Manual de Mapeamento de Perigo e Risco a Movimentos

I Workshop do Comitê Brasileiro de Cartografia Geotécnica e Geoambiental. 23 a 25/8/2017 Projeto de Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão I...
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I Workshop do Comitê Brasileiro de Cartografia Geotécnica e Geoambiental. 23 a 25/8/2017

Projeto de Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada em Riscos de Desastres Naturais (GIDES)

Manual de Mapeamento de Perigo e Risco a Movimentos Gravitacionais de Massa Métodos Sandra Fernandes da Silva Divisão de Geologia Aplicada – DIGEAP Serviço Geológico do Brasil – SGB/CPRM E-mail: [email protected]

 Foco no município: gestores municipais são os executores do manual

PREMISSAS Gerais

 Regras não obrigatórias: Servem de referência para os municípios com ausência de padrões estatísticos  Sem indicação de contramedidas

Produtos

Documentos cartográficos - setores de PERIGO e RISCO

Base Cartográfica Base de dados Primeira Etapa

Definição dos Locais de Interesse Área de Estudo Delimitação do Limite de Abrangência

Segunda Etapa

Escritório

Análise do Perigo

Campo

Delimitação das Áreas Críticas e de Dispersão

Validação das Áreas de Perigo Potencial Qualificação do Perigo

Terceira Etapa

VISÃO GERAL

Histórico dos Processos

Qualificação da Vulnerabilidade das Edificações Análise do Risco Qualificação do Risco

Tipologias

TIPOLOGIAS

Fundamento conceitual (geometria, material e dinâmica)

Deslizamentos

Fluxo de Detritos

Quedas

Nomenclatura

COBRADE / JTC1

Augusto Filho, 1992

Augusto Filho, 1992

Augusto Filho, 1992 / Varnes, D. J. 1978

 Contatos iniciais integrando os setores da prefeitura;

ETAPA 1 LEVANTAMENTOS INICIAIS

 Difusão de informações sobre perigo e risco;  Reconhecimento dos trabalhos anteriores (histórico de cadastros) da defesa civil;

Base cartográfica Grupos de Informação

Reuniões Iniciais

ETAPA 1 Levantamentos Iniciais i. ii. iii. iv.

Reuniões Iniciais Bases Cartográficas Área de Estudo Resultados

Bases Cartográficas

Temas

Formato Vetorial

Folhas Topográficas IBGE, Curvas de nível hidrografia – transportes – linhas de limite – localidades – sistema viário

Formato Raster

Modelos Digitais de Elevação (MDE) e Modelos Digitais de Terreno (MDT), aerofotogrametria, imagens de satélite.

Mapas Temáticos

Movimentos de Massa, Machas de Inundação, Susceptibilidade, Perigo, Risco, Plano Diretor, zoneamentos, Carta Geotécnica.

Locais de Interesse

Área de Estudo Topo da Encosta

Limite de abrangência

Áre a

Ab ran

fo n te

gên cia

Local de Interesse!

Áreas de Interesse

ETAPA 1 Levantamentos Iniciais i. ii. iii. iv.

Reuniões Iniciais Bases Cartográficas Área de Estudo Resultados

Limite de Abrangência

ETAPA 1 Levantamentos Iniciais i. ii. iii. iv.

Reuniões Iniciais Bases Cartográficas Área de Estudo Resultados

ETAPA 1 Levantamentos Iniciais i. ii. iii. iv.

Reuniões Iniciais Bases Cartográficas Área de Estudo Resultados

Resultados progressivos:  Base cartográfica reunida e disponível  Área de estudo delimitada

Aplicação de regras e critérios topográficos para a identificação do perigo potencial - cada tipo de movimento de massa Olhar sobre o terreno

ETAPA 2 ANÁLISE DO PERIGO

Terreno sempre manifesta feições de instabilidade, com ou sem as condicionantes antrópicas.

Escala apropriada 1:10.000

(MDE com resolução de 2 metros)

Passo 1 – Identificação (pré-seleção)

Passos:

Passo 2 – Delimitação Passo 3 – Qualificação

MDE com resolução de 2 metros

ESCALA

MDE com resolução de 30 metros

Critérios Topográficos

ETAPA 2 Análise do Perigo i. ii. iii.

Identificação Critérios topográficos para tipologias potenciais - Deslizamentos Planares Delimitação

Qualificação Inclinação da encosta igual ou maior que 25° Altura da encosta igual ou maior que 5 metros

Identificação – Tipologias e Ações TIPOLOGIAS

ETAPA 2 Análise do Perigo

Planar Rotacional

i. ii. iii.

Identificação Delimitação Qualificação

AÇÕES

Ação 1 – Inclinação 25° Ação 2 – Amplitude 5 m

Ação 1 - Busca de Feições/Indícios

Ação 1 – Drenagens Ação 2 – Confinamento - gabarito

Fluxo

Ação 3 – Inclinação confinamento Ação 4 – Delimitação bacia Ação 5 – área da bacia

Ação 6 – Linha de Fluxo

Quedas

Ação 1 – Presença de maciços Ação 2 – Inclinação 50°

Ação 3 – Amplitude 5 m

ETAPA 2 Análise do Perigo i. ii. iii.

Identificação Delimitação Qualificação

Resultados progressivos:

 Área de estudo  Polígonos de identificação

Raio de Ação da Tipologia (deflagração / atingimento)

ETAPA 2 Análise do Perigo

Áreas CRÍTICA

i. ii. iii.

Identificação Delimitação Qualificação

POTENCIAL

Descrição Área onde ocorre a deflagração do movimento e também atingimento com maior concentração da força de impacto. Área onde ocorre apenas atingimento com dispersão da força de impacto.

Crítica e Potencial com regras (e cores)

ETAPA 2 Análise do Perigo i. ii. iii.

Identificação Delimitação Qualificação

DELIMITAÇÃO

ETAPA 2

TIPOLOGIA

ESCALA

PLANAR

1:10.000

ROTACIONAL

LIMITE SUPERIOR

LIMITE INFERIOR

CRÍTICA

[Topo + 10 m]

[Base + 1xH (máx 30 m)]

POTENCIAL

[Topo + 10 m]

[Base + 2xH (máx 50 m)]

CRÍTICA

[estreitamento curvas topo]

[Base + L1 x 0,2]

POTENCIAL

[estreitamento de curvas topo]

[Base + L1 (máx 250m)]

CRÍTICA

Início LF (PI)

LF, após PD, onde incl < 7° (em intervalo de 200 m das perpendiculares)

FLUXO

POTENCIAL

Início LF (PI)

LF, após PD, onde incl < 2° (intervalo de 200 m das perpendiculares)

CRÍTICA

[topo]

SEM RAMPA [Base + H, máximo 100 metros ] /

POTENCIAL

[topo da encosta]

FIM DA CONDIÇÃO TOPOGRÁFICA

1:10.000

Identificação Delimitação Qualificação QUEDAS

20m proj horizontal cada lado da LF (máx 5 m de altura) LF confinada [5m altura cada lado]

Se 50°-70°: COM ou SEM RAMPA [Base+H, máx 250m]

1:10.000

X

LIMITES LATERAIS

FIM DA CONDIÇÃO TOPOGRÁFICA

1:10.000

Análise do Perigo i. ii. iii.

REGRAS

Se 70°-90° : COM RAMPA [Base + H, máx 250m] / SEM RAMPA [Base + H, máx 50m]

LF não confinada [projeção 30° ou 5 metros)

FIM DA CONDIÇÃO TOPOGRÁFICA

Delimitação – Tipologias e Ações TIPOLOGIAS

ETAPA 2

AÇÕES Ação 1 – Perpendiculares Ação 2 – Extremidades

Planar

Ação 3 – Altura Ação 4 – Delimitação CRÍTICA

Análise do Perigo i. ii. iii.

Identificação Delimitação Qualificação

Ação 5 – Delimitação POTENCIAL Ação 6 – Finalização Ação 1 – Limites

Rotacional

Ação 2 – Direção e extensão (L1) Ação 3 – Delimitação CRÍTICA e POTENCIAL Crítica

Ação 1 – Perpendiculares Ação 2 – Projeção de Pontos

Fluxo

Ação 3 – Delimitação final Potencial

Ação 1 – Projeção Ação 2 –3Rebatimento Ação –

Comparação e Ação 4 – Repetição marcação Ação 5 – Delimitação final Ação 1 – Segmentação em grupos

Quedas

Ação 2 – COM RAMPA Ação 3 – SEM RAMPA

Delimitação

ETAPA 2 Análise do Perigo i. ii. iii.

Identificação Delimitação Qualificação

Resultados progressivos:  Área de estudo  Polígonos de identificação  Limites críticos e potenciais projetados (sobre a identificação)

Qualificação x Quantificação

ETAPA 2 Análise do Perigo i. ii. iii.

Identificação Delimitação Qualificação

Classes de Perigo Perigo Perigo Baixo (P1)

Caracterização Os indícios de instabilidade no terreno são de baixa ou nenhuma potencialidade para o desenvolvimento de processos de movimentos de massa. Não são observados sinais, feições nem evidências de instabilidade. Mantidas as condições existentes não se espera a ocorrência de eventos destrutivos no período compreendido por uma estação chuvosa normal. Perigo Os indícios de instabilidade no terreno são de média potencialidade moderado para o desenvolvimento de processos de movimentos de massa. Não (P2) são observados sinais, feições e evidências de instabilidade. Mantidas as condições existentes é possível a ocorrência de eventos destrutivos no período compreendido por uma estação chuvosa normal. Perigo Alto Os indícios de instabilidade no terreno são de alta potencialidade (P3) para o desenvolvimento de processos de movimentos de massa. Estão presentes sinais, feições e evidências de instabilidade. Mantidas as condições existentes é alta a possibilidade de ocorrência de eventos destrutivos no período compreendido por uma estação chuvosa normal. Perigo Muito Os indícios de instabilidade no terreno são de muito alta Alto potencialidade para o desenvolvimento de processos de movimentos (P4) de massa. Estão presentes sinais, feições e evidências de instabilidade. Mantidas as condições existentes é muito alta a possibilidade de ocorrência de eventos destrutivos no período compreendido por uma estação chuvosa normal. (Recomendado o isolamento da área)

 Indícios de Instabilidade  Estação chuvosa normal  Necessidade de Campo

Tabela de indícios Ocorrência

Indício de instabilidade no terreno

ETAPA 2 Análise do Perigo i. ii. iii.

Identificação Delimitação Qualificação

Ausente

Indício a Indício b Indício c

Presente

Px

Px

Pz

Pz

Py

APLICAÇÃO DA QUALIFICAÇÃO DO GRAU DE PERIGO1 – DESLIZAMENTO PLANAR Ocorrência Indício de instabilidade no Ausente Presente Marcante terreno Trincas Árvores Inclinadas Surgência / saturação solo Degrau / Subsidência Cicatrizes de deslizamento

Marcante Quant. Dim.

P3 P2

P4 P4

CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE PERIGO – QUEDAS Indício de Ausente Presente Marcante instabilidade no terreno Lascas instáveis na encosta Encostas fraturadas Cicatrizes de desplacamento Presença de blocos soltos na encosta e na base Presença de campos de blocos

CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE PERIGO – DESLIZAMENTO ROTACIONAL Indício de Ocorrência instabilidade no terreno Presente Marcante Trincas Surgência / saturação solo Degrau / Subsidência Deformações nas estruturas de rodovias e ferrovias (base da encosta) Estreitamento da margem de rios (base da encosta)

P3

P4

Intumescência basal Histórico de Ocorrência

CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE PERIGO – FLUXO DETRITOS Indício de instabilidade no Ocorrência terreno Ausente Presente Depósitos pretéritos Canais de drenagem erodidos??? (biblio – comportamento geotécnico das encostas)

Usar tabelas de área/ inclinação e espessura abaixo

P4

Sem P1 ?!

ETAPA 2

(Área crítica = geração de processos.

Análise do Perigo

Mesmo sem evidencias é P2)

Resultados possíveis para a qualificação de perigo: Classificação de perigo

Identificação Delimitação Qualificação

Obra de contenção

i. ii. iii.

P2 P1

P3

P2

P2 P1

contenção

reduz

o

P4

P3

P1

Obra de perigo?

P3 P1

P2

 A obra de engenharia deve estar aplicada ao terreno e não às construções;  A obra deve estar oficialmente certificada como obra de prevenção de movimento de massa da mesma tipologia identificada pelas orientações desde manual;

ETAPA 2 Análise do Perigo i. ii. iii.

Identificação Delimitação Qualificação

Resultados progressivos:    

Área de estudo Polígonos de identificação Limites críticos e potenciais projetados Áreas de perigo

 Aplicação do fator físico da vulnerabilidade (olhar sobre as construções);

ETAPA 3

 Envolve trabalhos de campo e escritório;

ANÁLISE DO RISCO

 Deve levar a formulação de uma carta de risco para a área de estudo.

Vulnerabilidade

ETAPA 3 Análise do Risco i. ii.

Vulnerabilidade Risco

Fator físico - resistência das construções e proteções da infraestrutura (ONU, 2004)

Olhar sobre as construções Não existem no Brasil cálculos oficiais para a determinação da resistência das estruturas que fundamentem a determinação de graus de vulnerabilidade. A solução é a avaliação do parâmetro vulnerabilidade a partir da observação do material envolvido nas construções – de alvenaria a madeira – e da presença de danos estruturais – trincas e rachaduras.

Classes de Vulnerabilidade Tabela de classes de Vulnerabilidade Vulnerabilidade Baixa (V1)

ETAPA 3

Construções de alvenaria bem construídas, sem danos estruturais, e que apresentam laudo técnico específico de engenharia comprovando sua resistência frente ao fenômeno geológico identificado.

Análise do Risco

Vulnerabilidade Moderada (V2)

i. ii.

Vulnerabilidade Alta (V3)

Vulnerabilidade Risco

Construções de alvenaria visualmente bem construídas, sem danos estruturais (provocados por movimentações no terreno). E Não necessita de laudo técnico especializado.

Construções de alvenaria com danos estruturais presentes (provocados por movimentações no terreno). Ou Construções mistas (alvenaria e madeira) ou totalmente de madeira visualmente bem construída. Vulnerabilidade Muito Alta (V4) Construções de alvenaria com danos estruturais marcantes. Ou Construções mistas danificadas (com trincas e danos estruturais), casa de madeira, casas de pau a pique ou de taipa em condições construtivas precárias.

Tipo de construção Alvenaria (com laudo técnico) Alvenaria (sem laudo técnico) Madeira Mista

Sem danos V1 V2 V3 V3

Danos estruturais Danos presentes Danos marcantes V3 V4 V4 V4 V4 V4 V4 V4

Área de aplicação

ETAPA 3 Análise do Risco i. ii.

Vulnerabilidade Risco

Extensão total das áreas delimitadas Todas as construções existentes nas áreas críticas e potencial são avaliadas.

Análise da vulnerabilidade e Representação gráfica

ETAPA 3 Análise do Risco i. ii.

Vulnerabilidade Risco

Análise pontual

Representação Individual ou generalizada

Matriz de Cruzamento (perigo x vulnerabilidade)

ETAPA 3 Análise do Risco i. ii.

Vulnerabilidade Risco

Tabela de Risco - descritiva Risco Descrição R1 Baixo a moderado nível de perigo identificado e delimitado, ausência de indícios de instabilidade no terreno, alto nível de resistência das construções. Mantidas as condições médias de chuvas para o local é baixa a possibilidade de ocorrência de eventos destrutivos. R2 Moderado nível de perigo identificado e delimitado, presença de indícios de instabilidade no terreno, alto a moderado nível de resistência das construções. Mantidas as condições médias de chuvas para o local é moderada a possibilidade de ocorrência de eventos destrutivos. R3 Elevado nível de perigo identificado e delimitado, indícios claros de instabilidade no terreno, baixo a moderado nível de resistência das construções. Mantidas as condições médias de chuvas para o local é alta a possibilidade de ocorrência de eventos destrutivos. R4 Elevado nível de perigo identificado e delimitado, presença marcante de indícios de instabilidade no terreno e baixos níveis de resistência das construções. Mantidas as condições médias de chuvas para o local é muito alta a possibilidade de ocorrência de eventos destrutivos.

INFORMAÇÕES DA VULNERABILIDADE

ETAPA 3 Análise do Risco i. ii.

Vulnerabilidade Risco

ETAPA 3

Resultados progressivos:

Análise do Risco i. ii.

Vulnerabilidade Risco

Resultados

    

Área de estudo Polígonos de identificação Limites críticos e potenciais projetados Áreas de perigo Áreas de risco

EQUIPE TÉCNICA RESPONSAVEL

OBRIGADA !

Elaboração Andrea Fregolente Breno Beltrão Dario Dias Peixoto Diogo Rodrigues Silva Guilherme Henrique Santos Peret Ítalo Prata de Menezes Júlio Cesar Lana Larissa Flávia Montandon Silva Luiz Felipe brandão Ladeira Maria Emília Brenny Natália Dias Lopes Pedro Augsuto dos Santos Pfaltzgraff Rafael Silv a Araújo Rafael Silva Ribeiro Thiago Dutra dos Santos Colaboração Adelaide Mansini Maia Anselmo Pedrazzi Frank Gurgel Santos Marcelo Ambrósio Estagiárias Ana Carolina Duarte Giovanna Tristão Rodrigues da Cunha