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IMPORTÂNCIA DE COBALTO E MOLIBDÊNIO NO TRATAMENTO ...

BOLETIM Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Departamento de Ciência do Solo Grupo de Apoio à Pesquisa e Extens...
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BOLETIM

Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Departamento de Ciência do Solo Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão

IMPORTÂNCIA DE COBALTO E MOLIBDÊNIO NO TRATAMENTO DE SEMENTES DE SOJA

O molibdênio (Mo) e o cobalto (Co)

1994; MENGEL & KIRKBY, 2001).

são dois micronutrientes indispensáveis

Co e Mo são os dois micronutrientes

na cultura da soja, principalmente por

tradicionalmente

suas atuações na fixação biológica

tratamento

do nitrogênio (FBN). O molibdênio

cultura da soja, principalmente pelas

é componente de pelo menos cinco

baixas

enzimas

catalisar

mesmos, sendo de 12 a 25 g ha-1 de

diversas reações em processos de

Mo e 1 a 3 g ha-1 de Co (SFREDO,

transferência

(NICHOLAS,

2010). As principais fontes de Mo são

1975), a saber: nitrogenase, redutase do

o molibdato de amônio [(NH4)2MoO4

nitrato, oxidase da xantina, oxidase de

com 48% Mo e PS=40] e o molibdato

aldeído e oxidase do sulfato. Além de

de sódio (Na2MoO4.2H2O com 39% Mo

também ser constituinte da molibdato-

e PS=56), enquanto que de cobalto é o

ferro-proteína

sulfato de cobalto (CoSO4 com 21% Co)

responsáveis

por

eletrônica

(Mo-Fe-Proteína),

participando como aceptor de elétrons

de

doses

aplicados sementes

(TS)

recomendadas

no na dos

(VITTI & TREVISAM, 2000).

na nitrogenase, sendo que ao final do processo o elétron será doado para

É importante ressaltar que no tratamento

o N2 para formação de NH3 (BURRIS,

de sementes a inoculação deve ser a

1999; TAIZ & ZEIGER, 2004). Sendo

última etapa, depois dos inseticidas/

assim, indispensável ao metabolismo

fungicidas e outros produtos como as

do nitrogênio nas plantas.

fontes de Co e Mo.

Quanto ao Co, é considerado essencial

Por conta da sua principal forma

pelo

leguminosas,

no solo ser o molibdato (MoO4-), a

devido ao seu efeito sobre o Rhizobium

disponibilidade de molibdênio aumenta

(MALAVOLTA,

com a realização de práticas corretivas

da

menos

vitamina

biossíntese (MALAVOLTA,

para

as

2006).

Participando

B12,

necessária

para

como a calagem (MALAVOLTA, 2006).

de

leg-hemoglobina

LANTMANN et al. (1989) observaram

2006),

substância

que a resposta à utilização de molibdênio

responsável por evitar a oxidação dos

na soja está intimamente ligado ao pH

nódulos. (SOMASEGARAN & HOBEN,

do solo, com maiores respostas em solo

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com pH baixo. MARCONDES & CAIRES (2005) comprovaram isso na utilização de CoMo no tratamento de sementes, onde não obteve-se respostas em solo corrigido,

provocando

reduções

de

mais de 5% na produtividade da soja em doses de Co acima de 3,4 g ha-1. DOURADO NETO et al. (2012) obteve maior número de nódulos e incremento na produção de grãos de até 240 kg ha-1 em soja com a aplicação de Co e Mo no tratamento de sementes e/ou em V4. GOLO et al. (2009) obtiveram resultados

positivos

na

qualidade

fisiológica do grão e produtividade da soja na aplicação de CoMo via foliar e no TS apenas quando realizou-se a inoculação, reduzindo, no entanto, a qualidade fisiológica quando essa não foi realizada. Portanto, o fornecimento de cobalto e molibdênio pode ser feito tanto no tratamento de sementes como por via

REFERÊNCIAS BURRIS, R.H. Advances in biological nitrogen fixation. Journal of Industrial of Microbiology & Biotecnology, v. 22, p.381-393, 1999. DOURADO NETO, D.;DARIO, G.J.A.;MARTIN, N.T.;DA SILVA, M.R.; PAVINATO, P.S.;HABITZREITER, T.L.; Adubação mineral com cobalto e molibdênio na cultura da soja. Lodrina: Universidade Estadual de Londrina. Semina: CIÊNCIAS AGRÁRIAS, vol. 33, Nº 1, p. 2741-2751, 2012. LANTMANN, A.F.; SFREDO, G.J.; BORKERT, C.M.; OLIVEIRA, M.C.N. Resposta da soja a molibdênio em diferentes níveis de pH do solo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, v.13, n.1, p.45-49, 1989. MALAVOLTA, E. Manual de nutrição mineral de plantas. São Paulo: EDITORA AGRONÔMICA CERES, p 638, 2006. MARCONDES, J.A.P.; CAIRES, E.F. Aplicação de molibdênio e cobalto na semente para cultivo de soja. Bragantia, Campinas, v.64, n.4, p.687-694, 2005. MENGEL, K.; KIRKBY, E.A. Principles of plant nutrition. 5 ed. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers, 2001. 849p. NICHOLAS, D.J.D. The functions of trace elements in plants. Londres: TRACE ELEMENTS IN SOIL, p 181-198, 1975. SFREDO, G. J. Soja: molibdênio e cobalto. Documentos – ISSN 2176-2937; 322. Londrina: EMBRAPA SOJA, 2010. SOMASEGARAN, P.; HOBEN, H.J. Handbook for Rhizobia: Methods in Legume-Rhizobium Technology. New York: Springer-Verlag, 1994. 450p TAÍZ, L.; ZIEGER, E. Fisiologia vegetal. Trad. SANTARÉM, E.R. et al., 3° ed., Porto Alegre: Artemed, 2004, p.719. VITTI, G.C.; TREVISAN, W. Manejo de macro e micronutrientes para alta produtividade da soja. Piracicaba: INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº90 – Junho, 2000.

foliar, sendo essa prática indispensável para a obtenção de altas produtividades na cultura da soja, devido a importância desses nutrientes na fixação biológica do N2 atmosférico e no metabolismo do nitrogênio na planta.

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