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SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento

DERAL - Departamento de Economia Rural Feijão - Análise da Conjuntura Agropecuária Dezembro de 2015

INTRODUÇÃO O objetivo deste trabalho é apresentar, de uma forma breve, considerações e dados relativos ao produto feijão, bem como demonstrar sua importância na economia agrícola nos aspectos da área, produção e comercialização.

MUNDO Conforme os dados registrados pela FAO, tabela 1, a produção mundial média no período de 2010 a 2013 foi 23,3 milhões de toneladas. Os 7 (sete) principais países produtores de feijões secos e que juntos respondem por cerca de 52% da produção média mundial são: Índia (14%), Mianmar (13%), Brasil (11%), EUA (4%), China e México (4%) e Tanzânia (3%).

Tabela 01 – Feijão Seco – Produção Mundial - 2007 a 2013 (em toneladas)

Países Índia Mianmar Brasil EUA China México Tanzânia Outros Total

2.010 2011 2012 2013 Média % Médio 4.890.000 4.330.000 3.710.000 3.630.000 3.312.000 14 3.530.000 3.750.000 3.650.000 3.700.000 2.926.000 13 3.158.905 3.435.366 2.794.854 2.892.599 2.456.345 11 1.442.470 902.196 1.448.095 1.110.668 980.686 4 1.330.000 1.203.800 1.139.300 1.027.800 940.180 4 1.156.251 567.779 1.080.857 1.294.634 819.904 4 867.530 675.948 1.199.267 1.113.541 771.257 3 16.065.967 16.271.579 15.757.951 15.366.897 17.357.692 74 24.021.123 23.056.668 23.420.324 22.806.139 23.326.064 100

Fonte: FAO em 18 nov 2015

Responsável: Engenheiro Agrônomo Carlos Alberto Salvador Contato: [email protected]; (41) 3313-4136

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DERAL - Departamento de Economia Rural Feijão caupi, Vigna unguiculata, cultivado na Asia, Africa e na América o Sul. Leguminosa de grande importância na regiões tropicais e subtropicais do mundo. Cultivado no Brasil e conhecido nas regiões de cultivo como: Nordeste (Feijão macassa, Feijão macassar, Feijão-de-corda, Feijão-de-moita), Norte (Feijão-de-praia), Bahia (Feijão Catador), Bahia e norte de Minas Gerais (Feijão gurutuba), Maranhão (Trepa-pau), Bahia e Rio de Janeiro (Feijão Fradinho) e no Sul (Feijão Miúdo). Em outros países: Paraguai (Cumondá), EUA e Nigéria (Cowpea) e países de latino americanos de língua espanhola (Parotro). No Brasil a produção de feijão-caupi esta inserida no total da produção nacional. Considerando-se a metodologia da FAO, tabela 2, a produção mundial média de feijão-caupi, 2010 a 2013, é 6,576 milhões de toneladas. O principal país produtor de caupi é a Nigéria que responde por 50% da produção mundial. Em seguida vem o Níger, com 23% do volume total médio e em terceiro Burkina Faso com 9%. As três nações respondem por 81% da produção mundial de feijão caupi seco.

Tabela 02 – Feijão Caupi Seco - Produção Mundial - 2007 a 2013 (em toneladas)

Países 2010 Nigéria 3.368.250 Níger 1.774.464 Burkina Faso 626.113 Myanmar 214.789 Tanzania 151.730 Camarões 146.145 Mali 128.949 Outros 502.888 Total 6.913.328

2011 1.643.851 1.517.142 441.015 172.836 172.740 156.413 132.500 540.861 4.777.358

Part. % 2012 2013 Média 5.146.000 2.950.000 3.277.025 50 1.329.514 1.300.000 1.480.280 23 598.524 580.000 561.413 9 180.000 177.000 186.156 3 179.570 188.717 173.189 3 146.955 165.350 153.716 2 140.000 168.274 142.431 2 645.673 695.357 596.195 9 8.366.236 6.224.698 6.570.405 100

Fonte: FAO em 20 nov 2015

Responsável: Engenheiro Agrônomo Carlos Alberto Salvador Contato: [email protected]; (41) 3313-4136

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DERAL - Departamento de Economia Rural BRASIL De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), o plantio de feijão é estendido a todos os estados brasileiros, no sistema solteiro ou consorciado com outras culturas. Considerada uma cultura de subsistência em pequenas propriedades, é adotada também em sistemas de produção que requerem o uso de tecnologias intensivas como a irrigação, controle fitossanitário e colheita mecanizada. Segundo

o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e CONAB

(Companhia Nacional de Abastecimento), não há uma divisão entre os dados estatísticos do feijão comum e os do caupi. Para fins de preços mínimos de garantia, a CONAB classifica em duas tipificações: feijão anão (Phaseolus vulgaris) e feijão macassar (Vigna unguiculata). O feijão anão é cultivado em todo o território nacional. O cultivo do feijão macassar, ou caupi, está localizado principalmente nas regiões Nordeste e Norte. O cultivo dessa leguminosa é realizado em três safras, sendo a primeira denominada “safra das águas”, a segunda “safra da seca” e a terceira “safra de outono/inverno”. A 1ª safra, de acordo com o calendário, o plantio da Região Centro-Oeste, Sul e Sudeste vai de agosto a dezembro e a colheita nos meses de dezembro a abril. Já na Região Norte e Nordeste, o plantio é outubro, novembro e dezembro e a colheita em janeiro a maio. O plantio da 2ª safra, abrange todos os Estados brasileiros e de acordo com o calendário, o plantio da Região Centro-Oeste, Sul e Sudeste vai de janeiro a abril, e a colheita nos meses de março a agosto. Já na Região Norte e Nordeste, o plantio fica entre os meses janeiro a junho e a colheita em abril a setembro. O plantio da Região Centro-Oeste, Sul e Sudeste na 3ª safra vai de março a junho e a colheita nos meses de junho a setembro. Já na Região Norte e Nordeste, o plantio é realizado nos meses de abril a julho e a colheita em junho a setembro. Responsável: Engenheiro Agrônomo Carlos Alberto Salvador Contato: [email protected]; (41) 3313-4136

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DERAL - Departamento de Economia Rural Segundo a CONAB, o Brasil colheu em média no período de 2007 a 2015 (tabela 03) 3,2 milhões de toneladas por ano. Conforme dados de novembro/2015 - CONAB, a produção estimada na safra 2014/15 é 3,11 milhões de toneladas. Para o período os 5 (cinco) maiores produtores da leguminosa foram: Paraná (23%), Minas Gerais (17%), Bahia (9%), Goiás, Mato Grosso e São Paulo (8%). Juntos respondem em média por 72% da produção nacional, com destaque para o Paraná que participa com 23% do total nacional. Tabela 03 – Feijão Total – Brasil - Principais Estados Produtores– 2007 a 2015 (em mil toneladas)

Estados 2007 Bahia 322,6 Ceará 124,6 Goiás 271,4 Mato Grosso 67,1 Minas Gerais 503,5 Paraná 795,3 Pernambuco 114,2 Rio Grande do Sul 146,3 Santa Catarina 208,9 São Paulo 313,9 Outros 471,9 BRASIL 3.339,7

2008 2009 2010 352,4 336,4 390,4 253,0 159,3 84,5 217,6 263,8 288,8 144,7 151,2 120,9 566,1 599,3 623,7 763,8 723,2 794,2 154,6 136,7 88,5 103,3 125,4 115,3 180,9 178,5 167,7 277,1 324,8 318,6 507,4 492,0 329,9 3.520,9 3.490,6 3.322,5

FONTE: CONAB (Dez 2015)

Feijão total: 1ª, 2ª e 3ª safra

2011 262,9 259,6 260,1 234,8 582,3 821,2 161,5 123,9 160,5 348,0 518,0 3.732,8

2012 2013 2014 117,6 189,2 264,6 32,9 66,2 132,5 308,1 236,1 263,4 224,4 294,5 535,0 663,7 564,8 574,9 677,9 658,4 808,9 33,8 46,3 87,4 94,1 94,7 102,9 117,3 124,7 144,2 330,9 235,6 183,6 317,7 295,8 356,3 2.918,4 2.806,3 3.453,7

2015 293,9 132,5 236,8 484,5 509,3 640,9 88,0 89,0 132,1 166,4 338,8 3.112,2

Média % Médio 281,1 9 138,3 4 260,7 8 250,8 8 576,4 17 742,6 23 101,2 3 110,5 3 157,2 5 277,7 8 403,1 12 3.299,7 100,0

Conforme os dados do IBGE (tabela 04), foram selecionados os quarenta e cinco (45) maiores municípios produtores de feijão do país, que juntos totalizaram 1.235 mil toneladas, cerca de 38% da produção total brasileira no referido ano. Os dez maiores produtores de feijão foram: Unaí/MG, São Desidério/BA, Cristalina/GO, Sorriso/MT, Euclides da Cunha/BA, Barreiras/BA, Paracatu/MG, Primavera do Leste/MT, Brasília/DF, e Prudentópolis/PR. O Paraná, é o principal Estado no cultivo de feijão e apresenta 16 (dezesseis) municípios que se destacam na produção nacional: Prudentópolis, Irati, Castro, Tibagi, Cândido de Abreu, Reserva, Ivaí, Vitorino, Pato Branco, Bom Sucesso do Sul, Palmeira, Cruz Machado, Itapejara d'oeste, Renascença, Lapa e Campo Largo. Estas unidades da federação responderam por aproximadamente 326 mil toneladas ou 10% do total produzido. Responsável: Engenheiro Agrônomo Carlos Alberto Salvador Contato: [email protected]; (41) 3313-4136

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DERAL - Departamento de Economia Rural Tabela 04 – Feijão Total – Principais Municípios Produtores em 2014 Posição 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 Total

Município/Estado Unaí - MG São Desidério - BA Cristalina - GO Sorriso - MT Euclides da Cunha - BA Barreiras - BA Paracatu - MG Primavera do Leste - MT Brasília - DF Prudentópolis - PR Luziânia - GO Luís Eduardo Magalhães - BA Irati - PR Castro - PR Tibagi - PR Nova Ubiratã - MT Guarda-Mor - MG Água Fria de Goiás - GO Cândido de Abreu - PR Reserva - PR Buritis - MG Jataí - GO Ivaí - PR Lucas do Rio Verde - MT Vitorino - PR Itapeva - SP Rio Verde - GO Pato Branco - PR Itaí - SP Bom Sucesso do Sul - PR Palmeira - PR Campos Novos - SC Cruz Machado - PR Campos de Júlio - MT Itapejara d'Oeste - PR Jussara - GO Cabeceiras - GO Bonfinópolis de Minas - MG Campo Alegre de Goiás - GO Paranapanema - SP Renascença - PR Sapezal - MT Lapa - PR Ibiá - MG Campo Largo - PR Outros Brasil

Fonte: IBGE em 02 dez. 2015

Responsável: Engenheiro Agrônomo Carlos Alberto Salvador Contato: [email protected]; (41) 3313-4136

Produção (t)

Partic. %

91.600 67.745 63.000 60.420 54.950 54.305 52.200 45.798 44.350 40.965 36.757 35.240 31.948 28.614 28.000 22.860 22.560 22.500 20.505 20.500 19.950 19.100 18.980 18.930 18.488 18.300 18.120 17.440 16.200 16.050 15.840 15.750 15.600 15.438 14.550 13.983 13.700 13.570 13.491 13.440 13.060 12.959 12.915 12.550 12.323 2.059.042 3.294.586

2,78 2,06 1,91 1,83 1,67 1,65 1,58 1,39 1,35 1,24 1,12 1,07 0,97 0,87 0,85 0,69 0,68 0,68 0,62 0,62 0,61 0,58 0,58 0,57 0,56 0,56 0,55 0,53 0,49 0,49 0,48 0,48 0,47 0,47 0,44 0,42 0,42 0,41 0,41 0,41 0,40 0,39 0,39 0,38 0,37 62 100

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DERAL - Departamento de Economia Rural Brasil – Estimativa da safra 2015/16 No terceiro levantamento da intenção de plantio da primeira safra 2015/16, CONAB (dezembro/2015), a área de feijão primeira safra está estimada entre 1,03 milhão de hectares, o que configura um decréscimo de 2,1% em relação à safra passada. A maioria dos principais

estados produtores indica a tendência de plantios em

áreas

menores do que as cultivadas na safra anterior. A comercialização instável e os riscos climáticos aliados à cultura, somados à atratividade de outras culturas concorrentes, como soja e milho, derrubam uma maior intenção dos produtores em todo país, nesta temporada. A estimativa inicial é atingir uma produção em torno de 1,16 milhão de toneladas, 3,1% maior que a anterior.

Feijão - Brasil – Oferta e Demanda – 2007 a 2016 (em mil toneladas)

Safra 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16

Estoque Produção Importação Suprimento Consumo Exportação Inicial 176,2 3.339,7 96,0 3.611,9 3.500,0 30,5 81,4 3.520,9 209,7 3.812,0 3.580,0 2,0 230,0 3.502,7 110,0 3.842,7 3.500,0 25,0 317,7 3.322,5 181,2 3.821,4 3.450,0 4,5 366,9 3.732,8 207,1 3.406,8 3.600,0 20,4 686,4 2.918,4 312,3 3.917,1 3.500,0 43,3 373,8 2.806,3 304,4 3.484,5 3.320,0 35,3 129,2 3.453,7 135,9 3.718,8 3.350,0 65,0 303,8 3.184,6 110,0 3.598,4 3.350,0 90,0 158,4 3.316,1 110,0 3.584,9 3.350,0 90,0

Fonte: Conab

Estoque Final 81,4 230,0 317,7 366,9 686,3 373,8 129,2 303,8 158,4 144,9

Relação (%) Estoque/Consumo 2 6 9 11 19 11 4 9 5 4

(Dez/15)

Estima-se que o volume de feijão total da safra 2015/16 será 4% maior que a anterior. O consumo médio nacional esta em torno de 3,5 milhões de toneladas e a tendência é de que os preços continuem aquecidos até a entrada da nova safra. A oferta não é suficiente para atender a demanda dos mercados regionais, e as colheitas em curso podem não ser suficientes para a formação de estoques (Conab/2015). De acordo com o Sistema Meteorológico do Paraná (SIMEPAR): Presente nesta temporada, o fenômeno climático El Niño tende a fortalecer-se até o verão. A expectativa é de que o El Niño deste ano seja um dos mais intensos já registrados, com alta probabilidade de continuar até abril de 2016. Imagens de satélite indicam semelhanças Responsável: Engenheiro Agrônomo Carlos Alberto Salvador Contato: [email protected]; (41) 3313-4136

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DERAL - Departamento de Economia Rural entre o "Super El Niño" ocorrido em 1997 e o atual. Naquela ocasião, o excesso de chuvas no Sul do Brasil começou em outubro e estendeu-se até maio do ano seguinte, causando prejuízos significativos à safra agrícola. As previsões do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos/Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE), em 27/11/15: O fenômeno El Niño atingiu a categoria forte no trimestre ASO/2015, segundo os índices oficiais da NOAA, contribuindo para o déficit pluviométrico no centro-norte do Brasil, para o excesso de chuva na maior parte da Região Sul e para as temperaturas acima dos valores normais em quase todo o Brasil, neste período. Desde o início da primavera até o presente, as temperaturas máximas já excederam os valores normais em mais que 5°C entre o norte de Minas Gerais e o sul da Bahia e no norte do Estado de São Paulo. A previsão climática por consenso para o trimestre dezembro de 2015 e janeiro-fevereiro de 2016 (DJF/2016), baseada na análise diagnóstica das condições oceânicas e atmosféricas globais e nos prognósticos de modelos dinâmicos e estatísticos de previsão climática sazonal, indica maior probabilidade de chuvas na categoria abaixo da normal climatológica para o centronorte do País, com distribuição de probabilidade de 20%, 30% e 50% para o extremo norte da Região Norte e de 25%, 35% e 40% na faixa que vai do Amazonas até grande parte da Região Nordeste, excetuada a faixa leste, correspondendo às categorias acima, dentro e abaixo da faixa normal climatológica, respectivamente. Para a Região Sul e sul do Mato Grosso do Sul, a previsão indica maior probabilidade de chuva acima da faixa normal climatológica no centro-sul da Região, com probabilidades de 50%, 30% e 20% para as categorias acima, dentro e abaixo da faixa normal climatológica, respectivamente. Nas demais áreas do País (área cinza do mapa), a previsão apresenta baixa previsibilidade. Esta previsão foi baseada principalmente na atual condição do fenômeno El Niño, cujo impacto foi reproduzido pela maioria dos modelos numéricos de previsão climática sazonal avaliados, bem como na evolução das temperaturas da superfície do mar nos outros oceanos. A previsão por consenso indica temperaturas variando em torno a acima dos valores normais na maior parte do Brasil, com exceção da Região Sul, que deve experimentar valores próximos da climatologia no decorrer do referido trimestre.

Responsável: Engenheiro Agrônomo Carlos Alberto Salvador Contato: [email protected]; (41) 3313-4136

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DERAL - Departamento de Economia Rural PARANÁ O feijão ocupa lugar de destaque na agricultura paranaense. O cultivo da leguminosa é a principal alternativa para pequenos e médios estabelecimentos, e apresenta a característica de grande demandadora de mão de obra tanto familiar como contratada. A cultura sempre teve um papel importante para a economia paranaense como geradora de emprego e renda no campo.

Valor Bruto da Produção Agropecuária Paranaense (VBP) O Valor Bruto da Produção Estadual em 2014 foi cerca de 70,67 bilhões de reais, a maior cifra alcançada desde 1997. A participação do seguimento feijão ficou em torno de 1,22 bilhão, 1,73% do total paranaense (Figura 02).

Figura 02 - Participação dos Seguimentos Rurais - VBP 2014 Soja 21%

Outros 23%

Feijão 2% Trigo 3% Silagens e alimentação animal 3%

Frango - corte 14%

Serraria e Laminadora 3% Cana-de-Açúcar 3% Suíno de raça - corte 4%

Milho 7% Leite Bovino 6%

Bovinos - corte 5%

Fonte: SEAB/DERAL

Responsável: Engenheiro Agrônomo Carlos Alberto Salvador Contato: [email protected]; (41) 3313-4136

Hortaliças 5%

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DERAL - Departamento de Economia Rural Paraná – Retrospectiva Safra 2014/15 O cultivo do feijão no Paraná está distribuído ao longo do ano em três safras. De acordo com a tabela 06, o desempenho das lavouras é expresso por meio da área, produção, produtividade, perdas climáticas e potencial produtivo. O Paraná na safra 2014/15 produziu 712,2 mil toneladas de feijão total (soma das três safras) e uma área cultivada em torno de 405,6 mil hectares.

Tabela 06 – Paraná – Feijão - Área, produção, potencial produtivo, perda e produtividade – Safra 2014/15 (*) Safras

Área (ha)

Produção (t)

Potencial (t)

Águas Seca Inverno Total

192.711 207.834 5.120 405.665

324.585 382.414 5.266 712.265

357.638 400.019 5.950 763.607

Fonte: SEAB/DERAL

Dez/15

Perdas ton. 33.053 17.605 684 51.342

% -9 -4 -11 -7

Produtividade (kg/ha) 1.698 1.841 1.029 1.756

(*) estimativa

O potencial produtivo das três safras não foi atingido devido a instabilidade climática. Com a redução na produção de 7%, o Paraná deixou de colher em torno de 51,3 mil toneladas de feijão na safra 2014/15. Na 1ª safra (feijão das águas), o plantio ocorreu entre agosto e dezembro, a colheita de novembro a março e a comercialização novembro a novembro. A área de feijão se consolidou em 192.711 hectares e uma produção em 324.585 toneladas. De janeiro a março de 2014 os agricultores semearam a 2ª safra (feijão da seca), e o período de colheita foi entre março e julho. As vendas ocorreram entre março a novembro. O Paraná semeou 207.834 hectares, e colheu 382.414 toneladas. O terceiro e menor cultivo, 3ª safra, foi plantada entre março a junho. A colheita ocorreu no período de maio a outubro e a comercialização da leguminosa entre maio e outubro. A área cultivada do feijão de inverno foi de 5.120 hectares e produção em torno de 5.266 toneladas.

Responsável: Engenheiro Agrônomo Carlos Alberto Salvador Contato: [email protected]; (41) 3313-4136

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DERAL - Departamento de Economia Rural Perspectivas para a safra 2015/16 As últimas informações levantadas pelo DERAL/SEAB mostram uma redução em 6% na área semeada e deverão ser cultivados 180,4 mil hectares na temporada 2015/16. Ocorrendo condições climáticas normais, a expectativa é de que a produção possa atingir 325,8 mil toneladas, cerca de 1% acima do obtido na safra passada (324,1 mil toneladas). Tabela 07 - Feijão – Área e Produção da 1ª Safra - Paraná – Safra 2015/16 (1) Núcleo Regional Apucarana Campo Mourão Cascavel Cornélio Procópio Curitiba Francisco Beltrão Guarapuava Irati Ivaiporã Jacarezinho Laranjeiras do Sul Londrina Maringá Paranaguá Paranavaí Pato Branco Ponta Grossa Toledo Umuarama União da Vitória Total FONTE: SEAB/DERAL

Área (há) 381 500 2.271 320 40.767 2.300 17.335 29.250 8.760 9.125 1.050 620 50 15 76 3.800 42.380 362 112 21.000 180.474

Partic. (%) 0,2 0,3 1,3 0,2 22,6 1,3 9,6 16,2 4,9 5,1 0,6 0,3 0,0 0,0 0,0 2,1 23,5 0,2 0,1 11,6 100,0

(1) estimativa Dez/2015

Responsável: Engenheiro Agrônomo Carlos Alberto Salvador Contato: [email protected]; (41) 3313-4136

Produção (ton.) 456 730 4.769 307 83.368 4.994 28.125 46.800 15.111 13.348 1.575 693 49 13 49 7.030 87.379 488 80 30.450 325.814

Partic. (%) 0,1 0,2 1,5 0,1 25,6 1,5 8,6 14,4 4,6 4,1 0,5 0,2 0,0 0,0 0,0 2,2 26,8 0,1 0,0 9,3 100,0

SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento

DERAL - Departamento de Economia Rural Esta é a menor primeira safra da história do Estado do Paraná e os 11,2 mil hectares a menos foram absorvidos pela cultura do Soja. Cerca de 85% da produção estimada de feijão das águas esta localizada nos Núcleos Regionais: Ponta Grossa (27%), Curitiba (26%), Irati (14%), União da Vitória (9%) e Guarapuava (9%). A tabela 8, apresenta a estimativa de produção por classe cor e preto da primeira safra 2015/16 no Estado do Paraná.

Em 2015, os preços médios recebidos pelos

agricultores do feijão cores foi de R$ 126,56, 62% maior que o ano anterior (R$ 78,33). Já para o feijão preto, o preço recebido em 2015 é R$ 103,25, 5% menor que 2014 (R$ 108,29). Estimativa da Seab/Deral indicam para esta safra, que 63% da produção é feijão cores e 37% é preto.

A preferência pelo classe cores se deve em grande parte pela

maior remuneração por este produto.

Tabela 08 – Feijão (1ª safra) - Paraná - Estimativa de produção por classe – 2015/16 NR Apucarana Campo Mourão Cascavel Cornélio Procópio Curitiba Francisco Beltrão Guarapuava Irati Ivaiporã Jacarezinho Laranjeiras do Sul Londrina Maringá Paranaguá Paranavaí Pato Branco Ponta Grossa Toledo Umuarama União da Vitória Total

Produção (t) 580 725 4.769 307 83.368 4.969 31.763 46.800 17.250 16.320 1.575 713 47 13 49 7.030 88.896 579 80 30.450

Cor (t) 580 580 4.292 307 79.200 3.230 26.999 8.000 12.075 16.320 1.024 713 47 3 49 4.894 51.560 567 80 914

Preto (t) 0 145 477 0 4.168 1.739 4.764 38.800 5.175 0 551 0 0 10 0 2.136 37.336 12 0 29.537

Cor (%) 100 80 90 100 95 65 85 17 70 100 65 100 100 23 100 70 58 98 100 3

Preto (%) 0 20 10 0 5 35 15 83 30 0 35 0 0 77 0 30 42 2 0 97

336.283

211.434

124.850

63

37

Fonte: SEAB/DERAL

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