Ratings 'brAA-' da MRV Engenharia e Participações S.A. reafirmados ...

Data de Publicação: 13 de outubro de 2015 Comunicado à Imprensa Ratings 'brAA-' da MRV Engenharia e Participações S.A. reafirmados; perspectiva perm...
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Data de Publicação: 13 de outubro de 2015

Comunicado à Imprensa

Ratings 'brAA-' da MRV Engenharia e Participações S.A. reafirmados; perspectiva permanece estável Analista principal: Wendell Sacramoni, CFA, São Paulo, 55 (11) 3039-9741, [email protected] Contato analítico adicional: Luísa Vilhena, São Paulo, 55 (11) 3039-9727, [email protected] Líder do comitê de rating: Luísa Vilhena, São Paulo, 55 (11) 3039-9727, [email protected]

Resumo z

z z

Esperamos que a MRV continue apresentando forte geração de fluxo de caixa operacional livre (FOCF, na sigla em inglês) em função da maior resiliência na demanda por imóveis de baixa renda e de seu eficiente processo de repasse. Reafirmamos os ratings ‘brAA-’ na Escala Nacional Brasil da MRV, com perspectiva estável. A perspectiva estável reflete nossa expectativa de que a empresa manterá sua liderança no segmento residencial de baixa renda e melhorará suas métricas de crédito nos próximos 12 a 18 meses utilizando sua geração de caixa livre para amortizar dívidas.

Ação de Rating

São Paulo (Standard & Poor’s), 13 de outubro de 2015 – A Standard & Poor’s Ratings Services reafirmou hoje os ratings ‘brAA-’ atribuídos na Escala Nacional Brasil à MRV Engenharia e Participações S.A. (“MRV”). A perspectiva do rating de crédito corporativo é estável.

Fundamentos Esperamos que a MRV continue apresentando um desempenho resiliente, com FOCF positivo permitindo redução do endividamento. A empresa é líder no segmento de construção civil de baixa renda, o qual apresenta demanda reprimida, possuindo um modelo de negócios bem sucedido que opera principalmente com financiamento por meio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), com taxas de juros ao consumidor menores que as de mercado. Apesar dos atuais desafios para a indústria de construção civil, que vem registrando forte queda na demanda, acreditamos que o modelo de negócios da MRV, focado em imóveis atendidos pelo programa de governo Minha Casa Minha Vida, deve permitir que a empresa mantenha uma performance relativamente estável. Porém, projetamos que os níveis de distratos continuarão elevados e que os de pro-soluto devem continuar crescendo em níveis similares aos dos últimos trimestres até o fim de 2016, limitando a melhora da eficiência operacional da empresa. A MRV tem tomado medidas importantes como a implementação do projeto de vendas simultâneas com a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil S.A., processo em que a MRV aprova a venda da unidade apenas quando o comprador tem seu perfil de crédito aprovado pelo banco. Outra iniciativa é a de internalização do time de vendas, com o qual a empresa espera melhorar a qualidade de suas vendas e aumentar a monetização de seus estoques. Apesar de essas iniciativas terem diminuído a velocidade de vendas da MRV e aumentado o custo com pessoal,

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acreditamos que elas permitirão uma melhora dos níveis de distratos da empresa no médio a longo prazo. Esperamos um nível de lançamentos brutos anuais de R$ 4 bilhões de valor geral de vendas (VGV) em 2015 e 2016, abaixo do apresentado em 2014 devido a menor demanda por imóveis, a qual em conjunto com um alto nível de distratos deve resultar em uma queda nas vendas contratadas líquidas de 14% em 2015 e 6% em 2016. Porém, como a empresa apresenta um valor significativo de receitas a reconhecer, bem como tem conseguido concluir suas obras no período previsto e controla seus custos de forma eficiente, esperamos uma elevação na sua receita e no EBITDA durante 2015 e 2016. Além disso, uma maior eficiência no processo de repasse de recebíveis deve suportar uma significativa geração de FOCF nos próximos trimestres e, consequentemente, redução da dívida. Nosso cenário-base para a MRV assume: z z z

z z z

z z

Contração do PIB brasileiro de 2,5% em 2015 e 0,5% em 2016; Taxa básica de juros de 14,25% em 2015 e 2016; Receita líquida de R$ 4,3 bilhões em 2015 e R$ 4,5 bilhões em 2016 refletindo a combinação de uma queda nas vendas líquidas e o reconhecimento de receita a apropriar que era de aproximadamente R$ 3,2 bilhões ao final de junho de 2015; Margem bruta estável em 2015 e 2016, pois não esperamos níveis de descontos ou revisões de orçamento significativas nas obras em andamento e nos novos lançamentos; Esperamos que iniciativas de redução de despesas gerais e administrativas compensem os maiores custos de vendas; Geração de fluxo de caixa operacional de R$ 600 milhões em 2015 e R$ 550 milhões em 2016 devido ao volume de entregas e ao eficiente processo de repasses de clientes durante a construção; Investimentos próximos a R$ 50 milhões anuais, destinados principalmente à tecnologia da informação; e Pagamento de dividendos de R$ 170 milhões realizados no 2º trimestre de 2015 e mantendo o payout de 25% do lucro líquido nos próximos anos.

Com base nessas premissas, chegamos às seguintes métricas de crédito para os próximos dois anos: z z z z z

Margem EBITDA de 14,6% em 2015 e 16,2% em 2016; FFO sobre dívida de 18% em 2015 e 25% em 2016; FOCF sobre dívida de 22% em 2015 e 24% em 2016; Cobertura de juros caixa pelo FFO de 2,6x em 2015 e 2016; e Dívida sobre capital de 34% em 2015 e 28% em 2016.

Liquidez

A MRV possui uma liquidez “adequada” refletindo nossa expectativa de que a relação entre suas fontes e usos de liquidez permanecerá acima de 1,2x nos próximos 12 meses. Também estimamos que a empresa será capaz de cobrir os usos mesmo que o EBITDA decline 15% comparado ao nosso cenário-base. As principais premissas de nossa avaliação de liquidez são: Fontes de caixa: z z z

Reservas de caixa de R$ 1,4 bilhão no fim de junho de 2015; FFO de R$ 480 milhões durante os próximos 12 meses; Entradas de capital de giro de R$100 milhões nos próximos 12 meses; e

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Linhas de financiamento de projetos já aprovadas de R$ 1,2 bilhão.

Usos de caixa: z z z

Dívida de curto prazo de R$ 1 bilhão no fim de junho de 2015; Investimentos de R$ 50 milhões nos próximos 12 meses; e Pagamento de dividendos de R$110 milhões nos próximos 12 meses.

Esperamos que a MRV mantenha folga suficiente em suas cláusulas contratuais restritivas (covenants). No fim de junho de 2015, o covenant de dívida estava em 0,19x comparado com o limite máximo de 0,65x e o covenant de recebíveis estava em 4,12x versus o limite mínimo de 1,6x.

Perspectiva

A perspectiva estável do rating de crédito corporativo reflete nossa expectativa de que a MRV manterá sua liderança no segmento residencial de baixa renda e melhorará suas métricas de crédito nos próximos 12 a 18 meses utilizando sua geração de caixa livre para amortizar dívidas. Esperamos que a empresa reporte FFO sobre dívida acima de 18%, FOCF sobre dívida superior a 15%, FFO sobre juros caixa acima de 2,5x e dívida sobre capital entre 30% e 35%. Cenário de rebaixamento Uma ação de rating negativa pode ser tomada se houver uma redução significativa na demanda por imóveis de baixa renda ou se ocorrerem mudanças inesperadas nas faixas 2 e 3 do programa Minha Casa Minha Vida que venham a aumentar o custo de financiamento e, consequentemente, limitar o poder aquisitivo das famílias nesses segmentos. Nesses casos, veríamos uma deterioração na geração de caixa da MRV, resultando em métricas de crédito mais fracas, como FFO sobre dívida consistentemente abaixo de 20%, ou dívida sobre capital acima de 40%. Cenário de elevação Poderemos elevar os ratings da MRV caso a empresa tenha uma geração de caixa mais robusta do que esperamos como resultado de ganhos de margem ou de uma melhoria na eficiência no processo de repasses de recebíveis, apresentando indicadores como FFO sobre dívida próximo a 30% e dívida sobre capital perto de 25%. TABELA DE CLASSIFICAÇÃO DE RATINGS Rating de crédito corporativo

brAA-/Estável/--

Risco de negócios

Regular

- Risco-país

Moderadamente alto

- Risco da indústria

Moderadamente alto

- Posição competitiva

Regular

Risco financeiro

Significativo

- Fluxo de caixa/alavancagem

Significativo

Modificadores - Diversificação/Efeito-portfólio

Neutra

- Estrutura de capital

Neutra

- Liquidez

Adequada

- Política financeira

Neutra

- Administração e governança corporativa

Satisfatória

- Análise de ratings comparáveis

Neutra

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Análise de recuperação Principais fatores analíticos z z

O rating de emissão das debêntures da MRV é ‘brAA-’, com uma recuperação de ‘3’, o que indica uma recuperação substancial (entre 70%-90%; na parte superior da banda). Avaliamos a perspectiva de recuperação mediante um cenário simulado de default. No caso da MRV assumimos que um default ocorreria em 2018. Acreditamos que nesse cenário hipotético, o default seria resultado de uma deterioração ainda mais significativa no mercado residencial como resultado de uma recessão econômica, acarretando uma forte queda na geração de fluxo de caixa da empresa. Em um cenário de default, acreditamos que os ativos da MRV seriam liquidados, dado o alto valor intrínseco desses ativos. Assumimos que a empresa usaria toda a sua posição de caixa para adquirir novos terrenos até o ano de default e assumimos uma redução de 20% no valor dos estoques e recebíveis. Após essa redução, aplicamos descontos de 55% no valor das unidades prontas, de 50% das unidades em construção e de 45% dos terrenos, resultando em um valor discricionário dos ativos da empresa no ano de default de R$ 4,5 bilhões, do qual subtraímos R$ 223 milhões para despesas relacionadas à falência. Estrutura de prioridade de pagamentos (waterfall) { { { { { {

Valor líquido da empresa após despesas administrativas: R$ 4,2 bilhões Prioridade: R$ 1,1bilhão (obrigações trabalhistas e dívidas de projeto) Dívidas senior secured: R$ 115 milhões (4ª emissão de debêntures) Obrigações senior secured: R$ 175 milhões (obrigações fiscais e dívidas para aquisição de terrenos nas subsidiarias) Dívidas senior unsecured: R$ 2,8 bilhões (capital de giro, debêntures) Expectativa de recuperação da emissão de debêntures senior unsecured: entre 70% e 90%

TABELA DE CLASSIFICAÇÃO DE RATINGS Ratings de Crédito Corporativo Escala Nacional Brasil

brAA-/Estável/--

Risco de Negócios

Regular

- Risco-país

Moderadamente alto

- Risco da indústria

Moderadamente alto

- Posição competitiva

Regular

Risco Financeiro

Significativo

- Fluxo de caixa/Alavancagem

Significativo

Modificadores - Diversificação/Efeito-portfólio

Neutra

- Estrutura de Capital

Neutra

- Liquidez

Adequada

- Política Financeira

Neutra

- Administração e Governança Corporativa

Satisfatória

- Análise de Ratings Comparáveis

Neutra

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Critérios e Artigos Relacionados Critérios { Metodologia e Premissas: Descritores de Liquidez para Emissores Corporativos Globais, 16 de dezembro de 2014. { Tabelas de Mapeamento das Escalas Nacionais e Regionais da Standard & Poor's, 30 de setembro de 2014. { Ratings de Crédito nas Escalas Nacionais e Regionais, 22 de setembro de 2014. { Principais Fatores de Crédito para a Indústria de Construção Residencial e Desenvolvimento Imobiliário, 3 de fevereiro de 2014. { Metodologia de Ratings Corporativos, 19 de novembro de 2013. { Metodologia corporativa: Índices e Ajustes, 19 de novembro de 2013. { Diretrizes de critério para ratings de recuperação de dívida em grau especulativo de emissores corporativos globais, 10 de agosto de 2009. Artigos { Recovery: Unsecured Lenders To U.S. Homebuilders Face Better-Than-Average Recovery Prospects, 16 de abril de 2008. LISTA DE RATINGS Ratings Reafirmados MRV Engenharia e Participações S.A. Rating de Crédito Corporativo Escala Nacional Brasil

brAA-/Estável/--

Rating de Emissão Debêntures senior unsecured

brAA-

Rating de recuperação

Emissor

3H

Data de Atribuição do Rating Inicial

Data da Ação Anterior de Rating

29 de maio de 2008

3 de novembro de 2014

MRV Engenharia e Participações S.A. Rating de Crédito de Emissor Escala Nacional Brasil longo prazo

Informações regulatórias adicionais Outros serviços fornecidos ao emissor Não há outros serviços prestados a este emissor, clique aqui para mais informações. Atributos e limitações do rating de crédito A Standard & Poor’s Ratings Services utiliza informações em suas análises de crédito provenientes de fontes consideradas confiáveis, incluindo aquelas fornecidas pelo emissor. A Standard & Poor’s Ratings Services não realiza auditorias ou quaisquer processos de due diligence ou de verificação independente da informação recebida do emissor ou de terceiros em conexão com seus processos de rating de crédito ou de monitoramento dos ratings atribuídos. A Standard & Poor’s Ratings Services não verifica a completude e a precisão das informações que recebe. A informação que nos é fornecida pode, de fato, conter imprecisões ou omissões que possam ser relevantes para a análise de crédito de rating.

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