MAPAS MENTAIS – Enriquecendo Inteligências

2 MAPAS MENTAIS Enriquecendo Inteligências Manual de Aprendizagem e Desenvolvimento de Inteligências: captação, seleção, organização, síntese, criaç...
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MAPAS MENTAIS Enriquecendo Inteligências Manual de Aprendizagem e Desenvolvimento de Inteligências: captação, seleção, organização, síntese, criação e gerenciamento de conhecimentos

Walther Hermann & Viviani Bovo

2005

“Mapas Mentais – Apresentação e Exemplos” capítulo extraído do livro “MAPAS MENTAIS – Enriquecendo Inteligências” de Viviani Bovo e Walther Hermann – 2005

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APRESENTAÇÃO O material apresentado a seguir constitui o terceiro capítulo do livro “MAPAS MENTAIS – Enriquecendo Inteligências”, disponibilizado gratuitamente na Internet, sobre o uso de mapas mentais como ferramenta de gerenciamento de informações e desenvolvimento de habilidades cognitivas (ferramentas da inteligência, tais como: análise, comparação, organização, classificação, generalização, síntese, memorização, criação, raciocínio, criatividade, etc.). Dando prosseguimento as propostas dos capítulos anteriores, este material visa enriquecer a compreensão sobre a abrangência de uso dessa simples e poderosa técnica de gestão do conhecimento. Esse material constitui parte do livro sobre o assunto lançado em maio de 2005. Se você recebeu obteve este arquivo é porque se cadastrou em nosso site quando solicitou o download gratuito do primeiro capítulo. Eventualmente você pode estar recebendo o arquivo de algum amigo, nesse caso, se quiser fazer parte de nossa comunidade, cadastrando-se para receber outros materiais sobre o assunto, você poderá fazer isso no link: www.idph.com.br/loja/mapasmentais.shtml Caso você queira adquirir o livro “MAPAS MENTAIS – Enriquecendo Inteligências”, você poderá solicitar o seu exemplar no link www.idph.net/loja/pedidos.shtml. O livro tem as seguintes características: Formato 16cm x 23cm 346 páginas de conteúdo (quantidade total de páginas: 372) Papel couché, colorido e ilustrado Valor de venda da edição impressa: R$ 75,00 Valor de venda da edição eletrônica (pdf): R$ 34,00 Os assuntos tratados nesse empreendimento estão divididos nas seguintes seções: Primeira Parte – Fundamentos Introdução (disponível para download gratuito no link: www.idph.com.br/loja/mapasmentais.shtml) Aprendendo a Aprender Mapas Mentais – Apresentação e Exemplos Segunda Parte – Desenvolvendo Habilidades Memorização Comparação, Classificação, Analogias e Metáforas Ordenação e Hierarquia de Informações Refinando sua Capacidade de Síntese Ilustrações Resgatando sua Criatividade (download gratuito em www.idph.net/download/criatividade.pdf) Elaborando Mapas Mentais – Técnicas, Método e Sugestões Terceira Parte – Conteúdos Complementares Apêndice 1 – Para pais, professores e educadores Apêndice 2 – Software de Mapas Mentais Apêndice 3 – Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI) Apêndice 3 – Inteligências Múltiplas Apêndice 5 – Focalizando sua Mente – Autocinética

“Mapas Mentais – Apresentação e Exemplos” capítulo extraído do livro “MAPAS MENTAIS – Enriquecendo Inteligências” de Viviani Bovo e Walther Hermann – 2005

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MAPAS MENTAIS – Apresentação e Exemplos Agora que você já está um pouco familiarizado com os mapas mentais, vamos tratar mais detalhadamente deste assunto: Mapa Mental é essencialmente um diagrama hierarquizado de informações, no qual podemos facilmente identificar as relações e os vínculos entre as informações. Neste capítulo, vamos repetir algumas idéias já propostas, não somente porque são muito importantes, mas também para permitir que a leitura desta seção possa ser feita fora da ordem seqüencial do livro. Assim, durante a revisão de alguns conceitos, apelos e evidências, você poderá fixar melhor esses princípios. Há diferentes formas de mapearmos ou registrarmos graficamente as informações, desde as menos estruturadas, como os mapas ou aglomerados (cachos) de idéias e informações (“Clustering”) até as mais complexas, tais como os fluxogramas. Veja a seguir alguns exemplos. A primeira ilustração é do “Clustering” (cachos) conforme a seguir:

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5 Um outro método gráfico de registro de informações são os mapas de memória, nos quais é possível representar uma seqüência de operações (Roteiro da Estratégia de Aprendizagem de Línguas Estrangeiras, conforme proposto pelo método OLeLaS apresentado no livro “Domesticando o Dragão”):

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6 Outra possibilidade é a paisagem mental, como no exemplo abaixo, que apresenta um resumo do livro “O Pequeno Príncipe”:

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7 Um sistema mais organizado, conforme mencionamos, é composto pelos fluxogramas. Eles contêm símbolos e formas determinadas que representam procedimentos, além de opções de tomada de decisão (O fluxograma é um gráfico que demonstra a seqüência operacional do desenvolvimento de um processo, o qual pode caracterizar: um trabalho a ser realizado, as definições de tempo de cada etapa, distâncias, quem está realizando o trabalho e como ele flui entre os participantes deste processo. A descrição de cada operação é inserida em uma caixa de texto que, de acordo com o seu formato e/ou cor, indica o tipo de procedimento. Isso permite ao leitor obter uma vista panorâmica do processo e compreendê-lo globalmente, inclusive as tomadas de decisão.

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8 Há também os mapas conceituais. Eles podem conter mais de um centro e as relações podem ser expressas por linguagem, de acordo com a necessidade. Esse método possui grande flexibilidade de expressão, sendo que as próprias técnicas de anotação dependerão do conteúdo a ser tratado:

Adaptação feita de IMS/SOLS Teaching Assistant Orientation, 1992

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9 Os Diagramas de Ishikawa, originários de metodologias de gestão da qualidade (Qualidade Total, Six Sigma, etc) constituem uma “ferramenta” de solução de problemas bastante eficaz. Observandoos com cuidado, podemos notar uma grande semelhança estrutural com os mapas mentais, embora graficamente a disposição das informações não irradiem de um centro nem se usam cores, símbolos ou ilustrações. Veja a seguir um exemplo que pretende comparar as diversas formas de registro gráfico de informações:

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10 E, por fim em nossa apresentação, há os mapas mentais, cujo exemplo a seguir mostra os objetivos dessa seção:

Comecemos então por uma avaliação bastante simples para que você possa concluir por si mesmo o valor deste método. Desejamos que você julgue qual das duas formas de registro de informações oferece mais informação com menos ocupação de espaço e de forma mais simples. Nós vamos apresentar a seguir uma descrição por itens e tópicos, das mesmas informações disponíveis no mapa imediatamente anterior (por uma questão de praticidade, utilizamos apenas as palavraschave, sem completá-las com frases inteiras e estruturadas). Compare as duas formas de apresentação das mesmas informações; qual delas parece conter informações mais acessíveis? Objetivos deste Livro 1.

CONHECER 1.1

Mapas Mentais 1.1.1 Origem 1.1.2 Aplicações

2.

APRENDER 2.1

Funcionamento

2.2

Aplicações 2.2.1 Estudos 2.2.2 Pessoal 2.2.3 Profissional

2.3

Exemplos

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11 3.

ESTIMULAR 3.1

Criatividade

3.2

Memorização

3.3

Organização de Informações 3.3.1 Registro 3.3.2 Classificação 3.3.3 Hierarquia

4.

5.

DESENVOLVER 4.1

Inteligência

4.2

"Ferramentas" Cognitivas

4.3

Substituir Velhos Paradigmas

4.4

Superar Bloqueios

APRIMORAR 5.1

Gerenciamento 5.1.1 Dados 5.1.2 Informações 5.1.3 Tempo

5.2

Habilidade 5.2.1 Síntese 5.2.2 Estratégias 5.2.2.1 anotação 5.2.2.2 pensamento

5.3

Competências de Aprendizado 5.3.1 mais 5.3.1.1 Flexibilidade 5.3.1.2 Eficácia 5.3.1.3 Velocidade 5.3.2 menos esforço

Cremos que seja desnecessário repetir tais informações num texto em forma de prosa para que você faça ainda mais uma comparação, pois tais idéias já foram exploradas anteriormente e ainda serão esmiuçadas adiante. Se você desejar, pode agora experimentar elaborar um texto fluente com as idéias contidas neste mesmo mapa. Evidentemente, os mapas mentais não contêm todas as informações de um texto corrido, mas servem para nos fazer lembrar o encadeamento das informações ou servem como “esqueletos” para a construção de textos.

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12 Vamos supor que você deseje montar um quebra-cabeça daqueles que possuem 2.000, 3.000 ou 5.000 peças (ou mesmo de 1.000 peças, se for um iniciante nesse “hobby”)... Que resultados você imagina obter se não lhe for mostrada a imagem que deverá montar? Pois bem, a imagem ou paisagem a ser montada funciona como um guia para que você possa orientar-se melhor durante a brincadeira. Assim como o guia de ruas e avenidas que compramos para economizar tempo e dinheiro quando estamos procurando um novo local; ou como um mapa da cidade, do estado ou do país, que nos permite localizar aquilo que desejamos, os mapas mentais oferecem uma visão global de extremo valor para que possamos transitar mais facilmente através das informações – eles não contêm todas as informações, mas possuem as mais importantes. Eles também nos oferecem uma imagem que utilizamos para compreendê-las de forma simples e rápida, revelando algumas de suas relações e sua hierarquia. Além disso, as principais ruas e avenidas de uma cidade, também são vias de ligação entre locais, tais como as linhas e sinalizações de um mapa mental servem para relacionar conhecimentos. Se mencionarmos algo sobre a dinâmica de nossa memória, será mais fácil compreender a importância desses vínculos: quando estamos entre amigos contando piadas, cada nova piada nos faz lembrar de outras, assim o divertimento continua... Se alguém muda de assunto para contar uma tragédia qualquer, então cada um dos amigos terá um caso para contar, como se nossa memória fosse estruturada em “cachos” (pastas ou diretórios) e cada conteúdo fossem as “uvas” (os arquivos) – uma informação pode ativar um grupo de memórias semelhantes ou relacionadas de alguma forma. Por exemplo, quando adolescente fiz minha primeira viagem aos EUA em uma excursão. Durante a viagem, um frasco inteiro de colônia vazou em minha mala... Ainda hoje, mais de trinta anos depois, quando sinto aquele perfume, lembro-me imediatamente daquela viagem. Adiante vamos tratar brevemente do desenvolvimento da memória. Ela nos interessa muito, pois os mapas mentais ajudam a desenvolvê-la; tanto a capacidade quanto a estrutura, que parecem muito semelhantes. Alguns dos mais modernos modelos de explicação do funcionamento da memória em nosso cérebro, evocam as ligações elétricas e neuroquímicas (sinapses) entre os axônios e dendritos (terminações nervosas dos neurônios, células nervosas de nosso cérebro). Utilizando um pouco sua imaginação, quando você vir uma foto de um grupo de neurônios, poderá facilmente lembrar-se de um conjunto intrincado de mapas mentais, pois é assim que se parecem.

As setas indicam o sentido da propagação do impulso nervoso.

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13 Pensando sobre a memória, podemos facilmente recordar duma época em que ter conhecimento ou cultura significava ter a habilidade de memorizar fatos e informações, dos mais diversos, e repeti-los sempre que nos fosse solicitado – havia uma grande ênfase no armazenamento do conteúdo. Porém, no mundo em que vivemos, há uma enorme quantidade de informações sendo produzida e sendo descartada a cada segundo: não haveria nem tempo para obtermos todas elas, e caso houvesse, seriam pouco significativas, pois muito rapidamente elas já teriam se tornado desatualizadas. Dessa forma, atualmente temos nossa memória armazenada em computadores, agendas eletrônicas, livros, etc. Já não é mais tão importante ter informações – o mais valioso no presente é saber onde encontrá-las atualizadas. Assim, podemos nos concentrar em realizar aquelas atividades e tarefas que as máquinas não podem fazer: criar, intuir e planejar, além de desenvolver o senso crítico, a percepção e a sensibilidade para processarmos os conhecimentos. Tendo em conta tal cenário, este método de anotações chamado de mapeamento mental pode ser um valioso recurso no gerenciamento de informações. Sugere-se que os mapas sejam elaborados em folhas de papel deitadas (na disposição de paisagem), com algumas canetas coloridas e um pouco de tempo e imaginação, ou com o auxílio de um computador (veja no Apêndice 2 mais informações sobre softwares para elaboração de mapas mentais) – como foi feito em vários dos mapas apresentados neste livro. O valor de tal “ferramenta” pode ser avaliado mais uma vez, caso você se lembre das últimas vezes em que tentou anotar informações em uma palestra ou seminário... Em várias dessas ocasiões, o esforço de tomar notas do que é dito nos priva da lucidez de processar as informações e despertar dúvidas, especialmente quando o palestrante fala rapidamente. E após isso, quantas vezes você recorreu às suas anotações? É uma tarefa um tanto cansativa e pouco produtiva principalmente porque, ao revermos nossas anotações, descobrimos que muitas podem não fazer sentido algum, da forma como foram anotadas. Os mapas mentais podem ser muito úteis para estas ocasiões em que temos que anotar muitas informações rapidamente. Também podem ser muito úteis para o caso da elaboração de relatórios, aulas, palestras, planejamentos de negociações, agenda, etc. Basicamente, em quaisquer situações, nas quais as informações possam ser referenciadas pelas suas palavras-chave, desenhos, diagramas ou símbolos. Mapa Mental é um valioso sistema de expressão escrita: rápido, eficaz e divertido – muito útil para registrar informações nos casos de anotações de aulas ou de idéias que fluem em grande quantidade, velozmente, como no processo criativo, e que podem ser perdidas no esquecimento caso tentemos registrá-las em um texto seqüencial. Enfim, os Mapas Mentais constituem-se numa poderosa técnica de registro visual e conceitual de informações e podem ser elaborados por qualquer pessoa, em praticamente qualquer idade. Evidentemente, caso você considere o uso de ilustrações em seus mapas, certamente a sua elaboração poderá parecer muito mais demorada do que simplesmente utilizar a linguagem verbal escrita, afinal de contas, ela foi construída para substituir a escrita pictográfica e a ideográfica (a forma de escrita pictográfica é observada em culturas que utilizavam ilustrações para representar informações, como pinturas na pedra; a escrita ideográfica, mais adiantada, utilizavam símbolos e desenhos para representar idéias abstratas e fatos). No caso do uso desses recursos mais demorados, devemos considerar que eles podem ser preteridos em condições de anotação rápida e resgatados nos momentos mais oportunos em que reconstruímos nossos diagramas com a finalidade de organizarmos, processarmos, sintetizarmos e memorizarmos seus conteúdos. Pois o uso desses recursos permite uma fixação mais sólida e duradoura dos conhecimentos na memória. Além disso, você já deve ter notado como as formas lineares de redação de textos, muitas vezes obscurecem a visão global e a importância de algumas informações, que ficam perdidas num mundo de palavras. Também não estimulam o estabelecimento de novas conexões e descobertas, exceto aquelas reveladas no próprio texto. Sem a percepção geral, muitas vezes não conseguimos distinguir o que é relevante das informações acessórias...

“Mapas Mentais – Apresentação e Exemplos” capítulo extraído do livro “MAPAS MENTAIS – Enriquecendo Inteligências” de Viviani Bovo e Walther Hermann – 2005

14 É o caso típico daquelas pessoas cujas mensagens importantes contêm uma quantidade muito grande de informações supérfluas. Quem não conhece alguém que, quando deseja dizer algo muito importante, perde-se nos detalhes expressando-se de forma confusa e obscura e não consegue ser simples e objetivo(a)? De fato, esta seção não contém muitas novidades, comparando-se com o que já foi visto, porém servirá para mostrar em detalhes alguns recursos e qualidades dos mapas mentais que possam ter passado despercebidos. Por mais complexo que seja o conjunto de informações abordado na construção de um mapa, como no exemplo a seguir, os procedimentos para sua organização são bastante simples. Manual técnico de aviação da Boeing Aircraft condensado em um mapa de aproximadamente oito metros de comprimento! Essa iniciativa possibilitou uma economia de quase onze milhões de dólares e várias semanas de dedicação no treinamento de novos engenheiros.

Foto autorizada do livro The Mind Map Book de Tony Buzan.

Outra característica interessante dessa “ferramenta” é que ela pode ser elaborada por várias pessoas conjuntamente, desde que os símbolos, códigos e palavras-chave sejam de conhecimento de todos. Pois, em geral, os mapas mentais são diagramas de uso pessoal, já que contêm símbolos e informações dispostas na ordem e hierarquia que o usuário faz delas, exceto quando sua arquitetura é previamente comunicada – como no caso dos mapas em forma de resumo que incluímos neste livro. Pessoas diferentes podem selecionar informações diferentes e organizá-las de formas diversas, a partir de sua compreensão e encadeamento de memória. Não obstante, essa forma de anotação parece ser muito mais familiar e natural para uma criança, principalmente quando essa ainda não foi adestrada nos formatos lineares de disposição das informações em textos. A utilização de palavras-chave e de recursos de vinculação de informações torna os mapas mentais mais simples, mais claros e mais práticos, principalmente antes de dominar bem a sintaxe da linguagem de textos e a habilidade de interpretá-los. Nesse caso, eles também são importantes aliados na educação especial, como no caso de disléxicos, surdos ou portadores de desabilidades. De fato, a menor quantidade de regras de sintaxe do método de mapeamento mental proporciona muito mais liberdade para criar, recriar ou adaptar informações, além de induzir à descoberta de novas relações entre os dados aparentes, a identificação de novas informações ou permitir reinserções em categorias mais gerais. As únicas regras, que mais se parecem com dicas e sugestões, são: 1) O uso de um conceito central, que possa preferencialmente ser também representado por uma ilustração ou imagem; 2) A utilização da menor quantidade possível de palavras; restringindo-se, de preferência às palavras-chave (escritas na horizontal, para facilitar a leitura), símbolos, códigos ou ilustrações, todos ligados por linhas de vinculação de informações, de acordo com sua relação;

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15 3) O uso de cores, realces, caixas de texto, setas, agrupamentos de informações, e mesmo espaços vazios, especialmente em áreas que possam receber posteriormente mais informações devido à sua importância; 4) O aproveitamento do espaço visual para estruturar melhor a compreensão das idéias e a sua importância, de modo que informações mais gerais estejam mais próximas do centro do mapa e os detalhes sejam apresentados à medida que caminhamos para a periferia dele. De um modo geral, conforme comentamos, estas sugestões constituem-se num conjunto de regras observadas como sendo os procedimentos mais comuns utilizados por aquelas pessoas com extraordinário desempenho de aprendizagem e retenção de conhecimentos. Muitos deles descobriram tais métodos ao acaso, ou identificando quais eram as ações de melhor resultados: tais como o uso de esquemas, diagramas, indicações, etc. A pesquisa e a organização desse conjunto de estratégias foram empreendidas por Tony Buzan, um dos mais conhecidos pesquisadores do assunto. Não obstante, há alguns outros métodos, criados por outros autores, cuja natureza é bastante semelhante às propostas de Tony Buzan. Colin Rose apresentou em seu livro Accelerated Learning um modelo chamado de “Mapas de Memória”, que funciona como roteiros ilustrados de informações seqüenciadas. Michael Gelb, americano, palestrante e autor de vários livros, desenvolveu uma forma de ensinar o mapeamento mental, sendo pioneiro na utilização dos mapas mentais como um instrumento para o desenvolvimento da inteligência e de estratégias de pensamento. Entre várias habilidades que constituem as nossas inteligências (veja o Apêndice 6 sobre Inteligências Múltiplas, segundo Howard Gardner), o mapeamento de informações desenvolve uma grande flexibilidade de raciocínio, proporcionando aos seus usuários uma grande agilidade no detalhamento e na generalização de informações. As habilidades exercitadas nos mapas mentais contêm essencialmente cinco dos catorze instrumentos de desenvolvimento cognitivo do Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI) criado pelo romeno radicado em Israel, Dr. Reuven Feuerstein: comparação, classificação, percepção analítica, relações transitivas e ilustrações – veja mais detalhes no Apêndice 5 sobre o PEI. No passado, a aplicabilidade do PEI foi avaliada com o uso de sistemas psicométricos já obsoletos e testes de Quociente de Inteligência (QI) que, ainda assim, puderam diagnosticar um aumento de até 15 pontos no QI dos candidatos, após a aplicação do PEI. Tratando do desenvolvimento dessas habilidades cognitivas, uma das quais, também conhecida como pensamento radial (que se assemelha a um sistema de busca de vínculos entre grupos de informações armazenados em nossa memória, mecanismo valioso no uso da criatividade de 2ª ordem – aquela cujo processo criativo é elaborado a partir de distorções de conhecimentos prévios ou re-contextualizações de estruturas observadas em outros campos do conhecimento), é evidente que o uso dos mapas mentais auxiliará no desenvolvimento dessas competências de forma lenta e gradativa, enquanto alteramos nossas estratégias de anotação e organização do pensamento. Isto é, enquanto o mapeamento é uma “ferramenta” veloz de registro de informações (pois abrevia significativamente os textos ao utilizar-se apenas das palavras-chave, símbolos e sistemas gráficos de vinculação de informações – lembre-se da lei 80% da informação útil está registrada em apenas 20% das palavras de um texto em prosa), constitui-se num mecanismo lento e gradual de desenvolvimento cognitivo, porém poderoso, simples e natural. Assim, será tanto melhor quanto for exercitado desde a mais tenra idade, de modo que seja percebido, desde o início, como uma estratégia complementar na organização e estruturação do pensamento. Portanto, considerando o que expusemos até agora sobre as descobertas da ciência a respeito das especialidades do processamento cerebral, os mapas mentais apresentam-se como uma das melhores “ferramentas” para manipular informações (anotação e organização de pensamento) à medida que induzem o processamento coordenado de ambos hemisférios cerebrais, isto é, além de utilizarmos palavras, números, ordenações, cronologia (seqüenciamento no tempo), seqüências e linhas, tudo em preto e branco; incluímos e associamos cores, imagens, ilustrações, dimensões, símbolos, referências globais e simultâneas.

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Aplicações A natureza dos mapas mentais, conforme já dissemos, está intimamente relacionada com as funções e operações da mente de encadear, relacionar, comparar, classificar, etc., ou seja, processar, de uma forma geral, as informações coletadas tanto do universo exterior (objetivas) quanto do interior (subjetivas). Dessa forma, o mapeamento mental pode ser utilizado em quase todas as atividades, nas quais o pensamento, a memória, o planejamento e a criatividade estejam envolvidos. Vamos agora relacionar algumas das principais situações em que os mapas mentais podem ser utilizados, oferecendo seus benefícios e sua simplicidade:

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17 Telefonemas: registrando assuntos, detalhes, datas e acompanhamentos; pois é freqüente as pessoas que receberam uma ligação de alguém que solicitou providências para três assuntos diferentes, esquecerem-se de um ou dois, ou pelo menos de algum detalhe;



Entrevistas de candidatos, dividindo a parte acadêmica com cores frias, e a parte da personalidade e atitudes com cores quentes, e ainda fazer o roteiro das perguntas a serem feitas;



Análise de contratos: separar por cláusula com os assuntos a serem discutidos ou separar o que é negociável do que não é negociável, ou o que é desnecessário;



Perfil de clientes: tempo de relacionamento com detalhes importantes para mostrar que você conhece e se lembra bem do cliente, como eventos importantes relatados por ele, nomes de esposa ou filhos, datas de comemorações, preferências. O cliente se sentirá extremamente diferenciado e importante se, após um ano sem encontrá-lo, você lembrar-se do nome de seus filhos ou de sua comida favorita ou bebida predileta;



Resumo de livros: em três passos, o primeiro é folhear o livro procurando o índice, letras em itálico, tópicos principais, negritos, fotos, desenhos ou gravuras, isso deve levar cerca de 5 minutos. O segundo passo é montar o mapa mental com os capítulos ou divisões do índice nos troncos principais e as seções e subseções nas ramificações (ramos). O terceiro passo é ler o livro e completar o mapa com os detalhes que você considerar relevantes, de acordo com os seus objetivos prévios da leitura;



“Brain storming”: é uma estratégia muito utilizada para a criação de novas idéias; nesse caso, os mapas mentais funcionam simplesmente para anotar as idéias livremente numa primeira etapa. A seguir, pode-se refazer o mapa agrupando idéias semelhantes em categorias, no caso de algumas dessas idéias serem subcategorias de outras, utilizando-se o recurso de hierarquização de informações próprio dos mapas mentais (raiz, tronco, ramos, galhos e folhas);



Reuniões: para fazer uma pauta ou a ata, um plano de ação, ou ainda, durante uma negociação, trocar informações confidenciais com algum outro membro da própria equipe (caso no qual se combina, previamente, um código de comunicação utilizando-se diferentes cores de canetas com os colegas, por exemplo: se a cor verde for utilizada para indicar a opinião de uma negociação boa e a cor azul para sinalizar que a negociação não está se encaminhando conforme o esperado).

Podemos ainda incluir uma lista bem mais detalhada, que inclua muito mais situações nas quais os mapas mentais podem ser úteis, entretanto, se avaliarmos os contextos acima como se fossem categorias, podemos generalizar o uso dos mapas para todas aquelas classes de atividades. Ao utilizarmos os itens anteriores para construir o mapa seguinte, observe que a inclusão de muitas informações em um único mapa pode congestioná-lo, tornando-o menos interessante. Por outro lado, enquanto recurso de resgate de informações, talvez seja conveniente incluirmos mais conteúdo em algumas ocasiões. Essa é uma das limitações do uso dos mapas: eles aceitam o que colocarmos neles! Logo, caso as idéias, relações e hierarquia não estejam bem definidas previamente, possivelmente tenhamos que reelaborá-los algumas vezes, até alcançar o grau de compactação ideal das informações do assunto tratado. Essa é uma das maiores vantagens do uso de softwares para elaboração de mapas, já que podemos alterá-los e simulá-los quantas vezes forem necessárias antes ou depois de utilizá-los.

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Benefícios

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20 Já comentamos muitas vezes os inúmeros benefícios obtidos com a utilização regular dos mapas mentais, por isso, não vamos nos alongar muito nesta seção. De um modo geral, é uma excelente “ferramenta” que complementa nossa linguagem escrita, enriquece nossa expressão criativa e desenvolve mais flexibilidade e recursos mentais. Outros Exemplos

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21 O mapa acima é um resumo do livro “Domesticando o Dragão – Aprendizagem Acelerada de Línguas Estrangeiras”; e o seguinte é um mapa mental de resumo do livro “O Pequeno Príncipe”.

A seguir temos um exemplo escolar bastante simples do estudo de geografia: “Mapas Mentais – Apresentação e Exemplos” capítulo extraído do livro “MAPAS MENTAIS – Enriquecendo Inteligências” de Viviani Bovo e Walther Hermann – 2005

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“Mapas Mentais – Apresentação e Exemplos” capítulo extraído do livro “MAPAS MENTAIS – Enriquecendo Inteligências” de Viviani Bovo e Walther Hermann – 2005

23 Para finalizar esta seção, apresentamos um mapa completo de resumo do que foi aqui tratado:

“Mapas Mentais – Apresentação e Exemplos” capítulo extraído do livro “MAPAS MENTAIS – Enriquecendo Inteligências” de Viviani Bovo e Walther Hermann – 2005