PROCESSO PENAL MARATONA OAB XX
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA RESOLUÇÃO 213/15
RESOLUÇÃO Nº 213/15 - CNJ • Art. 1º Determinar que toda pessoa presa em flagrante delito, independentemente da motivação ou natureza do ato, seja obrigatoriamente apresentada, em até 24 horas da comunicação do flagrante, à autoridade judicial competente, e ouvida sobre as circunstâncias em que se realizou sua prisão ou apreensão.
COMUNICAÇÃO DE FLAGRANTE RESOLUÇÃO CNJ
• Art. 1º • § 1º A comunicação da prisão em flagrante à autoridade judicial, que se dará por meio do encaminhamento do auto de prisão em flagrante, de acordo com as rotinas previstas em cada Estado da Federação, não supre a apresentação pessoal determinada no caput.
CPP • Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. • § 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.
ATORES PROCESSUAIS •Art. 4º A audiência de custódia será realizada na presença do Ministério Público e da Defensoria Pública, caso a pessoa detida não possua defensor constituído no momento da lavratura do flagrante.
FINALIDADE •I) Averiguar a ocorrência de tortura; •II) Analisar a necessidade da prisão preventiva; •III) Analisar a possibilidade de concessão de liberdade provisória.
PARTICIPAÇÃO DAS PARTES • Art. 8º • § 1º Após a oitiva da pessoa presa em flagrante delito, o juiz deferirá ao Ministério Público e à defesa técnica, nesta ordem, reperguntas compatíveis com a natureza do ato, devendo indeferir as perguntas relativas ao mérito dos fatos que possam constituir eventual imputação, permitindo-lhes, em seguida, requerer: • I - o relaxamento da prisão em flagrante; • II - a concessão da liberdade provisória sem ou com aplicação de medida cautelar diversa da prisão; • III - a decretação de prisão preventiva; • IV - a adoção de outras medidas necessárias à preservação de direitos da pessoa presa.
RELAXAMENTO DA PRISÃO ILEGAL • Uma vez recebido o auto de prisão em flagrante, deverá o juiz relaxar a prisão do autuado quando constatada sua ilegalidade; seja pelo não atendimento do disposto no art. 302, seja no art. 306 e parágrafos, ambos do Código de Processo Penal. . • CF, art. 5º: LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária.
PRISÃO PREVENTIVA A prisão preventiva poderá ser decretada como (CPP, Art. 312): I) garantia da ordem pública; II) garantia da ordem econômica; III) por conveniência da instrução criminal; IV) para assegurar a aplicação da lei penal; ou V) em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (CPP, art. 282, §4º).
PRESSUPOSTOS DA PRISÃO PREVENTIVA São pressupostos da prisão preventiva:
I) Natureza da infração (alguns delitos não a admitem, dentre eles os culposos e aqueles cuja pena máxima não excede 04 anos – CPP, Art. 313, I); II) Probabilidade de condenação (fumus comissi delicti): materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria; III) Perigo na demora (periculum in mora); IV) Controle jurisdicional prévio.
LIBERDADE PROVISÓRIA • Art. 5º: • (...) • LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança.
VEDAÇÃO DE FIANÇA • Não será concedida fiança (CPP, Art. 323): • I) Nos crimes de racismo; • II) Nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos; • III) Nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA PENA PODE SER CUMPRIDA APÓS DECISÃO DE SEGUNDA INSTÂNCIA, DECIDE STF No julgamento do HC 126292, em 17 de fevereiro de 2016, por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que a possibilidade de início da execução da pena condenatória após a confirmação da sentença em segundo grau não ofende o princípio constitucional da presunção da inocência