-lhe o peso
levam em conta eles
Ocorre a transposição correta da voz ativa para a passiva, preservando-se a concordância adequada, no segmento: I. Os jornais cobriram a questão fiscal = a questão fiscal foram cobertas pelos jornais. II. o objetivo de catar algum dinheiro = o objetivo de se catar algum dinheiro. III. continuará exigindo atenção especial = continuará sendo exigida atenção especial Atende ao enunciado APENAS o que está em
5
(A)
I
(B)
II
(C)
III
(D)
I e III
(E)
II e III
Observadas as orientações da gramática normativa, é pertinente o seguinte comentário: (A)
No segmento medida já proposta pelo senador Romero Jucá, o termo já realça a ideia de passado expressa também pelo emprego do particípio. (7º parágrafo)
(B)
Em fazê-la crescer aceleradamente ou cortar os gastos, o valor inclusivo da conjunção “ou” implica uma vírgula obrigatória antes dela. (6º parágrafo)
(C)
Tanto em A Folha abre, quanto em O Brasil continua, observa-se o emprego do tempo presente pelo pretérito (presente histórico), para dar vivacidade a fatos ocorridos no passado. (4º parágrafo / 10º parágrafo)
(D)
A forma verbal haviam noticiado (4º parágrafo) pode ser substituído por noticiara por apresentar ideia de simultaneidade.
(E)
Em a estratégia de elevação da liquidez do portfólio do FFIE (3º parágrafo), uma vírgula poderia ser colocada imediatamente após FFIE , sem prejuízo para o sentido e a correção.
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... tornar a carteira aderente à conjuntura macroeconômica... (3º parágrafo) Mantém-se corretamente o à - com o sinal indicativo de crase - se o segmento grifado for substituído por:
7
8
(A)
certa condição econômica
(B)
situações macroeconômicas
(C)
determinada condição macroeconômica
(D)
qualquer situação econômica
(E)
nossa situação macroeconômica
A forma verbal que pode ser flexionada indiferentemente no singular e no plural encontra-se em:
(A)
... devem compor boa parte da pauta econômica... (9º parágrafo)
(B)
... parecem muito difíceis neste momento... (6º parágrafo)
(C)
... Uma saída possível será uma redução da meta... (7º parágrafo)
(D)
... a maioria dos grandes jornais haviam noticiado a nova queda... (4º parágrafo)
(E)
... o crédito público é um bem... (10º parágrafo)
Quanto ao emprego das formas verbais e ao tratamento pessoal, está plenamente correta a frase:
(A)
Senhores, juntem-se aos demais colaboradores e dizei-nos o que acharam.
(B)
Diga-me o que pensas, senhor, de toda negociação.
(C)
Queremos que Vossas Senhorias vos entendam para que possamos acharmos uma solução.
(D)
Queremos que Vossas Excelências juntai-vos a todos os colaboradores e depois nos dessem uma resposta.
(E)
9
Vai, junta-te a todos e dize-me o que pensas.
Está correta a seguinte flexão para o plural:
(A)
... ficou clara a expectativa... = ... ficou claras as expectativas...
(B)
... reduzir o peso do endividamento... = ... reduzirem os pesos do endividamento...
(C)
Para alcançar esse resultado ... = Para se alcançarem esses resultados ...
(D)
A gestão financeira do governo continuará exigindo... = A gestão financeira dos governos continuarão exigindo...
(E)
Se o projeto do senador for aprovado... = Se o projeto dos senadores forem aprovados...
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Uma redação alternativa para a frase O informe foi explorado de forma desigual pelos jornais, mas, em todos os casos, ficou clara a expectativa ruim dos técnicos do governo (5º parágrafo), em que se mantém a correção e, em linhas gerais, o sentido, encontra-se em:
(A)
O informe foi explorado de forma desigual pelos jornais, embora, em todos os casos, ficasse clara a expectativa ruim de todos os técnicos do governo.
(B)
O informe foi explorado de forma desigual pelos jornais, porém, em algum dos casos, ficou clara a expectativa ruim de todos os técnicos do governo.
(C)
O informe foi explorado de forma equivalente pelos jornais, apesar de, em todos os casos, ficar clara a expectativa ruim de todos os técnicos do governo.
(D)
O informe foi explorado de forma desigual pelos jornais, ainda que, em todos os casos, ficasse clara a expectativa ruim de todos os técnicos do governo.
(E)
Apesar de o informe ter sido explorado de forma desigual pelos jornais, ficou clara, em todos os casos, a expectativa ruim de todos os técnicos do governo.
11
Os jornais cobriram a questão fiscal com razoável eficiência ...(9º parágrafo) O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:
12
(A)
O Brasil continua muito longe...
(B)
... jornais haviam noticiado a nova queda...
(C)
Os papéis estavam na carteira...
(D)
... o governo deu o primeiro sinal...
(E)
Uma saída possível será uma redução...
No contexto dado, possui a mesma regência do verbo presente no segmento mais segura das perspectivas dependeria do balanço geral, o que se encontra sublinhado em:
(A)
... ao vender as ações do Banco do Brasil... (1º parágrafo)
(B)
... Os papéis estavam na carteira... (1º parágrafo
(C)
... apontar com rapidez os lances... (9º parágrafo)
(D)
... tentativas de maquiar as contas públicas. (9º parágrafo)
(E)
... insignificante se comparar com a meta fiscal... (2º parágrafo)
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GABARITO
1
D
7
D
2
E
8
E
3
E
9
C
4
E
10
E
5
A
11
D
6
E
12
E
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