DEMOGRAFIA & URBANIZAÇÃO
DEMOGRAFIA
CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL A população do planeta continua crescendo, porém em ritmo mais lento (1,23% ao ano) do que no passado. Podemos destacar duas grandes explosões demográficas na história mundial recente: 1º. Na Europa, no século XIX; 2º. Nos países subdesenvolvidos no pós Segunda Guerra Mundial. Estas explosões demográficas correspondem ao que se consideram períodos de Transição Demográfica, isto é, momentos em que os valores do crescimento vegetativo estão muito elevados. As três fases do ciclo demográfico são as seguintes: ● Regime demográfico tradicional ou pré-industrial: elevadas taxas de natalidade e mortalidade = baixo crescimento populacional; ● Período de transição demográfica: elevadas taxas de natalidade e declínio das taxas de mortalidade = elevado crescimento populacional; ● Regime demográfico moderno ou pós-industrial: baixas taxas de natalidade e de mortalidade = baixíssimo crescimento populacional, estagnação e até mesmo taxas negativas de crescimento. Na Europa, a transição demográfica já se completou.
BRASIL: As três fases do ciclo demográfico são as seguintes: ● Primeira fase: elevadas taxas de natalidade e mortalidade = baixo crescimento populacional. Início do século XX; ● Segunda fase: elevadas taxas de natalidade e declínio das taxas de mortalidade = elevado
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crescimento populacional. É a transição demográfica propriamente dita. Auge na década de 60 do século XX; Terceira fase: baixas taxas de natalidade e de mortalidade = baixíssimo crescimento populacional. O Brasil só deverá ingressar nessa fase no início do século XXI.
TEORIAS DEMOGRÁFICAS ●
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A Teoria Malthusiana (1798): baseou-se em dois princípios: A população tende a crescer segundo uma progressão geométrica, duplicando a cada 25 anos; A produção de alimentos cresceria em progressão aritmética. Os Neomalthusianos ou Alarmistas: o elevado crescimento demográfico causa a generalização da pobreza nas regiões subdesenvolvidas. As soluções eram a implantação de políticas oficiais de controle de natalidade mediante o emprego de pílulas anticoncepcionais, abortos, amarramento das trompas, vasectomia, etc. Os Reformistas ou Marxistas: a situação de miséria e subdesenvolvimento a que foi submetido os países pobres é a responsável pelo crescimento demográfico. Defendem a adoção de profundas reformas sociais e econômicas para superar os graves problemas destes países; Os Ecomalthusianos: o elevado crescimento demográfico resulta em uma grande pressão sobre os recursos naturais e um sério risco para a o futuro. O controle de natalidade seria uma forma de preservar o patrimônio ambiental.
PIRÂMIDE ETÁRIAS Os principais elementos de uma pirâmide são as seguintes: ● Base – parte inferior, que representa a população jovem. ● Corpo – parte intermediária, que representa a população adulta. ● Cume ou topo – parte superior, que representa a população velha. As pirâmides mais características são as representativas dos países pobres ou subdesenvolvidos, chamadas de pirâmides de "países jovens", e as representativas dos países ricos ou desenvolvidos, chamadas de pirâmides de "países velhos". Pirâmide etária do Brasil As modificações ocorridas na estrutura etária da população brasileira nas últimas três décadas alteraram, de modo significativo, a pirâmide etária do Brasil. Ela se distanciou das pirâmides dos países subdesenvolvidos e se aproximou das pirâmides dos países desenvolvidos. Estas mudanças são consequências de alterações na dinâmica demográfica do país, em que se destacam: ● Declínio da taxa de natalidade, fecundidade e mortalidade em geral; ● Aumento da população idosa no conjunto da população, isto é, aumento da expectativa de vida; ● Tendência da pirâmide etária do Brasil atingir a configuração ou perfil da dos países desenvolvidos. ●
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DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO ATIVA POR SETORES DE ATIVIDADE (PEA) A PEA se distribui pelos seguintes setores de atividades: Primário – abrange a agropecuária, a caça, a pesca e o extrativismo mineral e vegetal. Secundário – abrange as indústrias de transformação, da construção civil e da mineração. Terciário – abrange as atividades ligadas à prestação de serviços: comércio, transportes, comunicações, atividades liberais, funcionalismo público, educação e outras. Ainda há o setor informal, que é composto por trabalhadores que não participam diretamente do sistema tributário, não têm carteira assinada e quase sempre não têm acesso aos direitos trabalhistas. O critério da distribuição da PEA é uma medida do desenvolvimento econômico de uma sociedade. Assim, nos países desenvolvidos, a diminuição da PEA nos setores primário e secundário não significa o enfraquecimento das atividades agropecuárias e industriais, respectivamente; pelo contrário, significa a transformação do campo e da indústria através da implementação de modernas formas de produção que acabam por “economizar” mão de obra. Brasil: distribuição da população ativa por setores de atividade (%) Setor
Primário
Secundário
Terciário
Parcela da PEA
14,2
22,7
63,1 Fonte: IBGE, Anuários Estatísticos do Brasil
MIGRAÇÕES As migrações ocorrem quanto: À espacialidade da migração: ● Interna – dentro de uma determinada área, país, região, etc. Se for dentro de um país a migração pode ser intra-regional ou inter-regional.; ● Externa – de fora de um país para dentro e/ou vice-versa. Ao tempo: podem ser permanentes ou temporárias. As causas: naturais, econômicas, políticas e culturais; podendo ser repulsivas ou atrativas. Migrações internas ou nacionais podem ser: ● Pendulares – são deslocamentos diários da população entre o local de residência e o local de trabalho e/ou estudo; ● Transumância ou sazonal – são migrações temporárias motivadas por mudanças climáticas; ● Êxodo rural – nos países desenvolvidos a principal causa é a mecanização das lavouras, já nos países em desenvolvimento são as precárias condições de vida no campo e a atração pelas grandes cidades. BRASIL: ● Até início do século XX: país de atração populacional; ● Década de 80 até início do século XXI: país de repulsão populacional; ● A partir de 2010: país de atração populacional.
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URBANIZAÇÃO
PROCESSO DE URBANIZAÇÃO ● Nos países centrais: urbanização mais antiga (ocorreu de forma mais lenta e organizada); ● Nos países subdesenvolvidos industrializados: apresentam taxas de urbanização iguais ou até superiores às de países desenvolvidos, alcançadas num espaço de tempo muito inferior e de forma desorganizada; ● Nos países subdesenvolvidos não industrializados: apresentam baixos índices de urbanização. FENÔMENOS URBANOS A população mundial residente em áreas urbanas (2010) chegou a 52%, com graus diferenciados entre países desenvolvidos e América do Sul e Central (75%) e países subdesenvolvidos (37%). Com o aumento da urbanização surgem os chamados fenômenos urbanos: - Conurbação - Aglomerações Urbanas - Regiões Metropolitanas - Metrópoles - Megalópoles - Megacidades - Cidades Globais - Tecnopolos ou cidades tecnológicas URBANIZAÇÃO DO BRASIL Até as décadas de 30/40 do século XX = arquipélagos regionais. A partir do século XX (± 1940) o país deixa de ser um país agrário para tornar-se industrial. No início deste processo, grande parte da população rural que deixava as regiões rurais deslocava-se para as grandes cidades, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro e outras capitais (metropolização). Sabe-se que a urbanização concentrada reflete em concorrência acirrada pelo trabalho, degradação ambiental, violência urbana, impostos mais altos, maior dificuldade em adquirir imóveis residenciais, tempo gasto para deslocamentos intraurbanos, entre outros. Devido a esses fatores, somados à questão da descentralização econômica (evolução dos meios de transporte e comunicação e reorganização do espaço industrial), a partir da década de 80 houve uma inversão dessas metrópoles em favor de cidades médias – processo chamado de desmetropolização.
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DESAFIOS DA URBANIZAÇÃO Habitação: ● Ocupação do solo; ● Loteamentos irregulares; ● Déficit habitacional; ● Saneamento básico deficiente; ● Favelas e cortiços; ● Segregação espaço-econômica.
Transportes: ● Congestionamentos; ● Acidentes; ● Poluição atmosférica; ● Poluição sonora.
Ambiental: ● Enchentes; ● Poluição dos d'água e do ar; ● Desmatamento; ● Deslizamento de massa; ● Ilhas de calor e inversão térmica; ● Chuvas ácidas; ● Lixo.
Foi aprovado no país, em julho de 2001, como uma das formas de reduzir os problemas causados pela urbanização intensa, o Estatuto da Cidade, que previa a criação de planos diretores para as cidades com mais de 20 mil habitantes num prazo máximo de cinco anos, contados a partir da aprovação da lei federal. Os planos diretores visam delimitar diretrizes gerais para o desenvolvimento urbano e democratizar a gestão das cidades.
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