indicadores de comércio exterior - icomex - IBRE

INDICADORES DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX Icomex de agosto, referente à balança comercial de julho Número 4 | 15.agosto.2017 Indústria extrativa foi ...
0 downloads 24 Views 1MB Size

INDICADORES DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX Icomex de agosto, referente à balança comercial de julho Número 4 | 15.agosto.2017

Indústria extrativa foi destaque tanto nas exportações quanto nas importações em julho Destaques Os Indicadores de Comércio Exterior da FGV/IBRE registraram aumento de 12,5% no volume exportado e de 10,8% no volume importado, na comparação entre os meses de julho de 2016 e 2017. Tanto nas exportações como nas importações, o aumento do volume na comparação mensal foi liderado pela indústria extrativa, com crescimento de 49,7% nas exportações e 40,6% nas importações. índice de volume importado dos bens de capital na FBCF (formação bruta de capital fixo) caiu 31%, o de bens intermediários (BI) utilizados pela indústria de transformação cresceu 8,3% e os BI no setor agropecuário, 91,2%. Os preços das commodities exportadas recuaram 3,3% entre os meses de julho (2017/16), confirmando a tendência de queda nos termos de troca iniciada em março de 2017. “O desempenho favorável da balança comercial que deverá atingir o maior superávit da sua série histórica está associado principalmente às vendas de commodities. A contribuição da indústria de transformação, embora positiva, está concentrada no setor de bens de consumo duráveis (automotivo). A contínua queda na importação dos bens de capital (FBCF) indica que a recuperação da taxa de

Gráfico 1: Variação (%) mensal nos índices de preço (US$) e volume das exportações

investimento na economia ainda está muito distante, conforme ressaltado no ICOMEX de julho” segundo Lia Valls Pereira.

Índices de volume e preços agregados O volume exportado total cresceu 12,5% e os preços 0,7% na Fonte: SECEX/MDIC. Elaboração: IBRE/FGV.

IBRE/FGV

Comércio Exterior - FGV Indicadores mensais da Balança Comercial de julho de 2017

comparação entre julho de 2016 e 2017 (Gráfico 1). Em termos de

Gráfico 2: Variação (%) mensal nos índices de preço (US$) e volume das importações

tendência, a variação mensal do volume das exportações, em relação ao ano de 2016, continua crescente. Ressalta-se

a

commodities:

importância

das

variação

julho

a

2017/2017 no volume exportado das commodities foi de 19,6% e das não commodities, de 5,7%. No entanto, para o segundo semestre, quando algumas commodities, como a soja, registram

um

menor

volume

embarcado, essa tendência poderá

Fonte: SECEX/MDIC. Elaboração: IBRE/FGV.

reverter. Os preços de exportação continuam desacelerando e apontam para uma tendência declinante, liderada pela

Gráfico 3: Média móvel trimestral do índice dos termos de troca (base fixa: jan-mar08)

queda de 3,3% nos preços das commodities entre julho de 2016 e 2017. No caso das importações, julho surpreendeu com o aumento de 10,8% no volume importado (Gráfico 2), concentrado na indústria extrativa (petróleo). O índice de preço das importações

caiu,

mas

não

o

suficiente para reverter a tendência de queda nos termos de troca (Gráfico 3). Em relação a 2016, os termos de troca ainda estão subindo,

Fonte: SECEX/MDIC. Elaboração: IBRE/FGV.

embora a taxas menores que no início do ano. Os resultados para o acumulado no ano até julho registraram aumento de 10,6% no volume exportado e no importado, aumento de 9,8% nos preços das exportações e 15,9% no preço das commodities exportadas e queda de 1,2% no preço total das importações.

2

Comércio Exterior - FGV Indicadores mensais da Balança Comercial de julho de 2017

Índices desagregados por atividade econômica e categoria de uso Na comparação mensal entre julho de

2016

e

2017,

as

maiores

Gráfico 4: Variação (%) nos índices de preços (US$) e volume por atividade econômica nas exportações

variações no volume exportado e importado

foram

extrativa,

49,7%

na

indústria

e

40,6%,

respectivamente (Gráficos 4 e 5). Nas exportações, além da extrativa, o setor agropecuário registrou variação de dois dígitos: 26%. Na variação do acumulado do ano das exportações até julho, porém, apenas o setor extrativo se destacou, com aumento de 36,2%, seguido da agropecuária (+8,2%),

e

da

indústria

de

Fonte: SECEX/MDIC. Elaboração: IBRE/FGV.

transformação (+5,9%). No caso dos preços exportados, as quedas nos setores de agropecuária e extrativa

Gráfico 5: Variação (%) nos índices de preços (US$) e volume por atividade econômica nas importações

confirmam a tendência de queda nos preços das principais commodities. Nas importações, na comparação mensal, os volumes caem 24,8% na agropecuária, e crescem 0,5% na indústria

de

transformação,

em

contraste com o comportamento da indústria extrativa que apresenta variação positiva de 16,2%. Quando se comparam os resultados do acumulado

do

ano

até

julho,

entretanto, se repete o recuo no setor

Fonte: SECEX/MDIC. Elaboração: IBRE/FGV.

agropecuário (-8%), mas a variação no volume da indústria de transformação (13,1%) é próxima ao da indústria extrativa (16,2%).

3

Comércio Exterior - FGV Indicadores mensais da Balança Comercial de julho de 2017

Na análise por categoria de uso na indústria de transformação (Gráfico

Gráfico 6: Variação (%) mensal do índice de volume das exportações e importações na indústria de transformação por categoria de uso

6), entre julho de 2016 e 2017, o volume das importações de bens de consumo semiduráveis aumentaram 34,9%,

seguida

da

de

bens

intermediários (10,2%). No primeiro grupo, as maiores contribuições para o aumento do volume importado nesse grupo foram de artefatos de couro,

exceto

calçados

(18%),

vestuário (17%) e produtos de metal, exclusive máquinas e equipamentos Fonte: SECEX/MDIC. Elaboração: IBRE/FGV.

(10%). No acumulado até julho, as maiores variações são dos mesmos

grupos: semiduráveis (+21%) e intermediários, (+22%). Observa-se, porém, que a participação das importações de bens de consumo semiduráveis é baixa, 2,5% do total importado (janeiro a julho de 2017), enquanto a dos bens intermediários é de 73%. No caso dos bens de capital, a participação foi de 11,8% nas importações totais, e a categoria registrou recuo (-31,1%) na comparação mensal (julho de 2016/17) como em relação ao acumulado do ano até julho (-16,2%).

Bens de Capital e Bens Intermediários A relevância das importações de bens

de

capital

e

dos

bens

Gráfico 7: Média móvel trimestral do índice de volume das importações de bens de capital

intermediários como indicadores do desempenho da economia levou à construção do índice de importação de bens de capital que compõem a FBCF

da

utilizados

economia na

e

dos

indústria

BI de

transformação e na agropecuária. O Gráfico 7 mostra a média móvel trimestral

do

índice

de

volume

importado de BK. Apesar da leve recuperação sugerida pelo último

Fonte: SECEX/MDIC. Elaboração: IBRE/FGV.

4

Comércio Exterior - FGV Indicadores mensais da Balança Comercial de julho de 2017

resultado, as importações recuaram na

comparação

mensal

julho

Gráfico 8: Média móvel trimestral do índice de volume das importações dos bens intermediários na indústria de transformação e na agropecuária

2017/2017 e no acumulado do ano até

julho,

em

31%

e

16,6%,

respectivamente. Em relação às importações de bens intermediários

da

indústria

de

transformação, o aumento entre 2016 e 2017 seja mensal ou no acumulado do ano, é explicada pela demanda do setor agropecuário. O índice do volume importado de BI para o setor agropecuário

cresceu

91,2%

(mensal) e 77% (acumulado no ano).

Fonte: SECEX/MDIC. Elaboração: IBRE/FGV.

Para a indústria de transformação os resultados do volume importado de BI foram: 8,3% (mensal) e 17,9% (acumulado até julho).

Metodologia O índice de Fischer é utilizado para o cálculo dos índices de preços. No caso do volume, foi utilizada a forma implícita: o índice de volume é obtido pela divisão da variação do valor do fluxo comercial deflacionado pelo índice de preços. Os índices foram obtidos considerando o controle dos “outliers”.

Comércio Exterior - FGV IBRE – Instituto Brasileiro de Economia Diretor do IBRE: Luiz Guilherme Schymura de Oliveira Superintendente de Estatísticas Públicas: Aloisio Campelo Jr. Coordenador do Núcleo de Contas Nacionais: Claudio Monteiro Considera Coordenadora da Pesquisa: Lia Valls Pereira Equipe Técnica: André Luiz Silva de Souza  Juliana Carvalho da Cunha  Mayara Santiago da Silva  Fatima Tavares Alves

5