O QUE É METALINGUAGEM?
E aí, cara companheira e caro companheiro de estudos! Vamos revisar para o nosso fabuloso ENEM?
Um conteúdo que sempre caí em Linguagens, Códigos e suas Tecnologias é a FUNÇÃO DA LINGUAGEM. Tão importante que aparece na Matriz de Referência da prova, exigindo que o estudante saiba “analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução” (Habilidade 19). Existem 6 diferentes funções da linguagem. São elas:
Cada função se estabelece a partir de um propósito de comunicação entre interlocutores. Isso significa que teremos sempre alguém emitindo um texto para ser recebido por outra pessoa. Ou seja, teremos sempre um emissor enviando uma mensagem a um receptor. Seguindo essa lógica, a mensagem é a informação a ser transmitida. Porém ela não vem sozinha, pois se estabelece junto com ● o código: é escrito? É oral? é pintado? É um sinal de fumaça? ● o contexto: quem foi que produziu? Quando foi produzido? Onde circula o texto? ● o contato: por qual canal se fez o contato entre o receptor e o texto? Foi pelo suporte de um livro? Um blog da internet? Um quadro emoldurado em uma galeria de arte?
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A METALINGUAGEM trabalha sobretudo com a relação entre código e mensagem, visto que o código assume uma importância de mensagem. Achou complicado? É mais simples do que parece! Estamos falando de um código que transmite ideias sobre ele mesmo. Por isso podemos brincar dizendo que a metalinguagem seria um espelho que traz o reflexo de si. É o que ocorre quando vemos uma pintura que ilustra outra pintura, um poema falando sobre poesia, uma história em quadrinhos que brinca com seus balões e quadros, um vídeo de um youtuber que mostra como ser youtuber e assim por diante. Haverá uma autorreferência, uma autoexplicação ou autodescrição do código.
Por excelência nossos maiores exemplos de metalinguagem são o dicionário e a gramática, já que ambos utilizam mecanismos da língua portuguesa escrita para explicar e descrever a língua portuguesa escrita. Parece um tanto repetitivo, mas faz muito sentido quando pensamos na nossa necessidade de comunicar e explicar nossos códigos, ou então de explorá-los de maneira artística, certo? Assim como no mundo os textos circulam em canais, contextos e códigos diferentes, devemos lembrar que a função exercida por eles provavelmente será distinta. É o caso deste poema de Carlos Drummond de Andrade: Poesia Gastei uma hora pensando um verso que a pena não quer escrever. No entanto ele está cá dentro inquieto, vivo. Ele está cá dentro e não quer sair. Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira.
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Aqui podemos notar a função poética, tanto pela forma do texto quanto pela repetição dos termos e pela construção de figuras de linguagem – como a metáfora da “poesia deste momento” que “inunda minha vida inteira”. Porém, o principal tema abordado nessa experiência de comunicação é a escrita! É sobre escrever poesia que Drummond fez um poema. Nesse sentido, é a função metalinguística que se destaca. Você deve ter percebido que metalinguagem não é nenhum bicho de sete cabeças: ela pode ser até bem divertida, como em uma história em quadrinhos ou em um filme dentro de um filme. Se ficar atento aos textos que encontra no mundo, aqueles que o ENEM adora, facilmente encontrará outros exemplos. Do seu youtuber predileto a Machado de Assis, a metalinguagem se mostra como uma ferramenta riquíssima nas trocas estabelecidas pela linguagem.
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