Guia de sugestões de atividades - Biblioteca Virtual em Saúde

MINISTÉRIO DA SAÚDE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO GUIA DE SUGESTÕES DE ATIVIDADES SEMANA SAÚDE NA ESCOLA Brasília - DF 2013 GUIA DE SUGESTÕES DE ATIVIDAD...
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MINISTÉRIO DA SAÚDE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

GUIA DE SUGESTÕES DE ATIVIDADES SEMANA SAÚDE NA ESCOLA

Brasília - DF 2013

GUIA DE SUGESTÕES DE ATIVIDADES SEMANA SAÚDE NA ESCOLA

BRASÍLIA/DF, FEVEREIRO DE 2013 1

Semana Saúde na Escola Guia de Sugestões de Atividades

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO............................................................................................................................. 3 ATIVIDADES ESSENCIAIS ...................................................................................................... 6 FICHA DE ATIVIDADE 01 ................................................................................................ 6 FICHA DE ATIVIDADE 02 ................................................................................................ 8 ATIVIDADES OPTATIVAS.................................................................................................. 12 IDENTIFICANDO NECESSIDADES E CONHECENDO OS PARCEIROS......................................12 SAÚDE OCULAR ................................................................................................................... 20 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO ............................................................................................... 55 PARTICIPAÇÃO JUVENIL/INFANTIL ...................................................................................... 62 CULTURA DE PAZ ................................................................................................................. 78 EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS ................................................................................. 88 PRÁTICAS CORPORAIS, ATIVIDADE FÍSICA E LAZER ........................................................... 116 PREVENÇÃO AO USO DE ÁLCOOL, TABACO, CRACK E OUTRAS DROGAS.......................... 138 SEXUALIDADES E SAÚDE REPRODUTIVA ........................................................................... 157 SAÚDE INDÍGENA .....................................................................................................................186

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APRESENTAÇÃO

Caros profissionais da educação e da saúde,

Este Guia é um material orientador para todos e todas envolvidos com o Programa Saúde na Escola: profissionais de saúde e educação, comunidade, educandos e famílias. A ideia é investir na formação de bons hábitos desde a infância. Se uma criança cresce em meio a uma vida saudável, a tendência é que se torne um adulto saudável. Cerca de 12 milhões de estudantes em 56 mil escolas de 2.495 municípios já participaram do Programa. Portanto, este Guia contém sugestões de atividades para serem desenvolvidas não apenas durante a Semana Saúde na Escola, mas ao longo do ano letivo. A proposta do Guia é fornecer um conjunto de atividades capazes de estimular e enriquecer o trabalho educativo dos profissionais de saúde e educação, sendo seus princípios a promoção e prevenção de agravos à saúde. O objetivo principal da Semana Saúde na Escola é dar início a uma mobilização temática prioritária de saúde, que deverá ser trabalhada ao longo do ano letivo nas escolas. Seus objetivos específicos visam: a. Fortalecer ações prioritárias de política de governo, no âmbito da saúde e da educação; b. Socializar as ações e compromissos do PSE nos territórios; c. Fortalecer o Sistema de Monitoramento e Avaliação do PSE (ESUS/SIMEC) como sistema de informação, gestão, monitoramento e avaliação do PSE e da saúde dos educandos; d. Incentivar a integração e a articulação das redes de educação e atenção básica; e. Fortalecer a comunicação entre escolas, equipes de Saúde da Família e unidades de saúde; f. Socializar as ações desenvolvidas pelas escolas; 3

g. Fomentar o envolvimento da comunidade escolar e de parcerias locais; h. Mobilizar as redes de atenção à saúde para as ações do PSE. A Semana Saúde na Escola compreenderá ações de atenção à saúde dos escolares e de promoção da saúde, cuja mobilização acontecerá no período de 11 a 15 de março de 2013, envolvendo intersetorialmente o planejamento das redes de educação básica e atenção básica em saúde. A Semana Saúde na Escola inaugura a execução das metas pactuadas no Programa, pois as ações serão consideradas para o alcance das metas acordadas pelos municípios e o Distrito Federal no Termo de Compromisso, possibilitando maior visibilidade e o reconhecimento das ações planejadas e executadas no âmbito do Programa, além do fortalecimento da integração e articulação entre os setores da saúde e da educação em nível local. A Semana Saúde na Escola, além de mobilizar e envolver a comunidade no território pactuado, com ações prioritárias de educação em saúde, fortalece a intersetorialidade; entretanto, devemos ressaltar que quanto maior o envolvimento dos atores do território, maior êxito terá a Semana. Tendo em vista o resultado da Semana Saúde na Escola 2012, o contexto de enfrentamento do crescimento epidêmico da obesidade na infância e na adolescência e a repercussão da temática da obesidade na mídia nacional, o tema será retomado em 2013, acompanhado da temática da saúde ocular e do Projeto Olhar Brasil, ambos como temas centrais da Semana, com ações prioritárias nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Outros temas importantes com ações previstas para a Semana para o público das séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio são: prevenção ao uso do álcool, tabaco, crack e outras drogas, educação para a saúde sexual, saúde reprodutiva e prevenção das DST/aids, promoção de direitos humanos, das práticas corporais, atividade física e lazer nas escolas. Lembre-se: ter saúde é reunir condições de estudar adequadamente, conviver e socializar. Com isso, para ter saúde precisamos de um ambiente saudável, alimentação adequada e equilíbrio emocional e físico.

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Esperamos que essas orientações contribuam e apoiem a organização das atividades durante a Semana Saúde na Escola, e que os hábitos de vida saudável se tornem permanentes no ambiente do educando.

Tenham uma ótima Semana Saúde na Escola!

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ATIVIDADES ESSENCIAIS

FICHA DE ATIVIDADE 01 NOME

DA

ATIVIDADE:

Avaliação

antropométrica

de

crianças

e

adolescentes NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: Avaliar o estado nutricional de crianças e adolescentes por meio do peso, altura e idade dos educandos. O acompanhamento sistemático do crescimento e do desenvolvimento da criança e do adolescente é de grande importância, pois favorece as condições de saúde e nutrição dos mesmos. Os índices antropométricos são utilizados como principal critério desse acompanhamento. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: fita métrica/antropômetro vertical e balança plataforma. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: As atividades de pesar, medir e fazer as respectivas anotações em formulários específicos levam, em média, 5 minutos por educando. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: Articulação com a escola: As equipes de saúde deverão se articular com as equipes das escolas que, por sua vez, deverão informar os pais e/ou responsáveis e preparar os educandos para receber os profissionais de saúde. Abordagem: Antes do início de qualquer atividade com as crianças e adolescentes perguntar o nome de cada um e se referir a eles pelo nome. Toda e qualquer pergunta dos educandos deverá ser respondida respeitando a faixa etária e o grau de (des)conhecimento sobre o tema em 6

questão. Todas as atividades na escola precisarão ser acompanhadas por um educador de referência das crianças na escola. Descrição: As equipes de saúde precisam se articular com as escolas a fim de estabelecer as metas e os critérios para definição de turmas a serem avaliadas. A avaliação antropométrica deve ser feita por um profissional de saúde capacitado, segundo técnicas referenciadas abaixo. REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): Brasil. Ministério da Saúde. Vigilância alimentar e nutricional - Sisvan: orientações básicas para a coleta, processamento, análise de dados e informação em serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 120 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

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FICHA DE ATIVIDADE 02 NOME DA ATIVIDADE: Triagem de Acuidade Visual NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental Séries Iniciais e Finais (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: identificar os escolares com possíveis problemas oculares para consulta oftalmológica. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: tabela de Snellen, objeto para apontar (lápis preto), giz, cadeira, metro ou fita métrica, fita adesiva, impresso para anotação dos resultados. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: em torno de três minutos por escolar DESCRIÇÃO E CUIDADOS PARA A REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE:  A triagem dos escolares é uma atividade de equipe, em que todos os participantes (profissionais da educação e de saúde) desempenham funções essenciais.  Para a triagem de acuidade visual, é muito importante: dominar a técnica de aplicação; o preparo do material; a escolha do local; o preparo do local; o treinamento do auxiliar; o preparo dos escolares; o preparo do material para o registro técnico da triagem; e o reteste.  A triagem só deve começar quando os aplicadores tiverem certeza de uma eficaz aplicação. Se houver alguma dúvida, devem recorrer ao manual de instrução ou solicitar esclarecimentos a alguém treinado ou tecnicamente capacitado.  É de fundamental importância providenciar, com antecedência, todo o material para aplicação do teste: tabela de Snellen; vareta ou lápis preto para apontar os optótipos; cadeira; metro ou fita métrica e ficha para registro dos resultados.  Separado e conferido todo o material necessário, partir para a escolha do local de aplicação do teste, que deverá apresentar algumas 8

condições: no mínimo 6 (seis) metros; local bem iluminado, que permita a entrada de luz pelos lados ou por trás de quem estiver sendo testado. Evitar que a luz incida diretamente sobre a tabela de Snellen; local relativamente calmo, sem barulhos ou estímulos que possam desviar a atenção dos escolares.  No momento de preparar o local para a triagem, lembre-se de escolher onde será afixada a tabela de Snellen; de afixar a tabela de tal modo que possa sofrer ajustes de acordo com a altura dos escolares (a linha correspondente à acuidade 1 = 100% no nível dos olhos de cada escolar que estiver sendo triado); demarcar no chão, com giz ou fita adesiva, uma linha com a distância de 5 ou 6 metros da tabela de Snellen, de acordo com a indicação da tabela; colocar uma cadeira com os pés traseiros sobre a linha riscada no chão.  O preparo do escolar é fundamental para o êxito das atividades e visa: contribuir para a redução do nível de ansiedade; à familiarização com os procedimentos do teste; garantir presteza de respostas; e garantir a postura correta de sentar-se na cadeira do teste.  Antes do início dos trabalhos práticos, todos os formulários devem estar à disposição dos aplicadores e devidamente preenchidos todos os dados sobre a unidade escolar, turma, nome dos escolares e educador. Recomenda-se que seja utilizada a ficha de atendimento coletivo que encontra-se disponível no Passo-a-Passo de Adesão a Semana Saúde na Escola.  Durante a triagem, os aplicadores devem iniciar o exame apontando (com o lápis preto) para os optótipos maiores, perguntando para que lado as “pernas” do “E” estão voltadas (para cima, para baixo, para a direita ou para a esquerda); devem dar sequência a triagem até onde o escolar consiga enxergar sem dificuldade; apontar com o lápis para o optótipo, em posição vertical, passar o lápis em cima e depois 9

repousar, abaixo do optótipo; mover o lápis com segurança e ritmicamente de um optótipo para outro; solicitar ao escolar que estiver usando óculos para longe, durante a triagem, que os mantenha na avaliação; mostrar pelo menos dois optótipos de cada linha; em caso de dificuldade para enxergar, numa determinada linha, mostrar um número maior de optótipos da mesma linha. Caso a dificuldade continue, voltar à linha anterior. A acuidade visual que deverá ser registrada será aquela do número decimal existente, do lado esquerdo da tabela, da última linha em que o escolar conseguiu enxergar mais da metade dos optótipos; retestar todos os escolares que não atingirem 0,7. O registro do resultado deve ser o da medida da acuidade visual que foi maior; registrar como menor que 0,1 (

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ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

FICHA DE ATIVIDADE 10

NOME DA ATIVIDADE: A escolha de alimentos saudáveis NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental Iniciais e Finais (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: estimular os educandos a conhecer os grupos de alimentos e assim ter capacidade de escolhas. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: variáveis DURAÇÃO DA ATIVIDADE: 1 hora DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: por meio de cartazes e conversas em sala de aula, os educandos discutirão sobre os grupos de alimentos e sua importância para o organismo. Ao longo de um dia, os alunos observarão e anotarão o que consumiram. No dia seguinte, os professores retomarão o assunto e analisarão, com os alunos, o perfil dos alimentos consumidos por meio dos grupos e cores de alimentos. REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual operacional para profissionais de saúde e educação: promoção da alimentação saudável nas escolas. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. 152p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_operacional_profissionai s_saude_educacao.pdf>

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ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

FICHA DE ATIVIDADE 11

NOME DA ATIVIDADE: Eu faço a notícia NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental Iniciais e Finais (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: mobilizar os educandos a criar diferentes tipos de reportagem acerca do tema „Envelhecimento saudável x obesidade‟. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: variam de acordo com o tipo de reportagem escolhido pelo aluno. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: não existe tempo padronizado, varia de acordo com o planejamento da escola. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: será solicitado que os educandos criem reportagens voltadas ao tema „Envelhecimento saudável x obesidade‟. Murais, colagens, desenhos, pinturas, jornal da escola, entrevistas com a comunidade educando (professores, funcionários da escola, pais, dentre outros). Esse momento será importante para os estudantes discutirem sobre as diferentes formas do envelhecer saudável e sua relação com a obesidade. Ao final, essas reportagens serão analisadas em todas as turmas para todos poderem conversar sobre o assunto e elaborar seu conceito. Os materiais criados podem ser colocados à disposição na biblioteca da escola ou mesmo expostos no pátio ou corredores. REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): Publicações da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição. Disponíveis em: Publicações do Departamento de Atenção Básica. Disponíveis em: .

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ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

FICHA DE ATIVIDADE 12

NOME DA ATIVIDADE: Linha do tempo das famílias (palestra ou teatro) NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental Finais (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: fazer um histórico sobre a transição alimentar e nutricional da população brasileira ao longo dos anos. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: variáveis DURAÇÃO DA ATIVIDADE: 2 horas DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: os professores mobilizarão os estudantes a pesquisar sobre os padrões alimentares dos brasileiros desde a chegada dos colonizadores até a atualidade. Essa pesquisa visa chamar a atenção dos estudantes para os padrões alimentares e a transição alimentar e nutricional que acontece ao longo dos anos. Por meio dessa visão, os estudantes identificam costumes que se perderam (saudáveis ou não) e costumes agregados de outras culturas (saudáveis ou não), além de trabalhar o senso crítico quanto às escolhas de alimentos. O resultado da pesquisa pode ser apresentado em forma de palestras (turma/série) ou teatro (as turmas se reúnem e apresentam para a escola). REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): Publicações da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição. Disponíveis em: Publicações do Departamento de Atenção Básica. Disponíveis em:

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PARTICIPAÇÃO JUVENIL/INFANTIL

Em nosso país, crianças e adolescentes são compreendidos como sujeitos de direito, que devem ser protegidas pelo Estado, sociedade e família, com prioridade absoluta. Um dos documentos mais importantes para a garantia desses direitos é o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA2, que representa grande avanço da legislação brasileira, iniciado com a promulgação da Constituição de 1988. Fruto da luta da sociedade, o ECA garante a todas as crianças e adolescentes o tratamento com atenção, proteção e cuidados especiais para se desenvolverem e se tornarem adultos conscientes e participativos no processo inclusivo. Entretanto, nem sempre esses direitos são cumpridos e respeitados como deveriam. Por essa razão, é muito importante que crianças, adolescentes e jovens saibam esses direitos e, principalmente, que se posicionem quando estes forem violados. Uma de nossas propostas para a Semana Saúde na Escola é, portanto, mostrar a importância da participação das crianças, adolescentes e jovens na construção de uma sociedade cidadã.

De qual participação estamos falando? De acordo com o dicionário, o verbo participar tem vários significados: fazer saber, comunicar, anunciar, tomar parte de, associar-se pelo sentimento, pelo pensamento; solidarizar-se com.

A participação é um dos principais instrumentos na formação de uma atitude democrática. Quem participa ativamente da vida de uma 2

BRASIL. Ministério da Saúde. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008.

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comunidade, de uma cidade, estado ou país, torna-se sujeito de suas ações, é capaz de fazer críticas, escolher, defender seus direitos e cumprir melhor suas responsabilidades. Na história do Brasil, são vários os exemplos de participação de adolescentes e jovens: o movimento estudantil; a luta pelas Diretas Já, quando reconquistamos o direito ao voto; os espaços de cultura e lazer grafiteiros, teatro, hip hop, skatistas, bandas musicais; a mobilização em torno de uma causa ou campanha - grupos ecológicos, acampamentos internacionais da juventude, campanhas via internet, entre muitos outros. O grêmio estudantil é espaço importante de participação das alunas e dos alunos dentro da escola. Além de organizar atividades culturais e educacionais, o grêmio estimula a participação de crianças e adolescentes em atividades voltadas à promoção integral do sujeito.

Como o professor pode trabalhar esses temas na Semana Saúde na Escola Desenvolver ações com a participação de crianças, adolescentes e jovens pressupõe uma relação dinâmica entre formação, conhecimento, participação, responsabilização e criatividade como mecanismos de fortalecimento da perspectiva de educar para uma cidadania ética e responsável 3. Educar para a participação é, antes de tudo, criar espaços para o aluno e a aluna empreenderem, por si mesmos, a construção de seu ser. A utilização de oficinas, jogos, cenas e demais metodologias de linha participativa costuma ser a melhor opção. Vale lembrar que a opção pelo desenvolvimento de propostas baseadas na participação infantil e juvenil 3

SILVA, Thais Gama. ASINELLI-LUZ, Araci. Protagonismo juvenil na escola: limitações e possibilidades enquanto prática pedagógica na disciplina de biologia. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1362-8.pdf. Acesso em 21 de fevereiro de 2012.

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exige educadores e profissionais da saúde que realmente acreditem no potencial transformador das novas gerações. Exige ainda a revisão das próprias posturas, abrindo maior espaço para alunas e alunos pensarem e dirigirem-se a si mesmos, habilitando-os a verdadeiramente participar da construção

social

por

meio

da

construção

de

si

próprio.

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PARTICIPAÇÃO JUVENIL/INFANTIL FICHA DE ATIVIDADE 13

NOME DA ATIVIDADE: Adolescências e juventudes NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental - Séries Iniciais e Finais

(X)

Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: perceber as adolescências e as juventudes como construções históricas e sociais, identificando as situações de exclusão a que estão expostos adolescentes e jovens por características como gênero, raça/etnia, orientação sexual e classe social. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: folhas de flip chart, canetões coloridos, revistas que tenham fotos de adolescentes e jovens, tesouras e fita crepe. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Peça para formarem grupos de 5 ou 6 pessoas, distribua as revistas, tesouras, colas e a folha de flip chart a cada um dos grupos. Em seguida, peça para procurarem fotos de adolescentes e jovens e as recortarem.

-

Quando terminarem de recortar, peça para colarem as figuras na folha de papel, observando quantos meninos e quantas meninas apareceram; se há negros, brancos, asiáticos, indígenas e quantos de cada raça; o que esses adolescentes e jovens estão fazendo; a que classe social pertencem; e pergunte o que mais perceberam de desigualdades. Peça para

elegerem

um

relator

ou

relatora

para

apresentar

essas

observações. -

Assim que todos os grupos apresentarem as colagens, peça para olharem cuidadosamente e compararem aquelas imagens com os adolescentes e jovens que conhecem, pensando nos alunos e alunas da escola e nos adolescentes e jovens da comunidade. 65

-

Depois de feita as comparações, solicite que voltem aos grupos, compartilhem as ideias e elaborem frases sobre o que é ser criança, adolescente e jovem nos tempos atuais.

-

Quando os grupos terminarem, peça a cada grupo para colar as frases na parede e, em conjunto, elaborar um conceito a partir das contribuições de todos.

-

Aprofunde a discussão utilizando as seguintes perguntas: 1. Como a mídia retrata as crianças, os adolescentes e os jovens do sexo masculino? 2. Como a mídia retrata a criança, a adolescente e a jovem do sexo feminino? 3. Quais adolescentes e jovens costumam ser mais populares na escola? Quais características eles e elas têm? 4. Quais adolescentes e jovens costumam ser mais discriminados? Por que isso acontece?

FINALIZAÇÃO Crianças, adolescentes e jovens são sujeitos de direito e, portanto, dignos de respeito, independentemente da cor, sexo, idade, cultura, raça, religião, classe social, condição de saúde, orientação sexual, grau de instrução, se estão cumprindo medidas socioeducativas ou vivendo com o HIV e aids. A discriminação e o preconceito são fenômenos sociais que produzem e alimentam diferentes situações de violência e violações de direitos humanos. Geram, nas pessoas que são alvos desses mecanismos, mal-estar,

insegurança,

angústia,

isolamento

e

sofrimento.

Esses

sentimentos podem interferir nas relações sociais; prejudicar o rendimento escolar; impedir o acesso a oportunidades de emprego ou promoção no ambiente de trabalho; aumentar a vulnerabilidade às DST, HIV e aids, ao 66

uso do álcool, crack e outras drogas; enfim, influenciar a qualidade de vida e de saúde. Refletir sobre todos esses aspectos proporciona a um primeiro passo para a mudança cultural visando um mundo mais inclusivo, respeitoso e justo.

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REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): ARRUDA, Silvani. WESTIN, Caio. HQ SPE: um guia para utilização em sala de aula. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/images/0018/001882/188264por.pdf

DICAS O filme Como uma onda no ar conta a história de Jorge, Brau, Roque e Zequiel, quatro jovens negros moradores de uma favela de Belo Horizonte e amigos desde a infância. Eles criam a Rádio Favela, que logo conquista os moradores locais ao abrir espaço para os interesses da comunidade.

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PARTICIPAÇÃO JUVENIL/INFANTIL FICHA DE ATIVIDADE 14

NOME DA ATIVIDADE: Direito à saúde NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental - Séries Iniciais e Finais

(X)

Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: sensibilizar crianças e adolescentes sobre seus direitos. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: quadro ou papel afixado no mural ou no chão, pincel atômico, papel A4. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: ± 1h30min.

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Inicie a oficina explicando que um dos documentos mais importantes existentes para a garantia dos direitos dos adolescentes é o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA.

-

Em seguida, distribua uma cópia do artigo 4° do Estatuto para todos e peça que um aluno ou uma aluna leia o texto em voz alta. Estatuto da Criança e do Adolescente Artigo 4°- É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;

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c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.

-

Depois da leitura, peça para se reunirem em quatro grupos; distribua uma tira para cada um deles (em anexo) e explique que a proposta é uma reflexão, que consta no ECA, sobre a saúde.

-

Explique que cada grupo deverá pensar sobre o que concretamente deveria acontecer para mostrar que os direitos à saúde de jovens e adolescentes sejam, de fato, respeitados. Por exemplo, precisam ter informações sobre como se prevenir de algumas doenças.

-

Na terceira coluna, explique que não é suficiente apenas ter informações sobre como se prevenir de algumas doenças, se adolescentes e jovens não tomarem uma atitude para se prevenir ou tratar uma doença. Portanto, adolescentes e jovens precisam se cuidar.

-

Quando

todos

terminarem

de

preencher

as

tiras,

peça

para

apresentarem as conclusões e abra para o debate a partir das seguintes questões: 1. O que é saúde? 2. Como as meninas cuidam de sua saúde? Como os meninos cuidam de sua saúde? 3. O que seria possível fazer na escola para chamar a atenção sobre a responsabilidade de cada aluna e aluna para o cuidado com a própria saúde? 4. E para a saúde coletiva, o que seria possível fazer?

FINALIZAÇÃO

70

O Estatuto da Criança e do Adolescente, como foi denominada a Lei Federal n° 8.069, de 13 de julho de 1990, tem 267 artigos que tratam da proteção integral às crianças e aos adolescentes de todo o Brasil. O ECA, como é mais conhecido, foi elaborado para atender às pessoas de zero a 18 anos e, em alguns casos, com idade de 18 a 21 anos, levando em consideração que são cidadãos em desenvolvimento.

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------------Artigo 4° do ECA

Quais aspectos da saúde

Quais seriam as

mostrariam que esse

responsabilidades das e dos

direito está sendo

adolescentes em relação à sua

respeitado?

saúde?

É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à SAÚDE.

------------------------------------------------------------------------------------------------------

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): BRASIL. Ministério da Saúde. Marco Legal: Saúde, um Direito de Adolescentes. Disponível em:

71

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/marco_legal.pdf. Acesso em 21 de fevereiro de 2013.

DICA A publicação Adolescentes e participação política, elaborada pelo Unicef, apresenta um histórico da atuação de adolescentes e jovens na política brasileira e sugestões práticas de como organizar uma ação de promoção e defesa de uma causa e multiplicar a ideia da participação no contexto escolar.

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PARTICIPAÇÃO JUVENIL/INFANTIL FICHA DE ATIVIDADE 15

NOME DA ATIVIDADE: A saúde que temos e a saúde que gostaríamos de ter NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental - Séries Iniciais e Finais

(X)

Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: mobilizar alunos e alunas para a elaboração de ações voltadas à promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: tiras de papel, quadro ou papel afixado no mural ou no chão, pincel atômico, papel A4. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: ± 1h30min.

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Abra uma roda de conversa e distribua uma tira de papel azul para cada participante. Em seguida, peça para responderem às seguintes questões: o que já aprendemos na escola sobre saúde? O que mais precisamos aprender?

-

Quando terminarem de escrever a resposta, peça para colarem as respostas na parede com fita crepe.

-

Em seguida, distribua tiras de papel rosa e peça para responderem à seguinte pergunta: como gostaríamos que o tema saúde fosse trabalhado na escola?

-

Peça que, quando terminarem de escrever, colem as respostas do lado das que foram respondidas no papel azul, mas deixando espaço de um metro entre elas.

-

Quando todas as tiras forem coladas, coloque uma cartolina cortada ao meio, distribua tiras verdes e explique que nessa ponte poderão colocar 73

as propostas a fim de contribuir para promover a saúde na escola. -

Quando todas as propostas estiverem coladas, abra para o debate a partir das seguintes questões: 1. O que é uma escola? Qual é o seu objetivo? 2. Por que existe a Semana Saúde na Escola? Ela é importante? Por quê? 3. O que crianças, adolescentes e jovens podem fazer para deixar a escola mais saudável? E a comunidade em que vivem?

FINALIZAÇÃO Promover a saúde não é somente ir ao serviço de saúde quando se está doente. É ter acesso a informações corretas e em linguagem adequada; educação formal de boa qualidade; segurança alimentar e nutricional; ambientes seguros e saudáveis; habitação digna; trabalho e emprego decentes e segurança. Promover a saúde é se aproximar das necessidades humanas, sendo contextualizadas na vida social, cultural e econômica de cada tempo e lugar.

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. A educação que produz saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. DICA A publicação Escolas promotoras de saúde: experiências do Brasil http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/escolas_promotoras_

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saude_experiencias_brasil_p1.pdf.

-

tem

por

objetivo

fortalecer

a

capacidade do setor Saúde e de Educação em promover a saúde, o bemestar e a qualidade de vida de meninos, meninas, adolescentes, pais, professores e outros membros da comunidade. As experiências exitosas descritas nesse material podem trazer algumas novas ideias para se desenvolver trabalhos conjuntos entre os setores da educação e da saúde.

75

PARTICIPAÇÃO JUVENIL/INFANTIL FICHA DE ATIVIDADE 16

NOME DA ATIVIDADE: Coisas que eu amo NÍVEL DE ENSINO: (X) Creche (X) Pré-Escola (

) Fundamental (

)

Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: favorecer a reflexão sobre a responsabilidade de todos os alunos no cuidado com a escola.

MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: papel, lápis, fita adesiva, flip chart ou papel pardo, canetões e um saquinho.

DURAÇÃO DA ATIVIDADE: ± 1h30

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Distribua um quadradinho de papel para cada uma delas.

-

Peça que, individualmente, pensem em um objeto que possuem e do qual gostam muito.

-

Essa informação não deverá ser passada ainda para as outras crianças.

-

Solicite que desenhem o objeto no papel, que dobrem os quadradinhos e os coloquem em uma sacola.

-

Embaralhe os quadradinhos e os redistribua para as crianças.

-

Peça que cada uma mostre o desenho que recebeu e que o cole na folha de flip chart ou papel pardo com fita adesiva.

-

Abra uma roda de conversa perguntando às crianças: 1. E se esse objeto fosse a escola que vocês frequentam? 2. Como vocês se sentiriam se a escola estivesse muito suja? 3. O que poderíamos fazer para cuidar melhor de nossa escola?

FINALIZAÇÃO

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A Escola Pública não pertence ao governo, nem ao diretor, nem ao professor e nem aos educandos. Pertence à comunidade escolar formada pelos professores, alunos, funcionários e pela comunidade que vive no entorno da escola. Financeiramente, ela é mantida pelo dinheiro recolhido nos impostos. Assim, todas as pessoas que a frequentam precisam cuidar dela, do mesmo modo que cuidamos das pessoas e dos objetos que amamos.

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): Inspirado em: BRASIL. Secretaria de Educação do Estado de São Paulo/Fundação para o Desenvolvimento da Educação. Projeto Cuidar do que é de todos. São Paulo: FDE, 2007.

DICA O filme Vida de inseto – direção de John Lasseter e Andrw Stantos, 1998 – é uma boa ferramenta para se trabalhar a cooperação e a união dos diferentes na resolução de um problema comum.

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CULTURA DE PAZ

A gente convive tanto com a violência que nem sabe mais quando um ato é violento ou não. É claro que quando aparecem as notícias sobre assaltos, assassinatos, guerras, brigas de gangues, logo a gente identifica. Mas violência não é só isso. Existem outras formas dela se manifestar, e a gente nem percebe. Por exemplo: uma brincadeira sobre alguém que é diferente do seu grupo, uma piada sobre alguma raça ou sobre pessoas que fizeram escolhas diferentes das suas. Isso é uma sementinha de violência, que uma hora pode virar uma árvore grande e frondosa, que vai espalhar sua sombra sobre muita gente e causar muitos males. Este é um daqueles casos em que se deve cortar o mal pela raiz, ou seja, não participar da conversa, não deixá-la prosseguir, porque já se sabe onde pode acabar. Existem, ainda, aquelas formas de violência que parecem não ter jeito de serem resolvidas. Mas acredite, sempre tem. A violência pode acontecer dentro de casa, com maus tratos físicos, abuso sexual e psicológico, descuido ou abandono da criança e do adolescente. E pode acontecer fora, como nos casos de trabalho e prostituição infantis, violência nas escolas ou nas ruas, e conflitos com policiais. Em todos os casos pode-se denunciar e pedir ajuda ao Conselho Tutelar . um órgão municipal encarregado de fazer com que o Estatuto da Criança e do Adolescente seja cumprido. O que não se pode é ficar calado, indiferente ou amedrontado. Não deixe a violência começar. Mas, se ela começar, lembre-se: você tem meios de pará-la. A escola, lócus de inclusão e convivência de diversidades, é fundamental na construção da cidadania. Sua função social relaciona-se ao desafio de assegurar a todos a oportunidade de aprendizagens significativas, desenvolvimento de potencialidades individuais e preparo básico para a vida em um mundo melhor. O reconhecimento da violência na escola, uma nova e urgente questão, é um primeiro passo na interpretação do fenômeno, caracterizado por sentimentos de medo, isolamento, angústia e tantos outros a interferir nas relações interpessoais. Ela chega a se confundir com a violência das ruas, não respeitando o limite do espaço físico da instituição. 78

Pensar em promoção da saúde e na capacidade de superar as adversidades transfere o foco da ação dos fatores de risco para os fatores de proteção. A promoção da saúde propõe a articulação entre escola, serviços de saúde, outros equipamentos sociais e comunidade, para proporcionar mais chances aos sujeitos sociais de encontrarem soluções para seus problemas. É fundamental a discussão e a reflexão coletiva sobre a realidade presente, o conhecimento da rede de complexidade do território e o desenvolvimento de ações/estratégias que modifiquem a realidade da comunidade. Essa violência pode se manifestar de diversas formas e proporções preocupantes, da agressão física, furto, roubo (em geral, contra o patrimônio da própria escola ou da comunidade educando), porte de armas, tráfico de drogas, até ofensas verbais, aparentemente menos graves, que revelam atitudes discriminatórias, segregativas e humilhantes, por vezes difíceis de perceber ou mensurar. Hoje, é bastante frequente nas escolas o bullying. São vários os sinais que podem indicar uma criança ou adolescente sob violência: lesões físicas; dificuldades de aprendizagem; comportamento apático, tenso, rebelde e/ou agressivo; isolamentoafastamento; choros; fugas de casa ou negação do convívio familiar ou de pessoas-grupos específicos; má nutrição; e outros. Além do planejamento de intervenções no ambiente e nas relações sociais, com vistas à construção de relações mais saudáveis, cooperativas e solidárias, a escola pode integrar redes de prevenção de violências, comprometendo-se a identificar e prevenir sinais de violência e outras manifestações que antecedem o evento violento. A violência é um problema crescente para os gestores das escolas. Um tipo de violência em escolas merece especial atenção: o bullying. O termo bullying (do inglês bully = valentão, brigão) é usado para identificar qualquer ato com o sentido de trocear ou gozar, tiranizar, ameaçar, intimidar, humilhar, isolar, perseguir, amedrontar, ignorar, ofender, bater, ferir, discriminar e imputar apelidos maldosos a outrem. Bullying compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, sem motivação evidente, provocadas por um ou mais estudantes em

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relação a outros, responsáveis por causar dor, angústia, exclusão, humilhação, discriminação, entre outros sentimentos, sob uma relação desigual de poder.

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CULTURA DE PAZ FICHA DE ATIVIDADE 17

NOME DA ATIVIDADE: Violência na família, fatores de vulnerabilidade e de proteção na comunidade.

NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental (X) Médio Agentes e lideranças comunitárias/moradores da comunidade. Profissionais de instituições que atuam na região.

OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: Identificar as diferentes expressões da violência na comunidade e traçar caminhos de ação em rede.

MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: Papel 40 kg ou Kraft, 4 conjuntos de canetas hidrocores, lápis e borracha, papel A4.

DURAÇÃO DA ATIVIDADE: 2 horas em média, dependendo do número de participantes.

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: Dinâmicas de apresentação dos participantes (.quebra gelo.) Apresentação da proposta O grupo é dividido em subgrupos de 6 participantes (em média). Cada um irá dispor de uma folha de papel (40 kg ou Kraft) e papel A4 e um conjunto de canetas hidrocores. Cada subgrupo poderá trabalhar com a folha apoiada numa mesa grande ou no chão, de maneira que todos tenham acesso ao papel e às canetas. Os subgrupos são convidados a desenhar conjuntamente um mapa da comunidade. Propõe-se, nesse caso, a elaboração de um mapa temático em que podem ser registrados um ou mais dos tópicos a seguir: - situações de violências em seu território; - instituições que fazem parte da rede e que atendam estas situações de violências; - acesso a estas instituições; - integração entre estas instituições.

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A partir de um mapa de base, pode-se utilizar folhas de papel manteiga para registro de novas informações sobre o território, o mapa do passado, o mapa do futuro . o que melhor convier aos objetivos propostos, ao grupo em questão e à disponibilidade de tempo. Tempo médio para desenho do mapa: 40 minutos.

Cada grupo apresenta na plenária o seu mapa. Discussão: quais serviços são necessários e quais estão faltando nesta rede? O que precisa ser feito para melhor articulação da rede? REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): Ficha técnica 4 . Teatro fórum, p. 55, na Metodologia para o Cuidado de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violências, 2011. Disponível em: .

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CULTURA DA PAZ FICHA DE ATIVIDADE 18

NOME DA ATIVIDADE: Prevenção de violências no território . Atuação em rede NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental (X) Médio Profissionais,

usuários

do

serviço

ou

de

instituições

locais,

lideranças

comunitárias.

OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: Identificar instituições que atuam na atenção ou na prevenção à violência no território escolhido (comunidade, bairro, região), perceber a interação existente e o relacionamento do grupo participante com tais temas.

MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: Pincel atômico, canetas hidrocores, tesoura, fita crepe, cartolinas.

DURAÇÃO DA ATIVIDADE: 1 hora e meia a 2 horas DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: Solicitar aos participantes que relacionem os diferentes grupos organizados que atuam no local. Dependendo do número de participantes, pode-se realizar o trabalho em pequenos subgrupos, apresentando-se depois os pontos de vista em plenária. Pedir aos participantes que atribuam .pesos. às instituições de acordo com o trabalho realizado e sua importância. Distribuir círculos de diferentes tamanhos e solicitar que coloquem neles o nome das instituições, utilizando-se círculos maiores para contribuições mais significativas. Um círculo grande colado na parede representa a comunidade. O grupo deverá afixar os círculos das instituições, posicionando-os em relação ao círculo da comunidade, de acordo com o grau de atuação local. Eles devem também se tocar quando houver interação entre os diferentes grupos e quando houver apoio de serviços localizados fora da comunidade. Para finalizar, pode-se debater, em função do contexto simbolizado no diagrama, sobre os tipos de ações que deveriam ser feitas no sentido de envolver as

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instituições da forma desejável. E, nos casos em que existe interação, as estratégias e ações que devem ser fortalecidas.

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): Ficha técnica 17 . Encontro de rede: Diagrama de Venn, p. 68, Metodologia para o Cuidado de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violências, 2011.

Disponível

em:




84

CULTURA DA PAZ FICHA DE ATIVIDADE 19

NOME DA ATIVIDADE: Conceituando “bullying” NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: Adotar atitudes de respeito com o próximo. Perceber a importância de ter um bom convívio social, de conhecer valores e regras. A aula pretende esclarecer: O que significa bullying? De que maneiras o bullying pode acontecer na escola? Quais são as consequências de quem pratica e de quem sofre bullying na escola?Como colaborar com a escola para que este problema seja superado.

DURAÇÃO DA ATIVIDADE: 4 aulas de 50 minutos. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: Para contextualizar o assunto, o professor (a) poderá elaborar previamente pequenas cenas que expressem ações de bullying na escola. Na forma de dramatização, os alunos separados em grupos, terão que representar para toda a turma as cenas descritas pelo professor (a). Neste momento, não há necessidade de apresentar o conceito .bullying. ainda, pois o objetivo é promover uma discussão e reflexão acerca dos atos de violência, humilhação e perseguição ocorridas no cotidiano educando. Após as apresentações, o professor (a) poderá levantar alguns questionamentos: Essas atitudes são comuns em nossa escola? Alguém já presenciou alguma cena como essa, seja em sala de aula, no pátio, ou no recreio? Como isso aconteceu? Alguém já foi vítima de ações como está em nossa escola? A partir deste momento, o professor (a) poderá apresentar o termo BULLYING, explicando o significado deste termo.

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=2147 85

CULTURA DA PAZ FICHA DE ATIVIDADE 20

NOME DA ATIVIDADE: Reportagem NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: Discutir o tema bullying. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: Realizar uma reportagem sobre bullying. Segue um roteiro para os alunos: 1. Deixar claro o assunto de que deverá tratar a reportagem; 2. Pesquisar sobre o assunto: anote dados relevantes e que já estão disponíveis; 3. Em seguida, apontar os elementos a serem problematizados; 4. A seguir, indicar fontes a serem ouvidas, as pessoas que podem ser entrevistadas sobre o assunto. 5. Se dispuser de equipamento fotográfico, roteirizar fotos e imagens que devem, junto com o texto, ilustrar o trabalho; 6. O roteiro está pronto para fazer o trabalho de campo: a reportagem.

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): http://silvanosulzarty.blogspot.com/2011/04/5-sugestoes-de-atividadesdinamicaspara.html

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CULTURA DA PAZ FICHA DE ATIVIDADE 21

NOME DA ATIVIDADE: Discutindo “bullying”. NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: Discutir o tema bullying. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: Trabalhar de forma dinâmica e interativa, motivar os alunos e, posteriromente, abrir para a discussão. Segue a proposta de uso de um vídeo como ponto de partida: Mary e Max - Uma amizade diferente. Uma história de amizade entre duas pessoas muito diferentes: Mary Dinkle (voz de Toni Collette), uma menina gordinha e solitária, de oito anos, que vive nos subúrbios de Melbourne, e Max Horovitz (voz de Philip Seymour Hoffman), um homem de 44 anos, obeso e judeu que vive com Síndrome de Asperger no caos de Nova York. Alcançando 20 anos e dois continentes, a amizade de Mary e Max sobrevive muito além dos altos e baixos da vida. Mary e Max é viagem que explora a amizade, o autismo, o alcoolismo, de onde vêm os bebês, a obesidade, a cleptomania, a diferença sexual, a confiança, diferenças religiosas e muito mais.

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): http://rafaelnink.com/blog/2011/11/10/bullying/

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EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

4

A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um documento marco na história dos direitos humanos. Elaborada por representantes de diferentes origens jurídicas e culturais de todas as regiões do mundo, a Declaração foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em Paris, em 10 de dezembro de 1948, como norma comum a ser alcançada por todos os povos e nações. A Declaração, que desencadeou grande processo de mudanças no comportamento social e a produção de instrumentos e mecanismos internacionais de direitos humanos, significou igualmente transformações na área da educação. Uma delas foi pensar a educação além da dimensão da razão e da aprendizagem cognitiva, envolvendo aspectos afetivos e valorativos que precisam ser sentidos e vivenciados. A proposta é que a Educação em Direitos Humanos seja eixo central do trabalho desenvolvido nas escolas e permeie integralmente o currículo, a formação inicial e continuada dos profissionais da educação, o projeto político-pedagógico da instituição, os materiais didáticopedagógicos, o modelo de gestão e de avaliação e as metodologias e práticas desenvolvidas no conjunto do espaço escolar. O tema dos Direitos Humanos não poderia ficar de fora da Semana Saúde na Escola, não é verdade? Educação em Direitos Humanos: o que é? De acordo com a socióloga Maria Victória Benevides¹, a Educação em Direitos Humanos é essencialmente a formação de uma cultura de respeito à dignidade humana através da promoção e da vivência dos valores da liberdade, da justiça, da igualdade, da solidariedade, da cooperação, da tolerância e da paz. Portanto, a formação desta cultura significa criar, influenciar, compartilhar e consolidar mentalidades, 4

Texto inspirado em: BENEVIDES, Maria Victória. Educação em Direitos Humanos: de que se trata?. Disponível em: http://www.hottopos.com/convenit6/victoria.htm. Acesso em 16 de fevereiro de 2013. http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/164228Dirhuman_edu.pdf. BRASIL.

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costumes, atitudes, hábitos e comportamentos que decorrem, todos, daqueles valores essenciais citados – os quais devem se transformar em práticas. É uma proposta de educação que necessita ser compartilhada por todas as pessoas envolvidas no processo educacional – educadores e educandos, ou ela não será educação e muito menos educação em direitos humanos. Entretanto, para se construir uma sociedade mais justa, equitativa e democrática, a escola não pode estar sozinha. É preciso que diversos setores, como educação, saúde, comunicação, cultura, segurança, justiça, esporte e lazer, participem da formação de uma cultura de direitos humanos. Como o professor pode trabalhar nessa perspectiva? O Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH) entende essa nova cultura como processo dinâmico, sistemático e permanente, que orienta a formação do sujeito de direitos, articulando as seguintes dimensões: a. apreensão de conhecimentos historicamente construídos sobre direitos humanos e a sua relação com os contextos internacional, nacional e local; b. afirmação de valores, atitudes e práticas sociais que expressem a cultura dos direitos humanos em todos os espaços da sociedade; c. formação de consciência cidadã capaz de se fazer presente nos níveis cognitivo, social, ético e político; d. desenvolvimento de

processos metodológicos participativos e de

construção coletiva, utilizando linguagens e materiais didáticos contextualizados; e. fortalecimento de práticas individuais e sociais que gerem ações e instrumentos em favor da promoção, proteção e defesa dos direitos humanos, e reparação das violações.

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Nossa proposta para a Semana Saúde na Escola é desenvolver atividades que possibilitem a reflexão sobre relações mais solidárias, generosas e respeitosas, e resolver os problemas por meio do diálogo, negociação e mediação.

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EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS FICHA DE ATIVIDADE 22

NOME DA ATIVIDADE: Sadako e os tsurus NÍVEL DE ENSINO: (

) Creche ( ) Pré-Escola (X) Fundamental -

Séries Iniciais e Finais (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE:

problematizar responsabilidades e

provocar a participação. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: folhas de papel cortadas em quadrados (13X13cm), barbante e fita crepe. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: ± 1h30min. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Convide um grupo de crianças e adolescentes para escutar uma história chamada Sadako e os tsurus. Explique que essa história será contada em várias partes e, entre uma e outra, cada criança ou adolescente construirá um pássaro.

-

Comece a história explicando que no Japão as crianças costumam fazer animaizinhos de papel usando uma técnica chamada origami, ou dobradura em português. Um desses animais é um pássaro chamado tsuru, que no Brasil tem o nome de grou. Segundo a tradição oriental, quem faz 1000 tsurus terá um desejo atendido. O mundo inteiro ficou sabendo dessa tradição a partir da história de uma menina chamada Sadako Sasaki.

-

Distribua pedaços de papel quadrados para as crianças e construa o tsuru em conjunto com os alunos e as alunas para entenderem o passo a passo da construção do pássaro.

-

Peça que dobrem o papel ao meio e novamente o dobrem, levando uma ponta sobre a outra, como no desenho abaixo:

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-

Depois que tiverem dobrado o papel duas vezes, inicie a história: Sadako Sasaki nasceu em Hiroshima e tinha apenas dois anos de idade quando os norte-americanos lançaram uma bomba atômica sobre a sua cidade. Como ela, a mãe e o irmão viviam longe do lugar em que a bomba foi jogada, pareciam estar bem. Mas quando a família de Sadako fugiu da cidade, foram encharcados por uma espécie de chuva que continha substâncias que faziam muito mal para a saúde.

-

Peça que as crianças dobrem apenas uma das pontas até a metade do triângulo fazendo um vinco. Em seguida, peça que dobrem a aba sobre si mesma gerando um losango, de modo que a ponta que estava à esquerda aponte para baixo. Explique que é preciso fazer o mesmo do outro lado.

-

Averigue se todas as dobraduras estão corretas e continue a história: Terminada a guerra, Sadako e sua família tocaram sua vida normalmente. Quando Sadako completou doze anos de idade, durante uma aula de educação física sentiu-se muito mal, com tonturas. Alguns dias se passaram e novamente o mal-estar fez com que ela caísse no chão, sem sentidos. Socorrida e levada a um hospital, depois de alguns dias surgiram marcas escuras em seu corpo, e o diagnóstico foi de leucemia, uma doença que já estava

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matando outras crianças japonesas que foram expostas à bomba. Na época a leucemia era até chamada de “doença da bomba atômica”. -

Peça que façam um vinco na dobradura e depois peguem a ponta da aba de cima e desdobrem-na para cima, puxando as laterais para dentro, de modo a formar um novo losango. Solicite que façam o mesmo do outro lado, como mostra o exemplo abaixo:

-

Depois de terem feito a dobradura, e estando correta, continue a história: Um dia, a melhor amiga de Sadako, Chizuko Hamamoto, foi visitá-la no hospital levando um pássaro de papel para a amiga. Sadako gostou muito do presente e Chizuko lhe falou sobre uma lenda que dizia que quem fizesse 1000 tsurus teria um desejo concedido.

-

Solicite que novamente dobrem cada uma das laterais do papel, fechando a dobradura e unindo as duas partes. Depois, peça que façam o mesmo do outro lado, de modo que as faces visíveis agora sejam aquelas que estavam dobradas anteriormente:

-

Quando tiverem completado as dobraduras, reinicie a história contando:

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Sadako decidiu fazer os mil tsurus, desejando a sua recuperação. Mas a doença avançava rapidamente e a menina ficava cada vez com mais dificuldade de fazer os pássaros. Pensando sobre sua doença, Sadako compreendeu que muitos japoneses ficaram doentes por causa da guerra, e em vez de construir os pássaros esperando ser curada, continuou a dobrar os tsurus desejando que nunca mais nenhuma criança sofresse pelas guerras. -

Continue a construção do tsuru explicando que é preciso fechar a dobradura unindo as duas partes. Peça que façam o mesmo do outro lado. Dobre as pontas de baixo para cima, e em uma delas inverta a ponta para dentro, de modo a criar a cabeça do tsuru.

-

Feita essa etapa, conte: na manhã de 25 de outubro de 1955, Sadako montou seu último tsuru e faleceu. Ela fez 644 tsurus. Quando seus colegas da escola souberam disso, dobraram os tsurus que faltavam para serem enterrados com a menina.

-

Peça que puxem as pontas para fora e inflem por baixo, de modo a armar o corpo do pássaro, como no desenho abaixo:

-

Termine a história contando que os colegas de Sadako decidiram formar um grupo e iniciar uma campanha para construir um monumento em memória da amiga e de todas as crianças mortas e feridas pela guerra. Com doações de alunos de cerca de 3100 94

escolas japonesas e de mais nove países, em 1958 foi erguido em Hiroshima o MONUMENTO DAS CRIANÇAS À PAZ, conhecido como Torre dos Tsurus, no Parque da Paz. -

Peça que abram as asas do tsuru.

-

Quando todos os tsurus ficarem prontos, proponha que sejam amarrados com um barbante, formando uma corrente de tsurus a ser pendurada em algum lugar da escola.

-

Abra para o debate a partir das seguintes questões: 1. O que acharam dessa história? 2. Já ouviram falar em “educação em direitos humanos”? O que isso significa?

FINALIZAÇÃO A Educação em Direitos Humanos tem como proposta fazer com que as pessoas sejam capazes de viver juntas, de criar um novo sentido de compartilhar,

ouvir

e

zelar

umas

pelas

outras,

e

assumir

responsabilidades por sua participação em uma sociedade democrática que luta contra a pobreza e a exclusão. E, ao mesmo tempo, garantir igualdade política, equidade social e diversidade cultural. REFERÊNCIAS

PARA

A

ATIVIDADE

(fontes

de

conteúdo,

publicações ou sites): DISKIN, Lia e ROIZMAN, Laura Gorresio, Paz, como se faz? 95

Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001308/130851por.pdf.

DICAS Uma apresentação em power point com essa história está disponível em: http://www.slideshare.net/criscorre/sadako-sasaki-2710975 Para entender melhor o passo a passo para fazer essa dobradura, entre no seguinte link: http://www.youtube.com/watch?v=iCwy6lub9ac

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EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS FICHA DE ATIVIDADE 23

NOME DA ATIVIDADE: Quem somos nós? NÍVEL DE ENSINO: ( ) Creche ( ) Pré-Escola (X) Fundamental - Séries Iniciais e Finais (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: estimular o conhecimento e o registro sobre aspectos da vida pessoal, da comunidade e do território. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: folhas de papel de diferentes cores, lápis de cor ou canetas de várias cores, cola, fita crepe, régua. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: ± 2 horas

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Peça que fechem os olhos e procurem se lembrar de histórias pessoais e das histórias da família, pensando em suas origens, em sentimentos e momentos marcantes, em sonhos etc. Enfim, em tudo aquilo que cada pessoa considera representativo em sua vida.

-

Em seguida, distribua um pedaço de papel amarelo e solicite que pintem símbolos ou imagens relacionados às lembranças. Explique que esse é um momento individual, que deve levar o tempo necessário para cada um se sentir à vontade ao expressar sua história de vida.

-

Quando terminarem, peça para colocarem os desenhos no chão, formando uma espécie de “tapete redondo”.

-

Em seguida, solicite que formem grupos de 4 ou 5 pessoas e explique que na segunda etapa deverão compartilhar o que sabem sobre a história da comunidade em que vivem. Cada grupo poderá escolher algum fato, acontecimento e/ou característica da comunidade para contar.

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-

Quando terminarem a conversa, distribua pedaços de papel rosa e peça para fazerem um novo desenho com as ideias que discutiram em grupo. Para esse novo desenho, além dos materiais disponíveis, poderão utilizar outros materiais existentes na escola como, por exemplo, terra, pedrinhas, folhas, flores etc.

-

Ao término dessa etapa, proponha que os grupos coloquem as produções em volta das histórias individuais, mantendo o formato redondo.

-

Distribua papéis azuis e peça para refletirem sobre o que seria importante mudar na comunidade para as pessoas serem mais felizes.

-

Solicite que novamente coloquem as contribuições em volta das colagens, representando a comunidade.

-

Na sequência, solicite que os grupos unam os pedaços de papel com barbantes e fita crepe para não desmanchar o “tapete”.

-

Coloque-o na parede e abra para a discussão a partir das seguintes questões: 1. Como se sentiram participando dessa atividade? 2. Como poderíamos definir nossa comunidade? 3. Em nossa comunidade ocorrem situações de violência? Quais? 4. O que podemos fazer para as pessoas de nossa comunidade serem mais generosas e solidárias umas com as outras?

FINALIZAÇÃO Para mudanças acontecerem em nossa família, na escola, nos serviços de saúde e em outros espaços, é preciso acreditar que cada pessoa é um agente de transformação da própria vida e do mundo em que vive. Se, portanto, nos unirmos, poderemos gerar poderoso movimento por meio de atitudes e hábitos voltados à preservação da vida, da comunidade e da paz.

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REFERÊNCIAS

PARA

A

ATIVIDADE

(fontes

de

conteúdo,

publicações ou sites): ALMEIDA, Edison. ARRUDA, Silvani. Cultura de paz e prevenção às violências: guia de metodologias e atividades a serem aplicadas nas escolas estaduais para crianças, adolescentes, jovens e comunidade. Disponível em: http://www.projetoape.com.br/images/metodologia/PazSite.pdf

DICAS O livro Como restaurar a paz nas escolas: um guia para educadores, escrito por Antonio Ozório Nunes (Editora Contexto, 2010), tem como objetivo orientar atividades de linha restaurativa em sala de aula e em outros ambientes. Várias reflexões e atividades sugeridas nessa publicação poderão ser úteis para evitar que os conflitos na escola se transformem em atos de violência, promovendo um ambiente escolar mais cooperativo e propício à resolução restaurativa dos conflitos. Sugere ainda diferentes atividades para a prevenção das situações de violência envolvendo toda a comunidade escolar, a partir do estabelecimento de laços de cooperação e solidariedade. Algumas atividades práticas, programadas para o trabalho com adolescentes, poderão ser adaptadas para crianças.

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99

EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS FICHA DE ATIVIDADE 24

NOME DA ATIVIDADE: Com quem contamos? NÍVEL DE ENSINO: (

) Creche (X) Pré-Escola (X) Fundamental -

Séries Iniciais e Finais (X) Médio Famílias e pessoas da comunidade poderão participar dessa atividade. OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: identificar instituições que atuam na atenção ou prevenção à violência no território escolhido (comunidade, bairro, região). MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: pincel atômico, canetas hidrocores, tesoura, fita crepe e cartolinas. Cinco cadernos; lápis; cartolinas; canetões coloridos; réguas; mapas da região. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: ± 3 horas

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Com antecedência, imprima cinco fotocópias do mapa do bairro em que a escola está inserida. Em cada um dos mapas, selecione cinco quadras (quarteirões) que ficam nas proximidades da escola.

-

Informe que a proposta da atividade é observar os arredores da escola, identificando os espaços e as instituições que fazem as pessoas se sentirem mais protegidas.

-

Divida os participantes em grupos mistos (crianças, adolescentes, jovens e adultos), e distribua um mapa, um caderno por grupo e um lápis.

-

Peça que percorram as ruas indicadas no mapa, observando os recursos que existem no território em que essas pessoas vivem.

-

Terminada a caminhada, peça que se mantenham os grupos e distribua cartolinas, réguas e canetas coloridas para cada um deles.

100

-

Solicite que desenhem o trecho percorrido e sinalizem os espaços de proteção que encontraram. Sugira que usem cores diferentes para cada tipo de fator encontrado. Por exemplo, verde para os locais em que existem áreas de lazer, vermelho para os serviços de saúde, azul para onde existe policiamento etc.

-

Quando terminarem o desenho, peça que cada grupo apresente sua construção e explique por que esses locais foram considerados fatores de proteção para a comunidade.

-

Feitas as apresentações, abra para a discussão a partir das seguintes perguntas: 1. Como foi a experiência de realizar o mapeamento? 2. Qual foi a parte mais fácil? E a mais difícil? 3. Encontraram algo novo, que desconheciam, sobre a localidade? O quê? 4. O que a comunidade precisa para se sentir mais protegida? 5. Como a escola, os serviços de saúde e outras instituições poderiam contribuir para a ampliação desses fatores de proteção?

FINALIZAÇÃO Elaborar o mapeamento do território em que vivemos é uma boa forma de se pensar em ações para melhorar a qualidade de vida das pessoas e do local em que elas vivem. É um primeiro diagnóstico para alertar a comunidade sobre o que é preciso modificar para se garantir a diminuição da violência e, consequentemente, a saúde da população. Isto porque, mesmo que as pessoas não sejam atingidas por situações de violência, o medo de sair às ruas, gerado pelas notícias disseminadas pelos canais de comunicação ou situações que ocorreram com outras pessoas, pode fazer com que fiquem mais retraídas, deixando de relacionar-se com amigos e familiares.

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REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências: orientação para gestores e profissionais de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

DICAS A publicação Escola que protege: enfrentando a violência contra crianças e adolescentes, elaborada por Vicente de Paula Faleiros e Eva Silveira Faleiros, compartilha informações importantes sobre as diferentes formas de violência a que estão submetidos crianças e adolescentes brasileiros, visando subsidiar ações práticas para o enfrentamento das situações. Abordam-se temas como trabalho infantil, direitos, legislação e redes de proteção. Disponível

em:

http://unesdoc.unesco.org/images/0015/001545/154588por.pdf

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EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS FICHA DE ATIVIDADE 25

NOME DA ATIVIDADE: O varal da violência NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental - Séries Iniciais e Finais (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: compreender as diferentes violências que ocorrem no cotidiano e discutir como é possível lidar com essa situação na escola, na comunidade e em outros espaços. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: barbante para o varal, fita crepe, 4 folhas de papel tamanho A4 ou equivalente (preferência já utilizadas e recicladas) para cada participante, prendedores de roupa. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: ± 1h30min. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Previamente, coloque quatro varais no espaço em que ocorrerá a atividade.

-

Convide as alunas e os alunos a participarem da atividade, que terá como tema a prevenção de situações de violência.

-

Distribua quatro folhas de papel para cada participante e peça que escrevam na primeira folha quais violências já viveram na escola ou em outros espaços. Peça que, ao terminar, coloquem a folha em um dos varais.

-

Em seguida, solicite que escrevam em outra folha quais violências já praticaram contra outras pessoas. Quando terminarem, peça que coloquem essa folha no segundo varal.

-

Na terceira folha, deverão escrever como se sentem quando são vítimas de algum tipo de violência e em seguida coloquem a folha em um novo varal.

-

Finalmente, na quarta folha, peça que escrevam como se sentem quando são violentos com alguma pessoa. 103

-

Quando todos os varais estiverem com as folhas, leia o que foi escrito e colocado em cada um deles, computando as situações que mais apareceram.

-

Abra uma roda de conversa a partir das seguintes questões: 1. Qual é o tipo mais comum de violência que acontece nas escolas? 2. Existe alguma violência pior do que outra? 3. Onde podemos procurar ajuda caso soframos algum tipo de violência? 4. O que podemos fazer para prevenir situações de violência na escola e em outros espaços da comunidade?

FINALIZAÇÃO De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a violência é o uso intencional da força física ou do poder, real ou potencial, contra si próprio, contra outras pessoas ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação. 5 A definição considera as diferentes formas de violência que não acarretam necessariamente lesão ou morte, mas as que oprimem as pessoas, as famílias, os sistemas de saúde, as escolas, os ambientes de trabalho e as comunidades. Enfim, toda a sociedade. Além disso, a definição associa a intenção de se cometer um ato violento às relações e práticas de poder incluindo, portanto, ameaças, intimidações, negligências e todos os tipos de abuso - físico, sexual e psicológico.

5

PINHEIRO, P.S. ASSIS, G. Violência Urbana. São Paulo: Publifolha, 2009.

104

REFERÊNCIAS

PARA

A

ATIVIDADE

(fontes

de

conteúdo,

publicações ou sites): Instituto Promundo (coord.). Da violência para a convivência. Série Trabalhando com Homens Jovens. Rio de Janeiro: Instituto Promundo, 2002. Disponível em: http://www.promundo.org.br/wpcontent/uploads/2010/04/DaViolenciaparaConvivencia.pdf

DICAS O filme Ponte para Terabítia - direção de Gabor Csupo (2007) – conta a história de um garoto chamado Jess Aarons e de sua amiga Leslie Burke. Juntos, criam o reino secreto de Terabítia, um lugar mágico onde apenas é possível chegar se pendurando em uma velha corda, que fica sobre um riacho perto da casa de ambos. Lá eles lutam contra Dark Master e suas criaturas fantásticas e buscam estratégias para acabar com as situações de violência que acontecem dentro da escola.

105

EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS FICHA DE ATIVIDADE 26

NOME DA ATIVIDADE: Jogo dos balões NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental - Séries Iniciais e Finais (X) Médio MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: aparelho de som e um CD de música animada, quatro balões de ar com tiras de perguntas em seu interior. OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: discutir alternativas para lidar com situações como bullying e cyberbullying sem usar agressividade e/ou violência. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: ± 1h30min.

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Solicite que formem um único círculo.

-

Informe que você colocará uma música e que, enquanto isso, um balão de ar passará de mão em mão.

-

Explique que quando você parar a música, quem estiver com o balão deverá estourá-lo e pegar a tira de papel que estiver dentro dele (exemplos dessas tiras encontram-se ao final dessa atividade). Em cada uma das tiras há uma situação relacionada ao bullying.

-

A pessoa que ficou com o balão deverá ler a frase e completá-la. Mas há uma regra: a frase deverá ser completada sem ser usado nenhum tipo de violência. Por exemplo: Os amigos de João vivem dizendo que ele “fede” devido à cor da sua pele. Daí, João respondeu que no Brasil o racismo é crime, e que eles poderiam ser denunciados por conta disso.

106

-

Se a pessoa que tiver que continuar a frase não souber, quem estiver à sua direita responde. As outras pessoas poderão ajudar quando necessário.

-

Repita a atividade até as quatro questões serem respondidas.

-

Depois de completadas, abra para a discussão a partir das seguintes perguntas: 1. O que é bullying? 2. O que é cyberbullying? 3. O que diferencia o bullying e o cyberbullying de outros tipos de violência? 4. O que precisamos fazer para resolver situações de bullying em nossa escola e em outros espaços de convivência?

FINALIZAÇÃO O bullying é palavra da língua inglesa que significa „intimidação‟ ou „amedrontamento‟. Não existe palavra equivalente em português e, por conta disso, alguns sugerem a utilização dos termos “violência moral” ou “maltrato entre pares”. A primeira coisa que caracteriza o bullying é que se trata de fenômeno de grupo em que a agressão acontece entre iguais, ou seja, pessoas que têm mais ou menos a mesma idade e que convivem no mesmo espaço. Já o cyberbullying é praticado no mundo digital. São mensagens difamatórias ou ameaçadoras que circulam por e-mails, sites, blogs, celulares, sites de relacionamento como o Facebook ou o Twitter. Para alguns estudiosos, o cyberbullying é ainda mais cruel que o bullying tradicional, pois no espaço virtual os xingamentos e as provocações atormentam a pessoa permanentemente e não somente no contexto da escola. As mensagens ameaçadoras chegam a todos os lugares em que se acessa a internet, e a denúncia fica ainda mais difícil, pois nem sempre é possível identificar o agressor.

107

Quando executados na escola, o bullying e o cyberbullying resultam em comprometimento da aprendizagem, da vontade de estudar e de se relacionar com outras pessoas.

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): REVISTA NOVA ESCOLA. Bullying, um problema que merece tradução. Disponível em: http://revistaescola. abril.com.br/ensino-medio/bullying-problema-merecetraducao-475045.shtml DICA O que todos precisam saber sobre bullying É uma página do site Observatório da Infância, que contempla vários temas relacionados à violação dos direitos das crianças, dentre eles o bullying. Estão à disposição textos, apresentação em power point, pesquisas e cartilhas para profissionais da educação. Disponível em: http://www.observatoriodainfancia.com.br/rubrique.php3?id_rubrique=19

EXEMPLO DE TIRAS DE APOIO QUE PODERÃO ESTÁ DENTRO DOS BALÕES -----------------------------------------------------------------------------------------------------Maricota é zoada pelos seus colegas por conta do seu sotaque pernambucano. Na semana passada, Maricota errou na hora de chutar a bola e um colega a chamou de “baiana burra”. A partir daí, sua vida virou um inferno. Era só passar pelos corredores que escutava alguém pedindo um acarajé ou chamando-a de “cabeça chata”. Maricota, então, .......

108

 ----------------------------------------------------------------------------------------------------Cláudio é gay e não esconde isso de ninguém. Só que basta ele aparecer no portão da escola que um grupo de meninos e meninas já começa a ofendê-lo. Outro dia, entrando em um site de relacionamento, viu que alguém havia postado uma foto dele, e várias pessoas fizeram comentários muito desagradáveis. Ele já está cansado dessa situação e resolveu que iria procurar ajuda em ...  ----------------------------------------------------------------------------------------------------Marta tem um problema físico e, por conta disso, caminha com certa dificuldade. Um dia, passeando com as amigas, elas começaram a dizer que jamais o Felipe – o menino de quem Marta gosta – ficaria com ela por conta do seu problema. Pouco depois, suas amigas começaram a rir do jeito dela andar, chamando-a de “pata choca”. Essa situação continuou a acontecer na escola. Marta resolveu que ..... -----------------------------------------------------------------------------------------------------Júlio foi até o posto de saúde pedir preservativos. Lá chegando, encontrou um grupo de colegas que tinha ido tomar vacina contra a Hepatite B. Quando ele falou que tinha ido buscar preservativos, seus colegas começaram a zoar, dizendo que Júlio devia ser gay ou usuário de drogas e que, por isso, usava preservativo. No dia seguinte, quando Júlio chegou à escola, o mesmo grupo de colegas começou a zoar com ele, chamando-o de “Rosinha”. Júlio ficou muito chateado, mas ...  -----------------------------------------------------------------------------------------------------

109

EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS FICHA DE ATIVIDADE 27

NOME DA ATIVIDADE: Jornal mural NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental - Séries Iniciais e Finais (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: favorecer a apreensão sobre o significado e a importância da EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS, por meio da construção de um jornal mural. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: jornais, revistas, 2 metros de papel craft; cola, tesouras, canetões coloridos, folhas coloridas, fita crepe. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: ± 3 horas

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Explique que a proposta dessa atividade é a confecção de um jornal mural, ou seja, um jornal para se colocar em uma parede. Mas antes é preciso pensar no que será escrito nele.

-

Peça que, sem censura, falem o que deveria haver em um jornal mural que tem como tema a educação em direitos humanos. Conforme expressarem as ideias, registre-as em uma folha de flip chart.

-

Uma vez com o quadro de ideias pronto, explique que o jornal mural será elaborado em uma folha de papel craft de mais ou menos dois metros. Explique que geralmente um jornal mural tem: 1. um nome 2. a data em que foi elaborado 3. as manchetes, ou seja, os assuntos que o jornal mural contém; 4. uma entrevista com alguém que fale sobre o tema; 5. ilustrações, fotografias 6. resultados de pesquisas; 110

7. artigos sobre o tema escritos ou recortados de outros jornais; 8. endereços de onde buscar mais informações ou procurar ajuda. -

Na medida do possível, pesquise algumas imagens na internet mostrando exemplos de jornais murais.

-

Divida-os em quatro subgrupos, dividindo as responsabilidades: Grupo 1 – entrevista com um/a professor/a, coordenador/a da escola ou profissionais da área da saúde. Caberá a esse grupo elaborar as perguntas e depois digitar ou escrever à mão as perguntas e as respostas. Grupo 2 – buscar imagens, fotografias e pesquisas sobre educação em direitos humanos (livros, jornais, folhetos, internet etc.). Grupo 3 – procurar notícias atuais sobre situações de violência na escola e comunidade e, a partir dessas notícias, escrever um artigo sobre como seria possível prevenir a violência na escola que frequentam, com o apoio do serviço de saúde mais próximo. Grupo 4 – organizar um quadro com os locais na comunidade em que poderão buscar ajuda caso passem por uma situação de violência (Conselho Tutelar, Delegacia da Mulher, Vara da Infância e da Adolescência, organizações não governamentais etc.), explicando o que faz cada uma dessas instituições.

-

Quando todas as tarefas estiverem terminadas, reúna o grupo e monte o jornal mural. Lembre-se que é preciso colocar o nome da escola, escrever a data em que ele ficou pronto e, na primeira coluna, escrever quais são as manchetes, ou seja, os assuntos tratados naquela edição. Não se esqueça de alertar que os títulos têm que ser em letra grande para as pessoas conseguirem ler de longe.

-

Quando o jornal estiver montado, peça para sugerirem o nome do jornal. Escreva as sugestões em uma folha e depois abra para a votação. Em conjunto com o grupo, procure um local de fácil acesso, de boa visibilidade e com espaço suficiente para as pessoas que

111

circulam pela escola lerem as notícias sem perturbar a movimentação interna ou se aglomerar. -

Abra para o debate a partir das seguintes questões: 1. O que acharam dessa atividade? O que aprenderam com ela? 2. Quais os outros materiais de comunicação que poderiam ser elaborados para divulgar os direitos humanos na escola e nos demais locais da comunidade?

FINALIZAÇÃO A partir da internet, a comunicação participa mais, a cada dia, da vida de crianças, adolescentes e jovens. Por essa razão, alguns autores afirmam que no que diz respeito às atividades educativas, é preciso investir na criatividade, motivação, contextualização de conteúdos, afetividade, cooperação, participação, livre expressão, interatividade e experimentação. Nossa proposta é se pensar em novos meios para disseminar os artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, utilizando diferentes veículos de comunicação - cartazes, jornais murais, blogs, sites de relacionamento, e-mails, torpedos, HQ etc. – como formas de engajar a população na busca pelo respeito à vida e à diversidade, à igualdade de gênero e de raças/etnia, e na garantia de que os direitos humanos sejam respeitados. A esse tipo de metodologia dá-se o nome de educomunicação, ou seja, ao campo de ação que se insere na interface entre os tradicionais campos da educação e da comunicação, e que tem como objetivo ampliar as condições de expressão de todos os segmentos humanos, especialmente da infância, adolescência e juventude.

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites):

112

UNICEF. Eu Comunico, Tu Comunicas, Nós Educomunicamos. Disponível em: http://www.projetosegurancahumana.org/arquivos/410ne0.pdf

DICA O livro Educomunicação: o conceito, o profissional, a aplicação do professor, de Ismar de Oliveira Soares (Paulinas – 2011), discute caminhos para tornar a educação uma experiência significativa para as novas gerações. O diferencial está na visão sistêmica do novo conceito, propondo que professores e alunos passem a ser gestores de sua comunicação, sócios de uma mesma empreitada, cúmplices de um mesmo projeto: a ampliação do “coeficiente comunicativo” das ações no âmbito da comunidade escolar.

113

EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS FICHA DE ATIVIDADE 28

NOME DA ATIVIDADE: Construção de um sucatário NÍVEL DE ENSINO: (X) Creche (X) Pré-Escola ( ) Fundamental ( ) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: contribuir para o aprendizado, na prática, do consumo consciente e do reaproveitamento de materiais.

MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: sucatas, quatro caixas de papelão, canetões, tintas e pincéis.

DURAÇÃO DA ATIVIDADE: aproximadamente 1h30 min

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Explique para as crianças que a ideia da atividade é organizar um sucatário, ou seja, um local em que vários materiais que costumam ser jogados fora sejam reaproveitados para a construção de brinquedos.

-

Inicialmente, pergunte às crianças em que lugar deverá ficar o sucatário. A partir das contribuições, converse sobre qual seria o melhor lugar.

-

Definido o local, coloque quatro caixas nesse espaço e peça para pensarem em formas de separar as sucatas para colocá-las nas caixas. Por exemplo, na caixa 1 colocar o que é de plástico. Na caixa dois os papéis, e assim por diante.

-

Estimule a discussão sobre os critérios para a separação das sucatas.

-

Quando terminar a discussão, forme quatro grupos e entregue as caixas com as sucatas já separadas para cada grupo.

-

Peça para fazerem um desenho do lado de fora da caixa para que todo mundo saiba que sucatas encontrará.

-

Peça para cada grupo apresentar seu desenho e pergunte se gostaram de fazer essa atividade e o que aprendeu de novo. 114

-

Propor ao grupo que siga com a coleção e separação da sucata e utilize-as para invenção de novos brinquedos.

FINALIZAÇÃO O lixo é um dos maiores problemas que há hoje no mundo. E uma das formas de minimizar o problema é reaproveitar ou doar os objetos que não serão mais usados. A reciclagem se tornou uma das grandes lutas nas sociedades de todo o mundo. O reaproveitamento de muitas coisas que irão para o lixo é fundamental para diminuir as consequências que os lixões provocam na saúde das pessoas e do planeta.

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): JUS BRASIL. Sucatário, um recurso criativo para a escola. Disponível em: http://pref-aracaju.jusbrasil.com.br/politica/8796935/sucatario-um-recurso-criativona-escola. Acesso em 28 de fevereiro de 2013.

DICAS O Instituto Alana defende que o desenvolvimento saudável de uma criança depende de um ambiente familiar e comunitário saudável. Em seu site – www.alana.org.br – estão disponíveis várias experiências interessantes para o trabalho com a área da educação.

115

PRÁTICAS CORPORAIS, ATIVIDADE FÍSICA E LAZER

A alfabetização motora de crianças e jovens é parte integrante dos processos de aprendizagem especialmente no ambiente social, seja na escola ou na comunidade. Foi na Inglaterra, por exemplo, que o pedagogo inglês Thomas Arnold “pedagogizou” e introduziu alguns jogos tradicionais como estratégia educacional na Escola de Rugby entre 1820 d 1840. Tais jogos eram praticados desde a antiguidade pelas comunidades rurais, um deles transformou-se no Football Association, dando as bases para o surgimento de diversas outras modalidades esportivas pelo mundo. A ginástica também fez parte dos processos educativos de crianças, jovens e adultos. Diante do potencial pedagógico e, ao mesmo tempo, de sua capacidade de desenvolver de forma harmoniosa as capacidades físicas e reflexivas, as práticas corporais são elemento indispensável nos processos educativos e de preparação das pessoas para a vida em sociedade. No entanto, faz-se necessário enfatizar aspectos contidos nos jogos e atividades, promovendo estratégias que deixem em segundo plano a exacerbação da competitividade. Quando coloca-se em questão a promoção de saúde no espaço escolar é importante que haja um esforço no sentido de proporcionar atividades que produzam o fortalecimento das relações entre os educandos.Uma estratégia significativa de tais práticas diz respeito à cooperação, tema que fez surgir a corrente denominada Jogos Cooperativos. Um dos principais objetivos dos jogos cooperativos, enfatizado por Fábio Otuzi Brotto (2001), é o de levar as pessoas a vencer os desafios, limites e medos pessoais, ultrapassando a idéia de que o importante é superar os outros a qualquer custo. Os jovens e crianças em idade escolar necessitam ser expostos a desafios em seus processos de aprendizagem que possibilitem a eles a apreensão de regras e condutas sociais. Os jogos, a brincadeira e o esporte são poderosas ferramentas que podem estimular, por meio de práticas corporais, o entendimento e a educação para vida em sociedade. Especialmente quando os processos pedagógicos contidos nas atividades são enfatizados levando-se em consideração os sujeitos da ação como principais protagonistas, é possível trazer à luz vários 116

aspectos positivos ou negativos da vida social. É papel do educador e do profissional de saúde explorar os significados e as relevâncias que determinados aspecto tem para a vida social. Acompanhe aspectos intrínsecos às ações e a ênfase que se pode dar a eles. Essa reflexão pode nortear a condução de todas as atividades propostas na Semana Saúde na Escola.

JOGOS COMPETITIVOS

JOGOS COOPERATIVOS

São divertidos apenas para uns.

São divertidos para todos

Alguns

jogadores

têm

o

sentimento de derrota. Alguns

jogadores

são

Todos

os

jogadores

têm

um

sentimento de vitória. excluídos

por sua falta de habilidade.

Todos

se

envolvem

independentemente

de

sua

habilidade. Aprende-se egoístas

a

ser

ou

se

desconfiado, sentirem

Aprende-se a compartilhar e a confiar.

melindrados com os outros. Divisão por categorias: meninos x

Há mistura de grupos que brincam

meninas, criando barreiras entre

juntos

as

aceitação mútua.

pessoas

e

justificando

as

criando

alto

nível

de

diferenças como uma forma de exclusão. Os perdedores ficam de fora do

Os jogadores estão envolvidos nos

jogo e simplesmente se tornam

jogos por um período maior, tendo

observadores.

mais tempo para desenvolver suas capacidades.

Os jogadores não se solidarizam e

Aprende-se a solidarizar com os

ficam felizes quando alguma coisa

sentimentos dos outros, desejando

de “ruim” acontece aos outros.

também o seu sucesso.

Os jogadores são desunidos.

Os jogadores aprendem a ter um senso de unidade. 117

Os jogadores perdem a confiança

Desenvolvem

a

auto-confiança

em si mesmo quando eles são

porque todos são bem aceitos.

rejeitados ou quando perdem. Pouca

tolerância

à

derrota

desenvolve em alguns jogadores

A habilidade de perseverar face as dificuldades é fortalecida

um sentimento de desistência face a dificuldades. Poucos se tornam bem sucedidos.

Todos

encontram

um

caminho

para crescer e desenvolver.

118

PRÁTICAS CORPORAIS, ATIVIDADE FÍSICA E LAZER FICHA DE ATIVIDADE 29

NOME DA ATIVIDADE: Jogos Cooperativos NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: Desenvolver os significados da cooperação MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: sala de apoio, pátio, quadra,

sacos de nylon ou estopa DURAÇÃO DA ATIVIDADE: Poderá durar até 1h30.

Exemplo de atividade principal:

Saco Gigante

Objetivos:

Despertar para a Consciência de Interdependência, a partir da visão de que, apesar de sermos diferentes, todos e todas estão juntas “no mesmo saco”.

Estimular o desenvolvimento de competências colaborativas, tais como: planejamento em equipe, comunicação eficaz, liderança com-partilhada, diálogo grupal, apoio mútuo, confiança, gerenciamento coletivo, entre outras.

Fortalecer o trabalho em equipe, a partir da consciência de que os esforços/qualidades/competências individuais, quando colocados a serviço do coletivo, podem gerar mais resultados, com muito menos esforço e muito mais felicidade.

Desafio: Percorrer um percurso pré-determinado com toda a equipe dentro de um mesmo “saco gigante”

119

Participação: Entre 05 a 40 pessoas por “saco gigante”. Para isso, é importante que o material seja confeccionado de forma que proporcione resistência a este número de pessoas.

Desenvolvimento: Todas as pessoas serão convidadas a atravessar um percurso determinado pelo facilitador. Porém, só poderão fazer isto juntas, dentro de um mesmo “saco gigante”, tendo um tempo limite para cumprir o desafio. Para tornar o desafio mais complexo, o facilitador pode incluir elementos que convidarão o grupo a exercitarem um maior grau de cooperação, cuidado, comunicação, como por exemplo vendar os olhos de alguns participantes.

Espaço: Qualquer espaço que permita o grupo percorrer uma distância que seja desafiadora, de acordo com as condições do grupo (faixa etária, condições físicas, etc).

Material: Um “saco gigante” feito de nylon, lycra ou estopa, que comporte várias pessoas da equipe dentro. O objetivo é o de possibilitar a vivência por todos do grupo. Pode ser saco de entulho que é vendido em lojas de material de construção, ou pode ser confeccionado para este fim.

Reflexão: As atividades devem possibilitar a comunicação e sempre ser iniciadas e finalizadas com os participantes dispostos em roda, onde as atividades deverão ser explicadas no início e avaliadas por todos ao final. A sequência ideal é a seguinte. 1) Início em roda 2) Aquecimento 3) Atividade principal 4) Esfriamento 5) Roda de avaliação da atividade (reflexão). 120

PRÁTICAS CORPORAIS, ATIVIDADE FÍSICA E LAZER FICHA DE ATIVIDADE 30

NOME DA ATIVIDADE: Esquema corporal NÍVEL DE ENSINO: (X) Educação Infantil ( ) Fundamental ( ) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: conhecimento do próprio corpo e de suas partes. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: o próprio corpo.

DURAÇÃO DA ATIVIDADE: 1 hora

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: em um espaço higienizado, estimular que os educandos engatinhem, rolem, rastejem, andem de joelhos, andem para trás e para frente, corram livremente e, ao sinal do professor ou professora, coloquem as mãos nas áreas do corpo por eles indicadas. Por exemplo: coloquem a mão na cintura, na cabeça, no pé, no braço... Repetir os movimentos e colocar as mãos, no colega, no local indicado pelo professor, professora e/ou profissional da saúde. Por exemplo: colocar a mão na cintura, na mão, na cabeça, no pé, no braço... Depois, andar livremente e, ao sinal do professor ou professora e/ou profissional da saúde, saltar para frente, saltar para trás, girar para um lado e para o outro, correr para o lado esquerdo e para o lado direito. No final da atividade conversar com as crianças sobre a importância de cada parte do corpo.

Sugestões de atividades motoras para Educação Infantil http://educacaofisicaeacao.blogspot.com.br/2009/07/sugestoes-de-atividadesmotoras-para.html

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites):

121

FALKENBACH, Atos Prinz. Um estudo de casos: as relações de crianças com síndrome de down e de crianças com deficiência auditiva na psicomotricidade relacional. 2003. 448 f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003. SERAPIÃO; João de Aguiar. Educação inclusiva, jogos para o ensino de conceitos. Editora Papirus Ltda, 2004. BROUGÈRE, Gilles. Jogo e educação; trad. Ramos, Patrícia – Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 1998.

122

PRÁTICAS CORPORAIS, ATIVIDADE FÍSICA E LAZER FICHA DE ATIVIDADE 31

NOME DA ATIVIDADE: Arcos/bambolês NÍVEL DE ENSINO (X) Educação Infantil (X) Fundamental Séries Iniciais ( ) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: orientação e estrutura espacial, agilidade, destreza, noção de cor, forma, tamanho, peso, dentro, fora, perto e longe. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: um arcos/bambolês para cada criança, espaço que permite circulação dos educandos entre os arcos.

DURAÇÃO DA ATIVIDADE: 2 horas

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: - Com o arco que receberem, cada criança deverá andar livremente pelo espaço, tomando cuidado para não se chocar com os companheiros e nem com os arcos dos colegas; - O professor,professora ou profissional da saúde deve promover atividades com esses arcos espalhados pelo espaço propondo desafios: andar sem pisar nos

arcos

e

sem

se

chocar

com

os

companheiros;

correr sem pisar nos arcos nem nos companheiros; ... correr e pisar dentro do maior número possível de arcos, sem se chocar com os companheiros ... correr, pular para dentro e depois para fora dos arcos, com os dois pés juntos ... correr segurando o arco à frente do corpo, como um volante de carro, sem se chocar com os outros companheiros ... correr para todos os lados, segurando o arco na altura da cintura, sem se chocar com os companheiros (Nesse caso, o corpo deve estar cingido pelo arco); ...jogar o arco mais alto?; ... jogar o arco mais longe?; ... rodar o arco no chão por mais tempo? O professor, professora e/ou profissional da saúde deverão reservar os minutos finais da atividadepara as crianças brincarem livremente com os arcos. Ao final da atividade deve-se perguntar para as crianças: - Quais as maiores dificuldades que tiveram? - O que mais gostaram de fazer? 123

Atividade inspirada na proposto do professor Jânio Araújo profissional da area de educação física. Disponível em-

http://educacaofisicaeacao.blogspot.com.br/2009/07/sugestoes-de-atividadesmotoras-para.html Acesso em 1 de março de 2013.

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil – Simbologia e jogo. Porto Alegre: Ed. Prodil, 1994a. NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil – Perspectiva psicopedagógicas. Porto Alegre: Ed. Prodil, 1994b. NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil – Psicomotricidade: alternativas pedagógicas. Porto Alegre: Ed. Prodil, 1995. OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: Aprendizado e desenvolvimento: Um processo sócio-histórico. São Paulo: Ed. Scipione, 1997.

124

PRÁTICAS CORPORAIS, ATIVIDADE FÍSICA E LAZER FICHA DE ATIVIDADE 32

NOME DA ATIVIDADE: “Minha melhor amiga é a bola” NÍVEL DE ENSINO ( ) Educação Infantil (X) Fundamental Séries Iniciais e Finais (x) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: debater os motivos que levam os escolares a praticar o futsal/futebol; aproveitar o jogo de futsal e de futebol para debater as relações de gênero nas aulas de Educação Física; vivenciar atividades prédesportivas mistas entre meninos e meninas. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: Material para pesquisa.

DURAÇÃO DA ATIVIDADE: 2 horas/aula

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

Conte aos estudantes a notícia abaixo: O Comitê Executivo da FÉDÉRATION INTERNATIONALE DE FOOTBALL ASSOCIATION

- FIFA

(instituição das associações de futsal, futebol de areia e futebol de

campo)

decidiu para 2012 escolher, pela primeira vez na história da Federação, uma mulher para compor sua equipe, até os dias de hoje formada exclusivamente por homens (24 homens). Essa eleição acontecerá este ano, no congresso mundial da entidade. Portanto, logo haverá uma mulher representando a instituição internacional. Notícia

disponível

no

endereço

http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2012/05/25/fifa-admite-a-primeiramulher-em-seu-comite-executivo.jhtm . Acesso em 1 de março de 2013. Perguntas para reflexão:

125

- A “exclusão” das mulheres no futebol acontece somente fora dos muros da escola? - Por que devemos refletir e questionar sobre as questões de gênero no futebol/futsal?

O fato de uma mulher ter a oportunidade de integrar o comitê da FIFA é resultado de anos de batalha para a quebra da “ideologia sexista”, que restringe as possibilidades dos alunos de ambos os sexos, pois impõe limitações baseadas em atribuições sexuais culturalmente determinadas e cerceia

as possibilidades de

crescimento em base de

igualdade

de

oportunidades. Em nosso país há exemplos de grandes mulheres que, por meio de sua luta, quebraram barreiras, abrindo caminho para outras conquistarem esse espaço, historicamente dominado por homens. Atividade: construção de biografias Os estudantes devem construir biografias a partir de pesquisas (internet, textos impressos, outros), sobre a vida profissional da jogadora de futebol Marta Vieira da Silva e outras mulheres que superam preconceitos de gênero em esportes “ditos masculinos”. Sugestão: para a incrementar a elaboração dessa atividade o professore/ou o profissional de saúde pode basear-se nas aulas de “Biografia”, de autoria de Maria Carolina da Silva, na qual ela apresenta uma proposta de leitura e interpretação de biografias e como construí-las. Veja a aula disponível na íntegra em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=28416 acesso em: 1 de março de 2013. Conclusão da atividade: realizado o trabalho de pesquisa chega o momento de sistematizar todas as informações. Para isso sugira aos educandos a elaboração de um jornal mural, para registrar todas as atividades da aula e um debate sobre as histórias de vida coletadas.

126

Fonte: Portal do Professor: “Minha melhor amiga é a bola” – Autor: Marcelo Inocêncio Pereira Costa - Curitiba - PR - Secretaria Estadual de Educação http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=40546

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): Época - NOTÍCIAS. Os 100 brasileiros mais influentes de 2009. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1.EMI10892017445,00.html acessado em: 15/04/2012.

127

PRÁTICAS CORPORAIS, ATIVIDADE FÍSICA E LAZER FICHA DE ATIVIDADE 33

NOME DA ATIVIDADE: “Minha melhor amiga é a bola 2” NÍVEL DE ENSINO ( ) Educação Infantil (X) Fundamental Séries Iniciais e Finais (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE:  Ter maior consciência corporal e ritmo;  Reconhecer diferentes estilos de dança;  Expressar-se corporalmente;  Desenvolver uma coreografia;  Perceber a linguagem corporal como forma de comunicação. MATERIAL DE APOIO PARA O PLANEJAMENTO CONJUNTO ENTRE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E SAÚDE:

Recomenda-se que o professor e o profissional de saúde, antes de realizar essa atividade com os educandos, assistam ao vídeo disponível no blog do UCA - RS (http://uca-rs.blogspot.com/): “Ken Robinson diz que as escolas acabam com a criatividade”. (www.ted.com/talks/lang/por_br/ken_robinson_says_schools_kill_creati vity.html). Inspiradas nesse vídeo surgiram algumas propostas para essa aula. Link para acesso do vídeo: http://www.ted.com/talks É interessante que o professor assista à aula de Wilson Vassallo Fagundes: “A mensagem do corpo”, em http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=9627

DURAÇÃO DA ATIVIDADE: 4 horas/aula

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: Iniciar a atividade com algumas reflexões acerca do tema. Perguntar aos escolares: 1. O que é dança para vocês? 128

2. Qual tipo de dança preferem? 3. Quando vocês dançam? 4. Quem gosta e quem não gosta de dançar? Por quê? 5. Quais estilos de dança vocês conhecem? Chamar a atenção dos estudantes para o fato de que o corpo pode transmitir uma mensagem pelo movimento, mediante gestos, mímicas e mesmo expressões fisionômicas. Podemos transmitir muitas coisas sem falar uma palavra, não é verdade? Todos nós temos uma cadência e um ritmo próprios, inclusive nos movimentamos dentro de um ritmo. Uma sequência regular de sons pode ser produzida a partir de movimentos corporais. E os mesmos movimentos podem seguir uma sequência de sons gerando o ritmo no corpo. Apresentar para os estudantes os vídeos abaixo. Esses vídeos poderão ser acessados nos links citados. Vídeo 1: Barbatuques – Baiana http://www.youtube.com/watch?v=_E0EJLRkysM&feature=related Vídeo 2: Isadora Duncan - Dancer http://www.youtube.com/watch?v=Kq2GgIMM060&feature=related Vídeo 3: Capoeira de Angola - Pastinha Forever Duo http://www.youtube.com/watch?v=uzUYYxi7fjw Vídeo 4: Dança sobre rodas cadeirantes e andantes - Parte 1 - Rio de Janeiro http://www.youtube.com/watch?v=-HWrlCGmKmM&feature=fvst Esses vídeos apresentam distintas formas de dança, com variados ritmos e coreografias. Cada vídeo representa diferentes modos de se relacionar e pensar o mundo a partir do movimento. Após todos terem assistido aos vídeos, comentar com os alunos que a humanidade já produziu, no decorrer de sua história, inúmeras formas de se expressar pela música e, consequentemente, pelos movimentos que visam seguir essas músicas. As músicas podem ter ritmos e cadências diferentes. Ao unirmos cadência, expressão corporal, movimento e ritmo em sequência, constrói-se uma coreografia. Isso ocorre em espaços formais de dança (academias de dança, teatros) e nos informais (como em bailes funk). E é possível associar uma série de significados na montagem dessas coreografias, como acontece no Carnaval, em que há uma

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temática da escola de samba, na qual cada ala representa uma parte da história contada. Chamar a atenção para a especificidade dos vídeos propostos acima, com ritmos e coreografias bem diferenciados. O professor ou professora poderá dividir a turma em vários grupos, se achar melhor. Solicitar que cada grupo faça um breve relato escrito sobre alguma coisa que vivenciou no último mês (contar uma história que viveu – sobre qualquer tema do dia a dia ou mesmo temas tratados na escola, na sala de aula de outras disciplinas - violência, preservação do meio ambiente, trânsito, animais etc.). Depois que todos os grupos escreveram um relato (uma história), que tal arrumar um jeito de contá-la por meio de movimentos? Retomar o conceito de coreografia, perguntando se os alunos sabem explicar o que é uma coreografia. Segundo o dicionário (http://www.dicio.com.br/coreografia/), a palavra “coreografia” significa “s.f. Ant. Notação dos passos e das figuras da dança. Arte de compor bailados e de os transcrever”. Portanto, é possível montar a coreografia para passar a mensagem por meio de música, seja para interpretar essa música, ou passar a mensagem de quem dança para quem assiste. Solicitar que os alunos elaborem uma coreografia para os relatos. Poderão organizar as sequências representando-as por meio de desenhos, roteiro escrito, fotografias... O professor ou professora deverá deixar o aluno trabalhar com autonomia, mas esteja disponível para auxiliar nas dúvidas que surgirem. *É importante que os alunos decidam qual a música ou som para a atividade. A coreografia, em grande parte dos casos, é pensada a partir ou junto com a música a ser utilizada em uma dança. Com o roteiro pronto, os alunos poderão ensaiá-lo, e depois apresentá-lo aos colegas. Se desejarem poderão pensar na indumentária e em cenários bem simples, que criem uma ambientação para o que apresentarão. Reunir todos os alunos para discutir as apresentações, indicando as que consideraram boas e o porquê. Perguntar aos grupos o que os levou à escolha

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de determinada música, ritmo etc. Indagar como se sentiram dançando, se foi difícil definir e acompanhar a coreografia. Como foi o trabalho em grupo? Fonte: Portal do Professor: Vamos dançar? Autora claudia vicari zanatta; http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=31843

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): “Ken Robinson diz que as escolas acabam com a criatividade” (www.ted.com/talks/lang/por_br/ken_robinson_says_schools_kill_creativity.html ). Inspiradas nesse vídeo foram feitas algumas propostas para essa aula. Link para acesso do vídeo: http://www.ted.com/talks . Acesso em 1 de março de 2013. “A mensagem do corpo” em http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=9627 Nos links abaixo há vários exemplos de danças brasileiras e de alguns outros países: HIP HOP http://www.youtube.com/watch?v=8FX_NFOgQEU Acesso em 1 de março de 2013.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hip_hop Acesso em 1 de março de 2013. Foró http://pt.wikipedia.org/wiki/Forr%C3%B3 . Acesso em 1 de março de 2013. Tango http://www.youtube.com/watch?v=bXhQNRsH3uc . Acesso em 1 de março de 2013. http://pt.wikipedia.org/wiki/TANGO . Acesso em 1 de março de 2013. Frevo http://www.youtube.com/watch?v=bCDF2XxxXnA . Acesso em 1 de março de 2013. http://pt.wikipedia.org/wiki/Frevo . Acesso em 1 de março de 2013. Balé http://pt.wikipedia.org/wiki/Bal%C3%A9 . Acesso em 1 de março de 2013. Araruna 131

http://www.youtube.com/watch?v=FGvqmHyhFrQ . Acesso em 1 de março de 2013. http://pt.wikipedia.org/wiki/Araruna_(dan%C3%A7a) . Acesso em 1 de março de 2013. Bumba meu Boi http://www.youtube.com/watch?v=Fejq3qQcAKY&feature=fvw . Acesso em 1 de março de 2013. http://pt.wikipedia.org/wiki/Bumba_meu_boi . Acesso em 1 de março de 2013. Dança Chinesa http://www.youtube.com/watch?v=v_Z-VS8TVCU . Acesso em 1 de março de 2013.

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PRÁTICAS CORPORAIS, ATIVIDADE FÍSICA E LASER

FICHA DE ATIVIDADE 34

NOME DA ATIVIDADE: EQUILIBREM-SE! NÍVEL DE ENSINO ( ) Educação Infantil (X) Fundamental Séries Iniciais e Finais ( ) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: nessa aula de equilibrismo na corda bamba pretendemos: ofertar situações para o aprendizado do equilíbrio na “corda bamba”, além de trabalhar as noções de centro de gravidade e suas variáveis. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: espaços; espaço aberto ou sala com material adequado. Cordas, cadeiras, bancos suecos.

DURAÇÃO DA ATIVIDADE: 2 horas

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: o professor, professora e/ou profissional da saúde deve esticar várias cordas no chão e dividir os estudantes de acordo com o número de cordas disponíveis. Peça aos alunos para caminharem lentamente sobre a corda, mantendo o corpo ereto, como se equilibrassem na corda. Esse é um exercício simples e bem aceito pelos alunos por não exigir que enfrentem o medo de cair. Entretanto, é muito útil para treinar o equilíbrio com as crianças pequenas. Sobre o banco sueco ou cadeiras, deixe a superfície mais larga para cima e peça que os alunos atravessem o banco lentamente, com os braços abertos ao lado do corpo, evitando olhar para baixo, mas para frente (na direção do final do banco). Faça isso muitas vezes com as crianças, pedindo para também atravessarem de costas.

133

Faça a mesma atividade anterior, porém, vire o banco sueco de maneira que a superfície estreita fique para cima (fig.1). Assim, o equilíbrio fica dificultado pela diminuição da superfície de contato com os pés. É importante orientar as crianças para olharem sempre para frente e não para o chão. Ao olhar para o chão elas inclinam o quadril para trás, desequilibrando-se. Deve-se considerar o desenvolvimento de cada educando durante todo o processo de aprendizagem. Além disso, é importante considerar o envolvimento de cada um, o respeito às limitações do outro, a capacidade e o empenho no trabalho em grupos, em ajudar o outro etc. E há ainda um aspecto importante: conversar abertamente com as crianças, perguntando-as sobre suas impressões em relação a atividade e ao ritmo dos seus corpos. O que aprenderam de novo? O que ainda querem aprender? Há algo que gostariam de fazer novamente? O que modificariam na atividade? O que já conheciam e que foi repetido? FONTE: PORTAL DO PROFESSOR - EQUILIBREM-SE! – AUTORA: CRISTIANE OLIVEIRA PISANI MARTIN http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22776 Acesso em 1 de março de 2013.

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites):

A inserção da cultura corporal no projeto político-pedagógico da escola municipal: uma pesquisa participante. Neira, Marcos Garcia – FEUSP.

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Inclusão e exclusão no ensino fundamental: uma abordagem do tratamento da corporeidade. Zobolo, Fabio – FURB; Lamar, Adolfo Ramos – FURB.

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PRÁTICAS CORPORAIS, ATIVIDADE FÍSICA E LASER FICHA DE ATIVIDADE 35

NOME DA ATIVIDADE: LATERALIDADE NÍVEL DE ENSINO (X) Educação Infantil ( ) Fundamental Séries Iniciais e Finais ( ) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: ajudar a criança a aprender, brincando, lateralidade e noções de equilíbrio e espaço. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: cartolina, E.V.A colorido, papel contact transparente, cola quente, caixinha com milho de pipoca, canetinha colorida e tesoura.

DURAÇÃO DA ATIVIDADE: 2 horas

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: com o auxílio da professora, professor e/ou do profissional de saúde, os estudantes deverão fazer algumas rodadas com o dado, como numa competição. Ao jogar o dado, o número que cair corresponde a um movimento que a criança terá que fazer. Por exemplo: nº 1Dê 2 passos para o lado da janela; Nº 2 - dê 1 passo para trás (fundo da sala); Nº 3 – dê 3 passos para frente (direção do quadro) Nº 4 – imitar um macaco Nº5 – pular 5 vezes Nº6 – rodopiar 1 vez Fonte: baseada na atividade apresentada à disciplina Corpo Movimento e Psicomotricidade pelo 2ºA Grupo Tuttibambini. http://aprendizageminteligenciaeducacao.blogspot.com.br/2011/02/atividadepara-desenvolver-lateralidade_2082.html

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites):

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RICHTER, A. C. (2005). Sobre a presença de uma pedagogia do corpo na educação na infância. REUNIÃO DA ANPED, 28ª, Caxambu/MG.

 CARVALHO, Rodrigo S. de. Educação Infantil: Práticas escolares e o e o disciplinamento dos corpos. Dissertação de Mestrado.Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação.2005. Disponível no endereço: http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/6977. Acesso em 1 de março de 2013.

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PREVENÇÃO AO USO DE ÁLCOOL, TABACO, CRACK E OUTRAS DROGAS

De acordo com diferentes especialistas, nos dias de hoje existem duas posturas básicas para a prevenção ao uso do álcool, tabaco, crack e outras drogas psicoativas: a proibicionista e a redução de danos. Na abordagem proibicionista, a maior concentração de esforços se dá na redução da oferta, ou seja, redução da disponibilidade dos produtos. No campo da redução de demanda, enfatiza-se a transmissão de informações pautadas pelo amedrontamento e apelo moral, utilizando técnicas que poderiam ser resumidas no slogan: Diga não às drogas. As ações de transmissão de informações seguem, em geral, o modelo educativo de aprendizado passivo. Muitas vezes, as intervenções são pontuais, na forma de palestras. A redução de danos, por sua vez, é uma estratégia de promoção à saúde que procura não excluir nenhum grupo ou indivíduo, ou seja, visa fornecer dicas de autocuidado, principalmente de prevenção de doenças, para todos: não usuários, usuários de drogas lícitas ou ilícitas, com usos esporádicos, frequentes ou que envolvem dependência. Procura promover a saúde, democratizando informações mesmo entre aqueles que não querem ou não conseguem abandonar o uso dessas substâncias. Como o próprio nome já diz, o que se procura é “reduzir danos” associados ao uso de drogas, procurando proteger quem não adota a abstinência.

ESTÁ NA LEI! A estratégia de redução de danos é amparada pelo artigo 196 da Constituição Federal, como medida de intervenção preventiva, assistencial, de promoção da saúde e dos direitos humanos que afirma: a Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e outros agravos e ao acesso universal e igualitário a ações e serviços para promoção, proteção e recuperação. 138

Em julho de 2005 entrou em vigor portaria do Ministério da Saúde (Portaria nº 1.028), regulamentando as ações de redução de danos no âmbito do SUS.

De que drogas estamos falando? O termo “droga” tem origem na palavra drogg, proveniente do holandês antigo, que significa folha seca. Isso porque os medicamentos utilizados no passado distante eram feitos, principalmente, a partir da secagem de vegetais. Já no contexto atual, a palavra droga é definida como qualquer substância capaz de modificar a função dos organismos vivos, que resulta em mudanças fisiológicas ou de comportamento. Por exemplo: uma substância ingerida contrai os vasos sanguíneos (modifica a função) e a pessoa passa a ter aumento da pressão arterial (mudança na fisiologia ou funcionamento do corpo). Outro exemplo: uma substância faz com que as células do nosso cérebro (os neurônios) fiquem mais ativas (modificam a função) e, como consequência, a pessoa fica mais alerta, perdendo o sono (mudança comportamental). Em linguagem médica, o termo “droga” é usado como sinônimo de medicamento. Nesta publicação, a proposta é abordar os riscos e danos do uso de drogas numa perspectiva do fortalecimento dos vínculos e afetos para favorecer escolhas de vida saudáveis e melhoria das relação entre os educandos e a comunidade escolar/equipes de saúde.

Como trabalhar esse tema na Semana Saúde na Escola Trabalhar o tema Álcool, Tabaco, Crack e outras Drogas na perspectiva de redução de danos significa, antes de tudo, trabalhar sob a ótica dos direitos humanos, respeitando as escolhas individuais e desenvolvendo ações para minimizar as consequências relacionadas ao consumo dessas substâncias. A abstinência pode ser uma 139

recomendação, mas nunca uma exigência para abordar e atender as pessoas que usam essas substâncias. É preciso ainda se ter claro que o trabalho com a prevenção ao uso do álcool e outras drogas não é tarefa que cabe somente à escola. As áreas da saúde, cultura, esportes, justiça e juventude, dentre outras, precisam estar juntas na implantação e implementação de projetos. Da mesma forma, é essencial envolver a família e a comunidade nas ações da escola, comprometendo-as na promoção de uma vida mais saudável e protegida. Um bom começo é introduzir o tema em contexto mais amplo, mostrando a responsabilidade das pessoas pela própria vida, pela sua saúde e pelo mundo em que vive. Alguns especialistas sugerem que o melhor caminho é construir, em conjunto com alunas e alunos, alternativas autênticas, livres e mais protegidas, que sejam traduzidas em práticas de cuidado. Estratégias participativas e sistemáticas costumam ser mais efetivas que uma palestra dada por um especialista convidado uma vez por ano.

140

PREVENÇÃO AO USO DE ÁLCOOL, TABACO, CRACK E OUTRAS DROGAS FICHA DE ATIVIDADE 36

NOME DA ATIVIDADE: Drogas e vulnerabilidades NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental Séries Finais (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: estimular a reflexão sobre as situações na vida que deixam as pessoas mais vulneráveis ao uso de substâncias psicoativas. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: dicionário, folha com as afirmações e lápis. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: ± 2 horas

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Comece a atividade explorando no dicionário o significado da palavra “vulnerabilidade”.

-

Comente que, muitas vezes, entramos em algumas situações que nos deixam mais vulneráveis. Uma delas diz respeito ao uso de substâncias psicoativas. Um exemplo é que sob o efeito do álcool, muitas pessoas deixam de usar o preservativo em uma relação sexual.

-

Divida os participantes em grupos de no máximo quatro pessoas.

-

Explique que você distribuirá algumas frases para cada grupo, e que a ideia é que cada um deles reflita sobre as afirmações, decidindo se concordam ou não com elas e por quê. Dê 20 minutos para a tarefa.

-

Quando terminarem, peça para escolherem um relator que lerá a frase e as conclusões de cada grupo. Após as apresentações, abra uma roda de conversa utilizando as seguintes questões: 1. Quais pessoas ou grupos estão mais vulneráveis ao uso do álcool, do tabaco, do crack e outras drogas? Por quê? 141

2. Quais os aspectos de nossa cultura que deixam os homens jovens e adultos mais vulneráveis em relação ao uso do álcool, tabaco, crack e outras drogas? E as mulheres? 3. Como deveriam ser as atividades de prevenção ao uso do álcool, tabaco, crack e outras drogas na escola e na comunidade?

FINALIZAÇÃO A noção de vulnerabilidade foi inicialmente pensada como maneira de fornecer elementos para avaliar, objetivamente, as diferentes chances que toda e qualquer pessoa tem de se infectar pelo HIV, dado o conjunto formado por certas características - individuais, sociais e programáticas de seu cotidiano, julgadas relevantes para a maior exposição ou menor chance de proteção diante do problema. Mais tarde, esse conceito passou a ser utilizado em outros contextos como, por exemplo, a violência baseada em gênero e o uso do álcool, tabaco, crack e outras drogas.

ANEXO ________________________________________________________ Adolescentes e jovens se colocam em situação de vulnerabilidade quando... ... acreditam que podem dirigir sem problema nenhum depois de beber alguns copos de cerveja. ... acreditam que fumar um cigarro de maconha faz menos mal do que fumar cigarros comuns. ... utilizam bebida alcoólica para lidar com sua timidez. ... cedem à pressão de amigos para experimentar determinada droga, mesmo não querendo. ... utilizam alguma substância psicoativa para curtir mais uma balada. ... utilizam anabolizantes para o corpo ficar mais sarado. ... fazem qualquer coisa para ficar com o corpo igual ao das modelos. 142

... têm uma relação sexual sob o efeito de alguma droga psicotrópica. ________________________________________________________

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): SODELLI, Marcelo. Drogas e ser humano: a prevenção do possível. Disponível em: http://www.crpsp.org.br/ portal/comunicacao/livro-alcooldrogas/crpsp-alcool-e-outras-drogas.pdf

DICA A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas – SENAD, em parceria com o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas da Universidade Federal de São Paulo –, elabora sistematicamente um levantamento sobre o consumo de drogas psicotrópicas, com o intuito de conhecer a prevalência e os padrões de consumo de drogas e suas consequências sobre os estudantes brasileiros de ensino fundamental e médio. Trata-se do VI Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas entre Estudantes do Ensino Fundamental e Médio das Redes Pública e Privada de Ensino nas 27 Capitais Brasileiras – 2010. Disponível em: http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/biblioteca/documentos/ Publicacoes/328890.pdf

143

PREVENÇÃO AO USO DE ÁLCOOL, TABACO, CRACK E OUTRAS DROGAS FICHA DE ATIVIDADE 37

NOME DA ATIVIDADE: Quiz do álcool e do tabaco NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental Séries Finais (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: conhecer alguns mitos e verdades sobre álcool e tabaco. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: duas mesas, campainhas, cartões com as perguntas. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: ± 1h30

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Divida os alunos em duas equipes e peça que cada uma fique em uma mesa.

-

Explique que nessa atividade serão lidas algumas afirmações para uma equipe de cada vez. As equipes terão 3 minutos para conversar e dizer se aquela afirmação é verdadeira, mais ou menos verdadeira ou errada.

-

Peça para tirarem par ou ímpar para definir qual equipe começa. Caso a equipe não saiba ou erre a resposta, a outra poderá responder.

-

Informe ainda que cada resposta certa equivale a 10 pontos.

-

Quando terminar o quiz, abra uma roda de conversa e aprofunde o tema a partir das seguintes perguntas: 1. Na opinião de vocês, qual a droga mais consumida por adolescentes e jovens que frequentam as escolas? Por quê? 2. Que tipos de sensação ou emoção adolescentes e jovens buscam utilizando o álcool e/ou o tabaco?

144

3. No caso do álcool, por exemplo, dá para saber qual a hora de parar de beber antes de passar mal ou falar/fazer alguma coisa e se arrepender depois? 4. O que poderia ser feito na escola para se prevenir os riscos associados ao uso do álcool e do tabaco?

FINALIZAÇÂO O álcool é a droga mais consumida por adolescentes e jovens brasileiros. Além dos problemas de saúde que pode acarretar a partir de seu uso constante, o álcool está associado a várias situações de violência e acidentes. Tanto o álcool quanto as demais drogas podem deixar as pessoas menos cuidadosas consigo próprias e, portanto, com as outras pessoas também. Um exemplo é que, muitas vezes, uma pessoa que sempre utiliza a camisinha nas relações sexuais pode deixar de usá-la quando está sob o efeito de alguma droga. A segunda droga mais consumida é o tabaco.

ANEXO

Pergunta 1. Álcool é

Verdade

Meia verdade

Mentira X Na verdade, o uso pode

eficaz para

piorar o problema por

curar

ressecar a pele, causando

coceiras.

até eczemas.

2. Cigarro de

X O cigarro de cravo

cravo é

também tem nicotina, altos

uma opção

teores de alcatrão e

mais

monóxido de carbono. É só

natural.

mais uma estratégia de marketing da indústria do tabaco para ampliar o seu mercado.

145

3. Usar chiclé

X Na verdade, muitas

de nicotina

dependências são tratadas

e/ou

com substâncias da mesma

adesivo é

família. Essas formas de

trocar um

tratamento são acessíveis

vício por

sem prescrição médica,

outro.

chegam a dobrar a chance de sucesso no tratamento do tabagismo, reduzem a sensação de falta do cigarro, e não contêm as outras 5000 substâncias tóxicas da fumaça.

4.

Uma

X Nada corta o efeito do

ducha fria,

álcool. A chuveirada, talvez

café bem

por minimizar o torpor do

forte e ar

alcoolizado, dê a falsa

fresco o

sensação de que o efeito

deixarão

do álcool desapareceu.

sóbrio.

Somente o tempo vai eliminar o álcool do organismo.

5. Homens

X Há um fundo de

são mais

verdade nisso.

“fortes”

Geralmente, por

para beber

possuir maior massa

do que as

corporal do que a

mulheres.

mulher, o homem tem mais resistência.

6. Fumar

X Essa é uma das maiores

cigarro com

mentiras que o marketing

filtro e light

do cigarro produziu. Não

é mais

existe cigarro seguro, pois

seguro.

todos eles têm nicotina, o que leva à dependência, produzem monóxido de carbono, levando à queda na oxigenação, e têm

146

alcatrão, responsável pelo desenvolvimento de vários tipos de câncer. A falsa sensação de segurança faz com que muitos continuem a fumar. 7. Tabaco é a

X O cigarro é

principal

responsável por várias

causa de

doenças, como infarto

morte

do miocárdio,

evitável no

bronquite e enfisema,

mundo.

derrame cerebral e vários tipos de câncer; 50% dos fumantes morrerão mais cedo por doenças relacionadas ao cigarro. Uma para cada 5 mortes é causada pelo cigarro. O cigarro é responsável pelas doenças letais mais comuns: infarto do miocárdio, bronquite e enfisema, derrame cerebral, vários tipos de câncer, entre outras 50 doenças.

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): CEBRID. VI Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas entre Estudantes do Ensino Fundamental e Médio das Redes Pública e Privada de Ensino nas 27 Capitais Brasileiras – 2010. 147

Disponível em: http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/biblioteca/documentos/ Publicacoes/328890.pdf DICA UNODC e prevenção ao abuso de drogas, tratamento e reabilitação Nesse site da agência da ONU responsável pelos temas de Drogas e Crimes há uma série de textos, notícias e relatório sobre álcool, tabaco e outras drogas. Disponível em: http://www.unodc.org/southerncone/

148

PREVENÇÃO AO USO DE ÁLCOOL, TABACO, CRACK E OUTRAS DROGAS ICHA DE ATIVIDADE 38

NOME DA ATIVIDADE: Cenas NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental Séries Finais (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: refletir sobre as razões que levam adolescentes e jovens a utilizar determinadas substâncias como forma de construção de um corpo tido como „ideal‟. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: cenário e figurinos. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: ± 2 horas

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Pergunte quem gostaria de participar da criação de uma cena de teatro.

-

Quando os voluntários e voluntárias se apresentarem, informe que a proposta é criarem uma história que trate do uso de medicamentos para emagrecer (por uma menina) e o uso de anabolizantes (por um menino).

-

Explique que nessa cena será preciso inventar situações em que as pessoas do entorno – amigos, professores, profissionais da saúde, grupo familiar – só critiquem o uso dessas substâncias e que o final seja infeliz.

-

No dia da apresentação, o grupo do teatro começa lendo o roteiro. Peça que as pessoas que estiverem assistindo à encenação prestem muita atenção ao enredo.

-

Quando terminarem a leitura, explique que agora o grupo de teatro representará a cena. Depois de terminada a cena, explique que ela será mostrada repetidamente até ser encontrado um final satisfatório para a história.

149

-

Informe que para chegar a esse final será preciso mexer nas falas de alguns personagens. Assim, em alguns momentos o curinga perguntará se alguém do grupo acha que deve entrar no lugar de algum personagem para modificar a situação. Por exemplo: se alguém achar que um personagem está mal informado, deve entrar no lugar dele para dar a informação correta.

-

Quando o final da história for aprovado por todos, abra para a discussão a partir das seguintes perguntas: 1. O que sentiu quando a cena foi apresentada pela primeira vez? 2. Por que os personagens principais da cena utilizavam anabolizantes e remédios para emagrecer? 3. Vocês acham que homens e mulheres sofrem influência dos ideais de beleza feminino e masculino que aparecem nas novelas e filmes? Como? 4. O que seria preciso fazer para que as pessoas cuidassem do seu corpo sem apelar para medicamentos que podem trazer problemas para a sua saúde? 5. O que acharam das modificações feitas no final da cena?

-

Explique que essa técnica é conhecida como Teatro do Oprimido ou Teatro Fórum. Nela busca-se romper os rituais tradicionais do teatro, que reduzem o público ao imobilismo, à passividade. A ideia é o estabelecimento de um diálogo entre palco e plateia, em que os espectadores se autoativariam ao entrar em cena para transformar a peça.

FINALIZAÇÃO Há atualmente, com frequência, grande pressão para as mulheres serem magras. Muitas meninas utilizam medicamentos para emagrecer influenciadas pelos ideais de beleza presentes na mídia. Em relação aos 150

meninos, os anabolizantes - substitutos sintéticos da testosterona, hormônio sexual masculino para aumentar os músculos do corpo - são muito usados por aqueles que buscam um corpo "sarado" (forte, desenvolvido). Ambas as substâncias provocam uma série de problemas de saúde para quem os utiliza.

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): ARAÚJO, Teo W.; CALAZANS, Gabriela. Prevenção das DST/Aids em adolescentes e jovens: brochuras de referência para os profissionais de saúde. São Paulo: Secretaria da Saúde/Coordenação Estadual de DST/Aids, 2007.

DICAS O Guia prático para programas de prevenção de drogas tem como objetivo instrumentalizar escolas a construir e manter um programa de prevenção ao uso de drogas inserido no cotidiano escolar. Disponível em: http://apps.einstein.br/alcooledrogas/novosite/imagens/Guia_ Prevencao_Albert_Einstein.pdf

151

PREVENÇÃO AO USO DE ÁLCOOL, TABACO, CRACK E OUTRAS DROGAS FICHA DE ATIVIDADE 39

NOME DA ATIVIDADE: Criação de argumentos NÍVEL DE ENSINO: (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: contribuir para a aquisição de competências sociais. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: sala com cadeiras móveis DURAÇÃO DA ATIVIDADE: ± 1h30 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Divida-os em dois grupos.

-

Solicite que o grupo 1 pense em todos os argumentos possíveis para convencer uma pessoa a não utilizar o crack.

-

Em seguida, peça para o grupo 2 pensar em todos os argumentos que uma pessoa dependente teria para usar o crack.

-

Dê 15 minutos para os grupos prepararem seus argumentos. Terminado esse tempo, solicite que um grupo fique de frente para o outro e que um tente convencer o outro a partir de seus argumentos.

-

Depois de 10 minutos de discussão, peça para trocarem a posição: o grupo que argumentava contra o uso do crack deverá convencer o outro grupo de que precisa da droga, e vice-versa.

-

Terminado o tempo, abra para uma roda de conversa a partir das seguintes questões: 1. Como se sentiram participando dessa atividade? 2. Quais as dificuldades que encontraram na discussão com o outro grupo que defendia uma posição contrária à do seu grupo? E quando se inverteram as posições dos grupos? 152

3. O que sabemos sobre o crack? 4. Como podemos trabalhar com a prevenção ao uso do crack com nossos colegas?

FINALIZAÇÃO Dá-se o nome de competências sociais ao aprendizado sobre as formas com que uma pessoa interage com os eventos de vida, tanto no sentido de resolução de problemas como de autorrealização. Essas características podem ser aprendidas e favorecer o desenvolvimento dos talentos e potencialidades individuais e coletivos para a melhoria da qualidade de vida e transformação social. Algumas competências são muito importantes para o cuidado consigo próprio e com as demais pessoas. Por exemplo, a comunicação, a negociação, a tomada de decisão, a capacidade de ouvir e refletir a partir da perspectiva de outra pessoa.

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): SERRÃO, Margarida. BALEEIRO, Maria Clarice. Aprendendo a ser e conviver. São Paulo: Editora FTD, 1999. DICAS Crack é possível vencer http://www.brasil.gov.br/crackepossivelvencer/home. Nesse site estão disponíveis várias informações sobre a droga, efeitos e consequências.

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PREVENÇÃO AO USO DE ÁLCOOL, TABACO, CRACK E OUTRAS DROGAS FICHA DE ATIVIDADE 40

NOME DA ATIVIDADE: Proibicionismo x Fatores de proteção NÍVEL DE ENSINO: (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: analisar o conceito de redução de danos e fazer um exercício de aplicação dessa estratégia no cotidiano. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: cartolina, papel A4, Caneta Hidrocor, lápis de cor, entre outros. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: ± 2 horas DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Inicie perguntando de quais campanhas e propagandas sobre as drogas lícitas e ilícitas se recordam.

-

Quando esgotarem-se as lembranças, divida-os em grupos e explique que cada grupo deverá criar uma campanha de prevenção ao uso do álcool, tabaco, crack e outras drogas, para adolescentes e jovens da escola.

-

Informe que cada grupo poderá escolher a droga que quiser para fazer a campanha, e que terão 30 minutos para prepará-la. Poderão escolher como apresentá-la – cartaz, HQ, reportagem, teatro etc. Mas há uma regra: as campanhas deverão ter mensagens positivas, ou seja, direcionadas para a qualidade de vida. Cada apresentação não poderá exceder 10 minutos.

-

Quando terminarem as apresentações, aprofunde a discussão a partir das seguintes questões: 1. Qual foi o modelo utilizado em cada uma das apresentações? 2. Quais outros modelos de prevenção ao uso do álcool, tabaco, crack e outras drogas conhecem? 154

3. Como os veículos de comunicação em massa tratam a questão do uso da droga? Eles falam sobre prevenção?

FINALIZAÇÃO Existem diversas condições que podem deixar adolescentes e jovens mais protegidos em relação aos danos associados ao uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas. Entre elas, uma família amorosa, acolhedora, existência de redes de apoio social, abertura de diálogo sobre o assunto nas escolas, igualdade de gênero e raça/etnia, respeito à diversidade sexual, acesso a informações de qualidade e a serviços de saúde mais acolhedores para adolescentes e jovens.

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): ARAÚJO, Teo W.; CALAZANS, Gabriela. Prevenção das DST/Aids em adolescentes e jovens: brochuras de referência para os profissionais de saúde. São Paulo: Secretaria da Saúde/Coordenação Estadual de DST/Aids, 2007. BRASIL, Ministério da Saúde, 2011. Adolescentes e Jovens para a Educação entre Pares: Álcool e outras drogas. Saúde e prevenção nas Escolas, v.5. Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2010/45601/prev encao_drogas_final_16_05_2011_pdf_18595.pdf

DICAS No episódio 49 da 2ª temporada do programa A Grande Família – Só um tapinha não dói -, Tuco e seus amigos fazem um bolo em que um dos ingredientes é a maconha. Lineu, seu pai, come um pedaço desse bolo e, a partir daí, várias situações engraçadas acontecem. A utilização desse 155

programa, além de ser divertida, propicia uma boa discussão sobre drogas lícitas e ilícitas.

156

SEXUALIDADES E SAÚDE REPRODUTIVA

6

Em 1994, na cidade do Cairo, aconteceu um grande evento: a IV Conferência

Internacional

sobre

População

e

Desenvolvimento.

Organizada pelo Fundo de População das Nações Unidas, discutiram-se várias questões. Uma delas dizia respeito ao direito de adolescentes e jovens à educação, à informação sobre sexualidade e saúde reprodutiva, e à facilidade de utilização dos recursos indispensáveis para fazer as escolhas de modo eficiente e seguro. O Brasil não apenas esteve presente na conferência, como assinou um documento se comprometendo a seguir as recomendações pactuadas durante o encontro. Havia uma questão referente aos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da Educação, que explicita a inclusão de conteúdos relativos à sexualidade e saúde reprodutiva como estratégia de valorização de direitos sexuais e reprodutivos, visando à ampliação de direitos sociais. Assim, nossa proposta para a Semana Saúde na Escola é reforçar a necessidade de se garantir os Direitos Sexuais e os Direitos Reprodutivos de adolescentes e jovens a partir de seus diferentes aspectos.

De que sexualidade e de qual saúde reprodutiva estamos falando? Para começo de conversa, a sexualidade envolve, além do nosso corpo, nossa história, nossos costumes e nossas relações afetivas. É muito mais do que sexo, parte eminentemente biológica do corpo que permite que as pessoas se reproduzam. Mesmo assim, para muitas pessoas, ainda é difícil falar sobre sexualidade, desejos e prazeres. Por vergonha, medo ou questões 6

Inspirado em: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos: uma prioridade do governo. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_direitos_sexuais_reprodutivos.pdf/

157

religiosas, um número expressivo de pessoas ainda acredita que o melhor é não conversar sobre o assunto. Entre os argumentos mais utilizados estão os de que o trabalho com sexualidade na escola estimularia o início precoce da vida sexual, ou que as famílias processariam as escolas que tratassem do tema. De fato, esses medos existem e são legítimos. No entanto, vale sempre reforçar que faz parte do tema uma gama de conteúdos que ultrapassa as informações sobre corpo sexual e reprodutivo, gravidez na adolescência e prevenção às DST, HIV e aids. Esses conteúdos são a comunicação e negociação, igualdade de gênero, respeito às raças/etnias e à diversidade sexual, entre tantos outros. Outro ponto importante é lembrar que para cada um dos ciclos da vida – infância, adolescência, juventude – existe uma forma adequada de se lidar com os temas. Essas especificidades estão muito bem trabalhadas em diferentes documentos do Ministério da Educação e do Ministério da Saúde.

Como o professor pode trabalhar esses temas na Semana Saúde na Escola Condição básica para tratar dos assuntos relacionados à sexualidade e à saúde reprodutiva é abrir espaços para alunas e alunos se sentirem à vontade em opinar, discutir e refletir criticamente sobre todas as questões. Trabalhar a partir de um grupo de reflexão ou debate estimularia adolescentes e jovens a refletir sobre atitudes e expor dúvidas, sem revelar a própria história. Por exemplo, além do conhecimento sobre métodos contraceptivos, é importante abrir espaço para conversar abertamente sobre fantasias, curiosidades, medos e preconceitos relacionados às experiências sexuais.

158

Oficinas, rodas de conversa, jogos e construção de materiais educomunicativos costumam ser as melhores formas de se trabalhar com esse tema tão importante e ainda polêmico. IMPORTANTE! A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira – Lei n.º 9.394/1996 regulamenta o direito à educação como direito público subjetivo de todo cidadão. Estabelece a incumbência da União Federal na elaboração do Plano Nacional de Educação em colaboração com Estados, Distrito Federal e Municípios, outorgando ao Conselho Nacional de Educação as funções normativas e de supervisão. Considerando a descentralização política e administrativa, definida na Constituição, os Parâmetros Curriculares Nacionais apresentam referenciais para a elaboração descentralizada de propostas curriculares em nível estadual e municipal, incluindo a saúde e a sexualidade entre os temas a serem abordados, de forma transversal, no currículo escolar.

159

SEXUALIDADE E SAÚDE REPRODUTIVA FICHA DE ATIVIDADE 41

NOME DA ATIVIDADE: A árvore do sexo e da sexualidade NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental - Séries Finais

(X) Médio

OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: compreender a construção cultural do feminino e do masculino e as expectativas sociais em relação a cada um dos sexos. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: desenho de uma árvore, canetas coloridas, cartões e fita crepe. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: ± 1h30min.

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Desenhe uma árvore bem grande em uma folha de papel de embrulho.

-

Peça que formem grupos, distribua uma folha de papel sulfite e peça que façam um risco vertical, dividindo a folha em duas partes.

-

Do lado esquerdo, peça que escrevam a palavra HOMEM, e do lado direito a palavra MULHER.

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Peça que façam uma lista com todas as informações sobre sexo e sexualidade passadas para meninas e meninos desde a infância. Por exemplo: “as meninas têm que brincar com bonecas porque no futuro serão mães”, ou “os meninos têm que comer bastante para crescer, ficar forte e ter muitas namoradas”.

-

Distribua as tiras de papel e peça que nelas escrevam as características que levantaram.

-

Coloque o desenho da árvore na parede e peça que, quando terminarem, cada grupo fixe suas tiras na raiz da árvore, utilizando um pedaço de fita crepe. Os relacionados às meninas do lado esquerdo e aos meninos do lado direito. 160

-

Depois que todas as tiras forem colocadas, leia as respostas e peça que reflitam sobre quem costuma passar essas informações para as crianças (família, escola, sociedade, religião, mídia, grupo de amigos).

-

Peça que novamente escrevam as conclusões nas tiras; mas, dessa vez, devem ser coladas no tronco da árvore.

-

Em seguida, pergunte como, a partir da raiz e do tronco da árvore, seria a relação entre os meninos e meninas tendo por base esses aprendizados. Escreva os resultados na copa da árvore, como se fossem frutos.

-

Leia as tiras e abra para o debate a partir das seguintes questões: 1. O que é sexo? 2. O que é sexualidade? 3. O que uma menina espera de um relacionamento? 4. O que um menino espera de um relacionamento? 5. Quem tem que pensar em contracepção? O menino ou a menina? 6. Quem tem que pensar em prevenção às DST, HIV e aids? O menino ou a menina?

FINALIZAÇÃO Quando falamos em sexo, estamos nos referindo aos órgãos sexuais femininos e masculinos e ao ato sexual. Agora, a sexualidade é bem mais do que isso. É a energia que nos motiva a buscar afeto, carinho e contato físico. Tem a ver com sentimentos de satisfação e prazer. Cada pessoa vivencia a sexualidade de um jeito diferente, que varia ao longo do tempo. A maior parte das diferenças entre homens e mulheres é aprendida, ou seja, uma mulher não nasce sensível e meiga, nem os homens violentos ou insensíveis. Elas e eles aprendem a ser assim no contato com a família, escola, comunidade, meios de comunicação, grupo de amigos/as etc.

161

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): ARRUDA, Silvani. CORREIA, Vania. Cá entre nós: Guia de Educação Integral em sexualidade. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/images/0021/002170/217096por.pdf.

DICA O livro Menino brinca de boneca, de Marcos Ribeiro (Editora Moderna), em sua 3ª edição, é referência de trabalho para profissionais, universidades, associações, ONG e projetos na área de sexualidade e saúde reprodutiva de diferentes instituições. Há mais de duas décadas, é indicado e adotado por escolas públicas e privadas de todo o país.

162

SEXUALIDADE E SAÚDE REPRODUTIVA

FICHA DE ATIVIDADE 42

NOME DA ATIVIDADE: A escola e a diversidade NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental - Séries Finais

(X) Médio

OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: discutir e posicionar-se diante das situações de preconceito e discriminação, buscando identificar formas de enfrentar esse tipo de violência na escola. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: sala ampla, papel, lápis e tiras com as quatro situações.

DURAÇÃO DA ATIVIDADE: ± 2 horas DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

-

Peça que se dividam em quatro grupos e informe que receberão quatro situações fictícias (em anexo), mas que poderiam ter ocorrido em qualquer escola. Deverão ler a situação e discutir o que fariam caso aquele episódio acontecesse na escola.

-

Informe que terão de 20 a 30 minutos para discutir e 5 minutos para apresentar as conclusões.

-

Sugira que escolham uma relatora ou um relator para tomar notas e apresentar a síntese da discussão ao restante da turma.

-

Quando terminarem as apresentações, aprofunde a discussão a partir das seguintes questões: 1. Das situações encenadas, qual chamou mais a atenção? Por quê? 2. Quem daria uma resposta diferente a alguma das situações apresentadas? Qual? Por quê? 3. O que é preconceito? 4. O que é discriminação? 5. Quais são as pessoas na escola que mais sofrem preconceito e/ou discriminação?

163

FINALIZAÇÃO Preconceito refere-se a predisposições negativas a respeito de uma pessoa ou um grupo de pessoas com base em características físicas ou culturais. Discriminação, por sua vez, diz respeito à conduta (ação ou omissão) que viola direitos das pessoas com base em critérios injustificados e injustos, como raça/etnia, gênero, orientação sexual, idade e opção religiosa. A escola tem papel fundamental para lidar com essas situações: ampliar a discussão sobre as diversidades (de gênero, raça/etnia, classe social, sexual etc.) e transformar o espaço de aprendizagem em local de exercício de cidadania, defesa dos direitos humanos e respeito às particularidades individuais. ANEXO Tiras com as situações

-------------------------------------------------------------------------------------------------Situação 1 Rodrigo, professor de matemática, é gay. Tem um currículo exemplar, mas ao se apresentar na escola, para a entrevista com a diretora, ela fica preocupada com a reação dos alunos e dos pais, e resolve não contratá-lo.

-------------------------------------------------------------------------------------------------Situação 2 Maria e Gabriela são duas adolescentes que resolveram assumir sua homossexualidade na escola, e agora estão sofrendo muitos ataques preconceituosos. A ponto de ficarem isoladas nas atividades do recreio. A professora aconselhou uma das meninas a mudar de escola para acabar com esse tipo de comportamento.

-------------------------------------------------------------------------------------------------Situação 3 Rubens e Álvaro moram juntos há bastante tempo, e resolveram adotar uma criança. O processo não foi adiante porque são gays. 164

-------------------------------------------------------------------------------------------------Situação 4 Um professor de inglês foi afastado da escola pública onde lecionava por ter usado em sala de aula a letra da música I kissed a girl, da cantora Katy Perry, que fala de um beijo na boca entre duas garotas. Foi acusado de ter feito apologia à homossexualidade.

-------------------------------------------------------------------------------------------------REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): ARRUDA, Silvani. WESTIN, Caio. HQ SPE: um guia para utilização em sala de aula. Brasília: UNESCO, 2010. Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/guia_professor_hq.pdf

DICAS A partir de uma linguagem visual e moderna para tratar de assuntos polêmicos como a aids e o preconceito em relação a quem vive com HIV, foi criada uma série de histórias em quadrinhos (HQ) direcionadas a estudantes do Ensino Fundamental e Médio. Essas HQ abordam questões como adolescência, gênero, diversidade sexual, direitos sexuais e reprodutivos e viver e conviver com HIV e aids: Nº 1 - Perguntas e respostas. Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/edicao1_web.pdf Nº 2 - Todas as Claudinhas do mundo. Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/edicao2_web.pdf Nº 3 - A vida como está e as coisas como são. Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/edicao3_web.pdf Nº 4 - Ficar ou não ficar? Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/edicao4_web.pdf Nº 5 - Balada. 165

Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/edicao5_web.pdf Nº 6 - Cenas de cinema e perguntas e respostas. Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/edicao6_web.pdf

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SEXUALIDADE E SAÚDE REPRODUTIVA FICHA DE ATIVIDADE 43

NOME DA ATIVIDADE: Diagrama dos métodos contraceptivos NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental - Séries Finais

(X) Médio

OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: favorecer a apreensão sobre os métodos contraceptivos existentes. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: cópias do diagrama para todos os alunos e alunas e lápis. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: ± 1 hora

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Copie o diagrama e as definições dos métodos contraceptivos para todos os participantes.

-

Explique que devem ler a descrição dos diferentes métodos e escrever nas linhas pontilhadas.

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Informe que, ao final, descobrirão qual é o único método que serve para evitar gravidez e prevenir a infecção pelas DST e HIV/aids.

-

Quando terminarem de preencher o diagrama, corrija as respostas e abra uma roda de conversa partindo das seguintes questões: 1. Quais desses métodos já conheciam? 2. Quais os que não conheciam? 3. O que é contracepção de emergência?

FINALIZAÇÃO Os métodos contraceptivos são utilizados por pessoas que têm vida sexual ativa e querem evitar a gravidez. Há vários tipos de métodos contraceptivos disponíveis no mercado, como a camisinha masculina, camisinha feminina, o DIU (dispositivo intrauterino), contracepção hormonal 167

injetável, contracepção hormonal oral (pílula anticoncepcional), implantes, espermicida, esterilização feminina e vasectomia masculina. A maioria dos métodos anticonceptivos atua de forma a prevenir a gravidez antes ou durante a relação sexual. A Contracepção de Emergência (CE) é um método contraceptivo que pode evitar a gravidez após a relação sexual. O método, conhecido por “pílula do dia seguinte”, utiliza compostos hormonais concentrados e por curto período de tempo nos dias seguintes à relação sexual. Diferentemente de outros métodos anticonceptivos, a CE tem indicação reservada a situações especiais ou de exceção, com o objetivo de prevenir a gravidez, ou seja, não deve ser um método contraceptivo frequente e usual. O preservativo – feminino e masculino – é o único método que evita uma gravidez e protege da infecção pelas doenças sexualmente transmissíveis, HIV e aids.

ANEXO -------------------------------------------------------------------------------------Leia as definições e, no quadro abaixo, preencha os espaços com o nome de cada método contraceptivo. Definições 1. Secreção vaginal mais grossa que aparece na calcinha, possibilitando identificar o período fértil. Não é considerado um bom método anticoncepcional nem previne as DST e a aids. 2. Espécie de concha de borracha que a mulher coloca na vagina para cobrir o colo do útero e que precisa ser usado junto com um gel espermicida. É um bom método, mas não previne nem as DST e nem o HIV. 3. Retirar o pênis da vagina antes de ejacular. É um péssimo método contraceptivo, pois vive falhando. 4. Pequeno objeto de plástico e cobre, com um fio de nylon na ponta, colocado no interior do útero. Não é método indicado para adolescentes e nem previne DST e HIV. 5. Cremes ou geleias feitos com substâncias químicas colocados dentro da vagina, que matam ou imobilizam os espermatozoides. Quando usados sozinhos, falham muito.

168

6. Comprimido feito com hormônios, que deve ser tomado todos os dias, mais ou menos na mesma hora. É um bom método, mas precisa de acompanhamento médico e não previne as DST e nem a aids. 7. Método que permite conhecer o ciclo menstrual e saber quais os dias férteis. Não é recomendado para adolescentes porque o ciclo menstrual ainda é irregular e, mesmo quando regular, falha muito.

Diagrama 1 2 3

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4 5

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N

7

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REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): FDE. Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Guia de atividades para sala de aula e HTPC. São Paulo: FDE, 2013. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Anticoncepção de Emergência: perguntas e respostas para profissionais de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. DICAS O portal da saúde tem uma página específica, para adolescentes, sobre métodos contraceptivos. 169

Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=33729

170

SEXUALIDADE E SAÚDE REPRODUTIVA FICHA DE ATIVIDADE 44

NOME DA ATIVIDADE: A história de Jairo e Pepa NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental - Séries Finais

(X) Médio

OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: discutir uma situação de gravidez na adolescência a partir do ponto de vista de um menino e de uma menina, enfatizando a importância de envolver os homens na contracepção. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: cópia da história de Jairo ou de Pepa para os grupos (em anexo). DURAÇÃO DA ATIVIDADE: ± 2 horas

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Forme dois grupos e peça que cada um escolha uma pessoa para coordená-los.

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Informe que um grupo receberá uma história sobre gravidez na adolescência do ponto de vista de uma menina, e o outro receberá a história do ponto de vista de um menino.

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Explique que o coordenador distribuirá a primeira parte do estudo de caso, para todos lerem e responderem às questões ao final de cada capítulo; quando terminarem a discussão distribuirá a segunda parte. Deve fazer o mesmo com a terceira parte. Reforce que somente se passa para a parte seguinte da história depois de discutidas as questões.

-

Explique ainda que será função do coordenador favorecer a participação de todos e anotar as respostas em uma folha de papel em branco.

-

Após o término das histórias, peça ao coordenador para apresentar as respostas do seu grupo.

-

Abra para o debate a partir das seguintes questões: 171

1. Quais opções um casal tem quando se descobre “grávido”? 2. Qual é a reação da jovem quando ela descobre que está grávida? 3. Qual é a reação do jovem quando ele descobre que está grávido? 4. E se for uma jovem com quem o menino só saiu uma vez? É diferente? Por quê? 5. Como se sente uma jovem quando descobre que vai ser mãe? O que isso muda em sua vida? 6. Como se sente um jovem quando descobre que vai ser pai? O que isso muda em sua vida? 7. Qual costuma ser a reação dos pais da menina? E dos pais do menino? FINALIZAÇÃO A gravidez na adolescência, considerada um sério problema de saúde pública mundial, vem preocupando governantes, pesquisadores e ativistas, bem como a própria Organização Mundial de Saúde. No entanto, mesmo a quase 20 anos depois da IV Conferência de População e Desenvolvimento (Cairo, 1994), a paternidade na adolescência é um tema ainda pouco explorado na literatura e nos programas de saúde destinados à prevenção e/ou assistência no contexto da saúde sexual e reprodutiva de adolescentes e de jovens. ANEXO A HISTÓRIA DE PEPA E DE JAIRO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A história de Pepa - Parte 1 Pepa é uma menina de 15 anos que mora em uma cidade do interior do Estado do Ceará. Ela gosta muito de estudar e participa de vários projetos na escola em que estuda. No

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período das férias, sempre passa uns dias com sua tia Jurema, em Fortaleza. É lá que ela se dedica ao que mais gosta de fazer: desenhar e pintar. Um dia, Pepa estava sentada debaixo de uma árvore observando a praia e criando um novo desenho, quando dela se aproximou Jairo, um jovem pescador de 16 anos. Ele sentou-se ao seu lado e perguntou o que ela estava fazendo. Seu sorriso era lindo, e imediatamente Pepa sentiu um calor percorrendo seu corpo. Conversaram um longo tempo e, antes de ir-se, Jairo convidou Pepa para tomar um sorvete no dia seguinte. Enquanto o pescador ia embora, Pepa percebeu-se sentindo emoções que lhe eram totalmente novas. Como nas histórias, Pepa sentiu que havia encontrado o amor. -

O que sente uma menina quando está apaixonada?

-

O que ela espera que aconteça nos próximos encontros?

-

Jairo sentiu a mesma emoção de Pepa?

-

Como continua essa história?

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A história de Pepa - Parte 2 Pepa e Jairo se encontravam praticamente todos os dias e, nos momentos em que estavam separados, sentiam muitas saudades um do outro. Ao se encontrarem, conversavam o tempo todo, trocavam beijos e juras de amor eterno. Um dia, Jairo convidou Pepa a visitar sua casa. Seus pais tinham ido visitar uma tia enferma e só voltariam à noite. Pepa ficou em dúvida se deveria aceitar o convite. Tinha medo de que sua tia ficasse sabendo disso e a mandasse voltar para sua cidade antes de as férias terminarem. No entanto, acabou concordando. Trocaram carícias, beijos e tiveram uma relação sexual. -

Quem tem que pensar em contracepção? Pepa ou Jairo?

-

E na prevenção das DST e do HIV?

-

Pepa e Jairo se protegeram? Por quê?

-

Como continua essa história?

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A história de Pepa - Parte 3 A relação sexual entre os dois foi doce e amorosa. Foi a primeira vez dos dois. Jairo levou Pepa até a casa de sua tia e se despediram com um beijo. Eles continuaram a se encontrar, mas não tiveram mais nenhuma relação sexual. Quando as férias terminaram,

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Pepa teve que partir, Jairo ficou muito triste e prometeu que telefonaria para ela todos os dias. Passado dois meses, Pepa percebeu que estava grávida: sua menstruação não chegava, seus seios estavam inchados, e estava sempre com enjoo. Pepa entrou em pânico. Não sabia o que fazer. -

Por que eles tiveram uma relação sexual sem usar o preservativo ou algum outro método contraceptivo?

-

O que sentiu Pepa ao saber que estava grávida? Que opções ela tinha?

-

O que ela esperava que Jairo falasse ou fizesse?

-

Tendo um filho, o que mudaria na vida de Pepa? E na de Jairo?

-

Como ela comunicaria a notícia à família?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A história de Jairo - Parte 1 Jairo é um jovem de 16 anos que trabalha como pescador e que reside no litoral do Estado do Ceará, na cidade de Fortaleza. Um dia, quando se dirigia para sua casa depois do trabalho, viu uma garota desenhando, sentada na praia. A menina era tão graciosa que Jairo resolveu aproximar-se. Sentou-se ao lado dela e perguntou o que estava fazendo. Pepa tinha os olhos mais lindos do mundo e Jairo sentiu um calor percorrendo o seu corpo. Conversaram um longo tempo, e Pepa contou que tinha 15 anos e morava no interior do Estado. Jairo convidou Pepa para tomar um sorvete no dia seguinte. Pepa concordou e Jairo se sentiu o homem mais feliz do mundo. Apaixonara-se perdidamente por Pepa. -

O que sente um menino quando está apaixonado?

-

O que ele espera que aconteça nos próximos encontros?

-

Pepa sentiu a mesma emoção de Jairo?

-

Como continua essa história?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------A história de Jairo - Parte 2 Jairo e Pepa se encontravam praticamente todos os dias, e nos momentos em que estavam separados sentiam muitas saudades um do outro. Ao se encontrarem, conversavam o tempo todo, trocavam beijos e juras de amor eterno. Um dia, os pais de Jairo foram visitar uma tia enferma e o menino convidou Pepa para conhecer sua casa.

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Jairo percebeu que a menina tinha dúvidas se devia aceitar o convite, mas ela acabou concordando. Trocaram muitas carícias, muitos beijos e tiveram uma relação sexual. -

Quem tem que pensar em contracepção? Jairo ou Pepa?

-

E na prevenção do HIV/aids?

-

Jairo ou Pepa se protegeram? Por quê?

-

Como continua essa história?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A história de Jairo - Parte 3 A relação sexual entre os dois foi doce e amorosa. Foi a primeira vez de Jairo e de Pepa. Mais tarde, Jairo levou Pepa até a casa de sua tia e se despediram com um beijo. Eles continuaram a encontrar-se, mas não tiveram mais nenhuma relação sexual. Quando as férias terminaram, Jairo ficou muito triste com a partida de Pepa. Prometeu que telefonaria para ela todos os dias. Passados dois meses e meio, Pepa telefonou para Jairo dizendo que estava grávida. Jairo entrou em pânico. Não sabia o que fazer. -

Por que eles tiveram uma relação sexual sem usar o preservativo ou algum outro método contraceptivo?

-

O que sentiu Jairo ao saber que estava grávido? Que opções ele tinha?

-

O que ele esperava que Pepa falasse ou fizesse?

-

Tendo um filho, o que mudaria na vida de Jairo? E na de Pepa?

-

Como ele comunicaria a notícia à família?

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): CAVASIN, Sylvia. ARRUDA, Silvani. Gravidez na adolescência: desejo ou subversão? Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/156_04PGM2.pdf. DICAS O vídeo Minha vida de João é um desenho animado, sem palavras, que conta a história de João, mostrando os desafios que ele enfrenta ao longo 175

de seu processo de crescimento: machismo, violência familiar, homofobia, dúvidas em relação à sexualidade, a primeira experiência sexual, gravidez da namorada, uma doença sexualmente transmissível e paternidade. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=JzG4re-Ja0I

O vídeo Era uma vez outra Maria apresenta experiências comuns na vida de mulheres jovens. Aborda assuntos como saúde sexual e reprodutiva, violência, gravidez, maternidade e trabalho. Pode ser usado com mulheres e homens jovens, ou profissionais de saúde e educação que buscam novas formas para discutir a saúde e a autonomia das mulheres jovens. Disponível em: http://www.promundo.org.br/audiovisuais/para-jovens-eadultos/era-uma-vez-outra-maria/ 43

176

SEXUALIDADE E SAÚDE REPRODUTIVA FICHA DE ATIVIDADE 45

NOME DA ATIVIDADE: Quero ou não quero? NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental - Séries Finais

(X) Médio

OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: recriar as situações que se dão na negociação do sexo seguro, incorporando os argumentos a favor e contra o uso do preservativo. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: quatro tiras com motivos de meninas e meninos e as situações que deverão defender (disponível no ANEXO); uma folha de papel e um lápis para cada grupo. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: ± 1h30min. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Divida o grupo em quatro equipes e explique que cada uma delas receberá uma tira de papel especificando o sexo de uma pessoa (se é homem ou mulher) e se essa pessoa quer ou não quer ter uma relação sexual.

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Explique que cada uma dessas situações exigirá do grupo um levantamento de argumentos favoráveis à ideia. Ou seja, cada grupo deverá fazer uma lista com os motivos para se fazer ou não determinada coisa.

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Distribua as tiras e peça que „incorporem‟ a situação pensando como um homem ou uma mulher defenderiam sua posição.

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Quando todos os grupos tiverem sua lista com as argumentações, peça para formarem dois grupos: HOMENS (1) + MULHERES (2) e HOMENS (2) + MULHERES (1).

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-

Quando os participantes estiverem organizados em dois grupos, explique que deverão negociar se querem ou não ter uma relação sexual com base nos argumentos levantados.

-

Dê 10 minutos para essa negociação entre os dois grupos (H1 + M2 e H2 + M1); em seguida, peça a cada grupo para contar como foi a conversa com o outro grupo. Pergunte como se sentiram participando da atividade.

-

Abra para o debate a partir das seguintes questões: 1. As representações que fizeram têm a ver com a realidade? 2. De que maneira essa negociação aparece na vida real? 3. Adolescentes e jovens costumam conversar sobre o uso do preservativo antes de a relação sexual acontecer?

ANEXO Tiras para recortar ................................................................................................................................................... HOMEM 1 – os motivos que os meninos dão para convencer uma menina a ter relações sexuais com eles. ................................................................................................................................................... HOMEM 2 – os motivos que os meninos dão quando não querem ter relações sexuais com uma menina. ................................................................................................................................................... MULHER 1 – os motivos que as meninas dão para convencer um menino a ter relações sexuais com elas. ................................................................................................................................................... MULHER 2 – os motivos que as meninas dão quando não querem ter relações sexuais com um menino. ..................................................................................................................................................

FINALIZAÇÃO

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Em uma negociação sobre ter ou não relações sexuais, está presente uma série de fatores: autoestima, comunicação, relações de poder desiguais, pressão dos amigos e expectativas. Atividades educativas que aprimoram a argumentação e a negociação são importantes para o aprendizado das chamadas competências sociais. É uma forma de mostrar ser possível se chegar a um acordo, em que as duas partes encontram um caminho adequado a ambas.

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): FONSECA,

Vanessa.

BITTENCOURT,

Danielle.

ARRUDA,

Silvani.

Trabalhando com Mulheres e Homens Jovens: Manual de atividades educativas para sensibilização sobre Gênero, Sexualidade e Saúde. Rio de Janeiro: Instituto Promundo, 2011. DICAS No site do psiquiatra Jairo Bouer - http://doutorjairo.uol.com.br/- há sempre atualidades sobre os temas da sexualidade e saúde reprodutiva. Apresenta ainda um pop up para o qual adolescentes e jovens podem enviar dúvidas.

179

SEXUALIDADE E SAÚDE REPRODUTIVA FICHA DE ATIVIDADE 46

NOME DA ATIVIDADE: Negociando o uso do preservativo NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental - Séries Finais

(X) Médio

OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: refletir sobre a negociação do uso do preservativo como forma de prevenção das DST/aids (anexo). MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: cópias das situações a serem respondidas, uma batata ou uma bola e um recipiente. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: 1 hora

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Peça para a turma sentar em círculo. Uma bola ou uma batata circulará pelo grupo enquanto, com os olhos fechados, você diz: “batata quente, batata quente, batata quente, queimou....”. Quando falar “queimou”, a pessoa que estiver com a batata quente pegará, dentro de um recipiente localizado no meio do círculo, uma situação para responder. A brincadeira

continua

por

algum

tempo,

possibilitando

a

maior

participação possível. -

Discuta com o grupo as negociações feitas, cujas principais ideias foram por ele anotadas. Estimule o grupo a refletir sobre a pertinência ou não dos argumentos utilizados, e a criar outros argumentos para as respostas. Anexo NEGOCIANDO O USO DO PRESERVATIVO - “BATATA QUENTE”

Se alguém falar: As pessoas com aids

Você responde...

deveriam ser isoladas. Se alguém falar: Camisinha não é natural, me

Você responde... 180

bloqueia. Se alguém falar: Ah, você tem camisinha na

Você responde...

bolsa! Você está querendo transar comigo. Se alguém falar: Gostaria de transar mas não

Você responde...

tenho camisinha comigo. Se alguém falar: Uma criança portadora do

Você responde...

vírus não deveria frequentar a escola porque irá infectar outras crianças. Se alguém falar: Eu não sou homossexual e

Você responde...

não uso drogas injetáveis, por isso não preciso usar o preservativo. Se alguém falar: Eu não doo sangue porque

Você responde...

posso me infectar pelo HIV e outras DST. Se alguém falar: Não precisamos de camisinha,

Você responde...

sou virgem. Se alguém falar: Camisinha? Você está me

Você responde...

ofendendo! Pensa que já transei com todo mundo? Se alguém falar: Existe perigo em utilizar o

Você responde...

mesmo banheiro que uma pessoa com aids usou? Se alguém falar: Se eu parar para colocar a

Você responde...

camisinha perco o tesão. Se alguém falar: Prefiro morrer a usar a Você responde... camisinha. Se alguém falar: Não transo com você se for Você responde... com camisinha. Se alguém falar: Até você colocar a camisinha, Você responde...

181

eu já perdi a vontade. Se alguém falar: Tomo pílula, então você não Você responde... precisa usar camisinha. Se alguém falar: Só uma vez! Não faz mal! Já Você responde... nos conhecemos há tanto tempo. Se alguém falar: Só de olhar para alguém já é o Você responde... bastante para eu saber se tem aids ou não. Se alguém falar: Usar camisinha para fazer Você responde... amor é como chupar bala com papel. Se alguém falar: Ouvi dizer que uma pessoa Você responde... pode pegar aids se for mordida por um mosquito. Se alguém falar: Só os homossexuais pegam Você responde... aids e eu sou muito macho.

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): Brasil, Ministério da Educação. Negociando o uso do Preservativo. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=19787 DICA O guia Adolescentes, jovens e educação em sexualidade, do Instituto Promundo, traz uma boa discussão sobre quais desafios os profissionais da educação e da saúde encontram para trabalhar intersetorialmente com os temas da sexualidade e saúde reprodutiva. Ao final, sugere várias atividades. Disponível em: http://www.promundo.org.br/wp-content/uploads/2011/07/Toolkit-1.pdf 182

SEXUALIDADE E SAÚDE REPRODUTIVA FICHA DE ATIVIDADE 47

NOME DA ATIVIDADE: Agência de publicidade NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental - Séries Finais

(X) Médio

OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: reforçar a importância de os adolescentes e jovens do sexo masculino igualmente se perceberem responsáveis pela contracepção. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: cartolina, réguas, revistas, canetas coloridas, tesouras, fita crepe, cola. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: 1 hora

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: -

Explique às alunas e aos alunos que, fazendo de conta, você é o diretor ou diretora de uma escola, e que está muito preocupado porque os alunos do sexo masculino não se preocupam em evitar filhos.

-

Peça que se dividam em quatro subgrupos e informe que, daquele momento em diante, cada grupo será uma agência de publicidade.

-

Cada agência deve preparar um cartaz direcionado para meninos, informando que eles podem ser pais a qualquer momento (o homem é fértil todos os dias), e que eles podem escolher se querem ter filhos, com quem e quando querem.

-

Distribua folhas de cartolina, réguas, revistas e canetas coloridas para todas as agências de publicidade.

-

Quando os grupos terminarem, peça a cada grupo para apresentar seu cartaz. Após a apresentação, sugira que os cartazes sejam colocados em alguns lugares estratégicos da escola para todas as pessoas poderem vê-los.

-

Abra para o debate a partir das seguintes questões: 183

1. Por que muitas pessoas acreditam que quem tem que pensar em evitar filhos é apenas a mulher? 2. O que é ser pai? O que é ser mãe? 3. O que um menino precisa fazer para não ser um pai na adolescência?

FINALIZAÇÃO Partindo-se do pressuposto que a masculinidade é uma construção de nossa sociedade e cultura, os homens não são educados para se preocupar com a reprodução. Abordar o tema da paternidade na adolescência e juventude significa, portanto, discutir e desconstruir preconceitos fortemente presentes em nosso cotidiano. Dentre eles, o de que a contracepção é responsabilidade exclusiva da mulher ou que cabe somente ao homem prover financeiramente a família.

REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): BRASIL, Ministério da Saúde, 2011. Adolescentes e Jovens para a Educação entre Pares: Sexualidades e Saúde Reprodutiva. v.1. Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2010/45601/sexualidade_final_17_05_2011_pdf_28505.pdf.

DICA O vídeo educativo Estou grávido! Com a voz o jovem pai apresenta a vivência da paternidade entre rapazes cuja companheira está grávida. Compõe-se de um conjunto de relatos de dez pais adolescentes e jovens residentes em Recife, São Paulo e Rio de Janeiro. É destinado a trabalhos com homens e mulheres jovens que desconhecem o universo da gravidez 184

na adolescência da perspectiva do pai. Facilita o debate sobre esse tema em grupos de rapazes, moças e grupos mistos, em escolas, unidades de saúde, empresas etc. Disponível em: http://br.youtube.com/watch?v=DKiX4UmfWVE (parte 1) e http://br.youtube.com/watch?v=L8gAjroVX0c (parte 2)

185

SAÚDE INDÍGENA

Os povos indígenas no Brasil são extremamente diversificados. Não somente do ponto de vista étnico e linguístico, mas pelas suas formas de organização social e expressões culturais, entre elas concepções de saúde e práticas de cura, vida produtiva, história do contato e grau de interação com a sociedade nacional. O que representa uma diversidade de realidades e um grande desafio no que se refere à atenção à saúde dessa população. Os indígenas enfrentam situações distintas de tensão social, ameaças e vulnerabilidade e esgotamento de recursos naturais. A expansão das frentes econômicas (extrativismo, trabalho assalariado temporário, projetos de desenvolvimento) ameaça a integridade do ambiente em seus territórios, os saberes, sistemas econômicos e organização social. Em

algumas

regiões

nas

quais

a

população

indígena

tem

relacionamento mais estreito com a população regional, nota-se o aparecimento de novos problemas de saúde ligados às mudanças introduzidas no modo de vida e, especialmente, na alimentação: hipertensão arterial, diabetes, câncer, DST, alcoolismo, depressão e suicídio

são

problemas

cada

vez

mais

frequentes

em

diversas

comunidades. É importante que a atenção à saúde dos povos indígenas aconteça diferenciadamente, culturais,

levando-se

epidemiológicas

e

em

consideração

as

estratégico/operacionais.

especificidades Deverão

ser

desenvolvidas e usadas tecnologias apropriadas por meio da adequação das formas ocidentais convencionais de organização de serviços. As atividades de educação em saúde e ações preventivas são estratégias fundamentais para melhoria das condições de saúde e qualidade de vida desses povos.

186

Na Atenção à Saúde Indígena, a Educação em Saúde é desenvolvida por meio de mobilização comunitária para haver melhores condições de vida, com respeito às peculiaridades e especificidades culturais. As atividades educativas acontecem coletivamente, e envolvem professores indígenas, profissionais da Equipe Multidisciplinar da Saúde Indígena/EMSI, lideranças indígenas e toda a comunidade. É imprescindível a construção de material didático, respeitando peculiaridades culturais, e elaborado com desenhos produzidos por crianças e jovens indígenas. O recurso visual (desenhos, fotos) é grande aliado nesse processo. As atividades listadas abaixo pretendem auxiliar os profissionais das equipes multidisciplinares de saúde indígena e educação na discussão intercultural de conceitos sobre a capacidade de a família e a comunidade fazerem escolhas saudáveis em relação à alimentação, a manter ou revitalizar hábitos de vida saudáveis, além de mobilizar gestores para tornar essas escolhas factíveis à população indígena.

64

187

SAÚDE INDÍGENA

FICHA DE ATIVIDADE 48

NOME DA ATIVIDADE: Linha do tempo alimentar (palestra ou teatro) NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: fazer, junto com os professores indígenas, um histórico sobre a alimentação da comunidade. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: nenhum DURAÇÃO DA ATIVIDADE: 2 horas DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: os professores mobilizarão os estudantes a falar sobre os seus padrões alimentares, desde o nascimento até a atualidade, com o objetivo de despertar a atenção dos estudantes sobre os padrões alimentares e a transição alimentar e nutricional que acontece ao longo dos anos, além de relacioná-los a questões familiares e culturais. Por meio dessa visão, os estudantes identificariam costumes que se perderam ou se enfraqueceram (saudáveis ou não) e costumes que foram agregados (saudáveis ou não), além de trabalhar o senso crítico quanto a escolhas de alimentos ou aceitação de alimentos na alimentação escolar que não fazem parte da cultura alimentar da comunidade. O resultado da discussão pode ser apresentado em forma de palestras.

65

188

SAÚDE INDÍGENA

FICHA DE ATIVIDADE 49

NOME DA ATIVIDADE: Roda de conversa. Promoção da saúde na escola NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: criar rotina de troca de informações entre profissionais de saúde/educação e educandos. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: variáveis DURAÇÃO DA ATIVIDADE: 1 hora DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: os profissionais de saúde/educação discutirão com os educandos, em uma roda de conversa, a importância da escola quanto a atividades de promoção da saúde, além de avaliar as ações já desenvolvidas. A troca com os educandos é de suma importância para se sentirem parte do processo de transformação.

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SAÚDE INDÍGENA

FICHA DE ATIVIDADE 50

NOME DA ATIVIDADE: A escolha de alimentos saudáveis NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: elaborar uma lista, com professores e estudantes indígenas, sobre os alimentos que consomem rotineiramente. A partir dessa lista, discutir sobre os grupos de alimentos, estimulando assim as capacidades de escolhas. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: variáveis DURAÇÃO DA ATIVIDADE: 1 hora DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: por meio de cartazes e discussões em sala de aula, os estudantes conversarão sobre os grupos de alimentos e sua importância para o organismo. Ao longo de um dia, os alunos observarão e anotarão o que consumiram. No dia seguinte, os professores retomarão o assunto e analisarão junto com os alunos o perfil dos alimentos consumidos por meio dos grupos e cores de alimentos. Deve-se observar que cada povo tem uma classificação para os alimentos que consome, e que pode ser bem diferente da nossa classificação, com outra lógica. Considerar ainda a diminuição

da

caça

mudanças/degradação

e

do

peixe

ambientais,

na

alimentação,

entorno

mais

decorrente

ocupado

e

de

outros

aspectos. REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual operacional para profissionais de saúde e educação: promoção da alimentação saudável nas escolas. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. 152p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

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SAÚDE INDÍGENA

FICHA DE ATIVIDADE 51

NOME DA ATIVIDADE: Alimentação atual x tradicional NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: estimular os estudantes a relatar a alimentação indígena tradicional e a alimentação indígena atual. Discutir sobre a introdução de novos alimentos na alimentação, além da retirada de outros. Comentar a transição alimentar e suas consequências para a saúde. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: nenhum DURAÇÃO DA ATIVIDADE: 1 hora DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: por meio de discussões em sala de aula, os estudantes conversarão sobre a alimentação tradicional versus a atual. Ao longo de um dia, os alunos observarão e anotarão o que consumiram, incluindo os alimentos da alimentação escolar. No dia seguinte, os professores retomarão o assunto e analisarão com os alunos, por meio dos grupos alimentares, o perfil dos alimentos consumidos.

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SAÚDE INDÍGENA

FICHA DE ATIVIDADE 52

NOME DA ATIVIDADE: Educação em saúde bucal NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: estimular hábitos saudáveis de dieta, uso moderado de alimentos cariogênicos e conscientização da importância da higiene bucal (o que será feito pela equipe de saúde bucal por meio de palestras educativas). Para o nível fundamental, estimular o uso de desenhos para as crianças transmitirem o entendimento daquela etnia acerca da saúde/doenças relacionadas à boca e ao consumo de alimentos. Para o nível médio, utilizar entrevistas para entender a cultura, além de saúde/doenças relacionadas à boca, ao consumo de alimentos e outros hábitos. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: cartazes, vídeos, macromodelos, fantoches, desenhos, livretos na língua indígena etc. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: em média, 20 a 30 minutos por atividade. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: por meio de atividades educativas, como palestras, teatros, encenações etc, a Equipe de Saúde Bucal da Estratégia Saúde da Família, vinculada à UBS mais próxima da escola, e/ou a Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena deverão estimular hábitos saudáveis de dieta, uso moderado de alimentos cariogênicos e conscientização da importância da higiene bucal, considerando as peculiaridades socioculturais e socioambientais. REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): Caderno de Atenção Básica Nº 17. Saúde Bucal; Caderno de Atenção Básica Nº 24. Saúde na Escola;

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Guia de recomendações para o uso de fluoretos no Brasil. Disponíveis em: http://dab.saude.gov.br/publicacoes.php Diretrizes do Componente Indígena da Política Nacional de Saúde Bucal.

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SAÚDE INDÍGENA

FICHA DE ATIVIDADE 53

NOME DA ATIVIDADE: Escovação bucal supervisionada NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: orientar e estimular a manutenção da higiene bucal, além de fazer com que o flúor esteja disponível na cavidade bucal, por meio do dentifrício. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: escova dental, fio-dental, creme dental, espelho grande, pia com torneira. DURAÇÃO DA ATIVIDADE: em média, 25 a 30 educandos por hora. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: desenvolvida em ambiente educando, com supervisão indireta do CD, podendo ser a equipe auxiliar ou professores, desde que devidamente capacitados. REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): Caderno de Atenção Básica Nº 17. Saúde Bucal; Caderno de Atenção Básica Nº 24. Saúde na Escola; Guia de recomendações para o uso de fluoretos no Brasil. Disponíveis em: http://dab.saude.gov.br/publicacoes.php Diretrizes do Componente Indígena da Política Nacional de Saúde Bucal.

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SAÚDE INDÍGENA

FICHA DE ATIVIDADE 54

NOME DA ATIVIDADE: Aplicação tópica de flúor NÍVEL DE ENSINO: (X) Fundamental (X) Médio OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: prevenção da cárie dentária. MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS: flúor gel, moldeiras descartáveis, luvas descartáveis, lixeira com tampa (para descarte do material contaminado). DURAÇÃO DA ATIVIDADE: em média, 25 a 30 educandos por hora. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: feita pelo cirurgião-dentista, com apoio do pessoal auxiliar e dos professores, de acordo com avaliação de necessidade pelo município, destinada principalmente a municípios sem fluoretação das águas de abastecimento. REFERÊNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de conteúdo, publicações ou sites): Caderno de Atenção Básica Nº 17. Saúde Bucal; Caderno de Atenção Básica Nº 24. Saúde na Escola; Guia de recomendações para o uso de fluoretos no Brasil. Disponíveis em: http://dab.saude.gov.br/publicacoes.php Diretrizes do Componente Indígena da Política Nacional de Saúde Bucal.

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Ministério da Educação Ministério da Saúde Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde www.saude.gov.br/bvs 196

Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde www.saude.gov.br/bvs

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