Brasileiros sem Fronteiras na Universidade de Alberta Desbravando a Universidade de Alberta, Edmonton, e o Canadá É com muito prazer que lançamos a primeira edição da revista eletrônica “Brasileiros sem Fronteiras na Universidade de Alberta.” Essa revista é o produto de uma iniciativa da Universidade de Alberta para contar um pouco das experiências dos estudantes do Ciência sem Fronteiras (CsF) para seus pais e amigos. A equipe de apoio da Universidade de Alberta acredita que, graças ao programa de graduação sanduíche realizado pelo governo brasileiro, esses jovens estão tendo acesso a uma oportunidade internacional maravilhosa.
Um pouco sobre a Universidade de Alberta–Edmonton, Alberta, Canadá Alguns fatos e estatísticas sobre a Universidade de Alberta: • 38.000 estudantes de 146 países • 200 cursos de graduação e 170 cursos de pós-graduação • 24 línguas ensinadas • Mais de 242.000 ex-alunos no mundo todo • Mais de 400 clubes estudantis Mais informações na página em português da Universidade de Alberta: www.studyincanada.ualberta.ca/brazil Veja fotos da Universidade de Alberta e de Edmonton: www.studyincanada.ualberta.ca/lifeatualberta
O que é o Ciência sem Fronteiras (CsF)? Com o intuito de promover a internacionalização da ciência e tecnologia, o programa vai oferecer até 101 mil bolsas em quatro anos para que os melhores estudantes brasileiros nos níveis de graduação e pós-graduação tenham a oportunidade de completar parte do seu curso em outros países. A Universidade de Alberta, através do consórcio CALDO, é aprovada pelo programa para receber estudantes. Para maiores detalhes, visite os sites do CALDO e do programa CsF. www.caldo.ca www.cienciasemfronteiras.gov.br
Uma estrutura que incentiva o estudante do Ciência Sem Fronteiras a superar desafios Luiz Fernando Drummond Salvador sempre foi fascinado pelo Canadá e suas belíssimas paisagens. “Ainda não acredito que estou aqui,” diz o estudante de engenharia florestal da Universidade Federal de Viçosa. Sua decisão de estudar na Universidade de Alberta foi também o resultado de uma escolha profissional.
Luiz Fernando Drummond Salvador, 21 anos, estudante do curso de Engenharia Florestal na Universidade Federal de Viçosa.
Luiz sabia que a instituição canadense oferecia um programa excelente na sua área e, na dúvida entre duas universidades parceiras do CALDO, ele escolheu Alberta
por sua localização próxima a várias áreas de conservação ambiental. Luiz ficou impressionado com a infra-estrutura e os recursos que possibilitam que os alunos sejam totalmente independentes. Todos os estudantes possuem um cartão (o “One Card”) para retirar livros nas bibliotecas e ter acesso a prédios, salas, dormitórios, academia, etc. Luiz também percebeu que, enquanto as bibliotecas oferecem muito mais do que livros, as salas de aulas são bem estruturadas,
confortáveis, e repletas de recursos tecnológicos. Esse acesso à tecnologia também contribui para tornar as aulas mais dinâmicas. Luiz também menciona as oportunidades de lazer e esporte oferecidas por clubes estudantis e o centro de recreação da Universidade. Com tantas oportunidades de integração com a universidade e a comunidade em geral, os estudantes do Ciência sem Fronteiras (CsF) podem se tornar mais envolvidos com atividades extracurriculares. próxima página >>
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Falando em lugares maravilhosos para explorar... A cidade de Edmonton está localizada próxima às montanhas rochosas, que os estudantes do CsF visitaram em setembro de 2012. Veja os registros do passeio ao Banff National Park, viagem organizada pelo centro de estudantes internacionais da Universidade de Alberta.
O Júlio Vitor Ch amorro e Silva , estudantes do conta através de tirinhas um CsF na Unive pouco das av rsidade de Al berta, enturas durant e o passeio a Banff.
Luiz Fernando Drummond Salvador..... “Me tornei mais participativo e com mais interesse em me envolver.” Para Luiz, isso é muito importante, pois ele tem o desejo de contribuir mais ativamente para o desenvolvimento de sua universidade em Viçosa. E quanto aos professores da Universidade de Alberta? Na opinião de Luiz, além de bem preparados e estimulantes, os professores são de várias partes do mundo, o que “mostra que a universidade está aberta” a
outras culturas. Essa abertura cultural talvez tenha influenciado a compreensão que os professores têm com alunos estrangeiros. Por exemplo, vários professores do Luiz se disponibilizaram para dar apoio em caso de qualquer dificuldade que ele tenha nos cursos. “A universidade está preparada para receber esses alunos internacionais.” Para Luiz, o grande número de alunos estrangeiros também “prova que
Brasileiros sem Fronteiras na Universidade de Alberta—Novembro 2012
a universidade é reconhecida em todo o mundo.” Luiz acredita que essa experiência internacional terá um impacto imenso em sua vida acadêmica e pessoal. “Presenciar e vivenciar essa estrutura e vida acadêmica irá me ajudar a melhorar como pessoa, estudante e profissional.” Há certos desafios acadêmicos para os alunos estrangeiros, mas essas exigências não devem ser encaradas como algo negativo,
e sim como uma aprendizagem: “Me sinto desafiado, tendo que me tornar mais independente e pró-ativo. Sinto que tenho me desenvolvido muito aqui.” E em momentos nos quais esses desafios parecem enormes, Luiz dá um conselho a outros bolsistas do CsF: “Às vezes achamos que não somos capazes, mas não podemos deixar que esses desafios nos façam acreditar nisso. Nós podemos, e por isso estamos aqui.”
Recepção além das expectativas no Canadá e oportunidade para fazer a diferença no Brasil Apaixonado pelo Canadá antes de se candidatar para a bolsa do CsF e escolher a Universidade de Alberta, Vinícius Barros conta que a recepção que teve aqui superou todas suas expectativas.
Como exemplo, Vinícius explica que os professores são prestativos enquanto que seus métodos de ensino exigem que os alunos se esforcem mais e assumam mais responsabilidades.
“Fui bem recebido e aceito em todos os setores. As pessoas tinham a preocupação sobre meus costumes, tentaram me ajudar a adaptar e também explicaram sobre as diferenças culturais, como é a vida acadêmica, como posso me divertir e conviver com outras pessoas na moradia.”
“Isso te faz perceber qual o valor do trabalho e dos estudos... e te faz crescer mais na experiência acadêmica.” Esse aprendizado também se aplica à experiência pessoal. “Estou aprendendo a rever muitas coisas que eu acreditava serem absolutas,” conta Vinícius. É muito comum que as pessoas associem a liberdade individual à desordem social.
O estudante de engenharia mecatrônica da Pontifica Universidade Católica de Minas Gerais acredita que essa recepção foi fundamental para que ele se estabelecesse em uma cultura diferente.
Todavia, o estudante notou que os canadenses possuem a liberdade de se expressarem e fazerem muitas coisas, mas ainda sim eles agem com responsabilidade, bom senso e respeito dentro das possibilidades que as leis oferecem.
Há uma equipe preparada para receber alunos canadenses e internacionais. A universidade de Alberta conta com o Centro de Apoio ao Estudante (‘Student Success Centre’), onde temos acesso a conselheiros, palestras, e monitores. “A Universidade oferece vários serviços e sempre fui bem recebido. Fiquei satisfeito.”
Vinícius Barros, 20 anos, aluno do curso de engenharia mecatrônica da Pontifica Universidade Católica de Minas Gerais.
Vinícius acredita que, devido a essa equipe de apoio, os estudantes de engenharia se especializam bem em suas áreas principais de pesquisa e, ao mesmo tempo, aprendem sobre outras áreas de interesse. Vinícius também notou que embora esses serviços ofereçam pilares importantes para a adaptação e desenvolvimento dos estudantes estrangeiros dentro e fora da sala de aula, os alunos na Universidade de Alberta são constantemente incentivados a se tornarem autônomos.
Outro aspecto que Vinícius percebeu é a preocupação com o ambiente como o pensamento “paperless.” As pessoas tentam não fazer cópias ou impressões de documentos o tempo todo, “tornando a universidade mais limpa e econômica.”
Vinícius certamente levará novas idéias para casa tanto em termos culturais como profissionais para contribuir com o desenvolvimento de seu país: “Minha vontade é de aprender com essa experiência e encontrar uma maneira de melhorar cada vez mais o meu meio no Brasil. Se cada alunos do Ciência sem Fronteira tiver o pensamento de mudar o seu meio, esse projeto será grandioso. Se cada um mudar um pouco em cada lugar, isso fará uma grande diferença no país.”
Conhecendo o novo e o diferente no mosaico cultural do Canadá na Universidade de Alberta Quando o edital do CsF foi aberto, Camilla Floriano Mendes ficou deslumbrada com a oportunidade de ter uma experiência internacional durante a graduação, um sonho que ela contemplava desde o primeiro ano do seu curso. A princípio, tudo parecia ser uma realidade distante, mas logo esse sonho se materializou e tornou parte da vida da estudante de química da Universidade Federal de São Carlos.
Camilla Floriano Mendes, 21 anos, estudante de química da Universidade Federal de São Carlos.
Mas porque o Canadá? Camilla escolheu o país pelo interesse em desenvolver seu inglês, mas logo percebeu que estudar um ano no Canadá também lhe daria acesso a uma experiência única: o convívio com pessoas de outras culturas. “Há muita coisa diferente e legal
para aprender com diferentes culturas.” Quando questionada sobre como esse contato com outras culturas na Universidade de Alberta influenciará sua formação pessoal e suas aspirações profissionais, Camilla aponta vários benefícios. Primeiramente, o desenvolvimento do inglês que ela usa constantemente na comunicação com seus colegas canadenses e internacionais : “o inglês é prérequisito em qualquer emprego e no meio acadêmico, onde lemos artigos em inglês e teremos que publicar artigos em revistas estrangeiras.” Essa experiência multicultural na Universidade de Alberta também oferece uma lição muito além da
prática do inglês. Camilla explica que os estudantes aprendem a conviver com o outro, entendendo suas diferenças e não as julgando. “Aprendi que temos que pegar os pontos fortes de outras culturas para conhecer a nossa própria cultura.” Essa exposição a diversos costumes fez Camilla pensar sobre os pontos positivos e negativos de todas as culturas e agregar valores a sua forma de pensar. Por exemplo, Camilla diz que os canadenses são diferentes dos brasileiros. Enquanto os brasileiros são mais abertos, as pessoas aqui podem ser bem reservadas e rígidas. Porém essas características não são necessariamente próxima página >>
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Dicas dos bolsistas na Universidade de Alberta
Camilla Floriano Mendes....
O que o Luiz, a Camilla, e o Vinícius aconselham para futuros candidatos da bolsa de graduação sanduíche do CsF que estejam interessados na Universidade de Alberta:
negativas: “isso os faz focarem nos problemas e os resolverem rápido.”
• Sejam extremamente pontuais durante o processo da bolsa e durante o tempo que estiverem estudando aqui. • Procurem saber sobre as datas do exame de proficiência com antecedência e não façam o agendamento da prova na última hora. Em algumas localidades há muita procura na inscrição para as provas do IELTS/TOEFL e você pode perder o prazo de entrega do resultado. • Tenham paciência e persistência na finalização de todas as etapas do processo da bolsa do CsF pois vale muito a pena chegar aqui. • Participem o máximo possível na sala de aula e também se envolvam com as atividades sociais e culturais oferecidas para os estudantes. • Aproveitem o acesso a várias culturas nos campi da Universidade de Alberta. • Venham com responsabilidade, saibam o que vocês têm que fazer na universidade e não prevariquem. • Lembrem que estamos representando o Brasil e a forma como agimos ficará marcada aqui. • Dediquem-se bastante, pois o método de ensino é exigente. • Não tenham medo do novo (outro país, outros costumes, outro clima): transformem esse medo em curiosidade. • Aproveitem a experiência pois Edmonton é uma cidade linda, a Universidade de Alberta é muito boa, e as pessoas são incríveis.
“Aprender a lidar com outras culturas vai me ajudar a lidar com pessoas diferentes sem julgá-las e entrar em conflitos. Temos que aprender a conviver com o outro olhando além do que eu acho que faria.” “Isso é importante em qualquer ambiente profissional.” Embora essa lição não seja tão simples, Camila acredita que devemos “aprender a ter respeito e tolerância para com outras culturas.” A universidade conta com clubes e associações estudantis que oferecem ao aluno do CsF a possibilidade de conhecer um pouco da cultura canadense e também os diversos grupos culturais, religiosos, e até mesmo esportivos estabelecidos nos campi na Universidade de Alberta. Com isso, “nos integramos e fazemos mais do que ir às aulas.” Camilla participou de uma viagem ao parque nacional de Banff em setembro de 2012, organizada pelo centro de estudantes internacionais. E ela já está empolgada para sua próxima aventura. Sua moradia universitária está preparando uma viagem para esquiar. Todas essas atividades com seus colegas brasileiros, canadenses e de outras partes do mundo “serão relembradas como momentos muito bons no futuro.”
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Aprendizagens valiosas
O que os três alunos do CsF acreditam que levarão dessa experiência na Universidade de Alberta: • Proficiência em inglês. • O conhecimento de novas metodologias de pesquisa e novas tecnologias. • A possibilidade de abrir portas profissionais tanto no Brasil como em outras partes do mundo. • Mais envolvimento no meio acadêmico, participação na comunidade e o desejo de melhorar cada vez mais as universidades brasileiras. • A possibilidade de mudar o seu meio social.
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• Conhecimento de novos valores. • Respeito a pessoas, culturas, e perspectivas diferentes. • Desenvolvimento da habilidade de trabalhar em grupos de pessoas diversas. • As lembranças de viagens a lugares diferentes. Na próxima edição, iremos mostrar como é a vida dos alunos brasileiros que estão estudando na pós-graduação na Universidade de Alberta. E contaremos um pouco mais das próximas aventuras dos estudantes da graduação sanduíche do CsF. Até lá! Brasileiros sem Fronteiras na Universidade de Alberta—Novembro 2012
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