UNINDO POLIGONOS EM UM ÚNICO SHAPE (MOSAICO) - QGis Kyle Felipe Vieira Roberto

Agosto/2013

Kyle Felipe Unindo vários polígonos em um único shapefile - AGOSTO DE 2013

Sumário Introdução ................................................................................................................................... 2 Mosaico ....................................................................................................................................... 3 1.Montando uma base................................................................................................................ 4 2.Adicionando os arquivos no Qgis: ........................................................................................ 4 3.Construindo o mosaico: .............................................................................................................. 6 3.1. Habilitando edição do Shapefile ............................................................................................. 6 3.2. Adicionando polígonos integrantes do mosaico. ...................................................................... 7 4.Nomeando a base do MOSAICO. ......................................................................................... 10 Dúvidas e sugestões: .............................................................................................................. 14 Referência ................................................................................................................................. 14

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Introdução Esse tutorial foi desenvolvido no intuito de auxiliar aos interessados que desejam melhorar os conhecimentos e o “workflow” de seus projetos, mostrando dicas e truques úteis para profissionais e estudantes que desejam aprofundar conhecimentos. Esse tutorial é direcionado para os que trabalham, ou desejam aprender, sobre o Quantum GIS, conhecido como QGIS, muito utilizado para o tratamento de dados georreferênciados como shapefiles, imagens de satélites, DXF e etc. De distribuição gratuita, é um dos mais difundidos softwares para esse tipo de tratamento de dados, além de ter uma gama de plugins muito vasta que auxiliam no tratamento desses dados. O programa possui uma interface gráfica muito agradável, totalmente em português, além de suportar um grande numero de formatos de arquivos vetoriais, como: .DXF e .SHP (ESRI SHAPEFILE) e que pode ser baixado do site www.qgis.org e instalado facilmente em sua máquina. Para a realização deste tutorial foi utilizado à versão do Quantum GIS (QGIS) 1.8.0 - Lisboa do software, sendo esta a versão mais recente durante a produção deste tutorial.

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Mosaico O “mosaico” é muito utilizado quando é necessário agrupar várias feições que são semelhantes entre si dentro de uma generalização. Um exemplo dessa generalização é o limite dos municípios de Minas Gerais, os bairros de Belo Horizonte, a grade de imagens de um satélite, e até mesmo os pontos das sedes municipais podem ser considerados como mosaicos, ou seja, um shapefile contendo vários polígonos, linhas ou pontos, em função de uma qualidade comum à todas as feições. Montar esse tipo de arquivo é muito útil quando se têm vários shapefiles de loteamentos, fazendas, talhões e queremos ter acesso a eles sem ter que adicionar esses vários arquivos aos projetos nos quais trabalhamos e, ou, queremos preencher a tabela de atributos deles mas não queremos fazer polígono por polígono (tema abordado em um tutorial futuro). Por via de regra, arquivos shapefiles podem conter apenas um tipo de vetor (polígonos, linha ou ponto), que ajuda a melhorar a organização dos projetos e tratamento dos dados. Cada shapefile no momento da sua criação deve ser configurado para cada tipo de vetor que irá receber. Para esse tutorial iremos utilizar vetores do tipo polígono, e os procedimentos adotados a seguir podem ser utilizados em todos os outros tipos de vetores citados anteriormente. Iremos utilizar como base um shapefile já existente, pois não precisaremos criar a tabela de atributos de novo, garantindo a fidelidade dos dados da mesma, uma vez que a tabela normalmente possui os mesmos campos, com as mesmas configurações, mesmo tendo dados diferentes.

Figura 1 - Exemplo de tabela de atributos de um mosaico dos municipios de Minas Gerais.

Na figura acima podemos perceber que cada município (generalização) possui os mesmos campos onde os conteúdos são distintos. É muito importante mantermos sempre a organização dos projetos evitando perda de tempo ao procurar arquivos referentes aos projetos, ou arquivos que são padrão para a maioria dos projetos. Então vamos começar a montar o mosaico. Boa leitura!

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1. Montando uma base. Para criação deste mosaico, utilizaremos como base vários municípios de Minas Gerais que são limítrofes de Belo Horizonte (Betim, Brumadinho, Contagem, Ibirité, Nova Lima, Raposos, Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia, Vespasiano entre outros) e cada um deles já possui sua tabela de atributos com dados já previamente inseridos em suas colunas. Vamos utilizar como base o shapefile da cidade de Belo Horizonte, que está no arquivo em zipado que pode ser baixado junto com esse tutorial. Esse shape servirá de base pelo motivo já citado anteriormente, sua tabela de atributos já possui todos os campos que são padrões a todos os outros shapes que serão utilizados, para não termos que criar tudo de novo e corrermos o risco de haver perda de dados em função de configuração de campos de tabela divergentes. 1.1. Organizado

os dados

Primeiro vamos criar uma pasta no computador de fácil acesso, onde ficará armazenado nosso mosaico dos municípios limítrofes a Belo Horizonte.

Figura 2 - Pasta onde será copiado o shapefile 1.2. Criando

um modelo de base

Copiar o shapefile de Belo Horizonte, que está dentro da pasta “Municípios Minas” para servir como nossa base. Os seguintes arquivos deverão ser copiados para a pasta “Mosaico”: Belo Horizonte.shp

Belo Horizonte.shx

Belo Horizonte.dbf

Belo Horizonte.prj

Obs: Essa cópia é feita no intuito de manter a integridade do arquivo original em caso de haver algum problema na hora de manipular o arquivo e futuramente eles podem ser deletados.

2. Adicionando os arquivos no Qgis: No Qgis, vamos adicionar a camada vetorial que vamos utilizar como base (o shape de Belo Horizonte). 2.1. Adicionando

arquivos

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Para adicionar, vamos ao menu [Camadas]>[Adicionar camada vetorial...]

Figura 3 - Inserindo uma camada vetorial para visualização no Qgis.

Ou podemos pressionar as teclas de atalho Ctrl+Shift+V simultaneamente, e após aparecerá a seguinte

tela onde iremos navegar até a pasta onde colocamos o shape de Belo Horizonte previamente clicando em [Buscar]:

Belo Horizonte.shp

Figura 4 - Tela de busca dos dados vetoriais Obs: Ao adicionar arquivos vetoriais SHAPEFILE ao Qgis, clique sempre no arquivo com a extensão “.SHP”

E aparecerá o polígono de BH na tela, como mostrado da figura abaixo:

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Figura 5 - Polígono de BH inserido no Qgis.

3. Construindo o mosaico: Após toda essa preparação, podemos finalmente podemos passar para a parte onde começamos a construir nosso mosaico. O Qgis possui alguns plug-ins que podem nos auxiliar em tarefas desse tipo, esse é apenas um método braçal de construção, onde podemos entender o processo de como chegar a produtos desse tipo. Os plugins que testei até hoje não permitem a utilização de mais de dois shapefiles ao mesmo tempo, gerando vários antes de chegar a um resultado parecido.

3.1. Habilitando

edição do Shapefile

Primeiramente, vamos habilitar o modo de edição do arquivo de base, que pode ser feito de duas maneiras diferentes. Clicando sobre o arquivo na aba “Camadas” com o botão direito do mouse e em seguida clicando em [Alternar edição], ou no lápis azul na parte de cima do Qgis.

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Figura 6 - Formas de habilitar a edição de um shapefile 3.2. Adicionando

polígonos integrantes do mosaico.

E agora vamos adicionar os outros shapes para serem inseridos no mosaico e selecionar o polígono adicionado com a ferramenta de seleção simples:

Figura 7 - Shape de Betim inserido no Qgis

Note que para selecionar o polígono, o arquivo deve estar selecionado na aba “Camadas” conforme mostrado na figura acima, e logo após clicar sobre o polígono, conforme mostra na figura abaixo.

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Figura 8 - Poligono selecionado.

Para transferir o polígono selecionado para o shapefile que reremos usar como base, basta apenas copiá-lo para, indo no menu [Editar]>[Copiar feições], ou pela pela de atalho Ctrl+C, clicar no shape de base que iremos utilizar na aba “Camadas” e clique em [Editar]>[Colar feições], ou pela pela de atalho Ctrl+V e ficará conforme mostrado abaixo:

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Figura 9 - Resultado após colar o polígono no shape usado como base. Obs: Se pressionar várias vezes as teclas de atalho Ctrl+V ou mantê-las pressionadas por um longo período de tempo pode fazer com que vários polígonos sejam colados dentro do shapefile de base, caso isso ocorra basta abrir a tabela de atributos e deletá-los por lá.

Agora salvamos as edições feitas no shapefile clicando no botão como símbolo de um disquete na barra de ferramentas como mostrado na imagem abaixo:

Figura 10 - Botão onde salva as edições feitas.

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Nesse momento, pode remover o arquivo que adicionamos para que fosse feita a transferência de dados clicando sobre ele com o botão direito e em seguida [Remover].

Figura 11 - Removendo shapefile adicionado.

Agora basta repetir o processo para cada shapefile que deseja adicionar ao mosaico a partir do tópico 3.2 deste tutorial e após colar o ultimo polígonos desabilitar a edição do shapefile. No final ficará da seguinte forma:

Figura 12 - Mosaico dos municípios.

4. Nomeando a base do MOSAICO. 10

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Agora iremos criar um novo arquivo shapefile com um novo nome, vamos dar a esse arquivo o nome de “Municípios limítrofes de Belo Horizonte”, para isso basta clicar com o botão direito no arquivo que utilizamos como base para montar o nosso mosaico e clicar em [Salvar como].

Figura 13- Salvando a base com um novo nome

Na seguinte tela vamos clicar em [Buscar] e escolher uma pasta de fácil acesso no nosso computador para futuros acessos e em seguida vamos dar o nome escolhido previamente para o nosso mosaico:

Figura 14 - Botão buscar.

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Figura 15- Nomeando o arquivo após a escolha da pasta.

Quando clicarem em [Salvar] e na próxima janela clicar em [Ok] e o arquivo será criado com o novo nome que escolhemos.

Figura 16- Mensagem demonstrando o salvamento com sucesso.

Agora o nosso mosaico está pronto para ser utilizado em outros projetos que porventura viemos precisar.

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Não devemos ir diretamente à pasta onde colocamos o arquivo que nos serviu de modelo e renomear os arquivos existentes, pois, ao abri-los nos programas de SIG, pois vamos danificar esses arquivos, e que poderá ser irreversível, podendo acarretar na perda do trabalho ou de uma valiosa base de dados. Espero que tenha gostado! Kyle Felipe Vieira Roberto – Graduando em Licenciatura em Geografia

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Dúvidas e sugestões: Em caso de dúvidas e sugestões, pode entrar em contato pelas redes sociais a seguir e também via e-mail: Twitter: @kylefelipe Facebook: www.facebook.com/kylefelipe E-mail e Hangout: [email protected] Site: www.kylefelipe.com

Referência ANNI AS, DESCOVI FILHO L, VIRTUOSO MA, MONTENEGRO D, WILLRICH G, MACHADO PH, SPERB R, DANTAS GS, CALAZANS Y. Quantum GIS - Guia do Usuário, Versão 1.7.4 ’Wroclaw’. Acesso em: 05/01/2013. Disponível em: http://qgisbrasil.org. 291p., Il Shapefile de municípios http://geosisemanet.meioambiente.mg.gov.br/ Todas as imagens foram retiradas das telas do programa Q Gis.

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