Indicadores CNI ISSN 1983-621X • Ano 17 • Número 6 • Junho de 2015
INDICADORES INDUSTRIAIS Quadro recessivo se intensifica no segundo trimestre O desempenho da indústria foi bastante negativo no segundo trimestre do ano, como apontam os resultados de junho. Todos os indicadores apresentaram queda na comparação do primeiro com o segundo trimestre, nas séries dessazonalizadas. Ou seja, o nível da atividade industrial, que já era baixo, ficou ainda menor. Os resultados, tanto no trimestre como no mês, do faturamento real e das horas trabalhadas na produção se destacam pela intensidade da queda. O faturamento caiu 5,5% em junho frente maio (dado dessazonalizado) e 6,7% no segundo trimestre comparado ao primeiro. Já as horas trabalhadas se reduziram 1,1% em junho e 2,9% no trimestre, também excluídos os efeitos sazonais. Como reflexo desse quadro recessivo, o emprego industrial manteve sua trajetória negativa em junho, registrando baixa de 0,7% em relação a maio (dado dessazonalizado) e fechando o segundo trimestre com queda de 2,6% frente aos três primeiros meses do ano. Apenas dois indicadores apresentaram alta na passagem de maio para junho, a massa salarial real e o rendimento médio real dos trabalhadores: 0,8% e 1,3%, respectivamente. Ainda assim, não houve reversão na tendência negativa dessas variáveis.
JUNHO 2015 Variação frente a maio – com ajuste sazonal
Faturamento real Queda de 5,5% Horas trabalhadas na produção Queda de 1,1% Utilização da capacidade instalada Crescimento de 0,1 p.p.
Faturamento Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
Emprego Queda de 0,7%
1º semestre 2015
140 135 130 125 120 Queda de 6,7% na comparação do segundo trimestre de 2015 com o primeiro
115 110
O faturamento real caiu 5,5% em junho na comparação com maio
Rendimento médio real Crescimento de 1,3%
105 jun/12
dez/12
Deflator: IPA/OG-FGV
jun/13
dez/13
jun/14
dez/14
Massa salarial real Crescimento de 0,8%
jun/15
Indicadores Industriais ISSN 1983-621X • Ano 17 • Número 6 • Junho de 2015
Horas trabalhadas na produção
Quinta queda consecutiva
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
Junho foi o quinto mês seguido em que se observou redução no número de horas trabalhadas na produção industrial, com variação de -1,1% frente a maio, de acordo com a série dessazonalizada.
115
110
105
100
95
90 jun/12
dez/12
jun/13
dez/13
jun/14
dez/14
jun/15
O resultado trimestral deixa ainda mais claro que a tendência das horas trabalhadas é negativa. Na comparação da média de abril a junho com a média dos três primeiros meses deste ano, nota-se retração de 2,9% no indicador. Frente ao segundo trimestre de 2014 também se verifica queda, de 8,5%.
Utilização da capacidade instalada Dessazonalizado (percentual médio)
Ociosidade permanece
85
80,1%
83
A indústria operou, em média, com 80,1% da capacidade instalada em junho — segundo o dado dessazonalizado —, ante 80,0% registrado em maio. A variação de 0,1 ponto percentual deve ser interpretada como estabilidade do indicador, que segue em baixo patamar. Isso fica claro quando observamos a variação frente a junho de 2014 (queda de 0,7 p.p.) e entre o primeiro e o segundo trimestre de 2015 (queda de 0,3 p.p.).
81
79
77
75 jun/12
dez/12
jun/13
dez/13
jun/14
dez/14
jun/15
Emprego
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
Menor nível desde o fim de 2009
117
O emprego (indicador dessazonalizado) registrou baixa de 0,7% na passagem de maio para junho. Além de ser a quinta queda seguida, o indicador se encontra no menor nível desde dezembro de 2009.
115 113 111
Na comparação do segundo trimestre de 2015, tanto com o trimestre anterior como com o segundo trimestre de 2014, nota-se contração no emprego industrial: de 2,6% e 5,4%, respectivamente.
109 107 105 jun/12
dez/12
Deflator: IPA/OG-FGV
jun/13
dez/13
jun/14
dez/14
jun/15
Indicadores Industriais ISSN 1983-621X • Ano 17 • Número 6 • Junho de 2015
Massa salarial real
Primeira alta em quatro meses
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100) 140
Após três meses seguidos de queda, a massa salarial real voltou a crescer em junho, na série livre influências sazonais. A alta foi de 0,8% na comparação com maio e se deve tanto ao pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário como aos valores pagos a título de recisão contratual.
135
130
125
120
115 jun/12
dez/12
jun/13
dez/13
jun/14
dez/14
jun/15
O balanço trimestral é negativo. A massa salarial do segundo trimestre de 2015 está 3,4% menor que a do trimestre anterior e 5,4% menor frente ao segundo trimestre de 2014.
Deflator: INPC-IBGE
Rendimento médio real
Interrupção da trajetória de queda
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
O indicador de rendimento médio real, dessazonalizado, avançou 1,3% em junho frente a maio. Com isso, a trajetória de queda foi interrompida.
120
Na avaliação trimestral, nota-se queda de 0,9% entre o primeiro e o segundo trimestre do ano e estabilidade na comparação do segundo trimestre de 2015 com o mesmo trimestre de 2014.
115
110
105 jun/12
dez/12
jun/13
dez/13
jun/14
dez/14
jun/15
Deflator: INPC-IBGE
INDICADORES INDUSTRIAIS - JUNHO 2015 Variação percentual
Jun15/ Mai15 Dessaz.
Jun15/ Jun14
Jan-Jun15/ Jan-Jun14
Faturamento real1
-5,5
-5,2
-7,0
Horas trabalhadas
-1,1
-5,3
-8,6
Emprego
-0,7
-5,7
-4,6
Massa salarial real2
0,8
-4,7
-4,5
1,3
1,0
0,1
Indústria de Transformação
Rendimento médio real
2
1 Deflator: IPA/OG-FGV - 2 Deflator: INPC-IBGE
Percentual médio
Indústria de Transformação
Jun15
Mai15
Jun14
Utilização da capacidade instalada - Dessazonalizada
80,1
80,0
80,7
Utilização da capacidade instalada
79,3
80,0
80,0
i
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