Iniciativa AmazÔnica contra a MalÁria
Progresso nos esforços de prevenção e controle
O QUE É AMI?
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) lançou a Iniciativa Amazônica contra a Malária (AMI) em 2001 para melhorar a prevenção e o controle da malária na Bacia Amazônica. Visto que a transmissão da malária transcende fronteiras internacionais, a AMI tem uma abordagem regional que complementa as atividades específicas de cada país realizadas por 11 países participantes da América do Sul e Central. A AMI fortalece programas de controle da malária nos países participantes para identificar, apoiar e implementar de forma adequada intervenções contra a malária. Além disso, ajuda os países a incorporar as melhores práticas em seu trabalho, adaptar as respostas ao contexto da malária em constante mudança, desenvolver estratégias diferenciadas para o trabalho em áreas com populações que vivem em circunstâncias especiais, monitorar o surgimento e a disseminação da resistência aos antimaláricos, e enfrentar os riscos de ressurgimento da malária. Através da AMI, a USAID ajudou a criar a Rede Amazônica de Vigilância da Resistência aos Antimaláricos (RAVREDA) e promove a cooperação Sul-Sul entre os países participantes, com o apoio de parceiros técnicos internacionais. As parcerias estabelecidas têm ajudado a garantir que os investimentos no monitoramento de resistência aos medicamentos e vigilância epidemiológica, controle de vetores, e prevenção, diagnóstico e tratamento para o controle da malária sejam eficazes e sustentáveis, e que também contribuam para o reforço dos sistemas de saúde. A estrutura inovadora desse esforço multifacetado é liderada por um Comitê Diretor, que permite uma gestão e coordenação compartilhadas entre a USAID, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), outros parceiros técnicos e países.
ABORDAGEM MULTIFACETADA DA AMI • Melhoria do acesso ao diagnóstico e tratamento de qualidade • Vigilância epidemiológica • Monitoramento da eficácia dos medicamentos antimaláricos • Prevenção e contenção da resistência aos medicamentos antimaláricos • Vigilância e controle vetorial • Manejo integrado de vetores • Garantia de qualidade e controle de produtos farmacêuticos e outros suprimentos antimaláricos • Fortalecimento dos sistemas de saúde • Comunicação, assistência técnica e networking
A AMI participa de: O Dia Mundial contra a Malária 25 de abril O Dia da Malária nas Américas 6 de novembro foto: Links Media MAPA: all-free-download.com
MALÁRIA NAS AMÉRICAS
A malária é uma doença transmitida por vetores endêmica em 21 países das Américas. É prevenível e tratável; porém, não existe vacina atualmente. A malária pode ser pensada como um termômetro da gestão e da qualidade dos serviços públicos nos países da Bacia Amazônica e na América Central. As Américas têm duas espécies principais de malária: Plasmodium vivax, parasita predominante da malária, e Plasmodium falciparum, uma forma mais perigosa, mas menos frequente da doença que pode ser fatal. Os esforços para proteger os povos das Américas contra a malária estão funcionando. De 2000 a 2013, o número de casos de malária na região diminuiu 76%. A mortalidade por malária sofreu uma queda de 79%. No entanto, 120 milhões de pessoas que vivem em regiões endêmicas da malária ainda estão em risco.
PROGRESSO EM PAÍSES DA AMI
Reduções na incidência da malária Avanços significativos foram obtidos na prevenção e controle da malária através de uma variedade de intervenções em países parceiros da AMI. Todos os países que participam da AMI já alcançaram ou estão a caminho de alcançar as metas de redução da malária da parceria Roll Back Malaria e dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio para o ano 2015. De 2000 a 2013, seis países da AMI conseguiram reduções de mais de 75% na incidência da malária: Belize, Equador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Suriname. Mais dois países da AMI — Brasil e Colômbia — devem atingir reduções de mais de 75% em 2015. O Peru e o Panamá deverão alcançar uma reduções de 25% a 50% até 2015, e apenas a Guiana teve um aumento no número de casos durante o período.
foto: JULIE DE CARVALHO FOto Do fundo: Ronen Boidek. shutterstock
À medida que a malária muda — a AMI se adapta Uma vigilância duradoura é necessária para acompanhar a rápida evolução dos parasitas da malária. Na década de 1990, P. falciparum, o parasita que causa uma malária grave e potencialmente fatal, foi documentado como sendo resistente à droga antimalárica cloroquina na Bacia Amazônica. Isso levou a USAID a ajudar a criar a rede RAVREDA para resolver o problema. A RAVREDA está agora entre as redes de vigilância regionais mais eficazes para a resistência contra a malária no mundo. Na medida em que o progresso foi feito na introdução de tratamento combinado baseado em artemisinina (TCA), as áreas de vigilância epidemiológica, controle de vetores e fortalecimento de sistemas receberam mais atenção. Hoje, tanto os países da América Central quanto os da Bacia Amazônica enfrentam o possível surgimento de resistência a drogas antimaláricas incluindo derivados de cloroquina e artemisinina. Além disso, os países precisam enfrentar o desafio de controle da malária em situações de baixa transmissão e das populações que vivem em circunstâncias especiais. Parceiros técnicos internacionais colaboram com os países para monitorar, prevenir e conter a resistência aos medicamentos antimaláricos, bem como para tratar a malária entre populações remotas, dispersas e itinerantes, como garimpeiros e trabalhadores agrícolas migrantes. A AMI responde a mudanças no contexto do controle da malaria A descentralização dos sistemas de saúde, os baixos níveis de financiamento para os programas nacionais de controle da malária (PNCMs) na região e outras questões estão sendo tratadas através de uma abordagem regional e colaborativa da AMI. Por essa razão, a USAID promove o fortalecimento dos sistemas de saúde, assistência técnica, bem como o desenvolvimento de abordagens diferenciadas para a prevenção e controle da malária para uso em contextos epidemiológicos variados.
AS PARCERIAS SÃO A CHAVE DO SUCESSO DA AMI
A AMI é um esforço colaborativo que reúne os países participantes e parceiros técnicos internacionais. Ministérios da saúde e os PNCMs são parceiros essenciais que realizam as atividades de prevenção e controle da malária e nos países da Bacia Amazônica e na América Central e colaboram em um intercâmbio contínuo de informações e conhecimentos. Parceiros técnicos internacionais cooperam com os países em uma variedade de funções complementares: Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) Apoia os esforços eficazes de controle regional da malária, prestando assistência técnica e direcionando recursos por meio de um modelo comum para selecionar e coordenar as atividades nos países prioritários, com o objetivo de melhorar os esforços nos âmbitos regional e nacional, e contribuindo para a institucionalização de intervenções de eficácia comprovada em vários níveis (ou seja, regional, nacional, subnacional). Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) Coordena o desenvolvimento de políticas, planos estratégicos, intervenções, diretrizes e protocolos padronizados em países prioritários em conjunto com a USAID. Oferece assistência técnica na prevenção, vigilância, detecção precoce, diagnóstico e tratamento da malária, e contenção de surtos. Realiza controle integrado de vetores. Apoia o reforço dos sistemas de saúde, a capacitação em nível nacional e a pesquisa operacional. Obtém medicamentos antimaláricos em nome de vários países. FOTO: OPAS/OMS
Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) Oferece assistência técnica e formação em vigilância epidemiológica, monitoramento da eficácia de antimaláricos e resistência a eles (por meio de estudos de eficácia in vivo, in vitro e ferramentas de biologia molecular), vigilância e controle vetorial, diagnóstico de malária, etc. Management Sciences for Health (MSH)/Sistemas para Melhorar o Acesso a Produtos e Serviços Farmacêuticos (SIAPS) Realiza pesquisas operacionais e fornece assistência técnica em gestão farmacêutica com foco na disponibilidade de medicamentos, práticas de prescrição e distribuição, adesão do paciente aos regimes de tratamento e gestão da cadeia de abastecimento de medicamentos e suprimentos contra a malária. United States Pharmacopeial Convention (USP)/Promovendo a Qualidade de Medicamentos (PQM) Fornece assistência técnica especializada para institucionalizar a garantia da qualidade dos antimaláricos, com foco no monitoramento do controle de qualidade em toda a cadeia de abastecimento, fortalecendo a capacidade dos laboratórios oficiais para analisar os medicamentos e fornecer resultados consistentes e confiáveis, e fortalecendo as autoridades reguladoras de medicamentos. Links Media Fornece estratégias de comunicação e apoio para lançar as bases para a sustentabilidade de esforços colaborativos regionais para o controle da malária. Identifica o público-alvo, mensagens-chave, canais, intervenções de informação, educação e comunicação (IEC) e/ou de comunicação para a mudança de comportamento (CMC), e outras atividades de divulgação da informação, comunicação e defesa de políticas públicas adequadas. Desenvolve mensagens e materiais baseados em evidências para o envolvimento efetivo das partes interessadas.
FOTO: Gracy Obuchowicz fotos de CAPA: LINKS MEDIA, CDC, Istock
AVISO As opiniões apresentadas neste material não representam necessariamente as opiniões ou posições da USAID (Agência de Desenvolvimento Internacional dos EUA) nem do Governo dos EUA. março de 2015