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ESPORTE CLUBE RIO VERDE: Meio Século de Futebol 1

Bruno Gomes Rodrigues 2 Isabella Leão Villas 3 Luiz Henrique Pereira Borges Leão

RESUMO O rádio no Brasil tem um papel histórico e serve como fonte de informação e educação para grande parte da população. Imediato e democrático, o veículo chega a lugares aonde os impressos, a TV e a internet não chegam. Historicamente ligados, o rádio e o futebol são objetos deste estudo. A principal proposta deste trabalho foi produzir um radiodocumentário sobre o time rio-verdense de futebol profissional, Esporte Clube Rio Verde, que completou seus 50 anos de fundação em 22 de agosto de 2013; tendo como objetivo resgatar a trajetória de personalidades que construíram a história do clube e mostrar a presença do futebol no Sudoeste Goiano, utilizando o rádio para divulgar a importância desse time e, além disso, promover a modalidade do radiodocumentário, que não é tão utilizada no radiojornalismo hoje, conhecendo suas técnicas e as técnicas radiofônicas. O gênero, que tem como finalidade documentar algo ou assunto, é o que mais se aproxima da realidade. Este trabalho ainda propõe conhecer a história do futebol em Rio Verde.

Palavras-chave: Esporte Clube Rio Verde. Radiodocumentário. Jornalismo Radiofônico. Futebol.

1. INTRODUÇÃO

O futebol e o rádio são dois elementos que ajudaram a construir a identidade cultural do Brasil no século XX. Assim que se encontraram no começo da década de 1930, os dois construíram uma relação simbiótica de interdependência. Um ajudou na popularização do outro e assim foram modelando uma característica do país que é conhecida em todo o mundo: a paixão pelo futebol. Segundo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), entidade que organiza o futebol brasileiro existe quase 30 mil clubes de futebol no país. Entre os times profissionais de Goiás está o Esporte Clube Rio Verde, que foi criado no dia 22 de agosto de 1963, com o objetivo de incentivar a                                                                                                                         1

Graduado em Jornalismo pela Faculdade Objetivo/IESRiver Graduada em Jornalismo pela Faculdade Objetivo/IESRiver 3 Graduado em Jornalismo pela Faculdade Objetivo/IESRiver 2

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prática esportiva e proporcionar lazer aos torcedores do time e moradores da cidade do Sudoeste de Goiás. O rádio, desde seu aparecimento, tem se constituído, de fato, como um veículo de massa, não apenas por sua abrangência e capacidade de atingir grandes públicos, mas também pelas facilidades que seu formato proporciona na veiculação de informações, qualidade que não podia ser encontrada no impresso, restrito a uma elite alfabetizada da sociedade. O Esporte Clube Rio Verde: Meio Século de Futebol busca contar um pouco da história do time rio-verdense, destacando suas glórias, vitórias e épocas de auge. Com a ajuda de importantes personagens, o grande objetivo do trabalho, é ser referência para o clube e servir de base, para que auxilie futuras pesquisas sobre o tema.

2. METODOLOGIA

A metodologia da pesquisa consiste em pesquisa bibliográfica e na coleta de dados, por meio de documentos, livros, artigos e outros meios de informação como: revistas, jornais, reportagens de rádio, TV e internet. Etapas da pesquisa: •

Trabalho de campo com coleta de dados, através de entrevistas e depoimentos;



Estatística fornecida pelos órgãos competentes;



Pesquisas bibliográficas;



Método de observação participativa e



História oral. Além da pesquisa bibliográfica e de campo, esta também pode ser caracterizada como uma

pesquisa de caráter descritivo e se propõe a fazer um panorama do Esporte Clube Rio Verde, através de um documentário radiofônico, em seus 50 anos de existência. Também será usada neste trabalho a análise documental, estudos baseados em documentos, como material primordial.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1.

Futebol

Estudiosos acreditam que o futebol surgiu oficialmente em 1863, na Inglaterra e era jogado com bolas de couro, com regras claras e objetivas. O esporte começou a ser praticado por estudantes e filhos da nobreza inglesa e aos poucos foi se popularizando. Outras fontes acreditam que por volta de 3.000 a.C., o jogo de bola era praticado por militares chineses na China Antiga, ou que ainda o futebol surgiu na Grécia no ano I a.C e era conhecido como episkiros. Na Idade Média, há relatos da prática de um esporte muito parecido com o futebol. No Brasil, Charles Miller, filho de britânicos nascido em São Paulo, em 1894, trouxe uma bola da Inglaterra e popularizou o esporte no país. Em menos de um ano, partidas começaram a ser disputadas nas várzeas paulistanas. A primeira de que se tem notícia aconteceu em um domingo, 14 de abril de 1895, e antes da virada do século, o Brasil já estava apaixonado pelo football. No começo, em grande parte dos casos, jogavam nas equipes, apenas atletas brancos, pelo fato de os clubes terem sido fundados por estrangeiros. Pouco a pouco, os negros passaram a ser aceitos nos clubes. O Bangu foi o primeiro clube a escalar o negro Francisco Carregal para jogar, em 1905. O Vasco entrou para a história ao ser campeão carioca em 1923, com um time basicamente formado por operários de maioria negra e mestiça, desbancando de vez a elite branca. A profissionalização do futebol brasileiro começa em 1916, quando foi criada a Confederação Brasileira de Desportos (CBD). No mesmo ano, a entidade se filiou à Confederação Sul-americana de Futebol (Comembol) e à Fifa (Federação Internacional de Futebol). O futebol foi ficando cada vez mais popular nos anos 1920. Em 1930, o Brasil disputa sua primeira Copa do Mundo, e fica na sexta posição com uma vitória e uma derrota (COSTA, 2009). Em Goiás, segundo Freitas (2008), Walter Sócrates do Nascimento foi quem introduziu o futebol no estado em 1907. Barbosa (2009) complementa dizendo que o União Americana Esporte Clube, fundado em 28 de abril de 1936, em Goiânia, foi o primeiro clube profissional que nasceu em Goiás. A primeira edição do Campeonato Goiano foi disputada por apenas 5 times: Vila Nova, Atlético, Goiânia, Goiás e Campinas, fundado em 1943 (hoje extinto).

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3.2.

Futebol em Rio Verde

O futebol chegou em Goiás por volta de 1907 e inicialmente foi praticado na cidade de Goiás, antiga capital do estado em um terreno que, ao invés de grama, tinha cascalho. Com seis jogadores de cada time, jogando sem uniformes e sem chuteiras, nascia o amor pelo esporte no Estado.

Com o passar dos dias surgiram os calções. Eram calças cortadas pouco abaixo dos joelhos. O uso de cintos era obrigatório. Meias, chuteiras, sapatos ou botinhas. Na cabeça, boné, gorrinho ou mesmo um lenço amarrado e alguns usavam lenços no pescoço. (...) (Mais tarde,) os gols ganharam traves de madeira e grande multidão já comparecia para prestigiar os jogos programados sempre para as tardes dos domingos. Estava lançada a pedra. ( ) (FREITAS, 2008, p. 11).

De lá, o esporte começou a se espalhar por cidades próximas como Itaberaí, Inhumas, Jaraguá, Pirenópolis e outras. Uma segunda ramificação surgiu em Catalão, indo para as cidades de Ipameri, Pires do Rio e Anápolis. Mais tarde, o futebol atingiu a região Sudoeste, com mais força nas cidades de Jataí, Mineiros e Rio Verde, segundo as pesquisas de Freitas (2008). O futebol foi praticado pela primeira vez em Rio Verde na praça Ricardo Campos (na época conhecida como Lago do Chafariz), no centro da cidade, em 1923. Pires (1998) diz que o primeiro campo para a prática do esporte com dimensões aproximadamente oficiais se situava ao lado do cemitério municipal, hoje cemitério São Miguel. O nivelamento do espaço foi feito com enxadas e soquete de madeira. Esse processo rudimentar fez com que o campo apresentasse um desnível de aproximadamente meio metro, segundo a autora. Naquela época o campo era aberto e resolveram cercá-lo de tabocas4 e arames, por isso passou a ser chamado Campo da Taboca, acrescenta Freitas (2008). No mesmo ano, jogadores de Rio Verde convidaram uma equipe de Jataí para fazerem uma partida amistosa, a primeira realizada na cidade. O jogo, marcado por muita rivalidade, terminou empatado em 2 a 2. Mesmo com o fato de o município não oferecer a estrutura necessária para a prática do esporte, foi criada a Seleção de Rio Verde. Em 13 de junho de 1939 foi fundado em Rio Verde o                                                                                                                         4

Nome popular de um tipo de bambu nativo do Brasil que pode ser encontrado facilmente em todo o território nacional.

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Sudoeste Esporte Clube. Em 15 de abril de 1940 era criada em Rio Verde a Copa Pedro Ludovico, a qual foi disputada pelos clubes de futebol do estado. No Sudoeste Goiano a grande rivalidade sempre existente foi entre as cidades de Rio Verde e Jataí, inclusive no futebol. Os jogos entre os clubes das duas cidades, sempre provocavam sérias discussões e na maioria das vezes, violentas brigas entre os jogadores (CUNHA NETO, 1988, p. 302 e 303). Considerada uma das melhores equipes de futebol do interior de Goiás, o Corinthians Futebol Clube de Rio Verde foi um dos destaques do futebol rio-verdense no passado e deu muitas alegrias aos torcedores. Inicialmente chamado de Juvenil Futebol Clube, o Corinthians de Rio Verde foi fundado em 28 de julho de 1947 e em 19 de junho de 1950, Altino Rodrigues da Silva (popularmente conhecido com Altino Paraguai, citado abaixo) filiou o time na Federação Goiana de Futebol (FGF), de acordo com Freitas (2008). O time foi uma vez vice-campeão e campeão nos anos de 1951 e 1955 do Campeonato do Interior.

Torcedor do S. C. Corinthians Paulista, Altino Rodrigues da Silva escreveu uma carta e enviou para a diretoria do time paulista, solicitando 2 bolas e um jogo de camisas, eles mandaram 2 jogos de camisas e 3 bolas (FREITAS, 2008, p. 19).

Em 5 de abril de 1948 era fundado o Rio Verde Atlético Clube. Em 12 de outubro do mesmo ano, a Lei Estadual n° 179, autorizava a doação de terrenos e prédios do antigo quartel da Polícia Militar, em Rio Verde ao clube. Em 9 de janeiro de 1960 é fundado na cidade por Maurício de Nassau Arantes Lisboa, o Goiás Esporte Clube, composto por jovens jogadores rio-verdenses. O Estádio Mozart Veloso do Carmo foi inaugurado em 27 de setembro de 1968, quando na oportunidade, o Esporte Clube Rio Verde disputou uma partida com o Goiânia Esporte Clube. Aires Humberto (2008), lembra que, o Rio Verde era composto de um elenco de jogadores rio-verdenses, formando um verdadeiro timaço. Carlos, Cornélio, Ademilton, Sissi, Bengala, Bairon, Isaac, Sabará, Adolfo e Neném Preto comporão o time. Em 1971, o 2° Batalhão da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) criou e organizou os Jogos Abertos de Rio Verde. O Torneio foi oficializado pela Lei Municipal n° 1434, de 16 de março de 1976.

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Participavam dos jogos diversas entidades sociais e desportivas e ainda a rede escolar da cidade, somando mais de 800 atletas que durante o mês de agosto disputavam os prêmios e troféus oferecidos pela municipalidade, pelo comércio e indústria rio-verdense (CUNHA NETO, 1988, p. 306).

Hoje, em Rio Verde existem 3 equipes, que mantém atividade no futebol profissional: o Atlético Clube Rio-Verdense, a Associação Atlética Rioverdense e o Esporte Clube Rio Verde, além das categorias de base dos clubes e de várias outras equipes amadoras e escolinhas de futebol. A Associação Atlética Rio-Verdense foi fundada em 9 de julho de 1996. Já o Atlético Clube RioVerdense, em 13 de junho de 1984. Segundo Pires (1998, p. 92), a cidade conta também, com 4 times femininos de futebol.

3.3.

Esporte Clube Rio Verde

O Esporte Clube Rio Verde foi criado no dia 22 de agosto de 1963 e de acordo com Cunha Neto (1988), o time nasceu praticamente do desaparecimento do Rio Verde Atlético Clube. Já Freitas (2008), diz que o Rio Verde surgiu da fusão do Corinthians Futebol Clube de Rio Verde, com o Esporte Clube Goiás (clubes já citados no tópico anterior). As assinaturas de mais de 30 desportistas rio-verdenses fizeram parte do estatuto social de criação do time, que foi registrado no Cartório do 2° Ofício João Orlando Rodrigues, em 29 de outubro, ainda de 63. Um dos grandes motivadores do clube recém-criado foi Erasmo Gonzaga Jaime, que pouco tempo depois se afastou de suas atividades no time. Depois em 65, o Esporte Clube Rio Verde teve junto à Federação Goiana de Desportos (FGD), aprovada sua participação em um torneio profissional. O time disputaria jogos pela 2ª Divisão do Campeonato Goiano. Os primeiros desafios da equipe rio-verdense foram em 1967, quando o time participa pela primeira vez do Goianão, mas fica em último lugar. Em 68, o Rio Verde foi vice-campeão, jogando em Goiânia, contra a equipe do Ceres. No ano de 1969, o clube conquista, de forma invicta, seu

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primeiro título de campeão goiano da 1ª Divisão5. No ano seguinte, o clube não participa do Goianão por falta de estrutura financeira.

Na decisão, teve que jogar fora contra o São Luís, onde empatou por 2 a 2. Disputaram o certame, as equipes do Goiás, de Itumbiara, 2 vezes vencida pelo campeão, o Santa Helena, com quem o Rio Verde empatou e venceu e o São Luís que foi o principal adversário, contra quem venceu uma e empatou a outra. O presidente Warandy Paraguassu, trabalhou como leão durante todo o ano e cumpriu a sua promessa de dar um título máximo para Rio Verde, que foi esse título da 2ª Divisão, em 69, o qual foi o primeiro título do Rio Verde. (Aires Humberto Freitas, em entrevista)

Freitas (2008), diz que o time do Rio Verde só se profissionalizou em 1971, quando se filiou à Federação Goiana de Futebol (FGF). Em 1975, o clube rio-verdense disputou pela primeira vez o Campeonato Goiano pela 1ª Divisão e ficou em último lugar, graças a sua péssima atuação. O Campeonato Goiano de 77 deixou traços marcantes na história do Esporte Clube Rio Verde, apesar de a equipe não sair com o título de campeã ou vice. O time encerrou o Torneio na 3ª posição da tabela. O alviverde do Sudoeste Goiano disputou essa edição com sua melhor equipe. Os times da capital: Goiás, Goiânia e Vila Nova iriam disputar o título com o Rio Verde, que venceu o Goiânia por 2 a 0, mas perdeu para o Vila por 1 a 0 e para o Goiás por 3 a 1.

José Divino Ribamar de Lima (mais conhecido como Zé Rolinha), presidente do Rio Verde na época, contratou Nogueira, profissional experiente, muito bem relacionado com clubes paulistanos, a exemplo do São Paulo e do Portuguesa para ser supervisor do clube. E ele conseguiu trazer atletas vinculados a essas tradicionais e grandes representações do futebol brasileiro, que até hoje muitos torcedores lembram com uma certa nostalgia as proezas daquela jovem equipe que era formada pelos seguintes jogadores: Serginho, Gesmar, Toninho Xerife (que está em Rio Verde até hoje), Paulo Soares, Heleno, Almir, Elimar, Mug, Ferraz, Radar e Chundí (Aires Humberto Freitas, em entrevista).

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Naquela época, a 2ª Divisão era a Primeira Divisão que conhecemos hoje. A 1ª Divisão do Campeonato Goiano de Futebol era chamada de Divisão Especial.

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Outro grande momento do Rio Verde foi em 12 de março de 1978, quando recebeu para uma partida amistosa no Estádio Mozart Veloso do Carmo, o Flamengo, time do Rio de Janeiro e que atualmente tem a maior torcida do mundo.

[...] Dentre outros nomes consagrados no futebol brasileiro, aqui estiveram Capeggiani, Cantarelli, Adílio, Tita e Júnior. O Verdão não intimidou e arrancou um empate de 0 a 0. Pouco tempo depois desse memorável jogo, o Radar (jogador da equipe na época) foi negociado e estreou atuando pelo Flamengo no Rio de Janeiro e já de cara na estreia, marcou 4 gols (FREITAS, 2012).

Até 88, o time disputou jogos na Série A, mas neste ano ficou em penúltimo lugar, voltando novamente, para a 2ª Divisão. Já no ano seguinte, ele é campeão e conquista uma vaga para voltar para a 1ª Divisão. Em 1990, novamente no penúltimo lugar no Campeonato, o Rio Verde acaba sendo rebaixado. Após 3 anos na 2ª Divisão, o alviverde volta para a Série A do Campeonato. Já em 1995, a equipe conquista sua melhor posição na história do clube, ficando entre os 3 melhores no Estadual, o que resultou na sua participação em 6 jogos da Série C do Campeonato Brasileiro. Venceu 1, empatou também 1 e perdeu 4 partidas. O time ficou em 89º lugar e no mesmo ano pediu licenciamento, resultado de uma grande dívida. O Esporte Clube Rio Verde só volta às atividades em 2009, jogando pela 3ª Divisão do Torneio, ficando em 3° lugar, mas só em 2010, sendo vice-campeão, conquistou a volta para a Série B. No ano seguinte, o clube foi campeão da 2° Divisão de 2011 e garante o acesso à Série A. Em 2012, a equipe permaneceu na 1ª Divisão. Dos 18 jogos disputados, o clube rio-verdense venceu 5, empatou 4 e perdeu 9, ficando na 7ª colocação na tabela. Em 2013, ano em que o Rio Verde completa seus 50 anos de existência, ele foi um dos favoritos para a conquista do título inédito de campeão goiano da 1ª Divisão, mas o contrário aconteceu. A 70ª edição do Campeonato Goiano contou com 96 jogos no total. Disputada por 10 clubes, os 4 melhores times colocados se classificaram para a fase semifinal. Os 2 últimos colocados, Itumbiara e Rio Verde, foram os times com as piores atuações em campo e acabaram rebaixados para a 2ª Divisão de 2014. De um total de 18 jogos, o Rio Verde ganhou 4, empatou 7 e perdeu também 7, somando 19 pontos. O campeão Goiás conquistou durante os jogos, 43 pontos e o vice, Atlético, 33. Nas

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estatísticas gerais, o Rio Verde também não se destacou. Em um jogo contra o Grêmio Anápolis, no Estádio Jonas Duarte (em Anápolis), apenas 35 pagantes assistiram a partida, que também registrou a menor renda do Campeonato, de R$ 590,00. Das 70 edições dos Campeonatos Goianos, o clube participou de 28, sendo então, campeão da 2ª Divisão por 5(cinco) vezes.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O futebol é a grande paixão do brasileiro. Só mesmo no país do futebol é que o gol no rádio poderia ter outro som. A narração de uma partida pelos locutores brasileiros é singular. Jogando com o imaginário do fanático torcedor, o locutor cria um lance mais bonito do que a realidade. É uma descrição sempre emocionante, precisa e rica em detalhes. A partir do tema apresentado neste trabalho, percebe-se a relação de afinidade existente entre o rádio e futebol, dois elementos fundamentais da cultura brasileira e que se fortaleceram de forma que um ajuda no aperfeiçoamento e popularização do outro e assim foram modelando uma característica do país, que é conhecida em todo o mundo: a paixão pelo futebol. Apesar da TV, o rádio segue com seu espaço, sobretudo se aproveitando da Internet e das novas tecnologias, para ampliar seu campo de atuação. Hoje as rádios conseguem abrangência ilimitada por meio do uso da web. O radiojornalismo na Internet abriu possibilidades para a construção e desenvolvimento de novas possibilidades para a prática do jornalismo e das relações entre internauta e emissora. Na web, a interatividade assume papel fundamental e cria novos hábitos, reconfigurando a rotina radiojornalística. O radiojornalismo esportivo foi um dos primeiros gêneros a se firmar no rádio e continua ocupando grande espaço na programação das principais emissoras do país. O radiodocumentário surgiu como extensão do jornalismo, pois possibilita uma abordagem mais aprofundada e real sobre o assunto.

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Depreende-se que este radiodocumentário reúne e apresenta valiosos depoimentos, visto a escassez de material bibliográfico e de trabalhos sobre o time Esporte Clube Rio Verde, fez com que este projeto adquirisse uma grande relevância histórica e teórica, já que poderá tornar-se um estímulo para novas indagações e uma abertura de caminho para o surgimento de outras pesquisas nesta área.

5. REFERÊNCIAS

CUNHA NETO, Oscar. Rio Verde: apontamentos para a sua história. Goiânia: Gráfica e Editora O Popular, 1988.

FREITAS, Aires Humberto. Identidade do esporte rio-verdense. 1. ed. Rio Verde: Associação Cultural 8 de Março, 2008.

LIMA, Filadelfo Borges de. Rio Verde e suas personalidades: memorial I. Goiânia: Kelps, 2008.

PIRES, Zilda. Rio Verde - Relato Histórico. Rio Verde: IAM Gráfica e Editora, 1998.

Material da internet

BRASIL.GOV.BR. Futebol no Brasil. In: Sobre - Esporte - Modalidades - Futebol. Disponível em: . Acesso em: 20 de março de 2013.

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CAMPEÕES DO FUTEBOL. A História do Futebol em Goiás. In: Estadual>>Goiás. Disponível em: . Acesso em: 26 de março de 2013.

ESPORTE CLUBE RIO VERDE. In: História. Disponível em: . Acesso em: 8 de março de 2013.

FEDERAÇÃO GOIANA DE FUTEBOL. In: Institucional. Disponível em: . Acesso em: 20 de março de 2013.

PORTAL 2014. A História do Futebol Brasileiro. In: Notícias. (Por Guilherme Costa) Disponível em: . Acesso em: 20 de março de 2013.

PORTAL 2014. A História do Futebol Brasileiro. In: Notícias. (Por Guilherme Costa) Disponível em: em: . Acesso em: 20 de março de 2013.