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Artigo Técnico Razões para Você e a sua Família comer mais Carne Bovina Julliano Pompei* NUTRIÇÃO ANIMAL Nos dias de hoje os consumidores estão a c...
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Artigo Técnico

Razões para Você e a sua Família comer mais Carne Bovina Julliano Pompei*

NUTRIÇÃO ANIMAL

Nos dias de hoje os consumidores estão a cada dia mais atentos com os valores nutritivos dos alimentos, que é nada mais nada menos do que o resultado de seu efeito sobre a saúde de quem o consumirá. No que diz respeito à carne bovina, assim como para os demais alimentos, o valor nutritivo é determinado pela combinação de três fatores: sua composição, o modo de preparo, e o estado de saúde de quem a consome. A carne Bovina é um dos mais ricos alimentos para a humanidade com diversos nutrientes essenciais para o bom funcionamento do corpo humano e a manutenção de sua saúde. É um alimento muito rico em diversas vitaminas e minerais, proteínas e ácidos graxos. A carne proveniente de animais criados a pasto é rica em diversas Vitaminas, como por exemplo, Beta-caroteno – vitamina A e Alfa-tocoferol – vitamina E. A vitamina A reforça o sistema imunológico, mantendo a pele e as membranas mucosas sadias e dando suporte à produção e função de leucócitos, responsáveis por combater microorganismos causadores de doenças. Já a vitamina E é um excelente antioxidante, combate os radicais livres responsáveis pelo envelhecimento celular e de órgão, além de auxiliar na otimização do sistema imune e na redução de câncer e doenças cardíacas. Além das vitaminas como vitamina B12 (ou cobalamina) presente apenas em alimentos de origem animal, participa da conversão de nutrientes em energia, mas destaca-se pela sua importância para a síntese das células vermelhas do sangue e manutenção do Sistema Nervoso Central, a Niacina e a Riboflavina (ou vitamina B2) participa de reações relacionadas ao metabolismo de energia. Já os Ácidos Graxos da dieta são fornecidos através das gorduras presentes

na carne, e nestas estão presentes boas quantidades dos ácidos palmítico e esteárico, ambos saturados, ou seja, que apresentam ligações simples entre seus carbonos, representando cerca de 27 e 13% do total, respectivamente. As carnes bovinas apresentam diferentes teores de gordura, variando de 5% a 25% do seu peso. Portanto, para um adulto, o consumo de 200 g de carne por dia pode contribuir com 12% a 60% das necessidades diárias de gordura. As pesquisas demonstram que os ácidos graxos trans de origem animal, não aumentam o risco de doenças cardiovasculares e podem até diminuí-la. Em particular, o ácido graxo trans chamado de ácido linoléico conjugado (CLA), encontrado em carne vermelha e láticos, demonstrou ter benefícios altamente positivos, onde facilita a perda de peso, reduz o risco de doenças cardíacas assim como certos tipos de câncer incluindo na inibição do crescimento de tumores cancerígenos de mama e cólon. Os ácidos graxos trans resultantes de fabricação, encontrados em alimentos contendo óleos vegetais parcialmente hidrogenados, são preocupantes porque as pesquisas demonstram que eles aumentam os níveis do LDL (colesterol ruim) e também diminuem os níveis de HDL (bom colesterol), aumentando portanto, o risco de doenças cardíacas. Na carne bovina, 2/3 das gorduras são do tipo que não elevam os níveis totais de colesterol sanguíneos. As Proteínas são estruturas constituídas por diferentes combinações, formados por uma junção de dez ou mais aminoácidos, dos quais uma boa parte destes devem necessariamente ser fornecidas por meio dos alimentos, pois não podemos produzi-las em nosso metabolismo, e por esta razão são chamados de essenciais. Um dos aminoácidos típicos da carne, e por esta razão conhecido como carnitina, desempenha papel central no metabolismo, facilitando a produção de energia a partir das

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reservas de gordura. Uma proteína de boa qualidade deve fornecer todos os aminoácidos essenciais em quantidades e proporções adequadas. Esta é uma situação que não ocorre nos alimentos de origem vegetal, portanto, os alimentos de origem animal como a carne passa a ser uma ótima fonte de proteína de bom valor biológico. Após o preparo para o consumo humano, uma porção de 100 g de carne bovina fornecem cerca de 50% das necessidades de proteína de uma pessoa adulta (60 kg). Outro nutriente que não devemos deixar de fornecer ao nosso corpo são os minerais, a carne bovina contém boas doses de diversos minerais, como cobre, selênio, fósforo, potássio e magnésio. Porém podemos direcionar a atenção para o fornecimento de minerais como zinco e ferro, que tem grande importância nutricional. Os Minerais contribuem para o bom funcionamento de diversos sistemas, com destaque para o sistema imunológico e, portanto, para a garantia de mecanismos de resistência a infecções. Além disto, tem papel central sobre a divisão celular e o crescimento, estando envolvido na produção de proteínas para a construção de tecidos e órgãos. Em nosso organismo o zinco está particularmente concentrado na próstata e no sêmen, razão pela qual homens precisam de 33% mais deste mineral do que mulheres (recomenda-se 9,5 mg/dia para homens e 7,0mg/dia para mulheres). Sua carência causa diminuição da resistência a infecções, entre outros sintomas. Em crianças, deficiências importantes de zinco podem determinar atraso no crescimento, no desenvolvimento intelectual e na maturação sexual. Carnes são excelentes fontes de zinco: 100g de carne bovina crua contém cerca de 3,5mg, ou seja, 1/3 das necessidades diárias de homens e cerca de 50% das necessidades de mulheres. O ferro é outro mineral fundamental em nossa alimentação, pois é essencial para composição da hemoglobina. A hemoglobina transporta oxigênio para todas as células e

remove o gás carbônico produzido pela respiração celular, e quando está diminuída por carência de ferro na dieta, promove o aparecimento de anemia, que é a mais importante deficiência nutricional do mundo, acometendo entre 10 e 66% da população, dependendo da região do globo e do estrato social. Cerca de 40% do ferro contido nas carnes está na forma conhecida como ferroheme, sendo o restante como ferro nãoheme, forma esta que é encontrado nos alimentos de origem vegetal. O ferro-heme é mais eficientemente absorvido do que o ferro não-heme, do total de Ferro consumo (Vegetal e Animal), cerca de 30% é aproveitado, sendo que a forma não-heme apresenta uma pequena absorção, próxima a 5%. A combinação de alimentos com fontes de vitamina C contribui para melhorar a absorção do ferro não-heme, que pode chegar a 15%, contudo em nada interfere sobre o aproveitamento do ferro-heme. Para um adulto do sexo masculino, a dieta deve fornecer cerca de 8 mg de ferro por dia, e 100 g de carne bovina contém cerca de 20% deste total. Carne Bovina produzida a PASTO é naturalmente saudável, contém de 2 a 4 vezes mais Ômega 3 (gordura boa), que contribui em até 50% menos a chance de ataques cardíacos, além de prevenir depressão, esquizofrenia, hiperatividade e doença de Alzheimer. Fonte: • Carvalho, Fernando Antônio Nunes Nutrição de Bovinos a Pasto; 2ª Edição 2005. • McDowell, Lee Russell - Vitamins in Animal and Human Nutrition; 2ª Edição – 2000. • Serviço de Informação da Carne – SIC – www.sic.org.br. ‘ *Julliano Pompei é médico veterinário e coordenador do departamento técnico de Nutrição Animal do Grupo Matsuda.

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