PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Resende - Prefeitura

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Resende - RJ PRODUTO 8 – PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO. Plano Municipal de Saneamento Básico desenvolvi...
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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Resende - RJ

PRODUTO 8 – PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO.

Plano Municipal de Saneamento Básico desenvolvido através das etapas do trabalho incluindo a caracterização Municipal, diagnóstico, prognóstico, programas, projetos e ações dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, para compor o PMSB.

RESENDE – RJ 2014

OBJETO CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO E INSERÇÃO REGIONAL NAS MODALIDADES ÁGUA, ESGOTO E DRENAGEM URBANA DOS MUNICÍPIOS INSERIDOS NA REGIÃO DO MÉDIO PARAÍBA. CONTRATO: 008/2012/AGEVAP CONTRATANTE: Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (AGEVAP). CONTRATADA: Vallenge Consultoria, Projetos e Obras Ltda.

REALIZAÇÃO Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (AGEVAP). Rua Elza da Silva Duarte, 48 – Loja A1. Manejo CEP: 27520-005 Resende-RJ. Diretor Executivo – André Luis de Paula Marques. Diretor(a) de Relações Institucionais – Aline Alvarenga. Diretor Administrativo-financeiro – Diego Elias Moreira Nascimento Gomes. Diretor de Planejamento Estratégico – Flávio Antônio Simões. Diretor de Recursos Hídricos – Helvécio Zago Galvão César. Prefeitura Municipal de Resende - RJ Rua Augusto Xavier de Lima, 251.

EXECUÇÃO

Vallenge Consultoria, Projetos e Obras Ltda. Todos os direitos reservados.

EQUIPE

Coordenação Engenheiro Dr. Antônio Eduardo Giansante

EQUIPE TÉCNICA

Engenheiro Civil José Augusto Pinelli Engenheiro Agrônomo Alexandre Gonçalves da Silva Historiador/Me Ciências Ambientais Roberto Aparecido Garcia Rubio Engenheira Ma em Hidráulica e Saneamento Juliana Simião Advogada Ma Esp. em Recursos Hídricos Adriana Sagiani Engenheira Civil Bruna Santos de Oliveira Engenheiro Ambiental e Sanitarista Nicolas Rubens da Silva Ferreira Economista Francisco D`Andrea Bacharel em Tecnologia da Informação Thiago Augusto Pinelli

EQUIPE DE APOIO Engenheira Civil Martha Nasser Giansante Engenheiro Ambiental Luiz Claudio Rodrigues Ferreira Analista de Comunicação Joyce de Souza Oliveira Assessora Técnica Ambiental Amanda Braga Teixeira Presotto Revisor Técnico Samir Azem Rachid Auxiliar de Engenharia Civil Ronald Pedro dos Santos Estagiário em Engenharia Civil Alex de Lima Furtado Estagiário em Engenharia Agronômica Thiago Fantus Ribeiro

APRESENTAÇÃO

O presente documento é parte do contrato nº 008/2012, estabelecido entre a Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (AGEVAP) e a empresa Vallenge Consultoria, Projetos e Obras Ltda. O contrato tem como objeto a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB nas modalidades: água, esgoto e drenagem urbana, contemplando os municípios inseridos na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, na região do Médio Paraíba do Sul: Barra do Piraí, Comendador Levy Gasparian, Engenheiro Paulo de Frotin, Mendes, Miguel Pereira, Paraíba do Sul, Paty do Alferes, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende, Rio Claro, Rio das Flores, Valença e Vassouras. Os serviços contratados foram divididos em produtos e etapas, descritos a seguir: Produtos 1 e 2:

Etapa 1 - Plano de trabalho e projeto de comunicação e mobilização social;

Produto 3:

Etapa 2 - Caracterização municipal;

Produto 4:

Etapa 3 - Diagnósticos setoriais;

Produtos 5 e 6:

Etapa 4.1 - Estudo populacional e de demandas Etapa 4.2 - Relatório da infraestrutura dos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, dos programas, projetos e ações para implementação do plano e sobre o seminário local para consolidação das proposições da infraestrutura, dos arranjos institucionais jurídicos e econômicofinanceiros;

Produto 7:

Etapa 5 - Banco de dados de saneamento;

Produtos 8 e 9:

Etapa 6 - Elaboração da versão final do PMSB e Consulta e Audiência Pública;

Produto 10:

Etapa 7 - Elaboração do Relatório Regional de Saneamento Básico.

Os trabalhos foram desenvolvidos mediante o esforço conjunto da AGEVAP e dos municípios, envolvendo de maneira articulada os responsáveis pela formulação das políticas públicas e pela prestação dos serviços de saneamento básico do município.

LISTA DE SIGLAS

AAB: Adutora de Água Bruta AAT: Área de Transbordo e Triagem ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas ACISPES: Agência de Cooperação Intermunicipal em Saúde Pé da Serra AGENERSA: Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico AGEVAP: Associação Pró Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul AMPAR: Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Paraibuna ANA: Agência Nacional das Águas ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária APAPE: Associação de Pais e Amigos de Pessoas Especiais APEDEMA: Assembleia Permanente das Entidades de Defesa do Meio Ambiente ART: Anotação de Responsabilidade Técnica BID: Banco Interamericano de Desenvolvimento BIRD: Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNH: Banco Nacional de Habitação BOO: Build-Own-Operate 4.1 BOT: Build-Operate-Transfer BR-116: Rodovia Presidente Eurico Gaspar Dutra BTO: Build-Transfer-Operate C1: Classe Econômica CBH: Comitê de Bacia Hidrográfica CDHU/SP: Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo CEDAE: Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Estado do Rio de Janeiro CEIVAP: Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul CERHI: Conselho Estadual de Recursos Hídricos CETESB: Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental CFDD: Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos CNIR: Cadastro Nacional de Imóveis Rurais CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente CONFEA/CREA: Conselho Federal de Engenharia e Agronomia/ Conselho Regional de Engenharia e Agronomia

COPPE/UFRJ: Coordenação de Programas de Pós-graduação em Engenharia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro CPRM: Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais CTH/IPTU: Competição Tributária Horizontal / Imposto Predial e Territorial Urbano DBO: Demanda Bioquímica de Oxigênio DEFOFO: Tubos de Ferro Fundido com Junta Elástica DER/RJ: Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio de Janeiro DRM/RJ: Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro EEAB: Estação Elevatória de Água Bruta EEAT: Estação Elevatória de Água Tratada EEE: Estação Elevatória de Esgoto ETA: Estação de Tratamento de Água ETE: Estação de Tratamento de Esgoto EVEF: Estudo de Viabilidade Econômica e Financeira FDDD: Fundo de Defesa de Direitos Difusos FEAM: Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais FECAM: Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano FEEMA: Fundação Estadual Engenharia Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro FGTS: Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FIRJAN: Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro FOFO: Ferro Fundido FUNASA: Fundação Nacional de Saúde FUNDRHI: Fundo Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Rio de Janeiro GEPAC: Grupo Executivo do Programa de Aceleração do Crescimento IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICGDU: Indicador Composto de Gestão dos Serviços de Drenagem Urbana ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços IDH: Índice de Desenvolvimento Humano IFDM: Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal INCRA: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INEA: Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro IPT/CEMPRE: Instituto de Pesquisas Tecnológicas e Compromisso Empresarial para Reciclagem IPTU: Imposto Predial e Territorial Urbano JBIC: Banco Japonês LBO: Affermage ou Lease Build Operate LVE: Extensão das vias na área urbana com infraestrutura de microdrenagem, em km

MDS: Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome NBR: Norma Brasileira O&M: Contratos de Operação e Manutenção OD: Oxigênio Dissolvido OGU: Orçamento Geral da União OMS: Organização Mundial de Saúde ONGs: Organizações não governamentais ONU: Organização das Nações Unidas PAC: Programa de Aceleração do Crescimento PCH: Pequena Central Hidrelétrica PIB: Produto Interno Bruto PLANASA: Plano Nacional de Saneamento PMSB: Plano Municipal de Saneamento Básico PNUD: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PPP: Parceiras Público-Privadas PVC: Policloreto de Vinila RCC: Resíduos da Construção Civil RSSS: Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde RSU: Resíduos Sólidos Urbanos SAA: Sistema de Abastecimento de Água SABESP: Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo SDU: Sistema de Drenagem Urbana SEA: Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro SEGRHI: Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Rio de Janeiro SEIS: Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento do Rio de Janeiro SELIC: Sistema Especial de Liquidação e de Custódia SEMAD: Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SES: Sistema de Esgotamento Sanitário SIG: Sistema de Informações Geográficas SNIS: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SPE: Sociedade de Propósito Específico TMI: Taxas de Mortalidade Infantil TMI: Taxa de Mortalidade Infantil UTC: Usina de Triagem e Compostagem VA: Valores adicionados

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Localização das Regiões Distritais e dos Núcleos Urbanos de Resende ............ 27 Figura 2 – Acessos ao Município ......................................................................................... 29 Figura 3 – Usos outorgados do recurso hídrico.................................................................... 35 Figura 4 – Vegetação remanescente de Mata Atlântica ....................................................... 36 Figura 5 – Organograma da Agência de Saneamento do Município de Resende ................ 50 Figura 6 – Esquema do Sistema de Abastecimento de Água da Sede do Município de Resende ............................................................................................................................................ 66 Figura 7 – ETA Nova Liberdade ........................................................................................... 69 Figura 8 – Aparelho Jar-test................................................................................................. 69 Figura 9 – ETA Alegria......................................................................................................... 71 Figura 10 – Novo módulo da ETA Alegria ............................................................................ 71 Figura 11 – Sistema de captação do novo módulo - ETA Alegria ........................................ 71 Figura 12 – Decantador do novo módulo - ETA Alegria ....................................................... 71 Figura 13 – Área de tratamento de lodo - ETA Alegria ......................................................... 72 Figura 14 – Sala de treinamento - ETA Alegria .................................................................... 75 Figura 15 – Espaço Comunitário de Educação Ambiental - ETA Alegria.............................. 75 Figura 16 – ETA Toyota ....................................................................................................... 76 Figura 17 – Visão da entrada - ETA 31 de Março. ............................................................... 79 Figura 18 – Laboratório - ETA 31 de Março. ........................................................................ 79 Figura 19 – Esquema do Abastecimento de Água do Sistema Fazenda da Barra ............... 83 Figura 20 – ETA Fazenda da Barra ..................................................................................... 84 Figura 21 – Unidades de tratamento .................................................................................... 84 Figura 22 – Esquema do Abastecimento de Água do Sistema São Caetano. ...................... 88 Figura 23 – Vista da ETA São Caetano ............................................................................... 89 Figura 24 – Unidade de tratamento...................................................................................... 89 Figura 25 – Vista 01 - ETA São Caetano ............................................................................. 90 Figura 26 – Esquema do Abastecimento de Água do Sistema Morada das Rosas .............. 93 Figura 27 – Vista do Sistema Morada das Rosas ................................................................ 94 Figura 28 – Acesso ao Sistema Morada das Rosas ............................................................. 94 Figura 29 – Esquema do Abastecimento de Água do Sistema Engenheiro Passos ............. 98 Figura 30 – Acesso a ETA Engenheiro Passos.................................................................... 99 Figura 31 – Vista da ETA Engenheiro Passos ..................................................................... 99 Figura 32 –Sistema de filtração e reservação do distrito de Pedra Selada ......................... 103 Figura 33 – Vista do tanque para adição de agente desinfetante ....................................... 103

Figura 34 – Esquema do sistema de abastecimento de água do distrito de Pedra Selada 104 Figura 35 – Vista do núcleo urbano do distrito de Fumaça ................................................ 105 Figura 36 – Reservatório do distrito de Fumaça................................................................. 105 Figura 37 – Esquema do sistema de abastecimento de água do distrito de Fumaça ......... 106 Figura 38 – Área dos mananciais de Bagagem.................................................................. 107 Figura 39 – Vista do manancial de Bagagem ..................................................................... 107 Figura 40 – Esquema dos sistemas de abastecimento de água das localidades ............... 108 Figura 41 – Vista da localidade de Campo Alegre ............................................................. 109 Figura 42 – Vista das unidades de reservação .................................................................. 109 Figura 43 – Filtro da localidade de Capelinha. ................................................................... 110 Figura 44 – Detalhe da unidade de tratamento. ................................................................. 110 Figura 45 – Localidade de Rio Preto .................................................................................. 110 Figura 46 – Localidade de Serrinha ................................................................................... 111 Figura 47 – Unidade de reservação ................................................................................... 111 Figura 48 – Localidade Lote-10 ......................................................................................... 112 Figura 49 – Unidade de tratamento.................................................................................... 112 Figura 50 – Unidade de filtração ........................................................................................ 113 Figura 51 – Unidade de reservação ................................................................................... 113 Figura 52 – Esquema dos sistemas de esgotamento sanitário operados pela CAAN. ....... 115 Figura 53 – Esquema dos sistemas de esgotamento sanitário operados pela Prefeitura Municipal ........................................................................................................................... 116 Figura 54 – ETE Alegria..................................................................................................... 118 Figura 55 – Vista da ETE Alegria ....................................................................................... 118 Figura 56 – Reator UASB e biofiltro aerado. ...................................................................... 119 Figura 57 – Detalhe da unidade de tratamento. ................................................................. 119 Figura 58– Vista da estrutura da ETE Alegria. ................................................................... 120 Figura 59 – Centrífuga de desidratação de lodo. ............................................................... 120 Figura 60 – ETE Contorno ................................................................................................. 122 Figura 61– Lagoa anaeróbia da ETE Isaac Politi ............................................................... 125 Figura 62 – Lagoa facultativa da ETE Isaac Politi .............................................................. 125 Figura 63 – ETE Monet ...................................................................................................... 128 Figura 64 – Acesso a ETE Monet ...................................................................................... 128 Figura 65 – ETE Mauá ....................................................................................................... 130 Figura 66 – Unidade de Tratamento .................................................................................. 130 Figura 67 – Vista da ETE do distrito de Fumaça ................................................................ 133 Figura 68 – Vista da Elevatória de Esgoto Bruto da ETE Fumaça ..................................... 133 Figura 69 – ETE Capelinha ................................................................................................ 134

Figura 70 – Lançamento do esgoto da localidade de Rio Preto ......................................... 135 Figura 71 – Organograma da estrutura de organização da Secretaria de Obras do Município de Resende ....................................................................................................................... 137 Figura 72 – Evolução da população projetada ................................................................... 148 Figura 73 – Comparação da população total projetada no PD e no PMSB ........................ 149 Figura 74 – Articulação das sub-bacias da área urbana do Município de Resende. .......... 171 Figura 75 – Reunião de mobilização social. ....................................................................... 328 Figura 76 – Recepção da comunidade .............................................................................. 329 Figura 77 – Apresentação da oficina.................................................................................. 329 Figura 78 – Formação dos grupos ..................................................................................... 330 Figura 79 – Apresentação dos temas ................................................................................ 330 Figura 80 – Discussão dos temas em grupo ...................................................................... 330 Figura 81 – Discussão dos temas em grupo ...................................................................... 330 Figura 82 – Recepção da comunidade .............................................................................. 333 Figura 83 – Apresentação da oficina.................................................................................. 333 Figura 84 – Apresentação dos temas ................................................................................ 334 Figura 85 – Comunidade presente ..................................................................................... 334 Figura 86 – Orientação para formação dos grupos ............................................................ 334 Figura 87 – Formação dos grupos para discussão dos temas ........................................... 334 Figura 88 – Discussão dos temas ...................................................................................... 335 Figura 89 – Discussão dos temas ...................................................................................... 335 Figura 90 – Fixação dos resultados no painel expositor..................................................... 335 Figura 91 – Definição da frase de visão de futuro para Resende ....................................... 335

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Divisão distrital e núcleos urbanos do Município de Resende ........................... 26 Quadro 2 – Características gerais do meio físico ................................................................. 31 Quadro 3 – Vazões com permanência de 95% no tempo e vazões médias de longo período ............................................................................................................................................ 33 Quadro 4 – Dados de qualidade do Rio Paraíba do Sul ....................................................... 34 Quadro 5 – Características gerais do meio biótico ............................................................... 36 Quadro 6 – Valores adicionados por setor (R$) ................................................................... 37 Quadro 7 – Indústrias no município ..................................................................................... 38 Quadro 8 – Empresas para mão-de-obra............................................................................. 38 Quadro 9 – Empresas de construção................................................................................... 39 Quadro 10 – Domicílios com energia elétrica ....................................................................... 39 Quadro 11 – Evolução populacional .................................................................................... 40 Quadro 12 – Rendimento nominal médio ............................................................................. 40 Quadro 13 – Índice FIRJAN ................................................................................................. 41 Quadro 14 – Matrículas, docentes e rede escolar ................................................................ 41 Quadro 15 – Indicadores de educação- pessoas de 10 anos de idade ou mais ................... 41 Quadro 16 – Distribuição percentual das internações por faixa etária - doenças infecciosas e parasitárias .......................................................................................................................... 42 Quadro 17 - Tarifa de água vigente a partir de janeiro/2015. ............................................... 53 Quadro 18 – Tarifa de esgoto vigente a partir de janeiro/2015............................................. 54 Quadro 19 – Informações sobre a rede de adução – Sistema Central ................................. 68 Quadro 20 – Relatório anual de 2012 da ETA Nova Liberdade. ........................................... 70 Quadro 21 – Relatório anual de 2012 da ETA Alegria.......................................................... 74 Quadro 22 – Relatório anual de 2012 da ETA Toyota .......................................................... 77 Quadro 23 – Relatório anual de 2012 da ETA 31 de Março. ................................................ 80 Quadro 24 – Principais características das unidades de reservação – Sistema Central ...... 81 Quadro 25 – Relatório anual de 2012 da ETA Fazenda da Barra ........................................ 86 Quadro 26 – Principais características da unidade de reservação. ...................................... 87 Quadro 27 – Relatório anual da ETA São Caetano .............................................................. 91 Quadro 28 – Principais características da unidade de reservação. ...................................... 92 Quadro 29 – Relatório anual do Sistema Morada das Rosas ............................................... 96 Quadro 30 – Principais características da unidade de reservação. ...................................... 97 Quadro 31 – Relatório anual de 2012 da ETA Engenheiro de Passos ............................... 101 Quadro 32 – Principais características das unidades de reservação ................................. 102

Quadro 33 – Dados de qualidade dos efluentes lançados no Rio Paraíba do Sul. ............. 114 Quadro 34– Setores de risco iminente a escorregamentos no Município de Resende ....... 142 Quadro 35– Pontos críticos de alagamentos ..................................................................... 144 Quadro 36– Pontos críticos de enxurradas e inundações .................................................. 145 Quadro 37 – Taxas de crescimento aritmético e geométrico.............................................. 147 Quadro 38 – Variáveis e parâmetros adotados .................................................................. 150 Quadro 39 – Metas do sistema de abastecimento de água do Município de Resende....... 153 Quadro 40 – Projeção da demanda de água na sede de Resende e distrito de Agulhas Negras – 2013 a 2033 .................................................................................................................... 154 Quadro 41 – Projeção da demanda de água no distrito de Engenheiro Passos – 2013 a 2033 .......................................................................................................................................... 154 Quadro 42 – Projeção da demanda de água no distrito de Fumaça – 2013 a 2033 ........... 155 Quadro 43 – Projeção da demanda de água do distrito de Pedra Selada – 2013 a 2033 .. 155 Quadro 44 – Projeção da demanda de água das localidades de Visconde de Mauá e Lote-10 – 2013 a 2033 .................................................................................................................... 156 Quadro 45 – Projeção da demanda de água na localidade de Serrinha – 2013 a 2033 ..... 156 Quadro 46 – Projeção da demanda de água na localidade de Capelinha – 2013 a 2033 .. 157 Quadro 47 – Projeção da demanda de água na localidade de Campo Alegre e Rio Preto – 2013 a 2033....................................................................................................................... 157 Quadro 48 – Projeção da demanda de água na localidade de Bagagem – 2013 a 2033 ... 158 Quadro 49 – Metas do sistema de esgotamento sanitário do Município de Resende ........ 160 Quadro 50 – Projeção da demanda de esgoto na sede de Resende e distrito de Agulhas Negras – 2013 a 2033 ....................................................................................................... 162 Quadro 51 – Projeção da demanda de esgoto no distrito de Engenheiro Passos – 2013 a 2033 .......................................................................................................................................... 162 Quadro 52 – Projeção da demanda de esgoto no distrito de Fumaça – 2013 a 2033 ........ 163 Quadro 53 – Projeção da demanda de esgoto no distrito de Pedra Selada – 2013 a 2033 164 Quadro 54 – Projeção da demanda de esgoto nas localidades de Visconde de Mauá e Lote10 – 2013 a 2033 ............................................................................................................... 165 Quadro 55 – Projeção da demanda de esgoto na localidade de Serrinha – 2013 a 2033 .. 166 Quadro 56 – Projeção da demanda de esgoto na localidade de Capelinha – 2013 a 2033 167 Quadro 57 – Projeção da demanda de esgoto na localidade de Campo Alegre e Rio Preto – 2013 a 2033....................................................................................................................... 167 Quadro 58 – Projeção da demanda de esgoto na localidade de Bagagem – 2013 a 2033 168 Quadro 59 – Informações gerais das sub-bacias do Município de Resende ...................... 170 Quadro 60 – Projeção da demanda de microdrenagem na sede de Resende e Agulhas Negras – 2013 a 2033 .................................................................................................................... 173

Quadro 61 – Projeção da demanda de microdrenagem no distrito de Engenheiro Passos – 2013 a 2033....................................................................................................................... 174 Quadro 62 – Projeção da demanda de microdrenagem no distrito de Fumaça – 2013 a 2033 .......................................................................................................................................... 175 Quadro 63 – Projeção da demanda de microdrenagem no distrito de Pedra Selada– 2013 a 2033 .................................................................................................................................. 176 Quadro 64 – Projeção da demanda de microdrenagem nas localidades de Visconde de Mauá e Lote-10– 2013 a 2033 ..................................................................................................... 177 Quadro 65 – Projeção da demanda de microdrenagem na localidade de Serrinha – 2013 a 2033 .................................................................................................................................. 178 Quadro 66 – Projeção da demanda de microdrenagem na localidade de Capelinha – 2013 a 2033. ................................................................................................................................. 179 Quadro 67 – Projeção da demanda de microdrenagem na localidade de Campo Alegre e Rio Preto – 2013 a 2033. ......................................................................................................... 180 Quadro 68 – Projeção da demanda de microdrenagem na localidade de Bagagem – 2013 a 2033. ................................................................................................................................. 181 Quadro 69 – Investimentos para a universalização e custos de manutenção do SAA nos distritos sede e Agulhas Negras ........................................................................................ 187 Quadro 70 – Investimentos para a universalização do SAA no distrito Engenheiro Passos188 Quadro 71 – Investimentos para a universalização do SAA no distrito Fumaça ................. 189 Quadro 72 – Custos de manutenção do SAA no distrito Fumaça ...................................... 190 Quadro 73 – Investimentos para a universalização do SAA no distrito de Pedra Selada ... 191 Quadro 74 – Custos de manutenção do SAA no distrito de Pedra Selada ......................... 192 Quadro 75 – Investimentos para a universalização do SAA na localidade de Visconde de Mauá. ................................................................................................................................ 193 Quadro 76 – Custos de manutenção do SAA na localidade de Visconde de Mauá ............ 194 Quadro 77 – Investimentos para a universalização do SAA na localidade de Serrinha ...... 195 Quadro 78 – Custos de manutenção do SAA na localidade de Serrinha............................ 196 Quadro 79 – Investimentos para a universalização do SAA na localidade de Capelinha ... 197 Quadro 80 – Custos de manutenção do SAA na localidade de Capelinha ......................... 198 Quadro 81 – Investimentos para a universalização do SAA na localidade de Campo Alegre e Rio Preto............................................................................................................................ 199 Quadro 82 – Custos de manutenção do SAA na localidade de Campo Alegre e Rio Preto 200 Quadro 83 – Investimentos para a universalização do SAA na localidade de Bagagem. ... 201 Quadro 84 – Custos de manutenção do SAA na localidade de Bagagem .......................... 202 Quadro 85 – Investimentos para a universalização do SES nos distritos Sede e Agulhas Negras ............................................................................................................................... 203

Quadro 86 – Investimentos para a universalização do SES no distrito Engenheiro Passos. .......................................................................................................................................... 204 Quadro 87 – Investimentos para a universalização do SES no distrito Fumaça ................. 205 Quadro 88 – Custos de manutenção do SES no distrito Fumaça ...................................... 205 Quadro 89 – Investimentos para a universalização do SES no distrito de Pedra Selada ... 206 Quadro 90 – Custos de manutenção do SES no distrito de Pedra Selada ......................... 206 Quadro 91 – Investimentos para a universalização do SES na localidade de Visconde de Mauá. ................................................................................................................................ 207 Quadro 92 – Custos de manutenção do SES na localidade de Visconde de Mauá ............ 207 Quadro 93 – Investimentos para a universalização do SES na localidade de Serrinha. ..... 208 Quadro 94 – Custos de manutenção do SES na localidade de Serrinha............................ 208 Quadro 95 – Investimentos para a universalização do SES na localidade de Capelinha ... 209 Quadro 96 – Custos de manutenção do SES na localidade de Capelinha ......................... 209 Quadro 97 – Investimentos para a universalização do SES na localidade de Campo Alegre e Rio Preto............................................................................................................................ 210 Quadro 98 – Custos de manutenção do SES na localidade de Campo Alegre e Rio Preto 210 Quadro 99 – Investimentos para a universalização do SES na localidade de Bagagem .... 211 Quadro 100 – Custos de manutenção do SES na localidade de Bagagem ........................ 211 Quadro 101 – Investimentos e custos de manutenção para universalizar o SDU nos distritos sede e Agulhas Negras...................................................................................................... 212 Quadro 102 – Investimentos e custos de manutenção para universalizar o SDU no distrito Engenheiro Passos ............................................................................................................ 213 Quadro 103 – Investimentos e custos de manutenção para universalizar o SDU no distrito Fumaça.............................................................................................................................. 213 Quadro 104 – Investimentos e custos de manutenção para universalizar o SDU no distrito de Pedra Selada ..................................................................................................................... 214 Quadro 105 – Investimentos e custos de manutenção para universalizar o SDU na localidade de Visconde de Mauá ........................................................................................................ 214 Quadro 106 – Investimentos e custos de manutenção para universalizar o SDU na localidade de Serrinha ........................................................................................................................ 215 Quadro 107 – Investimentos e custos de manutenção para universalizar o SDU na localidade de Capelinha ..................................................................................................................... 215 Quadro 108 – Investimentos e custos de manutenção para universalizar o SDU na localidade de Campo Alegre e Rio Preto ............................................................................................ 216 Quadro 109 – Investimentos e custos de manutenção para universalizar o SDU na localidade de Bagagem ...................................................................................................................... 216

Quadro 110 – Objetivos, metas e ações para a institucionalização do saneamento básico no município. .......................................................................................................................... 218 Quadro 111 – Objetivos, metas e ações para situação de emergência em saneamento básico no município ...................................................................................................................... 220 Quadro 112 – Objetivos, metas e ações para o sistema de abastecimento de água no município ........................................................................................................................... 221 Quadro 113 – Objetivos, metas e ações para o sistema de esgotos sanitários no município .......................................................................................................................................... 224 Quadro 114 – Objetivos, metas e ações para o sistema de drenagem urbana no município .......................................................................................................................................... 226 Quadro 115 – Aspectos dos contratos de PPP .................................................................. 238 Quadro 116 – Investimentos para a universalização dos serviços de saneamento básico no município. .......................................................................................................................... 249 Quadro 117 – Riscos potenciais – abastecimento de água potável ................................... 264 Quadro 118 – Ações de controle operacional e manutenção – abastecimento de água potável .......................................................................................................................................... 266 Quadro 119 – Riscos potenciais – esgotamento sanitário .................................................. 267 Quadro 120 – Ações de controle operacional e manutenção – esgotamento sanitário ...... 270 Quadro 121 – Riscos potenciais – drenagem e manejo de águas pluviais urbanas ........... 271 Quadro 122 – Ações de controle operacional e manutenção – drenagem urbana ............. 272 Quadro 123 – Fontes de financiamento ............................................................................. 274 Quadro 124 – Contrapartida - Orçamento Geral da União ................................................. 278 Quadro 125 – Condições financeiras – BNDES ................................................................. 280 Quadro 126 – Visão de futuro da comunidade ................................................................... 293 Quadro 127 – Definições de termos na área de saneamento e afins ................................. 299

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 23 2. CARACTERIZAÇÃO MUNICIPAL .................................................................................. 26 2.1. Meio físico ................................................................................................................... 30 2.2. Meio biótico ................................................................................................................. 35 2.3. Meio socioeconômico................................................................................................. 37 2.4. Potencialidades e fragilidades ................................................................................... 42 3. DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS ............................. 44 3.1. Histórico da gestão do serviço de saneamento no município ................................ 44 3.2. Arranjo institucional ................................................................................................... 49 3.2.1. Sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário .............................. 49 3.2.2. Sistema de manejo de águas pluviais ........................................................................ 51 3.3. Arranjo orçamentário e financeiro ............................................................................. 52 3.3.1. Abastecimento de água ............................................................................................. 52 3.3.2. Esgotamento sanitário ............................................................................................... 53 3.3.3. Manejo de águas pluviais ........................................................................................... 54 3.4. Arranjo legal ................................................................................................................ 55 3.4.1. Regime jurídico nacional ............................................................................................ 55 3.4.2. Legislação estadual ................................................................................................... 58 3.4.3. Legislação municipal .................................................................................................. 59 3.4.3.1. Plano Diretor ........................................................................................................... 60 3.4.3.2. Lei Orgânica............................................................................................................ 61 3.4.3.3. Demais leis municipais de interesse ....................................................................... 63 3.4.3.4. Avaliação da Legislação Municipal, contratos e convênios ..................................... 64 4. DIAGNÓSTICO DA INFRAESTRUTURA EXISTENTE ................................................... 65 4.1. Sistema de abastecimento de água ........................................................................... 65 4.1.1. Sistema Central ......................................................................................................... 65 4.1.2. Sistema Fazenda da Barra ........................................................................................ 82 4.1.3. Sistema São Caetano ................................................................................................ 87 4.1.4. Sistema Morada das Rosas ....................................................................................... 92 4.1.5. Sistema Engenheiro Passos ...................................................................................... 97

4.1.6. Sistema da localidade de Pedra Selada ................................................................... 103 4.1.7. Sistema do distrito de Fumaça ................................................................................. 105 4.1.8. Sistema das Localidades ......................................................................................... 107 4.1.9. Síntese dos sistemas visitados ................................................................................ 113 4.2. Sistema de esgotamento sanitário .......................................................................... 114 4.2.1. Sistema Alegria ........................................................................................................ 117 4.2.2. Sistema Contorno .................................................................................................... 120 4.2.3. Sistema Isaac Politi .................................................................................................. 123 4.2.4. Sistema Monet ......................................................................................................... 126 4.2.5. Sistema Mauá .......................................................................................................... 128 4.2.6. Sistema Servatis ...................................................................................................... 131 4.2.7. Sistema Fumaça ...................................................................................................... 132 4.2.8. Sistema Engenheiro Passos .................................................................................... 133 4.2.9. Sistema das localidades .......................................................................................... 134 4.2.9.1. Bagagem, Campo Alegre, Serrinha e Pedra Selada ............................................. 134 4.2.9.2. Capelinha .............................................................................................................. 134 4.2.9.3. Rio Preto ............................................................................................................... 135 4.2.10. Resumo das Condições Operacionais ................................................................... 135 4.3. Sistema de manejo de águas pluviais ..................................................................... 136 4.3.1. Macrodrenagem ....................................................................................................... 138 4.3.2. Microdrenagem ........................................................................................................ 138 4.3.3. Áreas de Risco......................................................................................................... 140 5. DEMANDA DOS SERVIÇOS ........................................................................................ 146 5.1. Estudo populacional ................................................................................................. 146 5.2. Estudo de demandas ................................................................................................ 149 5.2.1. Sistema de abastecimento de água ......................................................................... 151 5.2.2. Sistema de esgotamento sanitário ........................................................................... 159 5.2.3. Sistema de manejo de águas pluviais ...................................................................... 169 6. PROPOSIÇÕES PARA OS SISTEMAS ........................................................................ 182 6.1 Cenários para a universalização dos serviços de saneamento ............................. 184 6.2. Abastecimento de água ............................................................................................ 186 6.3. Esgotamento sanitário ............................................................................................. 203

6.4. Drenagem urbana ..................................................................................................... 212 6.5. Metas e ações para o setor de saneamento ............................................................ 217 7. ARRANJOS INSTITUCIONAIS PARA A PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS .................... 228 7.1. Administração Direta ................................................................................................ 230 7.2. Administração Indireta ............................................................................................. 230 7.2.1. Entidades paraestatais............................................................................................. 231 7.2.2. Prestação por empresas públicas ou sociedades de economia mista municipais .... 231 7.3. Consórcios Municipais ............................................................................................. 232 7.4. Participação Privada ................................................................................................. 234 7.4.1. Contratos de Concessão Plena ................................................................................ 234 7.4.2. Contratos de Parceria Público-Privada (PPP) .......................................................... 235 7.4.3. Contratos de terceirização/contratos de serviço ....................................................... 239 7.4.4. Contratos de gestão ................................................................................................. 239 7.4.5. Contratos de Operação e Manutenção (O&M) ......................................................... 239 7.4.6. Contratos de locação de ativos (Affermage ou Lease Build Operate – LBO) ........... 240 7.4.7. Contratos de concessão parcial tipo: Build, operate and transfer (Bot); Build, transfer and operate (Bto); Build, own and operate (Boo) ............................................................... 241 7.4.8. Empresas de economia mista .................................................................................. 242 7.4.9. Considerações finais ................................................................................................ 242 7.5. Verificações e proposições para o Município de Resende .................................... 243 8. SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA A PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS ........................................................................................................................ 246 9. INDICADORES DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS ..................................................... 250 9.1. Abastecimento de Água ........................................................................................... 250 9.1.1. Índice de atendimento urbano de água .................................................................... 250 9.1.2. Consumo médio per capita ...................................................................................... 251 9.1.3. Índice de perdas na distribuição ............................................................................... 252 9.1.4. Incidência de análises de cloro fora do padrão ........................................................ 253 9.1.5. Incidência das análises de coliformes totais fora do padrão ..................................... 254 9.1.6. Índice de Regularidade da Distribuição .................................................................... 255 9.2. Esgotamento Sanitário ............................................................................................. 255 9.2.1. Índice de atendimento urbano de esgoto ................................................................. 256

9.2.2. Índice de coleta de esgotos...................................................................................... 257 9.2.3. Índice de tratamento de esgotos .............................................................................. 257 9.3. Manejo de Águas Pluviais ........................................................................................ 258 9.3.1. Indicador da Gestão do Serviço ............................................................................... 258 9.3.2. Índice de atendimento urbano de microdrenagem ................................................... 260 9.3.3. Índice de atendimento territorial urbano de microdrenagem ..................................... 261 9.3.4. Índice de pontos de alagamento sanados ................................................................ 262 10. PLANOS DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA ....................................................... 263 11. FONTES POSSÍVEIS DE FINANCIAMENTO PARA O SANEAMENTO ..................... 273 11.1. Fontes Próprias....................................................................................................... 274 11.2. Fontes do Governo Federal.................................................................................... 275 11.2.1. Recursos do fundo de garantia por tempo de serviço “Saneamento Para Todos” .. 275 11.2.2. Orçamento Geral da União – OGU ........................................................................ 277 11.2.3. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES ..................... 280 11.2.4. Ministério da justiça................................................................................................ 281 11.3. Fontes do Governo do Estado do Rio de Janeiro................................................. 282 11.3.1. Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FUNDRHI ................................................ 282 11.3.2. FECAM .................................................................................................................. 283 11.3.3. Recursos Próprios do Município............................................................................. 284 11.3.4. Recursos Oriundos da Operação ........................................................................... 284 11.4. Outras Fontes.......................................................................................................... 284 11.4.1. Financiamentos internacionais ............................................................................... 285 11.4.2. Participação do Capital Privado ............................................................................. 285 11.4.3. Proprietário de imóvel urbano - contribuição de melhoria e plano comunitário de melhoria ............................................................................................................................. 286 11.4.4. Expansão urbana ................................................................................................... 289 11.4.5. Recursos oriundos da cobrança pelo uso da água - CEIVAP................................. 289 12. CONTROLE SOCIAL .................................................................................................. 291 12.1. Seminário Local – Oficina 1 – Leitura Comunitária .............................................. 291 12.2. Seminário Local – Oficina 2 – Visão de Futuro ..................................................... 292 REFERÊNCIAS BIBLIÓGRAFICAS .................................................................................. 294

GLOSSÁRIO ..................................................................................................................... 299 APÊNDICE A – LEGISLAÇÃO APLICÁVEL..................................................................... 305 APÊNDICE B – MAPAS TEMÁTICOS .............................................................................. 325 APÊNDICE C – OFICINA 1 – LEITURA COMUNITÁRIA .................................................. 327 APÊNDICE D – OFICINA 2 – VISÃO DE FUTURO. .......................................................... 332

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

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1. INTRODUÇÃO

No final da década de 60 do século XX, as demandas urbanas relativas aos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário, demonstrando uma deficiência no sistema de saneamento, atingiram uma magnitude que levou o Governo Federal a implantar o Plano Nacional de Saneamento (PLANASA). Esse plano foi destinado a fomentar esses serviços públicos com recursos provenientes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), este administrado pelo Banco Nacional de Habitação (BNH). A maior parte dos municípios, titulares da obrigação constitucional pela prestação dos serviços de água e esgotos, foi forçada a se alinhar com o PLANASA numa tentativa de solucionar os problemas sanitários prementes, afetos aos aspectos de riscos à saúde pública. Os Estados criaram as Companhias Estaduais de Saneamento e os Municípios que optaram pela prestação do serviço de saneamento, através das companhias estaduais, assinaram os contratos de concessão. Muitos municípios mantiveram os seus serviços próprios prestados através de companhias municipais, autarquias, administração direta e departamentos, mas ficaram com poucas possibilidades de investimentos de outras fontes que não fossem as próprias. O modelo ficou saturado ao longo do tempo sendo então necessária a busca de outra ordem disciplinadora para os serviços de saneamento. Nesse sentido, foi promulgada, em 5 de janeiro de 2007, a Lei Federal 11.445 que estabeleceu as novas diretrizes nacionais para o saneamento básico. Por esse motivo, a Lei é conhecida como o novo marco regulatório do setor. O Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) é um instrumento exigido no Capítulo II da Lei 11.445/2007. Essa define, ainda, o exercício de titularidade pelo município, conforme seu art. 8º, ao estabelecer que os titulares dos serviços públicos de saneamento básico podem delegar: a organização, a regulação, a fiscalização e a prestação desses serviços, nos termos do art. 241º da Constituição Federal, bem como, do Art. 9º da Lei 11.107/2005, Lei dos Consórcios Públicos. O Decreto Federal 7.217, de 21 de junho de 2010, estabeleceu as normas para a execução das diretrizes do saneamento básico e regulamentou a aplicação da Lei 11.445/2007. Em suma, o citado Decreto estabeleceu que o titular dos serviços formulasse as respectivas políticas públicas de saneamento básico, devendo para tanto elaborar os Planos Municipais de Saneamento, destacando que o planejamento é de competência do titular. Em vista das dificuldades dos municípios em tomar para si a elaboração do seu PMSB, programas governamentais e mesmo agências de bacia têm assumido a incumbência de desenvolvê-los mediante convênio. A AGEVAP contratou um lote de planos a serem

elaborados por empresa de consultoria especializada, porém, sempre com a participação do município, o maior interessado. Embora plenamente conhecida à importância do saneamento para o ambiente e para a melhoria das condições de saúde dos munícipes, foi somente a partir da Lei 11.445/07 que o setor de saneamento passou a ter um marco regulatório que colocou como instrumento necessário o PMSB. Para elaborá-lo é necessário coletar e apresentar um conjunto de informações ambientais que caracterizam o município. Junto com a base cartográfica, as informações colhidas em campo constituem o meio para se conhecer a situação atual e também fazer as proposições futuras que levam à universalização, quantificando investimentos; finalidade precípua do plano. De uma maneira geral, percebe-se pouco conhecimento do município em relação à sua infraestrutura de saneamento e a respectiva prestação de serviços. As causas são variadas, mas duas se destacam: a complexidade típica das atividades associadas ao saneamento e a operação por concessionárias regionais que afastaram o serviço do cotidiano e do conhecimento do Município, pois tiveram pouca iniciativa ao longo da sua operação em divulgar sua atuação, incluindo os problemas e desafios. Os munícipes pouco enxergavam os serviços de saneamento como seus. Para propor a infraestrutura e o respectivo serviço de saneamento, parte-se do conhecimento do território do município, suas condicionantes, seus diferenciais, acessos e legislação. O relevo, por exemplo, condiciona a ocupação urbana; e, consequentemente os sistemas de abastecimento de água, de esgotos sanitários e a microdrenagem urbana. Ao mesmo tempo, esses sistemas de saneamento são elementos estruturantes do tecido urbano, como por exemplo, a rede hídrica. A drenagem natural do território, costuma delimitar e contornar o traçado das ruas. Assim, é necessário caracterizar o município com enfoque no saneamento para poder propor medidas que levem à prestação adequada dos serviços. Essa foi a primeira etapa da elaboração do PMSB do município de Resende, a caracterização; a qual foi seguida do diagnóstico efetuado com a participação dos gestores locais dos serviços de saneamento. Para tanto, foi realizado um levantamento de todas as informações pertinentes disponíveis no Município, referentes ao ambiente, saúde pública, urbanização e legislação pertinente, dentre outros. Essas informações foram a base para o diagnóstico dos sistemas de abastecimento de água, de esgotamento sanitário e de drenagem urbana; e, dependem de visitas locais, múltiplas e extensas. As visitas a campo evidenciaram as dificuldades que os municípios possuem ao gerir os serviços de saneamento, pois faltam órgãos específicos que contenham as informações, e que as analisem e apurem a sua consistência. A experiência de campo comprovou as dificuldades apontadas de forma que uma única visita não mostrou suficiente, sendo necessário, na maioria dos casos, três ou quatro visitas a campo, para que se conseguisse

obter um rol mínimo de informações que permitissem caracterizar o Município e a prestação de serviços de saneamento. As visitas repetidas têm, no entanto, um aspecto bastante positivo, pois preparam o município para as etapas posteriores à elaboração do PMSB, uma vez que aumenta a divulgação do instrumento, o que contribui para a mobilização social. O município volta o seu olhar para o saneamento básico; volta a discutir a sua importância para a qualidade de vida e a saúde da população; saindo de uma posição de desconhecimento ou de conhecimento mais teórico, e, caminhando para uma visão mais prática aplicada à sua realidade. Embora o serviço de abastecimento de água seja uma necessidade básica, e, por isso com um maior percentual de atendimento à população, há carência de informações. Por exemplo, quase não há dados sobre a quantidade de água potável produzida, impossibilitando calcular as perdas dos sistemas. O foco da prestação do serviço de abastecimento de água era ofertá-la a todo custo, o que é elogiável, mas a preocupação em avançar na gestão do mesmo acabou ficando para trás. Foram encontradas muitas dificuldades em conseguir informações a respeito do serviço de abastecimento de água. Mais carente, ainda, são os serviços de esgotamento sanitário e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas; esse último o menos estruturado a todos. Assim, ao se caracterizar o município, depara-se geralmente com muita carência de informações, o que leva a duas consequências imediatas. A primeira, identificar, no rol de informações disponíveis, aquelas que contribuem para elucidar a dinâmica do município e para a proposição de alternativas que levem, no futuro, à universalização dos serviços. A exemplo, faz-se necessário conhecer o relevo e qual a direção da expansão urbana. A segunda consequência tem o foco voltado aos próximos planos municipais, revistos a cada quatro anos. Cabe nessa primeira execução do plano, propor meios de melhorar a gestão dos serviços de saneamento para que, na próxima elaboração, mais dados e informações consistentes estejam disponíveis. A partir do conhecimento do município, da sua prática de mobilização social e dos meios de comunicação usuais foram propostas oficinas e a audiência pública como meios de legitimar as proposições do PMSB. Foram efetuadas duas oficinas com ampla participação da sociedade civil; a primeira, de diagnóstico, e, a segunda, de visão do futuro. Nas oficinas, a população se manifestou, contribuindo com sua vivência acerca da prestação dos serviços. Com esse rol amplo de informações, foram realizadas as proposições, sempre pautadas pelas diretrizes de universalização do saneamento municipal, abrangendo três componentes: água, esgotos e drenagem urbana. O detalhamento dessa atividade é demonstrado adiante, nesse volume.

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2. CARACTERIZAÇÃO MUNICIPAL

O município de Resende possui área territorial de 1.113,507 km², uma das maiores do Estado Rio de Janeiro. Situa-se na região do Vale do Paraíba Fluminense e nas coordenadas: Latitude Sul - 22º28'08" S e Longitude Oeste - 44º26'48" W. Sua altitude em relação ao nível do mar é de 407 m. O fuso horário é UTC-3. O território do município estendia-se da fronteira de São Paulo até pouco antes da Serra das Araras, além de fazer limite com Angra dos Reis e com Minas Gerais. Com o passar dos anos e com a evolução de vilas e distritos que levaram a fundação de outros municípios, Resende foi perdendo grande parte de seu território. O Rio Paraíba do Sul atravessa o município no sentido SW – NE e tornou-se um importante divisor territorial, assim como a Rodovia Presidente Dutra e a Rede Ferroviária Federal que seguem ambas praticamente paralelas toda extensão do rio. A divisão territorial atual do município, segundo seu Plano Diretor, se dá em 6 regiões denominadas, no referido plano, como distritos. Esses distritos abrigam 10 núcleos urbanos distintos, sendo o maior deles o núcleo Engenheiro Passos. Conforme a divisão distrital, a própria sede urbana encontra-se dividida em duas regiões limitadas pelo Rio Paraíba do Sul. O Quadro 1 e a Figura 1 apresentam a distribuição dos núcleos urbanos em relação às regiões distritais. Quadro 1 – Divisão distrital e núcleos urbanos do Município de Resende Região Distrital 1 2 4 5

Núcleos Urbanos - Porção da sede urbana de Resende ao sul do Rio Paraíba do Sul - Porção da sede urbana de Resende ao norte do Rio Paraíba do Sul - Serrinha do Alambari - Capelinha - Campo Alegre - Visconde de Mauá - Bagagem - Pedra Selada

6

- Fumaça

7

- Engenheiro Passos

Fonte: Prefeitura Municipal - Plano Diretor de Resende (2012) – modificação da Lei Mun. 2668/09

Os municípios limítrofes são: Barra Mansa, Itatiaia, Porto Real, Quatis, Areias, Queluz, São José do Barreiro, Bananal e Arapeí no Estado de São Paulo; Bocaina de Minas, Passa Quatro, Itamonte, Itanhandu e Passa-Vinte no Estado de Minas Gerais.

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Figura 1 – Localização das Regiões Distritais e dos Núcleos Urbanos de Resende

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Resende é acessada pela rodovia Dutra (BR-116) que liga o Rio de Janeiro a São Paulo (Figura 2). Em relação à distância entre as capitais, encontra-se a 165 km do Rio de Janeiro e 230 km de São Paulo.

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Figura 2 – Acessos ao Município

Fonte: DER-RJ

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2.1. MEIO FÍSICO

O meio físico define o suporte onde o território do município se desenvolve e acontecem as suas atividades socioeconômicas. No Quadro 2 são resumidas as principais características do meio físico em relação ao clima, geologia, hidrogeologia e águas superficiais, ou seja, as que interferem diretamente com o saneamento básico. As características climáticas mostram que no município ocorrem temperaturas mais elevadas. Essas podem gerar um maior consumo de água, mas ao mesmo tempo, favorecem a implantação de processos biológicos de tratamento de esgotos. Outro ponto importante está no regime de chuvas, muito concentrado no verão, com intensidades elevadas em curto espaço de tempo, ocasionando um escoamento superficial significativo. Esse fato, normalmente, exige a implantação de uma infraestrutura de drenagem de grande porte, que permanece ociosa na estação de estiagem.

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Quadro 2 – Características gerais do meio físico

Clima

Caracterização climática Variação da temperatura Altura pluviométrica média anual Formação geológica

Geologia Tipos de solo Domínios hidrogeológicos

Hidrogeologia

Unidades hidrogeológicas

Litotipos

Águas Superficiais

Bacia Hidrográfica Principais afluentes do principal Rio da Bacia Comitê de Bacia

Tropical de altitude 17oC a 35oC 1.600 mm Rochas ortoderivadas; rochas paraderivadas; sedimentos Quartenários; diques de diabásio; granitos homogêneos; sedimentos Terciários; rochas alcalinas; falhas, fraturas e dobras. Latossolo alaranjado, o latossolo amarelo, o podzólico vermelho e amarelo, o latossólico alaranjado podzólico e associação de podzólico vermelho-amarelo e litossolo Metassedimentos/metavulcânicas; Cristalino. Depósitos colúvio-aluvionares; Resende; Granito Serra da Concórdia, Suíte Serra das Araras; Itatiaia; Varginha-Guaxupé, unidade paragnáissica migmatítica superior; Quirino; Paraíba do Sul, unidade terrígena com intercalações carbonáticas; Granito Rio Turvo; Embu, unidade paragnáissica; Embu, unidade de xistos, localmente migmatíticos; Morro Redondo; Juiz de Fora, unidade tonalítica; Granito Quebra Cangalha, Suíte Serra das Araras; Suíte Pouso Alto; Pedra Selada Granito, além de unidades do Complexo Juiz de Fora, Complexo Embu e Grupo Andrelândia. Rio Paraíba do Sul Rios Jaguari, Buquira, Paraibuna, Piabanha, Pomba e o Muriaé CBH do Médio Paraíba do Sul

Fonte: IBGE, 2010; CPRM, 2000; CPRM, 2008; INEA, 2013

O Município de Resende apresenta terrenos bens estruturados e estáveis, propícios à ocupação urbana, exceto em encostas, o que constitui um risco desnecessário, já que há outros terrenos disponíveis. Nota-se que sua área urbana, tendo se desenvolvido ao longo do Rio Paraíba do Sul, encontra-se em região sedimentar e também bastante plana, o que dificulta, em algumas situações, a implantação dos sistemas de esgoto e de drenagem. É provável que o número de estações elevatórias de esgotos seja bastante significativo. Já a parte sul do território e porções ao norte, onde se encontra a Serra da Mantiqueira, caracterizam-se por ter um relevo bastante ondulado, com áreas de declividade acentuada. Essa parte do território não oferece condições adequadas para a ocupação urbana, a não ser em alguns poucos trechos nos quais se poderiam instalar núcleos de baixa densidade populacional. Em suma, a ocupação acontece, geralmente, nas várzeas. Quando estas já estão urbanizadas, aos poucos os terrenos com declividade maior passam a ser ocupados. De forma geral, as águas subterrâneas, além de seu caráter interligado e indissociável dos demais compartimentos do ciclo hidrológico (águas superficiais, intersticiais e atmosféricas, além da água presente na biota), constituem recurso hídrico. No município, há aquíferos do tipo fissural, considerados de baixa favorabilidade hidrogeológica. Para se conhecer variações litológico-estruturais e hidrogeológicas locais,

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bem como eventuais zoneamentos hidrogeológico-hidrogeoquímicos, seria necessário efetuar estudos específicos de detalhamento, mas é possível afirmar que a disponibilidade hídrica subterrânea é limitada, logo, deve ser utilizada somente em casos onde a pequena produção é suficiente para atender comunidades também pequenas e isoladas. Do ponto de vista quantitativo, a baixa favorabilidade não significa que não haja água subterrânea disponível ou a mesma não possa ser explorada a contento; apenas indica que as vazões típicas são mais modestas em comparação aos melhores aquíferos existentes, como os constituídos por arenitos. Nesse caso, respeitando a vazão ótima determinada em testes criteriosamente executados, perímetros de proteção e não incorrendo em superexploração (quer pelo uso de vazões individuais maiores que aquelas determinadas em testes, quer pela interferência entre poços muito próximos entre si), é possível ter na água subterrânea, um recurso hídrico disponível para comunidades isoladas do município. Do ponto de vista de qualitativo, seria necessário o inventário, o monitoramento e o controle das fontes potenciais de poluição municipal, como: cemitérios; postos e sistemas de armazenamento de combustível; indústrias; locais que eventualmente sofreram acidentes; minerações; aterros, lixões e demais locais com disposição de resíduos sólidos, atuais ou antigos; locais com existência de fossas sépticas e demais sistemas de saneamento, in situ, entre outros. Tais procedimentos visam preservar os aquíferos locais, bem como o monitoramento da qualidade das águas subterrâneas com base em resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e nos padrões de potabilidade. Para a instalação de poços, recomenda-se a observação das Normas Brasileiras (NBR) vigentes e de suas eventuais atualizações. Atualmente encontram-se vigentes as seguintes normas para a instalação de poços: 

NBR 12212 – Projeto de poço tubular profundo para captação de água subterrânea;



NBR 12244 – Construção de poço tubular profundo para captação de água subterrânea;



NBR 13604/13605/13606/13607/13608 – Dispõe sobre tubos de Policloreto de Vinila. (PVC) para poços tubulares profundos Além da observância às normas, os serviços devem ser efetuados por empresas e

profissionais habilitados e devidamente registrados no sistema do Conselho Federal de Engenharia

e Agronomia/

Conselho

Regional

de

Engenharia

e Agronomia

(CONFEA/CREA), recolhendo Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Pelo município de Resende passa o Rio Paraíba do Sul, sendo o principal manancial superficial utilizado para abastecimento de água. Outros cursos d’água importantes são: Córrego Santa Maria ou Guararema, Córrego Ponte Fria e outros menores sem denominações. Os distritos de Serrinha, Mauá e Capelinha têm seus próprios mananciais.

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A disponibilidade hídrica em relação às águas superficiais é significativa, em função dos corpos hídricos existentes. O curso d’água com maior disponibilidade hídrica no município é o Rio Paraíba do Sul que apresenta vazão de estiagem de cerca de 130 m3/s, alcançando em média 230 m3/s ao longo do ano (Quadro 3), com vazão suficiente para atender as demandas impostas por Resende. Quadro 3 – Vazões com permanência de 95% no tempo e vazões médias de longo período Locais

Área de Drenagem (km²)

Q95% (m³/s)

q95% (l/s.Km²)

QMLT (m³/s

qMLT (l/s.km²)

Rio Paraíba do Sul, a montante da confluência dos rios Paraibuna e Paraitinga

4.263

36,68

8,60

68,72

16,12

Foz do Rio Jaguari

1.800

15,65

8,69

39,98

22,21

12.982

127,80

9,84

216,37

16,67

16.616

201,41

12,12

303,15

18,24

19.494

79,40

4,07

177,27

9,09

Foz do Rio Piabanha

2.065

9,70

4,70

34,92

16,91

Foz do Rio Paraibuna

8.558

62,83

7,34

162,40

18,97

Rio Paraíba do Sul a montante da confluência do Rio Pomba

34.410

168,30

4,89

549,73

15,98

Foz do Rio Pomba

8.616

63,20

7,33

163,43

18,97

Foz do Rio Dois Rios

3.169

16,48

5,20

45,97

14,50

Foz do Rio Muriaé

8.162

28,84

3,53

118,36

14,50

Foz Paraíba do Sul

55.500

353,77

6,73

1118,40

20,15

Rio Paraíba do Sul a montante do Funil Rio Paraíba do Sul a montante de Santa Cecília Rio Paraíba do Sul a montante da confluência dos Rios Piabanha e Paraibuna

Q95%: Vazão com 95% de permanência no tempo q95%: Vazão específica com 95% de permanência no tempo QMLT: Vazão média de longo termo qMLT: Vazão específica média de longo termo Fonte: Relatório Síntese do trabalho de Regionalização de Vazões da Sub-bacia 58, CPRM, Rio de Janeiro, fevereiro de 2003

O desenvolvimento da região na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul vem proporcionando a degradação da qualidade de suas águas e redução de sua disponibilidade hídrica. Ao longo do Rio Paraíba e de seus principais afluentes, indústrias se instalaram e cidades cresceram, lançando efluentes em suas águas, na maioria das vezes sem qualquer tipo de tratamento. Os dados de qualidade da água foram levantados nas instituições responsáveis pelo monitoramento: Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) no Estado de São Paulo, Instituto Estadual do Ambiente (INEA) no Estado do Rio de Janeiro e Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) no Estado de Minas Gerais. O Quadro 4 apresenta um

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resumo dos dados disponíveis de qualidade para o ponto de monitoramento mais próximo do município. Quadro 4 – Dados de qualidade do Rio Paraíba do Sul Dados da Qualidade da Água do Rio Paraíba do Sul Amostra de Água recolhida na Superfície Estação PN0270 Ponto de Coleta Resende 22º27'58''S 044º26'51''W

Data

Resultado aceito de acordo com a CONAMA Hora Valor 357

Parâmetro

Und.

DBO

(mg/L)

23/10/2012 10:50

2

≤ 5 mg/L

OD

(mg/L)

23/10/2012 10:50

6

≥ 5 mg/L

Coliformes Termotolerantes (NMP mil/100ml) 23/10/2012 10:50 9400

45

1,6209 1,783 2,0585 3,9712 5,3328 6,3539

Comercial/I ndustrial

de 01 a 10 de 11 a 15 de 16 a 20 de 21 a 30 31 a 45 > 45

2,8199 4,2126 4,5296 6,0471 7,8815 8,4478

Fonte: Grupo Águas do Brasil, 2015.

a) Estar inscrito em um dos programas que integram a rede sócio-assistencial da União, do Estado ou do Município, ou pertencer à entidade familiar que se encontra em situação de emergência social, comprovada mediante a análise social realizada pela SANEAR ou pela Secretaria de Desenvolvimento Social. b) Residir em área construída de até 60m², localizada em bairro carente; c) Possuir hidrômetro instalado em sua residência; d) Consumir, mensalmente, até 15m³ de água tratada; e) Manter-se adimplente. As informações quanto às receitas e despesas operacionais encontram-se no Balanço Patrimonial anual publicado no Diário Oficial do estado e município.

3.3.2. Esgotamento sanitário

No Quadro 18 é mostrada a tarifa vigente a partir de janeiro de 2015 para a cobrança pelo serviço de esgotamento sanitário realizada pela CAAN. As tarifas de esgotamento sanitário também se atendem a tarifa social e na cota social. De acordo com informações obtidas no Contrato de concessão firmado entre a CAAN e o Município de Resende a empresa adota dois tipos de cobrança de esgoto no município:

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“[...] uma das cobranças diz respeito aos locais onde existem coleta e afastamento de esgoto, cuja tarifa é de 80% do valor da água. Já nos locais onde existe também o tratamento de esgoto o valor é 100% da tarifa de água”.

As tarifas em outros países com gestão avançada quanto ao abastecimento de água e esgotamento sanitário em geral indicam que o metro cúbico de esgoto tratado é quase sempre igual ao de água potável fornecida, sendo que em alguns casos a de esgotos é 20% maior. As informações quanto às receitas e despesas operacionais encontram-se no Balanço Patrimonial anual publicado no Diário Oficial do estado e município. Quadro 18 – Tarifa de esgoto vigente a partir de janeiro/2015 TRA

R$ 1,6209 ESGOTO (R$/m³) 80% 100%

CATEGORIA

FAIXA (m³)

Residencial/ Público

de 01 a 10 de 11 a 15 de 16 a 20 de 21 a 30 31 a 45 > 45

1,2967 1,4264 1,6468 3,177 4,2662 5,0831

1,6209 1,783 2,0585 3,9712 5,3328 6,3539

Comercial/ Industrial

de 01 a 10 de 11 a 15 de 16 a 20 de 21 a 30 31 a 45 > 45

2,2559 3,37 3,6237 4,8377 6,3052 6,7582

2,8199 4,2126 4,5296 6,0471 7,8815 8,4478

Fonte: Grupo Águas do Brasil, 2013

3.3.3. Manejo de águas pluviais

Após buscas no sítio da prefeitura, verificou-se que da mesma maneira que em outros municípios brasileiros, não há uma rubrica específica para esse serviço. Logo, não é possível apurar o percentual do orçamento municipal destinado a serviços de drenagem urbana. Em relação as despesas orçadas para o exercício de 2014, foi previsto pela LOA que a Secretaria de Obras iriam dispor de R$ 23.797.277,00 (vinte e três milhões, setecentos e noventa e sete mil e duzentos e setenta e sete reais), sendo R$ 15.367.600,00 (quinze milhões, trezentos e sessenta e sete mil e seiscentos reais) investidos em drenagem para projeto e manutenção

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em estradas vicinais, administração de vias urbanas e defesa civil (encostas e muros de arrimo). Normalmente, incluem-se como sendo vinculadas aos serviços de drenagem, as despesas referentes à execução de pavimentação, tendo em vista que nessas obras é necessária a execução de meio fio, sarjetas e bocas de lobos, dispositivos de microdrenagem. Já os custos de manutenção das unidades de microdrenagem são normalmente alocados à limpeza pública, responsável inclusive pela desobstrução de bocas-de-lobo, cujo o valor informado pela Secretaria de Obras é de R$ 4,1 milhões. Vale ressaltar que o município não possui uma fonte de receita segura de drenagem urbana, sendo necessário propor uma taxa de drenagem por ser uma fonte segura de investimento. Em geral, a receita disponível para esse fim é de cerca de R$ 1 milhão por ano. A falta de uma fonte segura de recursos, dada, por exemplo, por uma taxa de drenagem, faz com que dificilmente as ações de drenagem urbana tenham sequência no município, o que também é o mais encontrado no país.

3.4. ARRANJO LEGAL

Nesse tópico são tratadas as principais leis que têm incidência sobre o tema do saneamento, nas esferas federal, estadual e municipal. Muitas normas que estão sendo apresentadas disciplinam, de forma direta, a questão do saneamento básico; outras, dizem respeito a temas relacionados com os quais o Plano Municipal deve guardar intrínseca relação. No APÊNDICE A encontra-se uma relação das normas separadas por tema e em função das esferas de governo federal e estadual, com destaque aos principais pontos abordados quanto ao aspecto do saneamento básico.

3.4.1. Regime jurídico nacional

A elaboração do PMSB de Resende é uma imposição legal inserta na Lei Nacional do Saneamento Básico (art. 9º, I - Lei 11.445/2007) que, dentre outras definições, prevê que o ente titular da prestação dos serviços de saneamento deve elaborar tal instrumento. À União, portanto, compete legislar sobre saneamento, mas somente para estabelecer diretrizes gerais e promover programas para o setor; ou seja, deve envidar esforços e investir

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recursos na melhoria das condições de saneamento, estabelecendo formas de financiamento e destinação de recursos aos Estados e Municípios, mediante regras pré-estabelecidas. Aos municípios, outrossim, sendo o saneamento um assunto de interesse local, compete promover a regulamentação, a implantação e a execução desse serviço, por força do que determina o artigo 30 da Constituição Federal de 1988. No âmbito de sua competência, para prover e regulamentar o serviço de saneamento básico, o Município deve estabelecer o modo como se dará a prestação dos serviços, podendo ser executada de forma direta, pela própria Administração Pública Municipal, ou indireta, mediante delegação a particulares, na forma estabelecida pela Lei Federal 8.987/1995. As Parcerias Públicas Privadas se enquadram também nessa lei. Do ponto de vista legal ou jurídico, a construção de um plano de saneamento implica em respeito a um aparato legal, o qual envolve muitas áreas do direito, como meio ambiente, saúde, política urbana, habitação, política agrária, recursos hídricos dentre outras. O artigo 2º da Lei 11.445/2007 fixa os princípios fundamentais da política nacional de saneamento básico e determina expressamente, no inciso VI, que haja: [...] “articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante”.

O PMSB deve ser um instrumento de planejamento dos serviços das quatro formas legais do saneamento básico as quais podem ser tratadas de forma segmentada; e, dada a transversalidade e interdisciplinaridade do assunto, sua construção deve basear-se na aplicação e conjugação de variados diplomas legais. O planejamento do serviço municipal de saneamento envolve responsabilidades em todas as esferas de governo, promovendo a integração com as demais políticas setoriais, como: desenvolvimento urbano, habitação, mobilidade urbana, dentre outras; isto é, deve considerar as diretrizes de outras legislações. O Plano Municipal de Saneamento Básico deverá, também, dialogar com os sistemas de planejamento estadual e federal para uma articulação sistêmica, conforme prevê a Lei 11.445/2007. Os objetivos do PMSB devem estar alinhados com os planos de saneamento dos demais entes da Federação e deve representar uma resposta da sociedade para o desafio da universalização. A articulação da Política Nacional de Meio Ambiente, instituída pela Lei 6.938/1981, com os planos de saneamento básico está explicitada na Lei 11.445/2007, a qual, no inciso III do art. 2º, determina que os serviços públicos de saneamento básico sejam realizados de forma adequada à saúde pública e à proteção do meio ambiente.

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A saúde da população está intimamente ligada ao acesso a serviços de saneamento básico de qualidade, pois, isso tem importância fundamental no quadro epidemiológico. A implantação do serviço adequado na área de saneamento básico tem efeito imediato na redução das enfermidades decorrentes da falta dos mesmos. No que se refere à interface com os recursos hídricos, a Lei Federal de Saneamento, 11.445/2007, determina que os PMSB devem ser compatíveis com os Planos de Bacia Hidrográfica, o que impõe a sua absoluta consonância com o setor de recursos hídricos e o respeito a toda legislação pertinente à gestão das águas, conforme as diretrizes da Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei 9.433/1997). No que se refere à interface com os recursos hídricos, a Lei Federal nº 11.445/2007, a qual estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, dentre outras providências, contém, em seu art. 4º, disposição expressa do que não integra o saneamento básico. Porém, determina que os Planos de Saneamento Básico devam ser compatíveis com os Planos de Bacia Hidrográfica, o que impõe a sua absoluta consonância com o Setor de Recursos Hídricos, o respeito a toda legislação pertinente, em especial, às normas legais relativas à gestão das águas, conforme as diretrizes da Política Nacional de Recursos Hídricos. A legislação referente aos recursos hídricos tem relação direta nas formas de controle sobre o uso da água para abastecimento, assim como na disposição final dos esgotos; sem esquecer a necessidade de observância da interação do município com as bacias hidrográficas. Em respeito à política de recursos hídricos, o PMSB deve atender às diretrizes dos Planos de Recursos Hídricos da esfera Nacional e Federal, respeitando, no mínimo as seguintes diretrizes mínimas: 

Práticas adequadas de proteção de mananciais e bacias hidrográficas. Busca de integração e convergências das políticas setoriais de recursos hídricos e saneamento básico nos diversos níveis de governo.



Identificação dos usuários das águas no setor, de forma a conhecer as demandas, a época dessas demandas, o perfil do usuário, tecnologias utilizadas, dentre outras características.

Pela análise de todo esse panorama legislativo federal, nota-se que houve uma preocupação em estabelecer a gestão associada do sistema por diferentes entes da federação, bem como garantir a ampla participação popular.

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3.4.2. Legislação estadual

No Estado do Rio de Janeiro, onde se situa o município em questão, o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SEGRHI), conforme disposto no artigo 43 da Lei Estadual 3.239/1999, é composto pelos seguintes entes:

I - o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERHI); II - o Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FUNDRHI); III - os Comitês de Bacia Hidrográfica (CBH's); IV - as Agências de Água; V - os organismos dos poderes públicos federal, estadual e municipais cujas competências se relacionem com a gestão dos recursos hídricos.

O Instituto Estadual do Ambiente (INEA) é o órgão gestor e executor dos recursos hídricos no Estado do Rio de Janeiro, e, está inserido na estrutura da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), órgão de primeiro nível hierárquico da administração estadual, tendo como missão formular e coordenar a política estadual de proteção e conservação do meio ambiente e de gerenciamento dos recursos hídricos, visando o desenvolvimento sustentável do Estado do Rio de Janeiro. As Superintendências Regionais do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) atuam nas dez regiões hidrográficas do Estado, próximas aos Comitês de Bacia, facilitando a interação e a comunicação, bastante importantes, em especial para controle e gerenciamento dos contratos de gestão, os quais podem ser firmados pelo referido Instituto com entidades delegatárias de funções de agências de águas, indicadas pelos respectivos Comitês de Bacia (Lei 5.639/2010), tendo como objetivo dar maior celeridade na aplicação dos recursos do FUNDRHI, bem como, fortalecer os organismos colegiados com a estruturação de secretarias executivas e o apoio técnico para a seleção de projetos benéficos para a bacia hidrográfica. O saneamento, notadamente no que se refere ao abastecimento público de água e coleta e tratamento do esgoto, está inserido expressamente na Política Estadual de Recursos Hídricos. Por outro lado, a atuação direta dos Comitês de Bacia na elaboração dos planos de saneamento atende à própria Lei 11.445/2007, ao mesmo tempo em que possibilita a integração das infraestruturas e serviços de saneamento, com a gestão eficiente dos recursos hídricos, cumprindo, dessa forma, os princípios fundamentais e as diretrizes nacionais traçadas para o setor. Muito embora o instrumento da cobrança pelo uso dos recursos hídricos não esteja mencionado de forma clara nas normas que tratam de saneamento, a legislação federal (Lei 9.433/1997) obriga que o serviço de disposição ou diluição de esgotos e outros resíduos deve

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obter outorga de uso da água. A mesma determinação encontra-se expressamente inserida no artigo 22, da Lei Estadual 3.239/1999, que institui a Política Estadual dos Recursos Hídricos. A Política Estadual de Recursos Hídricos no Estado do Rio de Janeiro está disciplinada na Lei 3.239/1999 e estabelece o enquadramento de corpos d´água como um de seus instrumentos (inc. IV do art. 5º), prevendo, ainda, que “os enquadramentos dos corpos de água, nas respectivas classes de uso, sejam feitos, na forma da lei, pelos CBHs e homologados pelo CERHI, após avaliação técnica pelo órgão competente do Poder Executivo” (art. 17).

3.4.3. Legislação municipal

Na elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, além da observância obrigatória de toda a legislação federal e estadual pertinente, deve-se também obediência às diretrizes constantes do Plano Diretor do Município; às disposições contidas na Lei Orgânica do Município, e, ainda, à legislação municipal que trate de questões ambientais, urbanísticas e de saneamento básicos, porventura existentes no Município. Ainda no tocante às leis municipais, é necessário citar, também, os seguintes instrumentos: Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO); Plano Plurianual (PPA) e Lei Orçamentária Anual do Município (LOA), conforme determina a Lei Nacional de Saneamento (Lei 11.445/2007), que preceitua: Art. 19. A prestação de serviços públicos de saneamento básico observará o plano que poderá ser específico para cada serviço, o qual abrangerá, no mínimo: III - programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos, identificando possíveis fontes de financiamento;

Isso se dá uma vez que a Constituição do Estado do Rio de Janeiro, alinhada com a Constituição Federal, no artigo 211 proíbe o início de projeto ou programa que não esteja contemplado em tais instrumentos.

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3.4.3.1. Plano Diretor

O Plano Diretor é definido no Estatuto das Cidades (Lei Federal 10.257/2001) como instrumento básico para orientar a política de desenvolvimento e de ordenamento da expansão urbana do Município. Nesse sentido, orienta o Poder Público e a iniciativa privada na construção dos espaços urbanos e rurais e na oferta dos serviços públicos essenciais, como os de saneamento, visando assegurar melhores condições de vida para a população, adstrita àquele território. Sob esse enfoque, é indispensável que o PMSB observe e esteja integrado com o Plano Diretor do Município. Conforme o Estatuto das Cidades, o direito às cidades sustentáveis, ou seja, o direito à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana e aos serviços públicos é diretriz fundamental da política urbana; e, é assegurado mediante o planejamento e a articulação das diversas ações em âmbito local. Destaca-se o papel estruturante da infraestrutura de saneamento no desenvolvimento urbano do Município. A capacidade de expansão e de adensamento das áreas urbanas nortea-se pela capacidade da infraestrutura instalada e dos recursos naturais. O saneamento é, portanto, elemento orientador e estruturador na leitura da cidade, na definição dos vetores de crescimento e na proposta de zoneamento. Segundo informações obtidas junto à Prefeitura, o Município de Resende tem Plano Diretor aprovado. Trata-se da Lei Municipal 3.000, de 22 de janeiro de 2013. O Plano Diretor do Município de Resende dedica um capítulo ao Saneamento Básico, estabelecendo objetivos, diretrizes e ações estratégicas, respectivamente nos artigos 21 a 23. Os quatro componentes do saneamento básico vêm abordados nos artigos 24 ao 26 do Plano Diretor de Resende, mas é preciso dar especial destaque para o artigo 25. Este dispositivo estabelece regras específicas sobre o manejo e drenagem de águas pluviais, diferenciando-se da legislação encontrada na maioria dos municípios. O artigo 27 estabelece que para a execução da Política Municipal de Saneamento Básico deve ser elaborado o Plano Municipal de Saneamento Básico. Detalhes quanto a abrangência do plano, competência da elaboração, compatibilidade com outros planos, horizonte de planejamento e divulgação, são também apresentados nos parágrafos do artigo 27. É estabelecido, ainda, que a delegação do serviço de saneamento básico não dispensa o cumprimento pelo prestador do respectivo plano.

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3.4.3.2. Lei Orgânica

A Lei Orgânica do Município de Resende não enfrenta a questão do saneamento de forma específica. Aborda o tema apenas em artigos esparsos, sendo que podemos citar como mais diretamente relacionados os seguintes: Art. 13, impõe ao município a definição de mecanismos visando à melhoria do saneamento básico para as pessoas de baixa renda; Art. 122, determina que a Lei incentivará e estabelecerá a política das ações e obras de saneamento básico no Município, respeitando os seguintes princípios: I - criação e desenvolvimento de mecanismos destinados a assegurar os benefícios do saneamento, à totalidade da população; II - implementação de programas visando a instalação de sistemas de tratamento dos despejos urbanos; III - as ações de saneamento deverão prever a utilização racional da água, do solo e do ar, de modo compatível com a preservação e melhoria da qualidade da saúde pública e do meio ambiente e com eficiência do serviço público de saneamento; Art. 163, obriga a aferição periódica da qualidade da água, dando-se publicidade aos resultados; Art. 166, estabelece que o município poderá determinar a construção de fossas sépticas, fornecendo dados técnicos compatíveis; Art. 171, determina a fiscalização municipal sobre a exploração de recursos hídricos; Art. 173, permite a compensação financeira pela utilização de recursos hídricos do seu respectivo território, para fins de: I - aproveitamento do potencial gerador de energia por empresas ou entidades privadas; Art. 174, estabelece competência do Município para prover os serviços de abastecimento de água e esgotos sanitários, promovendo a criação de mecanismos que proíbam o lançamento de esgotos de qualquer tipo em mananciais, orientando, inclusive com assistência material à população, no que diz respeito à captação de água para uso doméstico e no tratamento de águas servidas e esgotos sanitários através de sistemas de fossas sépticas e sumidouro; Art. 175, obriga o estabelecimento de programas especiais conservação e proteção águas subterrâneas contra poluição e super exploração; Art. 176, determina proteção especial aos rios e monumentos naturais que especifica; Há outros dispositivos na Lei Orgânica de Resende que tratam indiretamente ou guardam alguma relação com o tema, sendo os principais: Art. 10, que estabelece competências do município, dispondo nos incisos: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal no que couber; III -

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instituir e arrecadar os tributos de sua competência; VI - organizar e preservar, através de concessão ou permissão, os serviços públicos; IX - promover adequado ordenamento territorial mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; XI - elaborar e executar a política de desenvolvimento urbano, com o objetivo de ordenar as funções sociais das áreas habitadas do Município e garantir o bem estar de seus habitantes; XII - elaborar e executar o Plano Diretor Físico, como instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana; XV - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas; Art. 11, dispõe sobre matérias ligadas ao saneamento que são de competência comum com o Estado e a União: V - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - promover programas de construção de moradias e melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico, buscando eliminar os bolsões e sub-habitação; IX registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seu território; X - estabelecer e implantar programa de educação para proteção ambiental e higiene; XII - preservar as florestas, a fauna e a flora; Art. 88, trata das taxas e contribuições de melhoria nos incisos V e VI; Art. 95, incisos I e II, veda o início de programas e projetos não incluídos na Lei Orçamentária e a realização de despesa e assunção de obrigação que excedam o crédito orçamentário; Art. 109, disciplina o regime de prestação de serviços públicos que poderá ser por concessão ou permissão, obrigando a licitação em todos os casos; Art. 115 e seguintes, disciplina a Política Urbana e, no § 1, institui o plano diretor como instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana; Art. 138 e seguintes tratam da Saúde no município e no art. 148 está estabelecido que ao Sistema Único de Saúde compete: inciso III - a participação na formulação da política e execução das ações de saneamento e no inciso V - a colaboração na proteção do meio ambiente; Art. 161 e seguintes abordam as questões do Meio Ambiente, de terminando providências para assegurar a sadia qualidade de vida; Art. 177, determina que o Sistema Único de Saúde colaborará com a proteção ao meio ambiente.

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3.4.3.3. Demais leis municipais de interesse

O levantamento das leis municipais vigentes foi realizado junto à administração municipal e a presente análise jurídica está baseada unicamente nas informações disponibilizadas pela Prefeitura Municipal de Resende. Todavia, não se pode afirmar com segurança que as normas aqui citadas exaurem o conteúdo normativo pertinente ao saneamento básico. Além da Lei Orgânica e do Plano Diretor do município de Resende foram apresentados os seguintes instrumento normativos:

LEI MUNICIPAL Nº 2582 DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006 Dispõe sobre a política municipal e o sistema municipal de saneamento básico, as diretrizes para o Plano Municipal de Saneamento Básico, autoriza a criação do Conselho Municipal de Saneamento e a outorga do conselho dos serviços de saneamento básico e dá outras providências.

DECRETO MUNICIPAL Nº 1.510 DE 20 DE MARÇO DE 2007 Aprova o Plano de Saneamento Básico com os termos dispostos no Capítulo VI, artigos 22 e 23 da Lei Municipal nº 2.582 de 20 de dezembro de 2006.

DECRETO MUNICIPAL Nº 1.653 DE 14 DE JUNHO DE 2007 Aprova as alterações no Plano Municipal de Saneamento Básico, constando como Anexo I do presente decreto.

DECRETO MUNICIPAL Nº 2.405 DE MAIO DE 2008 Institui e regula a prestação de serviço de abastecimento de água e esgoto sanitário do município de Resende.

LEI MUNICIPAL Nº 2.725 DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009 Dispõe sobre a organização e estrutura administrativa da Prefeitura Municipal, estabelece os princípios e as diretrizes de gestão.

LEI MUNICIPAL Nº 2.862 DE 22 DE JULHO DE 2011 Dispõe sobre alterações e correções dos textos e anexos da Lei Municipal nº 2.725/2009.

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LEI MUNICIPAL Nº 3.128 DE 24 DE SETEMBRO DE 2014 Dispõe sobre a organização administrativa de Agência Municipal de Saneamento Básico do Município de Resende (SANEAR).

3.4.3.4. Avaliação da Legislação Municipal, contratos e convênios

A análise da legislação municipal consultada constatou que existem leis que disciplinam o saneamento básico e temas relacionados. O Plano Diretor Municipal inclui capítulo especial sobre saneamento básico, com dispositivos específicos sobre abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem urbana; e a Lei Orgânica também traz vários dispositivos sobre questões de saneamento. O tema drenagem urbana dificilmente é abordado por legislações editadas em todos os níveis de governo. Há grande escassez de leis que disciplinam questões de drenagem e o Plano Diretor de Resende preocupou-se com isso, demonstrando significativo avanço, embora não preveja a individualização do serviço ao cobrar, p.ex., uma taxa proporcional à impermeabilização da área ou medidas mitigadoras a adotar pelo empreendedor no controle das águas superficiais. Foi disponibilizado pela Prefeitura Municipal para análise, o Plano Municipal de Saneamento Básico elaborado em 20 de março de 2007, Contrato de Concessão nº 018/2007 celebrado com a concessionária Cia. Águas das Agulhas Negras S.A., para administração e prestação dos serviços de saneamento básico, e o Plano de Saneamento elaborado pela Concessionária S.A em fevereiro de 2009. Este PMSB leva em consideração esses documentos.

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65

4. DIAGNÓSTICO DA INFRAESTRUTURA EXISTENTE

Para o levantamento da infraestrutura de saneamento existente no Município de Resende foram realizados trabalhos de campo em 2012 e 2013, com visitas às unidades, entrevistas com os responsáveis e levantamento de dados através do uso de formulários específicos. As atualizações de informações e dados operacionais também aconteceram durante o ano de 2014 durante as reuniões com os representantes do município e da concessionária. Foram consultadas ainda fontes secundárias como o SNIS, IBGE para completar as informações necessárias. Com base nas informações coletadas foi elaborada uma base de dados georreferenciados e produzidos mapas que se encontram no APÊNDICE B.

4.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

O abastecimento de água potável do Município é setorizado em cinco sistemas operados pela CAAN além de pequenos sistemas operados pelo próprio município. Além dos distritos institucionalmente consolidados, isto é, distrito sede, Agulhas Negras, Engenheiro Passos, Fumaça e Pedra Selada, o Município de Resende possui ainda localidades dispersas ao longo dos seus domínios, sendo: Bagagem, Campo Alegre, Capelinha, Lote-10, Rio Preto, Serrinha e Visconde de Mauá. De uma forma geral, essas localidades são de atividade predominantemente rural ou associada ao turismo. Cada sistema é descrito em todas as suas unidades, do manancial, passando pelas captações, tratamentos etc. para chegar à distribuição e mesmo na ligação predial, onde o usuário é abastecido e se encontra o hidrômetro.

4.1.1. Sistema Central

O Sistema Central, operado pela CAAN, abastece a sede de Resende e o distrito de Agulhas Negras, sendo composto pelos seguintes subsistemas produtores de água tratada: Toyota, Alegria, 31 de Março e Liberdade (Figura 6). A planta 1 anexa mostra o sistema central, dividido por área de influência.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

Figura 6 – Esquema do Sistema de Abastecimento de Água da Sede do Município de Resende

Fonte: Vallenge, 2013.

66

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67

Manancial O abastecimento de água na sede do município é suprido por dois mananciais

superficiais, sendo: o Córrego Cruz das Almas e o Rio Paraíba do Sul. Em campo, verificouse que ambos possuem sinalização de identificação e cerca de proteção. Logo, a população tem como se informar de que se trata de área de interesse especial. Quanto à qualidade dos corpos d’água, não se observou sinais de eutrofização, exceto pela presença de aguapé ao longo de trechos montante do rio Paraíba do Sul. 

Captação Existem quatro captações de água no Sistema Central, sendo uma no Córrego Cruz das

Almas e três no Rio Paraíba do Sul. A capacidade nominal total das captações é de 660 L/s, mas a vazão média derivada é de 364 L/s. Esses valores são dados pelo condicionante da elevatória em seguida à derivação. Como estrutura hidráulica em si, não há restrições quanto ao aumento de demanda superior mesmo à capacidade de recalque. Com exceção da captação no Córrego Cruz das Almas (Sistema Produtor 31 de Março), com processo de outorga em andamento no Órgão Estadual (INEA), as demais captações encontram-se outorgadas pela ANA, porque o rio Paraíba do Sul é de domínio federal. 

Estação Elevatória de Água Bruta O Sistema Central possui quatro Estações Elevatórias de Água Bruta (EEAB),

responsáveis por aduzir a água bruta captada em seus mananciais (rios Paraíba do Sul e Córrego Cruz das Almas), às respectivas estações de tratamento Toyota, Alegria, Nova Liberdade e 31 de Março, conforme mostra a figura 6. As captações contam no total com doze bombas protegidas por válvulas de retenção, com automação local e operam em média por 23 horas. A capacidade nominal é de 660 L/s, com potência total de 760 CV, mas a vazão média derivada é de 364 L/s. Assim, há uma folga nessa estrutura hidráulica, passível de atender demandas maiores sem necessidade de investimentos em curto prazo. As EEABs apresentam bom estado de conservação, estando em áreas protegidas e identificadas. Além disso, existe horímetro, livre circulação de ar e de operadores, bomba reserva e iluminação para eventuais trabalhos noturnos. A operação e o comando contam com telemetria, sendo que apenas na EEAB da ETA 31 de Março existe telecomando. Os painéis de comando local estão em estado adequado, bem como as instalações elétricas.

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68

Adução de água Bruta O Sistema Central conta com linhas de adução de água bruta que conduzem por

recalque, o volume captado. As tubulações são constituídas em ferro fundido e PEAD (Quadro 19). Quadro 19 – Informações sobre a rede de adução – Sistema Central Sistema Produtor Nova Liberdade Alegria Toyota 31 de Março

Extensão (m) 38 158 80 50 230

Material Ferro fundido Ferro fundido PEAD Ferro fundido Ferro fundido

Diâmetro (mm) 400 250 550 200 200

Fonte: Vallenge, 2013



Tratamento O Sistema Central possui quatro Estações de Tratamento de Água (ETA) instaladas e

operando. Não houve nenhum problema relatado à inundação das suas unidades provada por cheias excepcionais de quaisquer dos mananciais. A ETA Nova Liberdade (Figura 7) é responsável pelo tratamento das águas captadas no Rio Paraíba do Sul e situa-se nas coordenadas geográficas: Latitude – 22° 27’ 42,90” Sul e Longitude – 44° 27’ 51,97” Oeste, a 399 metros de altitude. É uma ETA do tipo convencional que opera 23 horas por dia com uma vazão média de 155 L/s e possui capacidade instalada de 200 L/s. Conta com as seguintes unidades: mistura rápida, floculador, decantador, seis filtros, desinfecção e fluoretação. Também nesta unidade há capacidade de atender uma demanda maior sem necessidade de investimentos em curto prazo. O acesso a ETA Nova Liberdade apresenta boas condições sendo a área cercada, com placa de identificação no local. A entrada é controlada. A ETA se encontra licenciada ambientalmente. Foi informado que os decantadores são limpos três vezes por semana, sendo o lodo resultante do processo de tratamento descartado diretamente no rio. Está em projeto o tratamento do lodo, logo já contratado, não sendo necessário prever seu custo. A lavagem dos filtros é realizada três vezes ao dia. O material filtrante da unidade de filtração está sendo reposto ou substituído de acordo com as orientações técnicas do projeto. A água de lavagem por enquanto também é descartada, mas após a execução do projeto, será retornada para a entrada da ETA. Em campo verificou-se que as condições de higiene e limpeza da casa de química eram adequadas. Existe almoxarifado apropriado para o acondicionamento dos produtos químicos, todos com registro no Ministério da Saúde e dentro dos prazos de validade. Os tanques de

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

69

dosagem de produtos químicos encontravam-se em boas condições. A operação é por meio de bomba dosadora. A ETA possui laboratório próprio, porém, conforme informado, as amostragens de água são realizadas no Laboratório Central que possui equipamentos para exames bacteriológicos e atende todas as ETAs do sistema Central. O laboratório da ETA Nova Liberdade possui boas condições de organização e limpeza, além dos seguintes equipamentos: turbidímetro, colorímetro, pHmetro, aparelho jar-teste; todos em bom estado de conservação (Figura 8). A ordem de grandeza dos discos colorimétricos é suficiente para executar ensaios e existem armários para guardar reagentes e vidrarias. A concessionária realiza o controle e monitoramento de todos os parâmetros contemplados pela Portaria 2.914/2011 do Ministério da Saúde com periodicidade mensal, trimestral e semestral. Figura 7 – ETA Nova Liberdade

Fonte: Vallenge (10/01/2013)

Figura 8 – Aparelho Jar-test

Fonte: Vallenge (10/01/2013).

O prestador do serviço (Água das Agulhas Negras S/A) realiza controle e monitoramento de cianobactérias e demais análises trimestrais e semestrais preconizadas pela Portaria 2.914/2011 do Ministério da Saúde com envio mensal à Agência Reguladora e à Vigilância Sanitária. No Quadro 20 é apresentado o relatório anual da ETA Nova Liberdade do ano de 2012. A concessionária realizou diversos investimentos na ETA Nova Liberdade como reforma, impermeabilização, novas bombas, painéis elétricos, filtros, equipamentos, automação, tanques de produtos químicos, implantação de gerador a diesel de 760 KVA, melhorias na captação de água bruta, novo laboratório e vestiário. O gerador tem condições de atender parcialmente a potência instalada, mas suficiente para dar continuidade à operação no caso de falha do fornecimento de energia elétrica.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

70

Quadro 20 – Relatório anual de 2012 da ETA Nova Liberdade.

A ná lis e s P re v is t a s

Análises Realizadas

R e s ult a do s M e ns a is

Análises Previstas

A ná lis e s R e a liza da s

Resultados Mensais

A ná lis e s P re v is t a s

Análises Realizadas

M é dia M e ns a is

Análises Previstas

A ná lis e s R e a liza da s

Média Mensais

NMP/100ml

Média Mensais

NMP/100 ml

A ná lis e s R e a liza da s

Sorensen

Análises Previstas

mg Pt Co/l

M é dia M e ns a is

NTU

CF

Análises Realizadas

mg/l

CT

A ná lis e s P re v is t a s

mg/l

pH

Média Mensais

Cloro

A ná lis e s R e a liza da s

Flúor Análises Previstas

2012

ETA Nova Liberdade Turbidez Cor

Janeiro

480

744

0,70

480

744

2,5

480

744

1,37

480

744

6

480

744

6,39

16

16

0

16

16

0

Fevereiro

480

672

0,70

480

672

2,5

480

672

1,32

480

672

6

480

672

6,40

16

16

0

16

16

0

Março

480

744

0,70

480

744

2,5

480

744

1,37

480

744

6

480

744

6,34

16

16

0

16

16

0

Abril

480

720

0,70

480

720

2,5

480

720

1,16

480

720

5

480

720

6,45

16

16

0

16

16

0

Maio

480

744

0,60

480

744

2,4

480

744

1,15

480

744

5

480

744

6,53

16

16

0

16

16

0

Junho

480

720

0,70

480

720

2,4

480

720

1,06

480

720

5

480

720

6,51

16

16

0

16

16

0

Julho

480

744

0,70

480

744

2,4

480

744

1,17

480

744

5

480

744

6,50

16

16

0

16

16

0

Agosto

480

744

0,70

480

744

2,3

480

744

1,06

480

744

5

480

744

6,48

16

16

0

16

16

0

Setem bro

480

720

0,70

480

720

2,2

480

720

0,61

480

720

5

480

720

6,40

16

16

0

16

16

0

Outubro

480

744

0,70

480

744

2,3

480

744

0,63

480

744

5

480

744

6,39

16

16

0

16

16

0

Novem bro

480

720

0,70

480

720

2,4

480

720

0,60

480

720

5

480

720

6,40

16

16

0

16

16

0

Dezem bro

480

744

0,70

480

744

2,2

480

744

0,75

480

744

5

480

744

6,42

16

16

0

16

16

0

VMP

1,5

Fonte: Água das Agulhas Negras.

0,2 < Cl < 5,0

tur < 5,00

cor < 15

6,0< pH < 9,5

0 em 95%

0

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

Figura 9 – ETA Alegria

Fonte: Vallenge (10/01/2013)

71

Figura 10 – Novo módulo da ETA Alegria

Fonte: Vallenge (10/01/2013)

A ETA Alegria (Figura 9) também é responsável pelo tratamento das águas captadas no Rio Paraíba do Sul e situa-se nas coordenadas geográficas: Latitude - 22° 28’ 10,20” Sul e Longitude – 44° 29’ 3,55” Oeste a 406 metros de altitude. É mais uma ETA do tipo convencional, com dois módulos, um instalado recentemente (Figuras 10 a 12). Opera 23 horas por dia com uma vazão média de 85 L/s e capacidade instalada de 300 L/s. Assim, não há necessidade de investimentos em curto prazo, pois é possível atender prontamente demandas maiores. Possui as seguintes unidades: mistura rápida, floculador, decantador, seis filtros, desinfecção, fluoretação, tratamento do lodo gerado (Figura 13) e tratamento da água de lavagem dos filtros. Figura 11 – Sistema de captação do novo módulo - ETA Alegria

Fonte: Vallenge (10/01/2013)

Figura 12 – Decantador do novo módulo ETA Alegria

Fonte: Vallenge (10/01/2013)

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

72

As águas de lavagem dos filtros após tratamento retornam para a entrada da ETA, bem como a extraída do tratamento de lodo. Assim, a ETA Alegria é a mais atual do sistema produtor de Resende. Figura 13 – Área de tratamento de lodo - ETA Alegria

Fonte: Vallenge (10/01/2013)

O acesso a ETA Alegria apresenta boas condições, sendo a área cercada com placa identificando o local. A ETA se encontra licenciada ambientalmente. Foi informado que os decantadores são limpos uma vez por semana, sendo que o lodo resultante do processo de decantação e da água de lavagens dos filtros é desidratado e encaminhado para o aterro. O sobrenadante do processo retorna para a entrada da ETA. O material filtrante da unidade de filtração está sendo reposto ou substituído de acordo com as orientações técnicas do projeto. Em campo verificou-se que as condições de higiene e limpeza da casa de química eram adequadas. Existe almoxarifado apropriado para o acondicionamento dos produtos químicos, todos com registro no Ministério da Saúde e dentro dos prazos de validade. Os tanques de dosagem de produtos químicos encontravam-se em boas condições, com preparo por meio de bomba dosadora. A ETA possui laboratório próprio, porém, conforme informado, as amostragens de água são realizadas no Laboratório Central, que possui equipamentos para exames bacteriológicos, e atende todas as ETAs do sistema. O laboratório da ETA Alegria possui boas condições de organização e limpeza, além dos seguintes equipamentos: turbímetro, colorímetro, pHmetro; todos em bom estado de conservação. A ordem de grandeza dos discos colorimétricos é suficiente para executar ensaios e existem armários para guardar reagentes e vidrarias. O prestador do serviço (Água das Agulhas Negras S/A) realiza controle e monitoramento de cianobactérias e demais análises trimestrais e semestrais preconizadas pela Portaria 2.914/2011 do Ministério da Saúde com envio mensal a Agência de Saneamento Básico do

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

73

Município de Resende. No Quadro 21, a seguir, encontra-se o relatório anual da ETA Alegria do ano de 2012.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

74

Quadro 21 – Relatório anual de 2012 da ETA Alegria

Média Mensais

A ná lis e s P re v is t a s

Análises Realizadas

R e s ult a do s M e ns a is

Análises Previstas

A ná lis e s R e a liza da s

Resultados Mensais

A ná lis e s P re v is t a s

Análises Realizadas

M é dia M e ns a is

Análises Previstas

A ná lis e s R e a liza da s

Média Mensais

CF NMP/100ml

A ná lis e s R e a liza da s

CT NMP/100 ml

Análises Previstas

pH Sorensen

M é dia M e ns a is

mg Pt Co/l

Análises Realizadas

NTU

A ná lis e s P re v is t a s

Turbidez

mg/l

Média Mensais

Cloro

mg/l A ná lis e s R e a liza da s

Flúor Análises Previstas

2012

ETA Alegria Cor

Janeiro

300

372

0,80

300

372

2,5

300

372

0,44

300

372

5

300

372

6,54

8

8

0

8

8

0

Fevereiro

300

336

0,80

300

336

2,4

300

336

0,53

300

336

5

300

336

6,52

8

8

0

8

8

0

Março

300

372

0,80

300

372

2,4

300

372

0,43

300

372

5

300

372

6,44

8

8

0

8

8

0

Abril

300

360

0,80

300

360

2,4

300

360

0,36

300

360

5

300

360

6,53

8

8

0

8

8

0

Maio

300

372

0,80

300

372

2,3

300

372

0,35

300

372

5

300

372

6,54

8

8

0

8

8

0

Junho

300

360

0,80

300

360

2,2

300

360

0,34

300

360

5

300

360

6,50

8

8

0

8

8

0

Julho

300

372

0,80

300

372

2,2

300

372

0,33

300

372

5

300

372

6,49

8

8

0

8

8

0

Agosto

300

372

0,80

300

372

2,2

300

372

0,34

300

372

5

300

372

6,47

8

8

0

8

8

0

Setem bro

300

360

0,80

300

360

2,2

300

360

0,29

300

360

5

300

360

6,45

8

8

0

8

8

0

Outubro

300

372

0,80

300

372

2,3

300

372

0,30

300

372

5

300

372

6,50

8

8

0

8

8

0

Novem bro

300

360

0,80

300

360

2,4

300

360

0,52

300

360

5

300

360

6,51

8

8

0

8

8

0

Dezem bro

300

372

0,80

300

372

2,2

300

372

0,33

300

372

5

300

372

6,56

8

8

0

8

8

0

VMP

1,5

Fonte: Água das Agulhas Negras

0,2 < Cl < 5,0

tur < 5,00

cor < 15

6,0< pH < 9,5

0 em 95%

0

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

Figura 14 – Sala de treinamento - ETA Alegria

Fonte: Vallenge (10/01/2013)

A

concessionaria

75

Figura 15 – Espaço Comunitário de Educação Ambiental - ETA Alegria

Fonte: Vallenge (10/01/2013)

realizou

investimentos

na

ETA

Alegria

como

reforma,

impermeabilização, novas bombas, painéis elétricos, equipamentos, automação, novo laboratório e vestiário. Coroando a sua modernização, como visto, foi implantado novo módulo de 200 L/s ampliando sua capacidade nominal para 300 L/s. A ETA possui ainda uma sala de treinamento e um espaço comunitário para trabalhos de educação ambiental (Figuras 14 e 15). A última ETA que utiliza as águas captadas no Rio Paraíba do Sul é a Toyota (Figura 16). Situa-se nas coordenadas geográficas: Latitude – 22° 28’ 15,98” Sul e Longitude – 44° 30’ 2,22” Oeste a 401 metros de altitude. Trata-se de mais uma ETA do tipo convencional, com dois módulos. Opera 23 horas por dia com vazão média de 79 L/s e capacidade instalada de 100 L/s. Também aqui há uma capacidade suficiente para atender prontamente uma demanda maior sem necessidade de investimentos em curto prazo. Possui as seguintes unidades: mistura rápida, floculador, dois decantadores, quatro filtros, desinfecção e fluoretação. A unidade conta com gerador a diesel com potência de 360 KVA capaz de mantê-la operando por tempo limitado nos eventos de falta de energia elétrica.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

76

Figura 16 – ETA Toyota

Fonte: Vallenge (10/01/2013)

O acesso a ETA Toyota apresenta boas condições, com a área toda cercada com placa identificando o local. A ETA se encontra licenciada ambientalmente. Os decantadores são limpos uma vez por semana e os filtros são lavados duas vezes ao dia. O material filtrante da unidade de filtração está sendo reposto ou substituído de acordo com as orientações técnicas do projeto. O lodo resultante do processo de decantação e da água de lavagem dos filtros é descartado no rio, porém, a concessionária conta com projeto para tratamento do lodo produzido pela unidade, bem como reaproveitamento da água de lavagem dos filtros. Em campo verificou-se que as condições de higiene e limpeza da casa de química eram adequadas. Existe almoxarifado apropriado para o acondicionamento dos produtos químicos, todos com registro no Ministério da Saúde e dentro dos prazos de validade. Os tanques de dosagem de produtos químicos encontravam-se em boas condições, com bomba dosadora. A ETA possui laboratório próprio, porém, conforme informado as amostragens de água são realizadas no Laboratório Central, que possui equipamentos para exames bacteriológicos, que atende todas as ETAs do sistema. O laboratório da ETA Toyota possui boas condições de organização e limpeza, além dos seguintes equipamentos: turbidímetro, colorímetro, pHmetro; todos em bom estado de conservação. A ordem de grandeza dos discos colorimétricos é suficiente para executar ensaios e existem armários para guardar reagentes e vidrarias. O prestador do serviço (Cia. Água das Agulhas Negras S/A) realiza controle e monitoramento de cianobactérias e demais análises trimestrais e semestrais preconizadas pela Portaria 2.914/2011 do Ministério da Saúde com envio mensal a Agência de Saneamento Básico do Município de Resende. No Quadro 22, a seguir, encontra-se o relatório anual da ETA Toyota do ano de 2012.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

77

Quadro 22 – Relatório anual de 2012 da ETA Toyota

Média Mensais

A ná lis e s P re v is t a s

Análises Realizadas

R e s ult a do s M e ns a is

Análises Previstas

A ná lis e s R e a liza da s

Resultados Mensais

A ná lis e s P re v is t a s

Análises Realizadas

M é dia M e ns a is

Análises Previstas

A ná lis e s R e a liza da s

Média Mensais

CF NMP/100ml

A ná lis e s R e a liza da s

CT NMP/100 ml

Análises Previstas

pH Sorensen

M é dia M e ns a is

mg Pt Co/l

Análises Realizadas

NTU

A ná lis e s P re v is t a s

Turbidez

mg/l

Média Mensais

Cloro

mg/l A ná lis e s R e a liza da s

Flúor Análises Previstas

2012

ETA Toyota Cor

Janeiro

240

372

0,80

240

372

2,5

240

372

0,58

240

372

5

240

372

6,54

8

8

0

8

8

0

Fevereiro

240

336

0,80

240

336

2,2

240

336

0,65

240

336

5

240

336

6,55

8

8

0

8

8

0

Março

240

372

0,80

240

372

2,1

240

372

0,56

240

372

5

240

372

6,55

8

8

0

8

8

0

Abril

240

360

0,70

240

360

2,2

240

360

0,56

240

360

5

240

360

6,56

8

8

0

8

8

0

Maio

240

372

0,70

240

372

2,1

240

372

0,48

240

372

240

372

6,54

8

8

0

8

8

0

Junho

240

360

0,70

240

360

2,1

240

360

0,46

240

360

5

240

360

6,55

8

8

0

8

8

0

Julho

240

372

0,70

240

372

2,1

240

372

0,46

240

372

5

240

372

6,55

8

8

0

8

8

0

Agosto

240

372

0,80

240

372

2,2

240

372

0,50

240

372

5

240

372

6,65

8

8

0

8

8

0

Setem bro

240

360

0,70

240

360

2,2

240

360

0,30

240

360

5

240

360

6,63

8

8

0

8

8

0

Outubro

240

372

0,70

240

372

2,2

240

372

0,39

240

372

5

240

372

6,58

8

8

0

8

8

0

Novem bro

240

360

0,70

240

360

2,2

240

360

0,41

240

360

5

240

360

6,52

8

8

0

8

8

0

Dezem bro

240

372

0,70

240

372

2,2

240

372

0,44

240

372

5

240

372

6,43

8

8

0

8

8

0

VMP

1,5

Fonte: Água das Agulhas Negras

0,2 < Cl < 5,0

tur < 5,00

cor < 15

6,0< pH < 9,5

0 em 95%

0

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

78

A concessionaria realizou investimentos na ETA Toyota na sua reforma, cercamento, pavimentação, impermeabilização, novas bombas, painéis elétricos,

equipamentos,

automação, tanques de produtos químicos, implantação de gerador, melhorias na captação de água bruta, novo laboratório e vestiário. Por último, a ETA 31 de Março é responsável pelo tratamento das águas captadas no córrego Cruz das Almas, afluente do rio Paraíba do Sul e situa-se nas coordenadas geográficas: Latitude – 22° 28’ 26,20” Sul e Longitude – 44° 26’ 36,15” Oeste, a 430 metros de altitude. Trata-se de uma ETA do tipo convencional de um único módulo. Opera 23 horas por dia com vazão média de 45 L/s e uma capacidade instalada de 60 L/s. Logo, também possui uma capacidade de aumento de produção sem necessidade de investimentos de curto prazo. Possui as seguintes unidades: mistura rápida, floculador, decantador, dois filtros, desinfecção e fluoretação. O acesso a ETA 31 de Março apresenta boas condições sendo a área cercada (Figura 17) e possui placa identificando o local. A ETA está com o processo de licenciamento ambiental em andamento. Foi informado que o decantador é limpo uma vez por semana e a lavagem dos filtros ocorre três vezes ao dia. O material filtrante da unidade de filtração está sendo reposto ou substituído de acordo com as orientações técnicas do projeto. O lodo resultante do processo de decantação e da água de lavagem dos filtros é descartado no rio, porém, a concessionária conta com projeto para tratamento do lodo produzido pela unidade, bem como de retorno da água de lavagem dos filtros. Em campo verificou-se que as condições de higiene e limpeza da casa de química eram adequadas. Existe almoxarifado apropriado para o acondicionamento dos produtos químicos, todos com registro no Ministério da Saúde e dentro dos prazos de validade. Os tanques de dosagem de produtos químicos encontravam-se em boas condições, com bomba dosadora. A ETA possui laboratório próprio, porém, conforme informado, as amostragens de água são realizadas no Laboratório Central que possui equipamentos para exames bacteriológicos e atende todas as ETAs do sistema Central. O laboratório da ETA 31 de Março (Figura 18) possui boas condições de organização e limpeza, além dos seguintes equipamentos: turbidímetro, colorímetro, pHmetro e aparelho de jar-test; todos em bom estado de conservação. A ordem de grandeza dos discos colorimétricos é suficiente para executar ensaios e existem armários para guardar reagentes e vidrarias.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

Figura 17 – Visão da entrada - ETA 31 de Março.

Fonte: Vallenge (10/01/2013)

79

Figura 18 – Laboratório - ETA 31 de Março.

Fonte: Vallenge (10/01/2013)

O prestador do serviço realiza controle e monitoramento de cianobactérias e demais análises trimestrais e semestrais preconizadas pela Portaria 2.914/2011 do Ministério da Saúde com envio mensal a Agência de Saneamento Básico do Município de Resende. No Quadro 23 encontra-se o relatório anual da ETA 31 de Março do ano de 2012.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

80

Quadro 23 – Relatório anual de 2012 da ETA 31 de Março.

Média Mensais

A ná lis e s P re v is t a s

Análises Realizadas

R e s ult a do s M e ns a is

Análises Previstas

A ná lis e s R e a liza da s

Resultados Mensais

A ná lis e s P re v is t a s

Análises Realizadas

M é dia M e ns a is

Análises Previstas

A ná lis e s R e a liza da s

Média Mensais

CF NMP/100ml

A ná lis e s R e a liza da s

CT NMP/100 ml

Análises Previstas

pH Sorensen

M é dia M e ns a is

mg Pt Co/l

Análises Realizadas

NTU

A ná lis e s P re v is t a s

mg/l

Média Mensais

Cloro

mg/l A ná lis e s R e a liza da s

Flúor

Análises Previstas

2012

ETA 31 de Março Turbidez Cor

Janeiro

300

372

0,90

300

372

2,5

300

372

1,29

300

372

8

300

372

6,39

8

8

0

8

8

0

Fevereiro

300

360

0,90

360

360

2,5

360

360

1,63

360

360

8

360

360

6,48

8

8

0

8

8

0

Março

300

372

0,90

360

372

2,5

360

372

1,74

360

372

9

360

372

6,41

8

8

0

8

8

0

Abril

300

360

0,80

360

360

2,5

360

360

1,07

360

360

6

360

360

6,42

8

8

0

8

8

0

Maio

300

372

0,90

300

372

2,4

300

372

1,90

300

372

10

300

372

6,40

8

8

0

8

8

0

Junho

300

360

0,80

300

360

2,5

300

360

2,14

300

360

10

300

360

6,44

8

8

0

8

8

0

Julho

300

372

0,80

360

372

2,5

360

372

2,10

360

372

10

360

372

6,45

8

8

0

8

8

0

Agosto

300

372

0,80

360

372

2,2

360

372

1,59

360

372

9

360

372

6,34

8

8

0

8

8

0

Setem bro

300

360

0,80

300

360

2,0

300

360

1,60

300

360

9

300

360

6,42

8

8

0

8

8

0

Outubro

300

372

0,70

300

372

2,3

300

372

1,58

300

372

8

300

372

6,28

8

8

0

8

8

0

Novem bro

300

360

0,90

300

360

2,4

300

360

2,09

300

360

9

300

360

6,36

8

8

0

8

8

0

Dezem bro

300

372

0,80

300

372

2,1

300

372

1,99

300

372

9

372

372

6,57

8

8

0

8

8

0

VMP

1,5

Fonte: Água das Agulhas Negras

0,2 < Cl < 5,0

tur < 5,00

cor < 15

6,0< pH < 9,5

0 em 95%

0

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

81

A concessionaria realizou vários investimentos na ETA 31 de Março como reforma, novo guarda corpo, impermeabilização, novas bombas, painéis elétricos, filtros, equipamentos, automação, tanques de produtos químicos, novo laboratório, banheiro e vestiário. 

Reservação O Sistema Central conta com oito unidades para reservação de água tratada com um

volume igual a 8.430 m³. As principais características das unidades de reservação são apresentadas no Quadro 24. Quadro 24 – Principais características das unidades de reservação – Sistema Central Distrito/Bairro

Tipo

Material

Capacidade (m³)

Abastecido por:

ETA Toyota

Jardim Toyota

Enterrado

Concreto

300

ETA Toyota

Morrão Anexo a ETA Alegria Cidade Alegria Castelo Reservatório Nova Liberdade Anexo a ETA 31 de Março Anexo a Nova Liberdade Reservatório do Macuco

Jardim Toyota

Semi-Enterrado

Concreto

1.800

ETA Toyota

Itapuca

Apoiado

Concreto

1.000

ETA Alegria

Itapuca

Elevado

Concreto

280

Itapuca

Apoiado

Aço

3.000

Morro do Querosene

Apoiado

Concreto

500

ETA 31 de Março

Nova Liberdade

Apoiado

Concreto

650

ETA Nova Liberdade

Cabral

Semi-Enterrado

Concreto

900

ETA Nova Liberdade

8.430

-

Reservatório

TOTAL

Reservatório anexo a ETA Alegria Reservatório anexo a ETA Alegria

Fonte Vallenge, 2013

Os reservatórios são dotados de tubulação de ventilação, tubo extravasor e tubo de descarga de fundo. Possuem tampas de inspeção, medidor de nível, sistema de controle de vazão em sua saída (macromedidor), para-raios, sinalização noturna e controle automatizado. Durante o levantamento de campo, foi apurado que as condições de conservação dos reservatórios são boas. Segundo informado, não ocorrem extravasamentos e as limpezas e desinfecções são realizadas uma vez ao ano. Não foram mencionados problemas de falta d’água na rede que seriam causados por insuficiência de volume reservado ou baixa pressão por causa da altura insuficiente dos reservatórios. Também não há rodízio de água ou racionamento. 

Estação Elevatória de Água Tratada Em campo constatou-se que o Sistema Central conta com quatro Estações Elevatórias

de Água Tratada (EEAT), responsáveis pelo recalque das águas para os reservatórios. As EEAT operam 24 horas por dia e encontram-se em bom estado de conservação.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ



82

Distribuição A rede de distribuição do Sistema Central conta com o cadastro das suas tubulações e

válvulas ou registros, o que facilita a avaliação precisa do seu funcionamento, junto com seus 95% de índice de hidrometração. Foi informado que a rede é de ferro fundido, PEAD e PVC, mas não existe registro sobre a sua idade principalmente na parte mais antiga da cidade. Já o diâmetro varia entre 50 a 300 mm, em 397.374 m de rede, conforme informação da operadora. A pressão dinâmica entre 22 e 50 mca. Foram detectados 219 vazamentos em 2012. A rede atende os seguintes bairros e localidades: Cidade Alegria, Vila Santa Isabel, Bairro Elite, Vila Hulda, Itapuca, Alegria Velha, Baixada da Olaria, Morada da Felicidade, Jardim Alegria, Campo de Aviação, Morada da Colina, Nova Alegria, Vila Julieta, Alvorada, Manejo, Liberdade, Nova Liberdade, Santa Cecília, Jardim Jalisco, Barbosa Lima, Centro, Campos Elíseos, Bairro Comercial, Jardim Tropical, Montese I e II, Morada do Castelo, Monet, Condomínio Limeira, Morada da Colina I, Vila Elizabete e Jardim Toyota I e II, Jardim Primavera I, II e III, Jardim Alegre, Jardim Beira Rio, Vila Isabel, Boa Vista I e II, Morada do Contorno, Morada da Colina II, Mirante da Serra, Morada das Agulhas, Morada da Montanha, Morada do Bosque, Casa da Lua, Lavapés, Vila Adelaide, Jardim Brasília I e II, Vila Moderna, Centro II, Alto dos Passos, Santo Amaro, Vicentina, Surubi Velho, Alto Surubi, Novo Surubi, Morro do Batista, Vila Verde e Parque Ipiranga.

4.1.2. Sistema Fazenda da Barra

O Sistema Fazenda da Barra, operado pela CAAN, abastece os seguintes bairros de Resende: Fazenda da Barra, Maria Cândida, Parque Embaixador, Campo Belo, Morada da Barra, Granja Minas Gerais, Jardim Esperança e Jardim do Sol (Figura 19). 

Manancial A população atendida pelo Sistema Fazenda da Barra tem sua água derivada do

manancial superficial, o Rio Pirapitinga, afluente do rio Paraíba do Sul.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

Figura 19 – Esquema do Abastecimento de Água do Sistema Fazenda da Barra

Fonte: Vallenge, 2013

83

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ



84

Captação A captação do Sistema Fazenda da Barra é realizada no rio Pirapitinga nas coordenadas

geográficas: Latitude – 22° 26’ 35,0” Sul e Longitude – 44° 24’ 03,8” Oeste. A capacidade nominal é de 55 L/s. As instalações estão em ótimo estado de conservação. 

Estação Elevatória de Água Bruta O Sistema Fazenda da Barra possui uma EEAB responsável por direcionar a água

captada do Rio Pirapitinga para a ETA Fazenda da Barra. A captação conta com duas bombas submersas de 40 CV de potência acopladas sobre flutuador para acompanhar a variação de nível, com crivo e tubulação de 200 mm. A outorga encontra-se em processo junto ao INEA. 

Adução O Sistema Fazenda da Barra conta com linha de adução, que conduz por recalque, em

tubulação de PEAD e PVC defofo com extensão de 710 m, sendo duas linhas, uma de 180 mm e outra de 200 mm de diâmetro nominal. 

Tratamento A ETA Fazenda da Barra (Figura 20 e 21) é responsável pelo tratamento das águas

captadas no Rio Pirapitinga e situa-se nas coordenadas geográficas: Latitude – 22º26’52,00 S e Longitude – 44º23’’50,59’ O, a 412 metros de altitude. Figura 20 – ETA Fazenda da Barra

Fonte: Vallenge (10/01/2013)

Figura 21 – Unidades de tratamento

Fonte: Vallenge (10/01/2013)

Trata-se de uma ETA do tipo convencional, que possui as seguintes unidades: mistura rápida, floculador, três decantadores, quatro filtros tipo de pressão de duplo sentido,

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

85

desinfecção, fluoretação, tratamento do lodo gerado e tratamento de lavagem dos filtros. Opera 24 horas por dia com vazão média de 40 L/s e capacidade instalada igual a 55 L/s. O acesso a ETA Fazenda da Barra apresenta boas condições sendo a área cercada. A ETA se encontra licenciada, com placa identificando o local. Os decantadores são limpos uma vez por semana, sendo o lodo resultante do processo de decantação e da água de lavagens dos filtros descartado no rio, porém, a concessionária conta com projeto para tratamento do lodo produzido pela unidade. Em campo verificou-se que as condições de higiene e limpeza da casa de química eram adequadas. Existe almoxarifado apropriado para o acondicionamento dos produtos químicos, todos com registro no Ministério da Saúde e dentro dos prazos de validade. Os tanques, para dosagem de produtos químicos, encontram-se em boas condições, com bomba dosadora. A cloração é realizada por hipoclorito de sódio, em ambiente controlado e adequado. A ETA possui laboratório próprio, porém, conforme informado, as amostragens de água são realizadas no Laboratório Central, que possui equipamentos para exames bacteriológicos, e atende todas as ETAs. O laboratório da ETA Fazenda da Barra possui boas condições de organização e limpeza, além dos seguintes equipamentos: turbidímetro, colorímetro, pHmetro; todos em bom estado de conservação. A ordem de grandeza dos discos colorimétricos é suficiente para executar ensaios e existem armários para guardar reagentes e vidrarias. O prestador do serviço (Água das Agulhas Negras S/A) realiza controle e monitoramento de cianobactérias e demais análises trimestrais e semestrais preconizadas pela Portaria 2.914/2011 do Ministério da Saúde com envio mensal a Agência de Saneamento Básico do Município de Resende. No Quadro 25, a seguir, encontra-se o relatório anual da ETA Fazenda da Barra do ano de 2012. A concessionaria realizou investimentos na ETA Fazenda da Barra ampliando a capacidade de tratamento de 30 L/s para 55 L/s com a implantação de novo filtro e decantador, impermeabilização, novas bombas, painéis elétricos, equipamentos, automação, tanques de produtos químicos, melhorias na captação de água bruta, pavimentação, paisagismo, cerca, novo laboratório, banheiro e vestiário.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

86

Quadro 25 – Relatório anual de 2012 da ETA Fazenda da Barra

Média Mensais

A ná lis e s P re v is t a s

Análises Realizadas

R e s ult a do s M e ns a is

Análises Previstas

A ná lis e s R e a liza da s

Resultados Mensais

A ná lis e s P re v is t a s

Análises Realizadas

M é dia M e ns a is

Análises Previstas

A ná lis e s R e a liza da s

Média Mensais

CF NMP/100ml

A ná lis e s R e a liza da s

CT NMP/100 ml

Análises Previstas

pH Sorensen

M é dia M e ns a is

mg Pt Co/l

Análises Realizadas

NTU

A ná lis e s P re v is t a s

mg/l

Média Mensais

Cloro

mg/l A ná lis e s R e a liza da s

Flúor Análises Previstas

2012

ETA Fazenda da Barra Turbidez Cor

Janeiro

360

372

0,80

360

372

2,5

360

372

0,92

360

372

8

360

372

7,14

8

8

0

8

8

0

Fevereiro

360

360

0,80

360

360

2,3

360

360

0,94

360

360

7

360

360

7,03

8

8

0

8

8

0

Março

360

372

0,80

360

372

2,1

360

372

1,00

360

372

8

360

372

7,03

8

8

0

8

8

0

Abril

360

360

0,80

360

360

2,1

360

360

1,14

360

360

9

360

360

7,02

8

8

0

8

8

0

Maio

360

372

0,80

360

372

2,1

360

372

1,27

360

372

9

360

372

7,01

8

8

0

8

8

0

Junho

360

360

0,80

360

360

2,1

360

360

1,01

360

360

7

360

360

6,97

8

8

0

8

8

0

Julho

360

372

0,80

360

372

2,1

360

372

1,00

360

372

7

360

372

6,95

8

8

0

8

8

0

Agosto

360

372

0,80

360

372

2,1

360

372

0,56

360

372

5

360

372

6,98

8

8

0

8

8

0

Setem bro

360

360

0,80

360

360

2,0

360

360

0,67

360

360

6

360

360

6,99

8

8

0

8

8

0

Outubro

360

372

0,80

360

372

2,0

360

372

0,87

360

372

7

360

372

6,96

8

8

0

8

8

0

Novem bro

360

360

0,80

360

360

2,0

360

360

1,59

360

360

9

360

360

6,97

8

8

0

8

8

0

Dezem bro

360

372

0,70

360

372

2,10

360

372

1,60

360

372

8

360

372

6,99

8

8

0

8

8

0

VMP

1,5

Fonte: Água das Agulhas Negras

0,2 < Cl < 5,0

tur < 5,00

cor < 15

6,0< pH < 9,5

0 em 95%

0

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ



87

Estação Elevatória de Água Tratada Em visita de campo verificou-se que no Sistema Fazenda da Barra existe uma EEAT

anexa à ETA que está em bom estado de conservação e com suas caixas de passagem tapadas adequadamente. A EEAT possui duas bombas de 80 HP com capacidade de 55 L/s. Permite livre circulação de ar, de operadores e com iluminação para eventuais trabalhos noturnos, seu quadro de força está em boas condições. A EEAT possui horímetro e bomba reserva. 

Reservação O Sistema Fazenda da Barra conta com uma unidade para reservação de água tratada

com um volume total igual a 135 m³. As principais características dessa unidade são apresentadas no Quadro 26. Quadro 26 – Principais características da unidade de reservação. Identificação

Distrito/Bairro

Reservatório ETA Fazenda da Barra

Barra

Coordenada Geográfica Latitude

Longitude

22°26'52.00"S 44°23'50.59"O

Altitude Material 412

Aço

Capacidade (m³) 135

Fonte Vallenge, 2013



Distribuição O Sistema Fazenda da Barra, conta com cadastro das suas unidades e válvulas, o que

facilita a avaliação do seu funcionamento, junto com seus 98% de índice de hidrometração. Foi informado que a rede é de PEAD e PVC, mas não existe registro sobre a sua idade, já o diâmetro varia entre 50 a 150 mm, com a pressão dinâmica entre 22 e 50 mca, em 39.540 m de rede. Foram detectados 24 vazamentos em 2012. A rede atende os seguintes bairros e localidades: Fazenda da Barra I, II e III, Maria Cândida, Parque Embaixador, Campo Belo, Morada da Barra, Granja Minas Gerais, Jardim Esperança e Jardim do Sol.

4.1.3. Sistema São Caetano

O Sistema São Caetano, operado pela CAAN, abastece os seguintes bairros de Resende: São Caetano e COHAB (Figura 22).

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

88

Figura 22 – Esquema do Abastecimento de Água do Sistema São Caetano.

Fonte: Vallenge, 2013

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ



89

Manancial A população atendida pelo Sistema São Caetano é abastecida por manancial

superficial, o Rio Paraíba do Sul. 

Captação A captação do Sistema São Caetano é no rio Paraíba do Sul nas coordenadas

geográficas: Latitude – 22° 27’ 51,8” Sul e Longitude – 44° 29’ 00,6” Oeste. A capacidade nominal da captação é de 15 L/s. As instalações estão em ótimo estado de conservação. A captação conta com uma bomba submersa de 8 CV de potência acoplada sobre flutuador, com crivo e tubulação de 100 mm. A captação já se encontra outorgada junto a ANA. 

Adução O Sistema São Caetano conta com uma linha de adução por recalque, por meio de

tubulação em ferro fundido com extensão de 23 metros e diâmetro de 150 mm. As águas captadas no rio Paraíba do Sul são aduzidas até a ETA São Caetano. 

Tratamento A ETA São Caetano (Figuras 23 e 24) é responsável pelo tratamento das águas

captadas no Rio Paraíba do Sul e situa-se à margem da Rodovia Presidente Dutra, km 308,5 nas coordenadas geográficas: Latitude – 22º27’51,82 S e Longitude – 44º28’’40,19’ O, a 400 metros de altitude. Figura 23 – Vista da ETA São Caetano

Fonte: Vallenge (10/01/2013)

Figura 24 – Unidade de tratamento

Fonte: Vallenge (10/01/2013)

Trata-se de uma ETA do tipo convencional que possui as seguintes unidades: mistura rápida, floculador, decantador, filtro, desinfecção, fluoretação. Opera 18 horas por dia com

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

90

vazão média de 9,0 L/s e capacidade instalada de 15 L/s. Também aqui é possível atender um aumento de demanda sem investimentos em curto prazo. O acesso à ETA São Caetano apresenta boas condições, placa identificando o local e área cercada. A ETA se encontra em processo de licenciamento ambiental. Foi informado que o decantador é limpo uma vez ao dia e o filtro é lavado três vezes ao dia. O material filtrante da unidade de filtração está sendo reposto ou substituído de acordo com as orientações técnicas do projeto. O lodo residual do processo de decantação e da lavagem dos filtros é descartado no rio, mas já existe projeto do sistema tratamento dos lodos em andamento. A ETA possui laboratório próprio (Figura 25), porém, conforme informado, as amostragens de água são realizadas no Laboratório Central que possui equipamentos para exames bacteriológicos. Atende todas as ETAs. O laboratório da ETA São Caetano possui boas condições de organização e limpeza, além dos seguintes equipamentos: turbidímetro, colorímetro, pHmetro, aparelho de jar-test; todos em bom estado de conservação. A ordem de grandeza dos discos colorimétricos é suficiente para executar ensaios e existem armários para guardar reagentes e vidrarias. Figura 25 – Vista 01 - ETA São Caetano

Fonte: Vallenge (10/01/2013)

O prestador do serviço CAAN realiza controle e monitoramento de cianobactérias e demais análises trimestrais e semestrais preconizadas pela Portaria 2.914 do Ministério da Saúde com envio mensal a Agência de Saneamento Básico do Município de Resende. No Quadro 27, a seguir, encontra-se o relatório anual da ETA São Caetano do ano de 2012. A concessionaria realizou vários investimentos na ETA São Caetano como reforma da ETA, novas bombas, painéis elétricos, equipamentos, automação, tanques de produtos químicos, melhorias na captação de água bruta, novo laboratório e vestiário.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

91

Quadro 27 – Relatório anual da ETA São Caetano

Média Mensais

A ná lis e s P re v is t a s

Análises Realizadas

R e s ult a do s M e ns a is

Análises Previstas

A ná lis e s R e a liza da s

Resultados Mensais

A ná lis e s P re v is t a s

Análises Realizadas

M é dia M e ns a is

Análises Previstas

A ná lis e s R e a liza da s

Média Mensais

CF NMP/100ml

A ná lis e s R e a liza da s

CT NMP/100 ml

Análises Previstas

pH Sorensen

M é dia M e ns a is

mg Pt Co/l

Análises Realizadas

NTU

A ná lis e s P re v is t a s

mg/l

Média Mensais

Cloro

mg/l A ná lis e s R e a liza da s

Flúor Análises Previstas

2012

ETA São Caetano Turbidez Cor

Janeiro

300

372

0,80

300

372

2,2

300

372

0,71

300

372

5

300

372

6,50

8

8

0

8

8

0

Fevereiro

300

336

0,70

300

336

1,8

300

336

0,79

300

336

6

300

336

6,49

8

8

0

8

8

0

Março

300

372

0,70

300

372

1,8

300

372

0,70

300

372

5

300

372

6,59

8

8

0

8

8

0

Abril

300

360

0,70

300

360

1,8

300

360

0,83

300

360

6

300

360

6,47

8

8

0

8

8

0

Maio

300

372

0,70

300

372

1,8

300

372

0,82

300

372

5

300

372

6,46

8

8

0

8

8

0

Junho

300

360

0,60

300

360

2,1

300

360

0,67

300

360

6

300

360

6,50

8

8

0

8

8

0

Julho

300

372

0,60

300

372

2,1

300

372

0,67

300

372

6

300

372

6,51

8

8

0

8

8

0

Agosto

300

372

0,80

300

372

1,9

300

372

0,56

300

372

5

300

372

6,53

8

8

0

8

8

0

Setem bro

300

360

0,70

300

360

2,0

300

360

0,47

300

360

5

300

360

6,71

8

8

0

8

8

0

Outubro

300

372

0,70

300

372

2,0

300

372

0,45

300

372

5

300

372

6,65

8

8

0

8

8

0

Novem bro

300

360

0,70

300

360

2,0

300

360

0,54

300

360

5

300

360

6,57

8

8

0

8

8

0

Dezem bro

300

372

0,70

300

372

2,10

300

372

0,32

300

372

4

300

372

6,54

8

8

0

8

8

0

VMP

1,5

Fonte: Água das Agulhas Negras Ltda.

0,2 < Cl < 5,0

tur < 5,00

cor < 15

6,0< pH < 9,5

0 em 95%

0

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ



92

Estação Elevatória de Água Tratada Em visita de campo verificou-se que no Sistema São Caetano existe uma EEAT anexa

à ETA que está em bom estado de conservação e com suas caixas de passagem tapadas adequadamente. A EEAT possui duas bombas de 30 CV com capacidade nominal de 15 L/s. A EEAT permite livre circulação de ar e de operadores; há iluminação para eventuais trabalhos noturnos e seu quadro de força está em boas condições. A EEAT possui horímetro e bomba reserva; conta com tecnologia de automação local e telemetria para monitoramento e controle de pressão. 

Reservação O Sistema São Caetano tem uma unidade para reservação de água tratada com um

volume total igual a 50 m³. As principais características dessa unidade são apresentadas no Quadro 28. Quadro 28 – Principais características da unidade de reservação. Identificação Reservatório ETA São Caetano

Coordenada Geográfica

Distrito/Bairro São Caetano

Latitude

Longitude

22°27'51.82"S

44°28'40.19"O

Altitude

Material

Capacidade (m³)

400

Aço

50

Fonte Vallenge, 2013



Distribuição A rede de distribuição no Sistema São Caetano possui cadastro das suas unidades e

válvulas, o que facilita a avaliação do seu funcionamento, embora não exista registro sobre a sua idade. Opera com 96% de índice de hidrometração. Foi informado que a rede é de PEAD e PVC, mas o diâmetro varia entre 50 a 100 mm. Já a pressão dinâmica varia entre 22 e 50 MCA. Foi detectado um vazamento em 2012.

4.1.4. Sistema Morada das Rosas

O Sistema Morada das Rosas, operado pela CAAN, abastece o bairro de mesmo nome (Figura 26).

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

Figura 26 – Esquema do Abastecimento de Água do Sistema Morada das Rosas

Fonte: Vallenge, 2013

93

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ



94

Manancial e captação A população atendida pelo Sistema Morada das Rosas é abastecida por manancial

subterrâneo. Trata-se de um poço tubular com aproximadamente 120 metros de profundidade, localizado nas coordenadas geográficas: Latitude – 22° 28’ 31,6” Sul e Longitude – 44° 23’ 02,1” Oeste. O poço opera por 12 horas diárias, sendo a capacidade instalada de 2 L/s. As instalações estão em ótimo estado de conservação. A captação conta com uma bomba de poço de 5 CV de potência, responsável pela sucção de água e também pelo transporte da água do poço Morada das Rosas para a reservação. A outorga encontra-se em processo junto ao INEA. 

Adução O Sistema Morada das Rosas conta com uma linha de adução em tubulação de aço

com extensão de 75 metros e diâmetro de 75 mm. 

Tratamento O sistema Morada das Rosas (Figuras 27 e 28) é responsável pelo fornecimento de

água captada no poço tubular profundo e situa-se nas coordenadas geográficas: Latitude – 22º28’31,50 S e Longitude – 44º23’’1,85’ O, a 409 metros de altitude. O poço possui uma vazão média de 0,3 L/s e conta com uma capacidade instalada de 2 L/s. Mais uma vez, é possível atender prontamente um aumento de demanda sem necessidade de investimentos. Figura 27 – Vista do Sistema Morada das Rosas

Fonte: Vallenge (21/03/2014)

Figura 28 – Acesso ao Sistema Morada das Rosas

Fonte: Vallenge (21/03/2014)

O tratamento de água para o bairro Morada das Rosas é realizado por meio de sistema constituído pelas etapas de filtração e desinfecção, com operação atual de 12 horas por dia.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

95

A filtração ocorre através do uso de filtros com zeólitos e, após essa etapa, adiciona-se hipoclorito de sódio num processo conhecido como desinfecção. O acesso ao filtro apresenta boas condições sendo a área cercada, com placa identificando o local. O filtro é lavado uma vez ao dia e as águas de descarga de fundo estão sendo dispostas em local adequado, apesar do pequeno volume. Em campo verificou-se que as condições de higiene e limpeza da casa de química eram adequadas. Existe almoxarifado apropriado para o acondicionamento dos produtos químicos, todos com registro no Ministério da Saúde e dentro dos prazos de validade. Os tanques de dosagem de produtos químicos encontram-se em boas condições, com bomba dosadora. A cloração é realizada por hipoclorito de sódio, em ambiente controlado e adequado. Deve-se notar que o prestador do serviço CAAN realiza controle e monitoramento de cianobactérias e demais análises trimestrais e semestrais preconizadas pela Portaria 2.914/2011 do Ministério da Saúde com envio mensal a Agência de Saneamento Básico do Município de Resende. Todas as amostras são enviadas para o Laboratório Central. No Quadro 29, a seguir, encontra-se o relatório anual do Sistema Morada das Rosas do ano de 2012.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

96

Quadro 29 – Relatório anual do Sistema Morada das Rosas

Análises Realizadas

R e s ult a do s M e ns a is

Análises Previstas

A ná lis e s R e a liza da s

Resultados Mensais

A ná lis e s P re v is t a s

Análises Realizadas

M é dia M e ns a is

Análises Previstas

A ná lis e s R e a liza da s

Média Mensais

Janeiro

-

-

-

30

30

1,1

30

30

1,62

30

30

4

30

30

6,53

8

8

0

8

8

0

Fevereiro

-

-

-

30

30

0,4

28

28

1,46

28

28

6

28

28

6,43

8

8

0

8

8

0

Março

-

-

-

30

30

0,4

30

30

0,93

30

30

3

30

30

6,34

8

8

0

8

8

0

Abril

-

-

-

30

30

0,5

30

30

0,69

30

30

6

30

30

6,52

8

8

0

8

8

0

Maio

-

-

-

30

30

0,5

30

30

0,92

30

30

3

30

30

6,39

8

8

0

8

8

0

Junho

-

-

-

30

30

0,8

30

30

0,87

30

30

5

30

30

6,68

8

8

0

8

8

0

Julho

-

-

-

30

30

0,8

30

30

0,88

30

30

5

30

30

6,67

8

8

0

8

8

0

Agosto

-

-

-

30

30

0,8

30

30

0,86

30

30

3

30

30

6,58

8

8

0

8

8

0

Setem bro

-

-

-

30

30

0,8

30

30

0,83

30

30

3

30

30

6,59

8

8

0

8

8

0

Outubro

-

-

-

30

30

1,0

30

30

0,99

30

30

1

30

30

6,99

8

8

0

8

8

0

Novem bro

-

-

-

30

30

1,4

30

30

1,13

30

30

3

30

30

6,82

8

8

0

8

8

0

Dezem bro

-

-

-

30

30

1,5

30

30

0,87

30

30

2

30

30

7,02

8

8

0

8

8

0

VMP

1,5

Análises Realizadas

A ná lis e s P re v is t a s

CF NMP/100ml

Média Mensais

CT NMP/100 ml

A ná lis e s R e a liza da s

pH Sorensen

Análises Previstas

mg Pt Co/l

M é dia M e ns a is

NTU

A ná lis e s P re v is t a s

mg/l

Média Mensais

Cloro

mg/l A ná lis e s R e a liza da s

Flúor Análises Previstas

2012

ETA Morada das Rosas Turbidez Cor

0,2 < Cl < 5,0

Fonte: Água das Agulhas Negras Ltda.

tur < 5,00

cor < 15

6,0< pH < 9,5

0 em 95%

0

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ



97

Reservação O Sistema Morada das Rosas conta com um reservatório de água tratada com um

volume total igual a 10 m³. As principais características dessa unidade são apresentadas no Quadro 30. Quadro 30 – Principais características da unidade de reservação. Identificação

Distrito/Bairro

Reservatório Morada das Rosas

Morada das Rosas

Coordenada Geográfica Latitude

Longitude

22°28'31.50"S

44°23'1.85"O

Altitude

Material

Capacidade (m³)

409

Aço

10

Fonte Vallenge, 2013



Distribuição A rede atende uma região de 50 casas, representando assim volumes de captação,

tratamento e distribuição pouco expressivos. Há o cadastro das suas unidades e válvulas, o que facilita a avaliação do seu funcionamento, junto com seus 98% de índice de hidrometração. Foi informado que a rede de 780 m é em PEAD e PVC, mas não existe registro sobre a sua idade, mas é recente, tendo em vista a ocupação. O diâmetro é de 50 mm, com a pressão dinâmica entre 10 e 18 mca. Foi detectado um vazamento em 2012.

4.1.5. Sistema Engenheiro Passos

O Sistema, operado pela concessionária CAAN, abastece o distrito de mesmo nome e os bairros COHAB e Vila Forte (Figura 29). 

Manancial O abastecimento de água do distrito Engenheiro Passos é suprido pelo córrego Água

Branca. Em visita a campo, verificou-se que o manancial superficial possui sinalização e identificação e está protegido. Quanto à qualidade do corpo d’água não se observou sinais de eutrofização.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

Figura 29 – Esquema do Abastecimento de Água do Sistema Engenheiro Passos

Fonte: Vallenge, 2013

98

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ



99

Captação A captação no Córrego Agua Branca é realizada a fio d’água com barragem de nível. A

vazão média captada é igual a 14 L/s, com capacidade instalada de 30 L/s e operação por 24 horas por dia. A água captada junto ao córrego, localizado em área de preservação, é aduzida por gravidade até a ETA Engenheiro Passos. As condições do local onde é feita a captação estão adequadas. Segundo informações da operadora, o local recebe manutenção periódica e não está sujeito a inundações, entretanto não está protegido do acesso de estranhos. A captação encontra-se com a solicitação de outorga em andamento junto ao órgão Estadual. 

Adução Há uma linha de adução que conduz por gravidade, em tubulação de ferro fundido com

extensão de 1.500 m e diâmetro nominal de 200 mm, o volume de água bruta captado. 

Tratamento Há uma ETA instalada e operando (Figuras 30 e 31) e é responsável pelo tratamento

das águas captadas no córrego Água Branca. Situa-se nas coordenadas geográficas: Latitude – 22º28”40,39’ S e Longitude – 44º39”31,14’ O, a 513 metros de altitude. O acesso apresenta boas condições, sendo a área cercada, com placa identificando o local. A ETA se encontra licenciada ambientalmente. Figura 30 – Acesso a ETA Engenheiro Passos

Fonte: Vallenge (10/01/2013)

Figura 31 – Vista da ETA Engenheiro Passos

Fonte: Vallenge (10/01/2013)

A ETA é do tipo floco-decantador com filtração sob pressão. Opera 24 horas por dia com uma vazão média de 14 L/s e capacidade instalada de 30 L/s. Possui registro e dispositivo

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ 100

para a quantificação das vazões produzidas. Divide-se nas seguintes unidades: desinfecção, fluoretação e dois floco-decantadores com dois filtros sob pressão. Os floco-decantadores são limpos uma vez por mês, sendo o lodo resultante do processo de tratamento descartado diretamente no rio. Apurou-se que o projeto para tratamento do lodo está em andamento. Os filtros são lavados duas vezes ao dia. O material filtrante da unidade de filtração está sendo reposto ou substituído de acordo com as orientações técnicas do projeto. Em campo verificou-se que as condições de higiene e limpeza da casa de química são adequadas. Existe almoxarifado apropriado para o acondicionamento dos produtos químicos, todos com registro no Ministério da Saúde e dentro dos prazos de validade. Os tanques de dosagem de produtos químicos encontravam-se em boas condições, com bomba dosadora. A cloração é realizada por hipoclorito de sódio, em ambiente controlado e adequado. A ETA possui laboratório próprio, porém, conforme informado, as amostragens de água são realizadas no Laboratório Central que possui equipamentos para exames bacteriológicos e atende todas as ETAs. O laboratório da ETA Engenheiro Passos possui boas condições de organização e limpeza, além dos seguintes equipamentos: turbidímetro, colorímetro e pHmetro. Todos em bom estado de conservação. A ordem de grandeza dos discos colorimétricos é suficiente para executar os ensaios e existem armários para guardar reagentes e vidrarias. O prestador do serviço (Água das Agulhas Negras S/A) realiza controle e monitoramento de cianobactérias e demais análises trimestrais e semestrais preconizadas pela Portaria 2.914/2011 do Ministério da Saúde com envio mensal a Agência de Saneamento Básico do Município de Resende. No Quadro 31, a seguir, encontra-se o relatório anual da ETA Engenheiro Passos do ano de 2012. A concessionária realizou investimentos na ETA Engenheiro Passos, ampliando a capacidade de tratamento com a implantação de floco-decantador, novas bombas, painéis elétricos, equipamentos, automação, tanques de produtos químicos, melhorias na captação de água bruta, implantação de gerador, novo laboratório, banheiro e vestiário. Também é possível atender uma demanda maior sem investimentos em curto prazo.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

101

Quadro 31 – Relatório anual de 2012 da ETA Engenheiro de Passos

Média Mensais

A ná lis e s P re v is t a s

Análises Realizadas

R e s ult a do s M e ns a is

Análises Previstas

A ná lis e s R e a liza da s

Resultados Mensais

A ná lis e s P re v is t a s

Análises Realizadas

M é dia M e ns a is

Análises Previstas

A ná lis e s R e a liza da s

Média Mensais

CF NMP/100ml

A ná lis e s R e a liza da s

CT NMP/100 ml

Análises Previstas

pH Sorensen

M é dia M e ns a is

mg Pt Co/l

Análises Realizadas

NTU

A ná lis e s P re v is t a s

mg/l

Média Mensais

Cloro

mg/l A ná lis e s R e a liza da s

Flúor Análises Previstas

2012

ETA Engenheiro Passos Turbidez Cor

Janeiro

360

372

0,80

360

372

2,1

360

372

1,18

360

372

3

360

372

6,90

8

8

0

8

8

0

Fevereiro

360

360

0,80

360

360

2,1

360

360

0,82

360

360

3

360

360

6,89

8

8

0

8

8

0

Março

360

372

0,80

360

372

2,1

360

372

0,88

360

372

3

360

372

6,88

8

8

0

8

8

0

Abril

360

360

0,80

360

360

2,1

360

360

1,04

360

360

4

360

360

6,88

8

8

0

8

8

0

Maio

360

372

0,80

360

372

2,1

360

372

0,67

360

372

3

360

372

6,89

8

8

0

8

8

0

Junho

360

360

0,80

360

360

2,1

360

360

0,71

360

360

3

360

360

6,90

8

8

0

8

8

0

Julho

360

372

0,80

360

372

2,1

360

372

0,70

360

372

3

360

372

6,87

8

8

0

8

8

0

Agosto

360

372

0,80

360

372

2,1

360

372

0,52

360

372

3

360

372

6,85

8

8

0

8

8

0

Setem bro

360

360

0,80

360

360

2,1

360

360

0,60

360

360

3

360

360

6,86

8

8

0

8

8

0

Outubro

360

372

0,80

360

372

2,0

360

372

0,65

360

372

3

360

372

6,86

8

8

0

8

8

0

Novem bro

360

360

0,80

360

360

2,0

360

360

0,92

360

360

4

360

360

6,90

8

8

0

8

8

0

Dezem bro

360

372

0,80

360

372

2,10

360

372

0,85

360

372

4

360

372

6,98

8

8

0

8

8

0

VMP

1,5

Fonte: Água das Agulhas Negras

0,2 < Cl < 5,0

tur < 5,00

cor < 15

6,0< pH < 9,5

0 em 95%

0

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102

Estação Elevatória de Água Tratada Em visita a campo verificou-se que no Sistema Engenheiro Passos existe uma EEAT

anexa à ETA que está em bom estado de conservação. As suas caixas de passagem estão tampadas adequadamente. A EEAT permite livre circulação de ar, de operadores e possui iluminação para eventuais trabalhos noturnos. Seu quadro de força está em boas condições. A EEAT possui horímetro e bomba reserva. 

Reservação O Sistema Engenheiro Passos possui duas unidades para reservação de água tratada

com um volume total igual a 325 m³. As principais características são apresentadas no Quadro 32. Quadro 32 – Principais características das unidades de reservação Identificação Reservatório COHAB Reservatório Eng. Passos

Distrito/Bairro

Coordenada Geográfica

Altitude

Material

Capacidade (m³)

44° 40' 28,27" O

475 m

Concreto

225 m³

44° 40' 33,90" O

502 m

Concreto

100 m³

Latitude

Longitude

COHAB

22° 29' 52,27" S

Centro Velho

22° 30' 33,90" S

Fonte Vallenge, 2013

Os reservatórios são dotados de tubulação de ventilação, tubo extravasor e tubo de descarga de fundo. Existe macromedidor para água tratada, tampas de inspeção, medidores de nível, para-raios, sinalização noturna e controle automatizado. Durante a vistoria, verificou-se que as condições de conservação do reservatório são boas. Segundo informado em campo, não ocorrem extravasamentos e as limpezas e desinfecções são realizadas uma vez ao ano. 

Distribuição A rede de distribuição do Sistema Engenheiro Passos tem cadastro das suas unidades

e válvulas, o que facilita a avaliação do seu funcionamento, junto com seus 80% de índice de hidrometração. A rede de 11.322 m é em ferro fundido e PVC, mas não existe registro sobre a sua idade. Já o diâmetro varia entre 25 a 200 mm, com a pressão dinâmica entre 22 e 50 mca. Foram detectados 7 vazamentos em 2012. A rede atende os seguintes bairros e localidades: Engenheiro Passos, COHAB e Vila Forte.

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103

4.1.6. Sistema da localidade de Pedra Selada

O sistema de abastecimento de água do distrito Pedra Selada é apresentado de forma esquemática na Figura 34. É operado pela prefeitura. A localidade de Pedra Selada ou Vargem Grande, como é popularmente conhecido, é abastecido por nascente, em curso d’água sem denominação, pertencente à bacia hidrográfica do Médio Paraíba do Sul. A água captada é direcionada por gravidade em tubulação de PVC até uma unidade de filtração e reservação, seguindo então para a rede de distribuição, também por gravidade. Não é realizada a desinfecção da água. O sistema conta com uma unidade para reservação de água tratada do tipo apoiada, em concreto e com volume igual a 10 m³. As condições verificadas na unidade de filtração e reservação (Figura 32) conduzem a hipótese de que esse sistema não possui operador ou qualquer outro funcionário responsável pela manutenção ou vigilância. Como pode ser observado na Figura 33, o reservatório possui tanque para adição de agente desinfetante, porém, segundo informações do representante municipal, não se encontra em operação. Figura 32 –Sistema de filtração e reservação do distrito de Pedra Selada

Fonte: Vallenge (20/07/2013)

Figura 33 – Vista do tanque para adição de agente desinfetante

Fonte: Vallenge (20/07/2013)

A rede de distribuição do Sistema Pedra Selada não conta com o cadastro das suas unidades, o que dificulta a avaliação precisa do seu funcionamento. A rede é de PVC e que não existe registro sobre a sua idade. Não foi informado a sua extensão e seu diâmetro. A rede atende todo o distrito de Pedra Selada, mas não há hidrômetros.

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Figura 34 – Esquema do sistema de abastecimento de água do distrito de Pedra Selada

Fonte: Vallenge, 2013

104

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105

4.1.7. Sistema do distrito de Fumaça

O Distrito de Fumaça é abastecido por nascente, em curso d’água sem denominação, e, pertencente a bacia hidrográfica do Médio Paraíba do Sul. A água captada é direcionada por gravidade em tubulação de PVC até uma unidade de reservação, seguindo então para a rede de distribuição, também por gravidade. Não existe sistema de tratamento nem é realizada a desinfecção da água. O distrito conta com uma unidade para reservação de água em concreto, do tipo apoiada e com volume igual a 36 m³. No local onde se encontra implantado o reservatório é possível visualizar os domicílios que constituem o núcleo urbano a ser abastecido (Figuras 35 e 36). O sistema de abastecimento de água do distrito de Fumaça é apresentado de forma esquemática na Figura 37. É operado pela prefeitura. Figura 35 – Vista do núcleo urbano do distrito de Fumaça

Fonte: Vallenge (20/07/2013)

Figura 36 – Reservatório do distrito de Fumaça

Fonte: Vallenge (20/07/2013)

A rede de distribuição do Sistema de Fumaça não tem cadastro das suas unidades e válvulas, o que dificulta a avaliação do seu funcionamento. A rede é de PVC, mas não existe registro sobre a sua idade, não foi informado a sua extensão e seu diâmetro. A rede atende todo o distrito de Fumaça.

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Figura 37 – Esquema do sistema de abastecimento de água do distrito de Fumaça

Fonte: Vallege, 2013

106

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107

4.1.8. Sistema das Localidades

Como informado anteriormente, além dos distritos institucionalmente consolidados, isto é, distrito sede, Agulhas Negras, Engenheiro Passos, Fumaça e Pedra Selada, o município de Resende possui ainda localidades dispersas ao longo dos seus domínios, sendo: Bagagem, Campo Alegre, Capelinha, Lote-10, Rio Preto, Serrinha e Visconde de Mauá. O sistema de abastecimento de água das localidades é apresentado de forma esquemática na Figura 40. 

Bagagem A localidade de Bagagem é caracterizada pelo predomínio de propriedades rurais,

dispostas de forma irregular, não uniforme, diferentemente dos loteamentos verificados em núcleos urbanos já consolidados. Segundo informações do representante municipal, o abastecimento de água na localidade é realizado a partir de duas nascentes. Esses mananciais direcionam a água por gravidade diretamente a rede de distribuição, desprovida de qualquer tipo de tratamento. As Figuras 38 e 39 apresentam os locais onde estão situadas as nascentes responsáveis por abastecer Bagagem. O sistema é operado pela prefeitura e não há informações das suas unidades. Figura 38 – Área dos mananciais de Bagagem

Fonte: Vallenge (20/07/2013)

Figura 39 – Vista do manancial de Bagagem

Fonte: Vallenge (20/07/2013)

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Figura 40 – Esquema dos sistemas de abastecimento de água das localidades

Fonte: Vallenge, 2013

108

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109

Campo Alegre A localidade de Campo Alegre é caracterizada pelo predomínio de propriedades rurais,

ou seja, aquelas dispostas de forma irregular, diferentemente dos loteamentos verificados em núcleos urbanos já consolidados (Figura 41). Os domicílios instalaram-se às margens da estrada municipal que dá acesso ao povoado Visconde de Mauá. Segundo informações do representante municipal, o abastecimento de água em Campo Alegre é realizado a partir de nascente. A água captada é direcionada por gravidade diretamente à pequena unidade de reservação, composta por duas caixas apoiadas em fibra, com volume total de 10 m³ (Figura 42). Após a reservação a água é direcionada, também por gravidade, a rede de distribuição. Não existe qualquer tipo de tratamento. Não há cadastro e a operação é a encargo da prefeitura. Figura 41 – Vista da localidade de Campo Alegre

Fonte: Vallenge (20/07/2013)



Figura 42 – Vista das unidades de reservação

Fonte: Vallenge (20/07/2013)

Capelinha A localidade de Capelinha também é caracterizada pelo predomínio de propriedades

rurais e encontra-se a aproximadamente 20 km da sede de Resende. Segundo informações da operadora, o povoado possui aproximadamente 40 domicílios. O abastecimento de água em Capelinha é realizado a partir de nascente que direciona a água por gravidade a unidade de filtração e reservação. As Figuras 43 e 44 permitem visualizar que o filtro, atual unidade de tratamento da água para abastecimento público, encontra-se em condições desfavoráveis de manutenção e operação.

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Figura 43 – Filtro da localidade de Capelinha.

Fonte: Vallenge (20/07/2013)

110

Figura 44 – Detalhe da unidade de tratamento.

Fonte: Vallenge (20/07/2013)

A água, após o filtro, é direcionada a unidade de reservação do tipo enterrada, em concreto e com capacidade de armazenamento igual a 18 m³. Desse ponto a água segue por gravidade a rede de distribuição. Não é realizada a desinfecção. Não há cadastro e o sistema é mantido pela prefeitura. 

Rio Preto A localidade de Rio Preto é outra com predomínio de propriedades rurais, ou seja,

aquelas dispostas de forma irregular, não uniforme, diferentemente dos loteamentos verificados em núcleos urbanos já consolidados. Os domicílios instalaram-se às margens da estrada municipal (Figura 45) que dá acesso aos demais distritos de Resende, próximo às margens do Rio Preto, corpo hídrico que limita os Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Figura 45 – Localidade de Rio Preto

Fonte: Vallenge (20/07/2013)

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111

O abastecimento de água em Rio Preto é realizado a partir de nascente que direciona a água por gravidade à pequena unidade de reservação de 5 m³. A partir do reservatório, a água é direcionada aos domicílios por gravidade desprovida de qualquer tratamento. Não há cadastro e o sistema é mantido pela prefeitura. 

Serrinha O povoado de Serrinha do Alambari, conhecido popularmente como Serrinha, não

dispõe de núcleo urbano consolidado, ou seja, apresenta domicílios dispostos de forma irregular, não uniforme. Serrinha apresenta condições favoráveis de preservação de seu ecossistema, o que favorece sua vocação para o lazer (Figura 46). O abastecimento de água em Serrinha é realizado a partir de nascente que direciona a água por gravidade a pequena unidade reservação (Figura 47). Após acumulada no pequeno reservatório do tipo apoiado, constituído em concreto, com volume equivalente a 12 m³, a água segue por gravidade para o abastecimento público. Figura 46 – Localidade de Serrinha

Fonte: Vallenge (20/07/2013)

Figura 47 – Unidade de reservação

Fonte: Vallenge (20/07/2013)

Entretanto, cabe ressaltar que, segundo informações do representante municipal, esse sistema de abastecimento é responsável por atender aproximadamente 15% dos domicílios de Serrinha. Isso ocorre pelo fato da maioria das propriedades do povoado possuir nascentes particularidades situadas em seus domínios. Não há cadastro e o sistema é mantido pela prefeitura. A localidade ainda é pouco adensada e as distâncias são grandes entre os lotes que, por sua vez, também são grandes. Dessa forma, é provável que a solução domiciliar, principalmente para esgotos sanitários, seja a mais adequada.

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112

Lote-10 Diferentemente das localidades descritas anteriormente, Lote-10 apresenta em sua

configuração aspectos urbanísticos mais bem definidos, incluído também a pavimentação asfáltica em algumas ruas (Figura 48). Essa localidade situa-se próxima à margem direita do Rio Preto. O abastecimento de água em Lote-10 é realizado a partir de nascente que direciona a água por gravidade a unidade de filtração e reservação (Figura 49). Segundo informações do representante municipal, o atual filtro responsável por tratar a água para abastecimento público encontra-se em condições operacionais insuficientes. Após a etapa de filtração, a água é direcionada ao reservatório apoiado, em concreto e com volume equivalente a 60 m³. Após a adição de agente desinfetante a água segue para distribuição. Não há cadastro e o sistema é mantido pela prefeitura. Figura 48 – Localidade Lote-10

Fonte: Vallenge (20/07/2013)



Figura 49 – Unidade de tratamento

Fonte: Vallenge (20/07/2013)

Visconde de Mauá A localidade de Visconde de Mauá apresenta em sua configuração aspectos

urbanísticos mais bem definidos, bem como pavimentação asfáltica parcial. A região onde se situa o povoado apresenta condições favoráveis de preservação de seu ecossistema, bem como cachoeiras e cursos d’água conservados, favorecendo sua vocação para o lazer. O turismo é a principal atividade econômica. Com distância aproximada de 36 km da sede de Resende, a localidade, segundo informações do representante municipal, possui população flutuante elevada em determinadas épocas do ano. O abastecimento de água em Visconde de Mauá é realizado a partir de nascente que direciona a água por gravidade à unidade de filtração e reservação (Figuras 50 e 51). A água filtrada é direcionada ao reservatório apoiado, em concreto com volume igual a 40 m³. Após a adição de agente desinfetante água segue para a rede de distribuição.

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Não há cadastro e o sistema é mantido pela prefeitura. Figura 50 – Unidade de filtração

Fonte: Vallenge (20/07/2013)

Figura 51 – Unidade de reservação

Fonte: Vallenge (20/07/2013)

4.1.9. Síntese dos sistemas visitados

No município de Resende distinguem-se duas áreas e respectivas formas de prestação de serviços: urbanas consolidadas e localidades urbano-rurais. Para as primeiras, o serviço de abastecimento de água funciona como um sistema público, operado por uma concessionária, a CAAN, ocorrendo um elevado nível de atendimento, estimado em 97%, hidrometração praticamente em todas as ligações, bem como capacidade de oferta de água superior a atual demanda. Além disso, cumpre-se o padrão de potabilidade. Como serviço organizado, a receita auferida pela prestação do serviço de abastecimento de água permite sua manutenção e operação dos ditames necessários. Já os sistemas das áreas urbanorurais, inclui-se Mauá, ainda são pouco organizados, índice de cobertura sem uma estimativa segura e não há hidrometração. Logo, não há receita para pagar o serviço, ocasionando problemas como a qualidade da água ofertada que não é monitorada conforme estabelece a portaria 2.914/11 do ministério da Saúde. Assim, este PMSB visa propor adiante tornar esses sistemas mais precários em efetivos, bem como, no que couber avançar a gestão e a operação os sistemas já estruturados da sede, Eng. Passos e demais operados pela CAAN. No mínimo, manter o atual nível de prestação desses serviços.

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114

4.2. SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

O sistema de esgotamento sanitário do município é setorizado em seis sistemas: Alegria, Contorno, Isaac Politi, Mauá e Monet que são integralmente operados pela CAAN, e o Sistema Servatis, resultante de uma parceria entre a concessionária e a empresa Servatis (Figura 52). Em anexo há uma planta mostrando o SES Central. Já a operação do sistema dos distritos de Fumaça, Engenheiro Passos e das localidades é de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Resende (Figura 53). No Quadro 33 apresentam-se os parâmetros médios no ano de 2013 dos efluentes tratados nas ETEs em operação do município de Resende, conforme dados obtidos através da CAAN. Pelos resultados fornecidos, os efluentes tratados vêm atendendo a resolução CONAMA nº. 357/2005. Quadro 33 – Dados de qualidade dos efluentes lançados no Rio Paraíba do Sul. PARÂMETROS MÉDIOS – 2013 ETE pH

Temp. (ºC)

Cond. (mS/cm)

Cl(mg/L)

RS (mL/L)

RNFT (mg/L)

OG (mg/L)

DBO (mg/L)

DQO (mg/L)

Alegria

6,7

21,0

685,1

32,7

0,3

16,8

7,5

30,8

49,4

Isaac Politi

6,7

20,9

401,4

20,8

0,2

22,4

8,8

31,0

60,6

Mauá

6,6

20,3

409,6

18,0

0,3

13,3

6,6

22,9

35,8

Monet

6,6

21,2

604,3

29,8

0,2

15,4

9,3

31,0

52,0

Contorno

6,8

20,7

573,9

11,9

0,1

13,4

15,9

19,1

27,8

Capelinha

6,7

20,7

498,7

23,8

0,3

17,5

7,7

28,3

48,6

Fonte: Concessionária Águas das Agulhas Negras, 2013

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Figura 52 – Esquema dos sistemas de esgotamento sanitário operados pela CAAN.

Fonte: Vallenge, 2013

115

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Figura 53 – Esquema dos sistemas de esgotamento sanitário operados pela Prefeitura Municipal

Fonte: Vallenge, 2013

116

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117

4.2.1. Sistema Alegria

O Sistema Alegria possui 100% de cobertura e trata todo o esgoto coletado nas 17.144 economias e 15.070 ligações atendidas. É operado pela CAAN. Seus detalhes técnicoconstrutivos são apresentados a seguir. 

Rede Coletora A rede coletora conta com o cadastro das suas unidades, o que facilita a avaliação do

seu funcionamento, mas não existe registro sobre a sua idade. Segundo informações da operadora, a tubulação é em PVC e manilha cerâmica, com diâmetro variando de 150 a 200 mm e extensão de 226.050 m. A rede coletora foi concebida no regime separador absoluto, onde a água pluvial e o esgoto escoam em tubulações distintas, mas há trechos que recebem contribuições trocadas, situação comum nos municípios brasileiros. Conforme dados disponibilizados, existem 3.229 poços de visita - PVs, o que facilita o acesso para a limpeza e inspeção do sistema. 

Coletor Tronco O coletor tronco do Sistema Alegria está operando desde julho de 2008 com diâmetros

de 200 a 300 mm. Possui extensão de 30.329 m, com 433 PVs, sendo a tubulação na parte de recalque e travessias em ferro fundido. O estado de conservação do coletor tronco é adequado. 

Estação Elevatória Em função do relevo plano, existem 20 Estações Elevatórias de Esgoto (EEE) em

operação. Em campo, verificou-se que as EEEs possuem identificação, estão em área protegida e apresentam bom estado de conservação, sendo vedadas para não ter problemas com odor. O painel de comando também apresentava boas condições, sendo dotado de alarme e sinalização para defeitos. Há dispositivo contra refluxos. A operação das EEEs é feita por comando e automação local, ocorrendo acionamento manual para eventuais situações de emergência. A telemetria serve para acompanhar o funcionamento à distância, mas telecomando somente nas principais do sistema. Possuem um conjunto de 42 moto bombas com 329 HP de potência total. Os poços de sucção encontram-se devidamente cobertos, permitindo a inspeção, conserto e manutenção das válvulas, além de permitirem a montagem e desmontagem.

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Linha de Recalque A linha de recalque do Sistema Alegria opera no regime de escoamento forçado,

contando com 8.333 m de extensão, em PVC e diâmetro variando entre 75 a 200 mm. A linha de recalque passa por inspeções com periodicidade semanal. Apresenta bom estado de conservação e não foram registrados problemas de vazamento. 

Tratamento A ETE Alegria (Figuras 54 e 55) localiza-se nas coordenadas geográficas, Latitude

22°28'24.01"S e Longitude 44°29'11.38"O, com uma altitude de 400 m acima do nível do mar. Iniciou sua operação em julho de 2008 e é operada pela CAAN. Encontra-se licenciada ambientalmente. Há sinalização, cerca e acesso em boas condições, bem como sinalização. Conta com iluminação noturna, vigilância e edificações de apoio, como: laboratório, banheiro, vestiário, refeitório etc., e atende todas as normas da NBR 12.209. Possui manual de operação e lista de tarefas, roteiros e instruções simplificadas de procedimentos, para manutenção e operação de rotina. Seus relatórios de operação são elaborados diariamente. Figura 54 – ETE Alegria

Fonte: Vallenge (19/09/2012)

Figura 55 – Vista da ETE Alegria

Fonte: Vallenge (19/09/2012)

É uma ETE com processo primário e secundário, com tratamento biológico e conta com as seguintes unidades: tratamento preliminar, estação elevatória de esgoto, UASB + biofiltro aerado submerso (Figuras 56 e 57), aeradores e centrifuga de lodo secundário. Não há geração de biogás. A tubulação de chegada do esgoto bruto apresenta bom estado de conservação. Possui válvula para controle de fluxo de entrada, extravasor e as condições de limpeza são adequadas. O monitoramento da vazão afluente é realizado por um medidor do tipo ultrassônico, permitindo leitura instantânea.

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O tratamento preliminar inicia-se pelo gradeamento que possui bandeja para remoção dos sólidos. Estes são depositados em uma caçamba com destino final para um aterro. Após o gradeamento, o esgoto passa por uma caixa de remoção de areia com funcionamento mecânico. Não há acúmulo de material e a areia removida, recolhida em caçamba, vai para o aterro. No total existem nove bombas com potência de 69 HP. A vazão média tratada é de 91,7 L/s com capacidade instalada para a vazão média de 100 L/s e vazão de pico de 180 L/s. Portanto atende a atual demanda sem necessidade de investimentos. Alcança uma eficiência de 95% na remoção da matéria orgânica, pois a sequência de processo anaeróbio seguida de aeróbio garante um efluente de qualidade. Figura 56 – Reator UASB e biofiltro aerado.

Fonte: Vallenge (19/09/2012)

Figura 57 – Detalhe da unidade de tratamento.

Fonte: Vallenge (19/09/2012)

A CAAN realizou em 2008 investimentos de recuperação estrutural, impermeabilização, pavimentação, instalações elétricas, melhorias nos sistemas de coleta de escuma e sistema de queima de gases, instalação de guarda-corpo, placas vertedoras nos biofiltros, alambrados, bombas e centrifuga para desidratação de lodos (Fig. 58 e 59).

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Figura 58– Vista da estrutura da ETE Alegria.

Fonte: Vallenge (19/09/2012)



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Figura 59 – Centrífuga de desidratação de lodo.

Fonte: Vallenge (19/09/2012)

Corpo receptor O efluente tratado da ETE Alegria é lançado no Rio Paraíba do Sul. O monitoramento é

realizado semanalmente, incluindo as seguintes variáveis: pH, temperatura, condutividade, íons cloreto, resíduos sedimentares, resíduos sólidos não filtráveis, óleos e graxas, DBO e DQO. O quadro 33 resumiu o resultado das características do seu efluente.

4.2.2. Sistema Contorno

O Sistema Contorno está em operação desde setembro de 2003, possui 100% de cobertura e trata todo o esgoto coletado nas 2.335 economias e 2.242 ligações atendidas. É operado pela CAAN. Suas características técnico-construtiva, quantitativas e qualitativas serão descritas a seguir. 

Rede Coletora A rede coletora conta com o cadastro das suas unidades, mas não existe registro sobre

a sua idade. Segundo informações da operadora, a tubulação é em PVC e manilha cerâmica, com diâmetro variando de 150 a 200 mm e extensão de 33.630 m. A rede coletora foi projetada pelo regime separador absoluto, onde a água pluvial e o esgoto escoam em tubulações distintas. Conforme dados disponibilizados, existem 480 PVs, o que facilita a limpeza e inspeção do sistema.

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Coletor Tronco O coletor tronco está operando desde setembro de 2003 e possui extensão de 940 m,

com 13 PV’s, sendo a tubulação de ferro fundido e manilha de cerâmica, com diâmetro que varia de 200 a 300 mm. O estado de conservação do coletor tronco é adequado. 

Estação Elevatória O Sistema Contorno conta com 4 EEEs em operação. Em campo, verificou-se que

possuem identificação e estão em área protegida. Apresentam bom estado de conservação, sendo tampadas para evitar odor. O painel de comando também apresentava boas condições, sendo dotado de alarme, com sinalização para defeitos e dispositivo contra refluxo. A operação das EEEs é feita por comando e automação local, ocorrendo acionamento manual para eventuais situações de emergência. A telemetria serve para acompanhar o funcionamento à distância, mas telecomando somente nas principais elevatórias. São compostas por 08 moto bombas com 12 HP de potência total, atendendo toda a demanda do Sistema, oriunda de 2.242 ligações. Os poços de sucção encontravam-se devidamente cobertos, permitindo a inspeção, conserto e manutenção das válvulas, além de permitir a montagem e desmontagem. 

Linha de Recalque A linha de recalque do Sistema Contorno em PVC com diâmetro de 200 mm opera no

regime de escoamento forçado, tendo com 608 m de extensão. A linha de recalque passa por inspeções com periodicidade semanal. Apresenta bom estado de conservação e não foram registrados problemas de vazamento, mesmo sendo em PVC. 

Tratamento A ETE Contorno (Figura 60) localiza-se nas coordenadas geográficas, latitude

22°28'46.73"S e longitude 44°30'2.76"O, com uma altitude de 402 m acima do nível do mar. Iniciou sua operação em setembro de 2003 e é de responsabilidade da CAAN, como mencionado anteriormente. Encontra-se licenciada ambientalmente. A ETE possui sinalização, cerca e acesso em boas condições. Há iluminação noturna, vigilância e edificações de apoio, atendendo todas as preconizações da NBR 12.209, como: laboratório, banheiro, vestiário, refeitório etc. A vazão média tratada é de 10,1 L/s com capacidade instalada para a vazão média de 11,9 L/s e vazão de pico de 18 L/s. Logo, também receberia mais despejos sem necessidade de investimentos. Alcança uma eficiência de 90% na remoção da matéria orgânica. Possui nove bombas com potência total de 70 HP. Possui manual de operação com lista de tarefas,

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roteiros e instruções simplificadas de procedimentos, para manutenção e operação de rotina e os relatórios de operação são produzidos diariamente. A ETE divide-se nas etapas primária e secundária, biológica. Possui as seguintes unidades: remoção preliminar de sólidos, estação elevatória interna, tanques aeróbios com aeradores e digestor de lodo secundário. A tubulação de chegada do esgoto bruto apresenta bom estado de conservação. Possui válvula para controle de fluxo de entrada, extravasor e as condições de limpeza são satisfatórias. O monitoramento da vazão afluente é realizado por um medidor ultrassônico instalado sobre a calha parshall, com frequência diária. O tratamento preliminar de gradeamento é adequado. Possui bandeja para remoção dos sólidos que são depositados em uma caçamba, cujo destino final é em um aterro. Após o gradeamento, o esgoto passa por uma caixa de remoção de areia, cujo funcionamento é mecânico. Não há acumulo de material na caçamba que recebe a areia removida e o destino final é um aterro. O tratamento secundário é por processo aeróbio, contando com aeradores para garantir o funcionamento do reator biológico. O lodo gerado é encaminhado para aterro sanitário. Figura 60 – ETE Contorno

Fonte: Vallenge (19/09/2012)

A concessionaria realizou a reforma e colocou em operação a ETE Contorno. A reforma da ETE contemplou: recuperação estrutural, impermeabilização, novas bombas, painéis elétricos, equipamentos e automação. 

Corpo receptor O efluente tratado do Sistema Contorno é lançado no rio Paraíba do Sul. O

monitoramento dos efluentes é realizado semanalmente, incluindo as seguintes variáveis: pH, temperatura, condutividade, íons cloreto, resíduos sedimentares, resíduos sólidos não

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filtráveis, óleos e graxas, DBO e DQO. O quadro 33 apresenta os resultados médios do efluente tratado.

4.2.3. Sistema Isaac Politi

O Sistema Isaac Politi está em operação desde setembro de 2008. Possui 100% de cobertura e trata todo o esgoto coletado nas 802 economias e 707 ligações atendidas. Também é operado pela CAAN. Suas características técnico-construtiva, quantitativas e qualitativas serão descritas a seguir. 

Rede Coletora A rede coletora conta com o cadastro das suas unidades, o que facilita a avaliação do

funcionamento do Sistema Isaac Politi, mas não existe registro sobre a sua idade. A tubulação é em PVC e manilha cerâmica, com diâmetro variando de 150 a 200 mm e extensão de 10.605 m. A rede coletora foi concebida pelo regime separador absoluto, onde a água pluvial e o esgoto escoam por tubulações distintas, apesar de ocorrerem prováveis intersecções. Conforme dados disponibilizados, existem151 PVs, o que facilita a limpeza e inspeção do sistema. 

Coletor Tronco O coletor tronco opera desde setembro de 2003 e possui extensão de 2.000 m, com

28 PVs. A tubulação é de PVC, com diâmetro de 200 mm. O estado de conservação do coletor tronco é adequado. 

Estação Elevatória O Sistema Isaac Politi possui 3 EEEs em operação. Em campo, verificou-se que

possuem identificação. Estão em área protegida e cercada. Possuem bom estado de conservação, sendo tampadas para evitar odor. O painel de comando também mostra boas condições, sendo dotado de alarme, sinalização para defeitos e dispositivo contra refluxo. A operação e o comando das EEEs possuem automação local, mas são dotadas de comando manual para eventuais situações de emergência. As edificações permitem a livre circulação de ar e dos operadores. Compõem-se no total por 04 moto bombas com 11 HP de potência total, atendendo toda a demanda do Sistema, de 707 ligações.

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As EEEs também possuem poço de sucção devidamente coberto, dispositivo que permite inspeção, conserto e manutenção das válvulas, além de permitir a montagem e desmontagem. 

Linha de Recalque A linha de recalque opera no regime de escoamento forçado, contando com 422 m de

extensão, em PVC e com diâmetro variando de 75 a 200 mm. A linha de recalque passa por inspeções com periodicidade semanal. Apresenta bom estado de conservação e não foram registrados problemas de vazamento, mesmo sendo em PVC reforçado. 

Tratamento A ETE Isaac Politi localiza-se nas coordenas geográficas, latitude 22°27'33.82"S e

longitude 44°24'37.28"O, com uma altitude de 398 m acima do nível do mar. Iniciou sua operação pela CAAN em setembro de 2008, como mencionado anteriormente. Encontra-se licenciada ambientalmente. A ETE possui sinalização, cerca e acesso em boas condições, conta com iluminação noturna, vigilância e edificações de apoio, como laboratório, banheiro, vestiário, etc., atendendo todas as normas da NBR 12.209. Trata-se de uma ETE de nível secundário. Possui as seguintes unidades: tratamento preliminar, estação elevatória de esgoto, lagoa anaeróbia e lagoa facultativa (Figuras 61 e 62). A vazão média tratada é de 5 L/s com capacidade instalada para a vazão de pico de 9 L/s, alcançando uma eficiência de 85% na remoção de matéria orgânica. Possui 2 bombas com potência total de 10 HP. Possui manual de operação com lista de tarefas, roteiros e instruções simplificadas de procedimentos, para manutenção e operação de rotina, e seus relatórios de operação são produzidos diariamente.

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Figura 61– Lagoa anaeróbia da ETE Isaac Politi

Fonte: Vallenge (19/09/2012)

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Figura 62 – Lagoa facultativa da ETE Isaac Politi

Fonte: Vallenge (19/09/2012)

A tubulação de chegada do esgoto bruto apresenta bom estado de conservação, possui válvula para controle de fluxo de entrada, extravasor e as condições de limpeza são satisfatórias. O monitoramento da vazão afluente é realizado por um medidor do tipo calha parshall, com frequência diária. O tratamento preliminar de gradeamento é satisfatório. Possui bandeja para remoção dos sólidos, que são retirados através de operador volante. Após o gradeamento, o esgoto passa por uma caixa de areia com funcionamento mecânico. Não há acúmulo de material e o destino final da areia removida é o aterro. A remoção da matéria orgânica é feita primeiro pela lagoa anaeróbia e depois pela aeróbia. Não se notou na visita problemas de odores. Não foi feita ainda qualquer limpeza das lagoas, tendo em vista os oucos anos de operação. A concessionaria realizou reforma e colocou em operação a ETE Isaac Politi. A reforma da ETE contemplou: impermeabilização, novas bombas e painéis elétricos. 

Corpo receptor O efluente tratado do Sistema Isaac Politi é lançado no rio Pirapetinga a jusante da

captação existente. O monitoramento dos efluentes é realizado semanalmente, incluindo as seguintes variáveis: pH, temperatura, condutividade, íons cloreto, resíduos sedimentares, resíduos sólidos não filtráveis, óleos e graxas, DBO e DQO. O quadro 33 traz as características médias do efluente tratado.

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4.2.4. Sistema Monet

O Sistema Monet está em operação desde julho de 2010. Possui 100% de cobertura e trata todo o esgoto coletado nas 802 economias e 618 ligações atendidas. Suas características técnico-construtiva, quantitativas e qualitativas serão descritas a seguir. 

Rede Coletora A rede coletora conta com o cadastro das suas unidades, o que facilita a avaliação do

funcionamento do Sistema Monet, mas não existe registro sobre a sua idade. A tubulação é em PVC e manilha cerâmica, com diâmetro variando de 150 a 200 mm e extensão de 10.453 m. A rede coletora foi concebida pelo regime separador absoluto, onde a água pluvial e o esgoto escoam por tubulações distintas. Conforme dados disponibilizados existe um número de 149 PVs, o que facilita a limpeza e inspeção do sistema. 

Coletor Tronco O coletor tronco do Sistema Monet encontra-se em operação e possui extensão de 248

m, com 4 PVs, sendo a tubulação de PVC, com diâmetro de 150 mm. O estado de conservação do coletor tronco é adequado. 

Estação Elevatória O Sistema Monet conta com 6 EEEs, instaladas e operando desde julho de 2010. Em

campo verificou-se que possuem identificação e estão em área cercada e protegida. Apresentam bom estado de conservação, sendo fechadas para evitar odor. O painel de comando apresenta boas condições, sendo dotado de alarme, com sinalização para defeitos e dispositivo contra refluxo. A operação e o comando das EEEs possuem automação local, bem como comandos manuais para eventuais situações de emergência. Controlam um conjunto de 18 moto bombas com 28 HP de potência total, atendendo toda a demanda do Sistema, de 618 ligações. As edificações permitem livre circulação de ar e dos operadores. As EEEs também possuem poço de sucção devidamente coberto, dispositivo que permite inspeção, conserto e manutenção das válvulas, além de permitir a montagem e desmontagem.

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Linha de Recalque A linha de recalque do Sistema Monet opera no regime de escoamento forçado,

contando com 1.573 m de extensão, em PVC e com diâmetro entre 75 a 200 mm. A linha de recalque passa por inspeções com periodicidade semanal. Apresenta bom estado de conservação e não foram registrados problemas de vazamento apesar de ser em PVC reforçado. 

Tratamento A ETE Monet (Figuras 63 e 64) localiza-se nas coordenadas geográficas, latitude

22°27'46.20"S e longitude 44°25'54.39"O, com uma altitude de 403 m acima do nível do mar. Iniciou sua operação em julho de 2010 e é operada pela CAAN, como mencionado anteriormente. Encontra-se licenciada ambientalmente. A ETE Monet possui sinalização, cerca e acesso em boas condições. Conta com iluminação noturna, vigilância e edificações de apoio, como: laboratório, banheiro, vestiário, etc., atendendo todas as normas da NBR 12.209. A tubulação de chegada do esgoto bruto apresenta bom estado de conservação, possui válvula para controle de fluxo de entrada e extravasor. As condições de limpeza da caixa de entrada são adequadas. O monitoramento da vazão afluente é realizado por um medidor do tipo calha Parshall. Trata-se de uma ETE com dois módulos, com etapas primárias e secundárias. Dividese nas seguintes unidades: tratamento preliminar, estação elevatória de esgoto, UASB, reator biológico (tanque de aeração) com suprimento de ar vindo de dois sopradores (com 15 HP cada). O tratamento preliminar de gradeamento é adequado. Possui bandeja para remoção dos sólidos que são depositados em uma caçamba, cujo destino final é em um aterro. Após o gradeamento, o esgoto passa por uma caixa de remoção de areia com funcionamento mecânico. Não há acumulo de material e o destino final da areia removida é um aterro. Há manual de operação com lista de tarefas, roteiros e instruções simplificadas de procedimentos, para manutenção e operação de rotina, e seus relatórios de operação são produzidos diariamente. A unidade é pequena, contendo 03 bombas com potência total de 1,5 HP. A vazão média tratada é de 9 L/s com capacidade instalada para a vazão média de 9,4 L/s e vazão de pico de 14,7 L/s. Alcança uma eficiência de 90% na remoção de matéria orgânica. A CAAN realizou investimentos em reformas e melhorias como: ampliação com o redimensionamento e construção de uma nova estrutura para o tratamento preliminar; um novo reator anaeróbio UASB, além de reforma no reator existente. Providenciou alterações no pós-tratamento biológico convencional (lodos ativados), sendo o antigo tanque de digestão

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do lodo transformado em mais um tanque de aeração, para melhorar os parâmetros de lançamento. O lodo gerado é encaminhado para aterro sanitário. Figura 63 – ETE Monet

Fonte: Vallenge (19/09/2012)



Figura 64 – Acesso a ETE Monet

Fonte: Vallenge (19/09/2012)

Corpo receptor O efluente tratado do Sistema Monet é lançado no Rio Paraíba do Sul. O monitoramento

dos efluentes é realizado semanalmente, incluindo as seguintes variáveis: pH, temperatura, condutividade, íons cloreto, resíduos sedimentares, resíduos sólidos não filtráveis, óleos e graxas, DBO e DQO. O quadro 33 sumariza os resultados médios encontrados do efluente tratado.

4.2.5. Sistema Mauá

O Sistema Mauá está em operação desde dezembro de 2010. Possui 90% de cobertura e trata todo o esgoto coletado nas 378 economias e 378 ligações atendidas no Lote-10 e Visconde de Mauá. Atualmente a ETE é operada pela CAAN. Suas características técnicoconstrutiva, quantitativas e qualitativas serão descritas a seguir. 

Rede Coletora A rede coletora conta com o cadastro das suas unidades, o que facilita a avaliação do

funcionamento do Sistema Mauá, implantada em 2010 com o projeto elaborado em 2009. A tubulação é em PVC com diâmetro de 150 mm e extensão aproximada de 3.000 m.

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A rede coletora foi concebida no regime separador absoluto, onde a água pluvial e o esgoto escoam por tubulações distintas. Conforme cadastro técnico, existem 42 poços de visita (PV’s), o que facilita a limpeza e inspeção do sistema. 

Coletor Tronco O CT tem diâmetro é igual a 150 mm, material PVC. A extensão estimada em planta é

igual a 167 m. 

Estação Elevatória O Sistema Mauá conta com três EEEs, instaladas e operando desde dezembro de 2010.

Em campo verificou-se que as EEEs possuem identificação e estão em áreas cercadas e protegidas. As edificações permitem a livre circulação dos operadores e de ar. Apresentam bom estado de conservação. A operação das EEEs possui automação local, bem como comandos manuais para eventuais situações de emergência. O painel de comando também apresentava boas condições, sendo dotado de alarme e sinalização para defeitos e dispositivo contra refluxo. Acionam um conjunto de 7 moto bombas com 7 HP de potência total, atendendo toda a demanda do sistema de 378 ligações. As EEEs também possuem poço de sucção devidamente coberto, poço que permite inspeção, conserto e manutenção das válvulas, além de permitir a montagem e desmontagem de equipamentos. 

Linha de Recalque A linha opera no regime de escoamento forçado, com 1.306 m de extensão em PVC e

diâmetro de 75 mm. A linha de recalque passa por inspeções com periodicidade semanal. Apresenta bom estado de conservação e não foram registrados problemas de vazamento. 

Tratamento A ETE Mauá (Figuras 65 e 66) localiza-se nas coordenas geográficas, latitude

22°19'44.13"S e longitude 44°31'51.57"O, com uma altitude de 1.013 m acima do nível do mar. Iniciou sua operação em dezembro de 2010 e é operada pela concessionária CAAN, como mencionado anteriormente. Encontra-se licenciada ambientalmente. A ETE Mauá possui sinalização, cerca e acesso em boas condições, atendendo todas as preconizações da NBR 12.209. Conta com iluminação noturna, vigilância e edificações de apoio, como laboratório, banheiro, vestiário, refeitório etc.

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Há manual de operação e lista de tarefas, roteiros e instruções simplificadas de procedimentos, para manutenção e operação de rotina e seus relatórios de operação são produzidos diariamente. Figura 65 – ETE Mauá

Fonte: Vallenge (19/09/2012)

Figura 66 – Unidade de Tratamento

Fonte: Vallenge (19/09/2012)

Trata-se de uma ETE compacta de dois módulos, com tratamento de nível secundário. Existem as seguintes unidades: tratamento preliminar, estação elevatória de esgoto, UASB, filtro aerado submerso, decantador secundário, soprador e esterilização ultravioleta. A tubulação de chegada do esgoto bruto apresenta bom estado de conservação, e possui válvula para controle de fluxo de entrada, extravasor e as condições de limpeza da caixa de entrada são satisfatórias. O monitoramento da vazão afluente é realizado por um medidor do tipo calha Parshall. O tratamento preliminar de gradeamento é adequado e possui bandeja para remoção dos sólidos. Estes são depositados em uma caçamba, cujo destino final é em um aterro. Após o gradeamento, o esgoto passa por uma caixa de areia com funcionamento mecânico. Não há acumulo de material e o destino final da areia removida é um aterro. A vazão média tratada é de 7 L/s com capacidade instalada para a vazão média de 11 L/s e vazão de pico de 19,8 L/s. Alcança uma eficiência de 90% na remoção de matéria orgânica. Possui 03 bombas com potência total de 03 HP. 

Corpo receptor O efluente tratado do Sistema Mauá é lançado no rio Preto, também afluente do rio

Paraíba do Sul, porém bem mais a jusante. O monitoramento dos efluentes é realizado semanalmente, incluindo as seguintes variáveis: Coliformes termo tolerantes, pH, temperatura, condutividade, íons cloreto, resíduos sedimentares, resíduos sólidos não filtráveis, óleos e graxas, DBO e DQO. O quadro 33 mostra os resultados dessas análises.

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4.2.6. Sistema Servatis

O Sistema Servatis está em operação desde outubro de 2010 e é de responsabilidade da CAAN quanto à coleta e afastamento da empresa Servatis quanto ao tratamento. Essa empresa a construiu como uma medida compensatória ambiental. O sistema caracteriza-se por 100% de cobertura e trata todo o esgoto coletado das 957 economias e 771 ligações atendidas. Suas características técnico-construtiva, quantitativas e qualitativas serão descritas a seguir. 

Rede Coletora A rede coletora conta com o cadastro das suas unidades, o que facilita a avaliação do

funcionamento do Sistema Servatis, mas não existe registro sobre a sua idade. A tubulação é em PVC e manilha cerâmica, com diâmetro que varia de 150 a 200 mm e extensão de 13.938 m. A rede coletora foi concebida no regime separador absoluto, onde a água pluvial e o esgoto escoam por tubulações distintas. Conforme dados disponibilizados, há 200 PVs, o que facilita a limpeza e inspeção do sistema. 

Coletor Tronco O coletor tronco do Sistema Servatis encontra-se em operação e possui extensão de

441 m, com 7 PVs, sendo a tubulação de PVC, com diâmetros de 100 e 150 mm. O estado de conservação do coletor tronco é adequado. Porém, mesmo sendo um sistema de pequeno porte, que o trecho de 100 mm deva ser trocado ao longo do tempo. 

Estação Elevatória O Sistema Servatis conta com 3 EEEs, instaladas e operando desde outubro de 2010.

Em campo verificou-se que possuem identificação, estão em área cercada e protegida. As EEEs são do tipo poço de sucção devidamente coberto e fechado, impedindo forte odor. O poço permite inspeção, conserto e manutenção das válvulas, além da montagem e desmontagem de equipamentos. As unidades apresentam bom estado de conservação. A operação e o comando das EEEs possuem automação local. Os painéis de comando também mostram boas condições, sendo dotados de alarme, com sinalização para defeitos e dispositivo contra refluxo. Possui comandos manuais para eventuais situações de emergência. As edificações permitem a livre circulação de ar e dos operadores.

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No total, há um conjunto de 06 moto bombas com 4,5 HP de potência total, atendendo toda a demanda do Sistema. 

Linha de Recalque A linha de recalque do Sistema Servatis opera no regime de escoamento forçado,

contando com 1.450 m de extensão, em PVC e com diâmetro entre 75 a 200 mm. A linha de recalque passa por inspeções com periodicidade semanal. Apresenta bom estado de conservação e não foram registrados problemas de vazamento. 

Tratamento Segundo informações da CAAN, a ETE é do tipo de lodos ativados com capacidade de

50 L/s, sendo operada pela empresa SERVATIS. Não há detalhes dessa ETE, bem como os resultados das análises do seu efluente tratado. O processo de lodos ativados costuma atingir um índice de 95% de remoção de matéria orgânica. 

Corpo receptor O efluente tratado do Sistema Servatis é lançado no Rio Pirapetinga. Não foi possível

obter maiores informações junto a empresa Servatis sobre o monitoramento dos efluentes e do corpo receptor.

4.2.7. Sistema Fumaça

Este sistema é operado pela prefeitura. Uma parte dos esgotos sanitários produzidos no distrito de Fumaça, aproximadamente 30%, é coletada e direcionada a estação de tratamento (Figuras 67 e 68). Não existe cadastro da rede coletora existente nem controle do volume destinado a ETE.

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Figura 67 – Vista da ETE do distrito de Fumaça

Fonte: Vallenge (20/07/2013).

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Figura 68 – Vista da Elevatória de Esgoto Bruto da ETE Fumaça

Fonte: Vallenge (20/07/2013)

O sistema de esgotamento sanitário possui estação elevatória de esgoto. Segundo informações do representante municipal, a ativação do sistema de bombeamento acontece aleatoriamente, isso porque o distrito não dispõe de operador fixo para esta função. Ainda conforme verificado no levantamento de campo, a simples ativação dessa estação elevatória de esgoto contribuiria com o tratamento do esgoto de aproximadamente 10 domicílios. O esgoto é lançado no Rio da Paca. Não há informações sobre a quantidade de esgotos afluentes, bem como análise da qualidade do efluente tratado, avalia-se que de forma precária. Foi fornecido o projeto da ETE, elaborado em 2003, dividindo-se em reator UASB e tratamento aeróbio com capacidade de 1,0 L/s, atendendo 500 habitantes. Esse tipo de tratamento, devidamente operado, tem condições de remover 95% da carga orgânica gerada, além de baixo custo operacional.

4.2.8. Sistema Engenheiro Passos

O esgoto é coletado por redes unitárias e lançado no curso d’água mais próximo. Não existem informações da localização, extensão e diâmetro das redes. O sistema é operado pela CAAN.

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4.2.9. Sistema das localidades

A prefeitura do município é responsável pelo sistema de esgotamento sanitário das localidades. Mesmo não havendo muita informação os dados disponíveis são apresentados a seguir.

4.2.9.1. Bagagem, Campo Alegre, Serrinha e Pedra Selada

Segundo informações do representante municipal, os esgotos sanitários dessas localidades são coletados por redes unitárias e direcionados ao curso d’água mais próximo.

4.2.9.2. Capelinha

A localidade de Capelinha possui uma ETE (Figura 69), localizada nas coordenadas: Latitude 22º21’39,71”S e Longitude 44º30’7,38”O, a 518 metros de altitude, que se encontra operando após adequações operacionais realizadas pela CAAN. A capacidade instalada para vazão média e vazão de pico é respectivamente: 1,0 L/s e 1,8 L/s. Atualmente a vazão média tratada é de 1,0 L/s. Figura 69 – ETE Capelinha

Fonte: Vallenge (20/07/2013)

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4.2.9.3. Rio Preto

O povoado de Rio Preto não dispõe de rede para coleta dos esgotos sanitários produzidos, sendo assim, os mesmos são lançados in natura em valas situadas paralelamente à estrada municipal (Figura 70). Figura 70 – Lançamento do esgoto da localidade de Rio Preto

Fonte: Vallenge (20/07/2013)

4.2.10. Resumo das Condições Operacionais

Da mesma maneira que o observado para o SAA, repetem-se as colocações para o SES. Quando há serviço implantado e receita advinda da individualização da cobrança por meio de hidrômetros, as receitas conseguem manter o serviço operando dentro dos ditames legais e da boa técnica. Já no caso dos sistemas isolados, de difícil sustentabilidade econômica, o desafio é muito maior, porque além da falta de hidrômetros, os quais serviriam também para cobrar pelos esgotos gerados, as distâncias e os pequenos portes das localidades dificultam a solução. Assim, é possível que o município necessite de políticas específicas como subsídio cruzado entre locais com receita suficiente e os que não têm essa condição. Outra possibilidade seria a operação direta pelo município, mas correndo o risco que a atual situação permanecesse.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

136

4.3. SISTEMA DE MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS

As principais estruturas que compõem o serviço de drenagem e manejo das águas pluviais no município de Resende são abordadas a seguir. São abordadas tanto a microdrenagem, aquela intrinsicamente ligada ao sistema viário e a macrodrenagem, os fundos de vale. A situação de Resende em relação ao manejo de águas pluviais é comum aos de outros municípios: não há cadastro das estruturas hidráulicas existentes, micro ou macrodrenagem; não se empregam medidas compensatórias por causa da impermeabilização; não há receita decorrente de aplicação de taxas proporcionais ao grau de impermeabilização do solo, logo muita dificuldade em manter o serviço e atuação municipal dispersa em várias secretarias, uma cuidando das obras e outra da limpeza. Nesse cenário, foi feito o diagnóstico, ressaltando que a falta de cadastro é um grande limitador. A figura a seguir mostra o organograma mostrando a estrutura de organização da Secretaria de Obras do Município de Resende.

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137

Figura 71 – Organograma da estrutura de organização da Secretaria de Obras do Município de Resende

Fonte:Secretaria Municipal de Obras, 2014.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

138

4.3.1. Macrodrenagem

O município de Resende situa-se numa área de várzea, com nível d’água do solo mais elevado. Além disso, há regiões de relevo ondulado formado basicamente por colinas de pequena a média amplitude, intermediadas por vales extensos planos, por onde escoam os rios. Destaca-se a imensa várzea do Rio Paraíba do Sul. O desenvolvimento da sede do município ocorreu nas áreas de vales mais planos e menos encaixados, o que o torna mais sujeito às inundações periódicas, conforme os eventos pluviométricos, caso as habitações estejam muito próximas aos cursos d’água. Há outros núcleos urbanos localizados em relevo movimentado, menos sujeitos à inundação, principalmente na serra da Mantiqueira. A Prefeitura é a responsável pela operação e manutenção da macrodrenagem, por meio da Secretaria de Obras. As águas drenadas são lançadas em cursos d’água na área urbana do município. Em visita ao município, observou-se a existência de canalizações na área urbana, mas pela falta de cadastro não se tem detalhes dessas estruturas para avaliar sua capacidade hidráulica. Puderam-se verificar canalizações em seção fechada e aberta, em forma circular e retangular e revestidas em concreto, alvenaria de pedra ou solo. Não existem reservatórios de detenção ou retenção construídos no município. Foi verificada a ocorrência de problemas de erosão ocasionados pelo escoamento das águas pluviais e de assoreamento dos canais e da rede de drenagem. Houve casos de inundação e alagamentos no município devido a insuficiências no sistema de macrodrenagem e pontos de estrangulamento na rede hídrica. Há registro de pontos críticos de inundação mencionados adiante. A prefeitura realiza trabalhos de limpeza manual dos córregos antes dos períodos chuvosos, mas não existem equipamentos adequados para essas operações. Eventualmente há dragagem de córregos e rios.

4.3.2. Microdrenagem

Cabe lembrar, que no país a microdrenagem em geral acompanha a pavimentação do sistema viário, o que nem sempre atende as necessidades impostas pelo regime de chuvas. São corriqueiros os casos de insuficiência dessas estruturas, provocados por chuvas de pouca intensidade de modo que nas mais intensas, a criticidade é maior. Essa situação se repete em Resende.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

139

Acompanhando a urbanização, a sede e as localidades do município com área urbana consolidada e caracterizada possuem ruas com sarjeta, mas em menor quantidade galerias, sendo as principais estruturas hidráulicas responsáveis pela coleta e destino das águas superficiais provenientes das chuvas. A microdrenagem é essencialmente superficial, mas não se tem bem definido para qual galeria são conduzidas as águas pluviais coletadas e nem onde e quantas são as caixas de descargas (bocas-de-lobo) existentes nas áreas urbanas da sede e distritos. Nas reuniões com a Secretaria de Obras de Resende, foi informado ainda que a microdrenagem é composta redes tubos circulares e galeria, pré-moldadas ou feitas in loco, conforme a necessidade De maneira geral, mesmo havendo alguns dispositivos de drenagem, pela falta de um cadastro, não se tem bem definido as áreas efetivamente atendidas, incluindo a extensão de galerias, suas dimensões, declividades e condições operacionais. Conforme levantado em campo, as sarjetas e sarjetões têm sua seção moldada in loco, em formato padrão em concreto. Verificou-se que apresentam conservação inadequada, mas o município não tem informação quanto à extensão das mesmas nem dispõem de programa de manutenção. Observa-se em campo que algumas bocas de lobo estão em estado de conservação problemático, trazendo risco para a população local além de facilitar a estrada sujeira e material indesejado facilitando o entupimento da rede. Em algumas ruas não existe nenhum dispositivo de drenagem. Quanto aos terrenos mais altos e com maior declividade no perímetro urbano das localidades de Resende, existe basicamente a drenagem superficial, caso de Serrinha, Mauá etc. Assim, o escoamento superficial direto proveniente das áreas urbanas altas se encaminha naturalmente para as baixas aumentando o volume das águas pluviais e os danos potenciais à população. O fato contribui para o aparecimento de poças d’água e de pequenas inundações na malha viária, o que favorece sua deterioração, além de comprometer a qualidade de vida da população local. Os pequenos empoçamento ocorrem por causa do número insuficiente de bocas-de-lobo, devido à maior impermeabilização dos terrenos, aumentando o escamento superficial, necessitando de projeto e aumento de estruturas hidráulicas. Além disso, foram relatadas situações de ligação clandestina de esgoto na rede de drenagem de águas pluviais, obstrução do sistema de drenagem por resíduos sólidos e deficiências em função de estruturas de microdrenagem subdimensionadas. Há um programa de manutenção preventiva. Para que o fosse mais estruturado o serviço de águas pluviais, seria necessário o cadastro que mostrasse onde estão as unidades, suas dimensões, material de construção e situação. Seria recomendado contar com uma forma de receita para cobrir os custos de planejamento, elaboração de projetos, execução, manutenção e operação. Situação comum

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

140

no país, não há uma taxa cobrada proporcionalmente ao grau de impermeabilização do lote, uma forma do domicílio arcar com os custos do aumento do escoamento superficial. Essa taxa é cobrada em poucos municípios brasileiros, uma realidade estabelecida em muitas cidades europeias. Considera-se inevitável que algum dia seja aqui aplicada, pois o serviço municipal de drenagem passaria a contar com uma fonte segura de recursos, viabilizando os mesmos. Deixar-se-ia de contar somente com os recursos incertos transferidos do IPTU. Não são aplicadas medidas mitigadoras e compensatórias quanto ao incremento do escoamento superficial em Resende. Também não há uma lei para a construção de pequenos reservatórios de acumulação nos domicílios, como acontece em outros municípios.

4.3.3. Áreas de Risco

A Carta de Risco a Escorregamento de Resende indica 35 setores de risco no município de Resende com 158 casas ameaçadas e 518 pessoas expostas diretamente. As áreas com maior concentração de setores de risco iminente estão distribuídas pelos morrotes ondulados da porção do centro-leste do município, com destaque para os bairros Lavapés, Tangará e Vicentina onde se localizam a maior concentração de moradias em risco. No bairro Tangará predominam encostas em forma de anfiteatro com processos erosivos avançados, voçorocas e com casas posicionadas perigosamente na base da encosta - a montante da Rua General Platy de Aguiar. A densidade populacional nessa localidade é alta e as moradias são de baixo padrão construtivo, o que aumenta consideravelmente o grau de risco. Já foi contratada uma obra corretiva em 2014 e está em andamento. O bairro Vicentina apresenta alta densidade populacional com residências expostas ao risco iminente. As ruas mapeadas e indicadas quanto a alto grau de risco são: rua Pref. Clodomiro Maia e rua João Pessoa, porém o bairro todo requer cuidado e um maior detalhamento e acompanhamento por parte da defesa civil local. Os setores de risco estão representados (acima de 85%) por taludes de corte em solo residual notoriamente com mais de 7-12 m de altura e inclinação de 75-85°. O horizonte de solo residual jovem preserva minerais, suscetíveis a intemperismo, e fraturas e foliação que facilitam o avanço erosivo com a formação continua de ravinas com posterior desenvolvimento de voçorocas. Essas voçorocas aceleram e facilitam a ativação de escorregamentos. Para minimizar as situações de risco identificadas nos setores mapeados e identificados como de risco, é fundamental a concepção e a construção de um sistema de captação de drenagem básico, porém eficiente. Esse sistema priorizaria a implantação de canaletas de

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

141

drenagem nas cristas e bases de taludes de corte para possibilitar o desvio do escoamento superficial ou água de enxurrada e evitar, assim, a “lavagem” dos taludes. Cabe ressaltar ainda, a importância da preservação da vegetação original ou o replantio de encostas desmatadas. Desta forma, a infiltração de água no solo aumenta e a erosão é minimizada. Disposição de lixo e entulho dispersos em alguns locais é outro problema reincidente que se deve ter atenção. Os pontos de áreas de risco na sede e nos distritos estão discriminados no Quadro 34. O bairro de Monet não foi contemplado nesse estudo.

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142

Quadro 34– Setores de risco iminente a escorregamentos no Município de Resende Hierarquia

Bairro

Localização do ponto

Moradias sob risco

Pessoas sob risco

Coord. E

Coord. N

1

Lavapés

RE-FLG-14 Rua Celestina Machado, 213

1

7

557147

7514565

2

Vicentina

RE-FLG-01 Rua Pref. Clodomiro Maia, 810

11

44

556792

7514408

3

Tangará

RE-FLG-08 Rua Gal. Platy de Aguiar

8

32

556242

7514396

4

Vicentina 2

RE-FLG-05

6

24

556851

7513533

5

Vicentina-Sto. Amaro

RE-FLG-06 Rua Ana Júlia, 94

3

12

556677

7513498

6

Tangará

RE-FLG-09 Rua Gal. Platy de Aguiar

3

12

556263

7514467

7

Alto dos Passos

RE-FLG-04 Rua Lina

4 desoc. + 1 ocupada

2

556490

7514298

8

Lavapés

RE-FLG-15 Rua Almerinda Gonçalves, 85

4 + 1 em construção

8

557108

7514479

9

Lavapés

RE-FLG-13 Rua Almerinda Gonçalves, 36, 5 e 4

4

14

557113

7514589

10

Vicentina

RE-FLG-03 Rua João Pessoa, s/nº

12

50

556820

7514582

11

Tangará

RE-FLG-07 Rua Gal. Platy de Aguiar, 609

10

40

556282

7514260

12

Cabral

RE-FLG-21 Rua Leopoldo de Oliveira, 245

9

36

557448

7517026

13

Cabral

RE-FLG-23 Rua 17 (Domingos Torino), em frente ao nº 632

7

28

557295

7517248

14

Vicentina-Centro

RE-FLG-10 Rua Clodomiro Maia, 397 e 419

6

22

556925

7514755

15

Novo Surubi

RE-FLG-18 Rua Humberto Consentino, 65

5

20

557465

7514810

16

Novo Surubi

RE-FLG-28 Av. Ayrton Senna, 54

4

15

557708

7515101

17

Vicentina

RE-FLG-02 Rua Pref. Clodomiro Maia, 839

3

12

556798

7514386

18

Vargem Grande

RE-FLG-34 Rua Joaquim Mariano de Souza, s-nº (casa verde)

3

12

562112

7523404

19

Engenheiro Passos

RE-FLG-29 Av. Boa Vista

4 + 1 com. + 1 templo

8

533313

7511721

20

Vila Central

RE-FLG-25

3

8

556464

7514536

21

-

RE-FLG-32 Rod. Rio Caxambu

3

7

532839

7511923

22

Engenheiro Passos

RE-FLG-30 Rua Projetada

1

4

532785

7511150

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143

Hierarquia

Bairro

Localização do ponto

Moradias sob risco

Pessoas sob risco

Coord. E

Coord. N

23

Visconde de Mauá

RE-FLG-35 Rua Esperança-Rua Prisciliana de Jesus

1

4

548237

7530395

24

Lavapés

RE-FLG-11 Rua Clodomiro Maia, 139 e 115

2

3

557169

7514712

25

Surubi

RE-FLG-20 Rua Clodomiro Maia, 139 e 115

1 + 1 loja

3

558114

7515370

26

Vila Central

RE-FLG-26

1

3

556401

7514772

27

Visconde de Mauá

RE-FLG-37 Casa com o matacão ao lado

1

3

548506

7530444

28

Visconde de Mauá

RE-MV-02 Igreja Batista

1 Igreja

-

548511

7530388

29

Surubi

RE-FLG-20

8

32

558292

7515129

30

Lavapés

RE-FLG-17

6

20

557348

7514629

31

Paraíso

RE-FLG-24 Rua João Denegri, lote 9

4

16

558701

7516888

32

Cabral

RE-FLG-22 Rua Quinze, terreno em frente ao nº 262

3

12

557535

7516926

33

Novo Surubi

RE-FLG-27 Rua Elvira Matos Silva-Rua Francisco Matos Silva, 540

1casa 1 prédio (constr)

5

557546

7514932

34

Engenheiro Passos

RE-FLG-31 Praça Central - Av Boa Vista

4 comérc. +1 em constr

0

533397

7511539

35

Lavapés

RE-FLG-16 Djalma Gomes Jardim, 6A e 90

2 casas + 2 prédios

0

557085

7514702

Total

158

518

Fonte: Departamento de Recursos Minerais – DRM-RJ (2012)

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

144

O Município de Resende possui vários pontos com problemas de alagamentos, enchentes e enxurradas, apontados pela Defesa Civil no Plano de Contingência e Proteção (PLACONP), com sua última versão atualizada em 20/09/2014. Em grande parte dos locais elencados, nota-se um quadro de vulnerabilidade em comum para as residências relativamente próximas de pontos classificados como de risco e, ainda, residências que apresentam sinas provenientes do tempo de construção ou qualidade precária em que foram construídas.

Quadro 35– Pontos críticos de alagamentos Bairro

Ipiranga

Jd. Brasília Barbosa Lima Fazenda São Januário Alambari Visconde de Mauá Jardim Jalisco

Mirante das Agulhas

Pontos Rua Vereador Richard Rocha de Andrade Rua Itamar Boop Rua Joaquim de Azevedo Carneiro Maia Rua Rodolpho Filho Rua José Geraldo Coutinho Rua Cel. Luiz Vasconcelos da Rocha Santos Rua Zenaide Villela (Ponte da Faculdade Estácio de Sá) Rua Francisco P. Viana (Condomínio Tacito) Rua Arquimédes Vigiani Flecher Rua Engenheiro Jacinto Lameira Filho Assentamento sem registro Estrada Vargem Grande Rua Dona Josefina Bairro Lote-10 e adjacências próximas ao rio preto Av. Marcilio Dias Rua Rio Preto Canalizado Rua Afonso Balieiro Rua Nicolau de Luca Rua 16 Rua 17 Av. Antônio Marins

Fonte: Plano de Contingência e Proteção – PRACONP (2014)

Em função da falta de cadastro sobre as atuais estruturas hidráulicas responsáveis pela drenagem urbana, não é possível determinar qual a solução tecnicamente adequada, bem como o orçamento necessário para corrigir todos esses pontos. Como se verá adiante neste estudo, foram propostos gastos específicos em cadastro e projeto para verificar o que existe, sua capacidade, estado etc. no sentido de propor a solução mais adequada para a sua correção técnica.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

Quadro 36– Pontos críticos de enxurradas e inundações Bairro/distrito

Ipiranga

Jd. Brasília Barbosa Lima Fazenda São Genuário Alambari Visconde de Mauá

Pontos Rua Vereador Richard Rocha de Andrade Rua Itamar Boop Rua Joaquim de Azevedo Carneiro Maia Rua Rodolpho Pellini Filho Rua José Geraldo Coutinho Rua Cel. Luiz Vasconcelos da Rocha Santos Rua Zenaide Villela (Ponte da Faculdade Estácio de Sá) Rua Francisco P. Viana (condomínio Tacito) Rua Arquimedes Vigiani Flecher Rua Engenheiro Jacinto Lameira Filho Assentamento sem registro Estrada Vargem Grande Rua Dona Josefina Bairro Lote-10 e adjacências próximas ao rio preto.

Fonte: Plano de Contingência e Proteção – PRACONP (2014)

145

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

146

5. DEMANDA DOS SERVIÇOS

Com base nas informações levantadas na fase de diagnóstico, foi efetuado o cálculo da demanda dos serviços de saneamento que depende diretamente da população a ser atendida pelos serviços. Nessa etapa é confrontada a capacidade das estruturas existentes no município com as capacidades necessárias em função do número de habitantes ao longo do horizonte do plano.

5.1. ESTUDO POPULACIONAL

A projeção populacional objetiva determinar as populações a atender no início, no meio, e, também no fim-de-plano. Os métodos utilizados para a projeção populacional são apresentados a seguir. 

Método Aritmético: pressupõe que o crescimento de uma população, se faz aritmeticamente, isto é, é muito semelhante a uma linha reta. Em geral acontece nos menores municípios onde o crescimento é meramente vegetativo.



Método Geométrico: É o que ocorre principalmente numa fase de uma população, onde seu crescimento é muito acelerado, acompanhando praticamente a curva exponencial.

Com base nos censos demográficos do IBGE dos anos de 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010, foram calculadas as taxas geométricas e aritméticas de crescimento para a população total urbana e rural do Município. As taxas de crescimento adotadas para a projeção foram avaliadas quanto às condições atuais do Município como previsões futuras; e, às taxas de crescimento obtidas a partir dos censos demográficos do IBGE. Os municípios com crescimento populacional sem efeito de migração normalmente apresentam crescimento linear. Assim, para conhecer a população futura no horizonte de projeto basta adotar a taxa aritmética de crescimento que vem ocorrendo a partir dos anos anteriores. Os municípios beneficiados pela facilidade de acesso, pelo grande número de atividades econômicas e demais fatores que impulsionam a economia, apresentam crescimento geométrico. Nesse caso, é necessário avaliar a fase em que o município está quanto ao seu crescimento, podendo ser uma fase de crescimento acentuado ou ainda em crescimento com

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

147

taxas cada vez menores ano a ano, para então poder definir a taxa de crescimento adequada para o cálculo da projeção. Embora seja um exercício em relação ao futuro, efetuar a projeção populacional de forma consistente, e, a partir de hipóteses embasadas em métodos, é fundamental para que não se incorra em custos adicionais. É uma etapa que merece atenção, porque as dimensões das unidades dos sistemas de saneamento e respectivos equipamentos dependem diretamente da população a ser atendida, logo condicionam os custos de investimentos. Dessa forma, utilizando os modelos de projeção populacional, foram calculadas as taxas de crescimento aritmético e de crescimento geométrico (Quadro 37), tendo como dados de entrada as populações total, urbana e rural dos censos demográficos mencionados. Quadro 37 – Taxas de crescimento aritmético e geométrico Intervalo de tempo Taxa de População Total Crescimento População Urbana aritmético População Rural (hab./ano) Taxa de População Total Crescimento População Urbana geométrico População Rural (adimensional)

1970 - 1980

1980 - 1991

1991 - 2000

2000 - 2010

2043,10

401,73

1421,33

1522,00

1859,70

703,73

2251,00

1636,80

183,40

-302,00

-829,67

-114,80

1,0270

1,0045

1,0146

1,0137

1,0325

1,0099

1,0267

1,0159

1,0100

0,9830

0,9328

0,9857

Fonte: Vallenge, 2013; a partir de dados dos Censos do IBGE.

Foi adotado o método de crescimento geométrico, já que o modelo aritmético não mostrou ajuste para a projeção da população, no período de 2011 a 2033, conforme orientação do Termo de Referência. Foi suposto que a cada 10 anos a taxa de crescimento da população total sofreria leve redução e que a população rural seguiria a tendência de estabilidade; também com leve redução a cada 10 anos. Essas hipóteses estão de acordo com o modelo matemático de saturação populacional em dado espaço, o qual supõe uma redução paulatina das taxas de crescimento populacional. As taxas de crescimento populacional para Resende foram adotadas a partir de consultas ao Município, em decorrência do desenvolvimento de sua infraestrutura e de alguns bairros chegando a índices iguais a 1,5% a.a. (até 2022), 1,3% a.a. (até 2032) e 1,1 a.a. (em 2033) para a população total e 0% a.a. (até 2022), -0,1 a.a. (até 2032) e -2% a.a. (até 2033) para a população rural, conforme tendência apontada pelo último censo demográfico; de acordo com a transição da fecundidade e o padrão reprodutivo no Brasil. Além do Plano Diretor, fornecido pela Concessionária Águas das Agulhas Negras, não foram fornecidos outros estudos e projetos que tivessem projeção populacional de forma que foi adotada a projeção aqui efetuada.

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148

A evolução da projeção da população do município, a partir dos dados do Censo Demográfico do IBGE, é ilustrada na Figura 71. Figura 72 – Evolução da população projetada

Fonte: Vallenge, 2013; a partir de dados do IBGE de 2010 (Projeção)

Foi considerado o horizonte de projeto equivalente a 20 anos, adotando como base o ano de 2013 e o fim de plano no ano de 2033. A população rural se mantém estável até 2022, passando a apresentar leve declínio até 2033, fim do horizonte de plano. Como resultado há um maior crescimento da população urbana, seguindo a tendência observada nos intervalos entre os Censos Demográficos do IBGE, lembrando que esse produto em questão está voltado para a área urbana, onde há serviço público de saneamento, conforme preconiza a Lei 11.445/2007. O Plano Diretor – PD de Água e Esgoto da Concessionária Águas de Agulhas Negras (SERENCO, 2009) realizou a projeção da população total do município a partir da análise dos dados dos Censos e Contagens do IBGE. Na época do estudo, o Censo Demográfico de 2010 ainda não havia sido realizado. O PD apesar de ter identificado taxa de crescimento geométrico de 1,81% a.a. no estudo populacional da Fundação Getúlio Vargas (2007), optou por adotar a taxa de 2,35% a.a. para realizar a projeção de 2008 a 2037. A figura a seguir apresenta uma comparação entre a projeção efetuada no PD e no presente Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB. O PD previu uma população maior do que a projetada no presente estudo, inclusive por que a projeção aqui adotada considera o último Censo, sendo necessário rever a taxa geométrica seguida no PD. Comparando a projeção do PD com o Censo 2010, verifica-se que foram previstos 3.175 habitantes a mais do que o identificado em 2010 pelo IBGE, logo de início, há uma diferença na população a qual se refletirá ao longo de toda a projeção aqui adotada.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

149

Figura 73 – Comparação da população total projetada no PD e no PMSB 220000 200000 180000

160000 140000 120000 100000

80000 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022 2024 2026 2028 2030 2032

Projeção PD (2009)

Projeção PMSB (2013)

Fonte: Vallenge, 2013

A projeção populacional é elemento limitador para a estimativa das demandas pelos serviços de saneamento. Para avaliar as necessidades nas áreas urbanas do município considerando não só a sede, como também seus distritos legalmente constituídos (Agulhas Negras, Engenheiro Passos, Fumaça e Pedra Selada) e as localidades (Mauá, Serrinha, Capelinha, Rio Preto e Bagagem) foram realizadas projeções individuais. Para a projeção populacional da sede de Resende, seus distritos e localidades foram considerados os mesmos critérios e hipóteses adotados na projeção do município como um todo. A população projetada é apresentada nos quadros de cálculo das demandas no item a seguir.

5.2. ESTUDO DE DEMANDAS

O cálculo da demanda para cada um dos componentes do saneamento é apresentado a seguir. Os dados de entrada para os cálculos foram obtidos nos levantamentos de campo. Na ausência de informações locais sobre os sistemas de saneamento, foram adotadas variáveis conforme as fontes apresentadas no Quadro 38.

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150

Quadro 38 – Variáveis e parâmetros adotados Descrição

ESTUDO POPULACIONAL

População

Taxa de crescimento populacional

Número de domicílio

Unidade

Fonte

habitantes

IBGE, 2010

Total

119.769

Urbana

112.331

Rural

7.438

2000 -2010

1,37

%

IBGE, 2010

2011 - 2022

1,50

%

2023 - 2032

1,30

%

2032 - 2033

1,10

%

Adotada em função do passado (ver item 5.1)

Total

38.744

Urbano

36.401

domicílios

IBGE, 2010

Rural

2.343 hab/dom

IBGE, 2010

Média de habitantes por domicílio

3,1

Existente

8.625



Dados de campo

Necessário

1/3 do volume do dia de maior consumo



ABNT NBR 12.217/1994

Volume de reservação

SAA

Valor

Economias ativas

44.823

economias

Ligações ativas

39.427

ligações

Total de rede de água existente

462,6

km

Extensão de rede por habitante

4,13

m.rede/hab

Calculado1

Quota per capita consumida

214,4

L/hab.dia

Calculado2

Índice de atendimento

100

%

32,1

%

288,2

L/lig.dia

Calculado3

%

ABNT NBR 12.216/1992

adimensional

ABNT NBR 9.649/1986

Horas

Dados de

L/s

campo

L/s.km

ABNT NBR 9.649/1986 ABNT NBR 9.649/1986

SNIS, 2012

SNIS, 2012 Índice de perdas Perdas na ETA

4

Coeficiente do dia de maior consumo (k1)

1,2

Coeficiente da hora de maior consumo (k2)

1,5

Coeficiente de vazão mínima horária (k3)

0,5

Horas de funcionamento da ETA

24

Vazão produzida

393,6 Regiões Altas

0,05

Regiões Baixas

0,1

SES

Taxa de Infiltração (ti) Coeficiente de retorno (C)

0,8

%

Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)

54

gDBO/hab.dia

Demanda Química de Oxigênio (DQO)

100

gDQO/hab.dia

População atendida com coleta de esgoto

97

%

População atendida com tratamento de esgoto

60

%

ABNT NBR 12.216/1992 Dados de campo

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

151

SDU

Descrição

Valor

Unidade

Fonte

Coeficiente de escoamento superficial

50

%

Calculado1

Período de retorno

10

anos

TUCCI, 2007

Intensidade de chuva

122,95

mm/hora

Calculado4

Vazão de escoamento superficial

300

L/s/ha

Calculado5

Quantidades de Bocas de Lobo

6

und/ha

Extensão de Galerias

75

m/ha

Quantidade de Poços de Visita

2/100m de galeria

und

PMSB do Vale do Ribeira, 2010

Nota: SAA - Sistema de Abastecimento de Água; SES - Sistema de Esgotamento Sanitário; SDU - Sistema de Drenagem Urbana. 1 – Calculado em função da análise de imagens de satélite e das características urbanísticas do município, com auxílio de software GIS. 2 – Quota per capita consumida = {Volume produzido (dado de campo) x [ 1 – Índice de Perdas % (SNIS, 2012) /100)]} / População atendida (SNIS, 2012). 3 – Índice de perdas (L/hab.dia) = [Volume produzido (dado de campo) – Volume consumido (calculado com base nos dados do volume produzido e índice de perdas)] / Ligações ativas (SNIS, 2012). 4 – Intensidade de chuva = k x Ta / (t + b)c, onde: T é o período de retorno, t duração da precipitação e k, a, b e c são coeficientes 5 – Vazão de escoamento superficial = 1,1 x 0,278 x C x i x A 0,9 x kd, onde: C é o coeficiente de escoamento superficial, i intensidade de chuva, A área da bacia de contribuição, kd coeficiente de distribuição espacial da chuva.

5.2.1. Sistema de abastecimento de água

As demandas do serviço de abastecimento de água potável são calculadas tendo como objetivo fornecer água em quantidade, qualidade e regularidade para a população urbana do Município. As redes operadas pela CAAN possuem cadastro digital e software para simulação hidráulica EPANET para os principais anéis de distribuição de água. Para os distritos e seus núcleos urbanos, notou-se uma carência grande de dados, havendo a necessidade em alguns momentos da adoção de valores em função das características da sede ou dados de referência nacional. As ETAs que atendem a sede de Resende e o distrito de Agulhas Negras produzem ao todo 393,6 L/s em 24 horas de operação com um índice de atendimento de 100%, dados do levantamento de campo. Sendo assim, calculando o volume médio de água produzido obtémse 34.007 m³/dia o que resulta numa quota per capita produzida de 303,3 L/hab.dia, considerando a população atendida de 2013. O Município não possui medição para calcular o atual índice de perdas. Sendo assim, utilizou-se o índice de perdas informado no SNIS (2012), igual a 32,1%, resultando em um

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

152

volume diário médio de perdas de 10.916,2 m³. Obtêm-se assim o volume consumido pelo usuário (volume produzido menos volume perdido) igual a 23.090,8 m³, resultando numa quota consumida de 205,9 L/hab.dia. Esse valor é bem compatível com o observado com outros municípios com condições semelhantes. A CAAN apresenta valores significativos de perdas, 32,1% do volume produzido perdem-se na rede antes de chegar ao consumidor final. É a perda real no SAA, pois nem chega ao usuário final, mas a meta de contrato de concessão é chegar a 25%. As perdas médias brasileiras situam-se na casa dos 40%. Os valores dos índices de perdas estão diretamente associados à qualidade da infraestrutura e da gestão dos sistemas. O principal fator é a idade da rede de distribuição (TWORT et al., 2007), de forma que o PMSB, ao propor redução de perdas, precisa considerar alguma porcentagem de substituição de tubulação. Um dos objetivos do PMSB é a prestação mais eficiente dos serviços de saneamento, logo é uma meta a redução de perdas, aqui adotada paulatinamente, na medida em que se conheça melhor o sistema de água. Para a projeção das demandas no horizonte de planejamento, adotaram-se metas para o sistema de abastecimento de água, apresentadas no Quadro 39. As metas e os prazos aqui estabelecidos foram discutidos com o Município e a CAAN. Quanto à meta do índice de perdas para os distritos sede e Agulhas Negras, em função das características dos sistemas existentes, é possível futuramente o estabelecimento de meta mais ambiciosa, além dos 25% estabelecidos pelo contrato de concessão. Sugere-se, portanto, na próxima revisão do PMSB que se avalie a possibilidade da redução dessa meta para valores próximos ou até menores de 20% em função das atividades em andamento pela concessionária. Para a sede e Agulhas Negras, são várias captações e ETAs, evidenciando que foram feitas ampliações na medida das necessidades apresentadas. O PMSB propõe justamente antecipar a demanda, prevendo projeto e execução de unidades em tempo hábil. Foi calculada a projeção da rede de distribuição considerando uma densidade de rede de 4,13 m.rede/hab. Esse valor foi calculado através de informações do SNIS, dados referentes à porcentagem de atendimento adquiridos em campo e mapeamentos para a delimitação da extensão de ruas no Município que se mostrou compatível com a forma de ocupação urbana e oferta de serviços de água para municípios semelhantes, no Médio Paraíba do Sul. As metas do quadro 39 foram pactuadas com o município por meio da SANEAR e com a concessionária em várias reuniões ao longo da elaboração do PMSB.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

153

Quadro 39 – Metas do sistema de abastecimento de água do Município de Resende Distrito/ localidade

Índice de Atendimento Atual1 Meta Ano (%) (%)

Índice de Perdas Atual2 (%)

Meta (%)

Quota Consumida

Ano

Atual3 (L/hab.dia)

2025

205,9

100

-

32,1

Engenheiro Passos

95

2016

34

244,1

Fumaça

80

2018

ND

ND

Pedra Selada

80

2018

ND

ND

Visconde de Mauá

80

2018

ND

Sede e Agulhas Negras

100

25

ND 2031

Meta (L/hab.dia)

Ano 2030

160,0 2031

Serrinha

15

2020

ND

ND

Capelinha

80

2018

ND

ND

Campo Alegre

80

2018

ND

ND

Bagagem

80

2018

ND

ND

Nota: 1 - O índice de atendimento atual (ano base 2013) foi informado durante os levantamentos de campo. 2 - O índice de perdas de Resende e Agulhas Negras foi obtido junto ao SNIS (2012) e de Engenheiro Passos calculado com base nos volumes produzidos e consumidos no distrito. 3 – Para a sede e Agulhas Negras foi calculado conforme apresentado no Quadro 37. Para Engenheiro Passos não existe informação, desta forma adotou-se o valor da quota média do Estado do Rio de Janeiro (SNIS, 2012). Fonte: Vallenge, 2013.

Analisando a projeção, verificam-se déficits de reservação e de hidrômetros para atender a população atual e o crescimento populacional ao longo do horizonte de planejamento. Além disso, há a necessidade de investimentos para melhorar a gestão do sistema de forma a reduzir as perdas na distribuição e racionalizar o consumo, ação que já está em andamento. Nos parcelamentos do solo através de loteamentos, conforme determina a Lei Federal 6.766/1979, o loteador é responsável por fornecer a infraestrutura básica mínima, na qual está inclusa a rede para o abastecimento de água potável. Esses custos serão arcados pelo empreendedor, logo não pela prefeitura ou sua concessionária, a CAAN. Os resultados do estudo de demandas para o SAA da Sede de Resende juntamente com o distrito de Agulhas Negras é apresentado no Quadro 40. Nos Quadros 41 a 48 são apresentados os resultados para os distritos e as localidades. Como

descrito

no

diagnóstico,

as

localidades

apresentam

características

predominantemente rurais e as informações dos sistemas de abastecimento de água são precárias. Sendo assim, para o cálculo foi necessário adotar valores médios de referência nacional além de considerar situações mais críticas, levando-se em consideração que a revisão do plano será feita a cada 4 anos na qual o diagnóstico será atualizado, a saber: quota média consumida, do Estado do Rio de Janeiro, igual a 244,1 L/hab.dia e índice de perdas, da região Sudeste para os prestadores de serviço local de direito público, igual a 35,7%.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

154

Quadro 40 – Projeção da demanda de água na sede de Resende e distrito de Agulhas Negras – 2013 a 2033 Prazo

Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033

Pop. Urbana 107.468 112.273 113.919 115.589 117.282 118.998 120.739 122.504 124.294 126.108 127.949 129.686 131.447 133.230 135.036 136.866 138.720 140.597 142.499 144.425 146.376 148.147

Volume Médio (m³/dia) Captação (L/s) Produção (L/s) Índice de Quota Quota Índ. Pop. Hab/ Economi- Ligações Índ. Perdas Atend. consumida produzida Perdas CapaciNecesCapaciAbastecida dom as ativas ativas (lig.) Produzido Consumido (L/lig.dia) Déficit Qm Qmd (%) (L/hab.dia) (L/hab.dia) (%) dade sário dade 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

112.273 113.919 115.589 117.282 118.998 120.739 122.504 124.294 126.108 127.949 129.686 131.447 133.230 135.036 136.866 138.720 140.597 142.499 144.425 146.376 148.147

3,1 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,3

44.823 45.568 46.235 46.913 47.599 48.296 49.002 49.717 50.443 51.179 53.731 54.770 55.513 56.265 57.028 57.800 58.582 59.374 60.177 60.990 64.412

39.427 39.624 40.205 40.794 41.391 41.996 42.243 42.860 43.486 44.120 46.320 47.215 47.856 48.504 49.162 49.827 50.070 50.747 51.433 52.128 55.053

34.007,0 33.505,6 33.996,7 33.994,7 34.492,3 34.996,8 34.126,1 34.624,7 34.635,4 34.239,7 33.754,0 34.212,2 33.751,6 34.209,2 33.760,3 34.217,5 33.743,3 30.399,7 30.810,7 31.227,0 31.604,8

23.090,8 22.783,8 23.117,7 23.456,3 23.799,7 24.147,8 23.888,3 24.237,3 24.591,1 24.310,2 24.640,4 24.974,9 25.313,7 25.656,9 25.320,2 25.663,1 25.307,5 22.799,8 23.108,0 23.420,2 23.703,6

205,7 200,0 200,0 200,0 200,0 200,0 195,0 195,0 195,0 190,0 190,0 190,0 190,0 190,0 185,0 185,0 180,0 160,0 160,0 160,0 160,0

302,9 294,1 294,1 289,9 289,9 289,9 278,6 278,6 274,6 267,6 260,3 260,3 253,3 253,3 246,7 246,7 240,0 213,3 213,3 213,3 213,3

32,1 32 32 31 31 31 30 30 29 29 27 27 25 25 25 25 25 25 25 25 25

276,9 270,6 270,6 258,3 258,3 258,3 242,4 242,4 231,0 225,1 196,8 195,6 176,3 176,3 171,7 171,7 168,5 149,8 149,8 149,8 143,5

762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0

491,2 484,0 491,1 491,0 498,2 505,5 492,9 500,1 500,3 494,6 487,6 494,2 487,5 494,1 487,6 494,3 487,4 439,1 445,0 451,1

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

456,5

0,0

762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0 762,0

393,6 387,8 393,5 393,5 399,2 405,1 395,0 400,7 400,9 396,3 390,7 396,0 390,6 395,9 390,7 396,0 390,5 351,8 356,6 361,4

472,3 465,4 472,2 472,1 479,1 486,1 474,0 480,9 481,0 475,6 468,8 475,2 468,8 475,1 468,9 475,2 468,7 422,2 427,9 433,7

365,8

439,0

Vol. Reservação (m³) Existen- NecesDéficit te sário

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

8.625,0 8.625,0 8.625,0 8.625,0 8.625,0 8.625,0 8.625,0 8.625,0 8.625,0 8.625,0 8.625,0 8.625,0 8.625,0 8.625,0 8.625,0 8.625,0 8.625,0 8.625,0 8.625,0 8.625,0 8.625,0

13.602,8 13.402,3 13.598,7 13.597,9 13.796,9 13.998,7 13.650,4 13.849,9 13.854,2 13.695,9 13.501,6 13.684,9 13.500,7 13.683,7 13.504,1 13.687,0 13.497,3 12.159,9 12.324,3 12.490,8 12.641,9

Déficit

4.978 4.777 4.974 4.973 5.172 5.374 5.025 5.225 5.229 5.071 4.877 5.060 4.876 5.059 4.879 5.062 4.872 3.535 3.699 3.866 4.017

Qmdh (L/s)

Rede geral de água Adensamento Existente Déficit Déficit Expansão Troca de urbano (km) (%) (km) urbana (km) rede (km)

850,2 698,0 708,3 708,2 718,6 729,1 711,0 721,3 721,6 713,3 703,2 712,8 703,2 712,7 703,3 712,9 703,0 633,3 641,9 650,6

0,04 0,05 0,06 0,06 0,07 0,07 0,08 0,09 0,10 0,11 0,12 0,13 0,14 0,16 0,17 0,19 0,21 0,23 0,25 0,28

658,4

0,31

462,6 462,6 462,6 462,6 462,6 462,6 462,6 462,6 462,6 462,6 462,6 462,6 462,6 462,6 462,6 462,6 462,6 462,6 462,6 462,6

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

462,6

0,0

TOTAL

-

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Cenário 1 0,00 0,00 0,00 17,71 6,63 6,68 6,73 6,77 6,81 6,85 6,41 6,42 6,43 6,43 6,43 6,42 6,40 6,37 6,34 6,29

0,00

5,59

0,00

127,71

0,00 1,16 1,16 1,16 1,16 1,16 1,16 1,16 1,16 1,16 1,16 1,16 1,16 1,16 1,16 1,16 1,16 1,16 1,16 1,16 1,16 23,13

Hidrômetros

Ligações prediais

Rede a Instalados até Déficit Déficit Ampliação Substitui- Hidrometro a Instalados até Déficit Déficit Amplia- SubstituiLigações a implantar univers (und). (%) (und) (und) ção (und) implantar (und) univers. (und) (%) (und) ção (und) ção (und) implantar. (und) (km) Cenário 1 0,00 29.326 3,0 1.183 0 0 0 30.509 0 0 0 0 0 0,00 29.326 3,0 1.183 0 0 0 30.509 0 0 0 0 0 0,00 29.326 3,0 1.183 0 0 0 30.509 0 0 0 0 0 17,71 29.720 2,0 789 589 149 983 30.509 0 0 589 31 589 6,63 30.115 1,0 394 597 151 991 30.509 0 0 597 31 597 6,68 30.509 0,0 0 605 153 1.000 30.509 0 0 605 31 605 6,73 30.509 0,0 0 247 153 247 30.509 0 0 247 31 247 6,77 30.509 0,0 0 617 153 617 30.509 0 0 31 617 617 6,81 30.509 0,0 0 626 153 626 30.509 0 0 31 626 626 6,85 30.509 0,0 0 635 153 635 30.509 0 0 31 635 635 6,41 30.509 0,0 0 490 153 490 30.509 0 0 31 2.200 2200 6,42 30.509 0,0 0 895 153 895 30.509 0 0 31 895 895 6,43 30.509 0,0 0 641 153 641 30.509 0 0 31 641 641 6,43 30.509 0,0 0 649 153 649 30.509 0 0 31 649 649 6,43 30.509 0,0 0 657 153 657 30.509 0 0 31 657 657 6,42 30.509 0,0 0 666 153 666 30.509 0 0 31 666 666 6,40 30.509 0,0 0 243 153 243 30.509 0 0 31 243 243 6,37 30.509 0,0 0 677 153 677 30.509 0 0 31 677 677 6,34 30.509 0,0 0 686 153 686 30.509 0 0 31 686 686 6,29 30.509 0,0 0 695 153 695 30.509 0 0 31 695 695 5,59

30.509

127,71

0,0

-

-

0

480

153

480

1.183

10.694

2.740

11.876

30.509

-

0

-

0

0,0

2925 14.848

31

2.925

549

15.397

Nota: Qm - vazão média, Qmd - vazão do dia de maior consumo, Qmdh - vazão do dia e da hora de maior consumo. * Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE, SNIS e levantamento de campo

Quadro 41 – Projeção da demanda de água no distrito de Engenheiro Passos – 2013 a 2033 Prazo

Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033

Pop. Urbana 3.305 3.475 3.534 3.593 3.653 3.714 3.775 3.838 3.902 3.966 4.031 4.093 4.156 4.220 4.284 4.350 4.416 4.483 4.551 4.620 4.689 4.762

Volume Médio (m³/dia) Captação (L/s) Produção (L/s) Vol. Reservação (m³) Rede geral de água Hidrômetros Ligações prediais Índice de Pop. Quota AdensaQuota Índ. Hab/ Ligações EconomiÍnd. Perdas Qmdh Atend. Abasteproduzida consumida Perdas mento Existente Déficit Déficit Expansão Troca de Rede a Instalados até Déficit Déficit Ampliação Substitui- Hidrometro a Instalados até Déficit Déficit Amplia- SubstituiCapaciNecesCapaciExistenNecesLigações a dom ativas (lig.) as ativas Produzido Consumido (L/lig.dia) Déficit Qm Qmd Déficit Déficit (L/s) urbano implantar (%) (%) cida (L/hab.dia) (L/hab.dia) dade sário dade te sário (km) (%) (km) urbana (km) rede (km) univers (und). (%) (und) (und) ção (und) implantar (und) univers. (und) (%) (und) ção (und) ção (und) implantar. (und) (km) 3,2 95,0 3.302 3,0 1.147 1.158 1.209,6 805,9 366,4 244,1 33 352,0 31,0 17,5 0,0 30,0 14,0 16,8 0,0 325,0 483,8 158,8 30,2 0,04 13,9 5,0 0,73 0,00 899 20,0 229 0 0 0 1.128 5,0 56 0 0 0 95,0 3.357 3,0 1.166 1.178 1.247,8 819,5 371,7 244,1 34 367,3 31,0 18,0 0,0 30,0 14,4 17,3 0,0 325,0 499,1 174,1 31,2 0,04 13,9 5,0 0,73 0,00 0,07 0,00 899 20,0 229 0 72 0 1.128 5,0 56 0 45 0 95,0 3.413 3,0 1.174 1.198 1.228,8 819,2 360,0 240,0 33 348,8 31,0 17,7 0,0 30,0 14,2 17,1 0,0 325,0 491,5 166,5 30,7 0,04 13,9 5,0 0,73 0,00 0,07 0,00 899 20,0 229 0 72 0 1.128 5,0 56 0 45 0 100,0 3.653 3,0 1.194 1.218 1.315,1 876,7 360,0 240,0 33 367,2 31,0 19,0 0,0 30,0 15,2 18,3 0,0 325,0 526,0 201,0 32,9 0,04 13,9 0,0 0,00 1,58 0,07 2,31 1.013 10,0 115 20 81 134 1.184 0,0 0 20 47 76 100,0 3.714 3,0 1.214 1.238 1.188,4 817,0 320,0 220,0 31 306,0 31,0 17,2 0,0 30,0 13,8 16,5 0,0 325,0 475,4 150,4 29,7 0,04 13,9 0,0 0,00 0,28 0,07 0,28 1.071 5,0 57 20 86 77 1.184 0,0 0 20 47 20 100,0 3.775 3,0 1.234 1.258 1.208,2 830,6 320,0 220,0 31 306,0 31,0 17,5 0,0 30,0 14,0 16,8 0,0 325,0 483,3 158,3 30,2 0,04 13,9 0,0 0,00 0,28 0,07 0,28 1.117 1,0 11 20 89 66 1.184 0,0 0 20 47 20 100,0 3.838 3,0 1.254 1.279 1.151,4 806,0 300,0 210,0 30 275,4 31,0 16,6 0,0 30,0 13,3 16,0 0,0 325,0 460,6 135,6 28,8 0,04 13,9 0,0 0,00 0,28 0,07 0,28 1.128 0,0 0 20 90 32 1.184 0,0 0 20 47 20 100,0 3.902 3,0 1.275 1.301 1.170,5 819,3 300,0 210,0 30 275,4 31,0 16,9 0,0 30,0 13,5 16,3 0,0 325,0 468,2 143,2 29,3 0,04 13,9 0,0 0,00 0,29 0,07 0,29 1.128 0,0 0 21 90 21 1.184 0,0 0 21 47 21 100,0 3.966 3,0 1.296 1.322 1.150,1 813,0 290,0 205,0 29 260,1 31,0 16,6 0,0 30,0 13,3 16,0 0,0 325,0 460,0 135,0 28,8 0,04 13,9 0,0 0,00 0,29 0,07 0,29 1.128 0,0 0 21 90 21 1.184 0,0 0 21 47 21 100,0 4.031 3,0 1.317 1.344 1.169,0 826,4 290,0 205,0 29 260,1 31,0 16,9 0,0 30,0 13,5 16,2 0,0 325,0 467,6 142,6 29,2 0,04 13,9 0,0 0,00 0,30 0,07 0,30 1.128 0,0 0 21 90 21 1.184 0,0 0 21 47 21 100,0 4.093 2,8 1.433 1.462 1.105,2 798,2 270,0 195,0 28 214,2 31,0 16,0 0,0 30,0 12,8 15,3 0,0 325,0 442,1 117,1 27,6 0,04 13,9 0,0 0,00 0,28 0,07 0,28 1.128 0,0 0 116 90 116 1.184 0,0 0 116 47 116 100,0 4.156 2,8 1.455 1.484 1.122,1 810,4 270,0 195,0 28 214,2 31,0 16,2 0,0 30,0 13,0 15,6 0,0 325,0 448,9 123,9 28,1 0,04 13,9 0,0 0,00 0,29 0,07 0,29 1.128 0,0 0 22 90 22 1.184 0,0 0 22 47 22 100,0 4.220 2,8 1.478 1.507 1.097,1 801,8 260,0 190,0 27 199,9 31,0 15,8 0,0 30,0 12,7 15,2 0,0 325,0 438,9 113,9 27,4 0,04 13,9 0,0 0,00 0,29 0,07 0,29 1.128 0,0 0 22 90 22 1.184 0,0 0 22 47 22 100,0 4.284 2,8 1.500 1.530 1.113,9 814,0 260,0 190,0 27 199,9 31,0 16,1 0,0 30,0 12,9 15,5 0,0 325,0 445,6 120,6 27,8 0,04 13,9 0,0 0,00 0,29 0,07 0,29 1.128 0,0 0 23 90 23 1.184 0,0 0 23 47 23 100,0 4.350 2,8 1.523 1.553 1.087,4 804,7 250,0 185,0 26 185,6 31,0 15,7 0,0 30,0 12,6 15,1 0,0 325,0 435,0 110,0 27,2 0,04 13,9 0,0 0,00 0,30 0,07 0,30 1.128 0,0 0 23 90 23 1.184 0,0 0 23 47 23 100,0 4.416 2,8 1.546 1.577 1.104,0 816,9 250,0 185,0 26 185,6 31,0 15,9 0,0 30,0 12,8 15,3 0,0 325,0 441,6 116,6 27,6 0,04 13,9 0,0 0,00 0,30 0,07 0,30 1.128 0,0 0 23 90 23 1.184 0,0 0 23 47 23 100,0 4.483 2,8 1.554 1.601 1.031,1 762,1 230,0 170,0 26 173,0 31,0 14,9 0,0 30,0 11,9 14,3 0,0 325,0 412,4 87,4 25,8 0,04 13,9 0,0 0,00 0,30 0,07 0,30 1.128 0,0 0 8 90 8 1.184 0,0 0 8 47 8 100,0 4.551 2,8 1.578 1.625 1.046,7 773,6 230,0 170,0 26 173,0 31,0 15,1 0,0 30,0 12,1 14,5 0,0 325,0 418,7 93,7 26,2 0,04 13,9 0,0 0,00 0,31 0,07 0,31 1.128 0,0 0 24 90 24 1.184 0,0 0 24 47 24 100,0 4.620 2,8 1.602 1.650 979,3 739,1 212,0 160,0 25 150,0 31,0 14,1 0,0 30,0 11,3 13,6 0,0 325,0 391,7 66,7 24,5 0,04 13,9 0,0 0,00 0,31 0,07 0,31 1.128 0,0 0 24 90 24 1.184 0,0 0 24 47 24 100,0 4.689 2,8 1.626 1.675 994,1 750,3 212,0 160,0 25 150,0 31,0 14,4 0,0 30,0 11,5 13,8 0,0 325,0 397,6 72,6 24,9 0,04 13,9 0,0 0,00 0,32 0,07 0,32 1.128 0,0 0 24 90 24 1.184 0,0 0 24 47 24 100,0 4.762 2,7 1.712 1.764 1.009,5 761,9 212,0 160,0 25 144,6 31,0 14,6 0,0 30,0 11,7 14,0 0,0 325,0 403,8 78,8 25,2 0,04 13,9 0,0 0,00 0,33 0,07 0,33 1.128 0,0 0 86 90 86 1.184 0,0 0 86 47 86

TOTAL

Nota: Qm - vazão média, Qmd - vazão do dia de maior consumo, Qmdh - vazão do dia e da hora de maior consumo. * Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE, SNIS e levantamento de campo

-

0,73

6,61

1,39

7,34

-

-

229

538

1.753

767

-

-

56

538

943

594

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

155

Quadro 42 – Projeção da demanda de água no distrito de Fumaça – 2013 a 2033 Prazo

Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033

Pop. Urbana 542 565 573 581 589 597 606 614 623 632 640 649 657 666 674 683 692 701 710 719 729 736

Volume Médio (m³/dia) Índice de Pop. Hab/d Ligações EconomiAtend. Abastecida om ativas (lig.) as ativas Produzido Consumido (%)

80,0 80,0 80,0 80,0 90,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

452 458 465 471 538 606 614 623 632 640 649 657 666 674 683 692 701 710 719 729 736

2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6

215 218 219 222 225 228 232 235 238 241 245 248 251 254 258 261 262 265 269 272 275

217 220 223 227 230 233 236 240 243 246 250 253 256 259 263 266 270 273 277 280 283

ND 183,4 162,7 165,0 180,1 202,9 199,6 202,4 189,5 192,1 194,6 190,6 193,1 188,8 191,3 173,0 175,3 177,5 153,2 155,2 156,8

ND 111,9 111,6 113,1 126,4 142,4 135,1 137,0 132,6 134,5 136,2 134,7 136,5 134,9 136,6 124,6 126,2 127,8 115,1 116,6 117,8

Captação (L/s) Produção (L/s) Vol. Reservação (m³) Quota Quota Índ. Índ. AdensaQmdh produzida consumida Perdas Perdas Capaci- Necesmento Existente Déficit CapaciExisten- NecesDéficit Qm Qmd Déficit Déficit (L/s) (L/hab.dia) (L/hab.dia) (%) (L/lig.dia) dade urbano sário dade te sário (km) (%)

ND 400,0 350,0 350,0 335,0 335,0 325,0 325,0 300,0 300,0 300,0 290,0 290,0 280,0 280,0 250,0 250,0 250,0 213,0 213,0 213,0

ND 244,1 240,0 240,0 235,0 235,0 220,0 220,0 210,0 210,0 210,0 205,0 205,0 200,0 200,0 180,0 180,0 180,0 160,0 160,0 160,0

ND 36 31 31 30 30 32 32 30 30 30 29 29 29 29 28 28 28 25 25 25

ND 327,5 233,4 233,4 238,7 265,2 278,5 278,5 238,7 238,7 238,7 225,4 225,4 212,2 212,2 185,6 187,5 187,5 141,9 141,9 141,9

ND

ND 2,6 2,3 2,4 2,6 2,9 2,9 2,9 2,7 2,8 2,8 2,8 2,8 2,7 2,8 2,5 2,5 2,6 2,2 2,2 2,3

ND 2,6 2,3 2,4 2,6 2,9 2,9 2,9 2,7 2,8 2,8 2,8 2,8 2,7 2,8 2,5 2,5 2,6 2,2 2,2 2,3

ND

ND 2,1 1,9 1,9 2,1 2,3 2,3 2,3 2,2 2,2 2,3 2,2 2,2 2,2 2,2 2,0 2,0 2,1 1,8 1,8 1,8

ND 2,5 2,3 2,3 2,5 2,8 2,8 2,8 2,6 2,7 2,7 2,6 2,7 2,6 2,7 2,4 2,4 2,5 2,1 2,2 2,2

ND

2,5 2,3 2,3 2,5 2,8 2,8 2,8 2,6 2,7 2,7 2,6 2,7 2,6 2,7 2,4 2,4 2,5 2,1 2,2 2,2

36,0 36,0 36,0 36,0 36,0 36,0 36,0 36,0 36,0 36,0 36,0 36,0 36,0 36,0 36,0 36,0 36,0 36,0 36,0 36,0 36,0

ND 73,3 65,1 66,0 72,0 81,2 79,9 81,0 75,8 76,8 77,8 76,2 77,2 75,5 76,5 69,2 70,1 71,0 61,3 62,1 62,7

ND 37,3 29,1 30,0 36,0 45,2 43,9 45,0 39,8 40,8 41,8 40,2 41,2 39,5 40,5 33,2 34,1 35,0 25,3 26,1 26,7

ND 4,6 4,1 4,1 4,5 5,1 5,0 5,1 4,7 4,8 4,9 4,8 4,8 4,7 4,8 4,3 4,4 4,4 3,8 3,9 3,9

0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04

1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3

TOTAL

20,0 20,0 20,0 20,0 10,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

-

Rede geral de água Déficit Expansão Troca de (km) urbana (km) rede (km)

0,33 0,33 0,33 0,33 0,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00 0,00 0,21 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,03

0,33

0,88

Rede a Instalados até implantar univers (und). (km)

0,00 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,13

Déficit (%)

0 0 0 43 108 151 194 194 194 194 194 194 194 194 194 194 194 194 194 194 194

0,00 0,00 0,76 0,22 0,18 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,03

1,76

-

Hidrômetros Hidrometro Instalados Déficit Ampliação Substituição a implantar até univers. (und) (und) (und) (und) (und)

100,0 100,0 90,0 70,0 40,0 20,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

215 215 194 151 86 43 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 1 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 1 3 3 3 3

0 0 0 3 9 12 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15

0 0 0 65 68 46 46 3 3 3 3 3 3 3 3 3 1 3 3 3 3

-

215

57

257

268

Ligações prediais Déficit (%)

255 255 255 255 276 297 297 297 297 297 297 297 297 297 297 297 297 297 297 297 297

20,0 20,0 20,0 20,0 10,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

-

-

Déficit Ampliação Substitui(und) (und) ção (und)

42 42 42 42 21 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

42

0 0 0 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 1 3 3 3 3 56

Ligações a implantar. (und)

0 10 10 10 11 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12

0 0 0 46 24 24 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 1 3 3 3 3

232

141

Nota: Qm - vazão média, Qmd - vazão do dia de maior consumo, Qmdh - vazão do dia e da hora de maior consumo. * Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE, SNIS e levantamento de campo

Quadro 43 – Projeção da demanda de água do distrito de Pedra Selada – 2013 a 2033 Volume Médio (m³/dia)

Prazo

Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033

Pop. Urbana 371 387 392 398 403 409 415 420 426 431 437 443 449 454 460 466 472 477 482 487 491 496

Índice de Pop. Hab/d Ligações EconomiAtend. Abastecida om ativas (lig.) as ativas Produzido Consumido (%)

80,0 80,0 80,0 80,0 90,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

309 314 318 323 368 415 420 426 431 437 443 449 454 460 466 472 477 482 487 491 496

3,1 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9

132 134 134 136 138 140 142 144 146 148 150 152 154 156 158 160 160 161 163 165 166

133 135 137 139 141 143 145 147 149 151 153 155 157 159 161 163 164 166 168 169 171

ND 125,5 111,4 112,9 123,3 138,9 136,6 138,4 129,4 131,1 132,8 130,1 131,8 128,9 130,5 118,1 119,3 120,4 103,6 104,7 105,7

ND 76,6 73,2 74,2 82,8 93,3 92,5 93,7 90,6 91,8 93,0 91,9 93,1 92,0 93,2 85,0 85,9 86,7 77,9 78,6 79,4

Captação (L/s) Produção (L/s) Vol. Reservação (m³) Quota Quota Índ. Índ. AdensaQmdh produzida consumida Perdas Perdas Capaci- Necesmento Existente Déficit CapaciExisten- NecesDéficit Qm Qmd Déficit Déficit (L/s) (L/hab.dia) (L/hab.dia) (%) (L/lig.dia) dade urbano sário dade te sário (km) (%)

ND 400,0 350,0 350,0 335,0 335,0 325,0 325,0 300,0 300,0 300,0 290,0 290,0 280,0 280,0 250,0 250,0 250,0 213,0 213,0 213,0

ND 244,1 230,0 230,0 225,0 225,0 220,0 220,0 210,0 210,0 210,0 205,0 205,0 200,0 200,0 180,0 180,0 180,0 160,0 160,0 160,0

ND 36 34 34 33 33 32 32 30 30 30 29 29 29 29 28 28 28 25 25 25

ND 365,3 284,0 284,0 292,8 325,4 310,6 310,6 266,2 266,2 266,2 251,4 251,4 236,6 236,6 207,1 209,1 209,1 158,3 158,3 158,3

ND

ND 1,8 1,6 1,6 1,8 2,0 2,0 2,0 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9 1,7 1,7 1,7 1,5 1,5 1,5

ND 1,8 1,6 1,6 1,8 2,0 2,0 2,0 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9 1,7 1,7 1,7 1,5 1,5 1,5

ND

ND 1,5 1,3 1,3 1,4 1,6 1,6 1,6 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,4 1,4 1,4 1,2 1,2 1,2

ND 1,7 1,5 1,6 1,7 1,9 1,9 1,9 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,6 1,7 1,7 1,4 1,5 1,5

ND

1,7 1,5 1,6 1,7 1,9 1,9 1,9 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,6 1,7 1,7 1,4 1,5 1,5

10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0

ND 50,2 44,5 45,2 49,3 55,6 54,7 55,4 51,8 52,4 53,1 52,0 52,7 51,5 52,2 47,2 47,7 48,2 41,5 41,9 42,3

ND 40,2 34,5 35,2 39,3 45,6 44,7 45,4 41,8 42,4 43,1 42,0 42,7 41,5 42,2 37,2 37,7 38,2 31,5 31,9 32,3

ND 3,1 2,8 2,8 3,1 3,5 3,4 3,5 3,2 3,3 3,3 3,3 3,3 3,2 3,3 3,0 3,0 3,0 2,6 2,6 2,6

0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04

1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3

TOTAL

Nota: Qm - vazão média, Qmd - vazão do dia de maior consumo, Qmdh - vazão do dia e da hora de maior consumo. * Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE, SNIS e levantamento de campo

20,0 20,0 20,0 20,0 10,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

-

Rede geral de água Déficit Expansão Troca de (km) urbana (km) rede (km)

0,33 0,33 0,33 0,33 0,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00 0,00 0,15 0,03 0,03 0,03 0,02 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02

0,33

0,57

0,00 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,13

Rede a Instalados até implantar univers (und). (km) 0 0 0 26 66 92 119 119 119 119 119 119 119 119 119 119 119 119 119 119 119

0,00 0,00 0,69 0,21 0,17 0,03 0,02 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02

1,44

-

Déficit (%)

Hidrômetros Hidrometro Instalados Déficit Ampliação Substituição a implantar até univers. (und) (und) (und) (und) (und)

100,0 100,0 90,0 70,0 40,0 20,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

132 132 119 92 53 26 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 2 2 2 2

0 0 0 2 5 7 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10

0 0 0 40 42 28 28 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 2 2 2 2

-

132

32

157

162

Ligações prediais Déficit (%)

156 156 156 156 169 182 182 182 182 182 182 182 182 182 182 182 182 182 182 182 182

-

20,0 20,0 20,0 20,0 10,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

-

Déficit Ampliação Substitui(und) (und) ção (und)

26 26 26 26 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

26

0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 2 2 2 2 32

Ligações a implantar. (und)

0 6 6 6 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7

0 0 0 28 15 15 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 2 2 2 2

142

84

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

156

Quadro 44 – Projeção da demanda de água das localidades de Visconde de Mauá e Lote-10 – 2013 a 2033 Prazo

Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033

Pop. Urbana 1.523 1.588 1.610 1.633 1.655 1.679 1.702 1.726 1.748 1.771 1.794 1.818 1.841 1.865 1.889 1.914 1.939 1.958 1.978 1.998 2.017 2.038

Volume Médio (m³/dia) Índice de Pop. Hab/d Ligações EconomiAtend. Abastecida om ativas (lig.) as ativas Produzido Consumido (%)

80,0 80,0 80,0 80,0 95,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

3,0 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9

1.270 1.288 1.306 1.324 1.595 1.702 1.726 1.748 1.771 1.794 1.818 1.841 1.865 1.889 1.914 1.939 1.958 1.978 1.998 2.017 2.038

542 550 552 560 568 575 584 591 599 607 614 622 631 639 647 655 656 662 669 675 682

548 555 563 571 579 587 595 603 611 619 627 635 643 651 660 669 675 682 689 696 703

ND 515,2 457,1 463,5 534,2 570,2 561,0 568,2 531,4 538,3 545,3 533,9 540,9 529,0 535,9 484,7 489,5 494,4 425,5 429,7 434,0

ND 314,4 300,4 304,6 358,8 383,0 379,7 384,7 371,9 376,8 381,7 377,4 382,3 377,9 382,8 349,0 352,5 356,0 319,6 322,8 326,0

Captação (L/s) Produção (L/s) Vol. Reservação (m³) Quota Quota Índ. Índ. AdensaQmdh produzida consumida Perdas Perdas Capaci- Necesmento Existente Déficit CapaciExisten- NecesDéficit Qm Qmd Déficit Déficit (L/s) (L/hab.dia) (L/hab.dia) (%) (L/lig.dia) dade urbano sário dade te sário (km) (%)

ND 400,0 350,0 350,0 335,0 335,0 325,0 325,0 300,0 300,0 300,0 290,0 290,0 280,0 280,0 250,0 250,0 250,0 213,0 213,0 213,0

ND 244,1 230,0 230,0 225,0 225,0 220,0 220,0 210,0 210,0 210,0 205,0 205,0 200,0 200,0 180,0 180,0 180,0 160,0 160,0 160,0

ND 36 34 34 33 33 32 32 30 30 30 29 29 29 29 28 28 28 25 25 25

ND 365,3 284,0 284,0 309,1 325,4 310,6 310,6 266,2 266,2 266,2 251,4 251,4 236,6 236,6 207,1 209,1 209,1 158,3 158,3 158,3

ND

ND 7,4 6,6 6,7 7,7 8,2 8,1 8,2 7,7 7,8 7,9 7,7 7,8 7,6 7,7 7,0 7,1 7,1 6,1 6,2 6,3

ND 7,4 6,6 6,7 7,7 8,2 8,1 8,2 7,7 7,8 7,9 7,7 7,8 7,6 7,7 7,0 7,1 7,1 6,1 6,2 6,3

ND

ND 6,0 5,3 5,4 6,2 6,6 6,5 6,6 6,1 6,2 6,3 6,2 6,3 6,1 6,2 5,6 5,7 5,7 4,9 5,0 5,0

ND 7,2 6,3 6,4 7,4 7,9 7,8 7,9 7,4 7,5 7,6 7,4 7,5 7,3 7,4 6,7 6,8 6,9 5,9 6,0 6,0

ND

7,2 6,3 6,4 7,4 7,9 7,8 7,9 7,4 7,5 7,6 7,4 7,5 7,3 7,4 6,7 6,8 6,9 5,9 6,0 6,0

100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

ND 206,1 182,9 185,4 213,7 228,1 224,4 227,3 212,5 215,3 218,1 213,6 216,3 211,6 214,4 193,9 195,8 197,8 170,2 171,9 173,6

ND 106,1 82,9 85,4 113,7 128,1 124,4 127,3 112,5 115,3 118,1 113,6 116,3 111,6 114,4 93,9 95,8 97,8 70,2 71,9 73,6

ND 12,9 11,4 11,6 13,4 14,3 14,0 14,2 13,3 13,5 13,6 13,3 13,5 13,2 13,4 12,1 12,2 12,4 10,6 10,7 10,9

0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04

1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3

Rede geral de água Déficit Expansão Troca de (km) urbana (km) rede (km)

20,0 20,0 20,0 20,0 5,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

TOTAL

-

0,33 0,33 0,33 0,33 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00 0,00 0,60 0,11 0,11 0,11 0,10 0,10 0,10 0,11 0,11 0,11 0,11 0,11 0,11 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09

0,33

2,34

Rede a Instalados até implantar univers (und). (km)

0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,14

0 0 54 163 325 434 542 542 542 542 542 542 542 542 542 542 542 542 542 542 542

0,00 0,00 1,15 0,36 0,18 0,11 0,10 0,10 0,10 0,11 0,11 0,11 0,11 0,11 0,11 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09

3,21

Déficit (%)

-

Hidrômetros Hidrometro Instalados Déficit Ampliação Substituição a implantar até univers. (und) (und) (und) (und) (und)

100,0 100,0 90,0 70,0 40,0 20,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

542 542 488 379 217 108 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 2 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 0 7 7 7 7

0 0 4 13 26 35 43 43 43 43 43 43 43 43 43 43 43 43 43 43 43

0 0 0 163 170 116 116 8 8 8 8 8 8 8 8 8 0 7 7 7 7

-

542

132

729

665

Ligações prediais Déficit (%)

642 642 642 642 722 748 748 748 748 748 748 748 748 748 748 748 748 748 748 748 748

20,0 20,0 20,0 20,0 5,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Déficit Ampliação Substitui(und) (und) ção (und)

107 107 107 107 27 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 0 7 7 7 7 130

Ligações a implantar. (und)

0 26 26 26 29 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

0 0 0 115 88 35 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 0 7 7 7 7

585

344

Ampliação Substitui- Hidrometro a Instalados até Déficit Déficit Amplia- Substitui(und) ção (und) implantar (und) univers. (und) (%) (und) ção (und) ção (und)

Ligações a implantar. (und)

-

-

107

Nota: Qm - vazão média, Qmd - vazão do dia de maior consumo, Qmdh - vazão do dia e da hora de maior consumo. * Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE, SNIS e levantamento de campo

Quadro 45 – Projeção da demanda de água na localidade de Serrinha – 2013 a 2033 Volume Médio (m³/dia)

Prazo

Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033

Pop. Quota Pop. Índice de Hab/ Ligações EconomiAbasteproduzida Urbana Atend. (%) dom ativas (lig.) as ativas Produzido Consumido cida (L/hab.dia) 542 547 553 558 564 570 575 581 587 593 599 605 611 617 623 629 636 642 648 655 661 668

15,0 15,0 15,0 30,0 50,0 70,0 90,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

82 83 84 169 285 403 523 587 593 599 605 611 617 623 629 636 642 648 655 661 668

2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9

187 189 189 191 193 195 196 198 200 202 204 206 209 211 213 215 215 217 219 221 224

189 191 193 194 196 198 200 202 204 206 209 211 213 215 217 219 221 224 226 228 230

ND 31,5 31,0 59,2 99,7 136,9 177,8 179,0 180,8 167,6 166,3 168,0 169,6 162,0 163,6 165,2 150,8 152,4 139,5 140,9 142,3

ND 20,2 19,9 38,1 64,1 88,6 115,1 117,4 118,6 113,8 111,9 113,0 114,1 112,1 113,3 114,4 109,1 110,2 104,8 105,8 106,9

ND 379,6 370,0 350,0 350,0 340,0 340,0 305,0 305,0 280,0 275,0 275,0 275,0 260,0 260,0 260,0 235,0 235,0 213,0 213,0 213,0

Quota consumida (L/hab.dia)

ND 244,1 238,0 225,0 225,0 220,0 220,0 200,0 200,0 190,0 185,0 185,0 185,0 180,0 180,0 180,0 170,0 170,0 160,0 160,0 160,0

Captação (L/s)

Índ. Índ. Perdas Perdas Capaci(L/lig.dia) (%) dade

ND 36 36 36 36 35 35 34 34 32 33 33 33 31 31 31 28 28 25 25 25

ND 59,5 58,6 110,9 184,9 248,5 319,5 310,6 310,6 266,2 266,2 266,2 266,2 236,6 236,6 236,6 194,2 194,2 158,3 158,3 158,3

ND

Produção (L/s)

NecesCapaciDéficit sário dade

ND 0,5 0,4 0,9 1,4 2,0 2,6 2,6 2,6 2,4 2,4 2,4 2,5 2,3 2,4 2,4 2,2 2,2 2,0 2,0 2,1

ND 0,5 0,4 0,9 1,4 2,0 2,6 2,6 2,6 2,4 2,4 2,4 2,5 2,3 2,4 2,4 2,2 2,2 2,0 2,0 2,1

ND

Qm

ND 0,4 0,4 0,7 1,2 1,6 2,1 2,1 2,1 1,9 1,9 1,9 2,0 1,9 1,9 1,9 1,7 1,8 1,6 1,6 1,6

Vol. Reservação (m³)

Existen- NecesQmd Déficit Déficit te sário

ND 0,4 0,4 0,8 1,4 1,9 2,5 2,5 2,5 2,3 2,3 2,3 2,4 2,2 2,3 2,3 2,1 2,1 1,9 2,0 2,0

ND

0,4 0,4 0,8 1,4 1,9 2,5 2,5 2,5 2,3 2,3 2,3 2,4 2,2 2,3 2,3 2,1 2,1 1,9 2,0 2,0

12,0 12,0 12,0 12,0 12,0 12,0 12,0 12,0 12,0 12,0 12,0 12,0 12,0 12,0 12,0 12,0 12,0 12,0 12,0 12,0 12,0

ND 12,6 12,4 23,7 39,9 54,8 71,1 71,6 72,3 67,1 66,5 67,2 67,9 64,8 65,4 66,1 60,3 60,9 55,8 56,3 56,9

ND 0,6 0,4 11,7 27,9 42,8 59,1 59,6 60,3 55,1 54,5 55,2 55,9 52,8 53,4 54,1 48,3 48,9 43,8 44,3 44,9

Qmdh (L/s)

ND 0,8 0,8 1,5 2,5 3,4 4,4 4,5 4,5 4,2 4,2 4,2 4,2 4,0 4,1 4,1 3,8 3,8 3,5 3,5 3,6

Rede geral de água AdensaRede a Instalados mento Existente Déficit Déficit Expansão Troca de Déficit implantar até univers urbano (km) (%) (km) urbana (km) rede (km) (%) (km) (und). 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04

0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3

TOTAL

85,0 85,0 85,0 70,0 50,0 30,0 10,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

1,86 1,86 1,86 0,77 0,33 0,14 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00 0,00 0,10 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03

-

1,86

0,57

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03

0 0 0 37 112 150 187 187 187 187 187 187 187 187 187 187 187 187 187 187 187

0,00 0,00 1,96 0,35 0,17 0,06 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03

2,94

-

Hidrômetros Déficit (und)

Ligações prediais

100,0 100,0 100,0 80,0 40,0 20,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

187 187 187 150 75 37 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 2 2 2 2

0 0 0 3 9 12 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15

0 0 0 347 77 39 39 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 2 2 2 2

-

187

35

248

530

190 190 190 219 257 295 333 352 352 352 352 352 352 352 352 352 352 352 352 352 352

-

85,0 85,0 85,0 70,0 50,0 30,0 10,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

162 162 162 133 95 57 19 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

-

162

0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 2 2 2 2 35

Nota: Qm - vazão média, Qmd - vazão do dia de maior consumo, Qmdh - vazão do dia e da hora de maior consumo. * Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE, SNIS e levantamento de campo

A localidade de Serrinha possui uma população pouco adensada, apresentando custos maiores para a prestação dos serviços de abastecimento de água. Portanto pode-se apresentar conveniente a adoção de sistemas alternativos de abastecimento de água para localidades rurais dispersas. Segundo o Ministério das Cidades (2011) o valor do sistema alternativo de abastecimento de água é de R$ 272,00 por habitante.

0 8 8 9 10 12 13 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14

0 0 0 30 40 40 40 21 2 2 2 2 2 2 2 2 0 2 2 2 2

256

197

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

157

Quadro 46 – Projeção da demanda de água na localidade de Capelinha – 2013 a 2033 Prazo

Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033

Pop. Urbana 380 396 402 407 413 419 425 431 436 442 448 453 459 465 471 478 484 489 493 498 503 508

Volume Médio (m³/dia) Índice de Pop. Hab/d Ligações EconomiAtend. Abastecida om ativas (lig.) as ativas Produzido Consumido (%)

80,0 80,0 80,0 80,0 90,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

317 321 326 330 377 425 431 436 442 448 453 459 465 471 478 484 489 493 498 503 508

3,5 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9

135 137 138 140 142 144 146 147 149 151 153 155 157 159 161 164 164 165 167 169 170

137 139 140 142 144 146 149 150 152 154 156 158 160 163 165 167 168 170 172 174 175

ND 128,6 114,1 115,7 126,3 142,3 140,0 141,8 132,6 134,3 136,0 133,2 135,0 132,0 133,7 120,9 122,1 123,4 106,2 107,2 108,3

ND 78,5 75,0 76,0 84,8 95,6 94,7 96,0 92,8 94,0 95,2 94,2 95,4 94,3 95,5 87,1 87,9 88,8 79,7 80,5 81,3

Captação (L/s) Produção (L/s) Vol. Reservação (m³) Quota Quota Índ. Índ. AdensaQmdh produzida consumida Perdas Perdas Capaci- Necesmento Existente Déficit CapaciExisten- NecesDéficit Qm Qmd Déficit Déficit (L/s) (L/hab.dia) (L/hab.dia) (%) (L/lig.dia) dade urbano sário dade te sário (km) (%)

ND 400,0 350,0 350,0 335,0 335,0 325,0 325,0 300,0 300,0 300,0 290,0 290,0 280,0 280,0 250,0 250,0 250,0 213,0 213,0 213,0

ND 244,1 230,0 230,0 225,0 225,0 220,0 220,0 210,0 210,0 210,0 205,0 205,0 200,0 200,0 180,0 180,0 180,0 160,0 160,0 160,0

ND 36 34 34 33 33 32 32 30 30 30 29 29 29 29 28 28 28 25 25 25

ND 365,3 284,0 284,0 292,8 325,4 310,6 310,6 266,2 266,2 266,2 251,4 251,4 236,6 236,6 207,1 209,1 209,1 158,3 158,3 158,3

ND

ND 1,9 1,6 1,7 1,8 2,1 2,0 2,0 1,9 1,9 2,0 1,9 1,9 1,9 1,9 1,7 1,8 1,8 1,5 1,5 1,6

ND 1,9 1,6 1,7 1,8 2,1 2,0 2,0 1,9 1,9 2,0 1,9 1,9 1,9 1,9 1,7 1,8 1,8 1,5 1,5 1,6

ND

ND 1,5 1,3 1,3 1,5 1,6 1,6 1,6 1,5 1,6 1,6 1,5 1,6 1,5 1,5 1,4 1,4 1,4 1,2 1,2 1,3

ND 1,8 1,6 1,6 1,8 2,0 1,9 2,0 1,8 1,9 1,9 1,9 1,9 1,8 1,9 1,7 1,7 1,7 1,5 1,5 1,5

ND

1,8 1,6 1,6 1,8 2,0 1,9 2,0 1,8 1,9 1,9 1,9 1,9 1,8 1,9 1,7 1,7 1,7 1,5 1,5 1,5

18,0 18,0 18,0 18,0 18,0 18,0 18,0 18,0 18,0 18,0 18,0 18,0 18,0 18,0 18,0 18,0 18,0 18,0 18,0 18,0 18,0

ND 51,4 45,6 46,3 50,5 56,9 56,0 56,7 53,0 53,7 54,4 53,3 54,0 52,8 53,5 48,4 48,9 49,3 42,5 42,9 43,3

ND 33,4 27,6 28,3 32,5 38,9 38,0 38,7 35,0 35,7 36,4 35,3 36,0 34,8 35,5 30,4 30,9 31,3 24,5 24,9 25,3

ND 3,2 2,9 2,9 3,2 3,6 3,5 3,5 3,3 3,4 3,4 3,3 3,4 3,3 3,3 3,0 3,1 3,1 2,7 2,7 2,7

0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04

1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3

TOTAL

20,0 20,0 20,0 20,0 10,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

-

Rede geral de água Déficit Expansão Troca de (km) urbana (km) rede (km)

0,33 0,33 0,33 0,33 0,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00 0,00 0,15 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02

0,33

0,58

0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,14

Rede a Instalados até implantar univers (und). (km) 0 0 14 41 81 108 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135

0,00 0,00 0,70 0,21 0,17 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02

1,46

-

Déficit (%)

Hidrômetros Hidrometro Instalados Déficit Ampliação Substituição a implantar até univers. (und) (und) (und) (und) (und)

100,0 100,0 90,0 70,0 40,0 20,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

135 135 122 95 54 27 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 2 2 2 2

0 0 1 3 6 9 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11

0 0 0 41 43 29 29 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 2 2 2 2

-

135

33

182

166

Ligações prediais Déficit (%)

160 160 160 160 173 187 187 187 187 187 187 187 187 187 187 187 187 187 187 187 187

-

20,0 20,0 20,0 20,0 10,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

-

Déficit Ampliação Substitui(und) (und) ção (und)

27 27 27 27 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

27

0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 2 2 2 2 32

Ligações a implantar. (und)

0 6 6 6 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7

0 0 0 29 15 15 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 2 2 2 2

146

86

Nota: Qm - vazão média, Qmd - vazão do dia de maior consumo, Qmdh - vazão do dia e da hora de maior consumo. * Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE, SNIS e levantamento de campo

Quadro 47 – Projeção da demanda de água na localidade de Campo Alegre e Rio Preto – 2013 a 2033 Prazo

Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033

Pop. Urbana 297 310 314 318 323 327 332 337 341 345 350 354 359 364 368 373 378 382 386 390 393 397

Volume Médio (m³/dia) Índice de Pop. Hab/d Ligações EconomiAtend. Abastecida om ativas (lig.) as ativas Produzido Consumido (%)

80,0 80,0 80,0 80,0 90,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

248 251 255 258 295 332 337 341 345 350 354 359 364 368 373 378 382 386 390 393 397

2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9

106 107 108 109 111 112 114 115 117 118 120 121 123 125 126 128 128 129 130 132 133

107 108 110 111 113 114 116 118 119 121 122 124 125 127 129 130 132 133 134 136 137

ND 100,5 89,1 90,4 98,7 111,2 109,4 110,8 103,6 105,0 106,3 104,1 105,5 103,2 104,5 94,5 95,5 96,4 83,0 83,8 84,6

ND 61,3 58,6 59,4 66,3 74,7 74,0 75,0 72,5 73,5 74,4 73,6 74,6 73,7 74,6 68,1 68,7 69,4 62,3 62,9 63,6

Captação (L/s) Produção (L/s) Vol. Reservação (m³) Quota Quota Índ. Índ. AdensaQmdh produzida consumida Perdas Perdas Capaci- Necesmento Existente Déficit CapaciExisten- NecesDéficit Qm Qmd Déficit Déficit (L/s) (L/hab.dia) (L/hab.dia) (%) (L/lig.dia) dade urbano sário dade te sário (km) (%)

ND 400,0 350,0 350,0 335,0 335,0 325,0 325,0 300,0 300,0 300,0 290,0 290,0 280,0 280,0 250,0 250,0 250,0 213,0 213,0 213,0

ND 244,1 230,0 230,0 225,0 225,0 220,0 220,0 210,0 210,0 210,0 205,0 205,0 200,0 200,0 180,0 180,0 180,0 160,0 160,0 160,0

ND 36 34 34 33 33 32 32 30 30 30 29 29 29 29 28 28 28 25 25 25

ND 365,3 284,0 284,0 292,8 325,4 310,6 310,6 266,2 266,2 266,2 251,4 251,4 236,6 236,6 207,1 209,1 209,1 158,3 158,3 158,3

ND

ND 1,5 1,3 1,3 1,4 1,6 1,6 1,6 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,4 1,4 1,4 1,2 1,2 1,2

ND 1,5 1,3 1,3 1,4 1,6 1,6 1,6 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,4 1,4 1,4 1,2 1,2 1,2

ND

ND 1,2 1,0 1,0 1,1 1,3 1,3 1,3 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,1 1,1 1,1 1,0 1,0 1,0

ND 1,4 1,2 1,3 1,4 1,5 1,5 1,5 1,4 1,5 1,5 1,4 1,5 1,4 1,5 1,3 1,3 1,3 1,2 1,2 1,2

ND

1,4 1,2 1,3 1,4 1,5 1,5 1,5 1,4 1,5 1,5 1,4 1,5 1,4 1,5 1,3 1,3 1,3 1,2 1,2 1,2

15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0

ND 40,2 35,7 36,2 39,5 44,5 43,8 44,3 41,4 42,0 42,5 41,6 42,2 41,3 41,8 37,8 38,2 38,6 33,2 33,5 33,9

ND 25,2 20,7 21,2 24,5 29,5 28,8 29,3 26,4 27,0 27,5 26,6 27,2 26,3 26,8 22,8 23,2 23,6 18,2 18,5 18,9

ND 2,5 2,2 2,3 2,5 2,8 2,7 2,8 2,6 2,6 2,7 2,6 2,6 2,6 2,6 2,4 2,4 2,4 2,1 2,1 2,1

0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04

1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3

TOTAL

Nota: Qm - vazão média, Qmd - vazão do dia de maior consumo, Qmdh - vazão do dia e da hora de maior consumo. * Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE, SNIS e levantamento de campo

20,0 20,0 20,0 20,0 10,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

-

Rede geral de água Déficit Expansão Troca de (km) urbana (km) rede (km)

0,33 0,33 0,33 0,33 0,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00 0,00 0,12 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02

0,33

0,46

0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,14

Rede a Instalados até implantar univers (und). (km) 0 0 0 21 53 74 95 95 95 95 95 95 95 95 95 95 95 95 95 95 95

0,00 0,00 0,66 0,20 0,17 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02

1,33

-

Déficit (%)

Hidrômetros Hidrometro Instalados Déficit Ampliação Substituição a implantar até univers. (und) (und) (und) (und) (und)

100,0 100,0 90,0 70,0 40,0 20,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

106 106 95 74 42 21 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 2 2 2 2 1 1 2 2 2 2 2 2 2 0 1 1 1 1

0 0 0 2 4 6 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8

0 0 0 32 33 23 23 1 1 2 2 2 2 2 2 2 0 1 1 1 1

-

106

26

126

130

Ligações prediais Déficit (%)

125 125 125 125 136 146 146 146 146 146 146 146 146 146 146 146 146 146 146 146 146

-

20,0 20,0 20,0 20,0 10,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

-

Déficit Ampliação Substitui(und) (und) ção (und)

21 21 21 21 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

21

0 0 0 2 2 2 2 1 1 2 2 2 2 2 2 2 0 1 1 1 1 25

Ligações a implantar. (und)

0 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6

0 0 0 22 12 12 2 1 1 2 2 2 2 2 2 2 0 1 1 1 1

114

67

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

158

Quadro 48 – Projeção da demanda de água na localidade de Bagagem – 2013 a 2033 Prazo

Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033

Pop. Urbana 135 141 143 145 147 149 151 153 155 157 159 161 163 165 167 170 172 174 175 177 179 181

Volume Médio (m³/dia) Índice de Pop. Hab/d Ligações EconomiAtend. Abastecida om ativas (lig.) as ativas Produzido Consumido (%)

80,0 80,0 80,0 80,0 90,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

113 114 116 117 134 151 153 155 157 159 161 163 165 167 170 172 174 175 177 179 181

2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5

56 57 57 58 58 59 60 61 62 62 63 64 65 66 67 67 67 68 69 69 70

56 57 58 59 60 60 61 62 63 64 64 65 66 67 68 69 69 70 71 72 72

ND 45,7 40,5 41,1 44,9 50,5 49,7 50,4 47,1 47,7 48,3 47,3 47,9 46,9 47,5 43,0 43,4 43,8 37,7 38,1 38,5

ND 27,9 26,6 27,0 30,1 33,9 33,7 34,1 33,0 33,4 33,8 33,5 33,9 33,5 33,9 30,9 31,2 31,6 28,3 28,6 28,9

Captação (L/s) Produção (L/s) Vol. Reservação (m³) Quota Quota Índ. Índ. AdensaQmdh produzida consumida Perdas Perdas Capaci- Necesmento Existente Déficit CapaciExisten- NecesDéficit Qm Qmd Déficit Déficit (L/s) (L/hab.dia) (L/hab.dia) (%) (L/lig.dia) dade urbano sário dade te sário (km) (%)

ND 400,0 350,0 350,0 335,0 335,0 325,0 325,0 300,0 300,0 300,0 290,0 290,0 280,0 280,0 250,0 250,0 250,0 213,0 213,0 213,0

ND 244,1 230,0 230,0 225,0 225,0 220,0 220,0 210,0 210,0 210,0 205,0 205,0 200,0 200,0 180,0 180,0 180,0 160,0 160,0 160,0

ND 36 34 34 33 33 32 32 30 30 30 29 29 29 29 28 28 28 25 25 25

ND 314,9 244,8 244,8 252,5 280,5 267,8 267,8 229,5 229,5 229,5 216,8 216,8 204,0 204,0 178,5 180,3 180,3 136,5 136,5 136,5

ND

ND 0,7 0,6 0,6 0,6 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,6 0,6 0,6 0,5 0,6 0,6

ND 0,7 0,6 0,6 0,6 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,6 0,6 0,6 0,5 0,6 0,6

ND

ND 0,5 0,5 0,5 0,5 0,6 0,6 0,6 0,5 0,6 0,6 0,5 0,6 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,4 0,4 0,4

ND 0,6 0,6 0,6 0,6 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,6 0,6 0,6 0,5 0,5 0,5

ND

ND

0,6 0,6 0,6 0,6 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,6 0,6 0,6 0,5 0,5 0,5

ND 18,3 16,2 16,4 17,9 20,2 19,9 20,1 18,8 19,1 19,3 18,9 19,2 18,8 19,0 17,2 17,4 17,5 15,1 15,2 15,4

ND 18,3 16,2 16,4 17,9 20,2 19,9 20,1 18,8 19,1 19,3 18,9 19,2 18,8 19,0 17,2 17,4 17,5 15,1 15,2 15,4

ND 1,1 1,0 1,0 1,1 1,3 1,2 1,3 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,1 1,1 1,1 0,9 1,0 1,0

0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04

1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3

TOTAL

Nota: Qm - vazão média, Qmd - vazão do dia de maior consumo, Qmdh - vazão do dia e da hora de maior consumo. * Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE, SNIS e levantamento de campo

20,0 20,0 20,0 20,0 10,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

-

Rede geral de água Déficit Expansão Troca de (km) urbana (km) rede (km)

0,33 0,33 0,33 0,33 0,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00 0,00 0,05 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01

0,33

0,21

0,00 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,13

Rede a Instalados até implantar univers (und). (km) 0 0 0 11 28 39 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50

0,00 0,00 0,60 0,19 0,16 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01

1,08

-

Déficit (%)

Hidrômetros Hidrometro Instalados Déficit Ampliação Substituição a implantar até univers. (und) (und) (und) (und) (und)

100,0 100,0 90,0 70,0 40,0 20,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

56 56 50 39 22 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1

0 0 0 1 2 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4

0 0 0 17 18 12 12 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1

-

56

14

66

68

Ligações prediais Déficit (%)

66 66 66 66 71 77 77 77 77 77 77 77 77 77 77 77 77 77 77 77 77

-

20,0 20,0 20,0 20,0 10,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

-

Déficit Ampliação Substitui(und) (und) ção (und)

11 11 11 11 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

11

0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 13

Ligações a implantar. (und)

0 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

0 0 0 12 6 6 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1

60

35

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

159

5.2.2. Sistema de esgotamento sanitário

As demandas do serviço de esgotamento sanitário são calculadas, tendo como objetivo principal coletar, afastar e tratar o esgoto sanitário gerado nos domicílios urbanos do município. Os dados coletados in loco foram complementados e consideradas as informações do SNIS. Para os distritos há a carência de dados, havendo a necessidade da adoção de valores em função das características da sede ou dados de referência nacional. O município de Resende possui dados do volume total de esgoto gerado. Dessa forma, a demanda do sistema de esgotamento sanitário foi calculada a partir da adoção do coeficiente de retorno 0,8, ou seja, 80% da água consumida nos domicílios retornam ao sistema na forma de esgoto. Como apresentado anteriormente, o volume de água consumido em 2013, na sede de Resende e no distrito de Agulhas Negras, foi de 23.090,8 m³, que resulta na geração de 18.473 m³ de esgoto. Deste total, 97% são coletados e 60% tratados (dados do levantamento de campo), evidenciando a necessidade de investimentos para universalização do serviço. Segundo dados do Diagnóstico do SNIS (2012), o índice médio nacional de atendimento da população urbana com coleta de esgoto é de 56,1% e de tratamento de 38,6%. Deve-se notar que, nos parcelamentos do solo através de loteamentos, o loteador é responsável por fornecer a infraestrutura básica mínima, na qual está inclusa as soluções para o esgotamento sanitário, conforme determina a Lei Federal 6.766/1979. Para a projeção das demandas no horizonte de planejamento, adotaram-se metas para o Sistema de Esgotamento Sanitário, apresentadas no Quadro 49. As metas e os prazos aqui estabelecidos foram discutidos com o município e a operadora, para a sede e Agulhas Negras. Para as demais localidades de Resende, houve pactuação em função de reuniões realizadas com o município e com a Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro (SEA/RJ). Foi calculada a projeção de rede coletora considerando uma densidade de rede de 3,27 m.rede/hab. Este valor foi calculado através de informações do SNIS (2012), dados referentes à porcentagem de atendimento adquiridos em campo e mapeamentos para a delimitação da extensão de ruas no município que se mostrou compatível com a forma de ocupação urbana e oferta de serviços de água para municípios semelhantes no Médio Paraíba do Sul.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

160

Quadro 49 – Metas do sistema de esgotamento sanitário do Município de Resende Distrito/ localidade

Sede e Agulhas Negras

Índice de Coleta Atual1 (%)

Meta (%)

Índice de Tratamento Ano

97

Atual1 (%)

Meta (%)

Ano

90

2019

100

2025

100

2025

60 2016

Engenheiro Passos

97

0

Visconde de Mauá

96

43

Pedra Selada

ND

0 100

Fumaça

30

30

Serrinha

ND

0

Capelinha

89

89

Campo Alegre

ND

0

Bagagem

ND

0

2020

Nota: 1 – Indicadores atuais (ano base 2013) foram informados no levantamento de campo, com exceção do Sistema de Visconde de Mauá que não dispunha do índice de tratamento de esgoto. Para esse sistema adotouse o índice médio da região sudeste igual 43% (SNIS, 2012) Fonte: Vallenge, 2013

A projeção da demanda de esgoto da sede de Resende foi realizada para os prazos curto, médio e longo contemplando o horizonte de plano (20 anos). Com o aumento da população atendida nesse período, a vazão de tratamento apresenta seus maiores déficits em médio e longo prazo. As variações na demanda observadas no decorrer do plano, são em função do crescimento populacional e da redução da cota per capita de água consumida: em função de programas de educação ambiental e sanitária que visam reduzir o consumo de água por domicílio e habitante. Assim, seguiu-se a diretriz de eficiência na prestação dos serviços. Os sistemas localizados na sede de Resende e Agulhas Negras e na localidade de Visconde de Mauá apresentam maior cobertura, mas mesmo assim verificam-se déficits para a universalização da prestação. O distrito de Fumaça e a localidade de Capelinha também possuem sistema de tratamento instalado, com índice de atendimento com tratamento de 30% e 89%, respectivamente. Nos demais distritos e localidades as informações do SES são praticamente nulas, prevalecendo o regime unitário, situação comum a vários outros municípios na Bacia, mas não há cadastro ou como avaliar qual a porcentagem da rede existente é unitária ou separadora absoluta. De forma semelhante ao SAA para o SES foi necessário adotar valores para realizar a projeção das demandas, considerando situações mais críticas. Utilizou-se o índice médio de atendimento urbano com coleta de esgoto para prestadores locais de direito público, igual a 75% (SNIS, 2012).

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

161

Os resultados do estudo de demandas para o Sistema de Esgotamento Sanitário da sede, distritos e localidades são apresentados nos Quadros abaixo.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

162

Quadro 50 – Projeção da demanda de esgoto na sede de Resende e distrito de Agulhas Negras – 2013 a 2033 Prazo

Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

Pop. Pop. Aten. Pop. Aten. Urbana Coleta (%) Trat. (%)

2010 2013 2014 2015

107.468 112.273 113.919 115.589

2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

117.282 118.998 120.739 122.504 124.294 126.108 127.949 129.686

2024

131.447

2025 2026

133.230 135.036

2027 2028

Volume (m³/dia) Ligações Economitotais as totais Produzido Coletado Tratado (lig.)

Vazão (L/s) Qm

Qmd

Vazão Trat. (L/s) Capacidade

Qmh

Carga Org. total

Déficit

DBO

DQO

Rede geral de esgoto Adensamento urbano

Existente (km)

Déficit (%)

Déficit (km)

Expansão urbana (km)

Ligações prediais Troca de rede (km)

Cenário 1 97 97 99

60 60 60

19.408 21.583 22.190

22.043 24.821 25.519

18.473 18.227 18.494

17.918 17.680 18.309

10.751 10.608 10.986

213,8 211,0 214,1

256,6 253,2 256,9

320,7 316,4 321,1

100 100 100 100 100 100 100 100 100

70 75 85 90 92 94 96 98 99

22.739 23.068 23.401 23.574 23.914 24.259 24.610 25.979 26.328

26.150 26.528 26.911 27.345 27.740 28.141 28.547 30.136 30.541

18.765 19.040 19.318 19.111 19.390 19.673 19.448 19.712 19.980

18.765 19.040 19.318 19.111 19.390 19.673 19.448 19.712 19.980

13.136 14.280 16.420 17.200 17.839 18.493 18.670 19.318 19.780

217,2 220,4 223,6 221,2 224,4 227,7 225,1 228,2

260,6 264,4 268,3 265,4 269,3 273,2 270,1 273,8

325,8 330,6 335,4 331,8 336,6 341,5 337,6 342,2

231,2

277,5

346,9

100

100

26.681

30.950

20.251

20.251

20.251

100 100

27.039 27.402

31.365 31.786

20.526 20.256

20.526 20.256

20.526 20.256

281,3 285,1

351,6 356,3

136.866

100 100

234,4 237,6 234,4

281,3

351,7

138.720

100

100

27.769

32.212

20.530

20.530

20.530

237,6

285,1

356,4

2029

140.597

100

100

27.945

32.696

20.246

20.246

20.246

234,3

281,2

351,5

2030

142.499

100

100

28.319

33.134

18.240

18.240

18.240

211,1

253,3

316,7

2031 2032

144.425 146.376

100

100

28.698

33.577

18.486

18.486

18.486

29.082 30.705

34.026 35.925

18.736 18.963

18.736 18.963

18.736 18.963

320,9 325,3

148.147

100 100

256,8 260,2

2033

100 100

214,0 216,9 219,5

263,4

329,2

126,3 126,3 126,3 126,3 126,3 126,3 126,3 126,3 126,3 126,3 126,3 126,3 126,3 126,3 126,3 126,3 126,3 126,3 126,3 126,3 126,3

130,3 126,9 130,6

6.063 6.152 6.242

11.227 11.392 11.559

0,04 0,05 0,06

361,0 361,0 361,0

3,0 3,0 1,0

11,2 11,2 3,7

0,00 0,00

134,3 138,1 142,0 139,1 143,0 146,9 143,8 147,5

6.333 6.426 6.520 6.615 6.712 6.810 6.909 7.003

11.728 11.900 12.074 12.250 12.429 12.611 12.795 12.969

0,06 0,07 0,07 0,08 0,09 0,10 0,11 0,12

361,0 361,0 361,0 361,0 361,0 361,0 361,0 361,0

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

15,41 5,25 5,29 5,33 5,36 5,40 5,42 5,07

151,2

7.098

13.145

0,13

361,0

0,0

0,0

5,08

155,0 158,8

7.194 7.292

13.323 13.504

0,14 0,16

361,0 361,0

0,0 0,0

0,0 0,0

5,09 5,09

155,0

7.391

13.687

0,17

361,0

0,0

0,0

5,09

158,8

7.491

13.872

0,19

361,0

0,0

0,0

5,08

154,9

7.592

14.060

0,21

361,0

0,0

0,0

5,07

127,0

7.695

14.250

0,23

361,0

0,0

0,0

5,05

130,5 133,9

7.799 7.904

14.443 14.638

0,25 0,28

361,0 361,0

0,0 0,0

0,0 0,0

5,02 4,98

137,1

8.000

14.815

0,31

361,0

0,0

TOTAL

-

0,0

4,43

11,16

102,51

0,00 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 7,22

Rede a implantar (km) Cenário 1

Instalados Déficit até univers. (%) (und)

0,00 7,44

19.408 19.408 19.796

19,13 5,25 5,29 5,33 5,36 5,40 5,42 5,07

19.990 19.990 19.990 19.990 19.990 19.990 19.990 19.990

5,08

19.990

5,09 5,09

19.990 19.990

5,09

19.990

5,08

19.990

5,07

19.990

5,05

19.990

5,02 4,98

19.990 19.990

4,43

113,68

3,0 3,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

19.990

-

Déficit (und)

-

Ampliação (und)

582 582 194 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

582

0 0 0 549 329 334 172 341 345 350 366 349 353 358 362 367 176 374 379 384 342 6.230

Substituição (und)

0 49 49 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50

998

Ligações a implantar. (und)

0 0 388 743 329 334 172 341 345 350 366 349 353 358 362 367 176 374 379 384 342 6.813

* Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE, SNIS e levantamento de campo

Quadro 51 – Projeção da demanda de esgoto no distrito de Engenheiro Passos – 2013 a 2033 Prazo

Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033

Pop. Pop. Aten. Pop. Aten. Urbana Coleta (%) Trat. (%) 3.305 3.475 3.534 3.593 3.653 3.714 3.775 3.838 3.902 3.966 4.031 4.093 4.156 4.220 4.284 4.350 4.416 4.483 4.551 4.620 4.689 4.762

97 97 98 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

0 0 0 25 25 50 50 80 85 90 95 98 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Volume (m³/dia) Ligações Economitotais as totais (lig.) Produzido Coletado Tratado

ND 1.075 1.093 1.134 1.153 1.172 1.192 1.211 1.231 1.251 1.362 1.382 1.404 1.425 1.447 1.469 1.477 1.499 1.522 1.545 1.627

ND 1.085 1.115 1.157 1.176 1.196 1.215 1.235 1.256 1.277 1.389 1.410 1.432 1.454 1.476 1.498 1.521 1.544 1.567 1.591 1.675

644,7 655,6 655,3 701,4 653,6 664,5 644,8 655,5 650,4 661,1 638,5 648,3 641,4 651,2 643,8 653,5 609,7 618,9 591,3 600,2 609,5

ND 635,9 642,2 701,4 653,6 664,5 644,8 655,5 650,4 661,1 638,5 648,3 641,4 651,2 643,8 653,5 609,7 618,9 591,3 600,2 609,5

0 0 0 175,3 163,4 332,2 322,4 524,4 552,8 595,0 606,6 635,4 641,4 651,2 643,8 653,5 609,7 618,9 591,3 600,2 609,5

Vazão (L/s) Qm

7,5 7,6 7,6 8,1 7,6 7,7 7,5 7,6 7,5 7,7 7,4 7,5 7,4 7,5 7,5 7,6 7,1 7,2 6,8 6,9 7,1

Qmd

9,0 9,1 9,1 9,7 9,1 9,2 9,0 9,1 9,0 9,2 8,9 9,0 8,9 9,0 8,9 9,1 8,5 8,6 8,2 8,3 8,5

Vazão Trat. (L/s) Qmh

11,2 11,4 11,4 12,2 11,3 11,5 11,2 11,4 11,3 11,5 11,1 11,3 11,1 11,3 11,2 11,3 10,6 10,7 10,3 10,4 10,6

Capacidade

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Déficit

9,0 9,1 9,1 9,7 9,1 9,2 9,0 9,1 9,0 9,2 8,9 9,0 8,9 9,0 8,9 9,1 8,5 8,6 8,2 8,3 8,5

Carga Org. total (kg/dia) DBO

188 191 194 197 201 204 207 211 214 218 221 224 228 231 235 238 242 246 249 253 257

DQO

348 353 359 365 371 378 384 390 397 403 409 416 422 428 435 442 448 455 462 469 476

Rede geral de esgoto Adensamento urbano Existente Déficit (km) (%) 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04

14,2

TOTAL

* Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE, SNIS e levantamento de campo

3,0 3,0 2,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

-

Déficit (km)

Expansão urbana (km)

0,22 0,22 0,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Cenário 1 0,00 0,00 0,00 1,34 0,23 0,24 0,24 0,24 0,25 0,25 0,24 0,24 0,25 0,25 0,25 0,25 0,26 0,26 0,26 0,27 0,28

0,22

5,60

Ligações prediais

Troca de rede (km)

0,00 0,28 0,28 0,28 0,28 0,28 0,28 0,28 0,28 0,28 0,28 0,28 0,28 0,28 0,28 0,28 0,28 0,28 0,28 0,28 0,28 5,67

Rede a implantar (km) Cenário 1

Instalados até Déficit Déficit Amplia- Substituiunivers. (und) (%) (und) ção (und) ção (und) ND 0 269 537 806 1.021 1.075 1.075 1.075 1.075 1.075 1.075 1.075 1.075 1.075 1.075 1.075 1.075 1.075 1.075 1.075

0,00 0,07 1,48 0,23 0,24 0,24 0,24 0,25 0,25 0,24 0,24 0,25 0,25 0,25 0,25 0,26 0,26 0,26 0,27 0,28

5,82

-

ND

100,0 75,0 50,0 25,0 5,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -

1.075 1.075 806 537 269 54 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

1.075

0 0 0 41 19 19 19 20 20 20 110 21 21 21 22 22 8 22 23 23 82 533

0 0 3 5 8 10 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11

188

Ligações a implantar. (und)

0 0 269 310 288 234 73 20 20 20 110 21 21 21 22 22 8 22 23 23 82 1.608

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

163

Quadro 52 – Projeção da demanda de esgoto no distrito de Fumaça – 2013 a 2033 Volume (m³/dia) Prazo

Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

Pop. Urbana

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

542 565 573 581 589 597 606 614 623 632 640 649

2024 2025

Pop. Aten. Pop. Aten. Ligações EconomiColeta (%) Trat. (%) totais (lig.) as totais

Produzido Coletado

Vazão (L/s) Tratado

Qm

Qmd

Vazão Trat. (L/s) Qmh

Capacidade

Déficit

Carga Org. total (kg/dia) DBO

DQO

Rede geral de esgoto Adensamento urbano Existente (km)

Déficit (%)

Déficit (km)

Expansão urbana (km)

Ligações prediais Troca de rede (km)

Cenário 1 ND 30 45 50 55 60 80 90 90 95 95 99

27 28 28 49 71 94 102 111 115 118 122 125

27 28 29 50 72 96 104 113 117 121 124 128

29,0 30,0 35,9 44,5 48,5 52,8 47,9 49,4 51,0 52,5 54,1 55,6

8,7 9,0 10,8 22,2 34,0 47,5 45,5 49,4 51,0 52,5 54,1 55,6

ND 2,7 4,8 11,1 18,7 28,5 36,4 44,5 45,9 49,9 51,4 55,1

0,3 0,3 0,4 0,5 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6

0,4 0,4 0,5 0,6 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,8

0,5 0,5 0,6 0,8 0,8 0,9 0,8 0,9 0,9 0,9 0,9

657

30 30 30 50 70 90 95 100 100 100 100 100

0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

31 31 31 32 32 33 33 34 34 35 35

57 57 58 59 60 61 61 62 63 64 65

0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04

0,43 0,43 0,43 0,43 0,43 0,43 0,43 0,43 0,43 0,43 0,43

70,0 70,0 70,0 50,0 30,0 10,0 5,0 0,0 0,0 0,0 0,0

1,01 1,01 1,01 0,72 0,43 0,14 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00 0,00 0,09 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03

1,0

1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0

0,6

0,8

666

100

100

129

131

57,2

57,2

57,2

0,7

0,8

0,0

35

66

0,04

0,43

0,0

0,00

1,0

1,0

0,0

36

67

0,04

0,43

0,0

0,00

2026

674

100

100

132

135

58,8

58,8

58,8

0,7

0,8

1,0

1,0

0,0

36

67

0,04

0,43

0,0

2027

683

100

100

136

139

60,4

60,4

60,4

0,7

0,8

1,0

1,0

0,0

37

68

0,04

0,43

2028

692

100

100

140

142

62,0

62,0

62,0

0,7

0,9

1,1

1,0

0,0

37

69

0,04

2029

701

100

100

142

146

57,9

57,9

57,9

0,7

0,8

1,0

1,0

0,0

38

70

2030

710

100

100

146

150

59,4

59,4

59,4

0,7

0,8

1,0

1,0

0,0

38

2031

719

100

100

149

154

61,0

61,0

61,0

0,7

0,8

1,1

1,0

0,0

2032

729

100

100

153

158

62,5

62,5

62,5

0,7

0,9

1,1

1,0

2033

736

100

100

159

164

64,8

64,8

64,8

0,7

0,9

1,1

1,0

Rede a implantar (km) Cenário 1

Instalados Déficit até univers. (%) (und)

0,00 0,00 0,38 0,32 0,32 0,10 0,11 0,03 0,03 0,03

68 68 68 73 78 84 85 86 86 86 86

0,03

0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01

0,03

0,03

0,01

0,03

0,00

0,03

0,01

0,0

0,00

0,03

0,43

0,0

0,00

0,04

0,43

0,0

71

0,04

0,43

39

72

0,04

0,0

39

73

0,0

40

74

Déficit (und)

Ampliação (und)

18 18 18 13 8 3 1 0 0 0 0

86

70 70 70 50 30 10 5 0 0 0 0 0

86

0

0,03

86

0,01

0,03

0,03

0,01

0,00

0,03

0,0

0,00

0,43

0,0

0,04

0,43

0,04

0,43

TOTAL

-

Substituição Ligações a (und) implantar. (und)

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

0

0 0 0 21 22 23 8 9 3 4 3 4

1

0 1 1 26 28 29 11 11 4 4 4 4

0

4

1

4

0

0

4

1

4

86

0

0

4

1

4

0,03

86

0

0

4

1

5

0,01

0,03

86

0

0

2

1

3

0,04

0,01

0,04

86

0

0

4

1

5

0,00

0,04

0,01

0,04

86

0

0

4

1

5

0,0

0,00

0,04

0,01

0,04

86

0

0

4

1

5

0,0

0,00

0,03

0,01

0,03

86

0

0

6

1

6

1,01

0,66

0,18

1,67

18

130

17

165

-

-

* Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE, SNIS e levantamento de campo

Conforme informado pela SANEAR a localidade de Fumaça apresenta grande parte de sua rede instalada, porém a localidade não possui ligações domiciliares implantadas. Portanto foi considerado um índice de atendimento com coleta baixo, considerando apenas os domicílios efetivamente ligados à rede.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

164

Quadro 53 – Projeção da demanda de esgoto no distrito de Pedra Selada – 2013 a 2033 Volume (m³/dia) Prazo

Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

Pop. Urbana

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

371 387 392 398 403 409 415 420 426 431 437 443

2024 2025

Pop. Aten. Coleta (%)

Pop. Aten. Trat. (%)

Ligações Economitotais (lig.) as totais

Vazão (L/s)

Produzido Coletado Tratado

Qm

Qmd

Vazão Trat. (L/s) Qmh

Capacidade

Déficit

Carga Org. total (kg/dia) DBO

DQO

Rede geral de esgoto Adensamento urbano Existente Déficit (km) (%)

ND 0,9 0,8 0,8 0,9 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0

21 21 21 22 22 22 23 23 23 24 24

39 39 40 40 41 41 42 43 43 44 44

0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04

1,3

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

1,0

24

45

1,3

0

1,0

25

45

1,0

1,3

0

1,0

25

0,9

1,0

1,3

0

1,0

68,0

0,8

0,9

1,2

0

68,7

68,7

0,8

1,0

1,2

69,4

69,4

69,4

0,8

1,0

159

62,3

62,3

62,3

0,7

156

161

62,9

62,9

62,9

158

163

63,5

63,5

63,5

ND

Troca de rede (km)

ND 0,27 0,27 0,22 0,16 0,11 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00 0,00 0,05 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02

0,04

0,0

0,00

0,02

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01

0,04

0,0

0,00

0,02

0,01

0,02

134

0

0

2

1

2

46

0,04

0,0

0,00

0,02

0,01

0,02

134

0

0

2

1

2

25

47

0,04

0,0

0,00

0,02

0,01

0,02

134

0

0

2

1

2

0,9

26

47

0,04

0,0

0,00

0,02

0,01

0,02

134

0

0

2

1

2

0

1,0

26

48

0,04

0,0

0,00

0,01

0,01

0,01

134

0

0

0

1

0

1,2

0

1,0

26

48

0,04

0,0

0,00

0,01

0,01

0,01

134

0

0

2

1

2

0,9

1,1

0

0,9

26

49

0,04

0,0

0,00

0,01

0,01

0,01

134

0

0

2

1

2

0,7

0,9

1,1

0

0,9

27

49

0,04

0,0

0,00

0,01

0,01

0,01

134

0

0

2

1

2

0,7

0,9

1,1

0

0,9

27

50

0,04

0,0

0,00

0,01

0,01

0,01

134

0

0

2

1

2

0,27

0,32

0,08

0,59

134

62

23

196

ND 134 96 104 112 120 128 137 139 140 142 144

ND 135 98 106 114 122 131 140 141 143 145 147

ND 61,3 58,5 59,4 66,2 74,6 74,0 75,0 72,5 73,4 74,4 73,6

ND 46,0 44,0 47,5 56,3 67,2 70,3 75,0 72,5 73,4 74,4 73,6

ND 0,0 0,0 11,9 14,1 33,6 35,1 60,0 61,6 66,1 70,7 72,1

ND 0,7 0,7 0,7 0,8 0,9 0,9 0,9 0,8 0,8 0,9

ND 0,9 0,8 0,8 0,9 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0

ND 1,1 1,0 1,0 1,2 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3

449

0 0 0 25 25 50 50 80 85 90 95 98

0,9

1,0

454

100

100

146

149

74,5

74,5

74,5

0,9

1,0

2026

460

100

100

148

151

73,6

73,6

73,6

0,9

2027

466

100

100

150

153

74,6

74,6

74,6

2028

472

100

100

152

155

68,0

68,0

2029

477

100

100

152

156

68,7

2030

482

100

100

153

158

2031

487

100

100

155

2032

491

100

100

2033

496

100

100

TOTAL

Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE, SNIS e levantamento de campo

Ligações prediais Rede a Instalados Ligações a Déficit Déficit Ampliação Substituiimplantar até univers. implantar. (%) (und) (und) ção (und) (km) (und) (und) Cenário 1 ND ND ND ND ND ND 0,00 0 134 0 100 0 0 0,00 33 100 0 75 0 33 0,10 67 67 1 50 8 41 0,07 100 33 1 25 8 41 0,07 127 7 1 5 8 35 0,07 133 1 1 1 8 14 0,07 134 0 1 0 9 10 0,02 134 0 1 0 2 2 0,02 134 0 1 0 2 2 0,02 134 0 1 0 2 2 0,02 134 0 0 2 1 2

ND 24,9 24,9 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 0,0 0,0 0,0

ND 75 75 80 85 90 95 100 100 100 100 100

* Dados de Entrada

Déficit (km)

Expansão urbana (km) Cenário 1

-

-

-

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

165

Quadro 54 – Projeção da demanda de esgoto nas localidades de Visconde de Mauá e Lote-10 – 2013 a 2033 Volume (m³/dia) Prazo

Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

Pop. Urbana

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

1.523 1.588 1.610 1.633 1.655 1.679 1.702 1.726 1.748 1.771 1.794 1.818

2024 2025

Pop. Aten. Pop. Aten. Ligações EconomiColeta (%) Trat. (%) totais (lig.) as totais

Vazão (L/s)

Produzido Coletado Tratado

Qm

Qmd

Vazão Trat. (L/s) Qmh

Capacidade

Déficit

Carga Org. total (kg/dia) DBO

DQO

Rede geral de esgoto Adensamento urbano Existente Déficit (km) (%)

Déficit (km)

Expansão urbana (km)

Ligações prediais Troca de rede (km)

Rede a implantar (km)

Instalados Déficit até univers. (%) (und)

Cenário 1 0,00 0,00 0,02 0,36 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06

378 378 386 393 393 393 393 393 393 393 393

86 87 88 89 91 92 93 94 96 97 98

159 161 163 166 168 170 173 175 177 179 182

0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04

1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05

4,0 4,0 2,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

0,04 0,04 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Cenário 1 0,00 0,00 0,00 0,33 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06

0,0

99

184

0,04

1,05

0,0

0,00

0,06

0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02

0,06

0,0

101

187

0,04

1,05

0,0

0,00

0,06

0,02

0,06

11

0,0

102

189

0,04

1,05

0,0

0,00

0,06

0,02

5,3

11

0,0

103

191

0,04

1,05

0,0

0,00

0,06

3,9

4,8

11

0,0

105

194

0,04

1,05

0,0

0,00

3,3

3,9

4,9

11

0,0

106

196

0,04

1,05

0,0

284,8

3,3

4,0

4,9

11

0,0

107

198

0,04

1,05

255,7

255,7

3,0

3,6

4,4

11

0,0

108

200

0,04

258,2

258,2

258,2

3,0

3,6

4,5

11

0,0

109

202

260,8

260,8

260,8

3,0

3,6

4,5

11

0,0

110

204

ND 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

5,2

11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11

5,3

11

4,2

5,2

3,5

4,3

279,2

3,2

282,0

282,0

284,8

284,8

159

255,7

156

161

158

163

96 96 98 100 100 100 100 100 100 100 100 100

378 122 125 130 131 133 135 137 139 140 142 144

378 123 128 132 134 136 138 140 141 143 145 147

ND 251,5 240,3 243,7 287,1 306,4 303,8 307,7 297,6 301,4 305,3 301,9

ND 241,5 235,5 243,7 287,1 306,4 303,8 307,7 297,6 301,4 305,3 301,9

ND 231,8 230,8 243,7 287,1 306,4 303,8 307,7 297,6 301,4 305,3 301,9

ND 2,9 2,8 2,8 3,3 3,5 3,5 3,6 3,4 3,5 3,5

ND 3,5 3,3 3,4 4,0 4,3 4,2 4,3 4,1 4,2 4,2

ND 4,4 4,2 4,2 5,0 5,3 5,3 5,3 5,2 5,2 5,3

1.841

96 96 98 100 100 100 100 100 100 100 100 100

3,5

4,2

1.865

100

100

146

149

305,9

305,9

305,9

3,5

4,2

2026

1.889

100

100

148

151

302,3

302,3

302,3

3,5

2027

1.914

100

100

150

153

306,2

306,2

306,2

2028

1.939

100

100

152

155

279,2

279,2

2029

1.958

100

100

152

156

282,0

2030

1.978

100

100

153

158

2031

1.998

100

100

155

2032

2.017

100

100

2033

2.038

100

100

Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE, SNIS e levantamento de campo

Amplia- Substituição (und) ção (und)

15 15 8 0 0 0 0 0 0 0 0

393

4 4 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0

393

0

0,06

393

0,02

0,06

0,06

0,02

0,00

0,05

0,0

0,00

1,05

0,0

0,04

1,05

0,04

1,05

TOTAL

* Dados de Entrada

Déficit (und)

-

Ligações a implantar. (und)

0 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4

0

0 0 0 4 2 2 2 2 2 2 2 2

4

0 0 8 12 2 2 2 2 2 2 2 2

0

2

4

2

0

0

2

4

2

393

0

0

2

4

2

0,06

393

0

0

2

4

2

0,02

0,05

393

0

0

0

4

0

0,05

0,02

0,05

393

0

0

2

4

2

0,00

0,05

0,02

0,05

393

0

0

2

4

2

0,0

0,00

0,05

0,02

0,05

393

0

0

2

4

2

0,0

0,00

0,05

0,02

0,05

393

0

0

2

4

2

0,04

1,30

0,44

1,34

15

33

78

48

-

-

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

166

Quadro 55 – Projeção da demanda de esgoto na localidade de Serrinha – 2013 a 2033 Prazo

Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

Volume (m³/dia) Ligações Pop. Pop. Aten. Pop. Aten. Economitotais Urbana Coleta (%) Trat. (%) as totais (lig.) Produzido Coletado Tratado

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

542 547 553 558 564 570 575 581 587 593 599 605

2024 2025

Vazão (L/s) Qm

Qmd

Vazão Trat. (L/s) Qmh

Capacidade

Déficit

Carga Org. total (kg/dia) DBO

DQO

Rede geral de esgoto Adensamento urbano Existente (km)

Déficit (%)

Déficit (km)

Ligações prediais

Expansão Troca de Rede a Instalados até urbana (km) rede (km) implantar (km) univers. (und) Cenário 1

0 0 0 25 25 50 50 80 85 90 95 98

ND 135 135 154 165 181 185 188 190 192 194 196

ND 154 155 177 189 208 214 219 221 223 225 228

ND 16,2 15,9 30,5 51,3 70,9 92,0 93,9 94,8 91,0 89,5 90,4

ND 12,2 12,0 25,9 46,1 69,5 91,1 93,9 94,8 91,0 89,5 90,4

0 0 0 6,5 11,5 34,7 45,6 75,1 80,6 81,9 85,0 88,6

ND 0,2 0,2 0,4 0,6 0,8 1,1 1,1 1,1 1,1 1,0

ND 0,2 0,2 0,4 0,7 1,0 1,3 1,3 1,3 1,3 1,2

ND 0,3 0,3 0,5 0,9 1,2 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6

611

ND 75 75 85 90 98 99 100 100 100 100 100

1,0

1,3

617

100

100

198

230

91,3

91,3

91,3

1,1

1,3

2026

623

100

100

200

232

89,7

89,7

89,7

1,0

2027

629

100

100

202

234

90,6

90,6

90,6

2028

636

100

100

204

237

91,5

91,5

2029

642

100

100

204

239

87,3

2030

648

100

100

206

241

2031

655

100

100

208

2032

661

100

100

2033

668

100

100

ND 0,2 0,2 0,4 0,7 1,0 1,3 1,3 1,3 1,3 1,2

30 30 30 30 31 31 31 32 32 32 33

55 55 56 56 57 58 58 59 59 60 60

0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04

1,6

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

1,3

33

61

1,6

0

1,3

33

62

1,2

1,6

0

1,2

34

1,0

1,3

1,6

0

1,3

91,5

1,1

1,3

1,6

0

87,3

87,3

1,0

1,2

1,5

88,2

88,2

88,2

1,0

1,2

244

83,8

83,8

83,8

1,0

210

246

84,7

84,7

84,7

212

249

85,5

85,5

85,5

Déficit (%)

0,00 0,00 0,16 0,07 0,10 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02

ND 0 34 67 101 128 133 135 135 135 135

0,02

0,02

135

100 75 50 25 5 1 0 0 0 0 0

Ligações a implantar. (und)

0,02

0,01

0,02

135

0

0,00

0,02

0,01

0,02

135

0,0

0,00

0,02

0,01

0,02

0,04

0,0

0,00

0,02

0,01

64

0,04

0,0

0,00

0,02

35

65

0,04

0,0

0,00

1,2

35

65

0,04

0,0

0

1,2

36

66

0,04

0

1,2

36

67

0,04

ND

ND 135 101 67 34 7 1 0 0 0 0

0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1

0

1

0 0 34 53 44 43 9 5 2 2 2 2

0

2

1

2

0

0

2

1

2

135

0

0

2

1

2

0,02

135

0

0

2

1

2

0,01

0,02

135

0

0

0

1

0

0,02

0,01

0,02

135

0

0

2

1

2

0,00

0,02

0,01

0,02

135

0

0

2

1

2

0,0

0,00

0,02

0,01

0,02

135

0

0

2

1

2

0,0

0,00

0,02

0,01

0,02

135

0

0

2

1

2

0,27

0,35

0,08

0,62

135

78

23

212

ND 0,27 0,27 0,16 0,11 0,02 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00 0,00 0,05 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02

0,04

0,0

0,00

0,04

0,0

0,00

62

0,04

0,0

34

63

0,04

1,3

34

64

0

1,2

35

1,5

0

1,2

1,2

1,5

0

1,0

1,2

1,5

1,0

1,2

1,5

-

Substituição (und)

0 0 0 19 11 16 4 4 2 2 2 2

ND 24,9 24,9 15,0 10,0 2,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,0

TOTAL

Ampliação (und)

Cenário 1 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01

ND

Déficit (und)

-

-

* Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE, SNIS e levantamento de campo

Conforme apresentado no SAA a localidade de Serrinha possui uma população pouco adensada, apresentando custos maiores para a prestação dos serviços de esgotamento sanitário. Portanto pode-se apresentar conveniente a adoção de sistemas alternativos de esgotamento sanitário para localidades rurais dispersas. Segundo o Ministério das Cidades (2011) o valor do sistema alternativo de tratamento de águas residuais é de R$ 617,00 por habitante.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

167

Quadro 56 – Projeção da demanda de esgoto na localidade de Capelinha – 2013 a 2033 Volume (m³/dia) Prazo

Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

Pop. Urbana

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

380 396 402 407 413 419 425 431 436 442 448 453

2024 2025

Pop. Aten. Coleta (%)

Pop. Aten. Trat. (%)

Ligações Economitotais (lig.) as totais

Vazão (L/s)

Produzido Coletado Tratado

Qm

Vazão Trat. (L/s)

Qmd

Qmh

89 89 90 90 92 92 95 95 98 98 95 99

114 116 118 119 128 134 137 140 142 144 146 148

116 117 120 122 130 136 140 143 145 147 149 150

69,1 62,8 60,0 60,8 67,9 76,4 75,8 76,8 74,2 75,2 76,2 75,3

61,5 55,9 54,0 54,7 64,5 74,9 75,0 76,8 74,2 75,2 76,2 75,3

54,7 49,7 48,6 49,2 59,3 68,9 71,3 72,9 72,8 73,7 72,4 74,6

0,8 0,7 0,7 0,7 0,8 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9

1,0 0,9 0,8 0,8 0,9 1,1 1,1 1,1 1,0 1,0 1,1

1,2 1,1 1,0 1,1 1,2 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3

459

89 89 90 90 95 98 99 100 100 100 100 100

0,9

1,0

465

100

100

149

152

76,3

76,3

76,3

0,9

1,1

2026

471

100

100

151

154

75,4

75,4

75,4

0,9

2027

478

100

100

153

156

76,4

76,4

76,4

2028

484

100

100

155

158

69,7

69,7

2029

489

100

100

155

160

70,4

2030

493

100

100

157

162

2031

498

100

100

159

2032

503

100

100

2033

508

100

100

Capacidade

Déficit

Carga Org. total (kg/dia) DBO

DQO

Rede geral de esgoto Adensamento urbano

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

21 22 22 22 23 23 23 24 24 24 24

40 40 41 41 42 42 43 44 44 45 45

0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04

1,3

1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8

0,0

25

46

1,3

1,8

0,0

25

47

1,0

1,3

1,8

0,0

25

0,9

1,1

1,3

1,8

0,0

69,7

0,8

1,0

1,2

1,8

70,4

70,4

0,8

1,0

1,2

71,1

71,1

71,1

0,8

1,0

163

63,8

63,8

63,8

0,7

160

165

64,4

64,4

64,4

162

167

65,1

65,1

65,1

Existente Déficit (%) (km)

1,95

Déficit (km)

Expansão urbana (km) Cenário 1

11,0 11,0 10,0 10,0 5,0 2,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,0

0,12 0,12 0,11 0,11 0,05 0,02 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00 0,00 0,05 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02

0,04

0,0

0,00

0,04

0,0

0,00

47

0,04

0,0

26

48

0,04

0,0

26

48

1,8

0,0

26

1,2

1,8

0,0

0,9

1,1

1,8

0,7

0,9

1,1

0,8

0,9

1,1

Ligações prediais Troca de rede (km)

Rede a implantar (km) Cenário 1

Instalados Déficit até univers. (%) (und)

Déficit (und)

Ampliação (und)

11 11 10 10 5 2 1 0 0 0 0 0

13 13 12 12 6 2 1 0 0 0 0

0,02

114 116 117 117 123 126 128 129 129 129 129 129

0,02

129

0

0,04

0,02

129

0,02

0,04

0,02

0,00

0,02

0,04

0,0

0,00

0,01

0,04

0,0

0,00

50

0,04

0,0

27

50

0,04

27

51

0,04

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

0

11 2 2 2 8 6 3 3 2 2 2 2

1

0 0 0 3 14 9 4 4 2 2 2 2

0

2

1

2

0

0

2

1

2

129

0

0

2

1

2

0,02

129

0

0

2

1

2

0,04

0,01

129

0

0

0

1

0

0,01

0,04

0,01

129

0

0

2

1

2

0,00

0,01

0,04

0,01

129

0

0

2

1

2

0,0

0,00

0,01

0,04

0,01

129

0

0

2

1

2

0,0

0,00

0,01

0,04

0,01

129

0

0

2

1

2

0,12

0,32

0,78

0,44

13

47

25

57

0,00 0,00 0,06 0,07 0,05 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02

0,02

0,00 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04

0,02

0,04

0,00

0,02

0,0

0,00

0,04

0,0

49

0,04

27

49

0,0

27

1,8

0,0

1,8

0,0

TOTAL

Ligações a implantar. (und)

Substituição (und)

-

-

-

* Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE, SNIS e levantamento de campo

Quadro 57 – Projeção da demanda de esgoto na localidade de Campo Alegre e Rio Preto – 2013 a 2033 Volume (m³/dia) Prazo

Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

Pop. Urbana

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

297 310 314 318 323 327 332 337 341 345 350 354

2024 2025

Pop. Aten. Coleta (%)

Pop. Aten. Trat. (%)

Ligações Economitotais (lig.) as totais

Vazão (L/s)

Produzido Coletado Tratado

Qm

Qmd

Vazão Trat. (L/s) Qmh

Capacidade

Déficit

Carga Org. total (kg/dia) DBO

DQO

Rede geral de esgoto Adensamento urbano Existente Déficit (km) (%)

Déficit (km)

Ligações prediais

Expansão Troca de urbana (km) rede (km) Cenário 1

ND 0,7 0,7 0,7 0,7 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8

17 17 17 17 18 18 18 18 19 19 19

31 31 32 32 33 33 34 34 35 35 35

0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04

1,0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ND 24,9 24,9 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 0,0 0,0 0,0

ND 0,27 0,27 0,22 0,16 0,11 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00 0,00 0,04 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01

0,8

19

36

1,0

0

0,8

20

36

0,04

0,0

0,00

0,04

0,0

0,00

0,8

1,0

0

0,8

20

37

0,04

0,0

0,7

0,8

1,0

0

0,8

20

37

0,04

54,4

0,6

0,8

0,9

0

0,8

20

38

55,0

55,0

0,6

0,8

1,0

0

0,8

21

55,5

55,5

55,5

0,6

0,8

1,0

0

0,8

125

49,9

49,9

49,9

0,6

0,7

0,9

0

125

126

50,4

50,4

50,4

0,6

0,7

0,9

126

128

50,9

50,9

50,9

0,6

0,7

0,9

0 0 0 25 25 50 50 80 85 90 95 98

ND 76 77 83 89 96 103 110 111 112 114 115

ND 77 78 84 90 97 104 111 112 113 115 116

ND 49,1 46,9 47,5 53,0 59,7 59,2 60,0 58,0 58,8 59,5 58,9

ND 36,8 35,2 38,0 45,1 53,8 56,3 60,0 58,0 58,8 59,5 58,9

0 0,0 0,0 9,5 11,3 26,9 28,1 48,0 49,3 52,9 56,6 57,7

ND 0,6 0,5 0,6 0,6 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7

ND 0,7 0,7 0,7 0,7 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8

ND 0,9 0,8 0,8 0,9 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0

359

ND 75 75 80 85 90 95 100 100 100 100 100

0,7

0,8

364

100

100

117

118

59,6

59,6

59,6

0,7

0,8

2026

368

100

100

118

120

59,0

59,0

59,0

0,7

2027

373

100

100

120

121

59,7

59,7

59,7

2028

378

100

100

121

123

54,4

54,4

2029

382

100

100

121

123

55,0

2030

386

100

100

123

124

2031

390

100

100

124

2032

393

100

100

2033

397

100

100

ND

Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE, SNIS e levantamento de campo

Instalados até univers. (und)

Déficit (%)

0,01

0,01

76

100 75 50 25 5 1 0 0 0 0 0

0

0 0 6 6 7 7 7 1 1 1 1

1

0 19 25 26 22 10 8 1 1 1 1

0,01

0,01

0,01

76

0

0

1

1

1

0,00

0,01

0,01

0,01

76

0

0

2

1

2

0,0

0,00

0,01

0,01

0,01

76

0

0

2

1

2

0,04

0,0

0,00

0,01

0,01

0,01

76

0

0

2

1

2

38

0,04

0,0

0,00

0,01

0,01

0,01

76

0

0

0

1

0

21

39

0,04

0,0

0,00

0,01

0,01

0,01

76

0

0

1

1

1

0,7

21

39

0,04

0,0

0,00

0,01

0,01

0,01

76

0

0

1

1

1

0

0,7

21

39

0,04

0,0

0,00

0,01

0,01

0,01

76

0

0

1

1

1

0

0,7

21

40

0,04

0,0

0,00

0,01

0,01

0,01

76

0

0

1

1

1

0,27

0,25

0,08

0,53

76

50

13

126

-

ND

0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1

Ligações a implantar. (und)

ND 0 19 38 57 73 76 76 76 76 76

-

ND 76 57 38 19 4 1 0 0 0 0

Ampliação Substitui(und) ção (und)

0,00 0,00 0,09 0,07 0,07 0,07 0,07 0,01 0,01 0,01

-

ND

Déficit (und)

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01

TOTAL

* Dados de Entrada

Rede a implantar (km) Cenário 1

ND

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

168

Quadro 58 – Projeção da demanda de esgoto na localidade de Bagagem – 2013 a 2033 Volume (m³/dia) Prazo

Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

Pop. Urbana

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

135 141 143 145 147 149 151 153 155 157 159 161

2024 2025

Pop. Aten. Coleta (%)

Pop. Aten. Trat. (%)

Ligações Economitotais (lig.) as totais

Vazão (L/s)

Produzido Coletado Tratado

Qm

Qmd

Vazão Trat. (L/s)

Qmh

Capacidade

Déficit

Carga Org. total (kg/dia) DBO

Rede geral de esgoto Adensamento urbano Existente Déficit (km) (%)

DQO

Déficit (km)

Expansão urbana (km)

Ligações prediais

Troca de rede (km)

Cenário 1 ND 0,3 0,3 0,3 0,3 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4

8 8 8 8 8 8 8 8 8 9 9

14 14 14 15 15 15 15 15 16 16 16

0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04

0,5

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ND 24,9 24,9 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 0,0 0,0 0,0

ND 0,27 0,27 0,22 0,16 0,11 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00 0,00 0,02 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01

0,4

9

16

0,5

0

0,4

9

17

0,04

0,0

0,00

0,04

0,0

0,00

0,4

0,5

0

0,4

9

17

0,04

0,0

0,3

0,4

0,5

0

0,4

9

17

0,04

24,7

0,3

0,3

0,4

0

0,3

9

17

25,0

25,0

0,3

0,3

0,4

0

0,3

9

25,2

25,2

25,2

0,3

0,4

0,4

0

0,4

67

22,7

22,7

22,7

0,3

0,3

0,4

0

66

68

22,9

22,9

22,9

0,3

0,3

0,4

67

69

23,1

23,1

23,1

0,3

0,3

0,4

0 0 0 25 25 50 50 80 85 90 95 98

ND 40 40 44 47 51 54 58 58 59 60 61

ND 41 41 45 48 52 55 59 60 60 61 62

ND 22,3 21,3 21,6 24,1 27,2 26,9 27,3 26,4 26,7 27,1 26,8

ND 16,7 16,0 17,3 20,5 24,4 25,6 27,3 26,4 26,7 27,1 26,8

ND 0,0 0,0 4,3 5,1 12,2 12,8 21,8 22,4 24,0 25,7 26,2

ND 0,3 0,2 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3

ND 0,3 0,3 0,3 0,3 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4

ND 0,4 0,4 0,4 0,4 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5

163

ND 75 75 80 85 90 95 100 100 100 100 100

0,3

0,4

165

100

100

62

63

27,1

27,1

27,1

0,3

0,4

2026

167

100

100

62

64

26,8

26,8

26,8

0,3

2027

170

100

100

63

64

27,1

27,1

27,1

2028

172

100

100

64

65

24,7

24,7

2029

174

100

100

64

66

25,0

2030

175

100

100

65

67

2031

177

100

100

65

2032

179

100

100

2033

181

100

100

ND

Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE, SNIS e levantamento de campo

Déficit (und)

Ampliação Substitui(und) ção (und)

Ligações a implantar. (und)

Cenário 1 0,00 0,00 0,07 0,06 0,06 0,06 0,06 0,01 0,01 0,01

ND 0 10 20 30 38 40 40 40 40 40

0,01

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01

0,01

40

100 75 50 25 5 1 0 0 0 0 0

0

0 0 3 3 3 4 4 0 0 0 0

0

0 10 13 13 12 5 4 0 0 0 0

0,01

0,01

0,01

40

0

0

0

0

0

0,00

0,01

0,01

0,01

40

0

0

0

0

0

0,0

0,00

0,01

0,01

0,01

40

0

0

0

0

0

0,04

0,0

0,00

0,01

0,01

0,01

40

0

0

0

0

0

17

0,04

0,0

0,00

0,00

0,01

0,00

40

0

0

0

0

0

9

18

0,04

0,0

0,00

0,01

0,01

0,01

40

0

0

0

0

0

0,3

10

18

0,04

0,0

0,00

0,01

0,01

0,01

40

0

0

0

0

0

0

0,3

10

18

0,04

0,0

0,00

0,01

0,01

0,01

40

0

0

0

0

0

0

0,3

10

18

0,04

0,0

0,00

0,01

0,01

0,01

40

0

0

0

0

0

0,27

0,12

0,08

0,39

40

17

7

58

TOTAL

* Dados de Entrada

Rede a Instalados Déficit implantar até univers. (%) (km) (und)

-

-

ND

-

ND 40 30 20 10 2 0 0 0 0 0

ND

ND 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ND

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

169

5.2.3. Sistema de manejo de águas pluviais

Nesse item as demandas do serviço de drenagem urbana são calculadas, tendo como objetivo combater inundações nas ruas e fundos de vale municipais e evitar o empoçamento de água que causa doenças como a dengue. Nas visitas e nos levantamentos de campo, constatou-se que o Município não conta com cadastro das infraestruturas existentes de macrodrenagem e microdrenagem. Dessa forma, o cálculo da demanda da drenagem considerou dados da literatura técnica como TOMAZ (2002), e, ainda, a experiência da contratada na elaboração de estudos e projetos na área. A demanda pela infraestrutura parte da condição do limite superior, em função da falta de meios de avaliar o existente, ou seja, pressupõe-se construir tudo. Na medida em que for feito o cadastro, da demanda máxima por infraestrutura aqui calculada seria abatido àquilo que é possível ser aproveitado. Não há a priori como definir o que pode ser aproveitado pelo desconhecimento do que existe em termos de engenharia, pois dados como dimensões, declividades, materiais de construção seriam necessários; atualmente não existem. Os mesmos seriam obtidos a partir de levantamento planialtimétrico cadastral, cujo orçamento é previsto adiante. Com esse levantamento, seria elaborado o projeto, verificando o que é aproveitável. Para efeito de cálculo estimativo, supõe-se à frente um valor médio de aproveitamento em função da experiência desta consultora. As demandas de drenagem urbana são determinadas de forma diferente dos outros serviços de saneamento, pois não dependem diretamente da população, mas sim, da forma de ocupação do espaço urbano, do grau de impermeabilização, das condições climáticas e características físicas das bacias hidrográficas, onde se situam as áreas ocupadas do município. Assim, o escoamento superficial das águas pluviais depende de vários fatores naturais e antrópicos que interagem entre si, os quais devem ser considerados na demanda ou no estudo de vazões. O cálculo da demanda para macrodrenagem e microdrenagem é apresentado adiante. 

Macrodrenagem

A partir das cartas disponíveis, determinaram-se dez sub-bacias de drenagem que influenciam diretamente na sede urbana do município (Figura 73). O Quadro 59 sumariza as características gerais das bacias com incidência na área urbana do Município de Resende, o tempo de concentração, a intensidade de chuva, o uso e ocupação do solo e a vazão máxima, conforme o caso.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

170

Quadro 59 – Informações gerais das sub-bacias do Município de Resende Codificação sub-bacia



Sub-bacia

A

Rio das Pedras

Tempo de Intensidade concentração de chuva

Uso e ocupação do solo Vazão Área Área máxima Urbana Rural

(min)

(mm/hora)

(%)

(%)

(m³/s)

102.14

95.02

10

90

158.13

B

Córr. Sem Denominação 01

38.6

145.74

10

90

19.59

C

Rio Alambari

135.81

78.98

5

95

127.31

D

Córr. Sem Denominação 02

52.31

141.2

30

70

50.42

E

Ribeirão Preto

64.21

125.89

70

30

69.18

F

Córr. Sem Denominação 03

34.99

173.39

100

0

39.83

G

Rio da Sesmaria

92.9

100.86

5

95

428.43

H

Córr. Sem Denominação 04

15.04

213.63

95

5

26.33

I

Córr. Cruz das Almas

68.1

121.67

10

90

60.32

J

Rio Pirapetinga

302.68

45.35

10

90

283.91

Microdrenagem Foi estimado que o coeficiente de escoamento superficial para o Município de Resende

seja da ordem de 50%, em função da análise do uso e ocupação do solo atual. Para o período de retorno de 10 anos e duração de 10 minutos, valores usuais de chuva de projeto para o dimensionamento de microdrenagem urbana, a intensidade prevista é igual a 122,95 mm/hora. Esse valor, não deve ser confundido com a altura pluviométrica anual igual a 1.500 mm/ano em média. Durante a ocorrência da chuva de projeto, cada hectare contribui para uma vazão de escoamento superficial direto igual a 300 L/s, de modo que com a declividade dos terrenos de Resende, é possível que seja necessário implantar ao menos 06 bocas-de-lobo e respectiva galeria a cada quadra. Uma alternativa, seria adotar técnicas compensatórias que reduzam a necessidade de estruturas hidráulicas convencionais. Para obter esses valores, foram consideradas as normas técnicas da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU/SP, 2008), e, mesmo cálculos da capacidade média de caixas de descarga. Apesar da falta de cadastro, observa-se que a microdrenagem vem funcionando, porque há boa capacidade de infiltração na área urbana, o que diminui o escoamento superficial. No entanto, são visíveis na área urbana as marcas de empoçamento de água originada das chuvas, mostrando a deficiência das atuais estruturas hidráulicas de drenagem.

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171

Figura 74 – Articulação das sub-bacias da área urbana do Município de Resende.

Fonte: Vallenge, 2013

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172

Como mencionado, o Município de Resende não possui cadastro das estruturas de microdrenagem, porém foi verificado durante o trabalho de campo que o referido Município conta com estruturas, como bocas de lobo e poços de visita. Não foi possível estimar qual porcentagem das unidades existentes seriam as necessárias, operando de acordo com os critérios técnicos, mesmo tendo feitas visitas a campo e contando com a experiência da consultora. A Secretaria de Obras que opera, mantém e constrói o sistema de drenagem urbana também não tem condições de avaliar qual seria a porcentagem do existente aproveitável e aguarda o cadastro das unidades para saber com que pode contar. Apesar dessa questão comum a outros municípios brasileiros, é possível ao menos estimar qual quantidade de unidades seria a recomendada, mesmo que não se estime o valor de investimento que seria muito vago, porque não se conhece o que existe e qual a sua capacidade. Essa quantidade de unidades de microdrenagem depende diretamente do relevo. Para o relevo plano, mais bocas-de-lobo são necessárias por unidade de área, já que a velocidade de escoamento é muito baixa, tendendo ao empoçamento de água e daí doenças e incômodos para a população. A demanda pelas unidades como bocas-de-lobo, galerias e poços de visita foram determinados por unidade de área, seguindo os parâmetros apresentados anteriormente no Quadro 37. Propôs-se a implementação da infraestrutura em toda a área urbana da sede do município, onde a ocupação se mostra consolidada, obtendo assim a quantidade necessária de unidades como boca-de-lobo, sarjetas, poços de visita etc., admitindo que 40% do existente seriam aproveitados. Deve-se notar que, nos parcelamentos do solo através de loteamentos, conforme determina a Lei Federal 6.766/1979, o loteador é responsável por fornecer a infraestrutura básica mínima, na qual está inclusa o sistema de escoamento das águas pluviais, reduzindo os custos de implantação por parte do serviço público. O cálculo da demanda para o sistema de microdrenagem da sede, distritos e localidades de Resende são apresentados nos Quadros a seguir.

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173

Quadro 60 – Projeção da demanda de microdrenagem na sede de Resende e Agulhas Negras – 2013 a 2033 Prazo Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

Pop. Urbana

Bocas de lobo (und) Área urbana Existente Necessário Déficit selec. (ha)

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018

107.468 112.273 113.919 115.589 117.282 118.998

2595,07 2.697,53 2.723,34 2.763,25 2.803,72 2.844,76

120.739

2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033

ND 8.093 8.170 8.290 8.411 8.534

2.886,37

ND 3.237 3.268 3.316 3.364 3.414 3.464

122.504

2.913,78

124.294

2.941,34

126.108 127.949 129.686 131.447 133.230 135.036 136.866 138.720 140.597 142.499 144.425 146.376 148.147

2.984,28 3.027,83 3.068,96 3.110,61 3.152,81 3.195,56 3.238,86 3.282,72 3.305,08 3.348,06 3.393,32 3.439,17 3.480,78

Galeria de águas pluviais (km) Existente Necessário

Déficit

Poços de visita (und) Existente Necessário

Déficit

ND 80,9 81,7 82,9 84,1 85,3

ND 202,31 204,25 207,24 210,28 213,36

ND 121,39 122,55 124,35 126,17 128,01

ND 810 820 830 850 860

ND 2023 2043 2072 2103 2134

8.659

ND 4.856 4.902 4.974 5.047 5.121 5.195

86,6

216,48

129,89

870

2165

ND 1213 1223 1242 1253 1274 1295

3.497

8.741

5.245

87,4

218,53

131,12

880

2185

1305

3.530

8.824

5.294

88,2

220,60

132,36

890

2206

1316

3.581

8.953 9.083 9.207 9.332 9.458 9.587 9.717 9.848 9.915 10.044 10.180 10.318 10.442

5.372

89,5 90,8 92,1 93,3 94,6 95,9 97,2 98,5 99,2 100,4 101,8 103,2 104,4

223,82 227,09 230,17 233,30 236,46 239,67 242,91 246,20 247,88 251,10 254,50 257,94 261,06

134,29 136,25 138,10 139,98 141,88 143,80 145,75 147,72 148,73 150,66 152,70 154,76 156,64

900 910 930 940 950 960 980 990 1000 1010 1020 1040 1050

2238 2271 2302 2333 2365 2397 2429 2462 2479 2511 2545 2579 2611

1338

3.633 3.683 3.733 3.783 3.835 3.887 3.939 3.966 4.018 4.072 4.127 4.177

5.450 5.524 5.599 5.675 5.752 5.830 5.909 5.949 6.027 6.108 6.191 6.265

* Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE e levantamento de campo.

1361 1372 1393 1415 1437 1449 1472 1479 1501 1525 1539 1561

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

174

Quadro 61 – Projeção da demanda de microdrenagem no distrito de Engenheiro Passos – 2013 a 2033 Prazo Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano 2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Pop. Urbana

Bocas de lobo (und) Área urbana selec. (ha) Existente Necessário Déficit

3.305 3.475 3.534 3.593 3.653 3.714

101,72 106,43 107,67 109,48 111,30 113,16

ND 85 86

ND 213 215 219 223 226

Galeria de águas pluviais (km) Existente Necessário

ND 128 129

Déficit

Poços de visita (und) Existente Necessário

ND 2,34 2,37 2,41 2,45 2,49

ND 5,85 5,92 6,02 6,12 6,22

ND 3,51 3,55 3,61 3,67 3,73

ND 30 30 30 30 30

ND 59 59 60 61 62

Déficit ND 29 29

3.775

115,04

88 89 91 92

230

131 134 136 138

2,53

6,33

3,80

30

63

30 31 32 33

2019

3.838

116,35

93

233

140

2,56

6,40

3,84

30

64

34

2020 2021

3.902 3.966 4.031 4.093 4.156 4.220 4.284 4.350 4.416 4.483 4.551 4.620 4.689 4.762

117,68 119,62 121,59 123,46 125,36 127,28 129,22 131,19 133,19 134,32 136,28 138,34 140,43 142,60

94 96

235 239 243 247 251 255 258 262 266 269 273 277 281 285

141 144

2,59 2,63 2,67 2,72 2,76 2,80 2,84 2,89 2,93 2,95 3,00 3,04 3,09 3,14

6,47 6,58 6,69 6,79 6,89 7,00 7,11 7,22 7,33 7,39 7,50 7,61 7,72 7,84

3,88 3,95 4,01 4,07 4,14 4,20 4,26 4,33 4,40 4,43 4,50 4,57 4,63 4,71

30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 40 40 40

65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78

35 36

2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033

97 99 100 102 103 105 107 107 109 111 112 114

146 148 150 153 155 157 160 161 164 166 169 171

* Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE e levantamento de campo.

37 38 39 40 41 42 43 44 45 36 37 38

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

175

Quadro 62 – Projeção da demanda de microdrenagem no distrito de Fumaça – 2013 a 2033 Prazo Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

Pop. Urbana

Bocas de lobo (und) Área urbana selec. (ha) Existente Necessário Déficit

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018

542 565 573 581 589 597

14,00 14,52 14,65 14,86 15,07 15,28

606

2019

614

2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033

ND 29 29 30 30 31

15,49

ND 12 12 12 12 12 12

15,63

12

623

15,77

632 640 649 657 666 674 683 692 701 710 719 729 736

15,99 16,21 16,42 16,64 16,85 17,07 17,29 17,52 17,63 17,85 18,08 18,31 18,50

Galeria de águas pluviais (km) Existente

Necessário

Déficit

Poços de visita (und) Existente

Necessário

Déficit

ND 0 0 0 0 0

ND 0,80 0,81 0,82 0,83 0,84

ND 0,48 0,49 0,50 0,51 0,52

ND 3 3 3 3 3

ND 8 8 8 8 8

31

ND 18 18 18 19 19 19

0

0,85

0,54

3

9

ND 5 5 5 5 5 5

31

20

0

0,86

0,54

3

9

5

12

32

20

0

0,87

0,55

3

9

6

12

32 32 33 33 34 34 35 35 35 36 36 37 37

20

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0,88 0,89 0,90 0,91 0,93 0,94 0,95 0,96 0,97 0,98 0,99 1,01 1,02

0,56 0,57 0,59 0,60 0,61 0,62 0,63 0,65 0,65 0,66 0,68 0,69 0,70

3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

9 9 9 9 9 9 10 10 10 10 10 10 10

6

12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12

21 21 22 22 23 23 24 24 24 25 25 25

* Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE e levantamento de campo.

6 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

176

Quadro 63 – Projeção da demanda de microdrenagem no distrito de Pedra Selada– 2013 a 2033 Prazo Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

Pop. Urbana

Bocas de lobo (und) Área urbana selec. (ha) Existente Necessário Déficit

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018

371 387 392 398 403 409

4,30 4,46 4,50 4,56 4,63 4,69

415

2019

420

2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033

ND 9 9 9 9 9

4,76

ND 2 2 2 2 2 2

4,80

2

426

4,84

431 437 443 449 454 460 466 472 477 482 487 491 496

4,90 4,96 5,03 5,09 5,16 5,23 5,30 5,36 5,38 5,43 5,49 5,54 5,60

Galeria de águas pluviais (km) Existente

Necessário

Déficit

Poços de visita (und) Existente

Necessário

Déficit

ND 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05

ND 0,25 0,25 0,25 0,25 0,26

ND 0,20 0,20 0,20 0,21 0,21

ND 0 0 0 0 0

ND 2 2 3 3 3

10

ND 7 7 7 7 8 8

0,05

0,26

0,21

0

3

ND 2 2 2 2 2 2

10

8

0,05

0,26

0,22

0

3

2

2

10

8

0,05

0,27

0,22

0

3

2

2

10 10 10 10 10 10 11 11 11 11 11 11 11

8

0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05

0,27 0,27 0,28 0,28 0,28 0,29 0,29 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,31

0,22 0,22 0,23 0,23 0,24 0,24 0,24 0,25 0,25 0,25 0,25 0,26 0,26

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

2

2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

8 8 8 9 9 9 9 9 9 9 9 9

* Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE e levantamento de campo.

2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

177

Quadro 64 – Projeção da demanda de microdrenagem nas localidades de Visconde de Mauá e Lote-10– 2013 a 2033 Prazo Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

Pop. Urbana

Bocas de lobo (und) Área urbana selec. (ha) Existente Necessário Déficit

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018

1.523 1.588 1.610 1.633 1.655 1.679

20,00 20,75 20,93 21,23 21,52 21,82

1.702

2019

1.726

2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033

ND 41 42 42 43 44

22,13

ND 8 8 8 8 8 8

22,33

8

1.748

22,50

1.771 1.794 1.818 1.841 1.865 1.889 1.914 1.939 1.958 1.978 1.998 2.017 2.038

22,79 23,09 23,39 23,69 24,00 24,31 24,63 24,95 25,03 25,27 25,52 25,78 26,04

Galeria de águas pluviais (km) Existente

Necessário

Déficit

Poços de visita (und) Existente

Necessário

Déficit

ND 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23

ND 1,14 1,15 1,17 1,18 1,20

ND 0,91 0,93 0,94 0,96 0,97

ND 2 2 2 2 2

ND 11 12 12 12 12

44

ND 33 34 34 35 35 36

0,23

1,22

0,99

2

12

ND 9 9 9 10 10 10

45

36

0,23

1,23

1,00

2

12

10

8

45

37

0,23

1,24

1,01

2

12

10

8

46 46 47 47 48 49 49 50 50 51 51 52 52

37

0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23

1,25 1,27 1,29 1,30 1,32 1,34 1,35 1,37 1,38 1,39 1,40 1,42 1,43

1,03 1,04 1,06 1,08 1,09 1,11 1,13 1,15 1,15 1,16 1,18 1,19 1,21

2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

13 13 13 13 13 13 14 14 14 14 14 14 14

10

8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8

38 39 39 40 40 41 42 42 42 43 43 44

* Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE e levantamento de campo.

10 11 11 11 11 11 11 12 12 12 12 12

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

178

Quadro 65 – Projeção da demanda de microdrenagem na localidade de Serrinha – 2013 a 2033 Prazo Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

Pop. Urbana

Bocas de lobo (und) Área urbana selec. (ha) Existente Necessário Déficit

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

542 547 553 558 564 570

10,00 10,05 10,10 10,20 10,30 10,40

575 581

2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033

ND 30 30 31 31 31

10,51 10,56

ND 6 6 6 6 6 6 6

587

10,61

593 599 605 611 617 623 629 636 642 648 655 661 668

10,72 10,83 10,93 11,04 11,15 11,26 11,38 11,49 11,53 11,64 11,75 11,87 11,99

Galeria de águas pluviais (km) Existente

Necessário

Déficit

Poços de visita (und) Existente

Necessário

Déficit

ND 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15

ND 0,75 0,76 0,76 0,77 0,78

ND 0,60 0,60 0,61 0,62 0,63

ND 2 2 2 2 2

ND 8 8 8 8 8

32 32

ND 24 24 24 25 25 25 26

0,15 0,15

0,79 0,79

0,63 0,64

2 2

8 8

ND 6 6 6 6 6 6 6

6

32

26

0,15

0,80

0,64

2

8

6

6

32 32 33 33 33 34 34 34 35 35 35 36 36

26

0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15

0,80 0,81 0,82 0,83 0,84 0,84 0,85 0,86 0,86 0,87 0,88 0,89 0,90

0,65 0,66 0,67 0,67 0,68 0,69 0,70 0,71 0,71 0,72 0,73 0,74 0,75

2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

8 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 9 9

6

6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6

26 27 27 27 28 28 28 28 29 29 29 30

* Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE e levantamento de campo.

7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

179

Quadro 66 – Projeção da demanda de microdrenagem na localidade de Capelinha – 2013 a 2033. Prazo Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

Pop. Urbana

Bocas de lobo (und) Área urbana selec. (ha) Existente Necessário Déficit

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018

380 396 402 407 413 419

8,00 8,30 8,37 8,49 8,61 8,73

425

2019

431

2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033

ND 17 17 17 17 17

8,85

ND 3 3 3 3 3 3

8,93

3

436

9,00

442 448 453 459 465 471 478 484 489 493 498 503 508

9,12 9,24 9,36 9,48 9,60 9,73 9,85 9,98 10,01 10,11 10,21 10,31 10,41

Galeria de águas pluviais (km) Existente

Necessário

Déficit

Poços de visita (und) Existente

Necessário

Déficit

ND 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09

ND 0,46 0,46 0,47 0,47 0,48

ND 0,37 0,37 0,38 0,38 0,39

ND 1 1 1 1 1

ND 5 5 5 5 5

18

ND 13 13 14 14 14 14

0,09

0,49

0,40

1

5

ND 4 4 4 4 4 4

18

15

0,09

0,49

0,40

1

5

4

3

18

15

0,09

0,50

0,40

1

5

4

3

18 18 19 19 19 19 20 20 20 20 20 21 21

15

0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09

0,50 0,51 0,51 0,52 0,53 0,53 0,54 0,55 0,55 0,56 0,56 0,57 0,57

0,41 0,42 0,42 0,43 0,44 0,44 0,45 0,46 0,46 0,47 0,47 0,48 0,48

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

5 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6

4

3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

15 15 16 16 16 16 17 17 17 17 17 18

* Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE e levantamento de campo.

4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

180

Quadro 67 – Projeção da demanda de microdrenagem na localidade de Campo Alegre e Rio Preto – 2013 a 2033. Prazo Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

Pop. Urbana

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018

297 310 314 318 323 327 332

2019

337

2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033

Bocas de lobo (und) Área urbana selec. (ha) Existente Necessário Déficit 9,00 9,34 9,42 9,55 9,69 9,82

ND 19 19 19 19 20

9,96

ND 4 4 4 4 4 4

10,05

4

341

10,13

345 350 354 359 364 368 373 378 382 386 390 393 397

10,26 10,39 10,53 10,66 10,80 10,94 11,08 11,23 11,26 11,37 11,49 11,60 11,72

Galeria de águas pluviais (km) Existente

Necessário

Déficit

Poços de visita (und) Existente

Necessário

Déficit

ND 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10

ND 0,51 0,52 0,53 0,53 0,54

ND 0,41 0,42 0,42 0,43 0,44

ND 1 1 1 1 1

ND 5 5 5 5 5

20

ND 15 15 15 16 16 16

0,10

0,55

0,45

1

5

ND 4 4 4 4 4 4

20

16

0,10

0,55

0,45

1

6

5

4

20

17

0,10

0,56

0,46

1

6

5

4

21 21 21 21 22 22 22 22 23 23 23 23 23

17

0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10

0,56 0,57 0,58 0,59 0,59 0,60 0,61 0,62 0,62 0,63 0,63 0,64 0,64

0,46 0,47 0,48 0,48 0,49 0,50 0,51 0,52 0,52 0,52 0,53 0,54 0,54

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6

5

4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4

17 17 18 18 18 18 19 19 19 19 19 20

* Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE e levantamento de campo.

5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

181

Quadro 68 – Projeção da demanda de microdrenagem na localidade de Bagagem – 2013 a 2033. Prazo Censo *

Curto

Médio

Longo

Ano

Pop. Urbana

Bocas de lobo (und) Área urbana selec. (ha) Existente Necessário Déficit

2010 2013 2014 2015 2016 2017 2018

135 141 143 145 147 149

5,00 5,19 5,23 5,31 5,38 5,46

151

2019

153

2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033

ND 10 10 11 11 11

5,53

ND 2 2 2 2 2 2

5,58

2

155

5,63

157 159 161 163 165 167 170 172 174 175 177 179 181

5,70 5,77 5,85 5,92 6,00 6,08 6,16 6,24 6,26 6,32 6,38 6,44 6,51

Galeria de águas pluviais (km) Existente

Necessário

Déficit

Poços de visita (und) Existente

Necessário

Déficit

ND 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06

ND 0,29 0,29 0,29 0,30 0,30

ND 0,23 0,23 0,24 0,24 0,24

ND 1 1 1 1 1

ND 3 3 3 3 3

11

ND 8 8 9 9 9 9

0,06

0,30

0,25

1

3

ND 2 2 2 2 2 2

11

9

0,06

0,31

0,25

1

3

3

2

11

9

0,06

0,31

0,25

1

3

3

2

11 12 12 12 12 12 12 12 13 13 13 13 13

9

0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06

0,31 0,32 0,32 0,33 0,33 0,33 0,34 0,34 0,34 0,35 0,35 0,35 0,36

0,26 0,26 0,27 0,27 0,27 0,28 0,28 0,29 0,29 0,29 0,29 0,30 0,30

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4

3

2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

9 10 10 10 10 10 10 10 11 11 11 11

* Dados de Entrada Fonte: Vallenge, 2013, elaborado a partir de dados do IBGE e levantamento de campo.

3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

182

6. PROPOSIÇÕES PARA OS SISTEMAS

O PMSB é um instrumento de planejamento da ação do Município para universalização dos serviços de saneamento, entendendo a universalização como a ampliação progressiva do acesso de todos os domicílios ocupados ao saneamento básico, Lei 11.445/2007, art. 3o, § III. Em conformidade com a lei, a diretriz do planejamento aqui efetuado é levar saneamento para todos, mas de forma eficiente, otimizando o uso de recursos naturais e financeiros. Os objetivos decorrentes para a formulação de proposições dividem-se basicamente em dois: universalização da prestação de serviços e eficiência na prestação. A universalização significa levar a infraestrutura e o serviço afeito a cada usuário potencial; já a eficiência referese a ofertá-los, porém com o menor custo de execução, operação e manutenção, fazendo o uso ótimo de recursos naturais. A distribuição de água é um caso típico para explicar o objetivo de eficiência, pois não basta levar água para toda a população, como no objetivo tradicional, mas fazê-lo com eficiência, o que significa reduzir as perdas totais, atingir 100% de hidrometração, implantar macromedição, zoneamento piezométrico, setorização etc. Consequentemente, foram propostas metas para cada componente, por exemplo: para a sede de Resende e o distrito de Agulhas Negras já foi alcançada a universalização do serviço de abastecimento de água potável. Para o sistema de esgotamento sanitário a meta é alcançar 100% de atendimento com coleta em 2016. A universalização do atendimento com tratamento de esgoto será alcançada com metas progressivas: 90% até 2019. Enfim, em função das metas são definidas as ações, as quais são divididas em projetos. Por exemplo: elaborar projetos de coleta de esgotos sanitários, programas de educação sanitária e ambiental, e, obras, tendo como objetivo executar uma Estação de Tratamento de Esgotos. Para isso, necessário se faz que se tenham projetos. A ação nada mais faz do que especificar o que deve ser feito para alcançar a meta pretendida, o que inclui programas e obras. Dessa forma, as ações são compostas, por um conjunto de proposições distribuídas no tempo que estão alinhadas com as grandes diretrizes adotadas e objetivos decorrentes, mas concretizadas numericamente em metas, o que permite o controle social. Para cada um dos componentes, as proposições foram colocadas em prazos, a saber: curto (2015 a 2019), médio (2020 a 2028) e longo (2029 a 2033). Além disso, foram consideradas todas as unidades dos sistemas, incluindo as ligações prediais, hidrômetros e respectivo abrigo, pois o aumento do índice de hidrometração relaciona-se diretamente com a redução de perdas de água, diretriz aqui adotada. Para esgotos, também se previram proposições a partir do ramal domiciliar. A consideração das ligações prediais, implantação e mesmo troca, é necessária, pois a experiência mostra que não basta ter a rede na rua,

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

183

principalmente esgotos sanitários, se os domicílios não se ligarem a mesma. Os esgotos continuariam a prejudicar a saúde da população e seu ambiente, daí a importância de prever a ligação predial e os custos decorrentes da sua implantação. O planejamento cumpre seu papel ao sair do estado atual de prestação de serviços de saneamento no município e chegar a um Estado Futuro Desejado, porque foram feitas proposições alinhadas com a diretriz de saneamento eficiente para todos, concretamente articuladas por ações, isto é, projetos, programas e obras para que sejam cumpridas as metas de 100% de atendimento. Se o PMSB não for encarado como esse importante instrumento de tomada de decisão para chegar a um Estado Futuro Desejado, se chegaria somente a um Estado Tendencial com todos os problemas conhecidos, provavelmente acentuados com o decorrer do tempo e inação ou ação pouco efetiva. As proposições para cada componente do saneamento básico do Município de Resende foram feitas a partir do levantamento das condições operacionais atuais e dos resultados das oficinas de participação social. A elaboração do diagnóstico técnico exigiu várias visitas a campo com a finalidade de identificar a situação atual de cada sistema, apontando eventuais falhas ou deficiências operacionais. Foram obtidas as condições operacionais atuais das unidades que compõem o saneamento básico do Município. Quanto aos resultados das oficinas de participação social, esses foram obtidos a partir de duas reuniões comunitárias e pesquisas de campo realizadas no Município. A primeira oficina comunitária, componente da etapa 3, Leitura Comunitária, consistiu na interação da equipe técnica com a comunidade, objetivando a apresentação das responsabilidades delegadas ao município pela Lei Federal 11.445/2007. Além disso, contribuiu com a consolidação do diagnóstico técnico. Nessa etapa, foi despertado na população caráter responsável e participativo, com ênfase na responsabilização pelo planejamento do Plano Municipal de Saneamento Básico, de maneira clara e objetiva, com garantias de que esse não seja responsabilidade exclusiva de especialistas, mas também passe pela participação dos cidadãos, enriquecendo-o com suas diferentes interpretações dos diversos segmentos sociais do Município. Na Etapa 4, foi realizada a segunda oficina comunitária, denominada Oficina de Visão de Futuro. Nela, os munícipes delinearam suas ambições, descrevendo o quadro futuro que desejam atingir, identificando suas aspirações, e, criando um clima de envolvimento e comprometimento com o futuro do Município. Nesse encontro, a população definiu uma frase que expressa seus anseios em relação às expectativas futuras: “Ser referência nacional em desenvolvimento sustentável, que respeita seu cidadão com prestação de serviços adequados de saneamento básico”. Nessa etapa consolidou-se a importância de que o processo participativo deverá ocorrer durante todas as fases, inclusive na elaboração futura das revisões do atual plano. Conforme os objetivos da lei, a “semente” lançada de mobilização

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

184

social durante a elaboração do plano, se consolida como controle social, cujo formato depende de cada município, poderá ocorrer: como conselho, seminários periódicos ou outros. Mais informações quanto ao controle social na elaboração do presente plano são apresentadas no Capítulo 12. Com base nessa interação técnico-social por meio das duas oficinas, diagnóstico e visão do futuro, apresentam-se as proposições para os três elementos que compõem o saneamento básico, quais sejam: abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, e, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.

6.1 CENÁRIOS PARA A UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO

O plano de saneamento objetiva estabelecer um caminho seguro para que o Município alcance a universalização da prestação dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário e manejo das águas pluviais urbanas. Durante as etapas de elaboração do PMSB foram construídos cenários considerando diferentes critérios de engenharia e de disponibilidade de recursos para investimento. O cenário escolhido em conjunto com o município foi o Cenário Tendencial, aquele no qual se manteriam os parâmetros atuais quanto aos elementos lineares e haveria limitação de recursos financeiros. Para os distritos sede, Agulhas Negras e Engenheiro Passos, foram considerados os parâmetros e investimentos previstos no Contrato de Concessão entre a Prefeitura Municipal e a Companhia Águas de Agulhas Negras (CAAN). Observando os dados coletados em campo, bem como os informados pelos 16 municípios do Médio Paraíba no SNIS, verificou-se que em média há 6 m de rede de água e 5 m de rede de esgoto por habitante. Mesmo que não sejam condições ideais, são as tendenciais observadas e refletem a forma de construção da cidade na região. Quanto aos recursos financeiros a fonte de investimentos seria o orçamento do município ou, mesmo dos recursos previstos no Contrato com a CAAN no caso das áreas operadas por esta em Resende. Para as demais localidades do município, seriam necessários recursos próprios ou fundos mencionados anteriormente. Para o estado do Rio de Janeiro, há recursos públicos de uso potencial, o Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (FECAM). Conforme obtido no sítio da SEA-RJ o fundo tem as seguintes características:

O Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam) foi criado pela Lei 1.060, de 10 de novembro de 1986 – mais tarde alterado pelas leis 2.575, de 19 de junho de 1996; 3.520, de 27 de dezembro

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

185

de 2000; e 4.143, de 28 de agosto de 2003 –, com o objetivo de atender às necessidades financeiras de projetos e programas ambientais e de desenvolvimento urbano em consonância com o disposto no parágrafo 3º do artigo 263 da Constituição Estadual. Os recursos do Fecam – cerca de R$ 300 milhões/ano - são oriundos, dentre outros, de 5% dos royalties do petróleo, atribuídos ao Estado do Rio de Janeiro, bem como do resultado de multas administrativas aplicadas e condenações judiciais por irregularidade constatadas pelos órgãos fiscalizadores do meio ambiente. O Fecam é representado por um secretário-executivo e reporta-se ao titular da Secretaria de Estado do Ambiente. É gerido por um conselho superior, presidido pelo titular da Secretaria do Ambiente e integrado por um representante das secretarias estaduais de Fazenda, de Planejamento e Gestão e das seguintes entidades: Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan); Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Assembléia Permanente das Entidades de Defesa do Meio Ambiente (Apedema). O Fecam financia projetos ambientais e para o desenvolvimento urbano em todo o Estado do Rio de Janeiro, englobando diversas áreas, tais como reflorestamento, recuperação de áreas degradadas, canalização de cursos d´água, educação ambiental, implantação de novas tecnologias menos poluentes, despoluição de praias e saneamento. O Fecam busca, assim, atender as necessidades ambientais do estado, minorando seu passivo ambiental.

Com essas características e potencial econômico, o Estado do Rio de Janeiro tem condições diferenciadas de alavancar a prestação de serviços em saneamento, notadamente quanto à coleta e tratamento de esgotos. Desta forma, na medida em que se confirmar uma alocação de recursos por parte do governo estadual, é possível concretizar os investimentos em prazos mais curtos do que os aqui estabelecidos, particularmente para as localidades de Resende não operadas pela CAAN. Outra possibilidade seria estender para as localidades ainda não operadas pela CAAN uma transição paulatina para essa operadora, principalmente em localidades com características mais urbanas. Já Serrinha é uma localidade com feições mais rurais, tendo em vista o tamanho dos lotes e a baixa densidade populacional. Neste caso, seria mais viável ter um sistema público de abastecimento de água, garantindo água potável para os moradores, mas um sistema de esgotos sanitários domiciliar, como cada um possuindo fossa séptica e seguida de filtro anaeróbio, ambos projetados conforme as normas brasileiras. Mesmo sendo domiciliar, caberia à prefeitura implantar um meio de acompanhar a operação e a qualidade do efluente tratado.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

186

6.2. ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Os gastos para a prestação de serviços de água e esgotos são divididos em duas categorias: investimentos, para universalizar ou continuar a atender a expansão da população, logo aumentando o volume dos serviços e também a receita da prestadora; e manutenção, custos com o objetivo de manter os serviços operando continuamente no mesmo nível, sem ampliar a capacidade. São classificados como investimentos: 

ampliação e reforma de unidades, pois visam aumentar a oferta de serviços. Um exemplo ocorre nas ETAs, onde o emprego de novos equipamentos aumenta a capacidade de produção, porém sem alterar as construções existentes como os decantadores;



projetos e implantação de novas unidades, como o tratamento de lodos;



cadastro das unidades do SAA, incluindo a rede de distribuição, pois esse conhecimento melhora a operação e reduz perdas, entre outros, trazendo benefícios futuros;



implantação de setorização, incluindo macromedição de distritos de abastecimento, também trazendo benefícios futuros;



instalação de hidrômetros. Quanto à manutenção, se enquadra a substituição de redes de distribuição mais antigas,

com vistas a reduzir as perdas de água, que também significam perdas de receita para a operadora, troca de trechos de adutora de água tratada, manutenção de trechos, ações para recuperar a capacidade operacional, entre outros. Classificados os tipos de investimentos, nos itens a seguir são colocados os investimentos previstos para a área atualmente sob concessão e para as que ainda são operadas pela prefeitura.

6.2.1. Área Concedida

Os investimentos previstos para a sede de Resende, incluído o distrito de Agulhas Negras, margem esquerda do Rio Paraíba do Sul, estão no Quadro 69. As hipóteses de cálculo são as seguintes no horizonte de projeto, 20 anos: 

aumento da rede existente para acompanhar o crescimento da área urbana;

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ



187

expansão da rede em novos loteamentos, conforme o crescimento populacional, a encargo do loteador, totalizando cerca de 120 km de novas tubulações. Quanto à manutenção, admitiu-se substituição de rede de 0,25% ao ano, visando

principalmente reduzir as perdas na distribuição de água, o que daria 23 km de tubulações trocadas. A substituição ocorreria principalmente na área mais antiga da cidade. O gasto necessário, conforme o Quadro 69, seria igual a R$ 41.211.000,00 (quarenta e um milhões e duzentos e onze mil reais), originado dos compromissos contratuais da CAAN, assegurados pela tarifa cobrada pela prestação de serviço de abastecimento de água. Quadro 69 – Investimentos para a universalização e custos de manutenção do SAA nos distritos sede e Agulhas Negras PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Captação Subterrânea Captação Superficial

AAB EEAB e AT Tratamento de água subt. Reforma e ampliação da capacidade de tratamento das unidades

AAT

CURTO (2014-2019)

PRAZO/ CUSTO R$ MÉDIO LONGO (2020-2028) (2029-2033)

Reforma e atualização da unidade

11.000,00

Reforma e atualização das unidades

200.000,00

100.000,00

Manutenção e substituição de trechos

100.000,00

50.000,00

Reforma e atualização das unidades (6 EEAB + 6 EEAT)

100.000,00

50.000,00

Reforma e atualização da unidade

20.000,00

Implantar o projeto de tratamento de lodos nas ETAs Toyota, Fazenda da Barra e São Caetano

500.000,00

Reforma e ampliação das unidades Projeto e implantação das adutoras, inclusive anéis de distribuição

2.500.000,00

Manutenção e substituição de trechos

Reservação

Ampliar o volume de reservação em 3.000 m³ (Projeto e implantação)

Rede de distribuição (atendimento de déficit, ampliação e substituição) Macromedição/setorização/DMC Ligação de água (atendimento de déficit, ampliação e substituição) Padronização de cavalete Hidrometros (atendimento de déficit, ampliação e substituição) SUBTOTAL TOTAL GERAL Fonte: Vallenge & CAAN, 2014.

5.000.000,00

300.000,00

3.000.000,00

2.000.000,00

545.000,00

345.000,00

2.000.000,00

Reforma e atualização das unidades Cadastro das unidades do SAA

1.500.000,00

100.000,00

100.000,00

70.000,00

20.000,00

2.000.000,00

4.500.000,00

3.000.000,00

700.000,00

1.300.000,00

1.200.000,00

2.120.000,00

2.600.000,00

1.500.000,00

360.000,00

700.000,00

600.000,00

720.000,00

700.000,00

600.000,00

8.970.000,00

22.396.000,00 41.211.000,00

9.845.000,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

188

O município vem mostrando uma dinâmica acentuada de crescimento populacional que a expansão urbana precisa acompanhar. De acordo com a legislação em vigor, os empreendedores imobiliários são os responsáveis por esse investimento aqui estimado em R$ 36 milhões para a implantação de cerca de 120 km de rede de distribuição. Esses recursos estariam a encargo de empreendedores imobiliários. Os investimentos e custos de manutenção para os demais distritos e localidades são apresentados nos quadros a seguir, lembrando que os mesmos foram calculados de forma a atender o objetivo de universalizar o abastecimento de água com a prestação de um serviço eficiente, com meta de atingir 100% da população em 2018. Quadro 70 – Investimentos para a universalização do SAA no distrito Engenheiro Passos PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

PRAZO/ CUSTO R$ CURTO MÉDIO LONGO (2015 - 2019) (2020 - 2028) (2029 - 2033)

cp superficial renovação de outorga tratamento Implantação de tratamento de lodo Projeto e implantação de adutoras, AAT inclusive anéis de distribuição Reservação

5.000,00 300.000,00 50.000,00

Ampliar volume de reservação

50.000,00

20.000,00

400.000,00

Cadastro das unidades do SAA Rede de distribuição (atendimento de déficit, ampliação e substituição)

10.000,00

10.000,00

10.000,00

50.000,00

100.000,00

50.000,00

Macromedição / setorização/DMC Ligações de água (atendimento de déficit, ampliação e substituição)

25.000,00

10.000,00

10.000,00

20.000,00

15.000,00

15.000,00

10.000,00

5.000,00

5.000,00

15.000,00 180.000,00

15.000,00 905.000,00 1.215.000,00

15.000,00 130.000,00

Padronização de cavalete Hidrômetros (atendimento de déficit, Distribuição ampliação e substituição) SUBTOTAL TOTAL GERAL Fonte: Vallenge & CAAN, 2014.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

189

6.2.2. Área Operada pelo Município

A seguir são colocados por localidade as necessidades de investimentos.

Quadro 71 – Investimentos para a universalização do SAA no distrito Fumaça PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Captação Superficial

AAB

Tratamento água superficial

AAT Reserva-ção

Distribuição

Ampliar a oferta de água captada em 3,0 L/s (Projeto e implantação) Outorga e renovação da captação no córrego sem denominação Projeto e implantação (caso necessário em função da ampliação da oferta de água) Ampliar a oferta de água tratada em 3,0 L/s (Projeto e implantação) - inclusive adequação da unidade existente Projeto e implantação de sistema de desinfecção Projeto e implantação de adutoras, inclusive anéis de distribuição Ampliar o volume de reservação em 45 m³ (Projeto e implantação)

PRAZO/ CUSTO R$ CURTO MÉDIO LONGO (2015-2019) (2020-2028) (2029-2033) 179.000,00 5.000,00 75.600,00

191.700,00 50.000,00 36.000,00

52.000,00

Rede de distribuição (atendimento de déficit e ampliação)

36.150,00

Macromedição e setorização

23.000,00

Ligações de água (atendimento de déficit e ampliação)

12.800,00

Padronização de cavalete

Por ano no período Fonte: Vallenge, 2014

36.000,00

140.000,00

Cadastro das unidades do SAA

Hidrômetros (atendimento de déficit e ampliação) SUBTOTAL TOTAL GERAL

5.000,00

311.650,00

179.700,00

3.900,00

1.900,00

8.000,00 59.000,00 860.250,00

172.050,00

7.700,00 367.250,00 1.417.800,00

36.725,00

3.700,00 190.300,00

38.060,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

190

Quadro 72 – Custos de manutenção do SAA no distrito Fumaça PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Captação Superficial

PRAZO/ CUSTO R$ CURTO MÉDIO LONGO (2015-2019) (2020-2028) (2029-2033)

Reforma e atualização da unidade

11.600,00

Manutenção e substituição de trechos

4.200,00

4.200,00

Tratamento água sup.

Reforma e atualização das unidades

6.500,00

6.500,00

Reservação

Reforma e atualização das unidades

1.500,00

AAT

Distribuição

Rede de distribuição (Substituição)

1.000,00

23.600,00

15.400,00

Ligações de água (Substituição)

7.230,00

15.600,00

7.800,00

Hidrômetros (Substituição)

6.400,00

40.600,00

20.300,00

SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período Fonte: Vallenge, 2013

14.630,00

2.926,00

103.600,00 172.430,00

10.360,00

54.200,00

10.840,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

191

Quadro 73 – Investimentos para a universalização do SAA no distrito de Pedra Selada PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Captação Superficial

AAB

Tratamento água superficial

AAT Reserva-ção

Distribuição

Ampliar a oferta de água captada em 2,0 L/s (Projeto e implantação) Outorga e renovação da captação no córrego sem denominação Projeto e implantação (caso necessário em função da ampliação da oferta de água) Ampliar a oferta de água tratada em 2,0 L/s (Projeto e implantação) - inclusive adequação da unidade existente Projeto e implantação de sistema de desinfecção Projeto e implantação de adutoras, inclusive anéis de distribuição Ampliar o volume de reservação em 45 m³ (Projeto e implantação)

PRAZO/ CUSTO R$ CURTO MÉDIO LONGO (2015-2019) (2020-2028) (2029-2033) 126.000,00 5.000,00 75.600,00

131.200,00 50.000,00 36.000,00

15.800,00

Rede de distribuição (atendimento de déficit e ampliação)

33.020,00

Macromedição e setorização

23.000,00

Ligações de água (atendimento de déficit e ampliação)

7.900,00

Padronização de cavalete

Por ano no período

36.000,00

140.000,00

Cadastro das unidades do SAA

Hidrômetros (atendimento de déficit e ampliação) SUBTOTAL TOTAL GERAL

5.000,00

258.380,00

142.800,00

2.300,00

900,00

5.000,00 36.200,00 679.720,00

135.944,00

4.600,00 306.280,00 1.136.500,00

30.628,00

1.800,00 150.500,00

30.100,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

192

Quadro 74 – Custos de manutenção do SAA no distrito de Pedra Selada PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Captação Superficial

PRAZO/ CUSTO R$ CURTO MÉDIO LONGO (2015-2019) (2020-2028) (2029-2033)

Reforma e atualização da unidade

7.800,00

Manutenção e substituição de trechos

4.200,00

4.200,00

Tratamento água sup.

Reforma e atualização das unidades

4.400,00

4.400,00

Reservação

Reforma e atualização das unidades

1.000,00

AAT

Distribuição

Rede de distribuição (Substituição)

1.000,00

23.600,00

15.400,00

Ligações de água (Substituição)

4.440,00

9.600,00

4.800,00

Hidrômetros (Substituição)

3.900,00

25.000,00

12.500,00

SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período

9.340,00

1.868,00

75.600,00 126.240,00

7.560,00

41.300,00

8.260,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

193

Quadro 75 – Investimentos para a universalização do SAA na localidade de Visconde de Mauá. PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Captação Superficial

AAB

Tratamento água superficial

AAT Reserva-ção

Distribuição

Ampliar a oferta de água captada em 3,0 L/s (Projeto e implantação) Outorga e renovação da captação no córrego sem denominação Projeto e implantação (caso necessário em função da ampliação da oferta de água) Ampliar a oferta de água tratada em 3,0 L/s (Projeto e implantação) - inclusive adequação da unidade existente Projeto e implantação de sistema de desinfecção Projeto e implantação de adutoras, inclusive anéis de distribuição Ampliar o volume de reservação em 45 m³ (Projeto e implantação)

PRAZO/ CUSTO R$ CURTO MÉDIO LONGO (2015-2019) (2020-2028) (2029-2033) 510.000,00 5.000,00 157.500,00

538.500,00 50.000,00 72.000,00

74.000,00

Rede de distribuição (atendimento de déficit e ampliação)

53.970,00

Macromedição e setorização

23.000,00

Ligações de água (atendimento de déficit e ampliação)

32.300,00

Padronização de cavalete

Por ano no período Fonte: Vallenge, 2014

72.000,00

380.000,00

Cadastro das unidades do SAA

Hidrômetros (atendimento de déficit e ampliação) SUBTOTAL TOTAL GERAL

5.000,00

600.230,00

310.500,00

9.500,00

3.600,00

20.000,00 148.400,00

18.900,00

2.044.670,00

720.630,00 3.091.500,00

408.934,00

72.063,00

7.100,00 326.200,00

65.240,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

194

Quadro 76 – Custos de manutenção do SAA na localidade de Visconde de Mauá PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Captação Superficial

PRAZO/ CUSTO R$ CURTO MÉDIO LONGO (2015-2019) (2020-2028) (2029-2033)

Reforma e atualização da unidade

32.000,00

Manutenção e substituição de trechos

4.200,00

4.200,00

Tratamento água sup.

Reforma e atualização das unidades

18.000,00

18.000,00

Reservação

Reforma e atualização das unidades

4.000,00

0,00

AAT

Distribuição

Rede de distribuição (Substituição)

1.000,00

23.600,00

15.400,00

Ligações de água (Substituição)

18.360,00

39.300,00

19.700,00

Hidrômetros (Substituição)

20.600,00

113.600,00

56.800,00

SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período Fonte: Vallenge, 2014.

39.960,00

7.992,00

234.700,00 388.760,00

23.470,00

114.100,00

22.820,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

195

Quadro 77 – Investimentos para a universalização do SAA na localidade de Serrinha PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Captação Superficial

AAB

Tratamento água sup.

AAT Reserva-ção

Distribuição

Ampliar a oferta de água captada em 2,5 L/s (Projeto e implantação) Outorga e renovação da captação no córrego sem denominação Projeto e implantação (caso necessário em função da ampliação da oferta de água) Ampliar a oferta de água tratada em 2,5 L/s (Projeto e implantação) - inclusive implantação do sistema de desinfecção Projeto e implantação de adutoras, inclusive anéis de distribuição Ampliar o volume de reservação em 60 m³ (Projeto e implantação)

PRAZO/ CUSTO R$ CURTO MÉDIO LONGO (2015-2019) (2020-2028) (2029-2033) 158.600,00 5.000,00 151.200,00

171.200,00 72.000,00

38.000,00

Rede de distribuição (atendimento de déficit e ampliação)

74.500,00

Macromedição e setorização

22.500,00

Ligações de água (atendimento de déficit e ampliação)

14.500,00

Padronização de cavalete

Por ano no período Fonte: Vallenge, 2014.

72.000,00

188.000,00

Cadastro das unidades do SAA

Hidrômetros (atendimento de déficit e ampliação) SUBTOTAL TOTAL GERAL

5.000,00

93.000,00

715.500,00

10.200,00

1.200,00

7.100,00 122.000,00

16.000,00

1.017.500,00

198.300,00 1.940.500,00

203.500,00

19.830,00

3.000,00 724.700,00

144.940,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

196

Quadro 78 – Custos de manutenção do SAA na localidade de Serrinha PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Captação Superficial AAB AAT

PRAZO/ CUSTO R$ CURTO MÉDIO LONGO (2015-2019) (2020-2028) (2029-2033)

Reforma e atualização da unidade

10.500,00

Manutenção e substituição de trechos

8.400,00

8.400,00

4.200,00

4.200,00

Manutenção e substituição de trechos

Tratamento água sup.

Reforma e atualização das unidades

5.879,00

5.879,00

Reserva-ção

Reforma e atualização das unidades

1.300,00

0,00

300,00

5.900,00

4.800,00

Ligações de água (Substituição)

6.100,00

18.400,00

9.300,00

Hidrômetros (Substituição)

7.000,00

40.000,00

20.000,00

Rede de distribuição (Substituição) Distribuição

SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período Fonte: Vallenge, 2014.

13.400,00

2.680,00

94.579,00 160.558,00

9.457,90

52.579,00

10.515,80

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

197

Quadro 79 – Investimentos para a universalização do SAA na localidade de Capelinha PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Captação Superficial

AAB

Tratamento água superficial

AAT Reserva-ção

Distribuição

Ampliar a oferta de água captada em 2,0 L/s (Projeto e implantação) Outorga e renovação da captação no córrego sem denominação Projeto e implantação (caso necessário em função da ampliação da oferta de água) Ampliar a oferta de água tratada em 2,0 L/s (Projeto e implantação) - inclusive adequação da unidade existente Projeto e implantação de sistema de desinfecção Projeto e implantação de adutoras, inclusive anéis de distribuição Ampliar o volume de reservação em 38 m³ (Projeto e implantação)

PRAZO/ CUSTO R$ CURTO MÉDIO LONGO (2015-2019) (2020-2028) (2029-2033) 126.000,00 5.000,00 157.500,00

134.400,00 50.000,00 72.000,00

30.000,00

Rede de distribuição (atendimento de déficit e ampliação)

33.230,00

Macromedição e setorização

23.000,00

Ligações de água (atendimento de déficit e ampliação)

8.100,00

Padronização de cavalete

Por ano no período Fonte: Vallenge, 2014.

72.000,00

120.000,00

Cadastro das unidades do SAA

Hidrômetros (atendimento de déficit e ampliação) SUBTOTAL TOTAL GERAL

5.000,00

261.370,00

144.700,00

2.400,00

900,00

5.000,00 37.100,00 796.330,00

159.266,00

4.800,00 345.570,00 1.294.300,00

34.557,00

1.800,00 152.400,00

30.480,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

198

Quadro 80 – Custos de manutenção do SAA na localidade de Capelinha PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Captação Superficial

PRAZO/ CUSTO R$ CURTO MÉDIO LONGO (2015-2019) (2020-2028) (2029-2033)

Reforma e atualização da unidade

8.000,00

Manutenção e substituição de trechos

4.200,00

4.200,00

Tratamento água sup.

Reforma e atualização das unidades

4.500,00

4.500,00

Reservação

Reforma e atualização das unidades

1.000,00

0,00

AAT

Distribuição

Rede de distribuição (Substituição)

1.000,00

23.600,00

15.400,00

Ligações de água (Substituição)

4.550,00

9.800,00

4.900,00

Hidrômetros (Substituição)

5.200,00

28.400,00

14.200,00

SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período Fonte: Vallenge, 2014.

10.750,00

2.150,00

79.500,00 133.450,00

7.950,00

43.200,00

8.640,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

199

Quadro 81 – Investimentos para a universalização do SAA na localidade de Campo Alegre e Rio Preto PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Captação Superficial

AAB

Tratamento água superficial

AAT Reserva-ção

Distribuição

Ampliar a oferta de água captada em 1,5 L/s (Projeto e implantação) Outorga e renovação da captação no córrego sem denominação Projeto e implantação (caso necessário em função da ampliação da oferta de água) Ampliar a oferta de água tratada em 1,5 L/s (Projeto e implantação) - inclusive adequação da unidade existente Projeto e implantação de sistema de desinfecção Projeto e implantação de adutoras, inclusive anéis de distribuição Ampliar o volume de reservação em 30 m³ (Projeto e implantação)

PRAZO/ CUSTO R$ CURTO MÉDIO LONGO (2015-2019) (2020-2028) (2029-2033) 98.000,00 5.000,00 157.500,00

105.000,00 50.000,00 72.000,00

34.000,00

Rede de distribuição (atendimento de déficit e ampliação)

31.750,00

Macromedição e setorização

23.000,00

Ligações de água (atendimento de déficit e ampliação)

6.400,00

Padronização de cavalete

Por ano no período Fonte: Vallenge, 2014.

72.000,00

88.000,00

Cadastro das unidades do SAA

Hidrômetros (atendimento de déficit e ampliação) SUBTOTAL TOTAL GERAL

5.000,00

236.550,00

133.200,00

1.900,00

700,00

4.000,00 29.100,00 699.750,00

139.950,00

3.700,00 318.150,00 1.158.200,00

31.815,00

1.400,00 140.300,00

28.060,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

200

Quadro 82 – Custos de manutenção do SAA na localidade de Campo Alegre e Rio Preto PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Captação Superficial

PRAZO/ CUSTO R$ CURTO MÉDIO LONGO (2015-2019) (2020-2028) (2029-2033)

Reforma e atualização da unidade

6.300,00

Manutenção e substituição de trechos

4.200,00

4.200,00

Tratamento água sup.

Reforma e atualização das unidades

3.500,00

3.500,00

Reservação

Reforma e atualização das unidades

800,00

AAT

Distribuição

Rede de distribuição (Substituição)

1.000,00

23.600,00

15.400,00

Ligações de água (Substituição)

3.560,00

7.700,00

3.900,00

Hidrômetros (Substituição)

3.200,00

20.000,00

10.000,00

SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período Fonte: Vallenge, 2014.

7.760,00

1.552,00

66.100,00 110.860,00

6.610,00

37.000,00

7.400,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

201

Quadro 83 – Investimentos para a universalização do SAA na localidade de Bagagem. PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Captação Superficial

AAB

Tratamento água superficial

AAT Reserva-ção

Distribuição

Ampliar a oferta de água captada em 1,0 L/s (Projeto e implantação) Outorga e renovação da captação no córrego sem denominação Projeto e implantação (caso necessário em função da ampliação da oferta de água) Ampliar a oferta de água tratada em 1,0 L/s (Projeto e implantação) - inclusive adequação da unidade existente Projeto e implantação de sistema de desinfecção Projeto e implantação de adutoras, inclusive anéis de distribuição Ampliar o volume de reservação em 20 m³ (Projeto e implantação)

PRAZO/ CUSTO R$ CURTO MÉDIO LONGO (2015-2019) (2020-2028) (2029-2033) 46.000,00 5.000,00 45.200,00

47.800,00 50.000,00 22.000,00

18.400,00

Rede de distribuição (atendimento de déficit e ampliação)

28.830,00

Macromedição e setorização

23.000,00

Ligações de água (atendimento de déficit e ampliação)

3.400,00

Padronização de cavalete

Por ano no período Fonte: Vallenge, 2014.

22.000,00

60.000,00

Cadastro das unidades do SAA

Hidrômetros (atendimento de déficit e ampliação) SUBTOTAL TOTAL GERAL

5.000,00

188.270,00

109.200,00

1.000,00

400,00

3.000,00 15.300,00 364.930,00

72.986,00

2.000,00 216.270,00 696.600,00

21.627,00

800,00 115.400,00

23.080,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

202

Quadro 84 – Custos de manutenção do SAA na localidade de Bagagem PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Captação Superficial

PRAZO/ CUSTO R$ CURTO MÉDIO LONGO (2015-2019) (2020-2028) (2029-2033)

Reforma e atualização da unidade

2.900,00

Manutenção e substituição de trechos

4.200,00

4.200,00

Tratamento água sup.

Reforma e atualização das unidades

1.600,00

1.600,00

Reservação

Reforma e atualização das unidades

400,00

AAT

Distribuição

Rede de distribuição (Substituição)

1.000,00

23.600,00

15.400,00

Ligações de água (Substituição)

1.890,00

4.100,00

2.100,00

Hidrômetros (Substituição)

1.700,00

10.600,00

5.300,00

SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período Fonte: Vallenge, 2014.

4.590,00

918,00

47.400,00 80.590,00

4.740,00

28.600,00

5.720,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

203

6.3. ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Os investimentos previstos para a sede de Resende, incluído o Distrito de Agulhas Negras, margem esquerda do Rio Paraíba do Sul, estão apresentados no Quadro 85. As hipóteses de cálculo são as seguintes no horizonte de projeto, 20 anos: 

expansão da rede em novos loteamentos, conforme o crescimento populacional, a encargo do loteador, totalizando cerca de 94 km de novas tubulações.



para a manutenção, admitiu-se substituição de rede de cerca de 7 km, visando principalmente efetuá-la na parte mais antiga da cidade. O gasto necessário, conforme o Quadro 85, seria igual a R$ 61,8 milhões de reais.

Quadro 85 – Investimentos para a universalização do SES nos distritos Sede e Agulhas Negras PRAZO / CUSTO R$ PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CURTO (20152019)

MÉDIO (20202028)

LONGO (20292033)

100.000,00

100.000,00

100.000,00

Rede de esgoto (atendimento de déficit, ampliação e substituição)

1.650.000,00

2.950.000,00

1.300.000,00

Ligações de esgoto (atendimento de déficit, ampliação e substituição)

1.300.000,00

1.500.000,00

1.200.000,00

Projeto e implantação de coletor tronco e/ou interceptores

3.850.000,00

2.000.000,00

725.000,00

350.000,00

350.000,00

200.000,00

2.700.000,00

1.000.000,00

100.000,00

250.000,00

250.000,00

175.000,00

3.300.000,00

1.000.000,00

200.000,00

250.000,00

250.000,00

150.000,00

15.000.000,00

10.000.000,00

7.000.000,00

600.000,00

600.000,00

300.000,00

20.000.000,00

11.450.000,00

Cadastro das Unidades do SES Rede Coletora

Coletor Troncoe intercept.

Manutenção e Substituição de trechos Projeto e implantação de 45 EEEs

EEE Reforma e atualização das unidades

Linha de Recalque

ETE

Projeto e implantação das linhas de recalque Reforma e atualização das unidades Ampliar o atendimento de esgoto tratado (projeto de implantação) Reforma e atualização das unidades SUBTOTAL TOTAL GERAL

Fonte: Vallenge & CAAN, 2014.

29.350.000,00

60.800.000,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

204

O município vem mostrando uma dinâmica acentuada de crescimento populacional que a expansão urbana precisa acompanhar. De acordo com a legislação em vigor, os empreendedores imobiliários são os responsáveis por esse investimento aqui estimado em R$ 37,6 milhões para a implantação de 94 km rede de coletora. Os investimentos e custos de manutenção para os demais distritos e localidades são apresentados nos quadros a seguir, lembrando que os mesmos foram calculados de forma a atender o objetivo de universalizar o esgotamento sanitário com a prestação de um serviço eficiente, com meta de beneficiar 100% da população com coleta e afastamento de esgotos até 2020 e tratamento até 2025. Quadro 86 – Investimentos para a universalização do SES no distrito Engenheiro Passos. PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Rede Coletora

Coletor Troncoe intercept. EEE Linha de Recalque ETE

PRAZO / CUSTO R$ CURTO MÉDIO LONGO (2015-2019) (2020-2028) (2029-2033)

Cadastro das Unidades do SES

50.000,00

50.000,00

25.000,00

Rede de esgoto (atendimento de déficit, ampliação e substituição)

150.000,00

100.000,00

50.000,00

Ligações de esgoto (atendimento de déficit, ampliação e substituição)

100.000,00

100.000,00

50.000,00

Projeto e implantação de coletor tronco e/ou interceptores

100.000,00

50.000,00

25.000,00

Projeto e implantação de EEEs

300.000,00

100.000,00

25.000,00

Projeto e implantação das linhas de recalque

350.000,00

100.000,00

25.000,00

2.000.000,00 100.000,00

50.000,00

Universalizar o atendimento de esgoto SUBTOTAL TOTAL GERAL

Fonte: Vallenge & CAAN, 2014.

3.050.000,00 600.000,00 250.000,00 3.900.000,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

205

Quadro 87 – Investimentos para a universalização do SES no distrito Fumaça PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Cadastro das unidades do SES Rede coletora

Coletor Tronco e Intercep. EEE Linha de recalque ETE

Rede de esgoto (atendimento de déficit e ampliação) Ligações de esgoto (atendimento de déficit e ampliação) Projeto e implantação de coletor tronco e/ou interceptores Projeto e Implantação de 1 EEE Projeto e implantação de linhas de recalque Universalizar o atendimento de esgoto tratado (projeto e implantação) SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período

CURTO (2015-2019)

PRAZO/ CUSTO R$ MÉDIO LONGO (2020-2028) (2029-2033)

51.200,00 41.000,00

191.000,00

437.000,00

68.100,00

45.500,00

18.900,00

30.800,00

308.000,00

308.000,00

9.250,00

185.000,00

15.000,00

150.000,00

9.100,00

182.000,00

224.450,00

1.061.500,00 2.199.850,00

913.900,00

44.890,00

106.150,00

182.780,00

150.000,00

Fonte: Vallenge, 2014.

Quadro 88 – Custos de manutenção do SES no distrito Fumaça PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CURTO (2015-2019)

PRAZO/ CUSTO R$ MÉDIO LONGO (2020-2028) (2029-2033)

Rede de esgoto (Substituição)

1.800,00

41.000,00

27.900,00

Ligações de esgoto (Substituição)

3.000,00

6.900,00

3.500,00

68.900,00

68.900,00

Rede coletora

Coletor Tronco e Intercep.

Manutenção e substituição de trechos

EEE

Reforma e atualização das unidades

Linha de recalque

Reforma e atualização das unidades

ETE

Reforma e atualização das unidades SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período Fonte: Vallenge, 2014.

29.600,00 24.000,00

24.000,00 24.800,00

4.800,00

140.800,00 324.300,00

178.700,00

960,00

14.080,00

35.740,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

206

Quadro 89 – Investimentos para a universalização do SES no distrito de Pedra Selada PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Cadastro das unidades do SES Rede coletora

Coletor Tronco e Intercep.

Rede de esgoto (atendimento de déficit e ampliação) Ligações de esgoto (atendimento de déficit e ampliação) Projeto e implantação de coletor tronco e/ou interceptores Projeto e Implantação de 1 EEE

EEE Linha de recalque ETE

Projeto e implantação de linhas de recalque Universalizar o atendimento de esgoto tratado (projeto e implantação) SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período

CURTO (2015-2019)

PRAZO/ CUSTO R$ MÉDIO LONGO (2020-2028) (2029-2033)

16.000,00 9.800,00

111.000,00

116.200,00

122.000,00

31.000,00

5.000,00

24.600,00

246.000,00

246.000,00

9.300,00

185.000,00

9.000,00

90.000,00

27.500,00

550.000,00

218.200,00

1.213.000,00 1.888.400,00

457.200,00

43.640,00

121.300,00

91.440,00

90.000,00

Fonte: Vallenge, 2014.

Quadro 90 – Custos de manutenção do SES no distrito de Pedra Selada PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

PRAZO/ CUSTO R$ CURTO MÉDIO LONGO (2015-2019) (2020-2028) (2029-2033)

Rede de esgoto (Substituição)

20.000,00

11.000,00

11.000,00

6.000,00

99.000,00

99.000,00

Rede coletora

Ligações de esgoto (Substituição) Coletor Tronco e Intercep.

4.000,00

Manutenção e substituição de trechos

EEE

Reforma e atualização das unidades

Linha de recalque

Reforma e atualização das unidades

ETE

Reforma e atualização das unidades SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período

29.600,00 48.000,00

48.000,00 16.700,00

4.000,00

178.000,00 392.300,00

210.300,00

800,00

17.800,00

42.060,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

207

Quadro 91 – Investimentos para a universalização do SES na localidade de Visconde de Mauá. PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Cadastro das unidades do SES Rede coletora

Coletor T ronco e Intercep.

EEE Linha de recalque

Rede de esgoto (atendimento de déficit e ampliação) Ligações de esgoto (atendimento de déficit e ampliação) Projeto e implantação de coletor tronco e/ou interceptores Projeto e Implantação de 1 EEE Projeto e implantação de linhas de recalque SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período

CURTO (2015-2019)

PRAZO/ CUSTO R$ MÉDIO LONGO (2020-2028) (2029-2033)

74.000,00 19.900,00

248.100,00

271.000,00

20.000,00

15.000,00

5.000,00

30.800,00

308.000,00

308.000,00

9.300,00

185.000,00

12.000,00

120.000,00

120.000,00

166.000,00

876.100,00 1.746.100,00

704.000,00

33.200,00

87.610,00

140.800,00

Fonte: Vallenge, 2014.

Quadro 92 – Custos de manutenção do SES na localidade de Visconde de Mauá PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CURTO (2015-2019)

PRAZO/ CUSTO R$ MÉDIO LONGO (2020-2028) (2029-2033)

Rede de esgoto (Substituição)

4.290,00

100.210,00

66.400,00

Ligações de esgoto (Substituição)

17.000,00

32.000,00

16.000,00

99.000,00

99.000,00

Rede coletora

Coletor T ronco e Intercep.

Manutenção e substituição de trechos

EEE

Reforma e atualização das unidades

Linha de recalque

Reforma e atualização das unidades

ETE

Reforma e atualização das unidades SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período Fonte: Vallenge, 2014.

88.600,00 48.000,00

48.000,00 68.500,00

21.290,00

279.210,00 687.000,00

386.500,00

4.258,00

27.921,00

77.300,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

208

Quadro 93 – Investimentos para a universalização do SES na localidade de Serrinha. PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Cadastro das unidades do SES Rede coletora

Coletor Tronco e Intercep.

Rede de esgoto (atendimento de déficit, ampliação e substituição) Ligações de esgoto (atendimento de déficit, ampliação e substituição) Projeto e implantação de coletor tronco e/ou interceptores Projeto e Implantação de 1 EEE

EEE Linha de recalque ETE

Projeto e implantação de linhas de recalque Universalizar o atendimento de esgoto tratado (projeto e implantação) SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período

CURTO (2015-2019)

PRAZO/ CUSTO R$ MÉDIO LONGO (2020-2028) (2029-2033)

38.000,00 14.000,00

100.000,00

166.000,00

147.000,00

30.000,00

10.000,00

12.300,00

123.000,00

123.000,00

9.300,00

185.000,00

12.000,00

120.000,00

64.000,00

1.270.000,00

296.600,00

1.828.000,00 2.543.600,00

419.000,00

59.320,00

182.800,00

83.800,00

120.000,00

Fonte: Vallenge, 2014.

Quadro 94 – Custos de manutenção do SES na localidade de Serrinha PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Rede coletora

Coletor Tronco e Intercep.

Rede de esgoto (atendimento de déficit, ampliação e substituição) Ligações de esgoto (atendimento de déficit, ampliação e substituição)

CURTO (2015-2019)

4.000,00

Manutenção e substituição de trechos

EEE

Reforma e atualização das unidades

Linha de recalque

Reforma e atualização das unidades

ETE

Reforma e atualização das unidades SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período Fonte: Vallenge, 2014.

PRAZO/ CUSTO R$ MÉDIO LONGO (2020-2028) (2029-2033) 20.000,00

11.000,00

11.000,00

6.000,00

197.000,00

197.000,00 30.000,00

48.000,00

48.000,00 23.000,00

4.000,00

276.000,00 595.000,00

315.000,00

800,00

27.600,00

63.000,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

209

Quadro 95 – Investimentos para a universalização do SES na localidade de Capelinha PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Cadastro das unidades do SES Rede coletora

Coletor Tronco e Intercep. EEE Linha de recalque ETE

CURTO (2015-2019)

PRAZO/ CUSTO R$ MÉDIO LONGO (2020-2028) (2029-2033)

30.000,00

Rede de esgoto (atendimento de déficit e ampliação) Ligações de esgoto (atendimento de déficit e ampliação) Projeto e implantação de coletor tronco e/ou interceptores

7.300,00

77.000,00

94.700,00

22.000,00

20.000,00

6.000,00

12.300,00

123.000,00

123.000,00

Projeto e Implantação de 1 EEE

9.300,00

185.000,00

9.000,00

90.000,00

18.500,00

370.000,00

108.400,00

865.000,00 1.287.100,00

313.700,00

21.680,00

86.500,00

62.740,00

Projeto e implantação de linhas de recalque Universalizar o atendimento de esgoto tratado (projeto e implantação) SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período

90.000,00

Fonte: Vallenge, 2014.

Quadro 96 – Custos de manutenção do SES na localidade de Capelinha PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CURTO (2015-2019)

PRAZO/ CUSTO R$ MÉDIO LONGO (2020-2028) (2029-2033)

Rede de esgoto (Substituição)

7.820,00

184.080,00

120.300,00

Ligações de esgoto (Substituição)

5.000,00

11.000,00

6.000,00

99.000,00

99.000,00

Rede coletora

Coletor Tronco e Intercep.

Manutenção e substituição de trechos

EEE

Reforma e atualização das unidades

Linha de recalque

Reforma e atualização das unidades

ETE

Reforma e atualização das unidades SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período Fonte: Vallenge, 2014.

29.600,00 48.000,00

48.000,00 17.100,00

12.820,00

342.080,00 674.900,00

320.000,00

2.564,00

34.208,00

64.000,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

210

Quadro 97 – Investimentos para a universalização do SES na localidade de Campo Alegre e Rio Preto PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Cadastro das unidades do SES Rede coletora

Coletor T ronco e Intercep.

EEE Linha de recalque ETE

CURTO (2015-2019)

PRAZO/ CUSTO R$ MÉDIO LONGO (2020-2028) (2029-2033)

34.000,00

Rede de esgoto (atendimento de déficit e ampliação) Ligações de esgoto (atendimento de déficit e ampliação) Projeto e implantação de coletor tronco e/ou interceptores

9.100,00

98.000,00

104.900,00

75.000,00

24.000,00

4.000,00

18.500,00

185.000,00

185.000,00

Projeto e Implantação de 1 EEE

9.300,00

185.000,00

12.000,00

120.000,00

36.500,00

730.000,00

194.400,00

1.342.000,00 1.950.300,00

413.900,00

38.880,00

134.200,00

82.780,00

Projeto e implantação de linhas de recalque Universalizar o atendimento de esgoto tratado (projeto e implantação) SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período

120.000,00

Fonte: Vallenge, 2014.

Quadro 98 – Custos de manutenção do SES na localidade de Campo Alegre e Rio Preto PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CURTO (2015-2019)

Rede de esgoto (Substituição)

PRAZO/ CUSTO R$ MÉDIO LONGO (2020-2028) (2029-2033) 20.000,00

11.000,00

7.000,00

4.000,00

99.000,00

99.000,00

Rede coletora

Ligações de esgoto (Substituição) Coletor T ronco e Intercep.

3.000,00

Manutenção e substituição de trechos

EEE

Reforma e atualização das unidades

Linha de recalque

Reforma e atualização das unidades

ETE

Reforma e atualização das unidades SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período Fonte: Vallenge, 2014.

29.600,00 48.000,00

48.000,00 13.400,00

3.000,00

174.000,00 382.000,00

205.000,00

600,00

17.400,00

41.000,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

211

Quadro 99 – Investimentos para a universalização do SES na localidade de Bagagem PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Cadastro das unidades do SES Rede coletora

Coletor Tronco e Intercep. EEE Linha de recalque ETE

CURTO (2015-2019)

PRAZO/ CUSTO R$ MÉDIO LONGO (2020-2028) (2029-2033)

20.000,00

Rede de esgoto (atendimento de déficit e ampliação) Ligações de esgoto (atendimento de déficit e ampliação) Projeto e implantação de coletor tronco e/ou interceptores

7.700,00

68.000,00

80.300,00

40.000,00

8.000,00

0,00

18.500,00

185.000,00

185.000,00

Projeto e Implantação de 1 EEE

9.300,00

185.000,00

9.000,00

90.000,00

27.500,00

550.000,00

132.000,00

1.086.000,00 1.573.300,00

355.300,00

26.400,00

108.600,00

71.060,00

Projeto e implantação de linhas de recalque Universalizar o atendimento de esgoto tratado (projeto e implantação) SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período

90.000,00

Fonte: Vallenge, 2014.

Quadro 100 – Custos de manutenção do SES na localidade de Bagagem PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CURTO (2015-2019)

Rede de esgoto (Substituição)

PRAZO/ CUSTO R$ MÉDIO LONGO (2020-2028) (2029-2033) 20.000,00

11.000,00

4.000,00

2.000,00

99.000,00

99.000,00

Rede coletora

Ligações de esgoto (Substituição) Coletor Tronco e Intercep.

2.000,00

Manutenção e substituição de trechos

EEE

Reforma e atualização das unidades

Linha de recalque

Reforma e atualização das unidades

ETE

Reforma e atualização das unidades SUBTOTAL TOTAL GERAL

Por ano no período Fonte: Vallenge, 2014.

29.600,00 48.000,00

48.000,00 6.100,00

2.000,00

171.000,00 368.700,00

195.700,00

400,00

17.100,00

39.140,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

212

6.4. DRENAGEM URBANA

Para a drenagem urbana o objetivo é de universalizar a prestação do serviço de forma eficiente, com meta de atender 100% da população urbana com microdrenagem até 2033. As proposições para o sistema de drenagem urbana, tratadas em termos de microdrenagem, estão colocadas nos Quadros a seguir, para cada um dos distritos. A responsabilidade por esses investimentos é da operadora, a própria prefeitura municipal. O primeiro investimento previsto é no cadastro das atuais unidades para em seguida elaborar projetos. Somente a partir desses documentos é que será possível obter valores definitivos de investimentos em drenagem urbana de forma que na primeira revisão do plano, será possível chegar aos investimentos de maneira segura. Quadro 101 – Investimentos e custos de manutenção para universalizar o SDU nos distritos sede e Agulhas Negras PRAZO/ CUSTO R$ PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Cadastro das unidades do SDU

Rede de drenagem

CURTO (2015-2019)

MÉDIO (2020-2028)

9.464.000,00

Projeto de galerias de águas pluviais

6.282.000,00

Projeto de poços de visitas

234.000,00

Projeto de bocas de lobo

533.000,00

SUBTOTAL TOTAL GERAL Por ano no período Fonte: Vallenge, 2014.

LONGO (2029-2033)

9.464.000,00

1.892.800,00

7.049.000,00 16.513.000,00 704.900,00

0,00

0,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

213

Quadro 102 – Investimentos e custos de manutenção para universalizar o SDU no distrito Engenheiro Passos PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Cadastro das unidades do SDU

Rede de drenagem

PRAZO/ CUSTO R$ CURTO MÉDIO LONGO (2015-2019) (2020-2028) (2029-2033) 372.000,00

Projeto de galerias de águas pluviais

194.000,00

Projeto e implantação de poços de visitas

5.900,00

Projeto e implantação de bocas de lobo

15.000,00

SUBTOTAL TOTAL GERAL Por ano no período

372.000,00

74.400,00

214.900,00 586.900,00

0,00

21.490,00

0,00

Fonte: Vallenge, 2014

Quadro 103 – Investimentos e custos de manutenção para universalizar o SDU no distrito Fumaça PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Cadastro das unidades do SDU

Rede de drenagem

CURTO (2015-2019)

PRAZO/ CUSTO R$ MÉDIO LONGO (2020-2028) (2029-2033)

52.000,00

Projeto de galerias de águas pluviais

29.000,00

Projeto de poços de visitas

2.000,00

Projeto de bocas de lobo

3.000,00

SUBTOTAL TOTAL GERAL

52.000,00

34.000,00 86.000,00

0,00

Por ano no período

10.400,00

3.400,00

0,00

Fonte: Vallenge, 2014.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

214

Quadro 104 – Investimentos e custos de manutenção para universalizar o SDU no distrito de Pedra Selada PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Cadastro das unidades do SDU

Rede de drenagem

PRAZO/ CUSTO R$ CURTO MÉDIO LONGO (2015-2019) (2020-2028) (2029-2033) 15.700,00

Projeto de galerias de águas pluviais

43.100,00

Projeto de poços de visitas

2.000,00

Projeto de bocas de lobo

3.400,00

SUBTOTAL TOTAL GERAL Por ano no período

15.700,00

48.500,00 64.200,00

0,00

3.140,00

4.850,00

0,00

Fonte: Vallenge, 2014.

Quadro 105 – Investimentos e custos de manutenção para universalizar o SDU na localidade de Visconde de Mauá PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Cadastro das unidades do SDU

Rede de drenagem

CURTO (2015-2019)

PRAZO/ CUSTO R$ MÉDIO LONGO (2020-2028) (2029-2033)

73.000,00

Projeto de galerias de águas pluviais

55.000,00

Projeto de poços de visitas

3.000,00

Projeto de bocas de lobo

4.300,00

SUBTOTAL TOTAL GERAL

73.000,00

62.300,00 135.300,00

0,00

Por ano no período

14.600,00

6.230,00

0,00

Fonte: Vallenge, 2014.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

215

Quadro 106 – Investimentos e custos de manutenção para universalizar o SDU na localidade de Serrinha PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Cadastro das unidades do SDU

Rede de drenagem

CURTO (2015-2019)

PRAZO/ CUSTO R$ MÉDIO LONGO (2020-2028) (2029-2033)

36.480,00

Projeto de galerias de águas pluviais

30.570,00

Projeto de poços de visitas

1.150,00

Projeto de bocas de lobo

2.600,00

SUBTOTAL TOTAL GERAL

36.480,00

34.320,00 70.800,00

0,00

Por ano no período

7.296,00

3.432,00

0,00

Fonte: Vallenge, 2014.

Quadro 107 – Investimentos e custos de manutenção para universalizar o SDU na localidade de Capelinha PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Cadastro das unidades do SDU

Rede de drenagem

CURTO (2015-2019) 29.200,00

Projeto de galerias de águas pluviais

19.800,00

Projeto de poços de visitas

800,00

Projeto de bocas de lobo SUBTOTAL TOTAL GERAL Por ano no período Fonte: Vallenge, 2014.

PRAZO/ CUSTO R$ MÉDIO LONGO (2020-2028) (2029-2033)

1.600,00 29.200,00

22.200,00 51.400,00

0,00

5.840,00

2.220,00

0,00

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

216

Quadro 108 – Investimentos e custos de manutenção para universalizar o SDU na localidade de Campo Alegre e Rio Preto PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Cadastro das unidades do SDU

Rede de drenagem

CURTO (2015-2019) 33.000,00

Projeto de galerias de águas pluviais

22.300,00

Projeto de poços de visitas

900,00

Projeto de bocas de lobo SUBTOTAL TOTAL GERAL Por ano no período

PRAZO/ CUSTO R$ MÉDIO LONGO (2020-2028) (2029-2033)

1.800,00 33.000,00

25.000,00 58.000,00

0,00

6.600,00

2.500,00

0,00

Fonte: Vallenge, 2014.

Quadro 109 – Investimentos e custos de manutenção para universalizar o SDU na localidade de Bagagem PROPOSIÇÕES PARA O SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Cadastro das unidades do SDU

Rede de drenagem

CURTO (2015-2019)

PRAZO/ CUSTO R$ MÉDIO LONGO (2020-2028) (2029-2033)

18.240,00

Projeto de galerias de águas pluviais

12.400,00

Projeto de poços de visitas

500,00

Projeto de bocas de lobo

960,00

SUBTOTAL TOTAL GERAL

18.240,00

13.860,00 32.100,00

0,00

Por ano no período

3.648,00

1.386,00

0,00

Fonte: Vallenge, 2014.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

217

6.5. METAS E AÇÕES PARA O SETOR DE SANEAMENTO

Dentro das diretrizes de saneamento eficiente para todos, são necessárias ações de domínio do poder público municipal para a efetiva implantação do PMSB. Neste item, apresentam-se os objetivos detalhados, as metas e respectivas ações para que efetivamente existam condições de aplicação de todas as proposições apresentadas no PMSB e o mesmo alcance seu êxito, mudando de um cenário tendencial para um desejado. No item anterior foram previstos investimentos físicos em unidades desses sistemas, no entanto se necessita de continuidade de gestão principalmente quanto à operação, manutenção e até reabilitação de unidades. Inicialmente colocam-se os objetivos de competência municipal, seguidos pelas ações propostas para situações de emergência. Em seguida, colocam-se os objetivos, metas e ações para cada um dos sistemas de saneamento.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

218

Quadro 110 – Objetivos, metas e ações para a institucionalização do saneamento básico no município. OBJETIVOS, METAS E AÇÕES 1 1.1 1.1.1 1.1.2 1.1.3 1.1.4 1.1.5 1.2 1.2.1 1.2.2 1.3 1.3.1 1.3.2 1.3.3 1.3.4 2 2.1 2.1.1 2.1.2 2.1.3 2.1.4 2.1.5 2.1.6 2.1.7 2.1.8 2.1.9

JUSTIFICATIVA

OBJETIVO 1 - INSTITUCIONALIZAR A POLÍTICA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Meta 1 - Modelar política de Saneamento Básico e competências Ação 1 - Análise e avaliação da legislação municipal Ação 2 - Implantação e formação do Conselho Municipal de Saneamento ou instância semelhante Ação 3 - Instituir o Fundo Municipal de Saneamento Básico Ação 4 - Estruturação e arranjo do órgão gestor de Saneamento Ação 5 - Análise para definição de agência reguladora Instituir, implantar e consolidar os Meta 2 – Aprimorar a Agência Reguladora instrumentos normativos, jurídicosadministrativos e a gestão da Política Ação 1 – Manter atualizada a legislação da Agência Reguladora Municipal Municipal de Saneamento Básico Ação 2 – Dar mais estrutura e recursos para a Agência Reguladora do saneamento Meta 3 - Implantar sistema e meios de planejamento do Saneamento Básico Ação 1 - Instituir o sistema municipal de planejamento e informação do saneamento Ação 2 - Implantar cadastro municipal georreferenciado do sistema de saneamento básico apoiado em GIS Ação 3 - Implantar rede de monitoramento e avaliação periódica do setor de saneamento Ação 4 - Consolidação de indicadores de prestação dos serviços de saneamento OBJETIVO 2 - QUALIFICAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS PARA O SETOR DE SANEAMENTO Meta 1 - Qualificação de recursos humanos para o setor de saneamento Ação 1 - Gestores da administração municipal Ação 2 - Técnicos da administração municipal, principalmente os que trabalham com o GIS Qualificar de forma continuada dos gestores e técnicos da administração Ação 3 - Profissionais do ente regulador envolvidos com os serviços de Ação 4 - Membros do conselho municipal de saneamento ou instância semelhante saneamento básico, incluindo operadores, Ação 5 - Pessoal da Secretaria de Meio Ambiente, conforme o caso de forma a implementar ações Ação 6 - Equipe de educação ambiental com vistas à avalição do PMSB direcionadas de mobilização social e educação ambiental Ação 7 - Operadores do saneamento básico se o serviço for municipal Ação 8 - Profissionais de fiscalização dos serviços do saneamento básico Ação 9 - Profissionais do sistema de planejamento e informação do saneamento básico

Cronograma de implantação e início de operação Curto Prazo

Médio Prazo

Longo Prazo

x x x x x x x x x

x x x x x x x x x

x x x x x x x x x x x

x x x x x x x x x

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

OBJETIVOS, METAS E AÇÕES 2.2 2.2.1 2.2.2 2.2.3 3 3.1 3.1.1 3.1.2 3.1.3 3.1.4 3.1.5 3.1.6 3.1.7

219

JUSTIFICATIVA

Qualificar de forma continuada dos Meta 2 - Atores de mecanismos de controle social gestores e técnicos da administração Ação 1 - Profissionais dos setores de gestão, regulação e conselhos municipais, articulando-os envolvidos com os serviços de com a Secretaria de Governo através da Assessoria de Comunicação saneamento básico, incluindo operadores, Ação 2 - Membros do organismo de controle social de forma a implementar ações direcionadas de mobilização social e Ação 3 - Atores sociais interessados ou delegados escolhidos pela população educação ambiental OBJETIVO 3 - ATENDIMENTO, INFORMAÇÃO AO USUÁRIO E IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO Meta 1 - Desenvolvimento da Gestão do atendimento ao usuário e melhoria no sistema de informação Ação 1 - Associar o GIS ao cadastro de usuários Ação 2 - Desenvolver metodologia e pesquisas de satisfação junto aos usuários dos serviços de saneamento básico Implantação e modernização das Ação 3 - Desenvolver plano de melhoria no atendimento aos usuários pela concessionária e pela ferramentas de gestão, a fim de atender prefeitura as demandas dos usuários, desenvolver e Ação 4 - Atualizar cadastro dos sistemas de abastecimento de água e serviços de esgotamento melhorar o sistema cadastral e sanitário. Uso de GIS. disponibilizar e intercambiar informações Ação 5 - Atualizar cadastro dos usuários dos serviços de limpeza pública e drenagem urbana. dos serviços Uso de GIS. Ação 6 - Definir o conjunto de indicadores relativos à prestação de serviços, incluindo tempo de reparos Ação 7 - Desenvolver mecanismos de divulgação dos dados da qualidade dos serviços prestados, conforme a lei em vigor.

Fonte: Vallenge, 2013

Cronograma de implantação e início de operação Curto Prazo

Médio Prazo

Longo Prazo

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

220

Quadro 111 – Objetivos, metas e ações para situação de emergência em saneamento básico no município OBJETIVOS, METAS E AÇÕES

1 1.1 1.1.1 1.1.2 1.1.3 1.2 1.2.1 1.2.2 1.2.3 1.2.4 1.2.5 1.2.6 1.2.7 1.2.8 1.3 1.3.1 1.3.2 1.3.3 1.3.4 1.3.5

JUSTIFICATIVAS

OBJETIVO 1 - EMERGÊNCIA E CONTINGENCIAMENTO Meta 1 - Aquisição de equipamentos para atendimento emergencial Ação 1 - Veículo pipa para fornecimento emergencial de água Ação 2 - Conjunto motobombas de reservas e ferramental para operação de segurança Ação 3 - Veículo retroescavadeira Meta 2 - Preparação para acionamento de serviços emergenciais Ação 1 - Elaboração de Plano detalhado para Ação da Defesa Civil, definindo ações e responsabilidades Ação 2 - Elaborar Plano de Comunicação à população, instituições, autoridades e defesa civil Ação 3 - Deixar preparados meios de comunicação aos órgãos de controle ambiental Ação 4 - Deixar preparados procedimentos para contratação emergencial de obras de reparos Dotar o município de equipamentos para na infraestrutura de saneamento atendimento emergencial, promover meios Ação 5 - Elaborar Plano de Comunicação à política em caso de vandalismo legais para a atenção aos serviços Ação 6 - Capacitar e treinar funcionários da prefeitura para atuação em serviços de emergência emergenciais e definição de regras para o atendimento emergencial Ação 7 - Elaborar plano de transportes da prefeitura para fornecimento de veículos e funcionários para emergências Ação 8 - Elaborar estudo de identificação de possíveis locais para abrigo emergencial Meta 3 - Definição de regras operacionais de sistemas de saneamento em situações emergenciais Ação 1 - Desenvolver plano específico para abastecimento de água em emergência Ação 2 - Definir mecanismos de controle de disponibilidade de água nos reservatórios Ação 3 - Disponibilização de grupo gerador no caso de falta prolongada de energia elétrica Ação 4 - Elaborar plano de rodízio no abastecimento de água Ação 5 - Equacionar o órgão gestor de recursos hídricos para o controle de mananciais

Fonte: Vallenge, 2013

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Quadro 112 – Objetivos, metas e ações para o sistema de abastecimento de água no município OBJETIVOS, METAS E AÇÕES

1 1.1 1.1.1 1.1.2 1.1.3 1.1.4 1.1.5 1.1.6 1.1.7 1.1.8 1.2 1.2.1 1.2.2 1.2.3 1.2.4 2 2.1 2.1.1 2.1.2

OBJETIVO 1 - AUMENTO DA EFICIÊNCIA DA DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA Meta 1 - Diminuição do consumo, controle e correção de vazamentos Ação 1 - Elaborar Plano de Controle de Perdas Ação 2 - Combater as perdas físicas de água, identificando e eliminando vazamentos visíveis Ação 3 - Plano de redução do tempo de conserto de vazamentos Ação 4 - Implementar combate à perda comercial no abastecimento de água Ação 5 - Implementar programa de aferição dos hidrômetros Ação 6 - Adquirir equipamentos para pesquisas de vazamentos não visíveis, pesquisa de vazamentos na rede de distribuição e nos ramais domiciliares Ação 7 - Implantar o centro de controle operacional Ação 8 - Implantar controle por telemetrias e telecomando das unidades de bombeamento e níveis de reservatório Meta 2 - Elaborar os cadastros Ação 1 - Estabelecer procedimento para manutenção e atualização de cadastro técnico e mapeamento georreferenciado Ação 2 - Monitorar e inspecionar a atualização do sistema de informações de abastecimento de água Ação 3 - Rever e atualizar o cadastro comercial Ação 4 - Disponibilizar informações por meio do GIS, possibilitando a realização dos serviços em tempo reduzido e com maior segurança OBJETIVO 2 - REGULARIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL Meta 1 - Outorga e licenciamento ambiental Ação 1 - Instituir sistema de outorga para atender a Lei 9.433/1997 no art. 12º Ação 2 - Obtenção das licenças ambientais de operação das unidades de captação e tratamento

JUSTIFICATIVAS

Redução das perdas físicas e comerciais de água e da inadimplência. Aumentar a automação

Regularizar o licenciamento ambiental e preservar mananciais superficiais e subterrâneos

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OBJETIVOS, METAS E AÇÕES

2.2 2.2.1 2.2.2 2.2.3 2.2.4 2.2.5 2.2.6 2.2.7 2.2.8 2.2.9 2.2.10 2.2.11 2.2.12 3 3.1 3.1.1 3.1.2 3.1.3 3.1.4 3.1.5 3.2 3.2.1 3.2.2 3.2.3

Meta 2 - Proteção e controle dos mananciais superficiais e subterrâneos Ação 1 - Realização de estudos sobre os sistemas aquíferos Ação 2 - Implantar medidas e intervenções necessárias à efetiva proteção ambiental das áreas de preservação Ação 3 - Avaliar impactos de estruturas/instalações potencialmente poluidoras dos sistemas aquíferos Ação 4 - Controlar vazão de explotação para manutenção da vazão de recarga dos mananciais Ação 5 - Desativar poços isolados que deverão estar em consonância com as normas estabelecidas pelo PMSB Ação 6 - Desenvolver mecanismos que permitam a identificação e uso dos mananciais Ação 7 - Efetuar sinalização e cercamento das nascentes, indicando se tratar de água potável para abastecimento da população Ação 8 - Efetuar sinalização e cercamento dos poços, mananciais subterrâneos, indicando se tratar de água potável Ação 9 - Estabelecer programa de monitoramento e controle de cianobactérias e processo de eutrofização no manancial Ação 10 - Elaborar projeto para desinfecção para tratamento de águas subterrâneas Ação 11 - Desenvolver programa de análise e inspeção de poços, particulares e públicos, junto à vigilância sanitária Ação 12 - Implantar monitoramento de cianobactérias e cianotoxinas no sistema de captação, portaria nº 2.914/2011 OBJETIVO 3 - BANCO DE ESTUDOS E PROJETOS Meta 1 - Estudos e Projetos para a Ampliação e Modernização do sistema de distribuição Ação 1 - Estudo de concepção para ampliação da rede de distribuição na sede e distritos Ação 2 - Projeto básico para distritos e bairros Ação 3 - Estudos para implantação da macromedição na rede Ação 4 - Estudo para padronização das ligações prediais Ação 5 - Definir normas para a ampliação do sistema de água potável efetuada por loteamentos Meta 2 - Ampliação e modernização do sistema de reservação de água bruta e tratada Ação 1 - Elaborar estudos e projetos para reforma e atualização do sistema de reservação de água tratada Ação 2 - Elaborar estudos para implantação de sistema de automação nos reservatórios de água tratada Ação 3 - Elaborar programa de manutenção preventiva e limpeza dos reservatórios de água tratada

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JUSTIFICATIVAS

Regularizar o licenciamento ambiental e preservar mananciais superficiais e subterrâneos

Contar com projetos básicos e executivos para pedir recursos de fontes externas à operadora ou ao município

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OBJETIVOS, METAS E AÇÕES

4 4.1 4.1.1 4.1.2 4.1.3 4.1.4 4.1.5 4.1.6 4.1.7 4.2 4.2.1 4.2.2

OBJETIVO 4 - CONTROLE SANITÁRIO Meta 1 - Monitoramento da qualidade de água e dos padrões de potabilidade Ação 1 - Orientar usuários sobre os cuidados necessários em situação de risco à saúde Ação 2 - Apresentar informações referentes a problemas verificados em mananciais que causem risco à saúde e alerta sobre os possíveis danos a que estão sujeitos os consumidores Ação 3 - Criar e manter canal para recebimento de queixas sobre as características de água distribuída Ação 4 - Disponibilizar acesso à consulta pública Ação 5 - Desenvolver sistema de orientação aos usuários a respeito dos cuidados necessários, em situações de risco à saúde. Ação 6 - Estabelecer sistema de avaliação dos riscos que os sistemas e as soluções alternativas de abastecimento de água representam para a saúde humana. Ação 7 - Divulgar os parâmetros de qualidade de água fornecida à população no município Meta 2 - Atualização de equipamento e pessoal conforme a necessidade Ação 1 - Acompanhar a estrutura laboratorial para o monitoramento da qualidade da água Ação 2 - Acompanhar o pessoal da concessionária para realização do monitoramento da qualidade da água segundo os padrões da Portaria nº 2.914/2011

Fonte: Vallenge, 2013

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JUSTIFICATIVAS

Acompanhar a situação do controle sanitário da produção de água

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Quadro 113 – Objetivos, metas e ações para o sistema de esgotos sanitários no município OBJETIVOS, METAS E AÇÕES

1 1.1 1.1.1 1.1.2 1.1.3 1.1.4 1.1.5 1.2 1.2.1 1.2.2 2 2.1 2.1.1 2.1.2 2.1.3 2.1.4 2.1.5 2.1.6 2.2 2.2.1 2.2.2 2.2.3 2.2.4 2.2.5

OBJETIVO 1 - AVANÇO NA GESTÃO DO SERVIÇO DE ESGOTOS SANITÁRIOS Meta 1 - Elaboração do Cadastro Técnico Ação 1 - Elaborar procedimento para manutenção e atualização de cadastro técnico dos serviços de esgotamento sanitário. Ação 2 - Realizar o mapeamento georreferenciado do sistema de esgotamento sanitário Ação 3 - Disponibilizar informações por meio de sistema de informações, possibilitando a realização dos serviços em tempo Ação 4 - Rever e atualizar o cadastro comercial Ação 5 - Realizar ações educativas e de fiscalização visando efetuar ligação de domicílio não conectado Meta 2 - Outorga e licenciamento ambiental Ação 1 - Obtenção das licenças ambientais dos coletores e das unidades de tratamento Ação 2 - Obtenção de outorgas para lançamento dos sistemas de esgotamento sanitário OBJETIVO 2 - BANCO DE ESTUDOS E PROJETOS Meta 1 - Elaboração de projetos para a ampliação da cobertura Ação 1 - Concepção geral dos sistemas de esgotamento sanitário Ação 2 - Projetos para ampliação e aumento de cobertura do SES, incluindo tratamento Ação 3 - Projeto para implantação de rede coletora de esgoto ou ampliação da cobertura Ação 4 - Definir normas para a ampliação do sistema de esgotos efetuada por loteamentos Ação 5 - Estudo de soluções alternativas de esgotamento sanitário para regiões isoladas ou domicílios. Ação 6 - Estabelecer normas para projeto, execução e operação de tratamento domiciliar ou não coletivo. Meta 2 - Elaboração de projetos para melhorias operacionais Ação 1 - Viabilidade do reuso dos efluentes tratados Ação 2 - Estudo de redução de maus odores e desenvolvimento de tecnologias para desodorização Ação 3 - Projetos de melhoria operacional das ETEs Ação 4 - Projeto de implantação de sistema de automação das ETEs Ação 5 - Elaborar estudo de destino do lodo

JUSTIFICATIVAS

As melhorias na gestão de esgotamento sanitário visam promover a ampliação da cobertura e da eficiência dos serviços

Contar com projetos básicos e executivos para pedir recursos de fontes externas à operadora ou ao município

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OBJETIVOS, METAS E AÇÕES

3 3.1 3.1.1 3.1.2 3.1.3 3.2 3.2.1 3.2.2

225

JUSTIFICATIVAS

OBJETIVO 3 - MONITORAMENTO E CONTROLE DOS EFLUENTES DAS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO Meta 1 - Monitoramento e manutenção dos sistema de lançamento de efluentes Ação 1 - Estabelecer rede de monitoramento integrado das unidades de tratamento e efluentes gerados O programa de controle dos efluentes visa Ação 2 - Adequar ETEs que estiverem em desacordo com os padrões de lançamento prioritariamente à criação de mecanismos Ação 3 - Instalação de controle operacional eletrônico centralizado dos sistemas automatizados que minimizem as desvantagens oriundas Meta 2 - Monitoramento Ambiental das instalações de ETEs Ação 1 - Estabelecer sistema de monitoramento de odores no sistema de esgotamento sanitário Ação 2 - Estabelecer sistema de monitoramento sobre o destino de lodos e outros resíduos de ETEs e Elevatórias

Fonte: Vallenge, 2013

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Quadro 114 – Objetivos, metas e ações para o sistema de drenagem urbana no município OBJETIVOS, METAS E AÇÕES

1 1.1 1.1.1 1.1.2 1.1.3 1.1.4 1.2 1.2.1 1.2.2 1.3 1.3.1 1.3.2 1.3.3 2 2.1 2.1.1 2.1.2 2.1.3 2.1.4 2.1.5 2.1.6 2.2 2.2.1 2.2.2

JUSTIFICATIVAS

OBJETIVO 1 - AVANÇO NA GESTÃO DO SERVIÇO DE DRENAGEM URBANA Meta 1 - Elaborar o cadastro técnico e controle do sistema de drenagem de águas pluviais urbanas Ação 1 - Realizar cadastro técnico e mapeamento cartográfico em banco de dados georreferenciado do sistema de drenagem Ação 2 - Monitorar e inspecionar a atualização do sistema de informações de drenagem urbana Ação 3 - Elaborar cadastro e metodologia de registro de pontos críticos urbanos Ação 4 - Disponibilizar informações por meio de GIS, possibilitando a realização dos serviços em tempo reduzido e com maior segurança Meta 2 - Outorga e Licenciamento Ambiental

Garantir a prestação dos serviços de manejo de água pluviais, visando à salubridade do meio urbano, à segurança e bem estar social, a redução dos riscos de inundação, o controle da produção de sedimentos e à preservação dos mananciais. Dar mais meios para que a Secretaria de Obras de Resende atue. Ação 1 - Obtenção das licenças ambientais das canalizações e barramentos O programa busca promover a Ação 2 - Obtenção de outorgas para travessias, canais e outras obras hidráulicas universalização do acesso aos serviços de Meta 3 - Implantação de órgão municipal com atribuições para o manejo de águas pluviais drenagem urbana e integrar ações com os demais serviços de saneamento, Ação 1 - Definir atribuições dispositivos legais que contemplem os princípios do gerenciamento e do principalmente esgotamento sanitário e ordenamento da drenagem urbana resíduos sólidos. Ação 2 - Realocar ou contratar pessoal

Ação 3 - Qualificar pessoal OBJETIVO 2 - BANCO DE ESTUDOS E PROJETOS Meta 1 - Elaboração de projetos para a ampliação da cobertura Ação 1 - Concepção geral dos sistemas de drenagem urbana Ação 2 - Projetos para ampliação e aumento de cobertura de microdrenagem Ação 3 - Projeto para implantação de microdrenagem com ampliação da cobertura Ação 4 - Definir normas para a ampliação da drenagem urbana efetuada por loteamentos Ação 5 - Estudo de soluções mitigadoras e compensatórias de drenagem urbana Ação 6 - Estabelecer normas para projeto, execução e operação de unidades domiciliares ou não coletivas Meta 2 - Elaboração de projetos para melhorias operacionais Ação 1 - Verificação hidráulica e hidrológica de travessias Ação 2 - Verificação hidráulica e hidrológica da microdrenagem

Contar com projetos básicos e executivos para pedir recursos de fontes externas à operadora ou ao município

Cronograma de implantação e início de operação Curto Prazo

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OBJETIVOS, METAS E AÇÕES

2.3 2.3.1 2.3.2 2.3.3 2.3.4 2.3.5 2.3.6 2.3.7 2.4 2.4.1 2.4.2 2.4.3 2.4.4 3 3.1 3.1.1 3.2 3.2.1 3.2.2 3.2.3 3.2.4 3.2.5 3.3 3.3.1

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JUSTIFICATIVAS

Cronograma de implantação e início de operação Curto Prazo

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Meta 3 - Diretrizes para o sistema de drenagem pluvial urbana Ação 1 - Elaborar plano diretor de drenagem urbana Ação 2 - Elaboração de estudo para a cobrança relativa à prestação do serviço público de manejo de águas pluviais urbanas Ação 3 - Elaborar plano de manutenção corretiva e preventiva de manejo das águas pluviais urbanas Ação 4 - Implantar estrutura especializada em manutenção e vistoria permanente no sistema de microdrenagem e macrodrenagem Ação 5 - Definir critérios técnicos para o projeto, fiscalização, execução e operação de estruturas hidráulicas de drenagem Ação 6 - Realizar estudo para modelagem hidrodinâmica dos complexos hídricos

Contar com projetos básicos e executivos para pedir recursos de fontes externas à operadora ou ao município

Ação 7 - Elaborar plano para a limpeza e desobstrução periódicas Meta 4 - Normas e padronização de unidades de drenagem pluvial urbana Ação 1 - Sarjeta e sarjetão Ação 2 - Poços de visitas Ação 3 - Bocas de lobo Ação 4 – Galerias OBJETIVO 3 - CONTROLE AMBIENTAL E DE RISCOS Meta 1 - Diretrizes para áreas de risco

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Ação 1 - Elaborar diagnóstico e projeto de adequação para implantação das diretrizes Meta 2 - Proteção e revitalização dos corpos de água

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Ação 1 - Recuperação dos pontos mais degradados da mata ciliar. Ação 2 - Elaboração de plano para realização de limpeza e desassoreamento nos rios utilizados pelo sistema de drenagem Ação 3 - Reflorestar margens dos rios, quando necessário, em articulação com os órgãos ambientais Dotar o município de equipamentos para competentes atendimento emergencial, promover meios Ação 4 - Propor medidas para recuperação ambiental para proteção das áreas de mananciais. legais para a atenção aos serviços Ação 5 - Elaborar projeto e implantar sistema de retenção e aproveitamento de águas pluviais, para emergenciais e definição de regras para o fins potáveis e não potáveis. atendimento emergencial Meta 3 - Prevenção e controle de inundações Ação 1 - Elaborar projetos, visando à minimização de inundações nas áreas delimitadas de alto risco de inundação Ação 2 - Implantar sistema de alerta contra enchentes, de forma articulada com a Defesa Civil Ação 3 - Elaborar sistema de monitoramento e controle da vazão de escoamento na rede de drenagem

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3.3.2 3.3.3 Ação 4 - Mapear áreas de risco de escorregamento e elaboração de projetos para erradicação de riscos 3.3.4 Ação 5 - Implementar projetos para erradicação de riscos de escorregamento 3.3.5 Fonte: Vallenge, 2013.

Longo Prazo

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7. ARRANJOS INSTITUCIONAIS PARA A PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

A partir da Lei 11.445, de 05 de janeiro de 2007, foram estabelecidos novos princípios e diretrizes orientadores para as ações relativas aos serviços de saneamento básico, os quais foram apresentados nos itens anteriores. Para tanto, foram criados diplomas visando por em prática a Política Nacional de Saneamento Básico e os Planos Municipais e Regionais de Saneamento Básico. O primeiro diploma, a Política Nacional de Saneamento Básico, tem como objetivo orientar a gestão dos serviços de saneamento, de forma a assegurar à sociedade condições salubres e adequadas de saúde pública, bem como um ambiente sem impactos devido à falta de saneamento. O segundo diploma se refere ao PMSB, no qual são definidos os objetivos, as metas e ações, resultando em prioridades de investimentos, de forma a orientar a atuação dos prestadores de serviços e do município. Compete ao titular dos serviços de saneamento a responsabilidade pela elaboração do PMSB, bem como definir a estrutura interna de como gerir os serviços. Ao poder público municipal, detendo a titularidade por previsão disposta no artigo 241 da Constituição Federal de 1988 e da Lei 11.107 de 06 de abril de 2005, Lei de Consórcio Público, também se faculta a concessão dos serviços a outro ente jurídico, seja público ou privado. O município, o titular, tem o direito e o dever de decidir como será a prestação do serviço. Caso seja decisão do titular delegar a prestação dos serviços para um consórcio público, para uma empresa estatal, pública ou de economia mista, ou, ainda, para uma empresa privada, a Lei 11.445/2007 exige que haja um contrato em que estejam previstos os direitos e deveres da empresa contratada, dos usuários e do titular. Em particular para as companhias estaduais existentes, basta fazer um contrato programa, porém, baseado em um PMSB elaborado de forma independente e de responsabilidade do município. Em vez de acordos, convênios ou termos de cooperação, diplomas frágeis, passíveis de serem desfeitos a qualquer momento, a Lei exige a celebração de contratos. Estes contratos criam direitos firmes e estáveis, cuja duração não fique dependendo da vontade política do governante em exercício. Garante-se, assim, o respeito aos direitos dos usuários e a melhoria de atendimento, bem como se possibilita segurança jurídica para os investimentos mesmo privados necessários à universalização dos serviços (MCidades, 2009). Conforme a legislação atual há três formas de prestação dos serviços de saneamento básico: (1) prestação direta: o município presta diretamente os serviços por órgão da administração central ou por entidade da administração descentralizada; (2) prestação indireta mediante concessão ou permissão: delega a prestação a terceiros, por meio de licitação

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pública e contratos de concessão, empresa privada ou estatal; e, (3) gestão associada: presta os serviços por meio da gestão associada com outros municípios, com ou sem participação do Estado, via convênio de cooperação, consórcio público ou contrato de programa, no caso de uma companhia estadual, originária do antigo PLANASA. Ao lado do planejamento, a Lei 11.445/2007 reafirma o princípio de que os serviços públicos de saneamento básico são regulados e fiscalizados pelo Poder Público. Entre outros pontos, a Lei estabelece que os contratos, que tenham por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico mediante delegação, sejam em regime de gestão associada (consórcio público ou convênio de cooperação) ou de concessão, somente serão válidos se forem definidas no âmbito da política municipal de saneamento básico, normas de regulação e fiscalização que prevejam os meios para o cumprimento de suas diretrizes, incluindo a designação do ente responsável pela regulação e de fiscalização (MCidades, 2009). A regulação e a fiscalização têm o objetivo de proteger a livre concorrência entre os operadores e os direitos do consumidor em geral, de forma que o usuário se enxergue no ente regulador. Além disso, o regulador garante o cumprimento do plano de saneamento, o equilíbrio econômico-financeiro do operador e a qualidade dos serviços de saneamento básico no município. Dessa forma, para atender as diretrizes da Lei 11.445/2007, o município objeto deste PMSB precisa definir um ente regulador e fiscalizador dos serviços de saneamento. A lei estabelece particularmente que o ente regulador definido pelo titular, especialmente para os serviços delegados, deva possuir independência decisória. Isso inclui autonomia administrativa, orçamentária e financeira, além de transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade das decisões, competindo-lhe editar normas relativas às dimensões técnica, econômica e social da prestação dos serviços. Esses ditames se aplicam também para os casos em que as funções de regulação e fiscalização sejam delegadas pelo titular para uma entidade reguladora. Hoje se observa que agências estaduais e mesmo com base territorial em bacia hidrográfica constituem uma alternativa para o município, tendo em vista que poucos desses dispõem de recursos técnicos e econômicos para mantê-las. Para Resende, já se tem a agência reguladora e a prestação de serviços por meio de concessão à CAAN. O diagnóstico deste plano mostrou que a prestação dos serviços vem sendo de forma adequada nas áreas urbanas quanto aos serviços de água e esgotos, restando levar a mesma qualidade para as demais áreas urbano-rurais. Em relação ao manejo de águas pluviais, há necessidade de criar um ente municipal com função específica, bem como ter receita continua, originada provavelmente de uma taxa de drenagem urbana proporcional ao grau de impermeabilização do lote. Descrevem-se a seguir, as possibilidades de gestão dos serviços para o município.

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7.1. ADMINISTRAÇÃO DIRETA

Os serviços são prestados por um órgão da prefeitura municipal, sem personalidade jurídica e sem qualquer tipo de contrato, já que, nessa modalidade, as figuras de titular e de prestador dos serviços se confundem em um único ente – o próprio Município. A Lei 11.445/2007 em seu artigo 10, dispensa expressamente a celebração de contrato para a prestação de serviços por entidade que integre a administração do titular. Os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário são prestados, em vários locais, por órgãos da Administração Direta Municipal. A remuneração ao município, pelos serviços prestados, é efetuada por meio da cobrança de taxa ou tarifa. Em geral, estes serviços restringem-se ao abastecimento de água, à coleta e ao afastamento dos esgotos. Os serviços relativos à drenagem e ao manejo das águas pluviais urbanas são, em geral, prestados de forma direta por secretarias municipais, mas não individualizando a cobrança por usuário. Este tipo de operador é observado país afora principalmente para municípios menores, onde, às vezes, se misturam vários serviços públicos no mesmo ente público, como uma secretaria de obras e serviços. Há uma carência técnica e administrativa e o serviço se mantém com dificuldades por meio de uma taxa única, independentemente do tipo ou do consumo do usuário, situação corriqueira. Constitui uma prestação de serviço injusta socialmente, além de que normalmente a receita auferida mal cobre os custos. Há dificuldades em comprar materiais, obras e serviços, porque a licitação tende a seguir os mesmos procedimentos morosos de outras necessidades municipais. Por esses motivos, a prestação direta tende a ser uma opção cada vez menos frequente para os municípios. Na medida em que precisam dar conta de desafios cada vez maiores, inclusive quanto à manutenção do padrão de potabilidade da água, conforme a Portaria 2.914, de 12 de dezembro de 2011 do Ministério da Saúde e com o aumento da população, esse modelo tende a ser abandonado.

7.2. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

Corresponde à situação na qual o serviço é prestado não pela administração direta, pois a complexidade crescente de prestá-lo levou à necessidade de maior agilidade e ter como receita tarifas em geral proporcionais ao uso do mesmo.

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7.2.1. Entidades paraestatais

São órgãos integrantes da Administração Indireta do Estado, as autarquias e as fundações públicas de direito público. Na prática, as autarquias não se distinguem das fundações de direito público, sendo as diferenças entre elas muito tênues. As autarquias constituem a modalidade de descentralização administrativa mais próxima do Poder Público, prestando um serviço retirado da Administração centralizada. A autarquia como um prolongamento do Poder Público executa serviços próprios do Estado, com seus privilégios e suas responsabilidades. O que diferencia a autarquia dos órgãos da administração direta são seus métodos operacionais, especializados e mais flexíveis. As autarquias formam patrimônio próprio e auferem receitas operacionais, podendo levantar empréstimos oferecendo seu patrimônio como garantia. Um dos atributos das autarquias é a sua característica de titularidade dos serviços, isto é, a autarquia pode conceder um determinado serviço para empresas públicas ou privadas. A autarquia é uma entidade da administração pública municipal, criada por lei específica para prestar serviços de competência da Administração Direta, recebendo, portanto, a respectiva delegação. Embora instituída para uma finalidade específica, suas atividades e a respectiva remuneração não se encontram vinculadas a um contrato de concessão, no qual se busca por meio de equação econômico-financeira, o equilíbrio entre receita e despesa. É uma forma de prestação de serviço muito encontrada no país, porém para municípios com uma população e um número de usuários maior, o que lhe da viabilidade econômica. A prestação de serviço é em geral individualizada, proporcional ao uso efetuado pelos domicílios ou outros tipos de usuários como comércio e indústria. A Lei Federal 11.445/2007 que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e sua política federal, prevê no artigo 16, inciso I, a autarquia como prestadora dos serviços de saneamento básico. No entanto, é necessário que haja o planejamento de suas ações, conforme prevê a mesma lei ao propor o PMSB.

7.2.2. Prestação por empresas públicas ou sociedades de economia mista municipais

Outra forma indireta de prestação de serviços pelo Município é a delegação a empresas

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públicas ou sociedades de economia mista, criadas por Lei Municipal ou mesmo estadual. A empresa pública é uma entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio, capital majoritário do Poder Público, seja União, estado ou município, logo responde por sua administração. As Companhias Estaduais de Saneamento constituem um exemplo dessa forma de prestação de serviço e podem assumir a operação de abastecimento de água e esgotamento sanitário por meio de um contrato de programa firmado com o município. Dando suporte a esse contrato, a Lei 11.445/2007 exige o PMSB no qual as metas e os respectivos investimentos estejam suficientemente detalhados. Atualmente alguns municípios têm transformado autarquias em companhias municipais, mas o poder público continua sendo majoritário em termos de capital. A possibilidade de fazer Parceiras Público-Privadas (PPPs), tem sido um dos motivos pela opção ao facilitar a licitação. Usualmente a receita é auferida por meio de uma tarifa estruturada em várias faixas, conforme o consumo do usuário, devendo garantir recursos suficientes para a operação, manutenção, reposição de equipamentos e mesmo investimentos, mesmo que não seja na totalidade do necessário.

7.3. CONSÓRCIOS MUNICIPAIS

A prestação de serviços públicos de saneamento básico por meio de consórcios públicos é prevista em vários dispositivos da Lei 11.445/2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. Entre estes dispositivos vale ressaltar: 

O inciso II do art. 3º, que considera o consórcio público como forma de gestão associada de serviços de saneamento básico;



O art. 13, que permite a formação de fundos para universalização de serviços públicos de saneamento básico, por entes da Federação isolados ou reunidos em consórcios públicos;



O inciso II do art. 15 e o inciso I do art. 16, que incluem o consórcio público entre as formas de organização da prestação regionalizada de serviços públicos de saneamento básico. A prestação de serviços públicos de saneamento básico por meio de consórcios

formados por mais de um ente da federação, grupo de municípios, municípios e estado, estados mais municípios entre outros, estão plenamente amparadas pela Lei 11.445/2007. A

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constituição dos consórcios públicos está, por sua vez, regulada pela Lei 11.107/2005 que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos. A formação de um consórcio público, de acordo com o art. 241 da Constituição e com a Lei 11.107/2005, é disciplinado por meio de lei em cada ente consorciado, formando uma entidade

com

personalidade

jurídica

própria.

Os

entes

consorciados

assumem

responsabilidades perante os objetivos do consórcio, delegando a ele competências para prestar diretamente os serviços discriminados, mediante contratos programa, realizar licitações, concessões, atividades de regulação e fiscalização e outros atos necessários ao atendimento de seus objetivos. O sistema de consórcio público de municípios já está presente em outros setores, principalmente no de saúde. No saneamento, o consórcio abrangeria a prestação integral de um serviço, todas as etapas, ou restringir-se a etapas ou unidades específicas. Pode por exemplo, restringir-se à construção e operação de uma ETE ou a um aterro sanitário, para atender a um grupo de municípios vizinhos. É constituído ainda entre um estado e um grupo de municípios, com a finalidade de delegar, por exemplo, serviços de água e esgotos a uma empresa estadual de saneamento, modalidade que se enquadra no conceito de prestação regionalizada de serviços, prevista na Lei 11.445/2007. O sistema de consórcios entre estado e municípios para prestação de serviços de saneamento básico, principalmente de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, tem sido uma das saídas para regularizar a situação dos serviços prestados por empresas estaduais e que estão com delegações, concessões, vencidas, firmadas mediante instrumentos precários, convênios, ou sem contrato algum. No entanto, cabe a elaboração do PMSB para subsidiá-lo. Além de prestar diretamente os serviços, os consórcios exerceriam outras atividades correlacionadas com o saneamento básico, como as funções de regulação e fiscalização. Os consórcios instituem agências reguladoras e fiscalizadoras para servir a vários municípios e até um estado inteiro. A atuação de um consórcio deste tipo abrange tanto um serviço completo, por exemplo, todo o sistema de coleta, tratamento e disposição final de esgotos, como partes ou etapas específicas deste, como uma estação de tratamento, ou um emissário de esgotos, por exemplo. Usualmente a receita é auferida por meio de uma tarifa estruturada em várias faixas, conforme o consumo do usuário, devendo garantir recursos suficientes para a operação, manutenção, reposição de equipamentos e mesmo investimentos, mesmo que não seja na totalidade do necessário.

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7.4. PARTICIPAÇÃO PRIVADA

A participação privada no setor de saneamento básico no Brasil vem se desenvolvendo, visando dar mais agilidade aos investimentos, pois os recursos públicos não têm sido suficientes. Portanto, a iniciativa privada surge como um repasse das obrigações públicas quanto à operação de sistemas. A Lei Federal 8.987 de 13 de fevereiro de 1995, também conhecida como a "Lei dos Serviços Públicos", é um marco e dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previstos no art. 175 da Constituição Federal. Em contratos de participação privada existem inúmeras possibilidades de arranjos contratuais. As modalidades são tratadas a seguir.

7.4.1. Contratos de Concessão Plena

Os contratos de concessão plena transferem para o contratado toda a operação e manutenção do sistema e a responsabilidade de realizar os investimentos necessários por determinado período, durante o qual a concessionária será remunerada por meio de cobrança de tarifa dos usuários. O poder público define regras sobre a qualidade dos serviços e a composição das tarifas. Normalmente, a concessão tem por objeto a operação de um sistema já existente, sendo necessários investimentos significativos para a sua expansão ou reforma. O risco comercial passa para o concessionário. A gestão integrada dos sistemas de saneamento básico, existentes e a implantar, constitui o objeto da licitação da concessão, tendo sido mais comumente outorgada pelo critério de menor tarifa ou de maior valor de outorga paga pelo licitante. As concessões plenas têm sido a opção mais frequentemente adotada pelos municípios no Brasil, isoladamente ou em conjunto. Observa-se que, dada à precariedade geral que tem caracterizado os procedimentos prévios à publicação dos editais de licitação para a outorga de concessões, a execução efetiva dos planos de negócios propostos pelas concessionárias, à luz das informações que lhe foram disponibilizadas, está frequentemente sujeita as alterações imprevisíveis que onerariam a prestação de serviços, levando a um eventual aumento de serviço. As concessões são empregadas diante da necessidade de realização de investimentos de caráter emergencial não previstos, comumente decorrentes da deterioração dos sistemas por falta de realização de investimentos em manutenção e reposição, caracteriza-se o desequilíbrio econômico-financeiro da concessão, postergando-se o cumprimento do

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programa original de investimentos e das metas estipuladas no contrato de concessão. Adicionalmente, o estabelecimento, por parte do poder concedente, das metas de cobertura e de qualidade nas prestações dos serviços, muitas vezes, ocorre sem a adequada análise de seus impactos no nível tarifário necessário para a remuneração dos investimentos demandados. Em geral, estes contratos têm duração de quinze a trinta anos. As companhias estaduais de saneamento originadas há trinta anos gozam legalmente de condição diferenciada para exercer a concessão plena. Basta, por meio de um contratoprograma, estabelecer metas para a prestação de serviços de água e esgoto para que finalizem o contrato com o município e a opere, sem necessidade de licitação. Qualquer que seja o caso, a existência do PMSB legalmente aprovado é condição necessária para que seja feita a concessão por licitação ou mesmo contrato programa com a Companhia Estadual, no caso do estado do Rio de Janeiro, a CEDAE. O pagamento dos serviços prestados pela concessionária se faz por tarifas, em geral categorizadas conforme seja o usuário, domiciliar, comercial e industrial e também por faixas de consumo. Qualquer reajuste tarifário se faz por meio de análise entregue à Agência Reguladora e Fiscalizadora. Como se trata de um processo ainda novo, já existem agências reguladoras que contrataram serviços de empresas consultoras para desenvolver modelos matemáticos de tarifas no qual são considerados os custos de amortização de capital investido, da operação e manutenção e também de investimentos necessários. No caso de Resende, a CAAN ganhou a licitação para a operação por 30 anos dos sistemas de água e esgotos sanitários.

7.4.2. Contratos de Parceria Público-Privada (PPP)

As PPPs propõem a delegação ao setor privado de atividades até então prestadas diretamente pelo Estado. Enquadra-se no âmbito das PPPs aquelas concessões em que haja aporte de recursos pela administração pública, seja em adição à tarifa paga pelo usuário, concessão patrocinada, seja em razão do fato de serem os serviços prestados, direta ou indiretamente, ao poder público, concessão administrativa. A PPP pressupõe o pagamento de remuneração ou sua complementação, por parte da administração pública ao ente privado em até 35 anos. Desta forma, a PPP é vantajosa em relação ao regime tradicional de licitação de obra que exige um desembolso de caixa quase imediato, e sobre o contrato usual de prestação de serviços à administração pública, cujo prazo é limitado a cinco anos.

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Com a criação da Lei Federal 11.079, de 30 de novembro de 2004, instituíram-se normas gerais para a licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública. Define-se que a PPP é o contrato administrativo de concessão na modalidade patrocinada ou administrativa. Nos parágrafos do mesmo artigo 2º, estão descritos os conceitos destas duas novas modalidades de contratação: “§ 1º- Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado”. “§ 2º - Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens”.

Assim, as concessões patrocinadas são concessões de serviços públicos em que o governo presta algum tipo de contraprestação, adicionalmente à tarifa cobrada. O contrato de concessão patrocinada (PPP) difere basicamente da concessão comum, Lei Federal 8.987/1995, nas garantias de pagamento por parte do Poder Público à iniciativa privada, não obstante haver na antiga lei dispositivos que viabilizam as garantias de adicionais de pagamento. Embora seja juridicamente possível a contratação, certos contratos específicos à administração não são firmados por falta de um claro equilíbrio econômico do contrato de concessão, acarretando o desinteresse da iniciativa privada. Visando estabelecer o equilíbrio contratual, o legislador criou as PPPs, dispondo de garantias específicas e denominando de contratos de concessão patrocinada, em que há a contraprestação do estado. Nas concessões administrativas, o governo arca integralmente com o pagamento do serviço. Segundo Sundfeld (2005), era necessário permitir a aplicação da lógica econômicocontratual da concessão tradicional a outros objetos que não a exploração de serviços públicos econômicos, como são os serviços de água e esgoto, a distribuição de energia, a telefonia fixa e outras. Assim, as PPPs são aplicadas em serviços administrativos em geral, isto é, serviços de infraestrutura penitenciária, policial, educacional, sanitária, judiciária, entre outros ou mesmo aqueles decorrentes da separação de etapas ou partes dos próprios serviços públicos econômicos como, por exemplo, a implantação e gestão de uma ETE para uma empresa estatal de saneamento básico. Para este propósito, a lei das PPPs criou a concessão administrativa, que copia da concessão tradicional a lógica econômico-contratual, obrigação de investimento inicial, estabilidade do contrato, vigência por longo prazo, remuneração vinculada a resultados, flexibilidade na escolha de meios para atingir os fins previstos no contrato, entre outros, e aproveita da concessão patrocinada as regras destinadas à

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viabilização das garantias. Os pontos comuns à concessão patrocinada e à administrativa, abarcados pela Lei 11.079/2004, são os seguintes: 

Vedados os contratos de PPP: 

valor inferior a R$ 20 milhões (art. 2º, §4º, I);



prazo inferior a 5 (cinco) anos (art. 2º, § 4º, II);



que tenham como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e a instalação de equipamentos ou a execução de obra pública (art. 2º, § 4º, III);



O contrato preveria o pagamento ao parceiro privado de remuneração variável vinculado

ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade definidos no contrato (art. 6º, Parágrafo único); 

A contraprestação da administração pública será obrigatoriamente precedida da

disponibilização do serviço objeto do contrato de parceria público-privada (art. 7°); 

O prazo máximo do contrato, contabilizadas as prorrogações, será de 35 anos (art. 5º, I);



A empresa vencedora da licitação se constituirá em Sociedade de Propósito Específico

(SPE) antes da celebração do contrato (art. 9°). Continuam regidos exclusivamente pela Lei 8.666, de 21 de junho de 1993, e pelas leis que lhe são correlatas, os contratos administrativos que não caracterizem concessão comum, patrocinada ou administrativa (art. 3º, § 3º). Portanto, é necessário o conhecimento dos elementos caracterizadores da concessão comum, patrocinada ou administrativa. De fundamental importância para a atração de investimento privados são as garantias de que os compromissos assumidos pela administração pública serão honrados. Em uma concessão tradicional, o risco de crédito do investidor é pulverizado por uma massa de usuários, ao passo que na PPP o risco de crédito é concentrado no poder público. Assim, o sucesso das PPPs passa pela segurança de que o parceiro público efetuará os pagamentos devidos ao parceiro privado durante todo o prazo do contrato que se estenderia pelos mandatos de vários governantes. Para tanto, a lei das PPPs inovou, ao prever a criação do fundo garantidor das parcerias público-privadas no âmbito do programa federal. O Quadro 115 apresenta os aspectos caracterizadores da concessão, tanto patrocinada, como administrativa ou comum, trazidos pela Lei 11.079/2004.

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Quadro 115 – Aspectos dos contratos de PPP Contratos de PPP Concessão comum Concessão patrocinada

É a concessão de serviços públicos ou de obras públicas da Lei 8.987/1995, quando envolver: - cobrança de tarifa; - contraprestação pecuniária do parceiro público ao privado (art. 2º, § 1º).

Rege-se pela Lei 11.079/2004, aplicando-se subsidiariamente a Lei 8. 987/1995 e as leis que lhe são correlatas (art. 3º, § 1º).

Nas concessões patrocinadas, devem ser observados os seguintes pontos: 1) O limite de garantia a ser prestado contratualmente pelo parceiro privado é remetido ao disposto nos §§ 3º e 5º do art. 56 da Lei 8.666/1993, isto é, o limite da garantia pode ser elevado até a 10% (dez por cento) do valor do contrato ou, no caso em que o contrato importe entrega de bens pelo parceiro público, dos quais o contratado ficará depositário, o valor dos bens deve ser acrescido ao valor da garantia (parte inicial do Art. 5º, VIII); 2) O limite de garantia a ser prestado contratualmente pelo parceiro privado é remetido ao disposto no art. 18, XV, da Lei 8.987/1995, isto é, o limite da garantia é o valor da obra (parte final do art. 5º, VIII) Fonte: FGV 2012

Concessão administrativa É o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou o fornecimento instalação de bens (art. 2° § 2º). A concessão administrativa não é um simples contrato de prestação de serviços, pois sempre incluirá a realização de investimentos, a ser amortizada no prazo do contrato (mínimo 5 anos, art. 2º, § 4º, II, 5º, I), no montante de no mínimo R$ 20 milhões (art. 2º, § 4º, I). A remuneração vinculada à prestação dos serviços (por exemplo, qualidade) impede que a concessão administrativa se transforme em simples contrato de obras com financiamento das empreiteiras (art. 7º). Rege-se pela Lei 11.079/2004, aplicandose adicionalmente os artigos 21, 23, 25 e 27 a 39 da Lei 8.987/1995 e o art. 31 da Lei 9.074/1995. Considerando que não foi incluído o art. 26 da Lei 8.987/1995, conclui-se que nos contratos de concessão administrativa não há possibilidade de sub-concessão, matéria tratada no citado art. 26 da Lei 8.987/1995. Os artigos 21, 23, 25 e 27 a 39 da Lei 8.987/1995 tratam basicamente do contrato de concessão, dos encargos do poder concedente, dos encargos da concessionária, da intervenção e da extinção da concessão. Na concessão administrativa, não há cobrança de tarifas. Isso se conclui pela não menção à aplicação do capítulo referente às tarifas constantes da Lei 8.987/1995 (arts. 9 a 13 da Lei 8.987/1995).

Nas concessões administrativas, o limite de garantia a ser prestado contratualmente pelo parceiro privado é remetido ao disposto nos §§ 3º e 5º do art. 56 da Lei 8.666/1993, isto é, o limite da garantia pode ser elevado até a 10% (dez por cento) do valor do contrato ou, no caso em que o contrato importe entrega de bens pelo parceiro público, dos quais o contratado ficará depositário, o valor dos bens deve ser acrescido ao valor da garantia (parte inicial do Art. 5º, VIII)

É a concessão de serviços públicos ou de obras públicas da Lei 8.987/1995, quando não houver contraprestação pecuniária do parceiro público ao privado (art. 2º, § 3º).

Rege-se pela Lei 8.987/1995 e pelas leis que lhe são correlatas, não se lhe aplicando a Lei 11.079/2004 (art. 3º § 2º),

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7.4.3. Contratos de terceirização/contratos de serviço

Bastante usados em atividades complementares, correspondem à forma mais simples, exigindo menor envolvimento do parceiro privado. Não impõem elevado investimento inicial e, portanto, representam baixo risco para o operador privado. São chamados também de contratos de terceirização para a realização de serviços periféricos, por exemplo, leitura de hidrômetros, reparos de emergência, cobrança, entre outros. O poder público mantém a totalidade da responsabilidade pela operação e manutenção do sistema, com exceção dos serviços contratados.

7.4.4. Contratos de gestão

Nos contratos da administração gerenciada, estão previstos incentivos para a melhoria do desempenho e da produtividade da empresa contratada. Em geral, destinam-se à operação e à manutenção de sistemas, recebendo o operador privado contratado, remuneração prefixada e condicionada a seu desempenho, medido em função de parâmetros físicos e indicadores definidos, não havendo cobrança direta de tarifa aos usuários pela prestação de serviços.

7.4.5. Contratos de Operação e Manutenção (O&M)

Neste modelo, o poder concedente transfere ao parceiro privado a gestão de uma infraestrutura pública já existente, para a provisão de serviços aos usuários. Esta categoria contempla o compartilhamento dos investimentos entre o setor público contratante e o agente privado contratado, podendo prever metas de desempenho que produzam incentivos à eficiência. Com duração de até 5 (cinco) anos, os Contratos de Operação e Manutenção (O&M) são arranjos em que o setor público transfere a uma empresa privada a responsabilidade total pela operação de parte ou de todo um sistema. O setor público mantém a responsabilidade financeira pelo sistema e deve prover os fundos necessários para os investimentos de capital demandados pelo serviço.

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7.4.6. Contratos de locação de ativos (Affermage ou Lease Build Operate – LBO)

O contrato de locação de ativos firmado entre o poder público e um particular, tem como fundamento o artigo 62 § 3°, I, da Lei Federal 8.666/1993. Por este contrato, o governo mantém os ativos do sistema como propriedade pública e as empresas realizam a exploração do serviço, responsabilizando-as pelos investimentos em manutenção e renovação das instalações. A remuneração da empresa corresponde ao custo de exploração do serviço. As instalações financiadas pelo governo continuam sendo de sua propriedade e serão devolvidas ao poder público em condições estabelecidas no contrato. No LBO, o setor público aluga o serviço para o operador privado que é remunerado pela cobrança de tarifas aos usuários. O parceiro privado assume diversos riscos da operação, inclusive a mão de obra, mas, ao conjugar a transferência da manutenção e operação dos serviços para o contratado e a remuneração por meio de tarifas cobradas dos usuários, gera fortes incentivos junto à empresa para a redução dos custos de operação e o aperfeiçoamento do sistema de cobrança. O modelo de locação de ativos tem sido utilizado como meio de financiar a realização de obras necessárias à prestação dos serviços públicos de saneamento básico. É o que se verifica em alguns municípios do estado de São Paulo como: Campos do Jordão, Campo Limpo e Várzea Paulista, onde a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) promoveu licitação para a locação de ativos, precedida da concessão do direito real de uso das áreas e da execução das obras de implantação das instalações necessárias à prestação dos serviços. Concluídas as obras, os ativos, instalações construídas, serão locados ao poder público durante um prazo determinado e, ao final, após a amortização/depreciação dos investimentos realizados pela SPE, os ativos serão revertidos ao poder público, assemelhando-se a um contrato de leasing. Neste modelo, é responsabilidade da SPE a obtenção dos recursos financeiros necessários à execução das obras, podendo utilizar os recebíveis como garantia nas operações de financiamento.

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7.4.7. Contratos de concessão parcial tipo: Build, operate and transfer (Bot); Build, transfer and operate (Bto); Build, own and operate (Boo)

Esta forma de participação privada, já adotada por vários municípios no Brasil, foi a modalidade predominante nas primeiras concessões à iniciativa privada após a promulgação da Lei de Concessões. Em geral, seu objetivo é a ampliação da produção de água tratada ou a implantação de sistemas de tratamento de esgotos. Constitui opção frequente em situações em que o poder público não dispõe de recursos financeiros. Além disto, as condições locais ou a orientação politico-ideológica não favorecem uma concessão privada plena ou em que a implantação de sistemas de produção de água e de tratamento de esgoto se afigure urgente. Em geral, os sistemas de distribuição de água e de coleta de esgotos continuam sendo operados pelos serviços municipais, os quais mantêm sob sua responsabilidade a cobrança das tarifas de água e esgotos, estabelecendo mecanismos de transferência de parte destas receitas tarifárias ao concessionário do BOT. Os contratos de BOT, BTO e BOO estão normalmente associados a investimentos em nova infraestrutura. No BOT, o parceiro privado constrói e opera por determinado período, ao final do qual os ativos são transferidos ao setor público. Em uma das variações possíveis, o BTO corresponde a um contrato onde o parceiro privado constrói a nova estrutura que é incorporada ao patrimônio do setor público e alugada ao próprio parceiro privado. Em outra variação no BOO, o parceiro privado retém a propriedade sobre o bem construído e este só será transferido ao setor público se e quando ele determinar a expropriação. Estas novas relações contratuais têm se intensificado e a legislação brasileira tem se adaptado a estas formas, como exemplo a recente aprovação da Lei Federal 12.744/2012, ou da Lei do Built to Suit, em português "construído para servir". Estes contratos foram incluídos na Lei de Locações, Lei 8.245/1991), deixando de serem atípicos. A expressão Built to Suit, é um termo imobiliário usado para identificar contratos de locação em longo prazo no qual o imóvel é construído para atender os interesses do locatário, já pré-determinado. Deste modo, é possível viabilizar projetos que atendam as rígidas normas estabelecidas pelos futuros usuários da construção e os prazos curtos para execução.

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7.4.8. Empresas de economia mista

Não são necessariamente modalidades de privatização, pois estariam sob controle público de acordo com a divisão acionária. As companhias estaduais de saneamento, originadas da época do PLANASA, são, em sua grande maioria, empresas de economia mista. No entanto, no caso da iniciativa privada obter a maior parte do capital da empresa, a gestão de serviço fica sob o seu controle, deixando de ser denominada empresa de economia mista e caracterizando-se como empresa privada.

7.4.9. Considerações finais

O acompanhamento e a fiscalização da execução dos contratos constituem poder-dever da Administração Pública, em decorrência do princípio da indispensabilidade do interesse público. Se, em uma contratação, estão envolvidos recursos orçamentários, é dever desta administração contratante atuar de forma efetiva para que os mesmos sejam aplicados da melhor maneira possível, com eficiência. Quando a Administração Pública celebra um contrato, fica obrigada à observância das regras impostas pela lei, para fiscalizar e controlar a execução do ajuste. Cabe ao gestor de contrato fiscalizar e acompanhar a sua correta execução. A necessidade de haver um gestor de contratos é definida expressamente na Lei 8.666/1993, em seu art. 67. Segundo esse dispositivo, a execução do contrato será acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição. Na drenagem urbana, as obras, quando não realizadas pelos funcionários municipais, são realizadas por empresas contratadas de acordo com a Lei 8.666/1993 e também necessitam de um gestor municipal para acompanhar sua execução. Não há individualização para a cobrança de usuários, logo, a cobrança pelo serviço urbano é igualmente distribuída para todos. No caso do abastecimento de água e esgotamento sanitário, a complexidade da prestação de serviço envolve outros fatores, como o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos e a política tarifária que individualiza a cobrança por usuário que pagaria de acordo com o uso do serviço público e respectiva infraestrutura urbana. Para a drenagem urbana a contratação ocorre por meio de modelos institucionais específicos e complexos, pois não há

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essa individualização por usuário. Há dificuldades técnicas para a cobrança individualizada. O equilíbrio econômico e financeiro da prestação de serviços de saneamento constitui um desafio enorme a vencer, qualquer que seja a forma de prestação de serviço escolhida. Pelo lado do usuário, há fatores que levam à evasão de receitas como o baixo poder aquisitivo e o desconhecimento sobre a prestação de serviço, complexidade e características inclusive legais; pelo lado da prestadora, observa-se a falta de recursos para manter os serviços e quase ausência total de meios para arcar com novos investimentos, inibindo o avanço do setor. Esse ciclo vem sendo atenuado pela elaboração do PMSB e quiçá vencido na medida em que, por meio de atividades de participação social os usuários vêm tomando conhecimento da complexidade da prestação dos serviços e que há um preço a pagar. Ainda há um desconhecimento sobre as características que a água potável precisa ter, regulamentada inclusive por portaria do ministério da saúde que é diferente daquela que antes se pegava de nascentes ou rios. Há um preço a pagar para ter água potável em quantidade, qualidade e regularidade dentro do domicílio. Ao mesmo tempo, as prestadoras de serviço precisam avançar no sentido de fazê-lo de forma mais eficiente, reduzindo, por exemplo, as perdas d’água, hoje um problema muito sério do setor no país.

7.5. VERIFICAÇÕES E PROPOSIÇÕES PARA O MUNICÍPIO DE RESENDE

A elaboração do PMSB para Resende mostrou que a população vem desfrutando de um serviço avançado, se destacando não somente no Médio Paraíba do Sul, mas também em relação a municípios de outros estados. Já conta com uma cobertura elevada quanto ao abastecimento de água (100% na sede e Agulhas Negras) e esgotamento sanitário (97% de coleta e 60% tratado na sede do município). O déficit de hidrometração está em 3%, mostrando o nível avançado de controle do serviço prestado. O município fez a opção por concessão plena em 2007, tendo elaborado um dos primeiros planos de saneamento do país. A concessão plena foi ganha pela operadora Águas das Agulhas Negras. Para a elaboração deste PMSB, três componentes, importa verificar se as metas foram cumpridas e quais são aquelas ainda a cumprir. Foi fornecido o Plano Diretor de Obras, bem como, sua proposição de investimentos. Em relação à operadora de água e esgotos, notou-se um empenho em prestar um serviço adequado à população, bem servida por abastecimento de água e esgotamento sanitário com índices avançados em relação à situação anterior, aproximando-se da

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universalização, um pouco menos em termos de tratamento de esgotos, ainda em torno de 60%. As metas vêm sendo atendidas, inclusive quanto à redução de perdas, 25%, valor proveniente da licitação. Permanece ainda o desafio de prestar um serviço mais eficiente para o futuro, o que é comum a outras operadoras. Trata-se, principalmente, da redução de perdas de água, a qual a concessionária ao conhecer cada vez mais sua rede de distribuição, conforme mostram seus investimentos previstos e mesmo implantar anéis de adutoras de água potável, teria condições de buscar num horizonte de alguns anos um valor em torno de 20%. Nesse sentido, foi criado internamente um setor responsável por propor e acompanhar um programa de redução de perdas. O serviço de drenagem urbana é dividido, como em outros municípios, em setores ou mesmo secretarias diferentes. Esse é o componente mais frágil entre os quatro que hoje compõem o saneamento básico. O atual plano de saneamento é o primeiro trabalho que aborda a drenagem como um todo no município. O foco é a microdrenagem, atribuição precípua municipal. Não há um Plano Diretor de Drenagem. O município conta atualmente com a sua agência reguladora, SANEAR, logo, conta com os atores institucionais necessários à prestação de serviços, bem como sua fiscalização e regulação de acordo com o estabelecido pela Lei 11.445/2007. Em relação à Agência Reguladora, há necessidade de qualificação contínua dos seus profissionais, bem como contar com instrumentos adequados para exercer tanto a regulação como a fiscalização da prestação dos serviços pela concessionária. A Lei 11.445/2007 estabelece vários atributos para a agência reguladora de modo que a SANEAR precisa contar com mais estrutura para dar conta desses ditames legais. Cabe ao município verificar se os serviços dessa agência municipal se estenderiam para outros serviços públicos, como drenagem urbana, resíduos sólidos e até transporte, para dar mais sustentabilidade econômica. Uma alternativa seria torná-la regional ou até estabelecer um convênio com a agência estadual, visando melhor equalizar seus custos operacionais. As Oficinas constituíram um embrião das atividades de controle social. De uma maneira geral, percebe-se que a implantação de instâncias de participação social para exercer o controle, conforme previsto na Lei 11.445/2007, é uma necessidade para que a população conheça os serviços prestados, seus condicionantes e custos respectivos. Esse ponto cabe tanto à concessionária, quanto ao próprio município. Propõem-se as seguintes modificações, adaptações ou complementações necessárias para dar o suporte legal ao adequado funcionamento do arranjo institucional, orçamentário e operacional:

1. Drenagem urbana: constituir um ente municipal responsável pelo planejamento,

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gestão das informações, contratação de projetos, operação e manutenção dessa infraestrutura. Assim, o município passaria a contar não somente com uma infraestrutura em drenagem urbana, mas também um serviço responsável devidamente capacitado para exercer suas funções. Num primeiro momento, a fonte de receitas permaneceria sendo o orçamento municipal, mas com o tempo, conforme estabelecido na Lei 11.445/2007, seria possível individualizar a cobrança pelo serviço proporcional ao grau de impermeabilização e à adoção de medidas compensatórias, como unidades de retenção e infiltração de água no próprio lote. Haveria uma taxa de drenagem urbana. Esta é uma prática que se inicia em alguns municípios brasileiros, mas já é estabelecida em países europeus como a Alemanha e a Itália. 2. Água e esgotos: a operadora por concessão vem cumprindo suas metas estabelecidas em contrato. Já existe o comitê de controle de perdas para avançar a gestão. O Conselho Municipal de Saneamento, exigência legal, já foi criado, embora seus membros ainda não tenham sido nomeados. Essa seria a instância adequada para que tanto a concessionária quanto os munícipes dialogassem e tomassem conhecimento das ações em andamento e demandas colocadas. 3. Regulação e fiscalização: já existe agência reguladora municipal, SANEAR, mas se recomenda que se capacite e estruture mais para atender os preceitos estabelecidos na própria Lei 11.445/2007, a saber: I estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e para a satisfação dos usuários; II garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas; III prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, ressalvada a competência dos órgãos integrantes do sistema nacional de defesa da concorrência; IV definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos como a modicidade tarifária, mediante mecanismos que induzam a eficiência e eficácia dos serviços e que permitam a apropriação social dos ganhos de produtividade. Art. 23. A entidade reguladora editará normas relativas às dimensões técnica, econômica e social de prestação dos serviços, que abrangerão, pelo menos, os seguintes aspectos: I padrões e indicadores de qualidade da prestação dos serviços; II requisitos operacionais e de manutenção dos sistemas; III as metas progressivas de expansão e de qualidade dos serviços e os respectivos prazos; IV regime, estrutura e níveis tarifários, bem como os procedimentos e prazos de sua fixação, reajuste e revisão; V medição, faturamento e cobrança de serviços; VI monitoramento dos custos; VII avaliação da eficiência e eficácia dos serviços prestados; VIII plano de contas e mecanismos de informação, auditoria e certificação; IX subsídios tarifários e não tarifários; X padrões de atendimento ao público e mecanismos de participação e informação; XI medidas de contingências e de emergências, inclusive racionamento;

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246

8. SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA A PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

A Lei Federal 11.445/2007 determina que seja elaborado no PMSB, o estudo de sustentabilidade econômico-financeira para cada um dos componentes: abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, limpeza pública e manejo de resíduos sólidos urbanos. A finalidade é dar suporte à decisão municipal de qual alternativa técnica e institucional, incluindo a operadora, seria escolhida a partir de todo o cotejamento de investimentos e de custos. Nos planos de saneamento, calcula-se qual seria a condição de equilíbrio ou sustentabilidade econômico-financeira de cada componente, utilizando como base econômica, a mesma estrutura de geração de custo e receita, para obter o gasto médio por componente. Este valor indicaria qual o aporte necessário de recursos monetários ao longo do horizonte de planejamento para cobrir os investimentos e os custos de manutenção para cada componente, aqui especificamente abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem urbana. Os gastos para a prestação de serviços de água, esgotos e drenagem, como mencionado anteriormente, são divididos em duas categorias: investimentos, para universalizar e manter a cobertura, ao atender a expansão da população, logo aumentando o volume dos serviços e também a receita da prestadora; e manutenção, custos com o objetivo de manter os serviços operando continuamente no mesmo nível. Para qualquer município, há como referência para o cálculo da sustentabilidade econômico-financeira dos serviços de saneamento, incluindo os casos de concessão e prestação de serviços por operadores que não são da administração direta, o que diz a Lei 11.445/2007 em seu art. 29,§ 1º, inciso VI, remuneração adequada do capital investido pelos prestadores dos serviços. Assim, quando o serviço é prestado por terceiros e não diretamente pelo município, mesmo sendo este o poder concedente, a lei prevê remuneração pelo serviço prestado de forma a garantir o equilíbrio econômico-financeiro. Reside aí a importância do Estudo de Viabilidade Econômica e Financeira - EVEF. A receita auferida pelo prestador ou concessionária de serviços de saneamento originase da cobrança diretamente da população através de tarifa módica e bem estruturada, ao menos para o abastecimento de água e esgotamento sanitário. Para a drenagem urbana, a definição de tarifas pela prestação deste tipo de serviço é ainda incipiente no país, embora já seja praxe em outros na Europa. O modelo de EVEF aqui utilizado obtém o valor médio gasto por domicílio e por habitante pelo serviço prestado pela operadora para dar equilíbrio econômico-financeiro ao mesmo,

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247

considerando os investimentos e os custos de manutenção. Não foram considerados os custos operacionais. O cálculo foi efetuado por componente de saneamento básico e, para efeito de comparação, também foi apresentada a renda média por domicílio obtida do IBGE, verificando o quanto o custo médio pela prestação de serviço impacta a renda média domiciliar. Para o setor de saneamento, admite-se como aceitável o custo entre 3 e 5% da renda média domiciliar. Os cálculos também mostram a porcentagem correspondente da prestação dos serviços perante a receita média municipal no horizonte adotado. Esses valores por componente ajudam a balizar os custos da prestação de serviços dentro do âmbito de um PMSB, mas é um primeiro trabalho de sustentabilidade econômica aos quais outros estudos se seguiriam para aprofundar a questão, como o modelo tarifário. Não foram considerados os custos de exploração dos serviços, pois o objeto do PMSB é o planejamento de investimentos. O objetivo das simulações de sustentabilidade econômica apresentadas é oferecer uma análise inicial de sensibilidade aos tomadores de decisão. Maior detalhamento e aprofundamento de custos de investimentos seriam obtidos nos Planos Diretores de Empreendimentos e Obras, e Projetos Básicos de cada sistema, fases seguintes a este PMSB. Nesses instrumentos posteriores, o gestor público obterá com maior exatidão e detalhamento, o dimensionamento e o custo das alternativas propostas neste Plano de Saneamento, de forma que uma nova simulação da sustentabilidade seria efetuada. Para garantir a remuneração adequada dos serviços, não há ainda uma regra definida, mas se considera que a taxa de desconto atrelada a Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) refletiria a expectativa média de remuneração do capital de uma operadora, acrescida da taxa de risco e a liquidez de cada tipo de serviço prestado. Dessa forma, foi montado um fluxo descontado de valores monetários, mas adotando uma taxa de 11% ao ano, conforme a taxa SELIC atual, a partir dos investimentos definidos no capítulo 6 para o curto, médio e longo prazo. Há duas situações consideradas na análise de equilíbrio econômico dos sistemas de saneamento básico e seu uso: 

Municípios autônomos que não decidiram a assinatura de Contrato de Programa com a CEDAE ou contrato com outra concessionária e buscam meios de expandir os serviços por meio de concessões ou mantê-los na forma em que estão. O EVEF apoia a tomada de decisão pelo município para estabelecer a forma de prestação de serviços, inclusive para a delegação de serviços como prevê a Lei Federal 8.987/2005.



Municípios que tenham Lei Autorizativa aprovada com alguma concessionária ou que já estejam com Contrato de Programa assinado com a CEDAE, cujo instrumento é conhecido como Plano de Metas. Quando o município já tem a Lei Autorizativa com uma concessionária como a CAAN ou Contrato de Programa assinado com a CEDAE, a

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248

concessão já estaria alicerçada na aprovação pelas partes envolvidas como a Câmara Municipal, a Prefeitura e a própria concessionária. Este estudo confirmaria ou apoiaria uma revisão do contrato, se necessária. Em ambos os casos, é possível que haja ajustes posteriores entre a operadora e a prefeitura originados no plano de investimentos e que impactariam o resultado econômico do projeto. Nos municípios do RJ que negociariam um contrato de programa com a CEDAE, este estudo oferece a informação e a análise que apoiam a prefeitura sobre a dimensão da proposta apresentada pela concessionária estadual e das possibilidades em relação à operação dos sistemas. Para os casos em que o município já possui Contrato de Programa assinado ou com a Lei Autorizativa aprovada, tomando como base a proposta feita pela operadora, pretende-se apresentar apenas a situação em que o sistema entra em equilíbrio econômico-financeiro, cabendo ao município eventualmente tomar a iniciativa de repactuação contratual. Os investimentos previstos para a sede de Resende, entenda-se incluída o distrito de Agulhas Negras, margem esquerda do Rio Paraíba do Sul, bem como das localidades mais afastadas estão apresentados no Quadro 116. O prazo considerado é igual ao horizonte de planejamento, 20 anos. Os investimentos em saneamento decorrentes da expansão urbana proporcionada por loteamentos ficariam a encargo dos empreendedores imobiliários e não para a prefeitura ou concessionária, conforme determina a Lei 6.766/1979, portanto não foram considerados neste EVEF. Os investimentos a encargo dos loteadores foram estimados em R$ 36 milhões para redes de água e R$ 37,5 milhões para redes de esgotos sanitários. Os investimentos na sede e Engº. Passos estão a encargo da concessionária CAAN e pode buscar recursos de diversas fontes, incluindo a receita tarifária. Já para as localidades operadas pela prefeitura, os recursos seriam próprios ou de fontes mencionadas no capítulo 11. Cabe ainda ao município a decisão de estender o atual contrato de concessão com a CAAN a partir dos investimentos aqui levantados.

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249

Quadro 116 – Investimentos para a universalização dos serviços de saneamento básico no município. Distrito

SAA (R$)

SES (R$)

DU (R$)

Mauá

3.091.500,00

1.746.100,00

135.300,00

Serrinha

1.940.500,00

2.543.600,00

70.800,00

Capelinha

1.294.300,00

1.287.100,00

51.400,00

C.Alegre e Rio Preto

1.158.200,00

1.950.300,00

58.000,00

696.600,00

1.573.300,00

32.100,00

Fumaça

1.417.800,00

2.199.850,00

86.000,00

Pedra Selada

1.136.500,00

1.888.400,00

64.200,00

Sede + Agulhas Negras

41.211.000,00

60.800.000,00

16.513.000,00

1.215.000,00 R$ 53.161.400,00

3.900.000,00 R$ 77.888.650,00

562.000,00 R$ 17.572.800,00

Bagagem

Engº. Passos TOTAL

9. INDICADORES DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

Indicadores constituem uma forma simples e eficaz para que a população, exercendo o controle social previsto na Lei Federal 11.445/2007, e a administração pública municipal possam acompanhar a evolução da prestação dos serviços rumo à universalização. O desafio está em encontrar ou definir um grupo de indicadores por componente que seja objetivo e simples. Uma referência de indicadores é dada pelo SNIS. Para os componentes de abastecimento de água e esgotamento sanitário propõem-se o uso de alguns dos indicadores calculados pelo SNIS, pois anualmente o município precisa informar esses dados ao Governo Federal. Já para o componente drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, a literatura específica ainda é pobre, sendo propostos indicadores apresentados no item 9.1.3. Com a melhoria na base de dados do município há a possibilidade no futuro de adoção de outros indicadores para o monitoramento do desempenho do plano em relação às metas propostas. Os indicadores por componente são apresentados a seguir, juntamente com a variação proposta de seus valores ao longo do horizonte de planejamento.

9.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Para o componente de abastecimento de água foram definidos três indicadores principais em relação à quantidade de água, índice de atendimento urbano de água, consumo médio per capita e índice de perdas na distribuição, e dois indicadores principais em relação à qualidade da água fornecida a população, incidência de análises de cloro e de coliformes totais fora do padrão.

9.1.1. Índice de atendimento urbano de água

A.

Objetivo: aferir a evolução da universalização do serviço de abastecimento de água

no município.

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B.

251

Equação para o cálculo do indicador

IN023 = População urbana atendida com abastecimento de água x 100

[%]

População urbana residente no município

Onde: População urbana atendida com abastecimento de água: Valor da população urbana atendida com abastecimento de água pelo prestador de serviços, no último dia do ano de referência. Corresponde à população urbana que é efetivamente atendida com os serviços, hab.; População urbana residente do município: População urbana residente no município. Quando da existência de dados de censos ou contagens populacionais do IBGE, essas informações são utilizadas. Inclui tanto a população beneficiada quanto a que não é beneficiada com os serviços de abastecimento de água, hab.

C.

Metas e prazos propostos Ano IN023

Atual 100%

2015 100%

2018 100%

2028 100%

2033 100%

Fonte: Vallenge, 2013

9.1.2. Consumo médio per capita

A. Objetivo: avaliar se o programa de uso racional de água está alcançando os resultados.

B.

Equação para o cálculo do indicador

IN022 = Volume de água consumido – Volume de água tratado exportado População total atendida com abastecimento de água

x 1000

[L/hab.dia]

365

Onde: Volume de água consumido, m³: Volume anual de água consumido por todos os usuários, compreendendo o volume micromedido, o volume de consumo estimado para as ligações desprovidas de hidrômetro ou com hidrômetro parado, acrescido do volume de água tratada exportado para outro prestador de serviços. Volume de água tratada exportado, m³: Volume anual de água potável, previamente tratada, transferido para outros agentes distribuidores.

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252

População total atendida com abastecimento de água, hab: Valor da soma das populações urbana e rural, sedes municipais e localidades, atendidas com abastecimento de água pelo prestador de serviços, no último dia do ano de referência. Corresponde à população que é efetivamente atendida com os serviços.

C. Metas e prazos propostos Ano IN022 Fonte: Vallenge, 2013

Atual

2015

2018

2028

2033

205,9

200,0

200,0

185,0

160,0

9.1.3. Índice de perdas na distribuição

A. Objetivo: aferir se o programa de redução de perdas está no caminho certo.

B.

Equação para o cálculo do indicador

IN049 = Vol. de água (produzido – tratado importado – serviço) – Vol. de água consumido x 100

[%]

Volume de água (produzido – tratado importado – serviço)

Onde: Volume de água produzido, m³: Volume anual de água disponível para consumo, compreendendo a água captada pelo prestador de serviços e a água bruta importada ambas tratada(s) na(s) unidade(s) de tratamento do prestador de serviços, medido ou estimado na(s) saída(s) da(s) ETA(s) ou UTS(s). Volume de água tratada importado, m³: Volume anual de água potável, previamente tratada em ETA(s) ou em UTS(s), recebido de outros agentes fornecedores. Deve estar computado no volume de água macromedido, quando efetivamente medido. Não deve ser computado nos volumes de água produzido, tratado em ETA's ou tratado por simples desinfecção. Volume de água de serviço, m³: Valor da soma dos volumes anuais de água usados para atividades operacionais e especiais, acrescido do volume de água recuperado. As águas de lavagem das ETA(s) ou UTS(s) não devem ser consideradas. Volume de água consumido, m³: Volume anual de água consumido por todos os usuários, compreendendo o volume micromedido, o volume de consumo estimado para as ligações

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253

desprovidas de hidrômetro ou com hidrômetro parado, acrescido do volume de água tratada exportado para outro prestador de serviços.

C. Metas e prazos propostos Ano IN049 Fonte: Vallenge, 2013

Atual

2015

2018

2028

2033

32,1%

32%

31%

25%

25%

Em função das características dos sistemas existentes, é possível futuramente o estabelecimento de meta mais ambiciosa para o sistema da sede e do distrito de Agulhas Negras. Sugere-se, portanto, na revisão do PMSB que se avalie a possibilidade da redução dessa meta para valores próximos ou até menores de 20% no longo prazo, dependendo de repactuação entre a prefeitura e a concessionária.

9.1.4. Incidência de análises de cloro fora do padrão

A.

Objetivo: aferir a qualidade da água em relação à potabilidade e com isso evitar a evolução de doenças de veiculação hídrica.

B.

Equação para o cálculo do indicador

IN075 = Quantidade de amostras para análises de cloro residual fora do padrão x 100

[%]

Quantidade de amostras analisadas para aferição de cloro residual

Onde: Quantidade de amostras analisadas para aferição de cloro residual livre com resultados fora do padrão, amostra: Quantidade total anual de amostras coletadas na(s) saída(s) da(s) unidade(s) de tratamento e no sistema de distribuição de água, reservatórios e redes, para aferição do teor de cloro residual livre na água, cujo resultado da análise ficou fora do padrão determinado pela Portaria 2.914/2011 do Ministério da Saúde. No caso de município atendido por mais de um sistema, as informações dos diversos sistemas devem ser somadas. Quantidade de amostras analisadas para aferição de cloro residual livre, amostra: Quantidade total anual de amostras coletadas na(s) saída(s) da(s) unidade(s) de tratamento e no sistema de distribuição de água, reservatórios e redes, para aferição do teor de cloro residual livre na

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254

água. No caso de município atendido por mais de um sistema, as informações dos diversos sistemas devem ser somadas.

C. Metas e prazos propostos Ano IN075 Fonte: Vallenge, 2013

Atual

2015

2018

2028

2033

0%

0%

0%

0%

0%

9.1.5. Incidência das análises de coliformes totais fora do padrão

A. Objetivo: aferir a qualidade da água em relação à potabilidade e com isso evitar a evolução de doenças de veiculação hídrica.

B.

Equação para o cálculo do indicador

IN084 = Quantidade de amostras para análises de coliformes totais fora do padrão x 100

[%]

Quantidade de amostras analisadas para aferição de coliformes totais

Onde: Quantidade de amostras analisadas para aferição de coliformes totais com resultados fora do padrão, amostra: quantidade total anual de amostras coletadas na(s) saída(s) da(s) unidade(s) de tratamento e na rede de distribuição de água, para aferição do teor de coliformes totais, cujo resultado da análise ficou fora do padrão determinado pela Portaria 2.914/2011 do Ministério da Saúde. No caso de município atendido por mais de um sistema, as informações dos diversos sistemas devem ser somadas. Quantidade de amostras analisadas para aferição de coliformes totais, amostra: Quantidade total anual de amostras coletadas na(s) saída(s) da(s) unidade(s) de tratamento e no sistema de distribuição de água, reservatórios e redes, para aferição do teor de coliformes totais. no caso de município atendido por mais de um sistema, as informações dos diversos sistemas devem ser somadas.

C. Metas e prazos propostos Ano IN084 Fonte: Vallenge, 2013

Atual

2015

2018

2028

2033

5%

5%

1%

0%

0%

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

255

9.1.6. Índice de Regularidade da Distribuição

A. Objetivo: medir a eficiência da entrega de água ao consumidor. Representa a porcentagem de tempo em que a população recebeu a água potável em volume e pressão adequados ao seu consumo.

B.

Equação para o cálculo do indicador

É calculado tendo como variáveis: a quantidade total de horas do mês medido; a quantidade de horas sem abastecimento; e o total de habitantes afetados (na forma de econômicas ativas), resultado dos diversos eventos de descontinuidade da distribuição de água (manutenções, intermitências e falta d’água), durante este mesmo mês. IRD =

T x Ea

[%]

Et x 24 x d

Onde: IRD = Índice de regularidade da distribuição [%] T = tempo de desabastecimento [hora] Ea = economias ativas afetadas pelo desabastecimento [unidades] Et = economias ativas totais do setor de abastecimento [unidades] d = número de dias do mês considerado [dia]

C. Metas e prazos propostos Ano

Atual

IRD ND Nota: ND – Não disponível Fonte: Vallenge, 2013

2015

2018

2028

2033

90%

92%

95%

98%

9.2. ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Para o componente de esgotamento sanitário foram definidos três indicadores principais: índice de atendimento urbano de esgoto, índice de coleta de esgotos e índice de tratamento de esgotos.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

256

9.2.1. Índice de atendimento urbano de esgoto

A. Objetivo: aferir a evolução da universalização da componente no município.

B.

Equação para o cálculo do indicador

IN047 = População urbana atendida com esgotamento sanitário x 100

[%]

População urbana residente no município

Onde: População urbana atendida com esgotamento sanitário, hab: Valor da população urbana beneficiada com esgotamento sanitário pelo prestador de serviços, no último dia do ano de referência. Corresponde à população urbana que é efetivamente servida com os serviços. População urbana residente do município, hab: População urbana residente no município. Quando da existência de dados de Censos ou Contagens populacionais do IBGE, essas informações são utilizadas. Inclui tanto a população beneficiada quanto a que não é beneficiada com os serviços de esgotamento sanitário.

C. Metas e prazos propostos Ano

Atual

2015

2018

2028

2033

IN047

97%

99%

100%

100%

100%

Fonte: Vallenge, 2013

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

257

9.2.2. Índice de coleta de esgotos

A. Objetivo: aferir o volume de esgoto coletado em relação ao volume gerado.

B.

Equação para o cálculo do indicador

IN015 =

Volume de esgoto coletado

x 100

[%]

Volume de água consumido – volume de água tratado exportado

Onde: Volume de esgoto coletado, m³: Volume anual de esgoto lançado na rede coletora. Em geral é considerado como sendo de 80% a 85% do volume de água consumido na mesma economia. Não inclui volume de esgoto bruto importado. Volume de água consumido, m³: Volume anual de água consumido por todos os usuários, compreendendo o volume micromedido, o volume de consumo estimado para as ligações desprovidas de hidrômetro ou com hidrômetro parado, acrescido do volume de água tratada exportado para outro prestador de serviços. Volume de água tratado exportado, m³: Volume anual de água potável, previamente tratada, transferido para outros agentes distribuidores.

C. Metas e prazos propostos Ano

Atual

2015

2018

2028

2033

IN015

97%

99%

100%

100%

100%

Fonte: Vallenge, 2013

9.2.3. Índice de tratamento de esgotos

A. Objetivo: aferir a universalização do tratamento de esgoto e com isso melhorar a qualidade ambiental dos recursos hídricos e evitar a proliferação de doenças de veiculação hídrica.

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B.

258

Equação para o cálculo do indicador

IN016 =

Volume de esgoto tratado

x 100

[%]

Volume de esgoto coletado + volume de esgoto importado

Onde: Volume de esgoto tratado, m³: Volume anual de esgoto coletado na área de atuação do prestador de serviços e que foi submetido a tratamento, medido ou estimado na(s) entrada(s) da(s) ETE(s). Volume de esgoto coletado, m³: Volume anual de esgoto lançado na rede coletora. Em geral é considerado como sendo de 80% a 85% do volume de água consumido na mesma economia. Volume de esgoto bruto importado, m³: Volume de esgoto bruto recebido de outro(s) agente(s). Deve ser acrescido, caso houver, a parcela do volume de esgoto coletado.

C. Metas e prazos propostos Ano

Atual

2015

2018

2028

2033

IN016

60%

60%

85%

100%

100%

Fonte: Vallenge, 2013

9.3. MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS

Para o componente de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas foram definidos quatro indicadores principais: indicador da gestão do serviço, índice de atendimento urbano de microdrenagem, índice de atendimento territorial urbano de microdrenagem e índice de pontos de alagamento devido a chuvas

9.3.1. Indicador da Gestão do Serviço

A. Objetivo: avaliar o nível de gestão do serviço.

B.

Equação para o cálculo do indicador

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

259

Foi dividido em dois subitens, cada um com seu respectivo indicador simples, de forma que ao final se obtenha um indicador composto. 

Gestão Indicador simples de rubrica específica de drenagem

(....) sim ... (....) não ISG: 0,50. Quando o indicador simples for positivo; ISG: 0,00. Quando o indicador simples for negativo.

Indicador simples de existência de ente específico de drenagem com atividades bem definidas, inclusive em lei municipal (....) sim ... (....) não ISG: 0,50. Quando o indicador simples for positivo; ISG: 0,00. Quando o indicador simples for negativo.

Indicador composto de gestão dos serviços de drenagem urbana: ICGDU ICGDU: 1,00. Quando os dois indicadores simples forem positivos; ICGDU: 0,50. Quando ao menos um indicador simples for positivo; ICGDU: 0,00. Quando os dois indicadores simples forem nulos. 

Alcance do cadastro do serviço Indicador simples de existência de cadastro atualizado da infraestrutura de drenagem

(....) sim ... (....) não IECDU: 0,50. Quando o indicador simples for positivo; IECDU: 0,00. Quando o indicador simples for negativo.

Indicador simples do alcance do cadastro, caso exista, referente à porcentagem da área urbana com cadastro efetuado. (....) 67% a 100%

nota = 0,5

(....) 34% a 66%

nota = 0,3

(....) 1% a 33%

nota = 0,1

Indicador composto do alcance do cadastro do serviço de microdrenagem urbana: ICCDU (soma dos indicadores simples do alcance do cadastro do serviço) ICCDU: 1,0. Quando existir cadastro com alcance entre 67% a 100% da área urbana. ICCDU: 0,8. Quando existir cadastro com alcance entre 34% a 66% da área urbana. ICCDU: 0,6. Quando existir cadastro com alcance entre 1% a 33% da área urbana.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

260

ICCDU: 0,0. Quando não existir cadastro da infraestrutura de drenagem.

Assim, o indicador composto da gestão do serviço de drenagem urbana seria:

I PSDU 

I CGDU I CCDU

A avaliação seria da seguinte forma: IPSDU = 1,4 - 2,0. O serviço vem sendo gerido de forma adequada IPSDU = 0,7 - 1,3. O serviço tem algum nível de gestão, mas precisa ser mais avançado; IPSDU = 0,0 - 0,6. A gestão ainda é insuficiente e requer aprimoramento.

C. Metas e prazos propostos Ano

Atual

2015

2018

2028

2033

ICGDU

0,0

1,0

1,0

1,0

1,0

ICCDU

0,0

0,6

0,8

1,0

1,0

IPSDU

0,0

1,6

1,8

2,0

2,0

Fonte: Vallenge, 2013

9.3.2. Índice de atendimento urbano de microdrenagem

A. Objetivo: aferir a evolução da universalização das componentes no município.

B.

Equação para o cálculo do indicador

IN100 = População urbana atendida com microdrenagem x 100

[%]

População urbana do município

Onde: População urbana atendida com microdrenagem, hab: Valor da população urbana atendida com microdrenagem, mesmo drenagem superficial, pelo prestador de serviços, no último dia do ano de referência. Corresponde à população urbana que é efetivamente servida com os serviços.

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261

População urbana do município, hab: População urbana residente no município. Quando da existência de dados de censos ou contagens populacionais do IBGE, essas informações são utilizadas. Inclui tanto a população beneficiada quanto a que não é beneficiada com os serviços de microdrenagem.

C. Metas e prazos propostos Ano

Atual

IN100 ND Nota: ND - Não disponível.

2015

2018

2028

2033

40%

50%

100%

100%

Fonte: Vallenge, 2013

9.3.3. Índice de atendimento territorial urbano de microdrenagem

A. Objetivo: aferir a área efetivamente atendida com microdrenagem.

B.

Equação para o cálculo do indicador

IN101 = Área urbana com microdrenagem x 100

[%]

Área urbana do município

Onde: Área urbana com microdrenagem, km²: Área urbana atendida com microdrenagem, mesmo drenagem superficial, pelo prestador de serviços, no último dia do ano de referência. Área urbana total, km²: Área urbana total definida pelo município através do Plano Diretor, Leis Municipais ou Decretos Municipais até o último dia do ano de referência.

C. Metas e prazos propostos Ano

Atual

2015

2018

2028

2033

IN101

40%*

40%

50%

100%

100%

Nota: *Estimado em função de visitas a campo Fonte: Vallenge, 2013

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262

9.3.4. Índice de pontos de alagamento sanados

A. Objetivo: verificar o desempenho no controle e diminuição dos pontos de alagamento no município e, com isso, melhorar a qualidade ambiental dos recursos hídricos e evitar a proliferação de doenças de veiculação hídrica. B.

Equação para o cálculo do indicador

IN102 = Número de pontos com problemas de alagamento sanados

x 100

[%]

Número de pontos com problemas de alagamento

Onde: Número de pontos com problemas de alagamento sanados, unidade: Número de locais que tinham problemas de alagamento devido as chuvas e que foram sanados através de obras de micro e macrodrenagem. Número de pontos com problemas de alagamento, unidade: Número total de locais atualmente sujeitos a alagamento devido a chuvas e que necessitam de obras de micro e macrodrenagem.

C. Metas e prazos propostos Ano

Atual

IN102 ND Nota: ND - Não disponível Fonte: Vallenge, 2013

2015

2018

2028

2033

30%

60%

80%

100%

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

263

10. PLANOS DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA As ações de contingência e emergência possuem finalidade preventiva e corretiva, tendo como objetivo evitar possíveis acidentes, utilizando métodos de segurança a fim de evitar o comprometimento ou a paralisação do sistema de saneamento básico, aumentando o nível de segurança quanto ao atendimento da população. Na operação e manutenção dos serviços de saneamento básico são utilizadas formas locais e corporativas, que dependem da operadora, no sentido de prevenir ocorrências indesejáveis por meio do controle e monitoramento das condições físicas das instalações e equipamentos, visando minimizar ocorrências de sinistros e interrupções na prestação contínua dos serviços de saneamento. As ações de caráter preventivo, mais ligadas à contingência, possuem a finalidade de evitar acidentes que possam comprometer a qualidade dos serviços prestados e a segurança do ambiente de trabalho, garantindo também a segurança dos trabalhadores. Essas ações dependem de: manutenção estratégica, prevista por meio de planejamento, ação das áreas de gestão operacional, controle de qualidade, suporte de comunicação, suprimentos e tecnologia de informação, entre outras. Já em casos de ocorrências atípicas que possam vir a interromper os serviços de saneamento básico, situação mais relacionada a casos de emergência, os responsáveis pela operação devem dispor de todas as estruturas de apoio como mão de obra especializada, material e equipamento para a recuperação dos serviços no menor prazo possível. Portanto, enquanto o plano de contingência aborda ações programadas de interrupção dos serviços, a de emergência lida com situações de parada não programada. De uma maneira geral, o plano de emergência e contingência possui ações e alternativas integradas, no qual o executor leva em conta no momento de decisão em face de eventuais ocorrências atípicas. Considera, ainda, os demais planos setoriais existentes ou em implantação que deverão estar em consonância com o plano municipal de saneamento básico. As ações preventivas servem para minimizar os riscos de acidentes, além de orientar os setores responsáveis a controlar e solucionar os impactos causados por alguma situação crítica não esperada. A seguir são apresentadas ações de emergência e contingência a serem adotadas pelos prestadores dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem urbana. O Quadro 121 foi complementado com as ações preventivas para riscos de alagamentos, enchentes e enchurradas apontados no Plano de Emergência e Proteção (PLACONP) da Defesa Civil do Município de Resende atualizada no dia 20/09/2014.

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264

Quadro 117 – Riscos potenciais – abastecimento de água potável 1. Falta de água generalizada Origem

     

Plano de contingência/emergência Comunicação à população, instituições, autoridades e defesa civil. Reparo dos equipamentos. Comunicação às autoridades e defesa civil. Evacuação do local e isolamento da área como meio de evitar acidentes. Comunicação à operadora em exercício de energia elétrica. Acionar gerador alternativo de energia. Comunicação à Polícia Militar e a responsável pela prestação de serviço Ações de vandalismo. Reparo das instalações danificadas. Controle da água disponível em reservatórios. Situação de seca, vazões críticas de mananciais. Deslocamento de grande frota de caminhões tanque. Ação com a gestão de recursos hídricos para controle da demanda. Verificação periódica e adequação do plano de ação de interrupção às Qualidade inadequada da água dos mananciais, contaminação por acidentes características da ocorrência. como derramamento de substâncias tóxicas na bacia de captação.  Implementação de rodízio de abastecimento. 2. Falta de água parcial ou localizada Inundação das captações de água com danificação de equipamentos eletromecânicos e estruturas. Deslizamento de encostas, movimentação do solo, solapamento de apoios de estruturas com arrebentamento da adução de água bruta. Interrupção prolongada no fornecimento de energia elétrica nas instalações de produção de água.

           

Origem 

Deficiência de água nos mananciais em períodos de estiagem.



Interrupção temporária no fornecimento de energia elétrica nas instalações de produção de água.



Interrupção no fornecimento de energia elétrica em setores de distribuição.



Danificação de equipamentos de estações elevatórias de água tratada.



Danificação de estruturas de reservatórios e elevatórias de água tratada.



Rompimento de redes e linhas adutoras de água tratada.



Ações de vandalismo.

      

Plano de contingência/emergência Comunicação à população, instituições, autoridades, defesa civil. Deslocamento de frota de caminhões tanque. Comunicação à operadora em exercício de energia elétrica. Acionar gerador alternativo de energia. Comunicação à operadora em exercício de energia elétrica. Acionar gerador alternativo de energia. Reparo dos equipamentos danificados.

      

Transferência de água entre setores de abastecimento. Controle da água disponível em reservatórios. Implantação de rodízio. Reparo das linhas danificadas. Comunicação à Polícia Militar e a responsável pela prestação de serviço Reparo das instalações danificadas Reparo das instalações danificadas.

(continua)

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265 3. Aumento da demanda temporária

Origem

Plano de contingência Registro estatístico do afluxo da população flutuante. Registro dos consumos e da distribuição espacial do mesmo. Alerta à população para controle do consumo e reservação domiciliar de água. Articulação dos diferentes órgãos envolvidos nos eventos. Plano de manobras e atendimento às áreas de maior demanda. Disponibilidade de frota de caminhões tanque. Equipamento reserva e de contingências para falta de energia (uso de geradores).  Sistematização dos custos e investimentos necessários para cobrir a demanda.  Cálculo tarifário e quantificação das receitas e subsídios necessários.  Negociação com as partes interessadas para cobrança temporária dos serviços. 4. Paralisação da ETA       



Monitoramento da demanda.



Plano de comunicação.



Estratégia de operação.



Mecanismo tarifário para demanda temporária.

Origem 

Vazamento de cloro nas instalações de tratamento de água.



Ações de vandalismo.



Interrupção temporária no fornecimento de energia elétrica na ETA.



Danificação de equipamentos eletromecânicos ou estruturas.



Rompimento das adutoras de água bruta ou de água tratada.

         

Plano de contingência/emergência Reparo das instalações. Acionamento de pessoal treinado e capacitado para o uso de máscara e outros equipamentos necessários para corrigir a situação. Comunicação à Polícia Militar e a responsável pela prestação de serviço Reparo das instalações danificadas. Comunicação à operadora em exercício de energia elétrica. Acionar gerador alternativo de energia. Comunicar a responsável pela prestação dos serviços. Comunicar a responsável pela prestação dos serviços Instalar equipamentos reserva. Comunicar a responsável pela prestação dos serviços. Executar reparo da área danificada com urgência.

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266

Quadro 118 – Ações de controle operacional e manutenção – abastecimento de água potável Programa

Ações 





Controle dos mananciais.

Controle das instalações.



Controle dos equipamentos.



Monitoramento do sistema distribuidor.



Gestão da manutenção.



Prevenção de acidentes nos sistemas.

              

    

Controle das áreas de recarga de mananciais subterrâneos: níveis de rebaixamento, tempo diário de funcionamento. Limitações aos usos do solo na bacia de captação superficial: registro de produtos químicos utilizados, controle de atividades humana e das descargas de água residuárias. Fiscalização regular na bacia hidrográfica contra atividades poluidoras. Realização de medição na captação, entrada e saída da ETA. Monitoramento à distância do bombeamento da captação. Monitoramento à distância dos principais pontos de controle da ETA e do bombeamento da elevatória de água tratada. Qualidade nos mananciais e controle sanitário da bacia a montante. Qualidade da água distribuída conforme legislação vigente. Horas trabalhadas e consumo de energia. Corrente, tensão, vibração e temperatura. Controle de equipamento reserva. Vazões encaminhadas aos setores. Pressão e regularidade na rede. Programação de limpeza e desinfecção periódica dos reservatórios. Cadastro de equipamentos e instalações. Programação de:  manutenção preventiva.  manutenção preditiva em equipamentos críticos.  limpeza periódica em coletores e ramais críticos.  limpeza periódica de elevatórias e na ETE. Registro permanente do histórico das manutenções. Plano de ações nos casos de incêndio. Plano de ação nos casos de vazamento de cloro. Plano de ação nos casos de outros produtos químicos. Gestão de riscos ambientais em conjunto com órgãos do meio ambiente

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267

Quadro 119 – Riscos potenciais – esgotamento sanitário







1. Extravasamento de esgoto em ETE por paralisação do funcionamento desta unidade de tratamento Origem Plano de contingência/emergência  Acionar gerador alternativo de energia.  Instalar tanque de acumulação e amortecimento do esgoto extravasado com Interrupção no fornecimento de energia elétrica nas instalações internas de o objetivo de evitar poluição do solo e água. bombeamento.  Comunicar a responsável pela operadora do serviço de esgotos e a PM.  Comunicar a concessionária de energia, a interrupção do fornecimento.  Comunicar a responsável pela prestação do serviço de esgotos e a PM.  Comunicar aos órgãos de controle ambiental os problemas com os Danificação de equipamentos eletromecânicos ou estruturas. equipamentos e a possibilidade de ineficiência e paralisação das unidades de tratamento.  Instalar equipamento reserva.  Comunicar o ato de vandalismo à Polícia Militar e a responsável pela prestação de serviço. Ações de vandalismo.  Executar reparo das instalações danificadas com urgência. 2. Extravasamento de esgoto em estações elevatórias Origem







Interrupção no fornecimento de energia elétrica nas instalações de bombeamento.

     

Danificação de equipamentos eletromecânicos ou estruturas.   Ações de vandalismo.



Plano de contingência Comunicar a responsável pela prestação do serviço de esgotos e a PM. Comunicar à concessionária de energia a interrupção de energia. Acionar gerador alternativo de energia. Instalar tanque de acumulação do esgoto extravasado com o objetivo de evitar contaminação do solo e água. Comunicar a responsável pela prestação do serviço de esgotos e a PM. Comunicar aos órgãos de controle ambiental os problemas com os equipamentos e a possibilidade de ineficiência e paralisação das unidades de tratamento. Instalar equipamento reserva. Comunicar o ato de vandalismo à Polícia Militar e a responsável pela prestação de serviço Executar reparo das instalações danificadas com urgência.

(continua)

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268

3. Rompimento de coletores, interceptores e emissários. Origem 

Desmoronamento de taludes ou paredes de canais.



Erosões de fundo de vale.



Rompimento de pontos para travessia de veículos.

Plano de contingência      

Comunicar a responsável pela prestação do serviço de esgotos e a PM. Executar reparo da área danificada com urgência. Sinalizar e isolar a área como meio de evitar acidentes. Comunicar a responsável pela prestação do serviço de esgotos e a PM. Executar reparo da área danificada com urgência. Comunicar aos órgãos de controle ambiental sobre o rompimento em alguma parte do sistema de coleta de esgoto.  Sinalizar e isolar a área como meio de evitar acidentes.  Comunicar a responsável pela prestação do serviço de esgotos e a PM.  Comunicar as autoridades de trânsito sobre o rompimento da travessia.  Sinalizar e isolar a área como meio de evitar acidentes.  Executar reparo da área danificada com urgência.  Comunicar aos órgãos de controle ambiental sobre o rompimento em alguma parte do sistema de coleta de esgoto. 4. Ocorrência de retorno de esgoto nos imóveis.

Origem

Plano de contingência  



Obstrução em coletores de esgoto.



Lançamento indevido de águas pluviais na rede de esgoto e vice-versa.

    

Comunicar a responsável pela prestação do serviço de esgotos e a PM. Isolar o trecho danificado do restante da rede com o objetivo de manter o atendimento das áreas não afetadas pelo rompimento. Executar reparo das instalações danificadas com urgência Executar trabalho de limpeza e desobstrução. Comunicar a responsável pela prestação do serviço de esgotos e a PM. Comunicar a Vigilância Sanitária. Ampliar a fiscalização e o monitoramento das redes de esgoto e de captação de águas pluviais com o objetivo de identificar ligações clandestinas, regularizar a situação e implantar sistema de cobrança de multa e punição para reincidentes.

(continua)

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269

5. Vazamentos e contaminação de solo, cursos hídricos ou lençol freáticos por fossas. Origem



Rompimento, extravasamento, vazamento ou infiltração de esgoto por ineficiência de fossas.

      





Construção de fossas inadequadas e ineficientes.

Inexistência ou ineficiência do monitoramento.

    

Plano de contingência Comunicar a Vigilância Sanitária. Comunicar a responsável pela prestação do serviço de esgotos e a PM Promover o isolamento da área e contenção do resíduo com o objetivo de reduzir a contaminação. Conter vazamento e promover a limpeza da área com caminhão limpa fossa, encaminhando o resíduo para a ETE. Executar reparo das instalações danificadas. Comunicar a Vigilância Sanitária. Exigir a substituição das fossas negras por fossas sépticas e sumidouros ou ligação do esgoto residencial à rede pública nas áreas onde existe esse sistema. Comunicar a responsável pela prestação do serviço de esgotos e a PM Implantar programa de orientação quanto à necessidade de adoção de fossas sépticas em substituição às fossas negras e fiscalizar se a substituição está acontecendo nos prazos exigidos. Comunicar a Vigilância Sanitária. Comunicar a responsável pela prestação do serviço de esgotos e a PM Ampliar o monitoramento e fiscalizar os equipamentos na área urbana e na zona rural, principalmente nas fossas localizadas próximas aos cursos hídricos e pontos de captação subterrânea de água para consumo humano.

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270

Quadro 120 – Ações de controle operacional e manutenção – esgotamento sanitário Programa

Ações  



Controle das condições do tratamento



Controle dos equipamentos.



Gestão da manutenção



Prevenção de acidentes nos sistemas

      

  

Realização de medição de vazões e carga orgânica na entrada da ETE. Monitoramento à distância ao menos da vazão dos principais pontos de controle da ETE e do bombeamento da EE final. Acompanhar a qualidade do efluente tratado conforme legislação vigente. Monitorar o destino dos resíduos de gradeamento e caixa de areia, bem como dos lodos primários e secundários, conforme o caso. Registro de horas trabalhadas e consumo de energia Controle e correção de variações de tensão, vibração e temperatura Controle de equipamentos de reserva. Cadastro de equipamentos e instalações. Programação de:  manutenção preventive;  manutenção preditiva em equipamentos críticos;  limpeza periódica em coletores e ramais críticos;  limpeza periódica de elevatórias e na ETE. Registro permanente do histórico das manutenções Plano de ação no caso de incêndio Gestão de riscos ambientais em conjunto com órgãos do meio ambiente

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271

Quadro 121 – Riscos potenciais – drenagem e manejo de águas pluviais urbanas Ocorrência

Plano de contingência/emergência  



Situações de alagamento, problemas relacionados à microdrenagem.

    





Inundações, enchentes e enchurradas provocadas pelo transbordamento de rios, córregos ou canais de drenagem.

Inexistência ou ineficiência da rede de drenagem urbana.



Presença de materiais de grande porte, como carcaças de eletrodomésticos, móveis ou pedras.



Assoreamento de bocas-de-lobo, bueiros e canais.

                 

Mobilizar os órgãos competentes para a realização da manutenção da microdrenagem. Acionar a autoridade de trânsito para que sejam traçadas rotas alternativas a fim de evitar o agravamento do problema. Acionar o técnico responsável designado para verificar a existência de risco à população (danos a edificações, vias, risco de propagação de doenças, etc.). Propor soluções para resolução do problema, com a participação da população e informando a mesma sobre a importância de se preservar o sistema de drenagem. Manutenção e/ou ampliação da rede de águas pluviais Criar sistema de monitoramento que possa identificar a priori a intensidade da enchente e acionar o sistema de alerta respectivo, bem como dar partida às ações preventivas, inclusive remoção da população potencialmente atingível. Comunicar o setor responsável (prefeitura ou defesa civil) para verificação de danos e riscos a população. Comunicar o setor de assistência social para que sejam mobilizadas as equipes necessárias e a formação dos abrigos. Estudo para controle das cheias nas bacias. Medidas para proteger pessoas e bens situados nas zonas críticas de inundação. Diminuindo o processo erosivo das margens. Desassoreamento dos rios e córregos. Instituição de sistema de alerta e alarme. Conscientização e treinamento da população de como agir (antes, durante e depois). Cadastrando famílias possivelmente afetadas em programas sociais e habitacionais. Verificar o uso do solo previsto para a região. Comunicar ao setor de planejamento a necessidade de ampliação ou correção da rede de drenagem. Comunicar ao setor de fiscalização para detecção do ponto de lançamento e regularização da ocorrência. Limpeza da boca-de-lobo. Aumentar o trabalho de conscientização da população sobre a utilização dos canais de drenagem. Comunicar o setor de manutenção sobre a ocorrência. Aumentar a eficiência e cobertura da limpeza pública. Comunicar o setor de manutenção sobre a ocorrência. Verificar se os intervalos entre as manutenções periódicas se encontram satisfatórios. Aumentar a eficiência e cobertura da limpeza pública.

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272

Quadro 122 – Ações de controle operacional e manutenção – drenagem urbana Programa

Ações 



Controle das condições de lançamento das águas pluviais.

 



Controle dos equipamentos.



Gestão da manutenção.



Prevenção de acidentes nos sistemas.

    

  

Realização de medição de vazões, carga orgânica e nutrientes nos pontos críticos de lançamento de águas pluviais em corpos receptores. Monitoramento a distância ao menos da vazão dos principais pontos de controle da rede de drenagem. Monitorar o destino dos resíduos retirados das estruturas hidráulicas, conforme o caso. Registro de horas trabalhadas e consumo de energia. Controle e correção de variações de tensão, vibração e temperatura. Controle de equipamentos de reserva. Cadastro de equipamentos e instalações. Programação de:  manutenção preventiva.  manutenção preditiva em equipamentos críticos.  limpeza periódica em coletores e ramais críticos.  limpeza periódica de galerias e bueiros. Registro permanente do histórico das manutenções. Plano de ação no caso de incêndio. Gestão de riscos ambientais em conjunto com órgãos do meio ambiente

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273

11. FONTES POSSÍVEIS DE FINANCIAMENTO PARA O SANEAMENTO Os recursos destinados ao saneamento básico, no âmbito do mercado interno de recursos financeiros, provem em sua maior parte, dos recursos do FGTS, aportes do BNDES e outras fontes de recursos, como os obtidos pela cobrança pelo uso da água. Existem, também, os Programas do Governo Estadual, e outras fontes externas de recursos de terceiros, representadas pelas agências multilaterais de crédito, tais como: o Banco Mundial (BIRD), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Japonês (JBIC), os mais importantes, de acesso mais restrito aos agentes prestadores dos serviços. Porém, a fonte primária de recursos para o setor se constitui nas tarifas, taxas e preços públicos. Estes se constituem na principal fonte de canalização de recursos financeiros para a exploração dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, que, além de recuperar as despesas de exploração dos serviços, podem gerar um excedente que fornece a base de sustentação para alavancar investimentos, quer sejam com recursos próprios e/ou de terceiros. Nas demais vertentes do saneamento básico, representadas pelos resíduos sólidos e drenagem, que ainda funcionam de forma incipiente no estado, em termos de uma organização mais efetiva, visando à melhoria do meio ambiente, deve predominar as taxas, impostos específicos ou gerais. A seguir apresenta-se um quadro resumo das principais fontes de captação de recursos financeiros para as ações necessárias no âmbito do saneamento básico nos municípios. Particularmente para Resende, há mais facilidade em obter recursos provenientes do BNDES.

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274

Quadro 123 – Fontes de financiamento FONTES PRÓPRIAS  

Tarifas, taxas e preços públicos; Transferências e subsídios. FONTES DO GOVERNO FEDERAL

 

Recursos do FGTS; Recursos da OGU;  Ministério das Cidades,  Funasa.  BNDES; Ministério da Justiça:  FDDD. FONTES DO GOVERNO ESTADUAL



   

FUNDRHI; Recursos orçamentários próprios do município Recursos de operação. FECAM: OUTRAS FONTES

 Financiamentos internacionais;  Participação do capital privado;  Proprietário de imóvel urbano - Contribuição de melhoria  Proprietário de imóvel urbano - Plano comunitário de melhoria;  Expansão urbana. Fonte: Vallenge, 2013

11.1. FONTES PRÓPRIAS

O sistema de tarifas, taxas e preços públicos são as fontes primárias para o financiamento das ações do saneamento básico. As tarifas, taxas e preços públicos devem, além de recuperar os custos operacionais, gerar um excedente para alavancar investimentos, quer sejam diretos (recursos próprios) e/ou com financiamentos, para compor a contrapartida de empréstimos e o posterior pagamento do serviço da dívida. O sistema de tarifas, taxas e preços públicos tem sempre uma restrição básica na capacidade de pagamento da população e, além disso, por se tratar de um serviço essencial a ser estendido a todos os munícipes, deve-se contemplar algum nível de subsídio, os quais assumem três modalidades. Subsídios à oferta, no qual o poder público transfere recursos do orçamento fiscal para financiar a implantação, expansão ou ampliação dos sistemas de saneamento básico, indo até o financiamento de parte ou do total da operação e manutenção dos sistemas, onde existir baixa sustentabilidade financeira, o que ocorre, em geral, nos municípios de pequeno porte. Subsídios à demanda, através do qual o poder público transfere diretamente ao usuário parte ou toda a cobrança pelos serviços dirigidos a ele, de acordo com critérios de

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275

necessidade estabelecidos a priori. Este é pouco difundido no sistema brasileiro de financiamento do saneamento básico. Estas duas modalidades de subsídios provem do orçamento fiscal das unidades federadas e, portanto o financiamento do sistema depende de toda a sociedade que paga impostos. As diretrizes para a cobrança pelos serviços de saneamento básico estão definidas na Lei 11.445/2007. A sustentabilidade financeira dos empreendimentos em saneamento básico está fortemente correlacionada com os conceitos e diretrizes expostos, onde deve estar sempre presente os aspectos de eficiência, alocativa e técnica, na prestação dos serviços consubstanciados em bases econômicas de custo de oportunidade, escolhendo-se a tecnologia mais adequada às possibilidades financeiras da comunidade, cuja finalidade mor consiste na melhoria ambiental com reflexos sobre a qualidade de vida e de saúde da população beneficiada. A outra modalidade são os subsídios cruzados onde os custos dos serviços são rateados entre os usuários do sistema de saneamento básico, em proporções diferentes, mediante critérios que reproduzam a diferenciação de renda da comunidade beneficiada. Esta modalidade é bastante utilizada no sistema tarifário dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, mediante a classificação dos usuários em categorias e faixas de consumo.

11.2. FONTES DO GOVERNO FEDERAL

As fontes de financiamento do governo federal são descritas a seguir. Trata-se de pleito a ser realizado pelo município junto à União para inserção no orçamento federal de valores, justificado mediante projetos, para aplicação em melhorias no município.

11.2.1. Recursos do fundo de garantia por tempo de serviço “Saneamento Para Todos”

Com o programa Saneamento para Todos, que visa financiar empreendimentos ao setor público e ao setor privado, a Caixa Econômica Federal apoia o poder público na promoção à melhoria das condições de saúde e da qualidade de vida da população urbana, promovendo

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276

ações de saneamento básico, integradas e articuladas com outras políticas setoriais. Os recursos do programa são oriundos do FGTS e da contrapartida do solicitante. O programa se destina ao: 

Setor Público - estados, municípios, Distrito Federal, concessionárias públicas de saneamento, consórcios públicos de direito público e empresas públicas não dependentes.



Setor Privado - concessionárias ou sub-concessionárias privadas de serviços públicos de saneamento básico, ou empresas privadas, organizadas na forma de SPE para o manejo de resíduos sólidos e manejo de resíduos da construção e demolição.

a)

Modalidades: Abastecimento

de

água;

esgotamento

sanitário;

saneamento

integrado;

desenvolvimento institucional; manejo de águas pluviais; manejo de resíduos sólidos; mecanismo de desenvolvimento limpo no âmbito do Tratado de Quioto; manejo de resíduos da construção e demolição; preservação e recuperação de mananciais; estudos e projetos.

b)

Condições de financiamento Contrapartida mínima: em operações com o setor público, o valor correspondente à

contrapartida mínima é de 5% do valor do investimento, exceto na modalidade abastecimento de água, onde a contrapartida mínima é de 10%. Em operações com o setor privado, o valor correspondente à contrapartida mínima é 20% do valor do investimento.

c)

Prazos De carência: correspondente ao prazo originalmente previsto para a execução de todas

as etapas calculadas para o cumprimento do objeto contratual, acrescido de até 4 meses, limitado a 48 meses contados a partir da assinatura do contrato de financiamento, sendo permitida a prorrogação por até metade do prazo de carência originalmente pactuado. De amortização: contados a partir do término da carência em: - Até 240 meses nas modalidades de abastecimento de água, esgotamento sanitário e manejo de águas pluviais e saneamento integrado; - Até 180 meses nas modalidades manejo de resíduos sólidos, manejo de resíduos da construção e demolição; - Até 120 meses nas modalidades de desenvolvimento institucional e preservação e recuperação de mananciais; - Até 60 meses na modalidade de estudos e projetos. Da realização do 1º desembolso: O 1º desembolso deve ocorrer em até 12 meses

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

277

contados da assinatura do contrato.

d)

Encargos financeiros Juros: definido à taxa nominal de 6% a.a., exceto para a modalidade Saneamento

Integrado que possui taxa nominal de 5,0% a.a. Remuneração CAIXA: 2% sobre o saldo devedor.

e)

Taxa de Risco de Crédito Definida conforme a análise cadastral do solicitante, limitado a 1% a.a. O interessado em participar do programa deve, desde que aberto o processo de seleção

pública pelo Ministério das Cidades, preencher ou validar a Carta-Consulta eletrônica disponibilizada no sítio daquele ministério na internet. Uma via impressa da Carta-Consulta deve ser entregue na Superintendência Regional de vinculação do solicitante, acompanhada de todos os anexos relacionados, como a documentação necessária à análise de risco de crédito e a do projeto básico do empreendimento, juntamente com as demais peças de engenharia e trabalho técnico social necessário às análises técnicas pertinentes. Em conjunto com a Superintendência Regional, o solicitante, quando estado, município ou Distrito Federal, envia à Secretaria do Tesouro Nacional a documentação constante do Manual de Instrução de Pleitos daquela secretaria com vistas à obtenção da autorização de crédito.

11.2.2. Orçamento Geral da União – OGU

Os recursos não onerosos para o município, destinados ao setor de saneamento e contidos no OGU, são mobilizados por meio de diretrizes contidas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2), por meio do Ministério das Cidades e da FUNASA. Ministério das Cidades

a)

Participantes



Ministério das Cidades – planejar, regular e normatizar a aplicação dos recursos;



Caixa Econômica Federal – Operacionalizar o programa;



Entes Federados – municípios, estados, Distrito Federal e consórcios públicos.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

278

Para efeito de aplicação dos recursos do PAC2 o país foi dividido em grupos de acordo com a concentração da população em regiões metropolitanas e porte dos municípios em termos populacionais. 

Grupo 1 – Regiões Metropolitanas e municípios com população superior a 70 mil habitantes nas regiões norte, nordeste e centro oeste e superior a 100 mil habitantes nas regiões sul e sudeste;



Grupo 2 – Municípios com população entre 50 a 70 mil habitantes, nas regiões: norte, nordeste e centro oeste e municípios com população entre 50 e 100 mil habitantes nas regiões sul e sudeste;



Grupo 3 – Municípios com população inferior a 50 mil habitantes, em qualquer região.

b)

Contrapartida: A contrapartida, como percentagem dos investimentos, é definida para recursos

destinados a municípios, estados e ao Distrito Federal em função do IDH, de acordo com o Quadro 124, a seguir. Quadro 124 – Contrapartida - Orçamento Geral da União Descrição Municípios

Estado e Distrito Federal

% do Investimento

IDH

2

=0,5

3

> 0,5 e 0,6 e 0,7 e 0,8

10

0,7 e 0,8

Fonte: Vallenge, 2013

c)

Encaminhamento: Os pedidos devem ser encaminhados através da Secretaria Nacional de Saneamento

do Ministério das Cidades apoiados na Portaria 40 de 31 de janeiro de 2011, que aprovou o manual de instruções para contratação e execução das ações do Ministério das Cidades inseridas na segunda fase do PAC2.

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

279

Fundação Nacional da Saúde (FUNASA)

Os recursos alocados no OGU para a FUNASA aplicar nos setores de abastecimento de água e esgotamento sanitário, se destinam, prioritariamente, aos municípios com menos de 50 mil habitantes (IBGE, 2010), exceto os municípios das Regiões Metropolitanas, mediante os seguintes critérios de priorização: 

Municípios que contam com projetos de engenharia devidamente elaborados e com plena condição de viabilidade das obras;



Municípios que contam com gestão estruturada de serviços públicos de saneamento básico com entidade ou órgão especializado, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista, consórcio público, e concessão regularizada, nos casos em que couber;



Complementação de empreendimentos inseridos na primeira fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC1);



Empreendimentos que promovam a universalização do abastecimento de água;



Municípios com elevado risco de transmissão de doenças relacionadas à falta ou inadequação das condições de saneamento, em especial, esquistossomose, tracoma e dengue, conforme classificação do Ministério da Saúde;



Municípios com menores IDH;



Municípios com menores índices de abastecimento de água;



Municípios com maiores Taxas de Mortalidade Infantil (TMI), segundo dados do Ministério da Saúde;



Municípios inseridos nos bolsões de pobreza identificados pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS);



Municípios que possuam Plano Municipal de Saneamento, elaborado ou em elaboração, nos moldes de Lei Federal 11445/2007;



Municípios com dados atualizados no SNIS (2009).

As propostas hierarquizadas serão submetidas ao Grupo Executivo do Programa de Aceleração do Crescimento (GEPAC) e pré-selecionadas em função da demanda apresentada e da disponibilidade de recursos constantes das Leis Orçamentárias de 2010 e 2011. Para detalhes adicionais vide Portaria da FUNASA 314 de 14 de junho de 2011.

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11.2.3. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES

O BNDES atua no financiamento de projetos e programas do saneamento básico atendendo entidades de direito público e de direito privado. A seguir mostra-se uma descrição dos projetos que são financiáveis, quem pode participar e condições gerais dos financiamentos. a)

Projetos Financiáveis: Abastecimento de água; esgotamento sanitário; efluentes e resíduos industriais; resíduos

sólidos; gestão de recursos hídricos, tecnologias e processos, bacias hidrográficas; recuperação

de

áreas

ambientalmente

degradadas;

desenvolvimento

institucional;

despoluição de bacias, em regiões onde já estejam constituídos Comitês; e macrodrenagem. b)

Participantes: Sociedades com sede e administração no país, de controle nacional ou estrangeiro,

empresários individuais, associações, fundações e pessoas jurídicas de direito público. c)

Contrapartida: A participação máxima do BNDES nos itens financiáveis dos projetos é de 80%, podendo

ser ampliada para 100% nos seguintes casos: 

O cliente que tenha arcado com os custos referentes à aquisição do terreno destinado ao

referido projeto, 180 dias anteriores à data de protocolo da Consulta Prévia no BNDES; e 

Esteja contemplada uma solução de tratamentos dos resíduos, como compostagem,

mass burning, aproveitamento energético, plantas de blendagem de resíduos, transformação de resíduos em matéria-prima, dentre outros. d)

Condições Financeiras Quadro 125 – Condições financeiras – BNDES Custos Financeiros

a) Custo Financeiro (***) b) Remuneração Básica do BNDES

Apoio Direto (*)

Apoio Indireto (**)

TJLP

TJLP

0,9% a.a.

0,9 % a.a.

c) Taxa de Intermediação Financeira (****)

-

0,5 %

d) Taxa da Instituição Financeira Credenciada

-

(*****)

e) Taxa de Risco de Crédito (******) Até 3,57 % a.a. (*) Operação feita diretamente com o BNDES; (**) Operação feita por meio de instituição financeira credenciada; (***) Calculada com base na meta de inflação para o ano seguinte e mais um prêmio de risco; (****) Somente para grandes empresas. As MPEM’s estão isentas; (*****) Negociada pelo cliente junto à instituição financeira credenciada; e (*****) Varia de acordo com o risco de crédito do cliente; e de 1% a. a. para Administração Pública Direta dos Estados e Municípios.

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11.2.4. Ministério da justiça

O Ministério da Justiça por meio do Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos, seleciona, por meio de edital, projetos das áreas de meio ambiente, proteção e defesa do consumidor e promoção e defesa da concorrência, patrimônio cultural brasileiro e outros direitos difusos e coletivos.

Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDDD)

O FDDD foi criado pela Lei Federal 7.347/1985, denominada lei da ação civil pública, e é constituído primordialmente por recursos financeiros de condenações judiciais e multas resultantes das lesões ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica e a outros interesses difusos e coletivos. As entidades poderão apresentar projetos visando a recuperação do bem ambiental lesado, promoção de eventos educativos e científicos ou edição de material informativo especificamente relacionado com a natureza das infrações ou danos causados ao meio ambiente e a outros direitos difusos. a)

Público Alvo: O público alvo são as instituições governamentais da administração direta ou indireta,

nas diferentes esferas do governo (federal, estadual e municipal) e organizações não governamentais brasileiras, sem fins lucrativos e que tenham em seus estatutos objetivos relacionados à atuação no campo do meio ambiente, do consumidor, de bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico ou paisagístico e por infração à ordem econômica.

b)

Finalidade: A finalidade deste fundo reside na reparação dos danos causados ao meio ambiente,

ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico, paisagístico, bem como aqueles ocasionados por infração à ordem econômica e a outros interesses difusos e coletivos. Serão apoiados projetos de manejo e gestão de resíduos sólidos que incentivem o gerenciamento dos resíduos sólidos em áreas urbanas e rurais, contribuam para a implantação de políticas municipais ambientalmente corretas ou que promovam ações de redução, reutilização e reciclagem do lixo.

c)

Contrapartida: A contrapartida é um requisito indispensável para a aprovação dos projetos e poderá se

dar em forma de prestação pecuniária e/ou bens e serviços mensuráveis economicamente. O

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percentual da contrapartida decorrerá da Lei de Diretrizes Orçamentárias, podendo ser alterada anualmente, de acordo com a legislação em vigor à época da celebração do convênio.

d)

Encaminhamento: Os procedimentos e diretrizes técnicas para a apresentação e análise de projetos serão

direcionados ao Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (CFDD), criado através da Lei 9.008/1995, órgão vinculado ao Ministério da Justiça e criado para gerir o FDDD. Para receber apoio financeiro do Fundo é necessário apresentar Carta-Consulta, conforme modelo e procedimentos divulgados pelo Ministério da Justiça. As entidades contempladas atuam diretamente na defesa dos direitos difusos, como a preservação e recuperação do meio ambiente, a proteção e defesa do consumidor, a promoção e defesa da concorrência, a conservação do patrimônio cultural brasileiro, prevenção de trabalho escravo, promoção da igualdade racial, entre outros.

11.3. FONTES DO GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

As fontes de financiamento do governo do Estado do Rio de Janeiro são descritas a seguir.

11.3.1. Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FUNDRHI

A Política Estadual de Recursos Hídricos, instituída por meio da Lei 3.239/1999, autorizou a criação do FUNDRHI, de natureza e individualização contábeis, vigência ilimitada, destinado a desenvolver os programas governamentais de recursos hídricos. O FUNDRHI é destinado ao financiamento da implementação dos instrumentos de gestão de recursos hídricos no domínio do Estado do Rio de Janeiro, desenvolvimento das ações, programas e projetos de recuperação, decorrentes dos planos de bacia hidrográfica e dos programas governamentais de recursos hídricos que mantenham a compatibilização entre os usos múltiplos e competitivos da água.

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As principais fontes de receitas do FUNDRHI têm sido a cobrança pelo uso de recursos hídricos e o repasse da compensação financeira sobre a geração de energia nas bacias hidrográficas do estado. Entre as outras fontes de recursos possíveis estão as dotações do orçamento geral do estado, da União ou dos municípios; multas decorrentes de ações sobre uso de recursos hídricos ou entorno, e parcelas de cobranças de passivos ambientais referentes aos recursos hídricos. De acordo com o artigo 5º do Decreto Estadual 32.767/2003, os valores arrecadados com a cobrança pelos usos de recursos hídricos sujeitos à outorga, inscritos com receita do FUNDRHI, serão aplicados na região ou na bacia hidrográfica em que foram gerados, e utilizados em: I - financiamento de estudos, programas, projetos e obras incluídos nos respectivos PBH'S, inclusive para proteção de mananciais ou aquíferos; II - custeio de despesas de operação e expansão da rede hidrometeorológica e de monitoramento da qualidade de água, de capacitação de quadros de pessoal em gerenciamento de recursos hídricos e de apoio à instalação do Comitês de Bacias Hidrográficas (CBH); III - pagamento de perícias realizadas em ações civis públicas ou populares, cujo objeto seja relacionado à aplicação desta lei e à cobrança de passivos ambientais, desde que previamente ouvido o respectivo CBH; Parágrafo único - As despesas previstas nos inciso I e II deste artigo, estarão limitadas a 10% (dez por cento) do total arrecadado.

Além disso, os recursos do FUNDRHI poderão ser aplicados como empréstimos sem retorno, na forma de contrapartida em investimento, ou com empréstimo com condições financeiras determinadas, conforme decisão dos CBHs, em programas, projetos, obras e ações que alterem a qualidade, quantidade ou regime de vazão de um corpo de água.

11.3.2. FECAM

Como visto nos investimentos, o FECAM foi criado pela Lei Estadual 1.060/1986, com o objetivo de atender às necessidades financeiras de projetos e programas ambientais e de desenvolvimento urbano em consonância com o disposto no parágrafo 3º do artigo 263 da Constituição Estadual do Rio de Janeiro.

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Os recursos do FECAM, cerca de R$ 300 milhões/ano, são oriundos, dentre outros, de 5% dos royalties do petróleo, atribuídos ao Estado do Rio de Janeiro, bem como do resultado de multas administrativas aplicadas e condenações judiciais por irregularidade constatadas pelos órgãos fiscalizadores do meio ambiente.

11.3.3. Recursos Próprios do Município

Os recursos próprios do município provêm da geração de recursos tarifários e são compostos por receitas menos despesas para: 

Investimentos diretos;



Contrapartidas de financiamentos;



Reposição do parque produtivo;



Garantias financeiras de financiamentos;



Recursos orçamentários municipais.

11.3.4. Recursos Oriundos da Operação

Prevê-se que estes recursos são gerados internamente através da cobrança de tarifa de exploração dos sistemas. 

Tarifas com nível suficiente para cobertura das despesas de operação, manutenção,

comercialização e administração. 

Eficiência operacional, administrativa e comercial.

11.4. OUTRAS FONTES

A seguir são descritas outras fontes que viabilizam os financiamentos.

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11.4.1. Financiamentos internacionais

Obtenção de financiamentos junto às organizações internacionais através de empréstimos oriundos de entidades multilaterais de crédito, como: 

Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID);



Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD);



Banco Japonês de Cooperação Internacional (JBIC). Em geral, as condições financeiras, em termos de taxa de juros, são mais favoráveis se

comparadas aos empréstimos do mercado nacional, porém, o acesso é limitado a grandes empreendimentos e sujeitos a riscos cambiais.

11.4.2. Participação do Capital Privado

Nas parcerias firmadas entre o poder público e a iniciativa privada, definidas no item 7, existem diversas formas de financiamento que a seguir são elencadas.

A.

Parceria Público-Privada (PPP) Definida como um contrato administrativo de concessão de serviços públicos regula-se

pela Lei Federal 1.079/2004. Possui dois tipos de modalidades: a chamada patrocinada e a administrativa. A PPP, na modalidade concessão patrocinada é uma concessão de serviços em que há patrocínio público à iniciativa privada. Geralmente os investimentos privados são financiados via BNDES, tesouro nacional, a juros baixos. A PPP na modalidade administrativa, o parceiro privado será remunerado unicamente pelos recursos públicos orçamentários. Os contratos de PPPs constituem mecanismo de alavancagem de recursos para projetos de infraestrutura de interesse social por meio de investimentos privados, especialmente para entes federativos com maiores restrições orçamentárias.

B.

Build-Own-Transfer (BOT), Build-Transfer-Operate (BTO) e Build-Own-Operate (BOO) Os contratos conhecidos como BOT, BTO e BOO são utilizados para a obtenção de

recursos privados para a construção de um novo sistema, como, por exemplo, estações de tratamento de água ou esgoto (SAVAS, 2000: 243-244).

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No caso de BOT, a empresa constrói, com recursos próprios, uma infraestrutura, e a opera por determinado período. Somente depois desse prazo, a propriedade é transferida para a administração pública. Um traço característico da BOT é a alocação do risco comercial junto ao poder público. Assim, ainda que parcela da remuneração do contratado seja atrelada à arrecadação de tarifas, o governo compromete-se a adquirir ao menos uma quantidade mínima de serviço, o que significa a garantia de um piso de remuneração para a empresa (PLUMMER e GENTRY, 2002: 201; SILVA, TYNAN e YILMAZ, 1999: 10). Os contratos de BTO e BOO são variações do BOT. Pelo contrato de BTO, o contratado financia e constrói a nova estrutura e imediatamente a transfere para o poder público, que, em seguida, a aluga para o contratado. A principal diferença no caso do BOO é a manutenção da propriedade privada sobre o sistema construído. Todavia, como a operação do sistema, ainda que privado, requer algum tipo de licença ou franquia por parte do poder público, a atividade poderá ser interrompida por ato do governo, que em seguida expropriará, mediante indenização, a infraestrutura. Assim, a diferença entre o BOO e outro modelo que imponha um prazo determinado para sua extinção na prática não é tão significativa (SAVAS, 2000: 247).

C.

Concessões Os contratos de concessão transferem para o contratado toda a operação e manutenção

do sistema e a responsabilidade de realizar os investimentos necessários por determinado período, durante o qual a empresa será remunerada por meio da cobrança de tarifas dos usuários. O poder público define regras sobre a qualidade dos serviços e composição das tarifas. Normalmente, a concessão tem por objeto a operação de um sistema já existente, sendo necessários, todavia, investimentos significativos para sua expansão ou reforma. O risco comercial nos casos de concessão, portanto, é suportado pelo contratado, e pode ser particularmente alto nos casos de instabilidade do câmbio. Como a tarifa é a principal forma de remuneração do contratado, sua composição e monitoramento são elementos centrais nos contratos de concessão. Aqui, vale destacar que os contratos de concessão requerem capacidade e constante compromisso por parte do poder público no monitoramento e controle de sua implementação.

11.4.3. Proprietário de imóvel urbano - contribuição de melhoria e plano comunitário de melhoria

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A contribuição de melhoria e o plano comunitário de melhoria são alternativas até então pouco utilizadas, de financiamento dos investimentos em infraestrutura urbana, aplicável para áreas urbanas já ocupadas que não dispõem destes serviços. A contribuição de melhoria é uma espécie do gênero tributo vinculado a uma atuação estatal, qual seja, a construção de obra pública que acarrete valorização imobiliária ao patrimônio do particular, desta forma, é um tributo decorrente de obra pública que gera valorização em bens imóveis do sujeito passivo. A realização de obras públicas, em regra, gera um efeito específico notável: determina o incremento no valor dos imóveis adjacentes e vizinhos. A hipótese de incidência da contribuição de melhoria é a construção de obra pública que acarrete valorização imobiliária ao patrimônio do particular. Sob este aspecto, o Código Tributário Nacional prescreve: Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal ou pelos municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

A realização de obras públicas, em regra, gera um efeito específico notável: determina o incremento no valor dos imóveis adjacentes e vizinhos. Esta valorização é algo de novo, que aconteceu como repercussão da obra, não se confunde com a obra, mas é efeito seu. É o fruto da combinação da obra com algo já existente, os imóveis que lhe são avizinhados. A contribuição de melhoria prevista na Constituição Federal/1988 no artigo 145, inciso I e regulamentada pelo Decreto-Lei 195/1967, tem como fato gerador o acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas beneficiadas direta ou indiretamente por obras públicas, e será devida quando ocorrer as hipóteses elencadas nos incisos do artigo 2º daquele decreto, ou seja, quando sobreviver qualquer das seguintes obras públicas: I - abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização, esgotos pluviais e outros melhoramentos de praças e vias públicas; II - construção e ampliação de parques, campos de desportos, pontes, túneis e viadutos; III - construção ou ampliação de sistemas de trânsito rápido inclusive todas as obras e edificações necessárias ao funcionamento do sistema; IV - serviços e obras de abastecimento de água potável, esgotos, instalações de redes elétricas, telefônicas, transportes e comunicações em geral ou de suprimento de gás, funiculares, ascensores e instalações de comodidade pública; V - proteção contra secas, inundações, erosão, ressacas, e de saneamento de drenagem em geral, diques, cais, desobstrução de barras, portos e canais, retificação e regularização de cursos d’água e irrigação; VI - construção de estradas de ferro e construção, pavimentação e melhoramento de estradas de rodagem;

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VII - construção de aeródromos e aeroportos e seus acessos; VIII - aterros e realizações de embelezamento em geral, inclusive desapropriações em desenvolvimento de plano de aspecto paisagístico.

No cenário atual, a contribuição de melhoria é aplicada nas obras de pavimentação em diversos municípios do Brasil, sedimentando a eficácia da sua aplicação. O artigo 2°, inciso V do Decreto supra citado traz a previsão de obras na área de saneamento e drenagem em geral. Nos últimos anos, alguns municípios estão implementando o Plano Comunitário de Melhoria. Sua principal diferença em relação à contribuição de melhoria é que o Plano Comunitário de Melhoria é um instrumento instituído pelo direito privado, por meio do qual contratante e contratado firmam um contrato, ou seja, é um acordo entre as partes. O Plano Comunitário de Melhoria é um instrumento jurídico idealizado para viabilizar a execução de obras e melhoramentos públicos de interesse do município e da comunidade, da qual participam a prefeitura municipal, os munícipes interessados na melhoria, empreiteira responsável pela obra e banco, como agência financeira. Nesta modalidade, a prefeitura se responsabiliza por definir os padrões técnicos de obras desejáveis em sua circunscrição, e em seguida, se encarrega de iniciar um processo licitatório para que empresas se cadastrem e concorram pelo direito de executar determinada obra. O cadastramento contém aspectos prevendo tipo de obra, preço, forma de cálculo, parcelamento, taxas de juros, dentre outros elementos. Em seguida, as empresas cadastradas, podem, de acordo com o estabelecido, procurar adesões dos munícipes nas áreas específicas para o início dos trabalhos. Na maioria dos lugares, quando as empresas conseguem 70% de adesão, iniciam-se as obras. Neste caso, a prefeitura pode estipular via legislação específica e garantia orçamentária, que será responsável por 30% do custo da obra. Deste modo, o poder público é responsável pelo pagamento de 30% do valor da obra, e os munícipes, através de contratos privados e individuais junto a uma empresa privada ou banco, enquanto agência financeira responsabilizam-se pelos outros 70%. No caso de não pagamento, a tramitação jurídica é entre as partes envolvidas, empreiteira e munícipe. Tanto a Contribuição de Melhoria quanto o Plano Comunitário de Melhoria são amplamente utilizados para pavimentação, drenagem, esgotamento e saneamento básico e iluminação pública.

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11.4.4. Expansão urbana

Com a criação da Lei Federal 6.766/1979, que regulamenta o parcelamento do solo urbano, foi transferido para o loteador/empreendedor na implantação de loteamentos, conjuntos habitacionais e loteamentos sociais, a responsabilidade pela construção da infraestrutura de saneamento, basicamente redes e ligações e, em certos casos, unidades de produção/tratamento. Os projetos de loteamento são aprovados pelo estado e pela municipalidade, em suas diversas secretarias como: planejamento, obras, saneamento, trânsito, meio ambiente e outras. Para que a prefeitura municipal autorize o início das obras, é solicitada ao loteador uma garantia real, nos termos da lei, a favor do município, que garante a execução das obras no prazo estipulado. Na hipótese do não cumprimento por parte do loteador, quanto ao término das obras, a garantia é exercida para que seja cumprida a entrega. Para a entrega definitiva do loteamento todas as obras exigidas e aprovadas pela Prefeitura Municipal têm que estar concluídas e aceitas por todas as secretarias supracitadas. Após o recebimento definitivo do loteamento, o poder público passa a assumir a responsabilidade pela operação e manutenção da infraestrutura e serviços públicos implantados.

11.4.5. Recursos oriundos da cobrança pelo uso da água - CEIVAP

A cobrança pelo uso da água é um dos instrumentos previstos na Lei Federal 9.433/1997 que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos. O objetivo deste instrumento é estimular o uso racional da água e gerar recursos financeiros para investimentos na recuperação e preservação dos mananciais da região. A cobrança não é um imposto, mas um preço público condominial, fixado a partir de um pacto entre usuários, poder público e sociedade civil, no âmbito do CBH. A Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul está inserida em três dos mais importantes estados brasileiros: Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, abrangendo 184 municípios. Atende aproximadamente 8,9 milhões de pessoas, incluindo a população da região metropolitana do Rio de Janeiro através da transposição das águas do Rio Paraíba do Sul para o Ribeirão das Lajes, localizado na região de Piraí.

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O Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (CEIVAP) foi criado em 1996, a fim de articular a gestão dos recursos hídricos e implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos, integrando as diferentes realidades existentes na bacia. Entre as suas diversas atribuições, o Comitê de Bacia deve, principalmente, promover ações relacionadas aos recursos hídricos, tais como, arbitrar em primeira instância a respeito dos conflitos, sugerir mecanismos de cobrança pelo seu uso e estabelecer valores a serem cobrados. Para promover a aplicação desses recursos financeiros torna-se necessário seguir uma diretriz, isto é, um planejamento que avalie as restrições e as potencialidades dos recursos hídricos na bacia. Este planejamento é encontrado no Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. Neste plano encontram-se as diretrizes para a implementação de programas e projetos na área da bacia com proposições de ações e metas de curto, médio e longo prazo, visando à conservação, proteção e recuperação não só de suas águas, mas do meio ambiente como um todo. Os recursos financeiros oriundos da cobrança pelo uso da água são repassados ao Comitê através de entidades delegatárias que exercem as funções de agência de bacia, conforme a Lei Federal 10.881, de 09 de junho de 2004. A agência delegatária do CEIVAP é a AGEVAP. A agência operacionaliza as decisões do Comitê e aplica os recursos financeiros provenientes da cobrança pelo uso da água, arrecadados pela Agência Nacional de Águas (ANA). Os recursos arrecadados são aplicados em prol da gestão integrada de recursos hídricos, visando à recuperação e proteção da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, em atendimento ao seu plano de recursos hídricos. Cabe ao CEIVAP determinar a forma de aplicação desses recursos financeiros.

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12. CONTROLE SOCIAL

A Lei 11.445/2007 define controle social como conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamentos e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico, diante disso, foram realizadas duas oficinas com a participação efetiva da sociedade para a elaboração do PMSB. As duas oficinas realizadas no município foram denominadas Oficina 1 – Leitura Comunitária e Oficina 2 – Visão de Futuro. Deve-se mencionar que foi criado pela Lei n.º 3.128/2014, o Conselho Municipal de Saneamento. Trata-se de um órgão colegiado de natureza consultiva, com a finalidade de promover a participação da sociedade na Agência reguladora SANEAR. Assim, além do PMSB, cada município precisa ter seu conselho municipal de saneamento, bem como legislação específica para o saneamento. O município de Resende está completando o cenário previsto na lei 11.445/07 ao concluir este PMSB e definir o conselho.

12.1. SEMINÁRIO LOCAL – OFICINA 1 – LEITURA COMUNITÁRIA

A Oficina 1 trata da leitura comunitária em sua forma essencial: a efetiva participação da comunidade na construção do PMSB, a partir de experiências vividas, memórias e conhecimentos. É a leitura clara do diagnóstico a partir da percepção pessoal. Conforme firmado na Reunião de Mobilização Social, realizada no dia 29 de maio de 2013, o município de Resende procedeu com a aplicação do questionário nos distritos e bairros distantes, a fim de levantar a atual situação do Saneamento Básico e mobilizar a participação popular no processo de construção do Plano. Este questionário foi criado pela Vallenge, conforme solicitação do próprio município. A Oficina 1 de Leitura Comunitária, foi realizada no dia 25 de julho de 2013, e contou com a presença de 14 pessoas que apontaram as deficiências em relação à prestação de serviços de saneamento básico, para as três vertentes: sistema de abastecimento de água potável; sistema de esgotamento sanitário e sistema de drenagem urbana de águas pluviais. Dentre as atividades para a realização desta oficina, o município disponibilizou para as associações de moradores um questionário prévio a ser entregue no dia da realização da oficina com o resultado dos pareceres dos munícipes, complementando os trabalhos da oficina, sendo entregue apenas três questionários e, por solicitação da prefeitura os trabalhos

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de pesquisa de opinião foram novamente disponibilizados para serem aplicados nos distritos. Todos os questionários respondidos foram tabulados e os resultados utilizados para completar o diagnóstico comunitário. Detalhes da Oficina 1 estão no Apêndice C.

12.2. SEMINÁRIO LOCAL – OFICINA 2 – VISÃO DE FUTURO

A Oficina 2 da Visão de Futuro, define o que a cidade pretende ser no futuro. Ela incorpora as ambições e aspirações da população e descreve o quadro futuro que se deseja atingir. Teve por objetivo criar um clima de envolvimento e comprometimento com o futuro do município, definindo como se deseja que a cidade seja vista e reconhecida; onde se almeja colocar a cidade; como incorporar as inovações necessárias para atender a visão. O resultado da oficina de visão de futuro indica os caminhos desejados para o município, definindo o cenário ideal em relação ao saneamento básico. Para que o objetivo e a visão sejam alcançados, a população tem consciência que deverão ser executadas uma série de ações, conforme demonstra o Quadro 126, a seguir. Detalhes da Oficina 2 encontram-se no Apêndice D. A Oficina 2, da Visão de Futuro definiu a necessidade da elaboração de programas, a fim de se alcançar os objetivos. O programa é um instrumento do planejamento que está relacionado com a logística de implantação das ações ou atividades planejadas, que ordena no tempo e espaço as atividades a serem desenvolvidas. O programa coloca sistematicamente, as “ações necessárias, no que se refere tanto ao planejamento como à execução das atividades propostas”, buscando atender os objetivos traçados, ou seja, o programa é o responsável para realizar as ações desejadas, cumprindo todos os objetivos e alcançando a meta desejável. Neste contexto, foram propostas as ações que segundo a análise da comunidade se fazem necessárias para se atingir a visão. Tais ações foram incorporadas ao PMSB, tornandose as ferramentas necessárias para a efetiva realização da visão de futuro, auxiliando o executivo na implantação do Plano, e proporcionando as condições necessárias para a realização de todas as etapas, de modo a assegurar à população, a prestação de serviços de Saneamento Básico com qualidade, regularidade, eficiência e segurança. A população participante da Oficina de Visão de Futuro do município de Resende definiu a visão com a frase: "Ser referência nacional em desenvolvimento sustentável, que respeita seu cidadão com prestação de serviços adequados de saneamento básico".

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Quadro 126 – Visão de futuro da comunidade RESENDE

VISÃO DE FUTURO - AÇÕES PROPOSTAS PELA COMUNIDADE AÇÕES

SEGMENTO

VISÃO ORGANISM DE O GESTOR FUTURO

SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS

SISTEMA DE COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

NASCENTES e POÇOS: Preservação, Identificar e controlar o uso dos poços,outorga CAPTAÇÃO: Licença, outorga, identificação, proteção, ampliação REDE: Manter em bom estado, ampliar seu alcance; Manutenção constante e substituição imediata dos trechos que estiverem funcionando de forma inadequada. TRATAMENTO (ETA): Ampliar conforme demanda futura; Investir no controle do processo; Garantir a qualidade, quantidade e regularidade da água fornecida. RESERVATÓRIO DE ÁGUA TRATADA: Implantar novos reservatórios; Manutenção e limpeza; Localizá-los em locais elevados. TRATAMENTO E RESERVAÇÃO NA ZONA RURAL: Dar foco especial nesta região com base nas respostas anteriores; Terceirizar a prestação dos serviços; Fazer investimentos e orientação da população. EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Fundamental levar o tema às escolas de maneira continuada, incluindo a participação das empresas; Conscientização da população da importância desses serviços. REDE (ENCANAMENTO): Separação absoluta da rede pluvial; Manutenção constante e substituição imediata dos trechos que estiverem funcionando de forma inadequada. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE): Ampliar a capacidade de tratamento como novas estações; Implantação de estações em áreas que o esgoto não é tratado. CAPTAÇÃO E TRATAMENTO NA ZONA RURAL: Dar foco e plano especial nesta área; Promover investimentos e conscientização da população EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Fundamental levar o tema às escolas de maneira continuada, incluindo a participação das empresas; Conscientização da população da importância desses serviços. REDE DE CAPTAÇÃO DAS ÁGUAS DE CHUVA (ENCANAMENTO): Construir rede exclusiva e ampliação; Identificar, cadastrar e promover investimentos para implantação de sistema adequado. BOCAS DE LOBO, SARJETAS, GALERIAS E POÇOS DE VISITAS: Limpeza e manutenção constante e preventiva; Manutenção periódica e educação ambiental para funcionamento correto. ÁREAS DE RISCO (DESMORONAMENTO DE MORROS E CASAS, ALAGAMENTOS): Realizar diagnóstico; Realizar contenção das encostas; Realocar a população; Replantio da vegetação; Monitoramento permanente; Mapeamento; Desenvolvimento de projetos de drenagem que promovam o correto escoamento das águas da chuva; recuperação de áreas degradadas; Contenção das encostas; impedir ocupação desordenada. NÃO: Já existe a SANEAR; Existe previsão na Lei municipal para implantação do Conselho Municipal do Saneamento Básico, faltando sua efetiva implantação. SIM: SER REFERÊNCIA NACIONAL EM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, RESPEITANDO SEUS CIDADÃOS, COM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ADEQUADOS DE SANEAMENTO BÁSICO.

Fonte: Vallenge, 2013

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REFERÊNCIAS BIBLIÓGRAFICAS

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GLOSSÁRIO Na área de saneamento encontra-se uma grande diversidade de definições. Com o objetivo de facilitar o entendimento e de padronização dos conceitos, alguns termos utilizados nesse trabalho são apresentados e definidos no Quadro 127. Quadro 127 – Definições de termos na área de saneamento e afins Termo Adensamento populacional

Adutora de água bruta

Adutora de água tratada

Ampliações ou melhorias no sistema de abastecimento de água

Ampliações ou melhorias no sistema de esgotamento sanitário

Análise da água bruta

Análise da água na rede de distribuição

Análise da água tratada

Áreas de risco

Definição Ocorrência de altas concentrações de população em uma determinada área, ocasionando modificações de infraestrutura não previstas no sistema de drenagem urbana. Canal, galeria ou encanamento destinado a conduzir a água da captação, antes de receber qualquer tipo de tratamento, até a estação de tratamento. Canal, galeria ou encanamento destinado a conduzir a água da estação de tratamento aos reservatórios de distribuição, depois de receber tratamento. Conjunto de medidas para ampliações ou melhorias dos serviços, incluindo distribuição, captação (equipamentos e instalações utilizadas para tomada de água do manancial), adução (transporte de água do manancial ou da água tratada), tratamento e reservação (armazenamento) da água. Considera-se ampliação a obra que está em andamento e não apresenta, na data de referência da pesquisa, qualquer empecilho de ordem financeira, técnica ou jurídica para a sua conclusão. Conjunto de medidas para ampliações ou melhorias dos serviços, incluindo rede coletora, interceptores, estações elevatórias, estações de tratamento, emissários, entre outros. Considera-se ampliação a obra que está em andamento e não apresenta, na data de referência da pesquisa, qualquer empecilho de ordem financeira, técnica ou jurídica para a sua conclusão. Classificação dos tipos de análise da água bruta em: bacteriológica (coliformes fecais e totais e estreptococos fecais); físico-química (temperatura, turbidez, cor, ph, dureza e alcalinidade); substâncias químicas orgânicas (aldrin e dieldrin, benzeno, clordano, DDT, lindano, óleos, graxas e outros); substâncias químicas inorgânicas (arsênio, cádmio, chumbo, cianetos, mercúrio, nitratos, prata e outros); indicadores de poluição (Indicador DBO - Demanda Bioquímica de Oxigênio e Indicador DQO - Demanda Química de Oxigênio); teor de flúor natural. A frequência da análise da água bruta pode ser diária, semanal, quinzenal, mensal, semestral ou anual. Classificação dos tipos de análise da água na rede de distribuição em: cloro residual – produto que assegura a qualidade bacteriológica da água; bacteriológica (coliformes fecais e totais e estreptococos fecais). A frequência da análise da água pode ser diária, semanal, quinzenal, mensal, semestral ou anual. Classificação dos tipos de análise da água tratada em: bacteriológica (coliformes fecais e totais e estreptococos fecais); físico-organoléptica (temperatura, dureza, turbidez, cor, sabor e odor); substâncias químicas orgânicas (aldrin e dieldrin, benzeno, clordano, DDT, lindano, óleos, graxas e outros), substâncias químicas inorgânicas (arsênio, cádmio, chumbo, cianetos, mercúrio, nitratos, prata e outros); substâncias radioativas (urânio, césio e outros); coagulação química (desestabilização das partículas sólidas minúsculas presentes na água). A frequência da análise da água tratada pode ser diária, semanal, quinzenal, mensal, semestral ou anual. Áreas especiais que denotam a existência de risco à vida humana e que necessitam de sistema de drenagem especial, como encostas sujeitas a deslizamentos, áreas inundáveis com proliferação de vetores, áreas sem infraestrutura de saneamento etc.

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Termo Assoreamento da rede de drenagem

Bacia de detenção

Bacia de retenção

Boca de lobo

Captação da água Captação de poço profundo Captação de poço raso Captação superficial

Coletor-tronco Condições geológicas e morfológicas características de processos erosivos Controle de perdas de água

Corpo receptor do esgoto

Cursos d’água intermitentes Cursos d’água permanentes Desmatamento

Drenagem especial

Drenagem subterrânea

Drenagem superficial

Economia abastecida Economia esgotada

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Definição Depósito de sedimentos carregados pelas águas das chuvas. Área normalmente seca durante as estiagens, mas projetada para reter as águas superficiais apenas durante e após as chuvas. As bacias de detenção podem ser aproveitadas para atividades de lazer, através da implantação de praças, pistas de caminhada, quadras esportivas e pistas de skate, por exemplo. Reservatório de superfície que sempre contém um volume substancial de água, e tem por objetivo a regularização dos caudais pluviais afluentes, através de um armazenamento temporário, permitindo a restituição a jusante de caudais compatíveis com o limite previamente fixado ou imposto pela capacidade de vazão de uma rede ou curso d’água existente. Estrutura hidráulica destinada a interceptar as águas pluviais que escoam pelas sarjetas e sarjetões e encaminhá-las à galeria subterrânea mais próxima. Em geral situam-se sob o passeio ou sob a sarjeta. Tomada de água do manancial, compreendendo a primeira unidade do sistema de abastecimento, que se classifica em: superficial, poço raso e poço profundo. Captação de água de lençóis situados entre as camadas impermeáveis. Captação de água de lençol freático, ou seja, de água que se encontra acima da primeira camada impermeável do solo. Captação de água de diferentes cursos d’água, como rio, córrego, ribeirão, lago, lagoa, açude, represa etc., que têm o espelho d’água na superfície do terreno. Principal coletor de uma bacia de esgotamento, que recebe somente a contribuição da rede coletora, mas não ligação predial. Em geral, se desenvolve no fundo de vale, paralelamente a um curso d’água secundário. Condições relativas à origem e formação do solo no qual ocorre a desagregação e remoção de materiais devido a processo erosivo. Conjunto de medidas para reduzir perdas de água, através da fiscalização de ligações clandestinas, substituição de redes velhas, manutenção de hidrômetros, caça-vazamento na rede e pitometria (uso do pitô para medir a velocidade da água dentro da tubulação). Corpo d’água onde é lançado o esgoto sanitário. Considera-se principal corpo receptor aquele que recebe o maior volume de esgoto sanitário, como rio, mar, lago ou lagoa, baía etc. Cursos d’água que circulam em certas ocasiões, sendo alimentados por água de nascentes, por águas sub-superficiais ou até pelo descongelamento da neve, como grotões, fundos de vales, depressões naturais etc. Cursos d’água que circulam sem interrupções, como lagos, rios, córregos, riachos, igarapés etc. Retirada da cobertura vegetal de determinada área ou região. Ocorre basicamente por fatores econômicos, acarretando desequilíbrios do ecossistema, empobrecimento do solo, assoreamento dos rios etc. Sistema de drenagem urbana que utiliza um dispositivo projetado especificamente para a proteção de áreas sujeitas a deslizamentos, inundações, proliferação de vetores, processos erosivos crônicos etc. Sistema de drenagem urbana que utiliza dispositivos de captação, como bocas de lobo, ralos, caixas com grelha etc. Para encaminhar as águas aos poços de visita e daí para as galerias e tubulações, e que tem como deságue corpos receptores, como rios, córregos etc. Sistema de drenagem urbana que utiliza guias, sarjetas, calhas etc. Para interceptar as águas provenientes das chuvas, e que tem como deságue corpos receptores, como rios, córregos etc. Pode estar ligado, também, às galerias e tubulações de um sistema de drenagem subterrâneo. Unidade tributável, conforme registro no serviço de abastecimento de água. Unidade tributável, conforme registro no serviço de esgotamento sanitário.

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Termo

Encosta

Entidade prestadora de serviços de saneamento básico

Erosão de taludes Erosão do leito natural Erosão laminar de terrenos sem cobertura vegetal Erosão

Estação de tratamento de água

Estação de tratamento de esgoto

Estação Elevatória

Filtro biológico

Fossa seca ou negra

Fossa séptica

Galeria pluvial

Hidrômetro Informações meteorológicas Informações pluviométricas

301

Definição Declive nos flancos de um morro, colina ou serra. A situação das encostas é classificada em: sujeita a deslizamento – quando corre o risco de sofrer processos erosivos; dotada de estrutura de contenção associada a elementos de drenagem especial - quando está protegida contra possíveis deslizamentos. Órgão público ou empresa privada que presta serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e coleta de lixo e drenagem urbana para a população. Classifica-se quanto à constituição jurídica em: administração direta do poder público – conjunto dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República, Ministérios, Governos e Secretarias Estaduais e Municipais; empresa com participação majoritária do poder público – entidade organizada e estruturada nos moldes das empresas privadas, na qual o Município, o Estado ou a União têm participação não inferior a 51% do total do capital da empresa; empresa privada – entidade organizada por particular, que produz e/ou oferece bens ou serviços, com vistas à obtenção de lucros; autarquia – entidade autônoma, auxiliar e descentralizada da administração pública, sujeita à fiscalização e tutela do Estado, nos níveis federal, estadual ou municipal, com patrimônio constituído de recursos próprios e cujo fim é executar serviços típicos da administração pública. Desgaste provocado pela água da chuva em terrenos de superfície inclinada, na base de um morro ou de uma encosta de vale onde se encontra um depósito de detritos. Desagregação do leito natural de rios, córregos etc. Desgaste laminar causado pelas enxurradas que deslizam como um lençol, desgastando uniformemente, em toda sua extensão, a superfície do solo sem cobertura vegetal. Desagregação, transporte e deposição do solo e rocha em decomposição pelas águas, ventos ou geleiras. Conjunto de instalações e equipamentos com o objetivo de transformar a água bruta em água potável, melhorando sua qualidade sob os seguintes aspectos. Conjunto de instalações e equipamentos destinados ao tratamento do esgoto sanitário, utilizando operações físicas como gradeamento, sedimentação, processos químicos, como a desinfecção por cloro, e processos biológicos aeróbios ou anaeróbios. Trata-se do conjunto das edificações, instalações e equipamentos, destinados a abrigar, proteger, operar, controlar e manter os conjuntos elevatórios (motor-bomba) que promovem o recalque da água, nos sistemas de abastecimento de água, ou recalque dos esgotos, nos sistemas de esgotamento sanitário. Sistema no qual o esgoto sanitário passa por um leito de material de enchimento recoberto com microorganismos e ar, acelerando o processo de digestão da matéria orgânica. Constitui-se de uma escavação feita no terreno (poço, buraco, etc.), com ou sem revestimento, a depender da coesão do solo, de uma laje de tampa com orifício que serve de piso e de uma casinha para proteção e abrigo do usuário. Tal dispositivo constitui uma solução sanitária individual e precária, para adoção em locais onde não exista rede de água potável, com consequente ausência de um sistema organizado de coleta de esgotos sanitários. Unidade cilíndrica ou prismática retangular de fluxo horizontal, para tratamento de esgotos por processos de sedimentação, flotação e digestão. São todos os condutos fechados destinados ao transporte das águas que escoam superficialmente, vindas das precipitações pluviais e captadas pelas bocas de lobo, que têm como objetivo encaminhar essas águas ao seu destino final. Aparelho para medir e indicar a quantidade de água fornecida pela rede distribuidora a uma edificação (domiciliar, comercial, industrial, órgão público etc.). Informações sobre as variações climáticas. Informações sobre a intensidade das águas das chuvas.

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Termo

Instrumentos reguladores do serviço de drenagem urbana

Interceptor

Lagoa aerada

Lagoa anaeróbia

Lagoa de estabilização

Lagoa facultativa

Lagoa de maturação Lançamento de esgoto in natura em cursos d’água Lançamento por emissário

Lençol freático alto Ligações de água Limpeza e desobstrução de dispositivos de captação Limpeza e desobstrução de galerias

Lodo ativado

Macrodrenagem/mesodrenagem

302

Definição Classificação dos tipos de instrumentos reguladores do serviço de drenagem urbana em: plano diretor de drenagem urbana – orientação racional do desenvolvimento físico do município, relativamente à drenagem urbana, visando estimular o crescimento ordenado das atividades ligadas à rede de captação pluvial; plano urbanístico global para a área urbana – definição de diretrizes para a intervenção urbanística da área urbana, levando em consideração o uso e a ocupação do solo, seu objetivo e dimensão; lei de uso e ocupação do solo – regula o uso da terra, a densidade populacional, bem como a dimensão, a finalidade e o volume das construções, tendo como objetivo atender a função social da propriedade e da cidade; legislação municipal ou da região metropolitana – determina e define as políticas setoriais, os financiamentos e os mecanismos para o planejamento de ações no setor. Rede de tubulação localizada, geralmente, em fundos de vale ou nas margens de curso d’água, que recebe esgotos dos coletores-tronco e os conduzem até a estação de tratamento ou ao local de lançamento. Sistema de tratamento biológico em que a estabilização da matéria orgânica ocorre pela introdução do oxigênio no meio líquido através de sistema mecanizado, podendo funcionar como lagoa estritamente aeróbia ou facultativa. Sistema de tratamento biológico em que a estabilização da matéria orgânica é realizada predominantemente por processos de fermentação anaeróbia, imediatamente abaixo da superfície, não existindo oxigênio dissolvido. Corpo d’água lêntico construído artificialmente para fins de tratamento de resíduos líquidos de natureza orgânica, como os esgotos sanitários. O tratamento se faz por processos naturais – físicos, biológicos e bioquímicos, denominados autodepuração ou estabilização. Os principais tipos de lagoas de estabilização são: anaeróbia, facultativa, aerada e de maturação. Sistema de tratamento biológico em que ocorrem ao mesmo tempo processos de fermentação anaeróbia, oxidação e redução fotossintética das algas para a estabilização da matéria orgânica. Sistema de tratamento biológico projetado para tratamento terciário, principalmente, para remoção de compostos que contêm nitrogênio, fósforo e coliformes. Lançamento do esgoto sanitário sem tratamento prévio diretamente em rios, lagos, mar etc. Classificação dos tipos de lançamento por emissário em: emissário oceânico – tubulação destinada ao lançamento do esgoto em alto mar; emissário fluvial – tubulação destinada ao lançamento do esgoto em rios de grande vazão. Água retida no subsolo entre dois terrenos impermeáveis, cujo nível está próximo à superfície do terreno. Conjunto de dispositivos que interliga a canalização distribuidora da rua e a instalação predial, podendo ter ou não hidrômetro. Limpeza e retirada de detritos que impedem o bom funcionamento dos dispositivos de captação de águas pluviais localizados geralmente nas faixas de vias públicas, como bocas de lobo, caixas com grelhas, ralos etc. Limpeza e retirada de detritos que impedem o bom funcionamento das galerias pluviais. Sistema de tratamento biológico no qual a remoção dos poluentes se faz pela formação e sedimentação de flocos biológicos (lodo ativado), que retornam ao taque de aeração para manter a quantidade de microorganismos elevada, aumentando a eficiência e acelerando o processo de tratamento. Sistema de drenagem que compreende basicamente os principais canais de veiculação das vazões, recebendo ao longo de seu percurso as contribuições laterais e a rede primária urbana provenientes da microdrenagem. Considera-se como macrodrenagem e mesodrenagem os cursos d’água, galerias tubulares com dimensões iguais ou superiores a 1,20m de diâmetro e galerias celulares cuja área da seção transversal é igual ou superior a 1m2.

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Termo Macromedidor

Microdrenagem

Ocupação intensa e desordenada do solo Ocupações em áreas sem infraestrutura de saneamento

Outorga

Proteção na captação de água Ravinas Reator anaeróbio Rede coletora de esgoto Rede de distribuição de água

Reservatório

Sarjetão

Sarjetas

Setor censitário

Sistema de Abastecimento de água

Sistema de Drenagem urbana ou pluvial Sistema de Esgotamento Sanitário

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Definição Equipamento para medição de grandes vazões, nível e pressão da água. Sistema de drenagem de condutos pluviais a nível de loteamento ou de rede primária urbana, que constitui o elo entre os dispositivos de drenagem superficial e os dispositivos de macrodrenagem e mesodrenagem, coletando e conduzindo as contribuições provenientes das bocas-de-lobo ou caixas coletoras. Considera-se como microdrenagem galerias tubulares com dimensões iguais ou superiores a 0,30m e inferiores a 1,20m de diâmetro e galerias celulares cuja área da seção transversal é inferior a 1m2. Construção de imóveis de forma acelerada e que não leva em consideração padrões técnicos responsáveis por prevenir o desgaste do solo urbano. Construções em áreas onde não existem redes coletoras de esgoto e de águas pluviais. Ato administrativo de autorização mediante o qual o órgão gestor de recursos hídricos faculta ao outorgado o direito de uso dos recursos hídricos, superficiais ou subterrâneos, por prazo determinado, nos termos e nas condições expressas no respectivo ato. Seu objetivo é assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso aos recursos hídricos. Classificação das formas de proteção na captação de água em: vigilância; área cercada; preservação da área por vegetação; proibição de despejos. Sulcos ou incisões produzidos no terreno pelo trabalho erosivo das águas de escoamento. Sistema fechado onde se processa a digestão do esgoto sanitário, sem a presença de oxigênio. Tubulação que passa no leito da rua ou às vezes na calçada e que recebe diretamente o esgoto domiciliar. Conjunto de tubulações interligadas e instaladas ao longo das vias públicas ou nos passeios, junto às unidades ou prédios, e que conduz a água aos pontos de consumo, como moradias, escolas, hospitais etc. Unidades hidráulicas de acumulação e passagem de água situados em locais estratégicos do sistema de abastecimento de água de modo a atenderem as seguintes situações: garantia da quantidade de água (demandas de equilíbrio, de emergência e de combate a incêndio); garantia de adução com vazão e altura manométrica constantes; menores diâmetros no sistema; e melhores condições de pressão. São canais auxiliares de seção triangular utilizados para guiar o fluxo de água na travessia de ruas transversais ou desviar o fluxo de um lado para outro da rua, conectando sarjetas. São canais situados nas laterais das ruas com a finalidade de coletar e dirigir as águas de escoamento superficial até às bocas coletoras. Unidade de controle cadastral formada por área contínua, situada em um único quadro urbano ou rural, com dimensão e número de domicílios ou de estabelecimentos que permitam o levantamento das informações por um único agente credenciado, segundo cronograma estabelecido. Seus limites devem respeitar os limites territoriais legalmente definidos e os estabelecidos pelo IBGE para fins estatísticos, sendo definidos, preferencialmente, por pontos de referência estáveis e de fácil identificação no campo, de modo a evitar que um agente credenciado invada a unidade territorial de coleta de responsabilidade de outro agente credenciado, ou omita a coleta na área sob sua responsabilidade. Conjunto de estruturas, equipamentos, canalizações, órgãos principais e acessórios, peças especiais destinadas ao fornecimento de água segura e de boa qualidade para os prédios e pontos de consumo público, para fins sanitários, higiênicos e de conforto da população. Estruturas hidráulicas para o controle do escoamento das águas das chuvas com o objetivo de evitar que seus efeitos adversos empoçamentos, inundações, erosões e assoreamentos - causem prejuízos à saúde, segurança e bem-estar da sociedade. Conjunto de obras e instalações destinadas à coleta, transporte, afastamento, tratamento e disposição final das águas residuárias da comunidade, de uma forma adequada do ponto de vista sanitário.

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Termo Sistema de esgotamento separador absoluto Sistema de esgotamento unitário Sumidouro ou poço absorvente Tarifa mínima Tratamento Convencional da água Tratamento da água por simples desinfecção (cloração) Vala aberta

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Definição Quando a coleta do esgoto doméstico e industrial é realizada em separado das águas pluviais. Quando a coleta das águas pluviais, esgotos domésticos e industriais ocorre em um único coletor. Nos casos em que existem muitas ligações clandestinas de águas pluviais na rede de esgotos, pode-se considerar o sistema como unitário. Poço seco escavado no chão e não impermeabilizado, que orienta a infiltração de água residuária, previamente tratada, no solo. Valor mínimo que o consumidor deve pagar referente à sua cota básica de consumo de água. Tratamento da água bruta pelos processos de floculação, decantação, filtração, correção de ph, desinfecção (cloração) e fluoretação, antes de ser distribuída à população; Tratamento da água bruta que recebe apenas o composto cloro antes de sua distribuição à população. Vala ou valeta por onde escorre o esgoto sanitário a céu aberto em direção a cursos d’água ou ao sistema de drenagem, atravessando os terrenos das casas ou as vias públicas.

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APÊNDICE A – LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

Neste apêndice são tratadas as principais legislações que tem incidência direta sobre o tema do saneamento da esfera federal e estadual. Muitas das normas disciplinam de forma direta a questão do saneamento básico, mas, outras, dizem respeito a temas relacionados com os quais o Plano Municipal deve guardar intrínseca relação. No intuito de facilitar a consulta, as normas estão separadas por temas que contém a legislação pertinente em todas as esferas de governo, em algumas destacamos os principais pontos abordados quanto o aspecto do saneamento básico. Convém destacar que existem, ainda, outros relevantes instrumentos legais que merecem registro, a saber: Lei Federal 8.987/1995, das Concessões, a Lei Federal 11.079/2004, das Parcerias Público-Privadas (PPPs) e a Lei 11.107/2005, dos Consórcios Públicos, as quais podem imprimir mudanças na forma de prestação de serviços de saneamento e a Lei 10.257/2001, Estatuto da Cidade, que também está intimamente ligado ao setor de saneamento e com a gestão de recursos hídricos. 

LEGISLAÇÃO FEDERAL

CONSTITUIÇÃO FEDERAL CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Artigos: 21; 23, caput e incisos VI, IX e parágrafo único; 30; 182;196;200, IV, 225, caput e § 1° inciso IV. POLÍTICAS NACIONAIS LEI 5.318, DE 26 DE SETEMBRO DE 1967 Dispõe sobre a Política Nacional de Saneamento.

LEI FEDERAL Nº 11.455, DE 5 DE JANEIRO DE 2007 A Lei referida estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico bem como as diretrizes para a política federal de saneamento. Define a titularidade dos serviços de água e esgoto, o ente responsável pela regulação e fiscalização, fixa direitos e deveres dos usuários, incentiva a eficiência dos prestadores, possibilita e é clara quanto à obrigatoriedade de conexão às redes de abastecimento de água e de esgoto, de acordo com o artigo 45.

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DECRETO FEDERAL Nº 7.217, DE JUNHO DE 2010 Regulamenta a Lei 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico.

LEI FEDERAL 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997 Política Nacional de Recursos Hídricos.

RESOLUÇÃO Nº 58 do CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS, DE 30 DE JANEIRO DE 2006 – APROVA O PNRH. Aprova o Plano Nacional de Recursos Hídricos e dá outras providências

LEI FEDERAL 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981 Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Destaque para artigos: Art. 3º, incisos I, II, III, letras a, b, c, d, e; inciso IV e V; Art. 10.

DECRETO Nº 88.351, DE 01 DE JUNHO DE 1983. Dispõe, respectivamente, sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental, e dá outras providências. NORMAS DE CRIAÇÃO DA ESTRUTURA DOS ÓRGÃOS DE GESTÃO CRIAÇÃO DA AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

LEI FEDERAL 9.984, DE 17 DE JULHO DE 2000 Dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas - ANA, entidade federal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências.

DECRETO FEDERAL Nº 3.692, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000 Dispõe sobre a instalação, aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos Comissionados e dos Cargos Comissionados Técnicos da Agência Nacional de Águas - ANA, e dá outras providências.

DIVISÃO NACIONAL DE BACIAS HIDROGRÁFICAS RESOLUÇÃO CNRH Nº 32, DE 15 DE OUTUBRO DE 2003 Institui a Divisão Hidrográfica Nacional, em regiões hidrográficas, nos termos dos Anexos I e

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II desta Resolução, com a finalidade de orientar, fundamentar e implementar o Plano Nacional de Recursos Hídricos. CRIAÇÃO DA CEIVAP DECRETO FEDERAL nº 1842, de 22 de março de 1996 Institui o Comitê para Integração da Bacia – Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul – CEIVAP, e dá outras providências.

CRIAÇÃO E COMPETÊNCIA DA AGEVAP RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 26, DE 29 DE NOVEMBRO DE 2002 Autoriza o Comitê para a Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul-CEIVAP a criar a sua Agência de Água, nos termos da Deliberação CEIVAP nº 12, de 20 de junho de 2002.

RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 38, de 26 de março de 2004 Delegar competência à Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul para o exercício de funções e atividades inerentes à Agência de Água da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul.

RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 59, DE 2 DE JUNHO DE 2006 Prorrogar o prazo da delegação de competência à Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, para o exercício de funções e atividades inerentes à Agência de Água da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. NORMAS DE FUNCIONAMENTO DOS COMITÊS DE BACIAS RESOLUÇÃO Nº 5, do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, DE 10 DE ABRIL DE 2000 Alterada pela Resolução nº18, de 20 de dezembro de 2001, e pela Resolução nº 24, de 24 de maio de 2002 Estabelece diretrizes para a formação e funcionamento dos Comitês de Bacias Hidrográficas, de forma a implementar o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, conforme estabelecido pela Lei 9.433, de 8 de janeiro de 1997.

RESOLUÇÃO CNRH Nº 32, DE 15 DE OUTUBRO DE 2003 Institui a Divisão Hidrográfica Nacional, em regiões hidrográficas, nos termos dos Anexos I e

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II desta Resolução, com a finalidade de orientar, fundamentar e implementar o Plano Nacional de Recursos Hídricos. COMPETÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE RECURSOS HÍDRICOS DAS BACIAS RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 17, DE 29 DE MAIO DE 2001 Determina a elaboração de Planos de Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas, instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos, serão elaborados em conformidade com o disposto na Lei 9.433, de 1997, que serão elaborados pelas competentes Agências de Água, supervisionados e aprovados pelos respectivos Comitês de Bacia. NORMAS SOBRE ÁGUAS DECRETO FEDERAL Nº 24.643, DE 10 DE JULHO DE 1934. Decreta o Código de Águas

NORMAS SOBRE SAÚDE DECRETO Nº 49.974-A, DE 21 DE JANEIRO DE 1961. Código Nacional de Saúde. Artigo 32 a 44 dispõe sobre Saneamento

LEI FEDERAL 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Artigo 2º § 3º, artigo 6º, inciso II, artigo 7º, inciso X ; artigo 18, inciso IV, letra “d”

LICENCIAMENTO AMBIENTAL RESOLUÇÃO CONAMA Nº 377, DE 9 DE OUTUBRO DE 2006 Dispõe sobre licenciamento ambiental simplificado de Sistemas de Esgotamento Sanitário.

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 412, DE 13 DE MAIO DE 2009 Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de novos empreendimentos destinados à construção de habitações de Interesse Social.

RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA No 413, DE 26 DE JUNHO DE 2009 Dispõe sobre o licenciamento ambiental da aquicultura, e dá outras providências

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RESOLUÇÃO CONAMA nº 5, de 15 de junho de 1988 Dispõe sobre o licenciamento ambiental de obras de Saneamento

RESOLUÇÃO CONAMA no 404, de 11 de novembro de 2008 Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos

IMPACTO AMBIENTAL RESOLUÇÃO CONAMA nº 1, de 23 de janeiro de 1986 Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental · Alterada pela Resolução nº 11/86 (alterado o art. 2o) · Alterada pela Resolução no 5/87 (acrescentado o inciso XVIII) · Alterada pela Resolução nº 237/97 (revogados os art. 3o e 7o) USOS DE LODOS DE ESGOTO RESOLUÇÃO CONAMA nº 375, de 29 de agosto de 2006 Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências.

RESOLUÇÃO CONAMA no 380, de 31 de outubro de 2006 Retifica a Resolução CONAMA no 375/06 – Define critérios e procedimentos para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências CLASSIFICAÇÃO DE CORPOS D’ ÀGUA E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E LANÇAMENTO DE EFLUENTES RESOLUÇÃO CONAMA Nº357, DE 17 DE MARÇO DE 2005 Alterada pela Resolução 410/2009 e pela 430/2011 Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 397, de 3 de abril de 2008 Alterada pela Resolução 410/09. Altera o inciso II do § 4o e a Tabela X do § 5º, ambos do art. 34 da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente- CONAMA nº 357, de 2005, que dispõe sobre a classificação dos

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corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes.

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430, DE 13 DE MAIO DE 2011 Complementa e altera a Resolução nº 357/2006. Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução no 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio AmbienteCONAMA

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 396, de 3 de abril de 2008 Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas e dá outras providências.

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 358, de 29 de abril de 2005 Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências

RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 91, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2008 Dispõe sobre procedimentos gerais para o enquadramento dos corpos de água superficiais e subterrâneos OUTORGA DO USO DA ÁGUA RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 21, de 14 de março de 2002. Institui a Câmara Técnica Permanente de Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos, de acordo com os critérios estabelecidos no Regimento Interno do Conselho Nacional de Recursos Hídricos.

RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 27, DE 29 DE NOVEMBRO DE 2002 Define os valores e estabelece os critérios de cobrança pelo uso de recursos hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, conforme proposto e isentar da obrigatoriedade de outorga de direito de usos de recursos hídricos na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, os usos considerados insignificantes, nos termos estabelecidos pela Deliberação nº 15, de 2002, do CEIVAP.

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RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS No 102 DE 25 MAIO DE 2009 Estabelece as prioridades para aplicação dos recursos provenientes da cobrança pelo uso de recursos hídricos, referidos no inc. II do § 1º do art. 17 da Lei 9.648, de 1998, com a redação dada pelo art. 28 da Lei 9.984, de 2000, para o exercício orçamentário de 2010/2011. EDUCAÇÃO AMBIENTAL LEI FEDERAL 9.795, de 27 de abril de 1999 Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 422, DE 23 DE MARÇO DE 2010V Estabelece diretrizes para as campanhas, ações e projetos de Educação Ambiental, conforme Lei 9.795, de 27 de abril de 1999, e dá outras providências.

RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS No 98, DE 26 DE MARÇO DE 2009 Estabelece princípios, fundamentos e diretrizes para a educação, o desenvolvimento de capacidades, a mobilização social e a informação para a Gestão Integrada de Recursos Hídricos no Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA LEI 11.977, DE 7 DE JULHO DE 2009. Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV e a regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas; altera o Decreto-Lei 3.365, de 21 de junho de 1941, as Leis nos 4.380, de 21 de agosto de 1964, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 10.257, de 10 de julho de 2001, e a Medida Provisória no 2.197-43, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. 

LEGISLAÇÃO ESTADUAL

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Art. 8º; Art. 70; Art. 73, IV e IX; Art. 74, IVI e VIII; Art.75; Art. 76; Art. 194, I e II; Art. 216; Art. 221; Art. 229; 230; Art. 235; Art. 238; Art. 239; Art. 243. Art. 247; Art. 261; Art. 262; Art. 263; Art. 268; Art. 269; Art. 274; Art. 277; Art. 278; Art. 282; Art. 284; Art. 287; Art. 288.

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POLÍTICAS ESTADUAIS LEI ESTADUAL 4.191, DE 30 DE SETEMBRO DE 2003 Dispõe Sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos e dá outras providências.

DECRETO ESTADUAL 42.930, DE 18 DE ABRIL DE 2011 Cria o Programa Estadual Pacto pelo Saneamento

LEI ESTADUAL 3.239 DE 02 DE AGOSTO DE 1999 Institui a Política Estadual de Recursos Hídricos; Cria o Sistema Estadual dos Recursos Hídricos; Regulamenta a Constituição Estadual, em seu artigo 261, parágrafo 1º, inciso VII; e dá outras providências.

DECRETO ESTADUAL Nº 35.724 DE 12 DE JUNHO DE 2004 Dispõe sobre a Regulamentação do art. 47 da Lei 3.239, de 02 de agosto de 1999, que autoriza o Poder Executivo a instituir o Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FUNDRHI, e dá outras providências.

LEI ESTADUAL 650 DE 11 DE JANEIRO DE 1983 Dispõe sobre a política estadual de defesa e proteção das bacias fluviais e lacustres do Rio de Janeiro. NORMAS DE CRIAÇÃO DA ESTRUTURA DOS ÓRGÃOS DE GESTÃO CRIAÇÃO DO INEA

LEI ESTADUAL 5101 DE 04 DE OUTUBRO DE 2007 Dispõe sobre a criação do Instituto Estadual do Ambiente – INEA e sobre outras providências para maior eficiência na execução das políticas estaduais de meio ambiente, de recursos hídricos e florestais.

DECRETO ESTADUAL 41.628 DE 12 DE JANEIRO DE 2009 Estabelece a Estrutura Organizacional do INEA CRIAÇÃO DA SERLA

DECRETO ESTADUAL Nº 15.159 DE 24 DE JULHO 1990 Transforma, mediante autorização do Poder Legislativo, a Superintendência Estadual de Rios e Lagoas - SERLA, entidade autárquica, na Fundação Superintendência Estadual de Rios e Lagoas -SERLA, aprova os seus estatutos e da outras providencias.

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CRIAÇÃO DA ASEP-RJ

LEI ESTADUAL 2.686 DE 14 D EFEVEREIRO DE 1997 Cria a Estrutura, dispõe sobre o funcionamento da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos do Estado do Rio de Janeiro – ASEP-RJ

DECRETO Nº 15.159 de 24 de julho de 1990 Transforma, mediante autorização do Poder Legislativo, a Superintendência Estadual dos Rios e Lagoas – SERLA, entidade autárquica, na Fundação Superintendência Estadual de Rios e Lagoas – SERLA, aprova os seus estatutos e da outras providências.

CRIAÇÃO DA AGENERSA LEI ESTADUAL 4.556 DE 06 DE JUNHO DE 2005. Cria, estrutura, dispõe sobre o funcionamento da agência reguladora de energia e saneamento básico do Estado do Rio de Janeiro - AGENERSA, e dá outras providências.

DECRETO ESTADUAL N.º 38.618 DE 08 DE DEZEMBRO DE 2005 Regulamenta e fixa a estrutura administrativa, atribuições e normas de funcionamento da AGENERSA conforme a caput do artigo 1º da Lei Estadual 4.556, de 06 de junho de 2005.

DECRETO ESTADUAL Nº 43.982 DE 11 DE DEZEMBRO DE 2012 Submete a Companhia Estadual de Águas e Esgotos - Cedae – à Fiscalização e regulação de suas atividades por parte da agência reguladora de energia e saneamento básico do estado do Rio de janeiro - AGENERSA e dá outras providências

DECRETO ESTADUAL Nº 41.039 DE 29 DE NOVEMBRO DE 2007 Regulamenta o funcionamento e estabelece competências do Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CERHI BACIAS HIDROGRÁFICAS DECRETO ESTADUAL Nº 35.724/04 Dispõe sobre a Regulamentação do art. 47 da Lei 3.239, de 02 de agosto de 1999, que autoriza o Poder Executivo a instituir o Fundo Estadual de Recursos Hídricos - Fundrhi, e dá outras providências.

RESOLUÇÃO CERHI Nº 18 DE 08 DE NOVEMBRO DE 2006

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Aprova a definição das regiões hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro

RESOLUÇÃO CERHI N° 99 DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012 Dispõe sobre a aplicação de recursos financeiros do FUNDRHI da subconta da Região Hidrográfica Médio Paraíba do Sul para projetos de coleta e tratamento de efluentes urbanos.

RESOLUÇÃO CERHI N° 96 DE 10 DE OUTUBRO DE 2012 Aprova o plano de investimento dos recursos financeiros no FUNDRHI da Subconta do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piabinha e das Sub-Bacias Hidrográficas dos Rios Paquequer e Preto.

RESOLUÇÃO CERHI N° 95 DE 05 DE SETEMBRO DE 2012 Aprova o plano de investimento dos recursos financeiros no FUNDRHI da Subconta do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piabinha e das Sub-Bacias Hidrográficas dos Rios Paquequer e Preto.

RESOLUÇÃO CERHI N° 92 DE 08 DE AGOSTO DE 2012 Aprova o plano de investimentos dos recursos financeiros no Fundrhi da Subconta da Região Hidrográfica Médio Paraíba do Sul.

RESOLUÇÃO CERHI N° 83 DE 30 DE MAIO DE 2012 Dispõe sobre a aplicação de recursos financeiros do FUNDRHI da Subconta da Região Hidrográfica Guandu.

RESOLUÇÃO INEA Nº 27 Define regras e procedimentos para a arrecadação, aplicação e apropriação de receitas e despesas nas subcontas das regiões hidrográficas e do INEA de Recursos Financeiros do Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FUNDRHI. CRIAÇÃO DO CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DECRETO ESTADUAL 27.208/00 Dispõe sobre o Conselho Estadual de Recursos Hídricos e dá outras providências

DECRETO ESTADUAL 32.862 DE 12 DE MARÇO DE 2003

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Dispõe sobre o Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Rio de Janeiro, instituído pela Lei Estadual 3.239, de 02 de agosto de 1999, revoga o decreto 32.225 de 21 de novembro de 2002 e dá outras providências.

DECRETO ESTADUAL Nº 41.039/07 Dispõe sobre o Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Rio de Janeiro, instituído pela Lei Estadual 3.239, de 02 de agosto de 1999, revoga o Decreto 32.862 de 12 de março de 2003 e dá outras providências. CRIAÇÃO DO SISTEMA ESTADUAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS LEI ESTADUAL Nº 2831 DE 13 DE NOVEMBRO DE 1997 Dispõe sobre o regime de Concessão de Serviços e de Obras Públicas e de Permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 70 da Constituição Estadual, e dá outras providências.

DECRETO ESTADUAL N.º 37.930 DE 07 DE JULHO DE 2005 Regulamenta o Fundo de Regulação dos Serviços concedidos e permitidos do Estado do Rio de Janeiro.

RESOLUÇÃO CERHI N° 79 DE 7 DE DEZEMBRO DE 2011 Dispõe Sobre o Segmento Usuário.

RESOLUÇÃO CERHI N° 78 DE 7 DE DEZEMBRO DE 2011 Dispõe Sobre o Segmento Sociedade Civil.

RESOLUÇÃO CERHI N° 77 DE 7 DE DEZEMBRO DE 2011 Dispõe Sobre o Segmento Poder Público. COMITÊS DE BACIAS DECRETO ESTADUAL Nº 38.235 DE 14 DE SETEMBRO DE 2005 Institui o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piabanha e Sub-bacias Hidrográficas dos Rios Paquequer e Preto, no âmbito do Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos.

DECRETO ESTADUAL Nº 31.178 DE 03 DE ABRIL DE 2002 Cria o Comitê de Bacia Hidrográfica de Guandu, que compreende a Bacia Hidrográfica do Rio Guandu, incluindo as nascentes do Ribeirão dos Lagos, águas desviadas do Paraíba do Sul

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e do Piraí, os afluentes a Ribeirão das Lages, ao Rio Guandu e ao canal de São Francisco, até sua desembocadura na Baía de Sepetiba, bem como as Bacias Hidrográficas do Rio Guarda e Guandu Mirim.

DECRETO ESTADUAL Nº 41.475 DE 11 DE SETEMBRO DE 2008 Institui o Comitê da Bacia Hidrográfica da Região Hidrográfica do Médio Paraíba do Sul, no âmbito do Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos.

CONSERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE LEI ESTADUAL 1.130 DE 12 DE FEVEREIRO DE 1987. Áreas de Interesse Especial do Estado, define as áreas de interesse especial do Estado e dispõe sobre os imóveis de área superior a 1.000.000 m² (um milhão de metros quadrados) e móveis localizados em áreas limítrofes de municípios, para efeito do exame e anuência prévia a projeto de parcelamento do solo para fins urbanos, a que se refere o artigo 13 da Lei no 6.766/79.

LEI ESTADUAL 3.467 DE 14 DE SETEMBRO DE 2000 Dispõe sobre as sanções administrativas derivadas de condutas lesivas ao meio ambiente no Estado do Rio de Janeiro, e dá outras providências.

DECRETO ESTADUAL Nº 9.760 DE 11 DE MARÇO DE 1987 Regulamenta a Lei 1.130, de 12/02/87, localiza as Áreas de Interesse Especial do interior do Estado, e define as normas de ocupação a que deverão submeter-se os projetos de loteamentos e desmembramentos a que se refere o artigo 13 da Lei 6766/79.

DECRETO ESTADUAL Nº 13.123 DE 29 DE JUNHO DE 1989 Altera o Decreto no 9.760, de 11 de março de 1987, e dá outras providências.

DECRETO LEI 134 DE 16 DE JUNHO DE 1975 Dispõe sobre a prevenção e o controle da poluição do meio ambiente no Estado do Rio de Janeiro e da outras providências.

DECRETO ESTADUAL Nº 42.159 DE 02 DE DEZEMBRO DE 2009 Dispõe sobre o Sistema de Licenciamento Ambiental - SLAM e dá outras providências.

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RESOLUÇÃO CONEMA Nº 16, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2009 (Licenciamento) Altera a NA-051.R-7 - Indenização dos Custos de Análise e Processamento dos Requerimentos das Licenças Ambientais.

RESOLUÇÃO CONEMA Nº 18, DE 28 DE JANEIRO DE 2010 (Revogada pela Resolução CONEMA nº 30/2011) (Água) (Ar) (Licenciamento) Aprova o MN-050.R-4 - Classificação de Atividades Poluidoras.

RESOLUÇÃO CONEMA Nº 19, DE 28 DE JANEIRO DE 2010 (Licenciamento) Aprova a NA-051.R-8 - Indenização dos custos de análise e processamento dos requerimentos de licenças, certificados, autorizações e certidões ambientais.

RESOLUÇÃO CONEMA Nº 24, de 07 DE MAIO DE 2010 (Licenciamento) Aprova a MN-051.R-9 - Indenização dos custos de análise e processamento dos requerimentos de licenças, certificados, autorizações e certidões ambientais.

RESOLUÇÃO CONEMA Nº 29, de 04 DE ABRIL DE 2011 (Licenciamento) Estabelece procedimentos vinculados à elaboração, à análise e à aprovação de Relatório Ambiental Simplificado - RAS.

RESOLUÇÃO CONEMA Nº 30, de 04 DE ABRIL DE 2011 (Revogada pela Resolução CONEMA nº 30/2011) (Licenciamento) Revoga os termos da Deliberação CECA/CN nº 4.846, de 12/07/2007, que aprovou o MN050.R-2, da Resolução CONEMA nº 18, DE 28/01/2010, que aprovou o MN-050.R-4, e da Resolução CONEMA nº 23, de 07/05/2010, que aprovou o MN-050.R-5 - Manual de Classificação de Atividades Poluidoras.

RESOLUÇÃO CONEMA Nº 31, de 04 DE ABRIL DE 2011 (Licenciamento) Aprova a NOP-INEA-02 - indenização dos custos de análise e processamento dos requerimentos de licenças, certificados, autorizações e certidões ambientais.

RESOLUÇÃO CONEMA Nº 02, de 07 DE OUTUBRO DE 2008 (Licenciamento) Aprova a DZ-077 - Diretriz para encerramento de atividades potencialmente poluidoras ou degradadoras do meio ambiente.

RESOLUÇÃO CONEMA Nº 03, DE 07 DE OUTUBRO DE 2008 (Licenciamento)

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Aprova a NA-051.R-7 - Indenização dos custos de análise e processamento dos requerimentos das Licenças Ambientais.

RESOLUÇÃO CONEMA Nº 11, DE 10 DE JUNHO DE 2009 (Licenciamento) Aprova a NA-051.R-7 - Indenização dos Custos de Análise e Processamento dos Requerimentos das Licenças Ambientais.

PORTARIA CONJUNTA SEA/FEEMA/SERLA/IEF N. 001/2007 Cria o Protocolo Único para a Requisição de Licenciamento. IMPACTO AMBIENTAL RESOLUÇÃO CONEMA Nº 33, DE 01 DE JUNHO DE 2011 (Licenciamento) Reconhece a construção de estruturas para a atividade de aquicultura como sendo eventual e de baixo impacto ambiental, para fins de intervenção em faixa marginal de proteção de cursos d'água.

RESOLUÇÃO CONEMA Nº 42, DE 17 DE AGOSTO DE 2012 (Licenciamento) Dispõe sobre as atividades que causam ou possam causar impacto ambiental local, fixa normas gerais de cooperação federativa nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente e ao combate à poluição em qualquer de suas formas, conforme previsto na Lei Complementar 140/2011, e dá outras providências. REGULAMENTO DE SERVIÇOS PÚBLICOS DECRETO ESTADUAL Nº 22.872 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1996 Aprova o regulamento dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário do estado do Rio de Janeiro, a cargo das concessionárias ou permissionárias.

DECRETO ESTADUAL Nº 31.896 DE 20 DE SETEMBRO DE 2002 Estabelece as normas dos processos administrativos no âmbito da Administração Pública Estadual. USUÁRIO CONSUMIDOR LEI ESTADUAL 4.898, DE 08 DE NOVEMBRO DE 2006 Determina a transferência das contas de água, gás e energia elétrica para o nome do locatário do imóvel.

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LEI ESTADUAL 3.915, DE 12 DE AGOSTO DE 2002 Obriga as concessionárias de serviços públicos a instalarem medidores na forma que menciona. LEI ESTADUAL 3.986, DE 11 DE 0UTUBRO DE 2002 Torna obrigatória a divulgação de telefone da respectiva agência reguladora pública pelas concessionárias de serviços públicos.

LEI ESTADUAL 4.023, DE 06 DE DEZEMBRO DE 2002. Proíbe às concessionárias de serviços públicos, a suspensão da prestação de seus serviços aos órgãos da administração pública, na forma que menciona.

LEI ESTADUAL 4.901 DE 08 DE NOVEMBRO DE 2006 Disciplina a instalação de medidores diversos, na forma que menciona.

LEI ESTADUAL 5.330, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2008 Estabelece normas para emissão de faturas de água e esgoto.

LEI ESTADUAL 5.476, DE 15 DE JUNHO DE 2009 Estabelece aos fornecedores de serviços de qualquer natureza a obrigação de disponibilizarem, nas faturas ou boletos mensais de cobrança, o endereço completo de suas instalações comerciais.

LEI ESTADUAL 5.511, DE 21 DE JULHO DE 2009 Estabelece a obrigatoriedade às empresas concessionárias de serviços públicos a disponibilizar formulários específicos para efetuarem o cancelamento do serviço, a solicitação de reparos e a formalização de reclamações.

LEI 5.807, DE 25 DE AGOSTO DE 2010 Dispõe sobre o consumo aferido nos medidores na forma que menciona.

LEI ESTADUAL 5.823 DE 20 DE SETEMBRO DE 2010 Obriga as concessionárias de serviços públicos a dar publicidade aos telefones dos ouvidores das agências reguladoras de serviço público, na forma que menciona.

LEI ESTADUAL 5.925 DE 25 DE MARÇO DE 2011 Dispõe sobre a aplicação dos efeitos do Decreto Federal nº. 6.523/2008 no âmbito estadual.

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REGIME DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO

LEI ESTADUAL 2.869, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1997. Dispõe sobre o regime de prestação do serviço público de Transporte ferroviário e metroviário de passageiros no Estado do Rio de Janeiro, e sobre o serviço público de Saneamento básico no estado do Rio de Janeiro, e dá outras Providências.

LEI ESTADUAL 5.427, DE 01 DE ABRIL DE 2009 Estabelece normas sobre atos e processos administrativos no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, tendo por objetivo, em especial, a proteção dos direitos dos administrados e o melhor cumprimento dos fins do Estado. CONTRATO DE GESTÃO LEI ESTADUAL 5.639, DE 06 DE JANEIRO DE 2010 Dispõe sobre os contratos de gestão entre o órgão gestor e executor da política estadual de recursos hídricos e entidades delegatárias de funções de agência de água relativos à gestão de recursos hídricos de domínio do estado, e dá outras providências.

RESOLUÇÃO CERHI N° 65 DE 31 DE AGOSTO DE 2011 Dispõe sobre as questões relacionadas ao contrato de gestão celebrado entre o INEA e a AGEVAP - Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, com interveniência dos Comitês das Bacias Hidrográficas do Baixo Paraíba do Sul, do Médio Paraíba do Sul, do Rio Dois Rios e do Rio Piabanha e dá outras providências.

RESOLUÇÃO CERHI N° 50 DE 28 DE JULHO DE 2010 Dispõe sobre a indicação da entidade delegatária das funções de agência de água e aprova a destinação de recursos financeiros a serem aplicados no contrato de gestão a ser celebrado entre o INEA e a Associação Pró-Gestão de Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul - AGEVAP, com interveniência do Comitê Guandu e dá outras providências.

RESOLUÇÃO CERHI N° 45 DE 26 DE MAIO DE 2010 Dispõe sobre as questões relacionadas o contrato de gestão a ser celebrado entre o Instituto Estadual do Ambiente - INEA e a Associação Pró-Gestão de Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul - AGEVAP, com interveniência dos Comitês de Bacia das Regiões

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Hidrográficas do Médio Paraíba do Sul, do Rio Dois Rios, do Rio Piabanha e do Baixo Paraíba do Sul.

RESOLUÇÃO CERHI N° 44 DE 26 DE MAIO DE 2010 Dispõe sobre os limites de custeio administrativo das Entidades Delegatárias de Funções de Agência de Água e dá outras providências

RESOLUÇÃO INEA Nº 13 Estabelece os procedimentos a serem adotados pelas entidades delegatárias de funções de competência das agências de água para compras e contratação de obras e serviços com emprego de recursos públicos, nos termos do art. 9 da Lei Estadual 5.639, de 06 de janeiro de 2010.

RESOLUÇÃO INEA Nº 14 Estabelece os procedimentos a serem adotados pelas entidades delegatárias de funções de competência das agências de água para a seleção e recrutamento de pessoal nos termos do art. 9 da Lei Estadual 5.639, de 06 de Janeiro de 2010.

RESOLUÇÃO INEA Nº 16 Estabelece os procedimentos a serem adotados pelas entidades delegatárias de funções de competência das agências de água para a elaboração de termos de referência para subsidiar a contratação de obras, serviços e compras com emprego de recursos públicos, nos termos do art. 9 da Lei Estadual 5.639, de 06 de janeiro de 2010.

RESOLUÇÃO INEA Nº 44 Estabelece procedimentos para a celebração e execução dos contratos de gestão entre o INEA e as entidades delegatárias com funções de competência das agências de águas.

RESOLUÇÃO INEA Nº 45 Estabelece o manual operativo de procedimentos e critérios de avaliação do cumprimento do programa de trabalho dos contratos de gestão entre o INEA e as entidades delegatárias com funções de competência das agências de águas. RESIDUOS SÓLIDOS LEI ESTADUAL 6.362 DE 19 DE DEZEMBRO DE 2012 Estabelece normas suplementares sobre o gerenciamento estadual para disposição final ambientalmente adequada de resíduos sólidos em aterros sanitários.

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INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 13, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2012 Estabelece a Lista Brasileira de Resíduos Sólidos

INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA Nº 1, DE 25 DE JANEIRO DE 2013 Regulamenta o Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos (CNORP), estabelecer sua integração com o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais (CTF-APP) e com o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental (CTF-AIDA), e definir os procedimentos administrativos relacionados ao cadastramento e prestação de informações sobre resíduos sólidos, inclusive os rejeitos e os considerados perigosos. OUTORGA DO USO DA ÁGUA LEI ESTADUAL 4.247 DE DEZEMBRO DE 2003 Dispõe sobre a cobrança pela utilização dos recursos hídricos de domínio do Estado do Rio de Janeiro.

DECRETO ESTADUAL 41.974 DE 03 DE AGOSTO DE 2009 Regulamenta o art. 24 da Lei 4.247, de 16 de dezembro de 2003, e dá outras providências.

LEI ESTADUAL 5.234 Altera a Lei 4.247, de 16 de dezembro de 2003, que dispões sobre a cobrança pela utilização dos recursos hídricos de domínio do Estado do Rio de Janeiro e dá outras providências.

RESOLUÇÃO CERHI 13 DE 08 DE MARÇO DE 2005 Aprova critérios de cobrança pelo uso de recursos hídricos no âmbito da área de atuação do Comitê da Bacia Hidrográfica dos rios Guandu, da Guarda e Guandu Mirim.

RESOLUÇÃO CERHI Nº 09 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2003 Estabelece critérios gerais sobre a outorga de direito de uso de recursos hídricos de domínio do Estado do Rio de Janeiro.

RESOLUÇÃO CERHI nº 06 DE 29 DE MAIO DE 2003 Dispõe sobre a cobrança pelo uso de recursos hídricos nos corpos hídricos de domínio do Estado do Rio de Janeiro integrantes da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul.

RESOLUÇÃO INEA DE 24 DE AGOSTO DE 2009

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Define mecanismos e critérios para Regularização de Débitos Consolidados referentes à Cobrança Amigável pelo uso de Recursos Hídricos de domínio do Estado do Rio de Janeiro.

PORTARIA SERLA Nº 462 DE 10 DE JULHO DE 2006 Estabelece os procedimentos técnicos e administrativos para regularização dos usos de recursos hídricos, superficiais e subterrâneos, na área de abrangência das Bacias Hidrográficas dos rios Guandu, da Guarda, e Guandu-mirim no Estado do Rio de Janeiro.

PORTARIA SERLA Nº 479 DE 21 DE SETEMBRO DE 2006 Estabelece a prorrogação do prazo para regularização dos usos de recursos hídricos, superficiais e subterrâneos, na área de abrangência das bacias hidrográficas dos rios Guandu, da Guarda, Guandu-Mirim no estado do Rio de Janeiro objeto da Portaria Serla nº 462, de 10 de julho de 2006 e dá outras providências.

PORTARIA SERLA Nº 555 DE 1 DE FEVEREIRO DE 2007 Regulamenta o Decreto Estadual Nº 40.156, de 17 de outubro de 2006, que estabelece os procedimentos técnicos e administrativos para regularização dos usos de água superficial e subterrânea pelas soluções alternativas de abastecimento de água e para a ação integrada de fiscalização com os prestadores de serviços de saneamento e dá outras providências.

PORTARIA SERLA Nº 564 DE 18 DE ABRIL DE 2007 Define procedimentos para pagamento referente à Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos de domínio do Estado do Rio de Janeiro.

PORTARIA SERLA Nº 565 DE 18 DE ABRIL DE 2007 Define mecanismos e critérios para regularização de débitos consolidados referentes à Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos de domínio do Estado do Rio de Janeiro.

PORTARIA SERLA Nº 567 DE 07 DE MAIO DE 2007 Estabelece critérios gerais e procedimentos técnicos e administrativos para cadastro, requerimento e emissão de Outorga de Direito de Uso de recursos hídricos de domínio do Estado do Rio de Janeiro, e dá outras providências.

PORTARIA SERLA Nº 591

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Estabelece os Procedimentos Técnicos e Administrativos para Emissão da Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica e de Outorga para uso de Potencial de Energia Hidráulica para aproveitamentos hidrelétricos em rios de domínio do Estado do Rio de Janeiro e dá outras providências.

DELIBERAÇÃO CEIVAP Nº 03/2001 Aprova a Implantação da Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos de Domínio da União na Bacia do Rio Paraíba do Sul a partir de 2002 e estabelece as condições para a sua participação no Programa Nacional de Despoluição de Bacias Hidrográficas.

DELIBERAÇÃO CEIVAP N.º 08 DE 6 DE DEZEMBRO DE 2001 Dispõe sobre a Implantação da Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos na Bacia do Rio Paraíba do Sul a partir de 2002.

DELIBERAÇÃO CEIVAP N.º 65/2006 DE 28 DE SETEMBRO DE 2006 Estabelece mecanismos e propõe valores para a cobrança pelo uso de recursos hídricos na bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, a partir de 2007

DELIBERAÇÃO CEIVAP Nº 70/2006 DE 19 DE OUTUBRO DE 2006 Estabelece mecanismo diferenciado de pagamento pelo uso de recursos hídricos na bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul.

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APÊNDICE B – MAPAS TEMÁTICOS

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APÊNDICE C – OFICINA 1 – LEITURA COMUNITÁRIA



INTRODUÇÃO O presente documento trata da efetiva participação da comunidade na construção do

Plano Municipal de Saneamento Básico, a partir de experiências vividas, memórias e conhecimentos, traduzidas em avaliação em relação aos serviços de saneamento básico, quanto à qualidade, a presteza no atendimento, a situação dos equipamentos, a regularidade, a capacitação dos servidores, bem como, indicar falhas, áreas de riscos, situações de alagamentos, proteção dos mananciais, ausências de sistemas de tratamentos de água e esgoto e demais serviços pertinentes ao saneamento básico. Para se levar a efeito tais ações, conforme estabelece o Projeto de Comunicação e Mobilização Social, é necessário despertar e motivar a comunidade local a participar efetivamente do processo de construção do Plano Municipal de Saneamento Básico. A mobilização social consiste em um processo permanente de animação e promoção do envolvimento de pessoas, (agentes multiplicadores) por meio do fornecimento de informações e constituição de espaços de participação e diálogo relacionados ao que se pretende promover, que, neste caso, são a elaboração e a construção do PMSB. A informação e formação dos agentes multiplicadores torna-se indutor necessário para se atingir a comunidade despertando-a a participar do processo da construção do PMSB. Sob este aspecto, a mobilização social se torna de fato e de direito o próprio controle social. A atuação dos agentes multiplicadores e disseminadores das propostas do Plano, em seu âmbito de trabalho, garantirão à população o direito do controle social com sua participação nas Oficinas Comunitárias e em todo o processo construtivo do Plano Municipal de Saneamento Básico. Neste sentido, realizou-se a primeira reunião de mobilização social com a participação do grupo de apoio e membros dos diversos segmentos da sociedade local. 

JUSTIFICATIVA A participação da sociedade nesse processo é de extrema importância, já que o PMSB

deve ser elaborado com horizonte de 20 (vinte) anos, avaliado anualmente e revisado a cada 4 (quatro) anos. O documento elenca os problemas de saneamento do município a partir da visão da comunidade e permite a conciliação com o diagnóstico apresentado pela equipe técnica, na fase do levantamento de campo, consolidando-os, subsidiando o andamento e a evolução da elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico do município.

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REUNIÃO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL A primeira reunião de Mobilização Social que ocorreu no dia 29 de maio de 2013 (Figura

74) tornou-se instrumento para estabelecer as estratégias necessárias para se atingir o maior número de agentes multiplicadores da divulgação do Plano Municipal de Saneamento Básico. Figura 75 – Reunião de mobilização social.

Fonte: Vallenge 2013



OFICINA 1 – LEITURA COMUNITÁRIA A Oficina de Leitura Comunitária é a fase em que a comunidade local, participa

efetivamente, contribuindo com o seu conhecimento da realidade do saneamento municipal, reunindo registros da memória individual ou em grupos sociais, considerando elementos culturais e de vivência, permitindo a construção das releituras coletivas dos riscos, problemas, conflitos e potencialidades desenvolvimentistas do município.

A. Objetivo: Despertar na população o caráter responsável, com ênfase na responsabilização pelo planejamento do Plano Municipal de Saneamento Básico, de maneira clara e objetiva, elencando suas potencialidades e conflitos.

B. Metodologia: A metodologia adotada para a execução da oficina 1 de Leitura Comunitária, seguiu o preceito informativo e participativo, através da prévia apresentação do tema e posterior aplicação de atividades, dividindo-se a plateia em grupos.

C. Etapas de realização: As etapas para a realização da oficina se distinguem como sendo recepção da comunidade (Figura 75), apresentação da oficina (etapas do plano, conceitos, lei e mecanismos da oficina) (Figura 76) e execução da oficina.

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Figura 76 – Recepção da comunidade

Fonte: Vallenge, 2013

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Figura 77 – Apresentação da oficina

Fonte: Vallenge, 2013

A introdução aos trabalhos se deu com uma palestra sobre a importância da oficina de diagnóstico, com suas implicações no desenvolvimento do plano, e o valor inestimável do conhecimento local da comunidade. Na oportunidade fez-se o esclarecimento de que os presentes (independentemente de cargos e funções que eventualmente ocupem) são tão moradores como qualquer outro ali presente, obtendo-se assim a igualdade social na elaboração da oficina. Após a apresentação da Lei, iniciaram-se os trabalhos obedecendo a seguinte ordem: - Divisão democrática das equipes estimulando o inter-relacionamento e sociabilização (Figura 77); - Distribuição de folhas de papel de diferentes cores, para identificação dos grupos; - Apresentação dos assuntos: abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem pluvial urbana (Figura 78); - Orientação para que o grupo defina o relator dos tópicos discutidos; - Início dos debates (Figuras 79 e 80); - Montagem do painel expositor com o resultado dos trabalhos das equipes. Os participantes são convidados a lerem os trabalhos expostos no painel, a fim obterem conhecimentos da visão do todo e, eventualmente acrescentar mais algumas informações que entendam necessárias.

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Figura 78 – Formação dos grupos

Fonte: Vallenge, 2013

Figura 80 – Discussão dos temas em grupo

Fonte: Vallenge, 2013

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Figura 79 – Apresentação dos temas

Fonte: Vallenge, 2013

Figura 81 – Discussão dos temas em grupo

Fonte: Vallenge, 2013

D. Diagnóstico Conforme firmado na Reunião de Mobilização Social, realizada no dia 29 de maio de 2013, o município de Resende procedeu com a aplicação do questionário nos distritos e bairros distantes, a fim de levantar a atual situação do Saneamento Básico e mobilizar a participação popular no processo de construção do Plano. Este questionário foi criado pela Vallenge, conforme solicitação do próprio município. A Oficina 1 de Leitura Comunitária, foi realizada no dia 25 de julho de 2013, e contou com a presença de 14 pessoas que apontaram as deficiências em relação à prestação de serviços de saneamento básico, para as três vertentes: sistema de abastecimento de água potável; sistema de esgotamento sanitário e sistema de drenagem urbana de águas pluviais. Dentre as atividades para a realização desta oficina, o município disponibilizou para as

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associações de moradores um questionário prévio a ser entregue no dia da realização da oficina com o resultado dos pareceres dos munícipes, complementando os trabalhos da oficina, sendo entregue apenas três questionários e, por solicitação da prefeitura os trabalhos de pesquisa de opinião foram novamente disponibilizados para serem aplicados nos distritos. Todos os questionários respondidos foram tabulados e os resultados utilizados para completar o diagnóstico comunitário.

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APÊNDICE D – OFICINA 2 – VISÃO DE FUTURO.



INTRODUÇÃO O presente documento trata da efetiva participação da comunidade na construção do

Plano Municipal de Saneamento Básico, em continuidade aos trabalhos definidos no Plano de Comunicação e Mobilização Social, onde se estabelece a realização da Oficina de Visão de Futuro. A Oficina da Visão de Futuro define o que a cidade pretende ser no futuro. Ela incorpora suas ambições e descreve o quadro futuro que se deseja atingir e identifica suas aspirações, criando um clima de envolvimento e comprometimento da população com o futuro do município, definindo como se deseja que a cidade seja vista e reconhecida; onde se almeja colocar a cidade, o cenário ideal; como incorporar as inovações necessárias para atender a visão. 

JUSTIFICATIVA A participação da sociedade nesse processo é de extrema importância, já que o PMSB

deve ser elaborado com horizonte de 20 (vinte) anos, avaliado anualmente e revisado a cada 4 (quatro) anos. A definição de onde se pretende chegar permite entender com clareza o que é preciso mudar na cidade ou como ela precisa mudar para que a visão seja concretizada. Uma visão compartilhada une e impulsiona as pessoas para buscarem seus objetivos, apesar de todas as dificuldades. Uma cidade sem visão é uma cidade sem direção. A visão de futuro deve refletir os valores compartilhados pelos cidadãos.



OFICINA 2 – VISÃO DE FUTURO

A. Objetivo: O objetivo da Oficina da Visão de Futuro é estabelecer propostas, planos, programas, metas, ações e objetivos para a efetiva realização da qualidade da oferta de serviços concernentes ao saneamento básico do município.

B. Metodologia: A metodologia adotada para a execução da oficina 2, seguiu o preceito informativo e participativo, através da prévia apresentação do tema e posterior aplicação de atividades, dividindo-se a plateia em grupos.

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C. Etapas de realização: As etapas para a realização da oficina se distinguem como sendo: recepção da comunidade (Figura 81), apresentação da oficina (etapas do plano, conceitos, leis e mecanismos da oficina) (Figura 82) e execução da oficina. Figura 82 – Recepção da comunidade

Fonte: Vallenge, 2013

Figura 83 – Apresentação da oficina

Fonte: Vallenge, 2013

Os trabalhos iniciaram com a explanação sobre a importância da oficina de visão do futuro e suas implicações no desenvolvimento do PMSB, sendo apresentados aos participantes os dados resumidos da Leitura Técnica, da Leitura Comunitária – Oficina 1, explanação sobre a Lei 9.433 e 11.445, a importância de se estabelecer a visão de futuro para PMSB, assim como, explicações didáticas para o funcionamento e realização dos trabalhos da oficina, quanto a dinâmica e o aspecto democrático. Os trabalhos obedeceram a seguinte ordem: - Início das gravações: fotografias e filmagem. - Apresentação da atividade Oficina para a comunidade com palestra expositiva: processo licitatório, responsabilidades, Leis 11.445 e 9.433; o que é a Visão de futuro, resumos da Leitura Técnica (Diagnóstico técnico), Leitura Comunitária (Oficina 1); - Apresentação dos assuntos: abastecimento de água, esgotamento sanitário, e drenagem pluvial urbana (Figuras 83 e 84); - Divisão democrática das equipes, provocando inter-relacionamento e sociabilização; - Distribuição das tabelas para preenchimento; - Orientação para que o grupo defina a pessoa responsável pela escrita resumo, (relator) a ser entrega para afixar no painel para conciliação das propostas (Figuras 85 e 86); - Início dos debates (Figuras 87 e 88); - Fixação dos resultados de cada grupo no painel expositor. - Plenária e consolidação das proposituras;

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- Eleição de uma única frase de visão de futuro: definindo a visão de futuro para o município;

Figura 84 – Apresentação dos temas

Fonte: Vallenge, 2013

Figura 86 – Orientação para formação dos grupos

Fonte: Vallenge, 2013

Figura 85 – Comunidade presente

Fonte: Vallenge, 2013

Figura 87 – Formação dos grupos para discussão dos temas

Fonte: Vallenge, 2013

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Figura 88 – Discussão dos temas

Fonte: Vallenge, 2013

Figura 90 – Fixação dos resultados no painel expositor

Fonte: Vallenge, 2013

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Figura 89 – Discussão dos temas

Fonte: Vallenge, 2013

Figura 91 – Definição da frase de visão de futuro para Resende

Fonte: Vallenge, 2013

D. Resultado: O resultado da oficina de visão de futuro indica os caminhos desejados para o município, definindo o cenário ideal em relação ao saneamento básico. Para que o objetivo e a visão sejam alcançados, a população tem consciência que deverão ser executadas uma série de ações, conforme demonstra o quadro a seguir.

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RESENDE

VISÃO DE FUTURO - AÇÕES PROPOSTAS PELA COMUNIDADE AÇÕES

SEGMENTO

VISÃO ORGANISM DE O GESTOR FUTURO

SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS

SISTEMA DE COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

NASCENTES e POÇOS: Preservação, Identificar e controlar o uso dos poços,outorga CAPTAÇÃO: Licença, outorga, identificação, proteção, ampliação REDE: Manter em bom estado, ampliar seu alcance; Manutenção constante e substituição imediata dos trechos que estiverem funcionando de forma inadequada. TRATAMENTO (ETA): Ampliar conforme demanda futura; Investir no controle do processo; Garantir a qualidade, quantidade e regularidade da água fornecida. RESERVATÓRIO DE ÁGUA TRATADA: Implantar novos reservatórios; Manutenção e limpeza; Localizá-los em locais elevados. TRATAMENTO E RESERVAÇÃO NA ZONA RURAL: Dar foco especial nesta região com base nas respostas anteriores; Terceirizar a prestação dos serviços; Fazer investimentos e orientação da população. EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Fundamental levar o tema às escolas de maneira continuada, incluindo a participação das empresas; Conscientização da população da importância desses serviços. REDE (ENCANAMENTO): Separação absoluta da rede pluvial; Manutenção constante e substituição imediata dos trechos que estiverem funcionando de forma inadequada. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE): Ampliar a capacidade de tratamento como novas estações; Implantação de estações em áreas que o esgoto não é tratado. CAPTAÇÃO E TRATAMENTO NA ZONA RURAL: Dar foco e plano especial nesta área; Promover investimentos e conscientização da população EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Fundamental levar o tema às escolas de maneira continuada, incluindo a participação das empresas; Conscientização da população da importância desses serviços. REDE DE CAPTAÇÃO DAS ÁGUAS DE CHUVA (ENCANAMENTO): Construir rede exclusiva e ampliação; Identificar, cadastrar e promover investimentos para implantação de sistema adequado. BOCAS DE LOBO, SARJETAS, GALERIAS E POÇOS DE VISITAS: Limpeza e manutenção constante e preventiva; Manutenção periódica e educação ambiental para funcionamento correto. ÁREAS DE RISCO (DESMORONAMENTO DE MORROS E CASAS, ALAGAMENTOS): Realizar diagnóstico; Realizar contenção das encostas; Realocar a população; Replantio da vegetação; Monitoramento permanente; Mapeamento; Desenvolvimento de projetos de drenagem que promovam o correto escoamento das águas da chuva; recuperação de áreas degradadas; Contenção das encostas; impedir ocupação desordenada. NÃO: Já existe a SANEAR; Existe previsão na Lei municipal para implantação do Conselho Municipal do Saneamento Básico, faltando sua efetiva implantação. SIM: SER REFERÊNCIA NACIONAL EM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, RESPEITANDO SEUS CIDADÃOS, COM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ADEQUADOS DE SANEAMENTO BÁSICO.

E. Diagnóstico: A oficina 2, da Visão de Futuro definiu a necessidade da elaboração de programas, a fim de se alcançar os objetivos. O programa é um instrumento do planejamento que está relacionado com a logística de implantação das ações ou atividades planejadas, que ordena no tempo e espaço as atividades a serem desenvolvidas. O programa coloca

Plano Municipal de Saneamento Básico – Resende/RJ

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sistematicamente, as “ações necessárias, no que se refere tanto ao planejamento como à execução das atividades propostas”, buscando atender os objetivos traçados, ou seja, o programa é o responsável para realizar as ações desejadas, cumprindo todos os objetivos e alcançando a meta desejável. Neste contexto, foram propostas as ações que segundo a análise da comunidade se fazem necessárias para se atingir a visão. Tais ações serão comtempladas no PMSB, tornando-se as ferramentas necessárias para a efetiva realização da visão de futuro, auxiliando o executivo na implantação do Plano, e proporcionando as condições necessárias para a realização de todas as etapas, de modo a assegurar à população, a prestação de serviços de Saneamento Básico com qualidade, regularidade, eficiência e segurança. A população participante da Oficina de Visão de Futuro do município de Resende definiu a visão com a frase: "Ser referência nacional em desenvolvimento sustentável, que respeita seu cidadão com prestação de serviços adequados de saneamento básico".