E X C L U S I VA M E N T E PA R A USO INSTITUCIONAL
ESTRATÉGIAS RIO B RAVO
HORA DE VOLTAR À ORTODOXIA JANEIRO 2013
A
s percepções de deterioração na conjuntura doméstica bem como um
certo alívio no panorama internacional marcaram o início do ano.
EST R AT É G IAS R IO B R AVO
HORA DE VOLTAR À ORTODOXIA A grande ameaça representada pelo “fiscal
cliff” nos Estados Unidos foi contornada. Um acordo foi alcançado no começo do mês pelo qual o presidente Obama conseguiu aumentar os impostos sobre a renda dos que ganham mais de US$ 400 mil anuais e também prorrogar os cortes de impostos que estavam vencendo. Muitos assuntos da mesma natureza ficaram adiados, como o novo aumento no limite para a dívida pública, a dinâmica do orçamento caso não seja aprovado, e o restante dos cortes de impostos a ser renovados. São problemas pertinentes à relação entre o Presidente e o Congresso, numa situação onde aquele se encontra fortalecido e a economia vem melhorando gradualmente. Não é de se esperar que os impasses do passado recente sejam repetidos, o que ajuda a explicar o bom desempenho do S&P, para o qual este foi o melhor janeiro desde 1997.
ão há muita novidade na Europa, onde os yields mais baixos nos leilões espanhóis e italianos trouxeram alento aos mercados, embora os números de atividade tenham sido módicos. Novidades potencialmente importantes ocorreram no Japão, onde os números fiscais e para o endividamento são os piores do planeta, onde as políticas assemelha-
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das ao quantitative easing vem sendo praticadas há muitos anos e onde a estagnação também já dura muitos anos. Um novo governo tomou posse indicando mudanças na politica econômica com objetivo de gerar mais inflação, desvalorizar a moeda e aumentar o crescimento. O yen se desvalorizou em antecipação às medidas, o Banco Central adotou uma meta de inflação de 2% e anunciou um programa de compra de ativos, ainda que mais tímido do que se esperava. A opção pela inflação como estratégia de saída do que se conhece como “armadilha de liquidez” pode ter aí sua primeira tentativa, justamente no país que há mais tempo vem experimentando a ineficácia da política monetária para acordar uma economia sob exaustão fiscal.
Os índices de preço ao consumidor estão muito pressionados
No Brasil, o mês de janeiro trouxe dúvidas e incertezas em três frentes diferentes: a inflação, a situação fiscal e o setor elétrico. E ST R ATÉ GIAS JAN / 13
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HORA DE VOLTAR À ORTODOXIA
s índices de preços para o consumidor estão muito pressionados, puxados por alimentos, educação e serviços. A polêmica queda nas tarifas de energia ajudará no curto prazo, mas existem muitas dúvidas sobre o restante do ano, face à operação continuada das usinas térmicas e ao elevado custo dessa energia. O assunto se politizou de forma perigosa, o mesmo se passando com o reajuste necessário ao preço dos combustíveis, sobretudo diante das percepções de deterioração da situação econômica da Petrobrás. O reajuste anunciado foi bem menor que o esperado pelos analistas, de tal sorte a deteriorar ainda mais o valor da empresa e, mais que isso, alimentar um sentimento negativo com respeito às sucessivas intervenções do governo em questões setoriais.
O
É antigo e azedo o enredo de manipulação dos principais preços públicos com fins políticos, e, nesse mesmo registro, a pressão sobre prefeitos para influenciar nos reajustes no preço dos transportes públicos traz lembranças ruins da época de inflação elevada e ressalta as analogias com o que se passa na Argentina. O IPCA-15 de janeiro em 12 meses já passou de 6%, com difusão extremamente elevada e reajustes “reprimidos”. O IPC-Fipe ficou em 1,15% no
mês. Por outro lado, os índices de preços mais amplos estão contidos devido ao comportamento dos preços no atacado.
or surpreendente que pareça, a mudança brusca de direção da política cambial, admitindo-se expressamente a tão vilipendiada valorização do real, parece indicar uma situação pior do que publicamente se admite no tocante à inflação. Ora, as autoridades tanto se empenharam em sustentar uma taxa de câmbio mais “competitiva” em face dos mais variados argumentos, o que teria modificado suas convicções de forma tão súbita?
P
A pressão sobre prefeitos ressalta as analogias com a Argentina
No terreno fiscal, o principal assunto do final do ano passado foi a sucessão de malabarismos empregados com o intuito de se chegar ao superávit primário prometido. A lista é extensa e contém operações como a de antecipação de dividendos do BNDES e o saque de recursos do E ST R ATÉ GIAS JAN / 13
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EST R AT É G IAS R IO B R AVO
HORA DE VOLTAR À ORTODOXIA
Fundo Soberano criado em 2008 e que até hoje tinha sido usado apenas nas capitalizações da Petrobrás e do Banco do Brasil. A repercussão foi muito negativa, como em outras ocasiões, mas, no passado, a apatia da inflação não forçava nem a disciplina nem qualquer alteração nas metas fiscais. Na virada do ano a atmosfera já é bastante diferente, seja no mercado financeiro, seja nas gôndolas dos supermercados. Há rumores segundo os quais o governo estuda alterações no superávit primário, e que também cogita mudar o artigo 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal com o objetivo de permitir novas desonerações. A repercussão não é boa, os especialistas não vêm avaliando positivamente a política fiscal do governo brasileiro, e os efeitos desta sobre o crescimento têm decepcionado as autoridades e observadores.
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unte-se a isso a repercussão das alterações no setor elétrico atinentes à renovação de concessões, cujos resultados foram muito questionáveis, para dizer o mínimo, conseguindo a proeza de tornar inoportuna a intenção de reduzir as tarifas de energia, sobretudo diante do baixíssimo nível dos reservatórios e do funcionamento continuado de usinas térmicas. Uma conjuntura sazonalmente ruim de chuvas
trouxe de volta os temores de racionamento e um rosário de dúvidas sobre os rumos do setor elétrico. O comprometimento pessoal da presidente com a redução na “conta de luz” resultou em que o Tesouro tivesse de injetar recursos diretamente no setor, em variados formatos, além de o BNDES antecipar recebíveis decorrentes da venda de energia de Itaipu para o Paraguai.
A nova política cambial sugere a gravidade da inflação
Estes desafios estariam a recomendar um retorno à ortodoxia na política econômica, onde os governos do Partido dos Trabalhadores sempre estiveram. Os caminhos são conhecidos, e a experimentação observada nos anos recentes não teve resultados positivos. Resta verificar se a aproximação da temporada de eleições fará retornar o bom senso ou se ampliará o leque de medidas heterodoxas e intervenções discricionárias na economia.
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EST R AT É G IAS R IO B R AVO
Crédito
O fundo Rio Bravo Crédito Privado encerrou o mês de janeiro com rentabilidade nominal de 0,60%, equivalente a 101,90% do CDI. No mês, a maior contribuição à performance do fundo foi proporcionada pela carteira de debêntures, que ao final do mês representava 17,6% do patrimônio do fundo e cuja rentabilidade foi equivalente a 114,6% da rentabilidade do CDI no mesmo período.
segunda maior contribuição à performance veio da carteira de Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios – FIDCS, cuja alocação ao final do mês montava a 6,3% do patrimônio do fundo. Esta estratégia encerrou o mês de janeiro com rentabilidade equivalente a 131,4% do CDI.
A
A carteira de financiamento a termo foi a terceira estratégia a mais contribuir para a rentabilidade do fundo, tendo rendido a 106,4% do CDI no período. Ao final no mês, esta estratégia representava 33% do patrimônio do fundo. Por último, ainda que tenha apresentado rentabilidade acima da usual, a posição em liquidez foi a que menos contribuiu à performance do fundo, com rentabilidade de 103,7% do CDI. Esta rentabilidade mostrou-se acima do esperado para uma posição em ativos de liquidez, o que se deve ao recente descolamento entre as taxas CDI e SELIC. O spread SELICxCDI chegou a 39 pontos básicos ao final de dezembro de 2012. A posição em liquidez ao final do mês de janeiro montava a 49% do patrimônio do fundo. Esta posição
apresenta-se em patamar considerado elevado por nós e é consequência de recentes aportes no fundo. A posição em liquidez deverá ser rapidamente reduzida ao patamar alvo na medida em que fizermos novas alocações em ativos de crédito.
m janeiro, não realizamos nenhuma nova alocação, mas o ano de 2013 se iniciou com grande número de emissões no mercado de crédito. Ao longo de fevereiro devemos fazer novas alocações, inclusive inaugurando algumas posições em ativos indexados à inflação.
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Rio Bravo Crédito Imobiliário I - FII O Rio Bravo Crédito Imobiliário I – FII, fundo de investimento imobiliário com alocação preponderante em CRIs e listado em bolsa (RBCB11), apresentou rentabilidade nominal de 0,91% em janeiro, equivalente a 169% do CDI. Nos últimos 12 meses, a rentabilidade do fundo equivale a IGP-M+5,80% a.a..
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EST R AT É G IAS R IO B R AVO CRÉDITO
Durante o mês, alocamos montante equivalente a 6% do patrimônio do fundo em CRI emitido pela securitizadora CIBRASEC e cujo lastro são contratos de compra e venda de imóveis residenciais incorporados e construídos pela Construtora Cameron, sediada em Fortaleza – CE. A taxa do CRI é de IPCA + 9% a.a.. No dia 8 de fevereiro serão realizados os pagamentos, referentes a dezembro, de dividendos, no valor de R$ 7,51/cota, e da quinta amortização de cotas do fundo, no valor de R$11,76/cota, perfazendo um pagamento total de R$19,27/cota.
Rio Bravo Crédito Imobiliário II - FII No mês de janeiro, a rentabilidade nominal do Rio Bravo Crédito Imobiliário II – FII, fundo de investimento imobiliário com alocação preponderante em CRIs e listado em bolsa sob o código RBVO11, foi de 0,32%. Durante os meses de dezembro e janeiro, o fundo,
que iniciou operações em 18 de dezembro de 2012, teve aproximadamente 30% de seu patrimônio alocado em três operações de CRI, a saber: CRI de emissão da Cibrasec com lastro em recebíveis da Cameron (mesmo CRI adquirido pelo Rio Bravo Crédito Imobilário I), CRI de emissão da Brasil Plural, (IPCA+6,30% a.a.), cujo lastro é um contrato atípico de locação de centro logístico localizado em Uberlândia e cujo locatário é a Lojas Americanas, e CRI de emissão da Gaia (IPCA + 6,30% a.a.), cujo lastro são dois contratos atípicos de locação cujos locatários são a Mapfre Seguradora e Aliança do Brasil. O volume médio diário de negociação do fundo na Bovespa em janeiro montou a aproximadamente R$ 260 mil. Neste mesmo período, a valorização da cota foi de 5,8%, encerrando o mês no valor de R$ 107,00. Esta valorização, somada aos rendimentos distribuídos durante o mês, resultam em rentabilidade de 6,10% aos cotistas do fundo. No dia 8 de fevereiro serão realizados os pagamentos, referentes a janeiro, de dividendos, no valor de R$ 0,31/cota.
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E ST R AT É G IA S R IO B R AVO CRÉDITO
RBVO11
108,0
R$ 1.100.000
105,7
106,0
Cota (R$)
105,0
105,0
104,0
101,0 100,0
105,6
104,6 104,4
103,5
105,0
104,9
104,0 104,5
103,5
103,0 102,0
107,0
106,5 105,2 104,9 105,3
R$ 1.000.000 R$ 900.000 R$ 800.000 R$ 700.000 R$ 600.000
103,6
103,4
102,0 101,5
R$ 500.000 R$ 400.000
101,2 100,8 101,1
R$ 300.000
Financeiro Negociado (R$)
107,0
R$ 200.000 R$ 100.000
99,2
99,0
R$ 0
Financeiro Negociado
Cota
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Renda Variável
Em janeiro, o Rio Bravo Fundamental FIA teve uma performance de -0,4%. Desde seu início, em setembro de 2004, o fundo acumula uma rentabilidade de 497,5%, ou 313,2% do benchmark, IGP-M + 6%. O Rio Bravo Fundamental Institucional FIA teve uma performance de -0,7%. Desde seu início, em abril de 2010, o fundo acumula uma rentabilidade de 21,2%, contra -15,9% do benchmark, Ibovespa.
Cetip Iniciamos, há dois meses, um investimento na Cetip, uma das principais empresas brasileiras de serviços financeiros. eus negócios dividem-se em duas principais linhas. O segmento de títulos e valores mobiliários engloba registro, custódia, liquidação e negociação de diversos tipos de ativos financeiros e derivativos de balcão. O segmento de financiamentos envolve serviços de registro, gravames e inteligência de mercado para financiamentos de automóveis e, em breve, também imobiliários.
S
As receitas provêm de mais de 15 mil clientes do sistema Cetip, que custodia cerca de 97% dos títulos privados de renda fixa e 75% dos derivativos de balcão no Brasil. Nenhum dos serviços acima mencionados – que se subdividem em uma outra série de produtos e serviços – representa mais de 20% das receitas da empresa. São atributos, dentre outros, que denotam uma
estabelecida posição de liderança e de diversificação de negócios. A atividade da Cetip é extremamente atrativa do ponto de vista econômico-financeiro. O crescimento orgânico de receitas tem superado os 30% anuais e a margem EBITDA se situa ao redor dos 70%, marcas difíceis de se encontrar em qualquer outro setor. Ademais, como o capital empregado é reduzido, os níveis de retorno equivalem a múltiplos do custo deste capital e a geração de caixa para o acionista é elevada, mesmo em contexto de alto crescimento. creditamos que uma série de vetores da nossa economia sustentarão o crescimento da Cetip por um longo período. O contínuo desenvolvimento dos mercados financeiros e de capitais, com a criação e sofisticação dos mais variados ativos financeiros, necessariamente passa pela empresa. Com a crescente necessidade de
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RENDA VARIÁVEL
supervisão bancária, cada vez mais negócios têm de ser registrados em sistemas monitorados pelas autoridades. crédito imobiliário no Brasil ainda é baixo, menos de 7% do PIB, e seu crescimento fomentará não apenas a atividade de securitização e negociação destes ativos, como também a urgente redução das dificuldades burocráticas na documentação de imóveis, através da gradual migração do papel para sistemas eletrônicos.
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Acreditamos também no desenvolvimento do hoje inexpressivo mercado secundário de ativos de renda fixa e crédito no Brasil, o que, com a queda da Selic a patamares mais razoáveis, deverá começar de fato.
empre acreditamos nestes vetores, assim sempre desejamos realizar um investimento em Cetip. Entretanto, até hoje não o tínhamos conseguido fazer por uma questão de preço, entendendo que a ação já embutia em grande parte este futuro. O ano de 2012 trouxe uma combinação de receios quanto à competição e certos aspectos conjunturais que, felizmente, nos deram a chance de realizar o investimento a preços que julgamos atrativos. Enxergamos um elevado potencial de apreciação para as ações da Cetip, mesmo sem considerar um crescimento de receitas condizente com os drivers mencionados.
S
Abordaremos com maior especificidade em cartas futuras tais riscos competitivos e demais aspectos relevantes desta tese.
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Investimentos Imobiliários
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Acreditamos que 2013 tratá novos recordes para a indústria de fundos imobiliários. O ano começa com um saldo remanescente de ofertas de cotas de FII registradas em 2012 no montante de R$ 4,2 bilhões. Somando-se as ofertas em análise e as registradas em 2013 até agora, esse volume salta para R$ 8,8 bilhões, número bastante expressivo para um ano que mal começou. Para efeito de comparação, em 2012 o volume total de cotas emitidas foi de R$ 14 bilhões.
Podemos explicar o crescente interesse nas ofertas em função da queda da taxa de juros, com os investidores de renda fixa procurando alternativas de investimentos e na classe de ativos de baixo risco, onde se enquadram os investimentos imobiliários.
o último ano, o número de fundos registrados na CVM passou de 142 para 184, dos quais 103 são negociados no ambiente BM&F Bovespa. Também é importante ressaltar que o número de investidores no mercado de FII cresceu 175% em 2012, totalizando 97.128.
N
Fizemos uma análise dos FII listados com negociação diária no ambiente da BM&F Bovespa. Dos 103 fundos, apenas 53 são negociados diariamente; destes, 42 tiveram retorno total (valorização do principal mais distribuição de rendimentos) igual ou superior a 10%. Chamamos a atenção para duas pequenas parcelas: (i) 9
fundos ultrapassaram o retorno total de 50% e (ii) 7 tiveram desempenho negativo, de acordo com a tabela abaixo.
Rentabilidade
Nº de Fundos
Valor de Mercado (R$ Bilhões)
>50%
9
3,51
40 a 50%
6
2,85
30 a 40%
11
4,19
20 a 30%
11
2,24
10 a 20%
6
2,84
0 a 10%
4
0,26
Negativo
7
0,58
TOTAL
53
16,47
Vale destacar que o volume de negociações de cotas de FII no mercado secundário também cresceu, fechando o ano de 2012 com 3.599 negociações.
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EST R AT É G IAS R IO B R AVO INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS
Apesar de continuarmos confiantes no mercado de fundos imobiliários, aconselhamos nossos investidores a serem cada vez mais cautelosos em suas análises de investimento. Com o crescimento do mercado e a entrada de novos gestores, através de novos fundos, faz-se ainda mais essencial analisar cada fundo em particular, seus ativos, região-alvo e perspectiva de rentabilidade, tendo em vista que está cada vez mais difícil encontrar excelentes oportunidades, como nos últimos anos.
ÍNDICE FII O índice de FII elaborado pela Rio Bravo apresentou um retorno positivo de 2,06% em janeiro. Este retorno compreende tanto os rendimentos pagos aos cotistas quanto a variação de preço da cota. No gráfico abaixo é possível verificar de 2009 até janeiro de 2013 o comparativo entre CDI, Ibovespa e Índice FII. 100%
82,7% 80%
60% 46,0%
42,1%
40% Índice FII
TIR
27,4%
CDI
23,7%
BOVESPA
20% 9,9%
11,6%
9,7%
6,9% 7,4% 2,1% 0,6%
1,0% 0% 2009
-20%
-40%
2010
2011
2012
2013-2,0%
-18,1%
Ano
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Multi-Assets & Portfolios
EST R AT É G IAS R IO B R AVO
Num mês de otimismo ao redor do mundo, as estratégias de Arbitragem e Macro contribuíram destacadamente para a performance do Rio Bravo Multi Estratégia, que apresentou um retorno de 0,83% contra a variação de 0,59% do CDI no mesmo período.
Os Estados Unidos contornaram o abismo fiscal e o possível impacto negativo no PIB; a Europa afastou os riscos das dívidas soberanas sobre o euro; e a China encaminhou uma desaceleração suave e controlada, com perspectiva de manutenção do crescimento ao redor de 8%. Apesar do fluxo positivo para as bolsas de valores dos países emergentes, o Ibovespa encerrou o mês com desvalorização de 1,95%. O crescimento menor que o esperado no Brasil, o aumento das incertezas (fruto de medidas como o pacote elétrico de redução de tarifas, a guerra contra os bancos e a interferência no reajuste de preços dos combustíveis) e a forte intervenção do governo no mercado cambial prejudicaram o Brasil em relação aos outros emergentes.
O
utro fator de atenção tem sido a alta inflação no Brasil, que apresentou variação de 0,79% em dezembro segundo o IBGE, acumulando 5,84% em 2012. Os preços continuam pressionados e os títulos indexados à inflação ainda representam uma parcela importante da estratégia Macro. Ainda assim, os
indicadores antecedentes de atividade industrial do mês de dezembro mostraram um fraco desempenho, colocando um dilema para o Banco Central: incentivar o crescimento através da redução dos juros ou priorizar o combate à inflação?
C
omo resultado de demanda aquecida e fraco crescimento, o COPOM decidiu manter a taxa Selic em 7,25% ao ano e adotou uma comunicação mais conservadora com o mercado. Em ata, o comitê afirmou que "limitações no campo da oferta não podem ser endereçadas por ações de política monetária", afastando a possibilidade de novas quedas na taxa de juros. Outro anúncio que afeta diretamente a inflação foi a alta de 6,60% no preço da gasolina e de 5,40% no preço do óleo diesel nas refinarias. O reajuste era aguardado desde setembro de 2012 para realinhar os preços domésticos com o mercado internacional, mas o aumento foi aquém das expectativas. Resultado: as ações da Petrobras recuaram e impactaram negativamente o índice Bovespa.
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MULTI-ASSETS & PORTFÓLIOS
No cenário internacional algumas notícias positivas impulsionaram o mercado. A provável mudança de conduta de política econômica no Japão trouxe atenção aos gestores Macro, que esperam um aumento de aproximadamente US$ 120 bilhões em injeção de recursos na economia em 2013. Na China, os dados do quarto trimestre de 2012 de crescimento do PIB (7,9%), produção industrial (10,3%) e vendas no varejo (15,2%) vieram melhores do que o esperado e indicam que a economia chinesa pode ter parado de desacelerar. Na Europa os dados do último trimestre de 2012 ainda indicam recessão na zona do euro, mas alguns indicadores antecedentes, como os índices de confiança dos agentes econômicos (PMIs), dão sinais de estabilização. As notícias são benéficas para as bolsas de valores dos países emergentes e alguns gestores da estratégia Macro estudam os melhores ativos para capturar este movimento. Nos EUA, após o acordo para evitar os aumentos de impostos e redução de gastos na primeira
semana de janeiro, o corte automático dos gastos públicos foi adiado para o início de março, próximo à negociação do aumento do limite de endividamento do governo americano no final de fevereiro. Com isto, pode-se definir nos próximos meses o ajuste fiscal que a economia americana irá sofrer e permitir um bom crescimento em 2013. Os dados de construção civil também inspiram otimismo, com permissões para construção e novas construções acima das expectativas, mostrando reação consistente do setor. O otimismo com os EUA é tema de investimento de alguns gestores das estratégias Macro e Equity Hedge, que apostam em expansão robusta da atividade para este ano. Enquanto isso a divulgação do PIB decepcionou, recuando 0,10% no quarto trimestre de 2012 contra a expectativa de alta de 1,00%, mostrando um mercado de trabalho frágil e queda da taxa de desemprego mais lenta do que a experiência histórica de outras recessões. A notícia impactou as principais bolsas de valores no fim do mês, diminuindo os ganhos das estratégias Macro e Equity Hedge.
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PE R F ORM ANCE (%)
Rio Bravo Fundamental FIA
Rio Bravo Fundamental Institucional FIA
Rio Bravo Multi Estratégia FIC FIM
Rio Bravo Juros FIC FIRF Crédito Privado
Rio Bravo Valor Institucional FIC FIA
Rio Bravo Crédito Privado FIRF
Rio Bravo Liquidez DI FI Referenciado
CDI
Ibovespa
IGP-M + 6%
Dólar
EST R AT É GIAS R IO B R AVO
Janeiro-13
-0,36
-0,73
0,83
0,32
1,01
0,60
0,57
0,59
-1,95
0,87
-2,70
Dezembro-12
8,17
6,78
1,00
1,25
5,68
0,56
0,50
0,53
6,05
1,11
-3,03
Novembro-12
2,99
1,89
0,43
0,42
1,24
0,56
0,49
0,54
0,71
0,44
3,70
Outubro-12
-2,48
-2,81
1,34
2,50
0,78
0,64
0,55
0,61
-3,56
0,58
0,08
Setembro-12
4,31
4,06
0,40
0,95
2,29
0,57
0,47
0,54
3,70
1,42
-0,32
Agosto-12
9,82
7,99
0,68
1,21
3,43
0,73
0,56
0,69
1,72
1,97
-0,62
Julho-12
0,55
0,27
0,79
1,68
2,27
0,68
0,51
0,68
3,21
1,83
1,41
Junho-12
4,26
4,80
0,63
0,35
0,85
0,64
0,57
0,64
-0,25
1,14
-0,05
Maio-12
-8,88
-8,93
1,46
1,61
-
0,73
0,69
0,73
-11,86
1,53
6,90
Abril-12
-2,54
-0,77
1,39
3,00
-
0,76
0,73
0,70
-4,17
1,30
3,83
Março-12
-1,13
0,08
1,09
1,50
-
0,89
0,90
0,81
-1,98
0,92
6,61
Ano
-0,36
-0,73
0,83
0,32
1,01
0,60
0,57
0,59
-1,95
0,87
-2,70
12 meses
22,11
21,62
11,94
17,69
11,56
8,43
7,50
8,09
-5,25
14,36
14,33
24 meses
18,61
16,73
24,30
-
-
21,73
19,45
20,66
-10,23 26,74
18,82
36 meses
27,02
-
35,99
-
-
34,11
30,69
32,68
-8,62
49,81
6,05
48 meses
141,06
-
50,28
-
-
47,43
42,51
45,25
52,06
57,95 -14,16
60 meses
111,00
-
-
-
-
-
59,67
63,41
0,46
81,24
Desde o início
497,49
21,22
56,09
32,35
11,56
56,53
61,24
PL médio* (R$ mil)
286.753,17
77.531,68
21.722.93
22.407,44
8.373,25
200.922,08 29.548,33
PL atual
235.845,72
87.674,49
24.010,03
37.506,54
9.194,77
286.364,70 24.154,29
Data de início
08-set-04
06-abr-10
03-nov-08
08-abr-11
16-abr-12
14-ago-08 27-dez-07
2,00%
2,00%
0,20%
0,10%
0,50%
0,45%
0,35%
20% do que exceder IGPM+6%
20% do que exceder IBOVESPA
10% do que exceder CDI
10% do que exceder IMA-Geral
10% do que exceder IBOVESPA
-
-
Taxa de administração (a.a.)
Taxa de performance
12,95
* Patrimônio líquido médio dos últimos 12 meses.
E S TRATÉ GI AS DEZ / 12
14
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E S TRATÉ GI AS JAN / 13
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