Dívida Pública Federal Fevereiro, 2016
Política Econômica
Razões para o Ajuste: Proteger ganhos sociais e criar oportunidades 1.
Primeira Camada – Ajuste Fiscal como o principal ponto do realinhamento macroeconômico Garantir previsibilidade e sustentabilidade às contas públicas e à trajetória da dívida Aumentar a efetividade do gasto público Criar condições para o restabelecimento da confiança de consumidores e empresários
o O sistema de preços funcionando como guia para as decisões dos agentes 2.
Segunda Camada - Competitividade Resposta ao fim do ciclo de commodities Ajuste à nova realidade dos parceiros econômicos Aumento na competitividade das indústrias locais Atração de Investimentos em diversas áreas Frente de Comércio Externo – Acordos bilaterais
3.
Terceira Camada – Agenda Positiva Agenda de reforma microeconômica o Unificação das alíquotas do ICMS – Fim da “Guerra fiscal” Melhora no ambiente de negócios 2
Condições Macroeconômicas
Administração da Dívida Pública
Política Econômica
1º Nível - A dimensão do ajuste fiscal (% PIB) 3,3
3,7
3,8
3,2
3,3
3,4 2,7
2,00
3,1 2,4
2,0
1,9
0,50
1,30 0,50
-0,6
% PIB
-2,9
-3,6
-3,6
-2,8
-2,0
-3,3
-2,5
-2,6
-2,5
-1,9
-3,2
-0,39 -1,10
-5,2
-2,4
-3,2 -4,6
-6,7
-10,3
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Primário
Nominal
Cenário PLDO
Mercado
Fonte: Banco Central / Projeções de 2015 a 2018: PLOA 2016 / Mercado: Relatório Focus 12/02/2016. * As projeções utilizam um crescimento real do PIB igual a -2,8%, 0,2% , 1,7% e 2,0% em 2015, 2016 , 2017 e 2018, respectivamente.
4
Política Econômica
1º Nível - A dimensão do ajuste fiscal – Revertendo as isenções de impostos e evitando novos gastos Necessidade de reequilibrar receitas e gastos em um ambiente desafiador Gastos Permanentes - % PIB
Benefícios e Isenções Fiscais – % PIB 2,0%
2,0%
2,5% 8,6% 2,0%
1,5% 1,0%
0,5%
0,3%
0,1% 0,1% 0,2% 0,2% 0,2%
0,1% 0,0% 0,2% 0,2% 0,1% 2012
2013
0,8% 0,1% 0,2% 0,2% 0,2%
1,0%
0,4%
0,2% 0,2% 0,1% 0,1% 0,4%
2014
2015e
9,3%
9,5%
9,7%
0,5% 0,7% 0,9%
0,5% 0,7% 0,9%
0,5% 0,7% 1,0%
0,4% 0,6% 0,8%
0,4% 0,6% 0,8%
6,0%
6,8%
6,8%
7,2%
7,4%
7,5%
2002
2010
2011
2012
2013
2014
6,6%
0,1% 0,5%
1,0% 0,5% 0,0%
Folha de Pagamentos
CIDE - Combustíveis
IPI
Cesta Básica
Simples e MEI
IOF
Outros
total
Fonte: Ministério da Fazenda
1,5%
8,60%
Previdência Social
Seguro Desemprego & Abono Salarial
Benefícios (LOAS,RMV)
Bolsa Família
total
5
Política Econômica
1º Nível - A dimensão do ajuste fiscal – Os indicadores de dívida continuam altos no país (% PIB) 80%
DLSP
DBGG
Focus 66,2% 66,4% 66,3% 65,6%
70% 60%
53,8%
PLOA 2016
57,2% 51,7%
50% 40,7%
40%
44,0% 44,1% Mercado
PLOA 2016
30%
32,3% 30,6% 33,1%
38,4% 38,0% 36,0% 37,8%
20%
Reservas
20,8%
10%
2018*
2016*
2015
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
0%
2017*
Inst Financeiras Oficiais
10,1%
Fonte: Banco Central / Projeções de 2015 a 2018: PLOA 2016 * As projeções utilizam um crescimento real do PIB igual a -2,8%, 0,2% e 1,7% e 2,0% em 2015, 2016 , 2017 e 2018, respectivamente.
» Uma parte significativa da DBGG foi impactada por: 1. Empréstimos para Bancos Públicos -> Essa política foi extinta em janeiro de 2015 2. Operações Compromissadas -> Emitidas para controle do excesso de liquidez resultante da compra de reservas
6
Política Econômica
1º Nível - A dimensão do ajuste fiscal – Revisão das Metas Fiscais
Revisão de Receitas e Despesas e Novas Metas do Governo Central R$ bilhões
% PIB
55,3
0,95
Redução da Estimativa de Receitas
- 104,4
- 1,79
Aumento da Estimativa de Despesa Obrigatória
- 11,4
- 0,20
Corte Adicional sobre Despesa Discricionária
8,6
0,15
Nova Meta de Superávit Primário - 2015
-51,8
-0,9
Meta de Superávit Primário Inicial - 2015
Fonte: Ministério do Planejamento
» A redução da meta de superávit ocorreu devido à frustração nas receitas e não significa menor esforço fiscal já que o corte nas despesas discricionárias chegou a R$ 78,5 bilhões.
7
Política Econômica
1º Nível - A dimensão do ajuste fiscal – Revisão das Metas Fiscais
Novas Metas do Setor Público Consolidado R$ bilhões
% PIB
-48,9
-0,85
Governo Central
-51,8
-0,90
Estatais Federais
0,0
0,00
Estados e Municípios
2,9
0,05
Setor Público
Fonte: Ministério do Planejamento
8
Política Econômica
1º Nível – Outros componentes do ajuste Macro: a Inflação tem sido resiliente Taxa de Juros Real de Longo Prazo*
Evolução da Inflação Anual (IPCA) 18
9,5%
Meta para Inflação - IPCA Piso/Teto Realizado
16
8,5%
7,22%
14 12,53
12
7,5%
10,67
10
9,30
%
6,5%
5,5%
8
7,61
7,60
6
4,46
4
4,5%
5,91
5,90
5,69
5,91 6,50
5,40
6,39
5,84
6,00 5,00
4,31
3,14 2
ago/15
fev/15
fev/14
ago/14
ago/13
fev/13
ago/12
fev/12
fev/11
ago/11
ago/10
fev/10
ago/09
fev/09
ago/08
fev/08
ago/07
fev/07
fev/06
ago/06
* Expectativas de Mercado – FOCUS 12 de Fevereiro de 2016
2019*
* São utilizados os principais benchmarks de longo prazo das NTN-B (títulos indexados ao IPCA). Atualmente são considerados os vencimentos de 2035 e 2055.
2018*
Fonte: Banco Central
2017*
Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional
2016*
2015
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
ago/05
0 2002
fev/05
3,5%
» O Compromisso com a responsabilidade fiscal e com o controle da inflação assegura a tendência declinante de longo prazo das taxas de juros reais no Brasil, apesar da volatilidade recente.
9
Política Econômica
1º Nível – Outros componentes do ajuste Macro: Déficit em Conta Corrente Conta Corrente vs IED (US$ bi)
Fim do Ciclo de Commodities 200 180
Conta Corrente
IED
160 140
67 18
120
22
100
17 -8
-23
80
10 4
12
15
19
14
14
35
49
48
45
64
60
55
60
60
61
26
2 -28 -24
-32 -27 -31 -35
-48 -52 -48
60
63
-64 -81 -86
40
Commodities em geral geral Commodities em
Base Base 2007 2007
jan-15
jul-14
out-14
jan-14
abr-14
jul-13
out-13
jan-13
Metais Metal
abr-13
jul-12
out-12
jan-12
abr-12
jul-11
Alimentos Alimentos
out-11
jan-11
abr-11
jul-10
out-10
jan-10
abr-10
jul-09
out-09
jan-09
abr-09
jul-08
out-08
jan-08
abr-08
jul-07
out-07
jan-07
0
abr-07
20
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 20152016*2017*2018*2019*
Fonte: Banco Central - Expectativas de Mercado (FOCUS em 12/02/16)
Fonte: Bloomberg
» O fim do ciclo das commodities também impôs ajustes no setor externo. » Déficits em conta corrente têm sido financiados, em grande parte, pelo IED. » Destaca a importância de atrair capital externo para o mercado local e aumenta a poupança doméstica.
10
Política Econômica
1º Nível – Outros componentes do ajuste Macro: Poupança vs Investimento Análise Comparativa – estimativas para 2015 Investimento/PIB
Poupança/PIB
35 30
31,4
26,8 25,2
25
20,6 20
27,7
26,0 21,9 19,2
20,1 17,3
21,8 20,4
25,8 22,4
15 10 5 0
Fonte: Agências de Rating
*Em 2014, os números oficiais do Brasil para Poupança/PIB e Investimento/PIB foram, respectivamente, de 15,8% e 19,7%.
11
Política Econômica
2º Nível – Aumento da Competitividade Crescimento Médio da Produtividade e mudança % nos Rendimentos Médios PTF*
Produtividade do Trabalho
Produtividade do Capital
2002-2010
1.6%
1.2%
0.4%
2010-2014
0.2%
1.1%
-0.9%
Mudança nos Rendimentos Médios (% a.a.)
5,0 4,0
4,0
3,2
3,4
4,1
3,8 3,2 2,7
3,0
2,0
2,7 1,8
1,5
1,0 0,0 -1,0 -2,0
-1,3 2004
2005
Fonte: IBGE, Ministério da Fazenda
2006
2007
*Produtividade Total dos Fatores
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
12
Política Econômica
2º Nível – Aumento da Competitividade •
Integrar as cadeias globais de comércio
•
Facilitar o comércio:
Mudanças no RECOF (Regime Aduaneiro de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado) – suspensão do pagamento de impostos (IPI, PIS/COFINS) sobre insumos importados como matérias-primas a serem processadas e exportadas subsequentemente:
o Nova regra: critérios mais flexíveis para a qualificação de uma empresa para o RECOF – Fim da necessidade da empresa estar habilitada à Linha Azul; – Redução do patrimônio líquido para enquadramento (de R$ 25 mi para R$ 10 mi); – Redução do volume obrigatório de operações (de US$ 10 mi para US$ 5 mi).
o Objetivo: promover desenvolvimento da industrialização e exportações, reduzindo os custos dos insumos e facilitando a logística.
Alfândega Digital – Portal SISCOMEX – maior agilidade nos procedimentos relativos à exportação/importação
•
Financiamento – redesenhando projetos e a estrutura regulatória para atrair capital privado
•
Abrir novos mercados
•
Acordos bilaterais e acordos
Educação e inovação
Fonte: Ministério da Fazenda burocráticos exigidos.
*Regime especial de impostos em que empresas têm procedimentos mais simples para exportar/importar, se atenderem aos requerimentos
13
Política Econômica
3º Nível – Agenda Positiva •
Reforma Tributária e no Setor Financeiro Reforma do PIS-COFINS Reforma do ICMS Harmonização da Tributaçao entre os produtos financeiros BNDES e sua nova função no mercado local de capitais – acesso aos empréstimos sob TJLP condicionados è emissão de debentures no mercado local.
•
Infraestrutura e Logística Trazer o setor privado para as Concessões – Portos, Aeroportos, Estradas e Ferrovias Project Finance aplicado a essas iniciativas Renovação das concessões de distribuição de energia
Fonte: Ministério da Fazenda
14
Política Econômica
3º Nível – Reforma do ICMS para destravar investimentos e diminuir disparidades locais Comércio entre as Regiões
R$ 273 bi
R$ 476 bi
R$229 bi
Dentro da Região Entre as Regiões NE+CO+N & ES
R$876 bi
SE+S excluindo o ES
Fonte: Ministério da Fazenda
» A arrecadação do ICMS responde por aproximadamente 3% do PIB.
15
Política Econômica
3º Nível – 4 passos em direção à reforma do ICMS 1.
Convalidação – Reconhecimento de incentivos fiscais concedidos sem a aprovação do CONFAZ CONFAZ – Conselho Nacional da Política Fazendária Espera-se que todos estados revelem os incentivos fiscais que foram concedidos unilateralmente o Tais benefícos têm sido questionados no STF e se constituem em risco legal para as empresas beneficiadas, limitando novos investimentos. Remissão o Projeto de Lei do Senado nº 130/14 – Aprovado em Abril/2015 – Perdão em relação aos benefícios fiscais concedidos sem autorização do CONFAZ – Acaba com o risco judicial. o Elimina a “regra da unanimidade”, imposta pelo CONFAZ, para aprovar benefícios fiscais concedidos unilateralmente. – De acordo com o Projeto de Lei, esse tipo de benefício poderia ser aprovado por um acordo por parte de 2/3 dos estados (ou 1/3 dos estados em uma dada região).
Fonte: Confaz, Senado Federal http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2015/04/07/senado-aprova-convalidacao-dos-incentivos-fiscais-com-duas-emendas/aplicativos
16
Política Econômica
3º Nível – 4 passos em direção à reforma do ICMS 2.
Convergência – Alinhando as alíquotas do imposto em direção à simplicidade entre os estados -> 4% na origem
Atual
Discussão do CONFAZ ICMS ORIGEM
ICMS ORIGEM
7%
Caso 1:
12%
4%
ICMS TOTAL
ICMS DESTINO
+ 13%
ou
14%
7%
10%
ou
11%
10%
7%
ou
8%
17% ou 18%*
Caso 2: * MG, RJ, SP e PR
CASOS ESPECIAIS
a. 7% (i) Trocas originadas no CO, N, NE ,ES em direção ao S and SE, com bens industriais e agronegócio; (ii) bens de TI originados no AM.
b. 10% (i) Trocas originadas no AM, com outros bens sujeitos ao PPB*; (ii) Comércio de gás natural. Fonte: Ministério da Fazenda *Processo Produtivo Básico
17
Política Econômica
3º Nível – 4 passos em direção à reforma do ICMS 3.
Criação de Fundos de Apoio aos Estados (MP 683)
4.
Fundo de Desenvolvimento Regional e Infraestrutura (FRDI): reduzir desigualdades regionais, custear Investimentos e gerar integração. Fundo de Auxílio Financeiro para Convergência de Alíquotas do ICMS (FAC-ICMS): auxiliar os estados durante a fase de convergência das alíquotas. Limite anual do auxílio de R$ 1 bi. Ambos serão custeados basicamente do produto da arrecadação de multa de regularização cambial tributária relativa a ativos mantidos no exterior ou internalizados que venha a ser instituída. Ambos são vinculados à aprovação de resolução do Senado Federal à respeito da convergência das alíquotas
Benefícios Relacionados com a Reforma do ICMS
Destravamento dos investimentos. Diminuição das disparidades locais. Permite a simpificação do sistema de arrecadação de impostos. Fim da guerra fiscal entre os estados. Controlando risco legal.
Fonte: Confaz, Senado Federal http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2015/04/07/senado-aprova-convalidacao-dos-incentivos-fiscais-com-duas-emendas/aplicativos
18
Política Econômica 3º Nível – Programa de Concessões anunciado em Jun/15 estima R$ 198.4 bi em investimentos R$69.2 bi em 2015-2018 e R$129.2 bi de 2019 em diante R$ bilhões
Estradas
66.1
Estradas de ferro
86.4
Portos
37.4
Aeroportos
8.5
Total
198.4
Para garantir atratividade: o Melhoria na estrutura regulatória o Diálogo em curso com governos locais para garantir seu apoio o Retornos compatíveis com custos e riscos de construção
Financiamento de longo termo com um aumento na participação de instituições privadas e mercado de capitais. o Emissão de títulos de infraestrutura para maior acesso ao financiamento público à TJLP Fonte: Ministério da Fazenda
19
Política Econômica
Expectativas de Mercado para 2015-2018 Mediana da Amostra Coletada pelo Banco Central Data Amostra
2016
2017
2018
2019
Resultado Primário (% PIB)
12/02/16
-1,10
-0,39
0,50
1,00
Conta Corrente (US$ bilhões)
12/02/16
-32,10
-26,75
-31,00
-35,30
Câmbio - Fim de período (R$/US$)
12/02/16
4,38
4,40
4,33
4,38
Inflação (IPCA %)
12/02/16
7,61
6,00
5,40
5,00
Taxa de Juros - Fim do período (% aa)
12/02/16
14,25
12,75
11,25
11,00
Crescimento do PIB (%)
12/02/16
-3,33
0,59
1,50
2,00
IED (US$ bilhões)
12/02/16
55,00
60,00
60,00
60,90
Dívida Líquida do Setor Público (% PIB)
12/02/16
40,70
44,00
44,10
42,50
Fonte: Banco Central – Expectativas de Mercado (Focus 12 de Fevereiro de 2016)
20
Política Econômica
Evolução da Classificação de Risco Brasileira
Grau de Investimento
Grau Especulativo
Gra u Es peculativo
Perspectiva
S&P
D
...
2004
BB-
2006
BB
2007
BB+
2008
BBB-
2011
BBB
2014
BBB-
2015
BB+
...
AAA
(negativo)
Fitch
D
...
2004
BB-
2006
BB
2007
BB+
2008
BBB-
2011
BBB
2015
BBB-
2015
BB+
...
AAA
(negativo)
Moody's
C
...
2005
Ba3
2006
Ba2
2007
Ba1
2009
Baa3
2011
Baa2
2015
Baa3
...
...
Aaa
(em revisão)
DBRS
D
...
BBL
BB
2007
BBH
2008
BBBL
2011
BBB
2015
BBBL
...
...
AAA
(estável)
JCR
D
...
BB-
BB
BB+
2008
BBB-
2011
BBB
BBB+
...
...
AAA
(estável)
R&I
D
...
BB+
2007
BBB-
2011
BBB
BBB+
...
...
AAA
(negativo)
2004
BB-
2006
BB
2006
Fonte: Agências de Rating
21
Condições Macroeconômicas
Administração da Dívida Pública
Necessidade de Financiamento do Governo Federal (posição em 31/12/2015)
Necessidade Bruta de Financiamento R$ 698,2 bilhões
Dívida Externa R$ 16,1 bilhões
»
+
Dívida Interna em Mercado R$ 613,2 bilhões
-
Recursos Orçamentários R$ 108,5 bilhões
+
Encargos no Banco Central R$ 68,8 bilhões
=
Plano Anual de Financiamento
Necessidade Líquida de Financiamento R$ 589,7 bilhões
Os encargos dos títulos do Tesouro Nacional na carteira do Banco Central, por força do artigo 39 da Lei de
Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº101, de 4 de maio de 2000), não podem ser refinanciados junto ao Banco Central, devendo ser pagos com recursos orçamentários oriundos de outras fontes, inclusive da emissão de títulos em mercado. »
Os recursos orçamentários apresentados acima não incluem previsão de receitas associadas com o resultado
positivo do balanço patrimonial do Banco Central (fonte 152), cujo valor preliminar está estimado em R$ 152,46 bilhões.
Maturação no 1º Quadrimestre Concentra 51% em 2016
Plano Anual de Financiamento
Vencimentos da Dívida Interna - DPMFi (R$ 613,2 bilhões)
»
Vencimentos da DPMFi de R$ 613,2
bilhões,
sendo
que
em
janeiro
venceram R$ 139,3 bilhões, 22,7% do serviço desta dívida no ano.
»
Os
prefixados
correspondem
a
cerca de 74,6 % dos vencimentos da DPMFi no ano. 51%
»
Vencimentos da Dívida Externa - DPFe (R$ 16,1 bilhões)
»
No início de Janeiro já houve o pagamento do título Global BRL 2016, no valor de R$ 3,54 bilhões.
Administração da Dívida
Objetivos de Longo Prazo da Administração da Dívida Líquida Brasileira Composição ótima da DPF no Longo Prazo Composição Prefixados Índices de Preços Taxa Flutuante
Benchmark 45% 35% 15%
Intervalo +/-2 +/-2 + / -2
Câmbio
5%
+ / -2
Estrutura de Vencimento % em 12 meses
20%
+ / -2
5,5 anos
+ / - 0,5
Prazo Médio Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional
» Essa composição será atingida gradualmente, sem colocar pressão nos instrumentos de mercado, observando os custos e as diretrizes de alongamento da dívida.
25
Administração da Dívida
Resultados e Projeções da Dívida Pública Federal Indicadores
2002
2014
2015
2.295,9
2.793,0
Limites para 2016
dez-15
Mínimo
Máximo
Estoque da DPF* em Mercado (R$ bilhões) 893,3
2.793,0
3.100,0
3.300,0
Composição da DPF (%) Prefixados
1,5%
41,6%
39,4%
39,4%
31,0%
35,0%
Índices de preços
8,8%
34,9%
32,5%
32,5%
29,0%
33,0%
Taxa Flutuante
42,4%
18,7%
22,8%
22,8%
30,0%
34,0%
Câmbio
45,8%
4,9%
5,3%
5,3%
3,0%
7,0%
34,6%
24,0%
21,6%
21,6%
16,0%
19,0%
3,6
4,4
4,6
4,6
4,5
4,7
6,6
6,6
6,6
Estrutura de vencimentos da DPF % Vencendo em 12 meses Prazo Médio (anos) Vida Média (anos)
-
-
-
* Inclui a Dívida Doméstica (R$ 2.575,26 bilhões - Nov/15) e da Dívida Externa (R$ 141,66 bilhões - Nov/15) de responsabilidade do Tesouro Nacional.
» Percentual de títulos prefixados + índices de preços por volta de 75% do estoque. » % vencendo em 12 meses de aproximadamente 25% e prazo médio estável. Nota: As estatísticas da DPF e suas desagregações em DPMFi e DPFe são divulgadas no Relatório Mensal da DPF, que pode ser acessado em https://www.tesouro.fazenda.gov.br/relatorio-mensal-da-divida.
26
Administração da Dívida Aperfeiçoando a Composição da DPF – Substituição dos títulos com taxa flutuante por índices de preços e prefixados 100% Câmbio
90%
28,0%
80%
73,2%
70%
Taxa Flutuante
60% 50% Índice de preços
40%
72,0%
30% 20%
Prefixados
Indices de Preços
Taxa Flutuante
jul/15
jan/15
jul/14
jan/14
jan/13
jul/12
jan/12
jul/11
jan/11
jul/10
jan/10
jul/09
jan/09
jul/08
jan/08
jul/07
jan/07
jul/06
jan/06
jul/05
0%
jul/13
Prefixados
10% jan/05
26,8%
Câmbio
Fonte: Tesouro Nacional. Nota: Dívida Pública Federal, que inclui passivos domésticos e externo.
27
Administração da Dívida
Reduzindo Riscos – Impacto de cenário de estresse sobre o estoque da DLSP (%PIB)
Indexador
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Selic
1,9%
1,8%
1,5%
1,6%
1,8%
2,2%
2,2%
2,4%
2,1%
2,2%
2,7%
Câmbio
4,9%
1,9%
-1,0%
-4,1%
-6,2%
-6,0%
-5,8%
-7,4%
-7,9%
-7,9%
-7,3%
Total
6,8%
3,8%
0,5%
-2,6%
-4,4%
-3,7%
-3,6%
-5,0%
-5,8%
-5,8%
-4,6%
Fonte: Tesouro Nacional Obs: Cenário de estresse considerado de 3 desvios-padrão sobre a média da taxa SELIC real e da desvalorização cambial real observadas em 2002, equivalente a overshooting de 56,6% no câmbio e aumento de 7,8 pp na taxa de juros. *Dívida Líquida do Setor Público
» O impacto de cenário de estresse de câmbio e juros na DLSP/PIB reduziu-se em 11,4 pp do PIB entre 2004 e 2014, devido a mudanças na composição da DLSP. » A proteção criada pelo fato de o Governo possuir mais ativos atrelados a taxa de câmbio que passivos compensa o risco de variações na taxa de juros. 28
Administração da Dívida
Aperfeiçoamento do perfil de vencimentos da DPF 28,2% 6,7
6,6
6,7
6,4
5,6 5,3
25,4%
5,5
5,7 5,5
4,7
24,8% 24,4% 23,6% 3,5
3,5
3,3
23,9% 3,5
4,4 4,2
4,0
24,0%
3,6 21,9%
2007
2008
2009
2010
Venc.12 meses/DPF
2011
21,4%
2012
Prazo Médio (anos)
2013
2014
nov/15
Vida Média*(anos)
Fonte: Bloomberg, Andima (Taxas) e Tesouro Nacional (Estoque) Nota 1: Atualmente, apenas NTN-F com vencimento em jan/21 e jan/25 são emitidas, Nota 2: As Taxas das NTN-F utilizam o padrão 252 dias úteis, enquanto as Taxas dos BRL utilizam o padrão 360 dias. * O indicador de Vida Média, diferentemente do de Prazo Médio, não leva em consideração os pagamentos dos cupons intermediários.
29
Administração da Dívida Aperfeiçoamento da Curva de Juros (Estoque em mercado e Taxas das LTN, NTN-F e BRL, 12/02/16) 18
14,2 14,2
14,2
14,3
15,0
14,7
15,4
15,6 15,6
16 16,1
16,0
15,9
14,9
14
14,3 11,9
11,8
12
% a.a
11,3
155
10
8
47
LTN
NTN-F
BRL
5
3
2
10
Taxas LTN
Taxas NTN-F
jan-24
4
jan-23
jul-18
jan-18
jul-17
jan-17
out-16
jul-16
abr-16
14
6
51
47
jan-22
53
84
jan-28
72
jan-21
72 60
jan-19
68
74
jan-25
54
Taxas BRL
Fonte: Bloomberg, Andima (Taxas) e Tesouro Nacional (Estoque) Nota 1: Atualmente, apenas NTN-F com vencimento em jan/21 e jan/25 são emitidas, Nota 2: As Taxas das NTN-F utilizam o padrão 252 dias úteis, enquanto as Taxas dos BRL utilizam o padrão 360 dias.
30
Administração da Dívida
Aperfeiçoamento da Curva de Juros (Estoque em mercado e Taxas das NTN-B, 12/02/16) 8,0 7,1
6,2
6,4
6,3
7,2
7,1
7,1
7,3
7,2
7,3
7,3
7,2 7,0
6,5
6,0
5,4
4,0 3,0
82,46
82,15
66,68
65,79 57,30 45,40
% a.a.
5,0
2,0
54,90 44,53
45,19
39,32 28,11
34,64
103,91
1,0 10,30
0,0 ago-16 mai-17 ago-18 mai-19 ago-20 ago-22 mai-23 ago-24 ago-30 mai-35 ago-40 mai-45 ago-50 mai-55
Estoque R$ bi
Taxa
Fonte: Andima e Tesouro Nacional Nota 1: Atualmente, apenas NTN-B com vencimento em mai/19, mai/23, mai/35 e mai/55 são emitidas. Nota 2: Existem NTN-B com outros vencimentos além dos apresentados no gráfico acima.
31
Administração da Dívida
Participação dos não-residentes na Dívida Pública Federal
Dez/03
Dez/15 5,11%
23,61%
17,82%
0,50%
75,89%
77,06%
32
Administração da Dívida
Detentores da DPMFi Detentores (Dezembro - 2015)
26% 19,37% IOF: 6,0% imposto sobre entrada de investimento estrangeiro (Out/10)
16% IOF: 0% imposto sobre entrada de investimento estrangeiro (Out/08)
11%
IOF: 0% imposto sobre entrada de investimento estrangeiro (Jun/13)
Fonte: Tesouro Nacional (Novembro/2015)
jan-14
set-13
mai-13
jan-13
set-12
mai-12
jan-12
set-11
jan-11
mai-11
IOF : 2,0% imposto sobre entrada de investimento estrangeiro (Out/09)
set-10
mai-10
set-09
jan-10
mai-09
1%
jan-09
IOF: 1,5% imposto sobre entrada de investimento estrangeiro (Mar/08)
set-08
» A parcela dos não residentes na Dívida Pública Mobiliária Federal tem se mantido estável.
6%
mai-08
Nota: “Governo” compreende fundos que são administrados pelo setor público, incluindo aqueles cujos ativos não são públicos.
set-15
21%
mai-15
Fundos de Previdência 21,4%
Fundos de Investimento 19,6%
Participação dos não-residentes
set-14
Não-residente 18,8%
jan-15
Instituições Financeiras 25,0%
Governo 5,8%
mai-14
Outros Seguradoras 4,9% 4,6%
» A melhor distribuição da dívida é resultado de uma estratégia adotada pelo Tesouro Nacional, visando diversificar sua base de investidores.
Fonte: Tesouro Nacional
33
Administração da Dívida
Detentores da DPMFi Por Indexador (Dezembro/2015) 100% 90%
2% 23%
22%
36%
80%
54%
70%
19%
60% 50%
Por Prazo (Dezembro/2015)
16%
30%
64%
59%
100%
44%
20% 10%
26%
86%
52%
40%
30%
» No que tange aos detentores por tipo de título, podemos ver que as instituições financeiras possuem 51% de prefixados em sua carteira, títulos em taxas flutuante representam 53% da posição dos fundos mútuos e 59% da carteira de previdência estão em títulos indexados à inflação.
24%
30%
0% Fundos de Investimento
Fundos de Previdência
Índice de preços
Não-residentes
Prefixados
Governo
Seguradoras
70%
18%
24%
31%
39%
80%
12% Instituições Financeiras
90%
45% 60%
17%
26%
60% Selic
Outros
Fonte: Tesouro Nacional
50%
25% 28%
26%
18%
30% 20%
21%
20%
22% 32%
10%
» Com relação aos prazos, pode ser destacado que a carteira em posse da previdência é a com a maior duração.
24%
40%
12% 13%
8%
Fundos de Investimento
Fundos de Previdência
0% Instituições Financeiras
Até 1 ano
Entre 1 e 3 anos
20%
38%
23% 11% Não-residentes
Entre 3 e 5 anos
Governo
Seguradoras
Mais de 5 Anos
Fonte: Tesouro Nacional
34
Administração da Dívida
Estratégia da Dívida Externa Resultados Alcançados Resultado da estratégia adotada para a Dívida Pública Federal Externa (US$ Bi) 8,0% 6,0%
2,0%
2,1 4,3 1,0
1,3
Emissões de Benchmarks
1,7
2,0
2,5
0,0% -2,0%
0,4
-4,0%
Resgate Antecipado
5.625% 41
12.25% 30
0,9
1,4 10.125% 27
1,1
8.75% 25
0,7 0,1
8.875% 24
1,2
8.875% 24 B
2.625% 23
4.875% 21
8.875% 19
0,8 0,2
Estoque - Dez/2014
3,6
2,2
12.58% 20
0,8
A-Bond 8.00%*
6.00% 17
0,5
1,9
5.875% 19 N
0,7
2,2
0,5
7.125% 37
3,0
0,8
8.25% 34
0,4
5.00% 45
4,0
4.250% 25
0,3
0,4
Taxa % a.a.
4,0%
Taxa % a.a (Dez/14)
Fonte: Tesouro Nacional Nota: *Para o A-Bond (BR 8,00 15/01/2018), a redução no estoque contempla não apenas os valores decorrentes das recompras, mas também uma parcela de US$ 184,5 milhões, referente a amortização. ** Global 2040 possui uma cláusula de call que permite que ele seja resgatado pelo emissor em 2015, antes de seu vencimento.
35
Para mais informações acesse o site do Tesouro Nacional: www.tesouro.fazenda.gov.br
Ou entre em contato com a Gerência de Relacionamento Institucional:
[email protected] Compre Tesouro Direto
www.tesourodireto.gov.br
ANEXO
Investimento Público
0,4 0,4 0,6
0,4
0,1 0,2 1,2
0,2 0,2
0,1 0,3
1,2
1,2
0,2 0,4
0,8
0,3
0,5
0,5
0,5
0,6
0,6
1,4
1,3
1,4
2,0
2,1
2,1
2012
2013
2014*
0,7
0,6
0,5 0,3 1,4
0,4
1,6 1,4
1,4 1,4
1,1
1,1
1,0
1,0
1,0
1,1
2003
2004
2005
2006
2007
Estatais Federais
1,8
1,9
2009
2010
1,4
2008
Estados e Municípios (Rec. Próprios)
União
1,7
2011
Estados e Municípios (Trans. União)
Fonte : Ministério da Fazenda
38
Atividade Econômica e Eventos Recentes Mercado de Títulos Privados Distribuição do Mercado de Renda Fixa (BRL bi) – Nov/15
Distribuição da Renda Fixa Privada (BRL bi) – Nov/15
Total = R$ 4.433 bi 421
Total = BRL 2.025 bi
38
601
601
441
8
967
2.408
449
524
Títulos Públicos Federais
CDB
Debêntures
Títulos de Crédito
Letras Financeiras
Outros Títulos Privados
Bancário
Corporativo
Títulos de Crédito
Outros
Fonte: Anbima http://portal,anbima,com,br/informacoes-tecnicas/boletins/renda-fixa/Pages/default,aspx Nota: Títulos de Crédito representam créditos securitizados como títulos agrários e imobiliários.
39
Renegociação na Dívida dos Entes Subnacionais Impacto no Fluxo de Pagamento – Estados e Municípios (BRL Bilhões) 100 90 80 70 60 50 40 30
20 10 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 Novo Fluxo
Fonte: Tesouro Nacional
Impacto
40
Emissões Diretas a Bancos Públicos
De 2008-13, elas representam 18% da DPF R$ bi
BNDES
Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES (IHCD)
2008
15
0
0
15
2009
100
2
0
102
2010
80
4
1
85
2011
55
0
0
55
2012
45
21.1
0
66.1
2013
24
23
0
47
2014
60
0
0
60
Total
379
50.1
1
430.1
Banco do Nordeste
Total por ano
Fonte: BCB e Tesouro Nacional; Nota: Os números acima referem-se à intenção do Governo de permitir que os bancos públicos aumentem as suas atividade s no mercado de crédito.
41
Melhorando o perfil da dívida pública externa … (US$ Bilhões)
Operações
Valor de Face
1
Dívida Mobiliária Externa
36,2
Call do C-Bond (Out-05)
1,1
Call dos Brady Bonds (Abr-06)
6,5
Tender Offer (Jun-06)
1,3
Switch Tender Offer (Out-13)
1,2
Switch Tender Offer (Ago-14) Programa de Resgate Antecipado2
1,6
2006
6,0
2007
5,4
2008
1,2
2009
1,1
2010
3,2
2011
2,3
2012
1,4
2013
3,3
2014
0,6
2015
0,2 31,4
Dívida Contratual Pagamento FMI I (Jul-05) Pagamento FMI II (Dez-05) 3 Pagamento Clube de Paris (Jan-06 )
2
4,9 15,5 1,7
Pré Pagamento ao Banco Mundial (Dez-09)
0,9
Pré Pagamento ao Banco Mundial (Jun/Out-11)
5,9
Pré Pagamento ao BID (Jun-13)
2,5
Total 1
24,4
67,5
Mostra o impacto das operações no estoque da dívida pública.
O programa foi iniciado em janeiro de 2006. O valor de US$ 24 bi refere-se aos títulos recomprados até 31/12/2013, em valor de face.
42
... e reduzindo seu estoque. Evolução do Estoque 70,0
60,0
16,0
9,4
30,0
3,3 3,6 1,4
20,0
34,5
28,5
10,0
Total = 36,8
40,0
Total = 59,9
US$ Bilhões
50,0
US$
Euro
BRL
Dívida Contratual
jul/15
jan/15
jul/14
jan/14
jul/13
jan/13
jul/12
jan/12
jul/11
jan/11
jul/10
jan/10
jul/09
jan/09
jul/08
jan/08
jul/07
jan/07
jul/06
jan/06
jul/05
jan/05
0,0
Fonte: Tesouro Nacional
Como resultado da estratégia de sucesso adotada pelo Tesouro Nacional ao longo dos últimos anos, o estoque da DPFe tem diminuido sistematicamente, atingindo US$ 36,8 bi em novembro de 2015 (em contraste com US$ 59,9 bi em 2005), equivalente a apenas 5,0% do total da DPF. 43