Cancro do eucalipto

AS DOENÇAS QUE AFETAM O EUCALIPTO Fórum Fitossanidade Florestal 22 de janeiro de 2015 Oleiros Edmundo Manuel R. Sousa [email protected] Helena...
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AS DOENÇAS QUE AFETAM O EUCALIPTO

Fórum Fitossanidade Florestal

22 de janeiro de 2015 Oleiros

Edmundo Manuel R. Sousa [email protected]

Helena Machado

O eucalipto em Portugal O hospedeiro de Gonipterus sp. E. globulus Labill em Portugal na segunda metade do séc. XIX (1854), oriunda da Tasmânia e Vitória (Austrália)

A área de cultivo do eucalipto alargou-se lentamente até aos anos 50 Evolução da área de eucalipto em Portugal Continental Ano Área (103 ha)

1928

1956

8

58

1963/66 99

1968/80 214

1980/89 386

1990/92 529

1995/98 672

2005/06 647

Fonte: 1928, Mendes de Almeida; 1956, SROA; a partir de 1963/66, Inventário Florestal Nacional (DGRF)

Em meados do século XX é que a condição de exótica se tornou relevante   

Efeitos na biodiversidade Competição com outras espécies Afastamento dos padrões de paisagem tradicionais

O eucalipto em Portugal

O pinheiro bravo, o eucalipto e o sobreiro ocupam 2/3 do coberto florestal • Em 1995 a espécie dominante era o Pinheiro bravo enquanto em 2010 passou a ser o eucalipto (dominado pela espécie Eucalyptus globulus com 812 mil ha) que estava em terceiro lugar. • A área total pinheiro‐bravo diminui 263 mil ha entre 1995 e 2010.

• A área de sobreiro e da azinheira apresenta‐se estável ente 1995 e 2010, mas evidenciando-se uma diminuição notável na densidade dos seus povoamentos. • Verifica‐se um aumento significativo das áreas arborizadas com pinheiro‐manso (+54%) e castanheiro (+48%).

O eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários

Como espécie introduzida não tinha inimigos

naturais

Espécies polífagas

Espécies específicas

já existentes que se

do hospedeiro que

adaptam ao novo

precisam de ser

hospedeiro

também introduzidas

O eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários

Espécies polífagas já existentes que se adaptam ao novo hospedeiro

No Brasil, onde há muitas plantas nativas da família dos eucaliptos (Mirtáceas), vários insetos que se alimentam dessas plantas adaptaram-se bem aos eucaliptos e constituem pragas

O eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários

Espécies específicas do hospedeiro que precisam de ser também introduzidas

Incluem-se neste grupo as espécies mais nocivas em Portugal (estão bem adaptadas aos eucaliptos e, como exóticas, estão afastadas dos seus inimigos naturais nativos)

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários

Pragas e Doenças

Risco de introdução de novas espécies

• O aumento da circulação de produtos florestais, de derivados ou, de plantas



A migração natural em função das alterações climáticas

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários

POVOAMENTOS EXISTENTES

Prospecção

Gestão do povoamento

Factores de desequilíbrio

Avaliação da situação

Bióticos

Abióticos

Diagnóstico da situação

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários

Durante mais de 100 anos após a sua introdução o eucalipto em Portugal distinguiu-se pela sua saúde e vigor A primeira espécie foi encontrada há cerca de 45 anos, mas a maioria apenas foi detetada nas últimas décadas. Atualmente estão identificados 11 insetos e 1 ácaro Curva cumulativa do nº de artrópodes australianos, fitófagos de eucaliptos, detetados em Portugal Ophelimus sp. Thaumastocoris peregrinus Blastopsylla occidentalis Glycaspis brimblecombei Ophelimus maskelli

No entanto, poucas são pragas!

Rhombacus eucalypti Leptocybe invasa Ctenarytaina spatulata Phoracantha recurva

Gonipterus platensis Phoracantha semipunctata Ctenarytaina eucalypti

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários

Perfuradores

Escavam galerias no floema ou xilema da árvore onde se alimentam durante todo o seu ciclo de vida (Morte da árvore)

Desfolhadores

Comem as folhas ou agulhas (Mortalidade nas árvores jovens Enfraquecem as árvores adultas)

Sugadores

Sugam a seiva (Provocam queda de folhas, inibição de rebentação e seca de ramos)

Galígolas

Produzem deformações (galhas) nos ramos e folhas (Provocam queda prematura das folhas)

AGENTE NOCIVO

Insectos

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários Introdução de espécies oriundas da Austrália As psilas são pequenos insetos picadores-sugadores que se alimentam da seiva das plantas. Estão identificadas em Portugal 4 espécies de psilas.

Nome vulgar

Psila da folha juvenil

Psila da folha adulta

Morfologia

Espécies

Estragos

Ctenarytaina eucalypti

Sugam a seiva Adulto tem pouco mais de 1mm; Presente em todo o País em E. globulus Ataca apenas a folha juvenil; Forma uma espécie de “algodão branco” nas folhas; Provocam queda de folhas, inibição de rebentação e seca de ramos Não é praga; as populações parecem estar bem controladas por inimigos naturais.

Ctenarytaina spatulata

Sugam a seiva Adulto tem pouco mais de 1mm; Presente em todo o País em E. globulus Ataca apenas a folha adulta Origina desfolha e o aparecimento de fumagina (fungos pretos) nas folhas Pontualmente pode causar danos intensos.

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários Introdução de espécies oriundas da Austrália As psilas são pequenos insetos picadores-sugadores que se alimentam da seiva das plantas. Estão identificadas em Portugal 4 espécies de psilas.

Nome vulgar

Morfologia

Espécies

Estragos

Psilídeo de concha

Glycaspis brimblecombei

Sugam a seiva Adulto pode ter mais de 4mm; Presente em todo o País em E. camaldulensis e alguns híbridos Ataca as folhas juvenis e adultas As larvas formam uma espécie de “concha branca” nas folhas Sugam a seiva

Psila

Blastopsylla occidentalis

Adulto tem cerca de 2mm; Detetada em 2011 no Algarve, ainda não foi observada noutros locais do País em E. globulus

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários Introdução de espécies oriundas da Austrália Os galícolas são pequenos insetos que induzem deformações (galhas) nas plantas.

Nome vulgar

Galícola

Galícola

Morfologia

Espécies

Estragos

Leptocybe invasa

Produzem deformações (galhas) com aspeto característico, na nervura principal das folhas e no pecíolo Adultos têm cerca de 1mm; Pouco comum em E. globulus, mas vulgar em E. camaldulensis e em alguns híbridos

Ophelimus maskelli

Produzem deformações (galhas) com aspeto característico, no limbo das folhas, mas não nas nervuras nem no pecíolo Adultos têm cerca de 1mm; Ainda não detetado em E. globulus, mas vulgar em E. camaldulensis e em alguns híbridos

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários Introdução de espécies oriundas da Austrália

Nome vulgar

Morfologia

Espécies

Estragos Não é visível a olho nu Sugam seiva e o conteúdo das células Provocam o bronzeamento (descoloração, tom

Ácaro

Rhombacus eucalypti

acinzentado)

prematura

de

das

folhas

folhas, e

queda

inibição

de

rebentação Parece estar presente em todo o País e é vulgar em E. globulus, embora raramente cause estragos intensos.

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários Introdução de espécies oriundas da Austrália

Nome vulgar

Percevejo

Morfologia

Espécies

Estragos

Thaumastocoris peregrinus

Detetado em 2012, em Lisboa; está atualmente presente nos distritos de Lisboa e Setúbal; Adulto tem cerca de 3mm; Inseto picador-sugador que afeta a copa; E. camaldulensis é referido como principal hospedeiro; Não se sabe ainda se irá ser praga em E. globulus.

Os riscos para a floresta em Portugal Problemas fitossanitários (Pragas e Doenças)

1980 Phoracantha semipunctata Adulto com parte anterior dos élitros preta, patas e antenas escuras, em geral com risca preta em zig-zag nos élitros Comum em regiões secas (Alentejo, Vale do Tejo, Beira interior e Trás-osMontes) As larvas estão presentes no tronco de árvores adultas. É praga importante em algumas regiões.

2001 Phoracantha recurva Adulto com parte anterior dos élitros amarelada, patas e antenas amarelas, em geral com uma pequena mancha escura em cada um dos élitros Comum em regiões secas (Alentejo, Vale do Tejo, Beira interior e Trás-os-Montes) As larvas estão presentes no tronco de árvores adultas; Menos abundante do que P. semipunctata.

As brocas são insetos robustos que podem provocar a morte de árvores adultas.

Os riscos para a floresta em Portugal Problemas fitossanitários (Pragas e Doenças)

São pragas secundárias, que afetam árvores debilitadas.

Os ataques resultam em enfraquecimento da árvore e geralmente em mortalidade Os ataques ocorrem durante o verão (período de voo dos adultos e oviposição), mas as árvores só secam em geral no fim do verão ou na primavera seguinte.

Os riscos para a floresta em Portugal Problemas fitossanitários (Pragas e Doenças)

Seleção de clones ou espécies

Escolher plantas bem adaptadas às condições ambientais

Plantação em regiões com boa aptidão para o eucalipto

Evitar plantar em zonas marginais.

Silvicultura adequada

Utilizar corretamente as técnicas silvícolas e optar por aquelas que aumentem o vigor da floresta.

Os riscos para a floresta em Portugal Problemas fitossanitários (Pragas e Doenças)

Controlo natural pelo parasitóide Avetianella longoi e por pica-paus

Armadilhas de toros, usadas durante o início do período de voo das brocas

Corte fitossanitário (abril-maio), consiste na remoção e destruição das árvores atacadas (larvas e pupas no interior do tronco).

Os riscos para a floresta em Portugal Problemas fitossanitários (Pragas e Doenças)

1995 Gonipterus sp. – Gorgulho do eucalipto É um desfolhador, de origem australiana tal como o seu hospedeiro

Os riscos para a floresta em Portugal Problemas fitossanitários (Pragas e Doenças)

ADULTO

O insecto passa por 4 estados de desenvolvimento durante a sua vida: PUPA

OVO (OOTECA)

LARVA

Tanto as larvas como os adultos causam perda de produtividade.

Nos casos mais graves, a perda é total.

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários Identificar os povoamentos atacados

1996

1997

1998

1999

2,5%

12%

26%

63%

2003

2000

71%

Entretanto, a monitorização iniciada em 1996 indica que o Gorgulho está presente em todo o território continental.

2001

84%

Porém, os maiores ataques ocorrem apenas nas zonas montanhosas do Norte e Centro (acima dos 400m).

2002 2003

95% 100%

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários Identificar os povoamentos atacados

2006 - 2008 Confirma-se que os ataques mais intensos continuam a ocorrer nas regiões de montanha no Norte e Centro do País, tendencialmente mais produtivas.

Não estão disponíveis meios de luta eficazes: Luta biológica é insuficiente; Não existem insecticidas autorizados.

Nível de desfolha N0: sem desfolha ou negligenciável N1: desfolha moderada a forte (2006-08) N2: desfolha muito forte

Mantém-se a necessidade de desenvolver e implementar medidas de controlo.

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários Quantificar os danos As perdas, em termos de volume de madeira não produzido, são proporcionais à severidade da desfolha. Em caso de ataques intensos e sucessivos, a perda de produtividade é total.

Estima-se que existam atualmente em Portugal mais de 150 mil hectares de eucalipto severamente afetados, o que equivale a uma perda de cerca de 40M€/ ano (apenas valor de madeira não produzida).

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários Reduzir a incidência do agente Por sugestão do Grupo Portucel-Soporcel, o Gabinete do Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural determinou, com a publicação do Despacho nº 6670/2011, a criação de um grupo de trabalho, com carácter de urgência, para a elaboração das principais linhas orientadoras de um Plano de Ação nacional de controlo das populações de Gonipterus platensis.

RAIZ, ALTRI FLORESTAL, INIAV, DGAV e ICNF têm vindo a executar parcialmente o Plano, apesar de não ter sido formalmente aprovado.

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários

E. globulus não tinha inimigos naturais em Portugal

Gorgulho do eucalipto espécie também introduzida

Espécies

Espécies específicas de

parasitoides e

parasitoides ou predadores

predadores que se

que precisam de ser também

adaptam

introduzidas

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários Reduzir a incidência do agente Luta Biológica (parasitoides e predadores)

Espécies existentes que se adaptam

Espécies específicas a serem introduzidas Anaphes nitens, uma vespa que parasita os ovos do Gorgulho; método também usado com sucesso parcial noutros países (e.g. África do Sul e Espanha).

(1997)

Primeiras largadas

(1998)

Ensaios preliminares Criação em massa

(1998 a 2002) Largada de cerca de 300.000 adultos Avaliação da eficácia

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários Reduzir a incidência do agente Luta Biológica (parasitoides e predadores)

Espécies existentes que se adaptam

Espécies específicas a serem introduzidas Avaliação da eficácia

Não foi totalmente eficaz, em particular nas zonas de montanha.

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários Reduzir a incidência do agente Luta Biológica (parasitoides e predadores)

Espécies existentes que se adaptam

Espécies específicas a serem introduzidas (2008) Identifica-se na Tasmânia (Austrália) parasitoides Anaphes inexpectatus e A. tasmaniae

os

Ensaios preliminares 300

Nº de indivíduos

A. tasmaniae

A. inexpectatus 200

100

Criação em massa Avaliação da eficácia

0

Parental

F1

F2 Geração

F3

F4

(2012) Primeiras libertações experimentais de A. inexpectatus em campo, em duas áreas: Arouca e Penela.

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários Reduzir a incidência do agente Luta Química

Contactos com as empresas Seleção de substâncias ativas

fitofarmacêuticas

(2004/05) Produto Cascade

Ensaios de eficácia na população do Gorgulho

Ensaios de efeitos no hospedeiro

Ensaios de efeitos nos parasitoides

Ensaios de efeitos no ambiente

Autorização extraordinária / Processo de Homologação Forest Stewardship Council (FSC) proíbe este insectiida em floresta certificada O Cascade não chega a ser utilizado como meio de luta

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários Reduzir a incidência do agente Luta Química

Contactos com as empresas

Seleção de novas

fitofarmacêuticas

substâncias ativas

(2010) Novos produtos

Ensaios de eficácia na população do Gorgulho

Ensaios de efeitos no hospedeiro

Ensaios de efeitos nos parasitoides

Autorização extraordinária (2011 e 2013) / Processo de Homologação (2014)

Ensaios de efeitos no ambiente

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários Reduzir a incidência do agente Luta Genética

Seleção de hospedeiros de produção

Seleção de hospedeiros

bem adaptados às diferentes

resistentes ao Gorgulho do

condições edafoclimáticas

Eucalipto

E. nitens é uma espécie de eucalipto identificada como menos atacada, mas não reúne as qualidades (florestais e de qualidade da madeira) de E. globulus.

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários Reduzir a incidência do agente Luta Genética

Espécies pré-seleccionadas E. badjensis

Está a ser avaliada pelo RAIZ a susceptibilidade ao Gorgulho de 17 espécies/subespécies de Eucalipto e alguns híbridos. Critérios de pré-selecção: - Potencial florestal; - Madeira com potencial para pasta; - Adaptação a zonas frias/de altitude. Situação do estudo: - 3 ensaios instalados em campo em 2010/11

E. benthamii E. dalrympleana ssp. dalrympleana E. delegatensis ssp. delegatensis E. dunii E. fastigata E. fraxinoides E. globulus ssp. bicostata E. globulus ssp. globulus E. globulus ssp. maidenii E. macarthurii E. nitens E. oreades E. regnans E. saligna E. smithii E. viminalis ssp. viminalis

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários Reduzir a incidência do agente Luta Biotécnica

Estudo dos compostos fenólicos

Estudo dos compostos fenólicos em genótipos de eucalipto muito e pouco atacados por gorgulho do eucalitpo. Participação de Altri Florestal; Universidade Nova; ISA

Meios de luta – Push em Pull Ensaio instalado em 2010 pela Altri Florestal

Ensaio “Push and Pull” ou Ensaio de bordadura Objectivo: Verificar se a existência de árvores armadilha contribui para um menor ataque em plantações de E. globulus Ensaio constituído por manchas de E. globulus com uma bordadura de eucaliptos de um genótipo muito atacado. As árvores do genótipo susceptível servem como atractivo para a oviposição. Quando as larvas eclodem, é feito tratamento químico . Controlo: manchas de E. Globulus sem bordadura Ensaio muito recente, sem dados conclusivos até à data.

O eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários

Principais doenças que afetam o eucalipto FOLHAS MLD - Complexo Mycosphaerella

Botrytis cinerea

RAÍZES

TRONCO E RAMOS

Armillaria mellea

Botryosphaeria spp.

Phellinus torulosus

Teratosphaeria gauchensis Phellinus torulosus

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários

Data de deteção de espécies causadoras de MLD em eucalipto, em Portugal

2007

2006

M. grandis M. vespa

M. communis M. heimii M. lateralis M. nubilosa M. parva

2004

M. madeirae

1998

1881 1881

M. marksii M. walkeri M. africana

M. molleriana 1870

1890

1910

1930

1950

1970

1990

2010

2030

2050

Como as Pragas e doenças se podem vir a adaptar a novos cenários: Uma reflexão sobre novas estratégias de protecção florestal

Fungos

Doenças

As doenças foliares reduzem a área foliar e diminuem a actividade fotossintética, afectando o crescimento e a reprodução (Enfraquecem as árvores adultas)

Bactérias Vírus As doenças do tronco e da raiz, danificam o sistema vascular de árvores (Enfraquecimento ou Morte de árvores) Nemátodes

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários

Nome vulgar

Morfologia

Espécies

Estragos Detetada pela primeira vez em Portugal em 1879 a espécie Mycosphaerella molleriana; Até 1998 não foram detetados casos significativos de desfolha;

MLD – Doença das manchas das folhas

Atualmente está presente em todo o País com Várias espécies de Teratosphaeria e Mycosphaerella

maior incidência no Litoral Norte e Centro; Foram já identificadas 12 espécies pertencentes

aos géneros Teratosphaeria e Mycosphaerella; Lesões pequenas, angulares ou irregulares de coloração variada e frutificações negras (pontuações); Causa perda de área fotossintética, desfolha e redução da taxa de crescimento.

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários MLD – Doença das manchas das folhas Ataques severos causam o enrolamento dos ramos após a desfolha.

1 ano

2 anos

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários MLD – Doença das manchas das folhas

Medidas de proteção Espécies ou clones de eucaliptos resistentes ex.: seleção de árvores com transição precoce para folha adulta Gestão silvícola adequada Meios de luta

-

Não existem fungicidas homologados contra esta doença.

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários

Nome vulgar

Morfologia

Espécies

Estragos

Doença conhecida em Portugal a que não tem sido atribuída grande importância; recentemente têm

Cancro do eucalipto

sido desenvolvidos esforços para a correta Botryosphaeria spp.

identificação das espécies envolvidas; Causa cancros no tronco e ramos, morte progressiva dos ápices e fendilhamento da casca com exsudado vermelho escuro.

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários

Cancro do eucalipto

Lesão

Cancro

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários Cancro do eucalipto

Phoracantha semipunctata associada a Botryosphaeria Exsudação

Galeria larvar

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários

Cancro que forma lesões no tronco e ramos Nome vulgar

Morfologia

Espécies

Estragos

Detetado pela primeira vez em Portugal em 2006, o número de ocorrências tem vindo a aumentar;

Cancro

Teratosphaeria gauchensis

está presente no Algarve, Alto Alentejo, Baixo Alentejo, Beira Litoral e Douro Litoral.

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários

Cancro que forma lesões no tronco e ramos

Sintomas (a) (b) (c) (d) (e)

Conídios de Teratosphaeria gauchensis Necroses nos raminhos Cultura pura Ramos com cancros Lesões circulares características no tronco

Os agentes bióticos do eucalipto em Portugal Os problemas fitossanitários

Medidas preventivas -Espécies ou clones de eucaliptos bem adaptadas às condições locais. -Promover o desenvolvimento das plantas nas melhores condições. -Evitar adubações excessivas. -Cortar e queimar os ramos secos e as árvores mortas ou muito afetadas. Meios de luta

-Não existem fungicidas homologados contra esta doença.

O CONTRIBUTO DA INVESTIGAÇÃO PARA O CONTROLO DE Gonipterus platensis EM PORTUGAL

Altri Florestal, ISA, UNL e RAIZ

OBRIGADO