Perspectivas para a Inflação Luiz Awazu Pereira da Silva Relatório de Inflação Junho de 2015
Índice I. Principal Mensagem
II. Ambiente Internacional III. Condições Financeiras IV. Atividade
V. Evolução da Inflação
2
I. Principal Mensagem • Política Monetária está e deve manter-se vigilante para assegurar a convergência da inflação à meta de 4,5 % no final de 2016 • Inflação está elevada em 2015; Copom reitera necessidade de determinação e perseverança no combate à inflação no curto, médio e longo prazos 3
Primeiros Resultados em 2015 Mostram Transição • Ajuste macroeconômico é padrão e necessário: é
preciso perseverar com as políticas fiscal e monetária em curso • Observa-se redução inicial de desequilíbrios com
duplo ajuste de preços relativos (administrados e externos); melhora na conta corrente • Esforço deve continuar para fortalecer
fundamentos, preparar para normalização monetária externa e construir base sólida para novo ciclo de crescimento sustentável 4
Ajuste de Preços Relativos: Administrados x Livres 15
IPCA IPCA Administrados IPCA Livres
% em 12 meses
12
IPCA Adm. Livres 2013 5,91 1,54 7,29 2014 6,41 5,32 6,72 exp. 2015* 8,97 14,50 6,55 exp. 2016* 5,50 5,90 5,33
9
14,1
8,5 6,8
6
3
nov 14 mai 15
nov 13 mai 14
nov 12 mai 13
nov 11 mai 12
nov 10 mai 11
nov 09 mai 10
nov 08 mai 09
nov 07 mai 08
nov 06 mai 07
nov 05 mai 06
nov 04 mai 05
mai 04
0
*mediana das expectativas em 19/6
Fontes: BCB e IBGE
5
Ajuste de Preços Relativos: Câmbio 180 Taxa Nominal de Câmbio (R$/US$) 2013 2,34 2014 2,66 expectativa 2015* 3,20 expectativa 2016* 3,40
3,0
160 140
R$/US$
REER
2015
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
60 2006
1,0 2005
80
2004
1,5
2003
100
2002
2,0
2001
120
2000
2,5
1999
R$/US$, fim de mês
3,5
jun 94=100 (REER), mar 73=100 (DXY)
4,0
DXY
R$/US$ e DXY até junho (19/6), REER até maio *mediana das expectativas em 19/6 (fim de período)
Fontes: BCB e Bloomberg
6
Ajustes de Preços Impactam Inflação 2015 • O duplo ajuste de preços relativos (administrados e
externos) impactou a inflação no 1º semestre de 2015, elevando a inflação acumulada em doze meses • É objetivo da política monetária impedir a transmissão
desse impacto para 2016 e para prazos mais longos • A política monetária pode e deve conter os efeitos de
segunda ordem, para circunscrevê-los a 2015 • Por isso, deve manter-se vigilante para assegurar a
convergência da inflação à meta de 4,5% no final de 2016
7
Desvio das Expectativas de Mercado em Relação a 4,5% No Médio-Longo Prazo (2017,2018 e 2019): Ancoragem 140 RI4T14
120
bps
100
RI1T15 100
100
19/jun
Desvio 25bps Desvio 0 bps
80 60
50
Desvio 0 bps
50
40
30
25 20
2018
2017 Fonte: BCB (Focus)
0 2019
0
0
8
Desvio das Expectativas de Mercado em Relação à Meta No Curto Prazo (2016): Progresso ainda não é suficiente 140 120
RI4T14
120 100
100
bps
RI1T15
110
19/jun
80 60 40 20 0
2016 Fonte: BCB (Focus)
9
Desvio das Expectativas de Mercado em Relação a 4,5% Expectativa de Inflação para 2017: Top 5 MP x Agregada 120 RI4T14 100
100
Top 5 MP para 2017 Ancorado em 4,5%
RI1T15 19/jun
bps
80 60
50
50
40 25
9 0 Top 5 MP
0
Fonte: BCB (Focus)
Agregada
20
10
Projeções do Relatório de Inflação para o IPCA Projeções do RI - IPCA 10 9,0 7,9
8
RI4T14 RI1T15 RI2T15
• Projeções de inflação 6
6,0 4,9 5,1 4,8
%
têm mostrado estabilidade para 2016, apesar do aumento para 2015
4
2
Fonte: BCB (RI)
2016
2015
0
11
Distribuição da Desinflação de 2016 v-à-v 2015 45
Expectativas Focus para o IPCA - Diferenças entre 2015 e 2016 Distribuição de Frequências 31/dez 31/mar 19/jun
frequência relativa (%)
40
Desinflação em 2016 mais forte
35 30 25 20 15
mediana: 259 bps
mediana: 93 bps
10
mediana: 340 bps
5 5,4
5,0
4,6
4,2
3,8
3,4
3,0
2,6
2,2
1,8
1,4
1,0
0,6
0,2
-0,2
0
limite superior de cada intervalo Fonte: BCB (Focus)
12
Convergência para o Curto e Médio-Longo Prazos Expectativas de inflação para o IPCA anual (Focus mediana) 2015
2016
2017
2018
2019
2/jan
6,56
5,70
5,50
5,50
5,00*
19/jun
8,97
5,50
4,75
4,50
4,50
variação
2,41 p.p.
-0,20 p.p.
-0,75 p.p.
-1,00 p.p.
- 0,50 p.p.
Intensificação do ajuste de preços relativos
Política macroeconômica atuando nas expectativas de médio e longo prazos
*em 12/jan, primeiro dado disponível
Fonte: BCB (Focus)
13
Balanço de Riscos para a Inflação de 2016 (1) • Impacto dos realinhamentos de preços será circunscrito a 2015; a trajetória da inflação acumulada em 12 meses terá efeito descarte significativo no 1º T de 2016 • Transmissão dos ajustes de preços relativos dá-se com início de distensão do mercado de trabalho • Diminuição da intensidade de repasses dos ajustes (inclusive pass-through) na fase atual do ciclo • Política Fiscal alinhada contribui para contenção da demanda • Moderação do crédito e redução de subsídios 14
Balanço de Riscos para a Inflação de 2016 (2) Início de Distensão no Mercado de Trabalho • Processo em curso é normal; ajustes podem ocorrer
como combinação de quantidade e preço • Retorno de jovens e idosos tende a contribuir para o
aumento da produtividade no setor de serviços • Maior competição pode favorecer adequação de
salários e produtividade; maior retorno sobre “anos de educação” cria incentivos para melhorar capital humano e produtividade
15
Mercado de Trabalho: Sinais de Distensão Variação Interanual da Média Móvel de 3 Meses População 3
Rendimento Real
5
Caged PME-com carteira PME-total
PO PEA
4
2
3
%
1
2
0
1
-1
mai 15
fev 15
nov 14
ago 14
mai 14
fev 14
nov 13
ago 13
abr 12 jul 12 out 12 jan 13 abr 13 jul 13 out 13 jan 14 abr 14 jul 14 out 14 jan 15 abr 15
mai 13
0
-2
Caged: até maio/2015; PME, até abril/2015
Fontes: IBGE e Caged
16
Boxe: Persistência Inflacionária Setorial Persistência Inflacionária a partir de Choques Setoriais • Busca identificar a existência de comportamento diferenciado na propagação da inflação a partir da origem em setores específicos Resposta da Inflação Plena a Choques Setoriais* 4 3 2 1
10
9
8
7
6
5
4
3
2
0 1
% em 4 trim
• Os resultados indicam diferenças na dinâmica inflacionária, sendo a propagação da inflação mais alta nos preços do setor de produtos industriais e mais baixa nos de administrados, sugerindo menor grau de persistência para a inflação plena deste ano
trimestre alimentação no domicílio produtos industriais
administrados serviços
* Choques com efeito de 1 p.p. no IPCA pleno
17
Ano de 2015 é de Ajuste Macroeconômico Padrão • 1ª fase: Ajuste impacta quantidades (e.g., atividade);
eventos não-econômicos estão se sobrepondo ao processo; queda forte do investimento atenuou abertura do hiato do produto • 2ª fase: Ajuste impacta preços (e.g., inflação); persistência
recente da inflação está se sobrepondo ao processo • 3ª fase: Resultados melhores sinalizam horizonte de
estabilidade para agentes (e.g., inflação na meta de 4,5% e ancorada no curto, médio e longo prazos) • Consolidação do processo de ajuste requer determinação
e perseverança 18
Situação em 2016 Deverá Ser de Retomada • Depois da 3ª fase, redução de desequilíbrios melhora
fundamentos e percepção: aumenta confiança dos agentes, favorece planejamento e “espíritos animais” dos investidores • Quadro contribui para mudar composição da demanda e
favorece mais o investimento, que aumenta produto potencial e a produtividade • Mercado doméstico robusto com “low hanging fruits”,
oportunidades de investimentos que continuam presentes 19
Situação em 2016 Deverá Ser de Retomada • Melhor contribuição da política monetária para esse
círculo virtuoso e mais crescimento é colocar a inflação na meta de 4,5% no final de 2016 e ancorar expectativas no médio-longo prazos
20
II. Ambiente Internacional • Esperando a normalização dos juros pelo Fed; nesse contexto, fortalecimento global do dólar com melhora nos EUA; mesmo com melhor preparação, volatilidade é possível • Processo de moderação de preços de commodities; melhor ambiente e redução do deficit da nossa conta corrente 21
Preços de Commodities em Queda Índice de commodities e subíndices calculados pelo FMI 300 Índice de Preços de Commodities Alimentos Metais Energia
índice (média 2005=100)
250 200 150 100 50
Fonte: FMI
mai 15
mai 14
mai 13
mai 12
mai 11
mai 10
mai 09
mai 08
mai 07
mai 06
mai 05
mai 04
mai 03
mai 02
mai 01
mai 00
0
22
Valorização do Dólar é Tendência (mas Vol existe) 120 115
índice (21/5/13=100)
110 105 100
95 90 Dollar index* Índice de 20 moedas emergentes Euro Iene
85
80
jun 15
abr 15
fev 15
dez 14
out 14
ago 14
jun 14
abr 14
fev 14
dez 13
out 13
ago 13
jun 13
75
dados até 19/6; *dollar index: mede o valor internacional do dólar contra cesta das seis maiores moedas de reserva do mundo (franco suíço, dólar canadense, iene japonês, libra esterlina, euro e coroa sueca)
Fonte: Bloomberg
23
Retrospectiva – Exterior (desde 1º T 2015) • Aversão ao risco em patamar reduzido, mas com
episódios de volatilidade (e.g., bônus soberanos das economias maduras); possível volatilidade em moedas (e.g., fortalecimento do dólar) • Com o processo de recuperação desigual nas economias
do G3, os respectivos bancos centrais empreenderam ações assimétricas na condução da política monetária • Riscos para a estabilidade financeira global ainda
tendem a permanecer elevados
24
Perspectivas – Exterior 2015-2016 • Ao longo do horizonte relevante para a política
monetária, perspectivas de ritmo mais intenso de atividade global (e.g., melhora nos EUA, QE na Europa e Japão) • Tendência à redução dos preços do petróleo e
commodities sugere inflação global contida em 2015 e 2016; apesar de avanço mais recente nos preços de commodities energéticas e metálicas, recuo no segmento de agrícolas
25
Economia Global em Recuperação Gradual 9
7 6 5
4,7
4
3,8
3
2,4
2
1 0 -1 -2 -3 2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
-4
2016*
Emergentes Avançados Mundo
2015*
crescimento anual do PIB - %
8
*projeção
Fonte: FMI (WEO Update, abril de 2015)
26
Recuperação da Economia dos EUA 6
85
var. % t/t-4
80 2 0
75
-2 PIB Nuci
-4
70
65
150 140 130 120 110 100
Fonte: U.S. BEA; Federal Reserve e U.S. BLS
mar 15
mar 13
mar 11
mar 09
mar 07
mar 05
mar 03
mar 01
mar 99
mar 97
nonfarm payroll employment (dessaz.)
mar 95
milhões
-6
% do total (dessaz.)
4
27
-6
Fonte: Bloomberg mai 15
-4
mai 14
-3
mai 13
-2
mai 12
-1
mai 11
1,00
mai 10
1
mai 09
Crescimento do PIB – Área do Euro
mai 08
0
% em 12 meses
3
mai 07
1T 08 3T 08 1T 09 3T 09 1T 10 3T 10 1T 11 3T 11 1T 12 3T 12 1T 13 3T 13 1T 14 3T 14 1T 15
% t/t-4, dessaz.
Europa – Crescimento e Inflação Inflação ao Consumidor – Área do Euro
4
2
3
2
1 0,30
0
-5
-1
28
China – Desaceleração Gradual 12
var. % m/m-12, var. % t/t-4
indicador antecedente crescimento real do PIB
11 10 9 8 7
Fonte: Bloomberg
mai 15
nov 14
mai 14
nov 13
mai 13
nov 12
mai 12
nov 11
mai 11
nov 10
mai 10
6
29
Boxe: Política Monetária no G3 • Economias avançadas em posições distintas do ciclo econômico. EUA já consolidando a retomada do crescimento econômico • Riscos de deflação aumentaram desde o 2º semestre de 2014, sobretudo na Área do Euro e no Japão; na margem, esse risco diminuiu • Políticas monetárias em momentos distintos: Fed já tendo encerrado o Programa de Compra de Ativos, BCE e BoJ em meio a esse processo. Fed sinaliza provável início de ciclo de alta em sua taxa de referência • Crescimento mais forte nos EUA e perspectiva de alta para os fed funds favorecem a apreciação do dólar. Dollar Index valorizou-se 18,4% entre julho de 2014 e 10 de julho de 2015
• Recentes elevações nos rendimentos dos papéis de 10 anos dos EUA e Alemanha. Mas, postura atual de política monetária na Europa e Japão tende a ser viés de baixa para a inclinação da curva de juros nos EUA
30
Divergência na Política Monetária Juros de Títulos de 10 Anos
6
Japão Estados Unidos Área do Euro
5
%
4 3 2 1
Fonte: Bloomberg
jun 15
jun 14
jun 13
jun 12
jun 11
jun 10
jun 09
jun 08
jun 07
jun 06
jun 05
0
31
Fonte: Bloomberg jun 15
abr 15
fev 15
dez 14
out 14
ago 14
jun 14
abr 14
fev 14
dez 13
out 13
ago 13
jun 13
abr 13
fev 13
dez 12
50 VIX
MOVE
30
20
10
jun 15
abr 15
fev 15
dez 14
out 14
ago 14
jun 14
abr 14
fev 14
dez 13
out 13
ago 13
jun 13
abr 13
fev 13
25
dez 12
30 out 12
ago 12
pontos básicos 40
out 12
ago 12
% a.a.
120 110 100 90 80 70 60 50 40
% a.a.
Volatilidade VIX e Volatilidade nos Mercados de Títulos
Volatilidade de Moedas
Brasil Índia África do Sul
20
15
10
5
dados até 19/6
32
Boxe: Projeções para o Balanço de Pagamentos Revisão para 2015 mostra sinais de melhoras em curso: • O ajuste macroeconômico em curso permitiu reduzir a estimativa de deficit em conta corrente de US$84 bilhões para US$81 bilhões (4,2% do PIB). Em 2014, o deficit em conta corrente atingiu US$104,8 bilhões (4,5% do PIB) • Estima-se manutenção do superavit comercial em US$3 bilhões, acompanhado de nova contração na corrente de comércio. Estimativas para exportação e importação foram reduzidas, em US$10 bilhões cada, para US$200 bilhões e US$197 bilhões, respectivamente • O recuo no deficit projetado de serviços decorreu, principalmente, de menores despesas esperadas em viagens (redução de US$1,5 bilhão) e transportes (redução de US$1 bilhão) • A projeção de lucros e dividendos foi reduzida em US$1,5 bilhão, atingindo US$21 bilhões, ante US$31,2 bilhões ocorridos em 2014 • Nos passivos da conta financeira, as estimativas de Investimento Direto (US$80 bilhões) e taxa de rolagem (100%) foram mantidas, enquanto o ingresso líquido de ações e fundos de investimento foi elevado de US$13 bilhões para US$15 bilhões 33
Resumo Externo: Preparar-Nos para “Lift-Off” do Fed • Normalização é complexa; Fed lift-off depois do tapering é evento mais esperado, bem anunciado e bem preparado • Percepções sobre o Brasil estão evoluindo; efeito positivo do ajuste macroeconômico; não houve “tempestade perfeita”; mas, apesar da melhora na percepção, é imprescindível continuar o processo de ajuste • Temos que estar com a macroeconomia em ordem e estabilizada para o lift-off; usando receita padrão: reforçar o arcabouço de política econômica, mantendo fundamentos sólidos 34
III. Condições Financeiras • Moderação no ritmo de concessão de crédito condizente com ajuste e ciclo
• Robustez e liquidez do SFN permanecem e garantem estabilidade financeira
35
Crédito/PIB 2009-2014: 16,1% (crescimento médio do saldo nominal)
60
50,3
50 42,7
54,4
46,5
24,3
25,5
2004
25,8
28,0
2003
25,6
2002
34,7
2001
% do PIB
54,7
39,7
40 30
44,1
52,6
2015*
2005-2008: 25,4%
2014
(crescimento médio do saldo nominal)
30,4
20 10
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
0
nova metodologia a partir de 2011; *mai 15
Fonte: BCB
36
Fonte: BCB mai 15
jan 15
set 14
mai 14
jan 14
set 13
mai 13
Expansão do Saldo do Crédito
jan 13
10 set 12
12
mai 12
18
jan 12
%
20
set 11
mai 15
jan 15
set 14
mai 14
jan 14
set 13
mai 13
jan 13
set 12
mai 12
jan 12
set 11
variação % em 12 meses
Crédito e Inadimplência Inadimplência
3,9
3,7
3,5
16 3,3
14
3,1 3,0
2,9
10,1
2,7
37
Endividamento das Famílias em Declínio 32
22
31
30
20 29
% da renda
% da renda anual
21
19 28 endividamento ex-habitacional comprometimento ex-habitacional
Fonte: BCB
abr 15
out 14
abr 14
out 13
abr 13
out 12
abr 12
out 11
abr 11
out 10
18 abr 10
27
38
Indicadores de Solidez Financeira Alemanha
18,0
Brasil
16,7
Reino Unido
16,6
Brasil
11,0
México
4,5
122,6
Coreia
-3,8
Coreia
118,4
-5,5
15,8
França
15,4
Canadá
Japão
15,3
Reino Unido
-8,5
Itália
15,0
EUA
-8,8
África do Sul
14,6
Austrália
-9,8
14,2
Canadá
14,2
Espanha
13,7
Rússia
12,5
Índia
12,5
Austrália 0
5
10
15
90,0
Rússia
-12,8
Japão
-14,3
80,4 66,5
Canadá
50,3
México
47,1
Austrália
41,5
Reino Unido
39,9
Índia
-17,3
Japão
38,7
África do Sul
-18,4
África do Sul
34,7
Espanha 20
EUA
Turquia
Rússia
12,4
145,5
Itália
México
Coreia
Alemanha
-3,8
15,9
14,4
202,2
Brasil
Turquia
Turquia
EUA
Ativos Líquidos/ Passivo de Curto Prazo
(Provisões – Inadimplência)/ Capital
Índice de Basileia
-32,0
-60
Fonte: FMI (FSI – últimos dados disponíveis)
-40
Índia -20
0
20
24,8
0
70
140
210
39
IV. Atividade • 2015 ano de ajuste, esperam-se reflexo na atividade e taxas de crescimento que tendem a ser baixas (abaixo do potencial); eventos não-econômicos sobrepõem-se ao ciclo
• Retomada a partir da melhora da confiança
40
Fontes: IBGE e Funcex -3
abr 15
dez 14
ago 14
abr 14
dez 13
ago 13
abr 13
4
mai 15
jan 15
set 14
mai 14
jan 14
set 13
mai 13
jan 13
Safra Agrícola dez 12
12
set 12
5,9
ago 12
-4,8
mai 12
2,5
abr 12
% m/m-12, mm3m
Produção Industrial
jan 12
16,3
% 12m/12m ant
abr 15
dez 14
ago 14
abr 14
dez 13
ago 13
abr 13
dez 12
ago 12
abr 12
dez 11
% 12m/12m ant 3 2 1 0 -1 -2 -3 -4 -5
2015
2014
30 25 20 15 10 5 0 -5 -10 2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
% a/a-1
Oferta: baixo dinamismo Receita Nominal de Serviços
10 8
6 2,9
2
Quantum de Importações
9
6
3
0
-5,9
-6
2015: estimativas IBGE em mai/15
41
Fontes: IBGE e Funcex -2
1T 15
3T 14
1T 14
3T 13
1T 13
0
mai 15
jan 15
set 14
mai 14
jan 14
0,4
3T 12
Consumo das Famílias
set 13
Consumo do Governo
mai 13
0 1T 12
0,2
jan 13
2
3T 11
3
set 12
4
mai 12
5
1T 11
6
% var. em 4 trimestres
7
jan 12
% 12m/12m ant
4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 1T 15
3T 14
1T 14
3T 13
1T 13
3T 12
1T 12
3T 11
1T 11
% var. em 4 trimestres 1
1T 15
3T 14
1T 14
3T 13
1T 13
3T 12
1T 12
3T 11
1T 11
% var. em 4 trimestres
Demanda: moderação em linha com ajuste 15
FBCF
10 5 -6,9
-5
-10
Quantum de Exportações
6
4
2
0
-1,2
-4
42
Confiança: ICC Estabilização na Queda Índice de Confiança do Consumidor
set/05=100, dessaz.
135 130
ICC
125
Sit. Atual
120
Expectativa
115 110 105 100 95 90 85 80 mai 15
mar 15
jan 15
nov 14
set 14
jul 14
mai 14
mar 14
jan 14
nov 13
set 13
jul 13
mai 13
mar 13
75
Obs.: Proporção de respostas favoráveis – proporção de respostas desfavoráveis + 100 (100=neutro)
Fonte: FGV
43
Boxe: Projeções para o PIB • Revisão da taxa de crescimento em 2015, de -0,5% para -1,1% (demanda interna, -2,6 p.p.; e exportações líquidas, +1,5 p.p.): o
• Oferta: • Agropecuária: 1,9% (0,6% no 1ºtri/2015) • Indústria: -3,0% (-2,5% no 1ºtri/2015) • Serviços: -0,8% (-0,2% no 1ºtri/2015)
• Demanda: • Investimentos: -7,0% (-6,9% no 1ºtri/2015) • Consumo das Famílias: -0,5% (0,2% no 1ºtri/2015) • Consumo do Governo: -1,6% (0,4% no 1ºtri/2015)
• Recuo de 0,8% nos quatro trimestres encerrados em março de 2016
44
V. Evolução da Inflação • O duplo ajuste de preços relativos (administrados e externos) impactou a inflação no 1º semestre de 2015, elevando inflação acumulada em 12 meses; objetivo é impedir sua transmissão para 2016 e para prazos mais longos
• A política monetária pode e deve conter os efeitos de segunda ordem, para circunscrevê-los a 2015; por isso, deve manter-se vigilante para assegurar a convergência da inflação à meta de 4,5% no final de 2016 45
Evolução da Inflação: Puxada por Administrados variação em 12 meses (%) mai/14
mai/15
6,37
8,47
Livres
7,07
6,82
Administrados
4,08
14,09
Comercializáveis
6,67
5,71
Não-Comercializáveis
7,42
7,79
INPC
6,08
8,34
IPC-C1
6,00
8,97
IGP-DI
7,26
4,83
7,43
3,29
Agrícola
9,32
2,75
Industrial
6,73
3,50
IPC-DI
6,57
8,63
INCC-DI
7,75
5,74
IPCA
IPA-DI
Fontes: IBGE e FGV
▲ ▼ ▲ ▼ ▲ ▲ ▲ ▼ ▼ ▼ ▼ ▲ ▼ 46
Preços: Ajuste Lento em Não-Comercializáveis Inflação (IPCA)
8
7,8
6
5,7
4
Preços ao Produtor e IGP
10
não-comercializáveis
% em 12 meses
5,63% 5,16% IPP abr 2015 IGP-10 jun 2015
8 6
IPP IPA IGP
2
comercializáveis
Fontes: BCB, IBGE e FGV
jun 15
mar 15
dez 14
set 14
jun 14
mar 14
dez 13
set 13
jun 13
mai 15
fev 15
nov 14
ago 14
mai 14
fev 14
nov 13
ago 13
mai 13
mai 15
fev 15
nov 14
ago 14
mai 14
fev 14
nov 13
ago 13
mai 13
fev 13
nov 12
ago 12
administrados
8,2
nov 12
livres
Inflação de Serviços
9,3 9,1 8,9 8,7 8,5 8,3 8,1 7,9 7,7 7,5 ago 12
6,8
% em 12 meses
14,1
mar 13
set 12
mai 15
fev 15
nov 14
ago 14
mai 14
fev 14
nov 13
ago 13
mai 13
fev 13
nov 12
ago 12
Livres e Administrados
16 14 12 10 8 6 4 2 0
dez 12
0
2
% em 12 meses
3,84% IPA-10 jun 2015
4
fev 13
% em 12 meses
10
47
Salários: Ajustes em Curso, mas ainda Riscos Convenções Coletivas de Trabalho
1,8
-0,4
mai 13
2015*
2014
2013
2012
2011
2010
2009
1,2
mai 15
2,7
nov 13
2,7
2,6
nov 14
3,2
3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 -0,5 -1,0
mai 14
4,1
3,8
reajuste real %
3,4
2008
2007
4,5 4,0 4,0 3,2 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 2006
aumento anual médio %
Rendimento Real
CUT** % em 12 meses
14 10,5 10 6 2
abr 15
out 14
abr 14
out 13
abr 13
out 12
abr 12
out 11
abr 11
-2
*12m até abr; ** Custo Unitário do Trabalho na Indústria de Transformação: Folha de Pagamento Nominal/Produção física
Fontes: IBGE e MTE
48
Projeções do Banco Central para a Inflação Cenário de Referência: Juros constantes de 13,75% a.a. e câmbio de R$3,10/US$ Intervalo de probabilidade
50%
Período
Projeção central
30% 10%
2015 2
8,9
8,9
8,9
9,0
9,0
9,1
9,0
2015 3
9,0
9,1
9,3
9,4
9,6
9,7
9,3
2015 4
8,4
8,7
8,9
9,1
9,4
9,6
9,0
2016 1
5,9
6,3
6,6
6,8
7,1
7,5
6,7
2016 2
4,5
4,9
5,3
5,6
6,0
6,3
5,4
2016 3
4,0
4,4
4,8
5,1
5,5
5,9
5,0
2016 4
3,8
4,2
4,6
4,9
5,3
5,7
4,8
2017 1
3,8
4,2
4,5
4,9
5,2
5,6
4,7
2017 2
3,5
3,9
4,3
4,6
5,0
5,4
4,5 Obs.: inflação acumulada em 12 meses (% a.a.)
Fonte: BCB
49
Projeções do Banco Central para a Inflação Cenário de Mercado*: 2015 Juros de 14,00% a.a. e câmbio médio de R$3,19/US$ 2016 Juros de 12,00% a.a. e câmbio médio de R$3,30/US$ Intervalo de probabilidade 50%
Período
Projeção central
30% 10%
2015 2
8,9
8,9
8,9
9,0
9,0
9,1
9,0
2015 3
9,0
9,1
9,3
9,4
9,6
9,7
9,3
2015 4
8,5
8,7
9,0
9,2
9,4
9,6
9,1
2016 1
6,0
6,3
6,6
6,9
7,2
7,5
6,8
2016 2
4,6
5,0
5,4
5,7
6,0
6,4
5,5
2016 3
4,2
4,6
5,0
5,3
5,7
6,1
5,2
2016 4
4,1
4,5
4,9
5,2
5,6
6,0
5,1
2017 1
4,0
4,4
4,8
5,1
5,5
5,9
5,0
2017 2
3,9
4,3
4,7
5,0
5,4
5,8
4,8
Obs.: inflação acumulada em 12 meses (% a.a.); *dados de 12/6
Fonte: BCB
50
Cenário Prospectivo – Política Monetária O Copom avalia que a política monetária deve contribuir para a consolidação de um ambiente macroeconômico favorável em horizontes mais longos. Nesse sentido, reitera que, no regime de metas para a inflação, orienta suas decisões de acordo com os valores projetados para a inflação pelo Banco Central e com base na análise de cenários alternativos para a evolução das principais variáveis que determinam a dinâmica dos preços.
O Copom avalia que o cenário de convergência da inflação para 4,5% em 2016 tem se fortalecido. Contudo, os avanços alcançados no combate à inflação – a exemplo de sinais benignos vindos de indicadores de expectativas de médio e longo prazo – ainda não se mostram suficientes. 51
Perspectivas para a Inflação Obrigado! Relatório de Inflação Junho de 2015