ABRAGNOSE - ACADEMIA BRASILEIRA DE GNOSE
PODCAST ABRAGNOSE Academia Brasileira de Gnose Curitiba/PR e São Paulo/SP – Brasil – Ano LIV da Era de Aquário Helen Sarto de Mello – Presidente da Academia Brasileira de Gnose Karl Bunn – Presidente da Igreja Gnóstica do Brasil Ricardo Bianca de Mello – Coordenador de Instrução © Direitos autorais desta edição: Academia Brasileira de Gnose (ABRAGNOSE): http://www.gnose.org.br
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AS CORES E AS VIAS ALQUIMICAS 31.03.2015 Por Karl Bunn
Bem-vindos ao Podcast desta noite. Hoje falaremos sobre as CORES DA ALQUIMIA e também sobre as duas vias alquímicas. As duas VIAS são denominadas de VIA DIRETA ou VIA BREVE e VIA LONGA OU VIA ÚMIDA. A VIA DIRETA ou BREVE também é chamada de VIA SECA. E a VIA ESPIRAL ou LONGA também é denominada de VIA ÚMIDA. Os alquimistas disseram, em sua linguagem metafórica, que para realizar a GRANDE OBRA pela VIA SECA, são necessários 8 dias. E que, para realizar a PEDRA FILOSOFAL pela VIA ÚMIDA, são necessários 18 meses. O Mestre Samael esclarece que os 8 dias são, em realidade, 8 anos. Entenda-se bem: esses 8 anos são contados após o FOGO estar preparado. E a preparação do FOGO ALQUÍMICO demanda muitos anos. Para exemplificar, alguns levam sete, dez, doze ou mais anos somente para preparar o FOGO. Preparar o fogo ou ELABORAR O FOGO compreende a realização de todas as INICIAÇÕES MAIORES. Por que tanto tempo? É que, não podemos esquecer, a preparação do fogo da Alquimia envolve a purificação dos metais. Ou seja: morte e eliminação de nossos defeitos e o despertar e o desenvolvimento de todos os SETE KUNDALINIS. A GRANDE OBRA termina com a ressurreição do Rei, ou da Rainha, no caso dos seres femininos. A RESSURREIÇÃO se dá após o cumprimento dos trabalhos da SEGUNDA MONTANHA ALQUÍMICA. Afinal, há graus e graus alquímicos. Os mais elevados somente são alcançados pela RESSURREIÇÃO, como fez o Cristo Jesus. Mas, no geral, todos os Grandes Mestres, são alquimistas também, e todos passaram pela morte e ressurreição, como Morya, Saint Germain, Cagliostro, Saulo de Tarso, Samael Aun Weor e também Fulcanelli.
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ABRAGNOSE - ACADEMIA BRASILEIRA DE GNOSE Importante também dizer e saber que as distintas etapas alquímicas não são estanques nem lineares. Na vida prática temos observado que muitos processos ocorrem simultaneamente, dependendo do histórico de cada Alquimista. Se não fosse assim, não seria possível realizar a GRANDE OBRA numa só existência. Já a VIA LONGA ou VIA ÚMIDA é cumprida ao logo de simbólicos 18 meses. Cabalisticamente falando, isso quer dizer que os alquimistas que seguem essa VIA, avançam lentamente, um pouco em cada existência, ao longo de milhares ou de milhões de anos. Aprendemos com a GNOSE que, de forma alguma, é possível criar os Corpos Solares à base de teorias, preconceitos, rica erudição ou com exercícios puramente físicos, como yoga ou pranayamas. OS CORPOS DE FOGO são elaborados por meio da FORÇA, do PODER, da ENERGIA ou da POTÊNCIA do LOGOS SOLAR. Assim como o Universo veio do KHAOS, assim também o Microcosmo-homem tem o seu KHAOS. Esse KHAOS, já dissemos anteriormente noutros PODCASTS, é o Esperma Sagrado ou simplesmente a energia sexual, seja ela masculina ou feminina. Nesse KHAOS METÁLICO estão todos os elementos alquímicos em desordem. Esse KHAOS particular, pessoal, é similar ao que existe no Espaço ou no GRANDE VENTRE CÓSMICO INFINITO e de onde surgem os mundos, sóis, planetas e galáxias. Ensina a GNOSE que é o LOGOS ARQUITETO, O CRISTO CÓSMICO, ABRAXAS, que “crea” dentro do KHAOS, inicialmente “separando as Águas Superiores das Inferiores”. Depois, ELE ordena ou organiza a Creação que sai das ÁGUAS DA VIDA. O mesmo precisa fazer o ALQUIMISTA: trabalhar por tempo indefinido no KHAOS INTERIOR com as águas da vida, valendo-se das mesmas FORÇAS CÓSMICAS ou NATURAIS. Qual o simbolismo desse “separar as ÁGUAS DA VIDA” em superior e inferior? Revela-nos o Mestre Samael que isso simboliza os dois LOGOI: o externo e o interno, visto que ambos estão correlacionados. Fora de nós temos o MACROCOSMO. Nós somos o MICROCOSMO HUMANO, contendo as mesmas possibilidades genéticas espirituais do GRANDE COSMO. O GRANDE COSMO pode ser entendido como qualquer mundo isoladamente tomado. Por exemplo, o planeta Terra, o Sistema Solar ou nossa Galáxia.
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ABRAGNOSE - ACADEMIA BRASILEIRA DE GNOSE A totalidade dos LOGOI do UNIVERSO INFINITO formam UM SÓ LOGOS, assim como infinitas células formam de modo organizado e inteligente UM SÓ CORPO, como o corpo humano. Portanto, existe o COSMO EXTERIOR e também o COSMO INTERIOR. E existe também o KHAOS INTERIOR e o KHAOS EXTERIOR. Quando um alquimista se propõe a fazer uma nova criação dentro de si, em seu laboratório, ele precisa usar a mesma ciência, a mesma arte ou a mesma técnica empregada pelo DEUS CRIADOR DO MUNDO em que vivemos. O Grande Mestre e Alquimista gnóstico Samael Aun Weor, narrando sua experiência pessoal, fala-nos o seguinte: Alguns anos atrás eu me instruí sobre este assunto de forma profunda. Vi-me no amanhecer do Mahanvântara, e então revivi algo que havia realizado durante a Aurora; me vi com minha Walkíria, não com uma sacerdotisa terrena; estava com minha Walkíria, minha Mulher-Salamandra. Essa 'mulher-salamandra' é a “Alma-Espírito” de mim mesmo, a esposa espiritual, a Sulamita do Sábio Salomão, aquela a quem ele cantou o seu maravilhoso cântico, intitulado Canto dos Cânticos. Ela é a esposa interior que cada um leva dentro de si. Na Aurora do Dia Cósmico, eu me vi como um daqueles do Exército da Palavra (o Verbo). Então trabalhei com ela, atuando como Cosmocrator. Ela fez subir em seu Ser a Água Superior, separando-a da Água Inferior, Caótica. Ela agiu como a Água e eu com o Fogo. Depois, aquela Água unida pelo Fogo foi fecundada... Formou-se algo extraordinário, um novo tipo de KHAOS, de onde nasceu o sementeiro da Vida. Assim como eu procedi procederam todos os Cosmocratores, e assim surgiu o Universo no Amanhecer do Dia Cósmico, depois da Noite Profunda do Pralaya. Assim se dá no MACROCOSMO e assim o alquimista precisa fazer em si mesmo, em seu LABORATÓRIO ALQUÍMICO. Durante o decorrer da Obra alquímica temos uma sucessão de cores, que podem ser observadas no interior do vaso alquímico. Três são as cores predominantes: o preto, o branco e o vermelho. A cor negra é a primeira que aparece, já no início da Obra, sendo atribuída a Saturno. Os alquimistas referem-se a ela como o “Chumbo dos Filósofos”, “dragão negro”, “corvo ou cabeça de corvo”, sendo associada à terra, à noite, à morte e à putrefação.
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ABRAGNOSE - ACADEMIA BRASILEIRA DE GNOSE Isso é o indício de que as matérias iniciais morreram ou estão morrendo, isto é, através da reação ocorrida entre elas, deixaram de existir, estão se transformando em algo diferente, perdendo as suas naturezas, as suas características anteriores. Este negror deve ser lavado ou purificado pelo acréscimo de outra substância, até obtermos a cor branca, associada à pureza. Esta operação é denominada de “decapitar o dragão” ou “decapitar o corvo”; corresponde à purificação da matéria, ao renascimento, à passagem da noite para o dia, da morte para a vida, significando que, da união das matérias iniciais, mortas na fase de putrefação, obtivemos uma nova substância, mais nobre e mais pura. Entenda-se claramente que UNIÃO DAS MATÉRIAS INICIAIS se dá pelo ato sexual entre um homem e uma mulher. O ato sexual é o que em alquimia se denomina de “submeter as matérias a um calor ou fogo intenso”. Por fim, temos a cor vermelha, símbolo do fogo, indicando a completa maturação, a consecução da Obra, a obtenção da Pedra Filosofal sob a forma de cristal ou pó vermelho, correspondendo à predominância do espírito sobre a matéria. Essas são as três cores básicas. Muitos autores falam de outras cores, como o amarelo ou citrino, à cauda do pavão e às cores do arco-íris. Explica Fulcanelli que essas cores, em número de três, desenvolvem-se segundo a ordem invariável que vai do negro ao vermelho, passando pelo branco. Mas como a natureza não dá salto, há muitas outras cores ou etapas que aparecem entre essas três principais. E Fulcanelli nos avisa: não se prendam muito nas cores, lembrando que alguns autores se referem às cores de modo simbólico, para tratar de outras fases da Obra. Hermes Trismegisto diz: “quod ex corvo nascitur, hujus artis est principium”. Ou seja, é preciso ter claro que é pela separação da fumaça negra, suja e mal cheirosa do negro nigérrimo que se forma nossa pedra astral, branca, e resplandecente, que contém em suas veias o sangue do pelicano. É nesta primeira purificação da pedra, nesta brancura luzente, que termina a primeira Chave da primeira obra. Em pura terminologia gnóstica moderna, podemos dizer: 1. O negro é o estado atual de todo aquele que chega ao templo alquímico. 2. O branco é o estado interior daquele que realizou os trabalhos de morte de seus defeitos.
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ABRAGNOSE - ACADEMIA BRASILEIRA DE GNOSE 3. O amarelo ou citrino é o estágio da cristificação ou alquimização de sua mente; trata-se da conquista ou reconquista do grau de Buddha. 4. O vermelho ou ruivo corresponde à QUINTA INICIAÇÃO MAIOR, quando se nasce nos mundos internos como Adepto. Porém, isso não quer dizer que a GRANDE OBRA tenha sido concluída. Há muitos outros graus de perfeição que precisam ser elaborados internamente, até que a PEDRA CÚBICA esteja perfeita. Até aqui nossas palavras desta noite. Voltaremos em 3 minutos para responder as perguntas e comentar as questões que nos forem apresentadas sobre este tema.
Muito obrigado pela atenção e pela consideração. PAZ INVERENCIAL
Karl Bunn Presidente da Igreja Gnóstica do Brasil
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