Seminário de Análise Conjuntural
12 de Dezembro de 2016
APRESENTADORES APRESENTADORES
Abertura – Regis Bonelli Política Monetária: EUA e Brasil - José Júlio Senna
Expectativas de Empresas e Consumidores - Viviane Seda Panorama da Inflação a Curto Prazo - Salomão Quadros Cenário Macro Consolidado - Silvia Matos Comentários - Samuel Pessoa, Bráulio Borges e Armando Castelar
Final de ano sob o signo da incerteza, novamente Em parte, induzida pela queda do PIB no 3º trimestre mais acentuada que o esperado PIB trimestral - VAr. ToT dessazonalizado (%)
0,5 0,0 -0,5 -1,0
-1,5 -2,0 -2,5 2014.IV 2015.I
3
Economia Aplicada
2015.II 2015.III 2015.IV 2016.I
2016.II 2016.III
Mas, não apenas
4
Economia Aplicada
Confirmado por novo indicador elaborado pelo IBRE: Indicador de Incerteza
5
Economia Aplicada
Novo índice do IBRE destaca aumento da incerteza em novembro, depois de parar de cair em outubro
6
Economia Aplicada
2016.11
2016.10
2016.9
2016.8
2016.7
2016.6
2016.5
2016.4
2016.3
2016.2
2016.1
2015.12
145 140 135 130 125 120 115 110
2015.11
Indicador de Incerteza da Economia Brasileira - IIE-BR
Outras fontes de incerteza
7
Economia Aplicada
Do lado positivo...
8
Economia Aplicada
O que ajuda a explicar a falta de sinais de recuperação do investimento; muito pelo contrário
FBCF - taxa de variação trimestral ToT dessazonalidada (%)
9
Economia Aplicada
2016.III
2016.II
2016.I
2015.IV
2015.III
2015.II
2015.I
2014.IV
2014.III
2014.II
2014.I
2013.IV
1,0 0,0 -1,0 -2,0 -3,0 -4,0 -5,0 -6,0 -7,0 -8,0 -9,0
Idem em relação à taxa de formação bruta de capital fixo, que caiu cinco pp nos últimos 3 anos 0,24
Taxa FBCF Preços correntes Taxa FBCF Preços de 1995
0,23 0,22 0,21 0,20 0,19 0,18
10
Economia Aplicada
2016.III
2016.II
2016.I
2015.IV
2015.III
2015.II
2015.I
2014.IV
2014.III
2014.II
2014.I
2013.IV
0,17
E é esse o pano de fundo para nossa análise, a seguir
Política Monetária: EUA e Brasil - José Júlio Senna Expectativas de Empresas e Consumidores - Viviane Seda
Panorama da Inflação a Curto Prazo - Salomão Quadros Cenário Macro Consolidado - Silvia Matos Comentários - Samuel Pessoa, Bráulio Borges e Armando Castelar
11
Economia Aplicada
2. Política Monetária: EUA e Brasil
José Júlio Senna
Política Monetária nos EUA
Descolamento entre as Bolsas dos EUA e dos Emergentes (em US$) no Período Pós-Trump. America First?
Nota: dados diários. Últimos dados: 09/12/16. Fonte: Bloomberg.
14
Economia Aplicada
Dólar Mais Forte Depois do Trump. America First?
Nota: dados diários; The JP Morgan Emerging Market Currency Index (EMCI) is a tradable benchmark for emerging markets currencies versus the U.S. Dollar. Últimos dados: 09/12/16. Fonte: Bloomberg. .
15
Economia Aplicada
Fortalecimento Adicional do Dólar no Período Pós-Trump
Nota: dados diários; dollar index = major currencies. Últimos dados: 09/12/16. Fonte: Bloomberg.
16
Economia Aplicada
Tendência de Alta das Taxas dos Treasuries já Estava em Curso
Nota: dados diários. Últimos dados: 09/12/16. Fonte: Bloomberg.
17
Economia Aplicada
Condições Financeiras “Seguraram” a Alta de Juro em Agosto. Agora Não.
Nota: dados diários. Últimos dados: 09/12/16. Fonte: Bloomberg.
18
Economia Aplicada
Efeito-Trump Sobre as Projeções da Fed Funds Rate
Nota: O objeto do contrato futuro é a taxa média simples de fed funds overnight do mês de entrega; Fomc set/16 = mediana das projeções do Fomc em set/16. Fontes: Fed; Bloomberg.
19
Economia Aplicada
Inflações Implícitas já Estavam em Alta Antes do Trump
Nota: dados diários. Últimos dados: 09/12/16. Fonte: Bloomberg.
20
Economia Aplicada
Expectativas de Inflação 5 X 5 Também já Estavam em Alta. Sugestivo de Consistência do Movimento Pós-Trump
Nota: dados diários. Últimos dados: 08/12/16. Fonte: Fed St. Louis. .
21
Economia Aplicada
Inflação a Caminho da Meta de 2%
Nota: dados mensais. Últimos dados: outubro/16. Fonte: Bloomberg.
22
Economia Aplicada
Economia Americana Não Recuperou Trajetória Anterior de Crescimento. Deficiência de Demanda?
Nota: dados trimestrais e dessazonalizados. Últimos dados: 3T16. Fonte: BEA.
23
Economia Aplicada
Efeitos-Trump
Quadro atual: crescimento baixo. Muitos querendo poupar, poucos querendo investir. Efeito-Trump: bolsas para cima, juros de mercado mais elevados, inflação esperada em alta, expectativa de maior aperto monetário e dólar mais forte
Hipóteses: expectativa de retomada dos investimentos e de forte expansão fiscal. Impulso extra (de curto prazo) com protecionismo (desvio de demanda)
Investimentos. Corte de impostos corporativos, desregulação (aumento da confiança) e incentivos à infraestrutura. (Petróleo já ajuda). Em sentido contrário: caso Carrier, em Indiana
24
Economia Aplicada
Efeitos-Trump
Fiscal. Monte de dúvidas: detalhamento, chances de aprovação, timing de implementação. Economia hoje bem diferente da de 2008/09. Proximidade do pleno-emprego
Impulso fiscal à la Keynes? Nada claro. Campanha: corte de alíquotas de IRPF compensado por redução das isenções; para a infraestrutura, sistema de créditos tributários (supostamente neutro em seus efeitos
sobre o déficit) do tipo investment tax credit
Razoável admitir: algum estímulo extra provavelmente virá 25
Economia Aplicada
Efeitos-Trump
Distribuição dos efeitos entre produto e inflação. Proximidade do pleno
emprego e desaceleração da produtividade sugerem impacto modesto sobre o produto.
Efeitos
sobre
a
inflação
também
tendem
a
ser
modestos
(expectativas de inflação bem comportadas). Razão: persiste a influência de fatores inibidores do crescimento (desigualdade, demografia, etc)
De qualquer modo, esta é uma discussão para o médio prazo. Não há motivo para esperar mudanças expressivas em 2017. Volatilidade sim
Fed. Aumentará o juro na quarta-feira (a probabilidade já era alta). Expectativa sobre o comunicado. Mais provável que não mergulhe em especulações. Muito cedo para falar de eventual alteração de perspectivas 26
Economia Aplicada
Política Monetária no Brasil
Conservadorismo na Política Monetária
Nota: dados diários. Últimos dados: 09/12/16. Fonte: Banco Central. .
28
Economia Aplicada
Efeitos Práticos Positivos do Conservadorismo
Nota: Focus = mediana dos dados diários; Focus – próximos 12 meses = Inflação nos próximos 12 meses suavizada. Últimos dados: 09/12/16. Fonte: Banco Central. .
29
Economia Aplicada
Os Juros Reais Subiram. Aperto Monetário
Nota: Focus = mediana dos dados diários; Selic = dados diários; marcas no eixo horizontal indicam reunião do Copom (20/07; 31/08; 19/10 e 30/11). Últimos dados: 09/12/16. Fonte: Banco Central. .
30
Economia Aplicada
A Curva de Juros Reais em Quatro Momentos Distintos
Nota: 27/06/16 = um dia antes da divulgação do RTI com a coletiva do Ilan; 08/11/16 = eleições EUA; 17/11/16 = último dado disponível; dados referentes a taxas de mercado de títulos públicos. Fontes: Anbima; MCM. .
31
Economia Aplicada
Efeito-Trump no Brasil (Câmbio e Risco)
Nota: dados diários. Últimos dados: 09/12/16. Fonte: Bloomberg.
32
Economia Aplicada
Projeções Atualizadas de Inflação. Nítido Espaço para a Flexibilização Monetária.
Nota: Cenário de referência = taxas de juros e câmbio inalteradas em 14,00% ao ano (a.a.) e R$3,40/US$, respectivamente, por todo o horizonte de projeção. Cenário de mercado = taxas de câmbio de R$3,40/US$ e R$3,50/US$ ao final de 2017 e 2018, respectivamente, e taxas de juros de 10,75% a.a. e 10,00% a.a. ao final dos mesmos períodos. Fonte: Banco Central.
33
Economia Aplicada
Copom: Ênfase na Fraqueza da Economia e na Melhora da Inflação. Visão Favorável Sobre a Questão Fiscal Copom: inesperada mudança de tom.
Atividade econômica aquém do esperado. Alto nível de ociosidade. Provável que a retomada será mais demorada e gradual que a antecipada previamente
Inflação recente: mais favorável que o esperado. Desinflação mais difundida
Fiscal: os passos no sentido da aprovação das reformas fiscais têm sido positivos até o momento, embora o processo seja longo e incerto. “Todos” reconheceram os esforços e os avanços no sentido da aprovação e implementação dos ajustes necessários, especialmente no campo fiscal
34
Economia Aplicada
Copom: Minimização das Preocupações com Trump
Trump: possível fim do interregno benigno. Mudança de preços relativos: impacto limitado a efeitos secundários. Efeitos mitigados pela capacidade
ociosa (expectativas ancoradas). Choques compensados por ajustes nos preços de commodities.
Além disso, efeitos desinflacionários. Condições financeiras externas mais apertadas. De qualquer modo, “não há relação direta entre o cenário externo e a condução da política monetária”
35
Economia Aplicada
Comentários Finais Degrau de 50 pontos virou piso. Se não pode ser menos, há espaço para ser mais. Assimetria estimula a aposta. Muitos migrarão para 75 pontos. Se
acontecer, dificilmente anulará as conquistas recentes do BC. Credibilidade recuperada e expectativas ancoradas. E economia fraca
Discussão será outra: expectativa de novos 75 pontos mais adiante. Interessará ao BC? Como administrar?
Palavra de alerta. Alívio para empresas e famílias. Importantíssimo. Ajudará na recuperação. Mas vale lembrar: consumo e investimento não dependem
apenas de juro mais baixo. Experiência do mundo desenvolvido. Entre nós, impacto de CP poderá ser modesto 36
Economia Aplicada
3. SONDAGENS DE TENDÊNCIA DO IBRE/FGV Viviane Seda
37
Análise Conjuntural
Índices de Confiança Empresarial e do Consumidor Dessazonalizados
120 110 100 90 80,1 80 79,1 70 60
Índice de Confiança Empresarial
Índice de Confiança do Consumidor
Mantendo o padrão observado em 2016, de reagir com alguma defasagem em relação ao indicador empresarial, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou em Novembro após seis altas consecutivas. Fonte: FGV/IBRE
38
Síntese dos Resultados das Sondagens
PIB x Índice de Confiança da Indústria Dessazonalizados
10
140
8
2 0
100
-2 -4
80 -6 -8
PIB
Índice de Confiança da Indústria
-10
60
Fonte: IBGE e FGV/IBRE
39
Síntese dos Resultados das Sondagens
Com ajuste sazonal
PIB Variação Interanual Trimestral
120 4
Índice de Confiança da Indústria
6
ISA e IE : calibragem nas expectativas Dessazonalizados
Empresas
Consumidores
95
95
90 86.5
85
90 87.7 85
80
80
75
73.9
70
75 70 67.9
65
65
60
60
Situação Atual
Índice de Expectativas
Situação Atual
Índice de Expectativas
Fonte: FGV/IBRE
40
Síntese dos Resultados das Sondagens
Recuperação do emprego ainda longe Saldos em médias móveis trimestrais das perguntas sobre tendência do PO (eixo direito) e CAGED em variação interanual trimestral (eixo esquerdo)
8
130
6 120 4 110 2 0
100
-2 90 -4 80
-6 -8
70
CAGED - Total (var. interanual)
41
Síntese dos Resultados das Sondagens
Emprego Previsto - Empresarial (MM3)
Fonte: FGV/IBRE
Finanças familiares: sinais discretos de melhora Gráfico i) Situação Econômica Geral e Situação Financeira da Família Atuais Gráfico ii) Uso de recursos da poupança para quitar despesas correntes
Indicadores em médias móveis trimestrais
120 110
Parcela "Usando poupança para quitar despesas", em % e MM3 18
100 90
13
80 70
8
60
3
50
Situação Econômica Local Atual - MM3
42
Situação Financeira Atual da Família - MM3
Superintendência Adjunta de Ciclos Econômicos
Poupança para quitar despesas - MM3
Falamos de Aceleração. E a recessão ? O que podemos depreender dos indicadores de confiança?
Há sinais obtidos nas sondagens de tendência e nos indicadores de incerteza que sempre ocorrem em saídas de recessão.
Detalhe: A recuperação da confiança em recessões longas não costuma ocorrer de forma direta e contínua e costuma provocar movimentos do tipo W (início dos anos 1980 e 1990) Check list de saída de recessão:
Avanço mais expressivo dos índices que medem a situação atual Redução da incerteza Aumento de otimismo e não apenas redução de pessimismo (Ex: indústria) Redução dos estoques e aumento da demanda interna prevista Melhora das finanças familiares (nesta recessão um quadro atípico de endividamento)
43
Superintendência Adjunta de Ciclos Econômicos
4. Panorama da inflação a Curto Prazo Salomão Quadros
44
Análise Conjuntural
IPCA em 2016 % em 12 meses 11
10,67
10
8,97
9
8
7
6,50
6
dez/15
jan/16
fev/16
mar/16
abr/16
mai/16
jun/16
jul/16
ago/16
set/16
out/16
nov/16
dez/16
• Até agosto: desaceleração de 1,7 pp ou 0,21 pp ao mês. • De setembro a dezembro: 2,5 pp ou 0,62 pp ao mês. Dezembro(est) = 0,5%.
• Inflação dentro do intervalo de tolerância da meta. Superintendência Adjunta de Inflação
IPCA – principais categorias % em 12 meses
Alimentação no domicílio Serviços livres Preços administrados Demais bens de consumo IPCA
2015
2016 (até ago)
2016
12,9%
16,3%
9,8%
8,1%
7,4%
6,8%
18,1%
8,6%
5,8%
6,2%
6,5%
4,8%
10,7%
9,0%
6,5%
• Até agosto, desaceleração muito dependente de preços administrados, que recuaram 9,5 pp (efeito base). Serviços diminuíram 0,7 pp. Os outros dois grupos tiveram aceleração. • De setembro a dezembro, a desaceleração se desconcentra: alimentação no domicílio recua 6,5 pp; demais bens, 1,7 pp.
• A influência de administrados na desaceleração baixa para 2/3. Superintendência Adjunta de Inflação
IPCA 2017 Alimentação no domicílio Serviços Preços administrados Demais bens de consumo IPCA
2016
2017
9,8% 6,8% 5,8% 4,8% 6,5%
4,7% 5,3% 5,9% 4,5% 5,1%
• Ao fim do primeiro trimestre de 2017, inflação estará abaixo de 6%. Para dezembro, a estimativa é de 5,1%. • Alimentação será responsável por cerca de 60% da redução inflacionária em 2017. • Serviços prosseguem em desaceleração diante da deterioração adicional do mercado de trabalho. • Ao contrário de 2016, não haverá contribuição de preços administrados. Superintendência Adjunta de Inflação
5. CENÁRIO MACRO Silvia Matos, Julio Mereb, Livio Ribeiro, Bruno Ottoni e Vilma Pinto
PRINCIPAIS PONTOS • A economia brasileira está passando por uma das piores recessões da nossa história
• A confiança empresarial melhorou significativamente, mas ainda não podemos afirmar que estamos saindo da recessão. Indicadores da situação atual ainda estão em níveis historicamente baixos • Os sinais para o quarto tri ainda são muito fracos. A indústria contraiu em outubro. Em novembro o crescimento esperado não será suficiente para compensar os resultados anteriores
Boletim Macro IBRE
PRINCIPAIS PONTOS • Cenário de atividade indica uma contração de -3,5% em 2016. Para 2017 revisamos o nosso número de 0,6% para 0,3% • Ao mesmo tempo, temos sinais mais nítidos de desinflação. Nossos modelos apontam para uma taxa de juros de 11% ao final de 2017 (cenário base)
Boletim Macro IBRE
Crescimento Anual – Ótica da Oferta
Atividades 2015/2014
2016/2015
2017/2016
PIB pela Ótica da Oferta
-3.8%
-3.5%
0.3%
Agropecuária
3.6%
-6.6%
4.5%
Indústria
-6.3%
-3.8%
1.0%
Extrativa
4.8%
-4.5%
-2.3%
Transformação
-10.4%
-5.8%
0.9%
Construção Civil
-6.5%
-3.4%
1.7%
Eletricidade e Outros
-1.5%
4.8%
2.5%
Serviços
-2.7%
-2.5%
-0.1%
Fonte: IBGE e FGV/IBRE. Elaboração: FGV/IBRE.
51
Boletim Macro IBRE
Crescimento Anual – Ótica da Demanda
Atividades 2015/2014
2016/2015
2017/2016
PIB pela Ótica da Demanda
-2.9%
-2.7%
0.3%
Consumo das Famílias
-3.9%
-4.0%
0.0%
Consumo do Governo
-1.1%
-0.7%
-0.5%
Formação Bruta de Capital Fixo
-13.9%
-10.4%
-0.1%
Exportação
6.3%
2.7%
2.2%
Importação
-14.1%
-11.5%
1.3%
2016/2015
2017/2016
Contribuições para o PIB 2015/2014 Exportações Líquidas
2.6pp
2.0pp
0.1pp
Estoques
-0.9pp
-0.9pp
0.0pp
Fonte: IBGE e FGV/IBRE. Elaboração: FGV/IBRE.
52
Boletim Macro IBRE
Crescimento PIB Trimestre contra o mesmo trimestre do ano anterior
2,0% 1,4% 0,9%
1,0% 0,0% 0,0% -1,0% -1,2%
-2,0% -2,2% -3,0%
-2,9% -3,6%
-4,0% -5,0%
-6,0%
-5,4% 2016.I
2016.II
2016.III
2016.IV
2017.I
2017.II
2017.III
2017.IV
Fonte: IBGE e FGV/IBRE. Elaboração: FGV/IBRE. 53
Boletim Macro IBRE
Crescimento trimestral do PIB: Revisado Primeira divulgação com ajuste sazonal
1º Vintage 1,0% 0,8%
0,7%
0,6%
0,4%
0,4%
0,4% 0,1%
0,2%
0,0% -0,2% -0,4% -0,6%
-0,5%
-0,4%
-0,5%
-0,8% -0,8%
-1,0% 2016.I
2016.II
2016.III
2016.IV
2017.I
Depois da Divulgação do 3T
2017.II
2017.III
2017.IV
PIB Oficial Fonte: IBGE e FGV/IBRE. Elaboração: FGV/IBRE.
54
Boletim Macro IBRE
Previsões Mercado de Trabalho Taxa de desemprego (PNAD-C – Brasil %)
Em % 2015 2016 2017
55
Boletim Macro IBRE
PEA 1,9 1,2 1,0
PO 0,0 -2,0 0,6
TD 8,5 11,5 11,8
Desaceleração da Massa Real de Rendimentos (queda de 4,8% em 2016)
Decomposição da Massa Salarial 6%
Renda Massa Real Salarial 2015 -0,3 -0,3 2016 -2,8 -4,8 2017 0,2 0,9
4,7%
4%
2,6%
2% 0%
0,9%
-0,3%
-2% -4%
-4,8% -6% 2013
2014
População Ocupada 56
Boletim Macro IBRE
2015 Renda Real
2016 Massa Salarial Real
2017
Taxa de Câmbio Projeções •
Cenário base com moeda estável em 2017 e pequena depreciação em 2018, refletindo os riscos de médio prazo. Porém, os riscos estão mais assimétricos
57
Boletim Macro IBRE
Setor externo Balança comercial: Vetor doméstico preponderante •
Absorção externa terá importância redobrada em 2017 • •
58
Diferencial de crescimento será o grande vetor de ajuste; Recuo mais que proporcional da demanda externa (comércio) fará com que o superávit diminua;
Boletim Macro IBRE
Setor externo Conta corrente: Ajuste continua, com ímpeto menor •
Déficits pequenos tanto em 2016 como em 2017 • •
59
Estabilização da economia doméstica implica em aumento moderado do déficit; Principal risco (negativo) está nas remessas de lucros e dividendos;
Boletim Macro IBRE
Inflação no MPP Premissas da análise
• Diferentes cenários para o câmbio:
• Base: R$ 3,40 / US$, R$ 3,35 / US$ e R$ 3,40 / US$ ao final de 2016, 2017 e 2018 • Pessimista: R$ 3,45 / US$, R$ 3,55 / US$ e R$ 3,80 / US$ ao final de 2016, 2017 e 2018 • A partir de 2017, o Banco Central reage segundo a Regra de Taylor
• Inflação de preços administrados é exógena em 2017 (5,9%) e é igual à inflação dos preços livres a partir de 2018
60
Boletim Macro IBRE
Cenários de inflação em cada trajetória de câmbio
10,7%
10,7%
6,5%
6,5% 5,5%
5,1%
2015
2016 IPCA Base
4,7%
2017
5,1%
2018
IPCA Pessimista
Fonte: BCB e FGV/IBRE. Elaboração: FGV/IBRE. 61
Boletim Macro IBRE
Curva de juros implícita em cada cenário Taxa de juros e taxa de câmbio no quarto trimestre de cada ano
14,2% 14,2%
13,8% 13,8%
11,0% 11,3%
2015
2016 Juros Base
2017
10,5%
11,0%
2018
Juros Pessimista
Fonte: BCB e FGV/IBRE. Elaboração: FGV/IBRE. 62
Boletim Macro IBRE
6.1 CENÁRIO FISCAL
Vilma Pinto
63
Boletim Macro IBRE
DESPESAS PRIMÁRIAS DO GOVERNO CENTRAL EM % DO PIB, 1997 – 2016* Valores em % do PIB e Participação 100% 90%
4,1
3,6
4,0
3,6
3,7
4,1
4,1
0,9
0,8
1,1
0,9
0,9
0,9
3,0
3,3
3,5
3,6
3,7
3,7
4,0
1,3
1,4
1,8
1,9
2,1
1,8
2,0
5,2
4,1
4,3
4,3
4,7
80% 70%
2,1 18,1
60% 50%
4,5
4,7
4,5
4,6
4,9
15,6
30%
10%
4,6
4,5
4,3
4,4
4,3 16,9 16,8
16,4
40%
20%
4,9
4,9 14,0
14,8 14,8 5,4 5,5 5,3 14,6
5,7
15,9
5,9
4,2
17,3 4,6
4,3
2,1
2,1
4,1 16,9 3,9 16,7
2,4
17,3 3,9
4,3 20,1 19,6
2,7 18,3
3,9
3,9
4,0
3,3
21 20 19 18
4,2
16,2
17 16
15,6 15,1 6,2
15 6,4
6,7
6,9
6,8
6,4
6,7
6,6
6,4
6,6
6,7
6,9
7,4
8,3 14
0%
13 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Benefícios Previdênciários
Pessoal
Despesas Discricionárias
Despesa Total (Eixo Direito)
Outras Obrigatórias
2016: valores acumulados em 12m até out. Fonte: MF/STN; BCB. Elaboração FGV/IBRE.
TRANSFERÊNCIA DE RENDA (SOCIAL) 1997 – 2016* (% do PIB) Transferências de Renda em % do PIB 11 10,1 10
8,9 9
8,6
8,0 7,7
8
8,1
8,0
7,9
7,6
7,8
8,0
8,2
7,3 7,0
7 6,2 6
5,8
5,8
6,4
5,9
5,4
5
4 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Benefícios Previdênciários
Abono e Seguro Desemprego
BPC
Transferências de Renda
2016: valores acumulados em 12m até out. Fonte: MF/STN; BCB. Elaboração FGV/IBRE.
EVOLUÇÃO DA RECEITA* (% do PIB) RECORRENTE E NÃO RECORRENTE Receita Líquida Total
Receita Líquida Recorrente
21
20 19 18
17 16 15 14 13
2016: valores acumulados em 12m até out. Fonte: MF/STN; BCB. Elaboração FGV/IBRE.
RESULTADO PRIMÁRIO DO SETOR PÚBLICO CONSOLIDADO - % DO PIB 5,0 3,7
4,0 2,9
3,0
3,2
3,2
3,2
3,8
3,2
3,2
3,2
3,3
2,9 2,5 1,9
2,0
2,1
1,4
1,0 0,0 0,0 -0,9 -1,0 -0,8
-2,0
-1,1
-3,0 -2,5
-4,0
-2,4
-5,0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Governo Central (RECORRENTE)
Não Recorrente
Governos Regionais
Empresas Estatais
Setor Público Consolidado
DBGG sem Swaps Cambiais DBGG
66,5
out/16
set/16
ago/16
jul/16
jun/16
mai/16
abr/16
mar/16
fev/16
jan/16
dez/15
nov/15
out/15
set/15
ago/15
jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
mar/15
fev/15
jan/15
dez/14
nov/14
out/14
set/14
ago/14
jul/14
jun/14
mai/14
abr/14
mar/14
fev/14
jan/14
dez/13
DÍVIDA BRUTA DO GOVERNO GERAL
VALORES COM E SEM SWAPS
75,0 70,3
70,0 68,9
65,0
60,0
59,3
55,0
50,0
45,0
DÍVIDA BRUTA DO GOVERNO GERAL PROJEÇÕES (c/ PEC dos Gastos e R$ 100 bi do BNDES) DBGG 90,0
85,0 85,0
86,1
86,7
87,0
83,6 82,0
80,0 80,1 78,0
75,0
75,5 72,3
70,0 67,7 66,5
65,0
60,0 59,2
55,0
56,7 55,5
57,2 56,0 53,8
50,0
51,8
51,3
51,7
45,0
40,0 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026
CONCLUSÃO APRESENTADORES • A economia brasileira está passando por uma das mais severas recessões de nossa história. Como esperado, a recuperação está sendo muito lenta. • Mas, para a economia voltar a crescer a taxas mais elevadas é necessário que a solvência do setor público seja de fato restaurada
no médio e longo prazo • Porém, a intensificação da crise política pode dificultar a aprovação das reformas. O risco de cenários mais adversos aumentou nas últimas semanas