primeiro trimestre – 2017 - Fundação Dom Cabral

Nota Trimestral de Conjuntura PRIMEIRO TRIMESTRE – 2017 Observatório de Políticas Econômicas | 2017 FUNDAÇÃO DOM CABRAL NÚCLEO DE ESTRATÉGIA E NEGÓ...
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Nota Trimestral de Conjuntura

PRIMEIRO TRIMESTRE – 2017 Observatório de Políticas Econômicas | 2017

FUNDAÇÃO DOM CABRAL NÚCLEO DE ESTRATÉGIA E NEGÓCIOS INTERNACIONAIS OBSERVATÓRIO DE POLÍTICAS ECONÔMICAS Nota Trimestral de Conjuntura | Primeiro Trimestre – 2017

EQUIPE TÉCINICA Paulo Paiva Professor Associado da Fundação Dom Cabral Foi ministro do Trabalho e do Planejamento e Orçamento

Gustavo Gomes Assistente de Pesquisa, Bolsista de Apoio Técnico I – FAPEMIG Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais |2|

NOTA TRIMESTRAL DE CONJUNTURA | PRIMEIRO TRIMESTRE – 2017 Observatório de Políticas Econômicas

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PRODUÇÃO E DEMANDA AGREGADA

De janeiro a março de 2017, a economia brasileira apresentou crescimento da produção agropecuária (13,4%) e da produção industrial (0,9%). Já a produção de Serviços ficou estável em relação ao trimestre anterior. Dessa forma, o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou crescimento de 1,0% ante o trimestre imediatamente anterior (Tabela 1). PRODUTO INTERNO BRUTO* DISCRIMINAÇÃO PIB a preços de mercado Agropecuária Indústria Serviços Consumo das famílias Consumo do governo Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) Exportação Importação ( - )

I TRI

II TRI

2016 III TRI

IV TRI

2017 I TRI

-1,0

-0,3

-0,6

-0,5

1,0

-6,0 -0,4 -0,5

0,9 0,3 -0,6

0,2 -1,4 -0,5

-0,2 -0,9 -0,7

13,4 0,9 0,0

-1,2 0,6 -1,6 -0,1 -4,2

-1,0 -0,2 0,1 -0,2 6,4

-0,3 -0,4 -2,4 -2,7 -3,1

-0,5 0,0 -1,6 -1,0 3,5

-0,1 -0,6 -1,6 4,8 1,8

* Trimestre/Trimestre imediatamente anterior. Dados dessazonalizados. Tabela 1. Produto Interno Bruto. Fonte: Elaboração Própria a partir de dados disponíveis do IBGE e Banco Central do Brasil.

Esse é o primeiro resultado positivo após oito trimestres consecutivos de contração e, embora indique tecnicamente o fim da recessão, existem alguns fatores que levam a considerar que a economia brasileira ainda não entrou em um novo ciclo de expansão: Primeiro, embora o PIB tenha crescido ante o resultado final de 2016, ao comparar os períodos entre janeiro e março dos anos de 2016 e 2017, observa-se que houve queda de 0,4% no PIB ao longo de doze meses. Além disso, na série encadeada de quatro trimestres contra os quatro trimestres imediatamente anteriores, o PIB sofreu contração de 2,3%. Pela ótica da despesa, observa-se que, comparando o primeiro trimestre de 2017 e o trimestre final de 2016, somente as exportações líquidas apresentaram resultados positivos. Ou seja, em virtude da super safra agrícola e das importações de bens de capital para o setor produtivo, houve crescimento de 4,8% nas exportações e de 1,8% nas importações. As famílias permaneceram cautelosas quanto a situação atual da economia, principalmente por causa da elevação do desemprego e diminuição em seu poder de compra. Isso resultou em contração de 0,1% no consumo das famílias. Houve também contração de 0,6% e 1,6% no consumo do governo e na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) respectivamente.

Finalmente, a Taxa de Poupança (Poupança/PIB) no primeiro trimestre de 2017 foi de 15,7% – crescimento de 1,8 p.p. em doze meses. Esse resultado sugere que os mercados estão cautelosos quanto o médio prazo e, portanto, estão reduzindo gastos no presente. Já a Taxa de Investimento da economia (FBCF/PIB) foi de 15,6% (queda de 1,2 p.p. na mesma base de comparação), o que leva a concluir que ainda não há sinais consistentes de retomada efetiva no crescimento da economia brasileira. 2

PREÇOS

Mesmo a despeito do crescimento do PIB durante o primeiro trimestre de 2017, destaca-se a queda no consumo das famílias e a piora na percepção dos consumidores sobre a situação da economia como os principais fatores que levaram o mercado a refrear o crescimento dos preços. Além disso, as perdas na Taxa de Investimento da economia ao longo período de recessão influenciaram a desaceleração da inflação. Dessa forma, a inflação média de janeiro a março foi de 0,32% a.m. e acumulou 0,96% no período, conforme Gráfico 1.1. Inflação Acumulada em doze meses 12,0

1.1. Inflação do IPCA e do INPC

1.2. IPCA: Preços Livres* e Administrados** 20,0

10,0 8,0

15,0

6,0 10,0 4,0 5,0

2,0

INPC

Administrados

jan/17

mar/17

nov/16

jul/16

set/16

mai/16

jan/16

mar/16

nov/15

jul/15

set/15

mai/15

jan/15

Meta

mar/15

nov/14

jul/14

set/14

mai/17

fev/17

nov/16

ago/16

fev/16

IPCA

mai/16

nov/15

ago/15

mai/15

fev/15

nov/14

ago/14

mai/14

Meta

mai/14

0,0

0,0

Livres

* Bens duráveis, semiduráveis, não duráveis e serviços. ** Serviços públicos e residenciais, transporte público, combustíveis, plano de saúde, pedágio, licenciamento Gráfico 1. Evolução do IPCA versus inflação dos preços administrados – acumulados em 12 meses. Abril de 2014 a março de 2017. Fonte: Elaboração Própria a partir de dados disponíveis do Banco Central do Brasil.

A expansão nos preços dos serviços e o reajuste dos preços de energia foram as principais causas do crescimento do IPCA. Logo, em termos trimestrais, a inflação dos preços livres foi de 0,67%, ao passo que os preços administrados cresceram 1,87%, como visto no Gráfico 1.1. Portanto, o IPCA apresentou inflação de 4,56% de abril de 2016 a março de 2017. 3

JUROS

A situação atual da economia indica que a inflação acumulada de janeiro a dezembro deste ano poderá ficar abaixo da meta de 4,5% a.a. Além disso, o Relatório Trimestral de Inflação |4|

(RTI) do Banco Central do Brasil estima que o risco de os preços crescerem acima das margens de tolerância da meta neste ano seja de 4,0%. Para 2018, esse risco estimado é de 14,0%. Por outro lado, em virtude da queda no consumo das famílias e das expectativas ruins do mercado quanto a melhora no ambiente de negócios, elevou-se a possibilidade de que a taxa de inflação em 2017 possa ficar baixo do limite inferior da meta de inflação (3,0 p.p.). Esse cenário levou o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central do Brasil a intensificar sua política de redução da meta para a Taxa SELIC ao longo do primeiro trimestre de 2017. Dessa forma, o período encerrou com taxa SELIC de 12,25% a.a. (redução de 1,5 p.p. em relação a dezembro de 2016). Evolução observada da Taxa de Juros Real* versus Juros Neutros** 9,5

8,5

7,5

6,5

5,5

4,5

Juros Reais

jan/17

out/16

jul/16

abr/16

jan/16

out/15

jul/15

abr/15

jan/15

out/14

jul/14

abr/14

3,5

Juros Neutros

Gráfico 2. Evolução da Taxa de Juros Real e dos Juros Neutros. Abril de 2014 a março de 2017. * Taxa de Juros Real: Meta SELIC descontada a inflação esperada; **Juros Neutros: Tendência SELIC deflacionada. Fonte: Elaboração Própria a partir de dados da Taxa de Juros SELIC e da Expectativa de Inflação em 12 meses disponíveis no Banco Central do Brasil. Faixas de Juro Neutro seguem dados do FMI.

O Gráfico 2 mostra a evolução dos juros reais e dos juros neutros resultante dos cortes na taxa SELIC. Observa-se que a taxa de juros real foi de 7,42% a.a., ligeiramente inferior à taxa de juros neutra para o período (8,18% a.a.). Essa configuração dos juros caracteriza uma política monetária expansionista – situação onde os juros reais são inferiores à faixa de juros neutros e, portanto, aceleram a inflação. 4

ECONOMIA INTERNACIONAL

Desde o segundo semestre de 2016, a economia global começou a registrar sinais de retomada na atividade econômica. O Japão e a Zona do Euro repetiram seus resultados de crescimento ante o trimestre anterior. Já no Reino Unido houve aceleração da atividade econômica. A nova orientação de políticas econômicas nos Estados Unidos e a expansão em investimentos em infraestrutura provocaram melhores expectativas do mercado quanto o crescimento em |5|

sua atividade econômica. Além disso, observou-se que o suporte fiscal e expansão de crédito da economia chinesa garantiram o cumprimento da meta de crescimento do PIB no ano passado e deram suporte para a ampliação da demanda chinesa por commodities, o que culminou na melhora nos preços por commodities metálicas. Dessa forma, cresceram as expectativas de aceleração da economia global, com inflação ascendente nas economias maduras. Já as medidas de inflação ao consumidor nos países sulamericanos apresentaram ligeira redução. Esse cenário favorável somado à expansão da liquidez e à valorização nos mercados acionários das economias emergentes repercutiram em uma redução nos indicadores de risco de investimento em mercados emergentes. Portanto, as taxas de câmbio das economias emergentes valorizaram ante o dólar, com exceção da lira turca, que apresentou depreciação. 5

EMPREGO E RENDA Taxas trimestrais de desemprego e rendimento real trimestral médio dos trabalhadores no Brasil 3.1. Taxa de desemprego

2.140,0

3.2. Rendimento Real Médio

2.120,0 2.100,0 2.080,0 2.060,0 2.040,0

Taxa de desemprego

2.000,0

jan-fev-mar 2014 mar-abr-mai 2014 mai-jun-jul 2014 jul-ago-set 2014 set-out-nov 2014 nov-dez-jan 2014 jan-fev-mar 2015 mar-abr-mai 2015 mai-jun-jul 2015 jul-ago-set 2015 set-out-nov 2015 nov-dez-jan 2015 jan-fev-mar 2016 mar-abr-mai 2016 mai-jun-jul 2016 jul-ago-set 2016 set-out-nov 2016 nov-dez-jan 2016

2.020,0

abr-mai-jun 2014 jun-jul-ago 2014 ago-set-out 2014 out-nov-dez 2014 dez-jan-fev 2014 fev-mar-abr 2015 abr-mai-jun 2015 jun-jul-ago 2015 ago-set-out 2015 out-nov-dez 2015 dez-jan-fev 2015 fev-mar-abr 2016 abr-mai-jun 2016 jun-jul-ago2016 ago-set-out 2016 out-nov-dez 2016 dez-jan-fev 2016

13,5 13,0 12,5 12,0 11,5 11,0 10,5 10,0 9,5 9,0 8,5 8,0 7,5 7,0 6,5 6,0

Rendimento Real

Gráfico 3. Taxa de Desocupação Rendimento Médio Real habitual recebido em todos os trabalhos, por trimestres móveis – PNAD Contínua. Abril de 2014 a março de 2017. Fonte: Elaboração própria com dados da PNAD-Contínua Trimestral disponibilizada pelo IBGE.

A taxa de desocupação calculada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi de 12,0% no último trimestre de 2016 (expansão de 3,1 p.p.). Esse resultado representa acréscimo de 300 mil novos desempregados no mercado de trabalho. Portanto, de outubro a dezembro de 2016, o desemprego no Brasil se expandiu em aproximadamente 2,5 p.p., comparado aos resultados do trimestre imediatamente anterior (Gráfico 3). Ao que avaliar os resultados agregados do emprego no Brasil para o ano de 2016, observa-se que cerca de 3,3 milhões de pessoas foram acrescidas ao contingente de desempregados na economia Brasileira. Em termos relativos, isso significa, ao se comparar os anos de 2015 e 2016, houve acréscimo de 36,0% de desocupados na economia Brasileira. |6|

Apesar da queda no nível de ocupação, a massa de rendimentos reais habitualmente recebidos no último trimestre de 2016 foi de R$ 180,00 bilhões e, portanto, cresceu moderadamente (1,2%) com relação ao trimestre imediatamente anterior. Já no horizonte de doze meses, verifica-se que a massa de rendimentos observada no último trimestre de 2016 ficou praticamente estável em relação ao mesmo período do ano anterior. O Rendimento Médio Real Habitualmente Recebido pela População Ocupada no último trimestre de 2016 foi de R$ 2.043,00 por trabalhador, conforme mostra o Gráfico 5. Assim, os rendimentos médios ficaram estatisticamente estáveis tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior, quanto em relação ao último trimestre de 2015. 6

CONFIANÇA Evolução Dessazonalizada dos Índices de Confiança do Consumidor e de suas expectativas de inflação

ICC

jan/17

6,0

out/16

60

jul/16

7,0

abr/16

70

jan/16

8,0

out/15

80

jul/15

9,0

abr/15

90

jan/15

10,0

out/14

100

jul/14

11,0

abr/14

110

EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO (eixo secundário)

Gráfico 4. Evolução Dessazonalizada do Índice de Confiança dos Consumidores (ICC) e das Expectativas de Inflação dos Consumidores. Janeiro de 2014 a dezembro de 2016. Fonte: Elaboração Própria a partir dos dados das Sondagens das Expectativas do Consumidor elaboradas pelo IBRE-FGV.

As Sondagens de Tendências Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostraram que os mercados estão menos pessimistas quanto a situação de longo prazo da economia brasileira. Por outro lado, o crescimento no desemprego, a perda de poder de compra das famílias e a lenta recuperação do ambiente de negócios levou a uma piora percepção dos consumidores e produtores quanto a situação atual da economia. Desse modo, de janeiro a março de 2017 o ICC cresceu 16,69% e as expectativas de inflação dos consumidores caiu 17,58% no mesmo período (como se observa no Gráfico 4). Já os comerciantes e prestadores de serviços e a indústria de transformação apresentaram melhora de respectivamente 9,32%, 11,80% e 7,08% em sua confiança durante o primeiro trimestre. Esses resultados foram principalmente causados pelas expectativas de médio prazo (Gráfico 7.1 e 7.2).

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A Construção Civil, por outro lado, apresentou maior cautela quanto redução de seu pessimismo. Com expansão de 4,31% na sua confiança no primeiro trimestre de 2017, o setor ainda não está certo sobre o crescimento aparente da produção durante o primeiro trimestre representar uma recuperação sustentável a longo prazo. Evolução Dessazonalizada dos Índices de Confiança dos Produtores 110

60

60

jan/17

jul/16

jan/16

jul/14

ICOM

jan/17

65

out/16

65

jul/16

70

abr/16

70

jan/16

75

out/15

75

jul/15

80

abr/15

80

jan/15

85

7.2. Confiança da Indústria e da Construção

abr/14

85

out/16

90

abr/16

90

out/15

95

jul/15

95

abr/15

100

jan/15

100

out/14

105

abr/14

105

out/14

7.1. Confiança do Comércio e dos Serviços

jul/14

110

ICS ICI

ICST

Gráfico 7. Evolução Dessazonalizada dos Índices de Confiança dos Produtores. Abril de 2014 a março de 2017 Fonte: Elaboração Própria a partir dos dados das Sondagens das Expectativas do Comercio e das Sondagens das Expectativas dos Serviços elaboradas pelo IBRE-FGV.

7

EXPECTATIVAS Evolução das expectativas Focus de mercado – 2017 e 2018 6,50

3,00

6.1. Expectativas de Inflação

6,00

6.2. Expectativas de cresimento do PIB

2,50

5,50 2,00

5,00 4,50

1,50

4,00

1,00

3,50 0,50

3,00

Tolerância 2017

Meta de inflação 2018

2017

31/mar

24/mar

17/mar

10/mar

03/mar

24/fev

17/fev

10/fev

03/fev

27/jan

20/jan

13/jan

06/jan

30/dez

31/mar

24/mar

17/mar

10/mar

03/mar

24/fev

17/fev

10/fev

03/fev

27/jan

20/jan

13/jan

06/jan

0,00

30/dez

2,50

2018

Gráfico 6. Previsões de mercado para a Inflação (IPCA) e crescimento do PIB acumulados em 2017 e 2018. Fonte: Elaboração Própria a partir dos dados das Sondagens das Expectativas de mercado dispostas nos Relatórios Focus, do Banco Central do Brasil.

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Em virtude da baixa demanda por bens e serviços e da perda de confiança dos mercados quanto a situação atual da economia, o IPCA cresceu em média 0,32% a.m. durante o primeiro trimestre de 2016. Muito embora os comerciantes e prestadores de serviço ainda esperem que o ambiente de negócios melhore no médio prazo, o mercado encerrou o primeiro trimestre com expectativas de que a taxa de inflação neste ano seja de 4,10%, conforme se observa no Gráfico 6.1. Isso representa que, durante o primeiro trimestre de 2017, os mercados revisaram suas expectativas de inflação para este ano em -0,77 p.p., com tendência dos mercados reduzirem suas expectativas de inflação no próximo mês, mesmo a despeito da política monetária vigente. De acordo com o Banco Central do Brasil a taxa de crescimento potencial da economia é de 2,5% a.a. Não obstante, a baixa Taxa de Investimentos da economia brasileira (15,6% do PIB) e o represamento do consumo das famílias, provocaram elevação na incerteza dos mercados sobre a recuperação da economia se consolidar durante o segundo trimestre de 2017. Dessa forma, as expectativas para o crescimento do PIB no ano de 2017 continuaram indicando baixo crescimento da economia, sugerindo crescimento do PIB em 0,47%. (Gráfico 6.2). As expectativas dos mercados quanto ao longo prazo mostram que, embora os sinais do mercado quanto à atividade e política econômica para 2017 sejam pouco regulares, os cenários para o ano de 2018 estão apresentando condições mais positivas, com crescimento do PIB em 2,5% e inflação no centro da meta (4,5%).

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