RELATÓRIO MÉDIO ORIENTE

Eles dão a vida por Jesus!

OS CRISTÃOS PERSEGUIDOS PRECISAM DE CADA UM DE NÓS. Para milhares de cristãos, os últimos anos têm sido trágicos. Por causa do fanatismo de grupos terroristas, famílias inteiras foram forçadas a passar por um suplício inimaginável. Nos últimos anos, no Iraque e na Síria, milhares de pessoas foram mutiladas, violentadas, escravizadas. E mortas. Grupos jihadistas atacaram os Cristãos com uma violência cega, inumana. Uma violência desconhecida que atingiu por igual crianças e idosos, mulheres e homens, sacerdotes e religiosas. Ninguém escapou. Milhares foram forçados a fugir perdendo tudo o que tinham. Foram perseguidos por serem cristãos. Apenas por causa disso. A sua vida ficou desfeita e agora pedem-nos ajuda. Até onde vai a nossa solidariedade?

ESTES CRISTÃOS DÃO A PRÓPRIA VIDA PELA FÉ EM JESUS. E NÓS, QUE FAZEMOS POR ELES?

Os números são trágicos e falam por si. Em 5 anos de guerra civil na SÍRIA, calcula-se que cerca de 13,5 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária urgente, metade das quais são crianças. No IRAQUE, em 2003, havia cerca de 1,5 milhões de cristãos no país. Hoje, depois de terem sido ameaçados e escorraçados por grupos jihadistas, serão apenas 250 mil. Os Cristãos iraquianos foram forçados a fugir de suas casas em Agosto de 2014 para salvarem as próprias vidas. Fugiram para o Curdistão iraquiano e encontraram refúgio em Erbil. É aí que os podemos ajudar. No LÍBANO, a situação é também dramática, pois o país recebeu cerca de 2 milhões de refugiados, ou seja o equivalente a metade da sua população. Por causa desta situação o próprio país está em profunda crise. Ajudar estes refugiados não é uma responsabilidade só do Líbano. É nossa também.

Cada vez mais Cristãos estão a abandonar o Médio Oriente. A nossa ajuda é essencial para ajudá-los a ficar nos seus países! É aqui que a Fundação AIS tem procurado socorrer estas famílias, demonstrando que a solidariedade é mais do que uma simples palavra, e que “partilhar” é um verbo que, quando conjugado com “amor”, produz verdadeiros milagres.

NESTE NATAL, MESMO QUE O DESEJÁSSEMOS, NÃO CONSEGUIRÍAMOS CONVIDAR TODOS ESTES CRISTÃOS PARA A NOSSA CONSOADA. ISSO SERIA IMPOSSÍVEL. Mas podemos, no entanto, ajudar a alimentá-los, a vesti-los, a comprar-lhes os medicamentos de que tanto precisam. E, claro, podemos e devemos rezar por eles. Ajudar estes cristãos é também uma forma de lhes dizermos ‘obrigado’ pelo exemplo de Fé! 2

LÍBANO

“NÃO TEMOS MEDO DE MORRER POR JESUS!” O Vale de Bekaa, no Líbano, é hoje a morada de centenas de milhares de refugiados oriundos da Síria. Muitos são cristãos. Alguns foram obrigados a fugir para salvar a própria vida. Mas nem ali, no Líbano, se sentem seguros. Elias e o seu sobrinho pensaram que estavam a salvo. Estavam perto da sua casa, na Síria. Mas, infelizmente, isso já não significa segurança e conforto. No caminho foram raptados por extremistas islâmicos. “Fomos amarrados e amordaçados num convento que os extremistas invadiram onde assistimos impotentes à destruição dos ícones”, contou Elias à Fundação AIS. Naquele momento a liberdade foi-lhes retirada, mas agarraram-se com força à sua fé, uma fé que foi ridicularizada pelos extremistas.

“Os Cristãos são porcos”, diziam ao Elias e ao sobrinho. “Vocês não merecem viver!” Recusando-se converter, o sobrinho de Elias disse aos raptores: “Nós não temos medo de morrer por Jesus!”. A sua Fé foi o seu amparo nesta provação e nos momentos de tortura que se seguiram. Após terem sido libertados com o enorme esforço da família para pagar o resgate exorbitante exigido pela sua libertação, Elias e toda a sua família, fugiram para o Líbano. Tendo perdido tudo, procuraram desesperadamente por abrigo, alimentos,

medicamentos para a filha, que sofre de diabetes. Numa altura em que não sabiam para onde se voltar, a Igreja local, com a ajuda dos benfeitores da Fundação AIS, estendeu-lhes a mão. “Se não fossem vocês, não teríamos sobrevivido. Tenho sorte por estar vivo e por nos ajudarem.” Partiram para o Vale de Bekaa, onde se juntaram a milhares de outros refugiados, a milhares de outros cristãos que, como eles, perderam tudo o que tinham para conservarem a fé em Jesus Cristo. Dependem unicamente de nós!

“A CANTINA DO ARCEBISPO” PARA 500 REFUGIADOS Como Elias há milhares de outros cristãos que vivem no Líbano, desde que começou o “terramoto” do jihadismo na Síria e no Iraque. Ajudá-los é um imperativo. Ajudá-los passou a ser uma das missões do Arcebispo Greco-Católico, D. Issam Darwish. Estes cristãos, estes refugiados perderam tudo o que tinham. Agora vivem da solidariedade. Têm fome e precisam de comer. Por causa disso, D. Darwish decidiu transformar uma cozinha numa cantina e distribuir refeições pelos mais necessitados.

D. Darwish conhece praticamente a história de todos os refugiados e já chorou com eles… Hoje, em Zahlé, são todos vizinhos do mesmo infortúnio. Todos, por ali, perderam o que tinham, mas há alguns que estão numa pobreza quase total. A “sua cantina”, concretizada através da generosidade dos benfeitores e amigos da Fundação AIS, é hoje o ponto de encontro de centenas de pessoas todos os dias. Ali vão os que não têm família, as crianças que perderam os pais, os mais idosos, os doentes. Todos os

dias por ali acontece o milagre da divisão dos pães! A Fundação AIS tem vindo a apoiar na alimentação destes 500 refugiados, mas a ajuda continua a ser essencial.

Diariamente são necessários 1.000€ para alimentar 500 refugiados em Zahlé.

Podem continuar a contar consigo?

O SEU DONATIVO HOJE IRÁ FAZER A DIFERENÇA NO LÍBANO • Ajuda de emergência para Cristãos no Vale Bekaa. . . . . . . . . . 30.000€ • Refeições diárias para 500 refugiados em Zahlé. . . . . . . . . . . . . . 60.000€

obri gado!

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obri gado!

SÍRIA

A GUERRA NA SÍRIA PARECE NÃO TER FIM. Da cidade de Alepo, outrora a segunda mais importante metrópole do país, continuam a chegar-nos alarmantes pedidos de ajuda. Perante a violência do conflito, resta apenas a força da fé que se traduz em orações. Desde há cinco anos, por causa da guerra, o número de cristãos na cidade de Alepo passou dos 160 mil para cerca de apenas 35 mil. Em Alepo a nossa ajuda é maioritariamente de emergência para aliviar o sofrimento destas famílias cristãs, que são o principal alvo da perseguição. Falta água, electricidade, comida, aquecimento, roupa…. Falta-lhes tudo!

Com 250€ é possível providenciar 5 cabazes com alimentos, medicamentos e roupa para 5 famílias.

AJUDA DE EMERGÊNCIA

“NÃO AGUENTAMOS MAIS!”

As Irmãs Carmelitas de Alepo e várias religiosas que vivem no meio deste conflito vivem em extrema necessidade! Precisam da nossa ajuda para a sua subsistência e para apoiar a população que depende delas.

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COM 25€ É POSSÍVEL AJUDAR À SOBREVIVÊNCIA DESTAS RELIGIOSAS DURANTE 1 MÊS.

As monjas carmelitas de Alepo dizem-nos também que esta batalha está para lá do que é aceitável. “Não aguentamos mais”, dizem num relato em que se fala de uma cidade completamente cercada pelos bombardeamentos, uma cidade arruinada seja na zona controlada pelo exército sírio, seja nos bairros dos rebeldes. Nem o Carmelo escapa a esta violência. No dia 22 de Outubro, caiu um “rocket” nos terrenos do próprio convento das Carmelitas (na foto), como se fosse um sinal de que ali, em Alepo, na Síria, ninguém está a salvo, nenhum lugar é especial e todos são um alvo do terror. Mas, apesar do susto e com a protecção de Nossa Senhora, não houve vítimas: “Ninguém ficou ferido!” “Como pode alguém querer ganhar uma guerra onde todos já perderam?” Todos os dias, estas irmãs são testemunhas impotentes do sofrimento de centenas e centenas de pessoas. Estas irmãs estão lá. A guerra em Alepo está ali, à porta, à frente dos seus olhos. Os gritos que elas escutam são de pessoas ensanguentadas, de crianças em lágrimas. O que elas vêem são prédios em ruína que já sepultaram milhares de vidas. As pessoas estão em lágrimas. “Agradecemos a vossa generosa ajuda para a nossa comunidade e para os mais necessitados à nossa volta. Estamos muito gratas e muito sensíveis ao vosso amor e oração: estes são um dos nossos maiores consolos na tragédia em que vivemos. Nós temos esperança que a guerra finalmente acabe em breve. Unidas em oração e esperança, nós vos transmitimos a nossa fraternal saudação, as Carmelitas de Alepo.”

DO‘INFERNO’AO VALE DOS CRISTÃOS

as suas filhas a terem o mesmo destino, seriam eles a serem assassinados também… Com a ajuda de um vizinho, que Eram uma família normal, com cinco filhos, trabalho, rotinas. Hoje, quando os alertou do perigo imenso que corriam, recordam o que lhes aconteceu, em Raqqa, entretanto transformada na esta família cristã fez-se à estrada. Foram “capital” dos jihadistas do auto-proclamado Estado Islâmico na Síria, não horas e horas de viagem alucinante, com cadáveres nas ruas, homens, mulheres conseguem disfarçar a dor, a inquietação. Até o medo. Hoje estão em e crianças estropiados, todos vítimas da segurança, no chamado Vale dos Cristãos, um espaço em que centenas barbárie mais atroz que se pode imaginar. de famílias se refugiaram depois de terem fugido da mais inacreditável “De vez em quando os nossos filhos diziam, apontando para um cadáver: ‘Olha este violência, da mais que provável morte. Ainda hoje, quando falam da é o meu amigo John. Este é o nosso vizisua história, pedem para não revelarmos os seus nomes. nho Jamil.” E nós dizíamos rapidamente: “Vivíamos em paz,” começou a mulher. mais suave.” O imposto, a conversão ou a ’Não olhes. Continua!’ “Tínhamos bons vizinhos muçulmanos, com morte. Raqqa já não era mais uma cidade: Ao fim de 17 horas, chegaram a um quem mantínhamos boas relações. Os nos- era uma prisão. acampamento de nómadas. No dia sos filhos eram amigos. Um dia chegaram Um dia, chegaram a casa de uma seguinte, disfarçados com as roupas bandos de homens armados, da Frente al vizinha sua e disseram que um dos dos nómadas que os acolheram, fizeNusra e tudo mudou.” homens do ISIS queria ‘casar’ com a ram-se de novo à estrada, a caminho do Vale dos Cristãos. Graças a Deus Leis rigorosas para todas as pessoas, as filha dela. A vizinha chamava-se Uma estão vivos. Ali encontraram a ajuda da mulheres a serem obrigadas a usar o Yakub. Ela veio aos gritos, alarmada, Igreja local, através da generosidade hijab, a cobrirem o corpo por completo, pedir-nos ajuda. Quando regressou dos benfeitores da Fundação AIS. Esta menos os olhos, e polícias de costu- a sua casa, a filha tinha-se suicidado, família cristã alimenta a esperança de mes por todo o lado. Pessoas a serem cortado os pulsos… que o pesadelo vai terminar um dia açoitadas na rua, a serem mutiladas “Quando o oficial regressou no dia seguinte e e que ainda será possível regressar a casa. em julgamentos sumários. Tudo em soube o que tinha acontecido prendeu a nossa nome do Islão. Eles, os Cristãos, foram obrigados a pagar um imposto, a Jizya, ou a converterem-se.  Uma coisa ou a outra. Ou a morte. Quando julgavam que o ‘inferno’ tinha chegado até Raqqa, apareceram os jihadistas do auto-proclamado Estado Islâmico (ISIS). E tudo se tornou muito pior ainda. Todos os dias alguém era chicoteado nas praças. Todos os dias alguém era pendurado nos postes, apedrejado, decapitado, crucificado, como exemplo do tratamento dado “aos infiéis”. Todos os dias os cristãos eram mais e mais ameaçados. “Forçar mulheres e raparigas de 12 anos a casar-se com os seus soldados ‘mujahideen’, criar um mercado para a troca e venda de mulheres cristãs ou curdas como escravas era o seu veredicto

vizinha Uma Yakub e condenou-a a ser açoitada na praça mais importante da cidade. Estávamos lá enquanto a açoitavam. Uma Yakub estava tão perturbada que desatou a gritar e a chamar-lhes infiéis criminosos e inumanos até que um dos oficiais disparou para a sua cabeça. Morreu imediatamente!” contou-nos a mulher, desfeita em lágrimas. Não era possível continuar nem mais uma hora por ali. Um dia qualquer, seriam

“Estamos gratos a todos os benfeitores da Fundação AIS por tudo o que nos ofereceram naquele momento e que nos continuam a oferecer mensalmente. Não temos palavras para agradecer desde a comida aos produtos de higiene, aos colchões, aos cobertores mas principalmente pela vossa generosidade sem esperar algo em troca. Muito obrigado!” Hoje, juntamente com centenas de famílias, que se encontram no Vale dos Cristãos, dependem totalmente da nossa generosidade para sobreviver.

O SEU DONATIVO HOJE IRÁ FAZER A DIFERENÇA NA SÍRIA - Ajuda de emergência para 1.603 famílias em Alepo e no “Vale dos Cristãos” . . . . . . . 280.000€ - Estipêndios de Missa para 33 sacerdotes e Homs e Lataquia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28.000€ - Ajuda de subsistência para as Irmãs Carmelitas em Alepo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000€

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IRAQUE

“SE DEUS QUISER, IREMOS REGRESSAR A CASA…”

Na Planície de Nínive, agora libertada do jugo jihadista, só há casas destruídas, igrejas esventradas e queimadas, bairros inteiros vandalizados por tempestades de ódio, de violência cuspida pelo cano das metralhadoras, como se cada parede ferida pelas balas não fosse ela própria testemunha silenciosa de pessoas fuziladas, do ódio mais rasteiro, da perseguição religiosa. Os soldados das forças aliadas têm estado a reconquistar, uma a uma, as aldeias aos

jihadistas e os sinos voltaram a tocar em muitas igrejas. Simbólica, pela sua importância, foi a libertação de Qaraqosh. Foram dois anos e dois meses de uma barbárie que teve início em Agosto de 2014. As aldeias e as vilas cristãs reconquistadas ao ódio têm nome. Sheik Amir, Qaraqosh, Karamlesh, Mangouba… Foram locais cheios de vida, onde pessoas nasceram, foram baptizadas, casaram… Hoje são locais com cheiro a morte!

“JÁ SOFREMOS O SUFICIENTE.” A família Mateh vive numa casa pré-fabricada num acampamento para cristãos em Erbil. Tal como eles, também Raeda seguiu com toda a atenção a reconquista dos militares iraquianos apoiados por forças curdas e a aviação da coligação internacional. Numa das imagens que se repetiram vezes sem conta na “Internet”, Raeda reconheceu a sua igreja (foto acima), onde ia sempre aos domingos, onde rezava as orações que por aqueles lados sempre foram murmuradas a Deus desde o princípio do Cristianismo. “Olha, a nossa igreja…” O templo estava vazio, com o chão atulhado de lixo. Um grupo de sacerdotes ortodoxos rezava em voz alta e as suas orações ecoavam como se fossem um lamento. Raeda, tal como os Mateh, sonha com o dia em que poderá voltar para casa, à vida que levava. Erbil é, para quase todos, apenas um local de passagem. No entanto,

por ali, naquela cidade provisória erguida em grande parte graças à solidariedade dos benfeitores e amigos da Fundação AIS, já ninguém pensa noutra coisa. Diz Raeda: “Se Deus quiser, iremos todos regressar a casa. Já sofremos o suficiente.”

LEMBRA-SE DO SEMINARISTA MARTIN?

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A sua história é exemplar. E inflama a nossa própria fé. Expulso da sua aldeia no auge dos ataques jihadistas no Iraque, Martin Baani foi obrigado a fugir, como todos os outros, apenas com a roupa que trazia vestida. Só teve tempo para salvar o Santíssimo da igreja de Karamlesh, onde vivia. Tudo o resto ficou para trás. Martin era seminarista e prometeu ali, na igreja vazia que estava prestes a ser profanada, que ninguém iria impedi-lo de cumprir o sonho da sua vida: ser padre e servir o seu povo! Dia 16 de Setembro de 2016. A igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Erbil. É dia de ordenações. Entre os sete novos sacerdotes está precisamente Martin Baani. Tem agora 26 anos. A ocupação da sua aldeia pelos jihadistas não o derrotou. Pelo contrário. Tornou-o mais forte, permitiu-lhe ver com clareza a sua missão. Durante o tempo em

que se preparou para o sacerdócio, Martin foi aos campos de refugiados para acompanhar as famílias cristãs, procurando ajudá-las no seu sofrimento, nas suas dores, nas suas lágrimas. Desde 2014 que milhares de benfeitores e amigos da Fundação AIS em Portugal adoptaram Martin, o seminarista Martin, nas suas orações. Cada vez que ele abraçava alguém no campo de refugiados de Erbil, ou cada vez que simplesmente sorria com eles ou escutava as suas dores e lamentos, Martin era o rosto dessa generosidade, era o olhar e a voz de cada um desses benfeitores. Era a sua voz e o seu olhar.

O abraço emocionado da mãe no dia da sua ordenação.

obri gado!

Hoje, o Pe. Martin agradece a cada benfeitor que o ajudou a terminar o curso de teologia, a cada um que rezou por ele. A nossa ajuda continua a ser essencial para continuar a servir e ajudar o seu povo.

O CRISTIANISMO É UMA FONTE DE PAZ E DE RECONCILIAÇÃO. SEM PADRES, A IGREJA NO MÉDIO ORIENTE NÃO TEM FUTURO!

“AS NOSSAS CRIANÇAS PERDERAM TUDO, MENOS A SUA FÉ!” Às vezes o passado é uma armadilha. Está sempre presente, mesmo quando o queremos evitar, mesmo quando precisamos de o esquecer. As Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena vivem em Ankawa, também desde o fim da tarde de 6 de Agosto de 2014. Também elas fugiram da cidade de Qaraqosh. Quando chegaram a Erbil, o pânico estava presente em todos os rostos. Homens, mulheres e crianças eram todos como ovelhas sem pastor. Também elas são refugiadas entre os refugiados! Meteram mãos à obra e com a ajuda dos benfeitores da Fundação AIS gerem uma escola primária pré-fabricada, em Erbil… Como perseverar na fé e transmiti-la, com os terroristas apenas a alguns quilómetros de distância? Carin, de origem francesa, é voluntária numa das 11 escolas pré-fabricadas construídas com a ajuda dos benfeitores da Fundação AIS. Esta escola proporciona educação a 600 crianças cristãs que se encontram entre as 120 mil famílias que fugiram de Mossul e Qaraqosh, por ocasião dos ataques do ISIS em Agosto de 2014. Perderam as suas casas, as suas escolas, os amigos, tudo... Contudo, apesar das suas muitas perdas, há algo que nunca abandonaram e que continua a crescer mais forte cada dia que passa: a sua Fé! Com as suas aulas, Carin não pretende apenas ensinar as crianças a rezar, mas dar-lhes a oportunidade “de encontrar Jesus, de dar e receber o Seu amor” a um nível pessoal, diz-nos. A maior parte destas pessoas que fugiram, incluindo as religiosas, chegaram a Erbil e vivem agora naquilo que chamam de “contentores”, em campos de refugiados no subúrbio cristão da cidade de Ankawa. No entanto, com a construção da nova escola, que ensina em árabe, as crianças podem continuar a sua educação e, com a ajuda de Carin, continuar a aprender e a crescer na fé graças às aulas de catequese que recebem na escola.

Todos os dias o Santíssimo Sacramento é trazido até ao campo para que todos, adultos e crianças, tenham a oportunidade de rezar.

Actualmente, Carin vive no campo dentro de um dos “contentores” proporcionados pelas Irmãs Dominicanas e não tem rendimentos. “É a Providência que cuida de mim!”

As Irmãs Dominicanas pediram-nos ajuda para a aquisição de livros escolares. COM 45€ PODEMOS OFERECER 20 LIVROS ESCOLARES A ESTAS CRIANÇAS. VAMOS COLABORAR?

A família Mateh, o Pe. Martin e Irmãs Dominicanas e estas as crianças são pessoas simples como nós. As suas vidas foram sacudidas por um imenso terramoto de violência e de horror. No entanto, podemos olhar para todos eles como um exemplo. Nunca renunciaram, em nenhum instante, à sua fé em Jesus. E se fôssemos nós?

O SEU DONATIVO HOJE IRÁ FAZER A DIFERENÇA NO IRAQUE • Ajuda de emergência para 12.000 cristãos de Mossul e da Planície de Nínive. 3.800.000€ • Estipêndios de Missa para 6 sacerdotes em Bagdade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.880€ • Aquisição de 4.650 livros escolares para 11 escolas primárias . . . . . . . . . . . . . . . . 10.800€

obri gado! 7

obrigado!

Os benfeitores da Fundação AIS fazem a diferença nas vidas dos nossos irmãos e irmãs que sofrem perseguição no Médio Oriente, mas lamentavelmente há tantos que ainda estão à espera de ser ajudados…

José, que dá assistência o Sã de a nic Clí a ra pa nativo o Ao fazer o seu próprio do Fundação AIS no Iraque, da o ct oje pr um , bil Er a 2.800 refugiados em -nos a ajudar os nossos ida nv co ia órd ric se Mi “A : Papa Francisco disse-nos rar as suas r as suas lágrimas, a sa ca se a , em fr so e qu ãs um mero irmãos e irm dilacerados. Não é apenas es çõ ra co us se os r ola a vez que feridas e a cons os próprios corações, um ss no os ar ud aj de as m o”. acto de caridade, ptismo são “um em Crist ba o m es m do de tu vir todos os Cristãos, em

“OBRIGADO POR NOS AJUDAREM A MANTER OS CRISTÃOS NO MÉDIO ORIENTE.” “Depois de quase dois anos, as famílias cristãs que fugiram de Mossul e da planície de Nínive sentiram uma sensação de desespero, estão à espera de notícias, da libertação das suas terras, para que possam voltar para às suas casas e reconstruir as suas vidas. O tempo está a esgotar-se e o tempo é muito importante: quanto mais esperamos, mais famílias irão embora porque acham que é inútil ficar... Sem a vossa solidariedade, a maioria deles emigraria e deixaria o país. A ajuda dos benfeitores da Fundação AIS tem sido fundamental. Contem sempre com as nossas orações!” D. BASHAR WARDA, ARCEBISPO DE ERBIL, IRAQUE

ESTAMOS QUASE NO NATAL DE 2016. O mês de Dezembro é extremamente rigoroso no Iraque, na Síria e no Líbano, nas zonas onde vivem as comunidades cristãs. A pobreza em que se encontram acentua-se agora nestes dias em que o frio é mais agreste, mais impiedoso. No Inverno, estes irmãos na fé tornam-se ainda mais pobres, mais carentes. No Inverno, estes irmãos na fé precisam ainda mais de ajuda. FICHA TÉCNICA

DIRECTORA AIS PORTUGAL:

PROPRIEDADE

Catarina Martins de Bettencourt Clássica, Artes Gráficas TRANSFERÊNCIA BANCÁRIA

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Fundação AIS, R. Prof. Orlando Ribeiro, EDIÇÃO E REDACÇÃO: Ana Vieira e Paulo Aido 5-D, 1600-796 Lisboa Novembro de 2016 Tel. 217 544 000 [email protected] www.fundacao-ais.pt

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