Resistência a medicamentos antimaláricos - Links Global

informativO AMI 2015-01 INICIATIVA AMAZÔNICA CONTRA A MALÁRIA Resistência a medicamentos antimaláricos Fevereiro de 2015 Antecedentes Os países das A...
19 downloads 26 Views 813KB Size

informativO AMI 2015-01

INICIATIVA AMAZÔNICA CONTRA A MALÁRIA Resistência a medicamentos antimaláricos Fevereiro de 2015 Antecedentes Os países das Américas contam com tratamento rápido e eficaz como o principal meio para a redução da morbidade e mortalidade por malária. Na Bacia Amazônica, o surgimento e a propagação de parasitas Plasmodium falciparum resistentes a medicamentos antimaláricos como a cloroquina levaram os programas nacionais contra a malária a recorrer às terapias combinadas baseadas na artemisinina (TCA, composto de derivado de artemisinina e outro medicamento associado). A redução da eficácia dos antimaláricos atualmente em uso na região representa uma séria ameaça para os avanços obtidos no controle da malária nas Américas e pode acarretar custos adicionais para os sistemas de saúde. FigurA 1. Tratamento atual de primeira linha para malária não-complicada por P. falciparum, por país. México

República Dominicana

Belize

Honduras Haiti Nicarágua

Guatemala El Salvador Costa Rica Panamá

Venezuela

Guiana Suriname Guiana Francesa

Colômbia Equador

Brasil

Peru Bolívia Regime de tratamento Cloroquina e primaquina (CQ+PQ) Terapia combinada baseada na artemisinina e primaquina (TCA+PQ) Terapia combinada baseada na artemisinina (TCA) Risco elevado do surgimento da resistência a artemisinina e medicamentos associados Escudo Guianês

Argentina

Paraguai

Situação atual da resistência aos antimaláricos nas Américas Oito países da Bacia Amazônica usam TCAs, ao passo que os países da região da América Central usam a cloroquina como tratamento de primeira linha para a malária causada pelo P. falciparum. Em 2012, a Guiana e o Suriname relataram pela primeira vez na região a suspeita da diminuição da sensibilidade à artemisinina com base nos resultados de estudos in vivo que indicaram que >10% dos pacientes ainda tinham a presença de parasitas na corrente sanguínea no 3º dia após o início do tratamento com o TCA arteméter-lumefantrina. Em 2014, os dois países concluíram estudos confirmatórios analisando como o artesunato elimina os parasitas da corrente sanguínea de pacientes, não tendo sido encontrada evidência da resistência à artemisinina, conforme definições atuais. Também não foram encontradas mutações genéticas no gene K13 associadas à resistência à artemisinina em amostras de P. falciparum desses dois países. Atualmente, os TCAs continuam a ser eficazes no tratamento da malária causada por P. falciparum na região amazônica. No entanto, a eficácia da artemisinina vem diminuindo levemente no Suriname desde 2004, e a região amazônica enfrenta uma ameaça significativa do surgimento da resistência à artemisinina e medicamentos associados em decorrência do uso inadequado dos mesmos, especialmente em populações de alta mobilidade e em áreas de difícil acesso associadas à mineração de ouro nas Guianas.

Como a Iniciativa Amazônica contra a Malária (AMI, sigla em inglês) contribui para a detecção e contenção oportunas da resistência a medicamentos antimaláricos nas Américas? n

n

n

n

n

P  or meio da AMI, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e a Organização Pan Americana da Saúde (OPAS/OMS) ajudaram a criar e fortalecer a Rede Amazônica de Vigilância da Resistência aos Antimaláricos ou RAVREDA (na sigla em espanhol), que é uma rede regional de programas nacionais de controle da malária que realiza a vigilância da eficácia dos medicamentos antimaláricos e outras atividades voltadas para a malária. Inicialmente, a AMI e a RAVREDA prestavam apoio aos países da Bacia Amazônica e da América Central na adoção de protocolos padronizados para analisar os tratamentos de primeira linha, bem como avaliar tratamentos alternativos para a malária segundo os resultados de estudos de eficácia. Hoje, os países recebem assistência técnica para realizar monitoramento de rotina da eficácia terapêutica dos TCAs, que inclui a análise da proporção de pacientes com a presença de parasitas na corrente sanguínea no 3º dia após o início do tratamento (indicador de preferência no monitoramento de rotina para identificar resistência à artemisinina em P. falciparum), bem como a proporção de falhas terapéuticas após 28 ou 42 dias, dependendo do TCA. P  resta-se assistência técnica em alguns países para o monitoramento da resistência dos parasitas aos antimaláricos utilizando testes in vitro ou marcadores moleculares, quando disponíveis.  AMI oferece orientação e capacitação técnica na área de A gestão dos suprimentos farmacêuticos e controle de qualidade dos medicamentos, ajudando a garantir o acesso ao diagnóstico oportuno e ao tratamento com medicamentos de qualidade.  AMI proporciona aos países acesso a informações A confiáveis sobre a distribuição geográfica de cepas resistentes de malária, redução da eficácia dos antimaláricos e as últimas diretrizes para o controle da malária segundo orientações e estratégias globais.

Principais linhas de trabalho da Iniciativa Amazônica contra a Malária n

n

n

M  onitoramento da eficácia dos antimaláricos, vigilância da resistência dos parasitas aos antimaláricos e prevenção do surgimento da resistência Acesso a diagnóstico e tratamento de qualidade G  arantia e controle de qualidade de medicamentos e outros suprimentos farmacêuticos para malária

n

Vigilância e gestão integrada de vetores

n

Vigilância epidemiológica

n

C  riação de redes e fortalecimento de sistemas

Recursos • Iniciativa Amazônica contra a Malária (Amazon Malaria Initiative, AMI) http://www.usaidami.org/ • Rede Amazônica de Vigilância da Resistência aos Antimaláricos (Amazon Network for Antimalarial Drug Resistance Surveillance, RAVREDA) http://www.paho.org/hq/index.php?option=com_content&view =category&layout=blog&id=1988&Itemid=2150&lang=en • Plano Global para a Contenção da Resistência à Artemisinina (Global Plan for Artemisinin Resistance Containment, GPARC), OMS, janeiro de 2011 http://www.who.int/malaria/publications/atoz/9789241500838/en/ • Comitê Consultivo para a Política de Malária à OMS: conclusões e recomendações da reunião de março de 2013, Malaria Journal 2013, 12:213 http://www.malariajournal.com/content/12/1/213 • A  qualidade de medicamentos e gestão farmacéutica foram fatores que contribuiram à diminuição da eficácia da artemisinina na Guiana e no Suriname? Malaria Journal 2014, 13:77 http://www.malariajournal.com/content/13/1/77 • R  elatório sobre o status da resistência à artemisinina, setembro de 2014, OMS http://www.who.int/malaria/publications/atoz/status-repartemisinin-resistance-sep2014.pdf?ua=1

Aviso As opiniões apresentadas neste material não representam necessariamente as opiniões ou posições da USAID (Agência de Desenvolvimento Internacional dos EUA) nem do Governo dos EUA. Este material está disponível no site: usaidami.org.