INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA A PROVA DA

FORMA E CONTEÚDO DOS TEXTOS A FORMA representa o aspecto físico (“como” o texto diz), a sua composição: maneira de estruturar, aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais etc. O CONTEÚDO representa o aspecto ideológico (“o que” o texto diz) – as ideias, os significados e, principalmente, a intenção do autor ao produzir o texto. OBS.: Embora haja predominância do conteúdo sobre a forma, este não poderá ser devidamente compreendido e examinado se a forma que o reveste for deficiente.

OS TEXTOS UTILIZADOS EM PROVAS DE CONCURSOS

SÃO:

PROSA – texto que reproduz a maneira natural de falar, sem métrica nem

rima. As linhas ocupam quase toda a extensão horizontal da página, demarcada fisicamente pela abertura de parágrafo (pequeno afastamento em relação à margem esquerda da folha). O parágrafo é o ordenador lógico da prosa. POESIA

- texto que se caracteriza pela escrita em versos (cada linha do

poema, que pode apresentar rima e métrica), em que se faz um uso muito particular da linguagem. A poesia em geral reflete o momento, o impacto dos fatos sobre o homem e a criação de imagens que traduzam esse impacto. O verso é o ordenador rítmico e melódico do poema. VERBO-VISUAL - texto que associa códigos verbais (com enunciados curtos)

a não-verbais (desenhos) – com a finalidade de chamar a atenção do leitor para determinados assuntos.

TEXTOS VERBO-VISUAIS: 

Infográficos



Charges/Cartuns



Tiras de quadrinhos

P O E S I A (ESTRUTURADOS EM VERSOS): 

Poemas



Músicas

P R O S A (DELIMITADOS POR PARÁGRAFOS): 

Narrativos



Descritivos



Dissertativos expositivos (finalidade informativa)



Dissertativos argumentativos (finalidade persuasiva)



Injuntivos (ou instrucionais)

01. Julgue os itens subsequentes relativos ao diálogo entre os personagens Calvin e sua professora, Dona Doroteia, apresentado na tirinha acima. 1. No terceiro quadrinho, a expressão “Sendo assim” poderia, sem prejuízo para a correção e a coerência do texto, ser substituída por qualquer um dos seguintes conectores: Portanto, Por conseguinte, Conquanto. 2. São elementos de humor na tirinha o uso, por uma criança, de linguagem técnica própria de adultos e o emprego da palavra “ditadura” para designar a obrigação do aluno de permanecer em sala de aula. 3. No segundo quadrinho, a fala de Calvin é introduzida por uma oração condicional, ponto de partida para o raciocínio de Calvin, que pode ser assim esquematizado: Se A, então B.

4. No segundo quadrinho, a retirada da vírgula logo após “felicidade” modificaria a relação semântica e sintática entre essa palavra e o trecho “a qual é meu direito inalienável” e afetaria a coerência da argumentação.

01. Em relação ao texto apresentado acima, julgue os itens seguintes. 1. O texto constrói-se com base na sátira. 2. Para o entendimento da crítica social presente no texto, é crucial, além da interpretação das imagens com base no conhecimento histórico, o entendimento do sentido das preposições empregadas no título de cada imagem. 3. O tema do texto pode ser sintetizado no ditado popular “aqui se faz, aqui se paga”. 4. Em “PRESENTE PRA GREGO”, o emprego da forma prepositiva “pra” é inadequado, dado o grau de formalidade do texto. 5. O texto, cuja mensagem é transmitida essencialmente por meio da imagem, classifica-se como não-verbal.

O POEMA

Uma formiguinha atravessa, em diagonal, a página ainda em branco – Mas ele, aquela noite, não escreveu nada. Para quê? Se por ali já havia passado o frêmito e o mistério da vida. Mário Quintana

01. Quanto à compreensão das ideias do texto e à tipologia textual, julgue os itens seguintes. 1.

O autor adota no texto a temática do poema, apesar de escrevê-lo em prosa, o que pode ser comprovado pela disposição gráfica das palavras, caracterizada pela inexistência de versos.

2.

Ao fazer uso do vocábulo frêmito, o autor quer dizer que a vida moderna está agitada e estressante.

3.

Pode-se inferir, pela leitura do texto, que ele se caracteriza como prosa poética, já que, apesar de apresentar-se em prosa, propõe recursos e expressividade poéticos, como, por exemplo, o ritmo.

4.

O texto, caracterizado formalmente como poesia, tem por tema a própria poesia, o trabalho do artista da palavra, o fazer poético.

5.

O tema abordado no texto alude à concepção de que o poeta não é necessário, posto que a vida já se expressa por si só, por meio da energia que lhe é conferida.

01. Evidenciando perfeita compreensão e interpretação das ideias do texto, julgue as asserções. 1. O texto, predominantemente descritivo, apresenta o diálogo entre um ser real e uma entidade fictícia, ocorrido no espaço cósmico. 2. Com a introdução “Não foi um sonho, muito menos uma visão”, o autor antecipa que os fatos a serem apresentados são a expressão da verdade que lhe foi transmitida. 3. O astronauta mostra-se insubmisso às ordens do comando, porque deveria estar descansando junto a seus colegas e se encontrava na cabine de controle. 4. Segundo o texto, a partir do momento em que o diabo deixar o planeta Terra, o bem acabará com a desgraça, melhorando a espécie humana e confirmando o propósito da revolução dos anjos.

5. Depreende-se do texto que a tecnologia mal utilizada pode ser mais perniciosa que ou tão nefasta como as forças demoníacas.

Extraído de um texto de Marisa Lajolo (Com adaptações).

01. A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto, julgue os itens subsequentes. 1. Infere-se do texto que a linguagem escrita não só se sobrepõe a outras formas de comunicação como também as torna inúteis. 2. Pelo contexto, depreendemos que o livro que “ocupa lugar importante em nossa sociedade” (linha 10) é a Bíblia. 3. Pode-se inferir do texto que a falta de leitura preocupa pela sua relação de causa e efeito com a cidadania, visto que aquele que lê, necessariamente, alcança a plena cidadania. 4. Pode-se depreender das informações do texto que a cidadania, a sensibilidade, o imaginário, o conhecimento científico e filosófico estão sedimentados nas proposições do texto escrito.

5. A expressão “cimenta a cidadania”, na linha 12, pode ser entendida como “torna-a concreta, cristalizada, intocável”.

Os novos tempos aumentam as atribuições do professor. Ele precisa, antes de mais nada, estabelecer relações entre sua área de especialização e outras disciplinas. Também não pode despejar uma dúzia de conceitos para os alunos. E acabou a era da decoreba. Ou seja, ele precisa relacionar o que é ensinado à realidade cotidiana. No jargão pedagógico, o professor tem de “contextualizar” as informações que transmite, o que exige criatividade. A reforma no ensino , In: Época, “Caderno Especial” (com adaptações).

01. Em relação à compreensão e interpretação das ideias do fragmento acima, julgue. 1. É possível inferir do fragmento que a legislação deve regular a educação e esta deve ser obra da cidade. 2. Depreende-se da leitura do texto que o professor deve ter a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, e saber relacionar a teoria com a prática no ensino de cada disciplina. 3. É por isso que alguns professores, muito bem-sucedidos em suas pesquisas com o paradigma da ciência moderna, concebem o conhecimento como um saber pronto, fechado em si mesmo. 4. O trecho deixa entrever a ideia de que, tanto para o professor como para os alunos, é ali - na concretude do real, no cotidiano de muitas facetas - que o homem encarnado (e não o abstrato homem da especulação) está inteiro: pensamento, emoção e comportamento. 5. O uso de aspas duplas no vocábulo contextualizar evidencia a intenção do autor de criticar, por meio da ironia, a nova forma de ensinar.

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