EDUCOMUNICAÇÃO
Bruno Ferreira | Especialista em Educomunicação E-mail:
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MUNDO CONTEMPORÂNEO
COMUNICAÇÃO
AS GERAÇÕES JUVENIS O mundo digital faz parte da cultura infanto-juvenil. (Geração Z)
Geração TV (anos 70-90): Receptores de conteúdos dos meios de comunicação. Geração-net (anos 90-2010): “Ávidos por expressão, descoberta e autodesenvolvimento.”
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Hoje o jovem está exposto a uma ampla gama de interesses pessoais, orientações sexuais e preferências políticas graças a uma diversidade não censurada que se reflete intensamente também no campo digital.” (SAYAD, 2011, p. 54)
AS GERAÇÕES JUVENIS
ESCOLA E NTICs A escola não acompanhou as transformações do mundo. → Educação formal se mantém “hierárquica, inflexível e centralizadora”, destoando do perfil atual de infância e de juventude. → NTICs e Web 2.0: possibilitam ao jovem adquirir e compartilhar informação e conhecimento, além da experimentação de novas linguagens (hibridismo). → Escola: crise de legitimidade e resistência às NTICs.
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Não se trata de incorporar acriticamente a tecnologia no tecido social, educativo e comunicativo. O que estamos requerendo (...) é uma série de estratégias que permitam a nossas sociedades aproveitar o potencial da tecnologia para nossos próprios fins (...)” (OROZCO-GOMEZ, 2011, p. 160).
EDUCOMUNICAÇÃO Um novo paradigma aplicado às áreas de comunicação e educação, que tem por objetivo transformar espaços de formação e difusão de informação - como são as redes sociais –, tornando-os mais democráticos, solidários e dialógicos. Trata-se do
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conjunto de ações voltadas ao planejamento e implementação de práticas destinadas a criar e desenvolver ecossistemas comunicativos abertos e criativos e, espaços educativos, garantindo, desta forma, crescentes possibilidades de expressão a todos os membros das comunidades educativas.” (SOARES, 2011, p. 36)
NOVAS FORMAS DE COMUNICAÇÃO . Modelo de comunicação em rede
Modelo de comunicação dos meios de massa
NOVAS FORMAS DE COMUNICAÇÃO A internet abre caminho para uma comunicação em outra perspectiva e de modo mais amplo que o mainstream.
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O barateamento das tecnologias facilitou o caminho, junto com a internet, para que nos tornássemos produtores de comunicação, e não só receptores. O que era uma via de mão única transformou-se num desenho mais complexo. A essa teia viva e tridimensional dá-se o nome rede. Uma sociedade em rede acaba por democratizar e pulverizar o acesso à informação e à sua produção – por consequência, há uma reestruturação de poder como no caso do presidente da empresa que fica mais próximo de todos os funcionários.” (SAYAD, 2012, p. 43)
NOVAS FORMAS DE COMUNICAÇÃO Algumas características e questões dos processos de comunicação na Web 2.0:
Complexidade da autoria (copyright e creative commons); Não linearidade; Hipermídia: a reunião de várias mídias num mesmo ambiente; Transmídia: uma mídia se complementa na outra; Linguagem híbrida (memes); Viralização; Excesso de informação; Interatividade e participação.
GOVERNO ABERTO Governo Aberto é um conjunto de iniciativas articuladas de transparência, participação, inovação e integridade nas políticas públicas. A cidade de São Paulo implementa esta agenda ao desenvolver estratégias para: Ampliar os processos de participação na tomada de decisões; Garantir a transparência, por meio do acesso às informações públicas; Desenvolver processos que estimulem a integridade e responsabilização do poder público e seus agentes; Fomentar a criação e uso de ferramentas de inovação tecnológica e social.
INFORMAÇÃO
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É falso pensar que basta informar sempre mais para comunicar, pois a onipresença da informação torna a comunicação ainda mais difícil. Além disso, a revolução da informação produz a incerteza na comunicação. O resultado é imprevisível (...) “A informação é a mensagem. A comunicação é a relação, que é muito mais complexa.” (WOLTON, 2011, p. 12).
INFORMAÇÃO
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Há um paradoxo? Sim. É a vitória da informação que revela essa dificuldade crescente da comunicação. Durante séculos, essas duas palavras foram quase equivalentes. Eram, em todo caso, companheiras na luta pela liberdade de expressão, pela emancipação política e pelos direitos do homem. Hoje, é antes de tudo a informação que se impõe, enfatizando a ideia de uma comunicação „automática‟ (...) “A informação tornou-se abundante; a comunicação, uma raridade. Produzir informações e a elas ter acesso não significa mais comunicar.” (WOLTON, 2011, p. 15-16).
COMUNICAÇÃO
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Comunicação é educação, é diálogo, na medida em que não é transferência de saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação do significado.” (FREIRE, 2011, p. 64).
COMUNICAÇÃO
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Este é ponto: a comunicação transformou-se em dimensão estratégica para o entendimento da produção, circulação e recepção dos bens simbólicos, dos conjuntos representativos, dos impactos materiais (...). “Tal conjunto de sistemas e processos está provocando profundas transformações sociais, de algum modo promovendo impactos diretamente na vida de homens e mulheres do nosso tempo, que velando, quer revelando ou desvelando informações e conhecimentos.” (CITELLI, 2011, p. 62).
CONHECIMENTO
PROPOSTA DE REFLEXÃO Levando-se em conta as novas formas de comunicação e possibilidades de interação que as práticas de comunicação possibilitam, construa em grupo uma proposta de intervenção educomunicativa que vise a aproximação entre poder público e sociedade, a fim de fortalecer comunidades ou transformar realidades em situação de vulnerabilidade. Discuta e defina em grupo: (1) Que atividade será desenvolvida; (2) De que forma será desenvolvida, a fim de promover a participação, o diálogo e o respeito entre todos os envolvidos;
(3) Que tipo de problema esta intervenção quer resolver; (4) O que se pretende conquistar com esta intervenção; (5) Como dar visibilidade a esta iniciativa.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ABRAMO, Helena Wendel. Considerações sobre a tematização social da juventude. In Revista Brasileira de Educação. Nos. 5 e 5. 1997. pp. 25-36. CITELLI, Adilson. Comunicação e educação: implicações contemporâneas In: CITELLI, Adilson; COSTA, Maria Cristina. Educomunicação: construindo uma nova área do conhecimento. São Paulo: Paulinas, 2011, pp. 59-76. FERREIRA, Bruno. Educomunicação e discursos: a fala do adulto noticiada pelo jovem. Monografia de especialização. São Paulo: ECA/USP, 2014. OROZCO-GOMEZ, Guillermo. Comunicação, educação e novas tecnologias: a tríade do século XXI In: CITELLI, Adilson; COSTA, Maria Cristina. Educomunicação: construindo uma nova área do conhecimento. São Paulo: Paulinas, 2011, pp. 159-174. SAYAD, Alexandre Le Voci. Idade Mídia: a comunicação reinventada na escola. São Paulo: Aleph, 2011. SOARES, Ismar de Oliveira. Educomunicação: o conceito, o profissional, a aplicação. Contribuições para a reforma do ensino médio. São Paulo: Paulinas, 2011. WOLTON, Dominique. Informar não é comunicar. Porto Alegre: Sulinas, 2011.