varejo registra retração de 1,4% em 2015, aponta icva - Cielo RI

CIELO S.A. CNPJ/MF 01.027.058/0001-91 Comunicado ao Mercado VAREJO REGISTRA RETRAÇÃO DE 1,4% EM 2015, APONTA ICVA Indicador considera a receita defl...
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CIELO S.A. CNPJ/MF 01.027.058/0001-91

Comunicado ao Mercado

VAREJO REGISTRA RETRAÇÃO DE 1,4% EM 2015, APONTA ICVA Indicador considera a receita deflacionada de vendas do varejo em relação a 2014. Em dezembro, a retração foi de 5,5%

Ano contra ano 10.1%

10.1%

10.5% 8.9%

9.5%

8.0% 8.4%

8.6%

8.1%

8.3%

9.0%

8.2%

7.1% 7.3%

7.2% 5.9%

7.9%

6.5% 6.9%

6.9%

6.6% 4.6%

4.3% 3.7%

3.4%

4.5% 1.8%

2.9% 2.1%

set/14

out/14

3.3%

2.1%

1.6%

nov/14

dez/14

1.5% jan/15

3.2%

1.9%

2.6% 1.8%

3.6%

4.1%

1.1%

0.7%

0.2% fev/15

m ar/15

abr/ 15

0.0%

0.4%

mai/15

0.6% jun/ 15

0.1% jul/15

- 1.1%

ago/15

- 2.3% -3.0%

- 2.4% - 2.8%

ICVA Nom inal

ICVA Nom inal Ajust ado

ICVA Deflacionado*

set/15

ICVA Deflacionado Ajust ado

-3.4%

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A receita de vendas do comércio varejista ampliado encerrou o ano de 2015 com uma retração de 1,4% em relação a 2014, depois de descontada a inflação que incide sobre a cesta de setores do varejo ampliado. É a primeira queda anual da série histórica do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado nesta quinta-feira (14). Em 2014, o índice havia registrado crescimento de 4,2%, e de 5,8% em 2013 na mesma base de comparação. Já o ICVA nominal cresceu 5,5% no ano, contra alta de 10,9% em 2014 e de 13,4% em 2013.

DESTAQUES DE DEZEMBRO No último mês de 2015, o índice registrou uma retração de 5,5% sobre um ano antes, mesmo percentual de novembro. É o quinto mês seguido de variação negativa das vendas do varejo na comparação ano contra ano, comportamento que se mostrou mais acentuado a partir do terceiro trimestre do ano. Vale destacar que, ao contrário de novembro, que foi prejudicado pelos efeitos de calendário, o último mês do ano foi beneficiado pela troca de dias da semana em relação a 2014 – uma quinta-feira a mais e uma segunda-feira a menos. Pelo ICVA deflacionado ajustado, que desconta os efeitos de calendário além da inflação, o mês de dezembro apresentou retração de 5,9%. O cenário é, portanto, de desaceleração – em novembro, o indicador havia sinalizado retração de 4,4% nesse mesmo conceito. Em termos nominais, o ICVA registrou crescimento de 2,6% em relação a dezembro de 2014 – em novembro, a alta havia sido de 2,2% na mesma base de comparação. Com o ajuste de calendário, o ICVA nominal apurou alta de 2,1% no mês, inferior aos 3,5% registrados em novembro.

NATAL Na semana que antecedeu o Natal, entre os dias 18 e 24 de dezembro, a receita deflacionada de vendas do comércio varejista teve retração de 5,2% sobre o mesmo período de 2014 – quando o indicador havia registrado alta de 1,6% nessa base de comparação. Em valores nominais, o ICVA mostrou alta de 3,2% na receita de vendas no período mais forte das compras natalinas.

INFLAÇÃO A inflação no varejo ampliado em dezembro atingiu 8,6% no acumulado dos últimos 12 meses. O número indica aceleração sobre os 8,2% registrados em novembro. Itens como alimentos e combustíveis seguem puxando a inflação para cima. Vale lembrar que a cesta de compras no varejo ampliado não inclui itens como energia elétrica, aluguel, condomínio, entre outros, que são contemplados no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA 2

registrou alta de 10,7% em dezembro, no acumulado dos últimos 12 meses, também apresentando pequena aceleração em relação aos 10,5% registrados em novembro.

SETORES Considerando os grandes blocos de setores que compõem o varejo ampliado, todos tiveram retração nas vendas em dezembro, na comparação com o mesmo mês de 2014. Enquanto em novembro o grupo de setores que comercializam bens semiduráveis e duráveis havia apontado ligeira aceleração na margem por conta das vendas no setor de Móveis, Eletro e Lojas de Departamento, beneficiado pela Black Friday, em dezembro o efeito foi reverso: o bloco teve a desaceleração mais acentuada do ICVA. Em bens não duráveis, destaque para Drogarias e Farmácias, que segue como um dos poucos setores com desempenho positivo. O segmento de Supermercados e Hipermercados manteve o patamar de novembro, com uma retração menor que a média do ICVA. Já o setor de Postos de Gasolina puxou o grupo para baixo. Finalmente, dentro do bloco de setores da cesta de serviços, aqueles relacionados ao Turismo puxaram o índice para cima, embora a venda de passagens aéreas e pacotes também tenha sofrido impacto com o efeito de antecipação de vendas causado pela Black Friday.

REGIÕES DO PAÍS Em dezembro, o comércio da região Norte foi o que mais retraiu (-7,5%). As demais regiões também apresentaram fortes quedas no mês: Sul (-6,3%), Sudeste (-5,4%), Nordeste (-5,1%) e Centro-Oeste (-4,3%). Ver gráficos abaixo.

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DESTAQUES ANUAIS DESEMPENHO SETORIAL

No ano de 2015, com o desaquecimento da economia, o varejo foi mais fortemente impactado nos setores de maior ticket médio e menor frequência de compra e, portanto, mais dependentes de crédito. Todos os setores do bloco de bens duráveis, como Vestuário e Móveis, Eletro e Lojas de Departamento, tiveram retração. Na outra ponta, bens não duráveis, de consumo cotidiano, sustentaram o crescimento do varejo, embora também tenham sofrido desaceleração em relação a 2014. Neste grupo, Supermercados e Hipermercados – que no ano anterior crescia acima da média do varejo – ficou em linha com a média nacional do indicador. Assim como nas análises mensais, o setor de Serviços seguiu um padrão heterogêneo: Turismo e Transportes (com inflação em baixa) foi o destaque positivo do ano, enquanto Alimentação em Bares e Restaurantes foi o destaque negativo, apresentando forte retração, com impacto acentuado da inflação. DESEMPENHO POR REGIÃO E ESTADO

Todas as regiões brasileiras apresentaram retração no varejo em 2015 pelo ICVA deflacionado. O Sul teve a maior queda anual (-2%), seguido do Sudeste, que apurou retração de 1,8% no ano. Norte e Centro-Oeste aparecem com o mesmo percentual de queda (-1,3%) e, por fim, o Nordeste, que teve um comportamento mais resiliente e encerrou o ano com baixa de 0,1%. Ver gráficos abaixo.

Na abertura por estados, todos tiveram desempenho abaixo do registrado pelo ICVA em 2014. Sergipe, Acre e Piauí apontaram o maior crescimento em receita de vendas do varejo em 2015 pelo ICVA deflacionado. O primeiro apresentou uma alta de 1,5%, único estado com crescimento superior a um ponto percentual na comparação com o mesmo período de 2014. Acre, com alta de 0,7% em 2015, e Piauí (0,5%) aparecem na sequência.

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Além deles, registraram crescimento em 2015: Tocantins e Paraíba (ambos com 0,3%) e Rondônia (0,1%). Na outra ponta, com percentuais negativos, aparecem Santa Catarina (-0,1%), Rio Grande do Norte (-0,2%), Mato Grosso (-0,2%), Maranhão (-0,2%), Ceará (-0,5%), Mato Grosso do Sul (0,9%), Bahia (-1,1%), Goiás (-1,2%) e Minas Gerais (-1,2%). Abaixo da média nacional, também com percentuais negativos, estão Pernambuco e Alagoas (-1,8%), Pará (-1,9%), Rio Grande do Sul (-2%), Paraná e Espírito Santo (-2,2%), Rio de Janeiro (-2,6%), Roraima (-2,7%), Distrito Federal e São Paulo (-3,4%), Amazonas (-4,3%) e Amapá (-7,2%).

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SOBRE O ICVA O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro de acordo com a sua receita de vendas, com base em um grupo de mais de 20 setores 7

mapeados pela Cielo, de pequenos lojistas a grandes varejistas. O peso de cada setor dentro do resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês. O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com base nas vendas realizadas nos mais de 1,7 milhão de pontos de vendas ativos credenciados à companhia. A proposta do Índice é oferecer mensalmente uma fotografia do desempenho do comércio varejista do país a partir de informações reais.

COMO É CALCULADO A gerência de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento, como a variação de market share, bem como isolar os efeitos da substituição de cheque e dinheiro no consumo – dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda. Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas. Barueri, 14 de janeiro de 2016. CLOVIS POGGETTI JUNIOR Vice-presidente Executivo de Finanças e Diretor de Relações com Investidores

Sobre a Cielo A Cielo S.A. (Bovespa: CIEL3 | OTCQX: CIOXY) é a empresa líder em soluções de pagamentos eletrônicos na América Latina e uma das maiores do mundo em seu segmento. Responsável por credenciar os estabelecimentos comerciais a aceitarem pagamentos com cartões, além das outras etapas da cadeia - captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das transações -, a Cielo captura as principais bandeiras do Brasil e do mundo. Em 2014, mais de 5,6 bilhões de transações passaram pelas máquinas da companhia. Com um posicionamento multisserviço, multibandeira e multicanal - presente seja no ponto de venda, no mobile ou no e-commerce -, a Cielo tem como missão ser referência internacional no que ela faz. Uma empresa de serviços que tem a inovação em seu DNA, orientada para resultados, a Cielo entrega um portfólio de produtos e soluções que agregam valor ao negócio dos lojistas, microempreendedores e profissionais liberais - além da maior força comercial do mercado, atendimento de qualidade e logística eficiente, premissas da excelência para o cliente. A companhia investe continuamente em tecnologia e conta com o parque de equipamentos mais moderno do mercado, distribuído em 1,7 milhão de pontos de venda ativos em todos os seus canais - comércio físico ou virtual, pela máquina, pelo celular o pela internet, presente de ponta a ponta em toda a cadeia de pagamentos eletrônicos.

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