Dezembro de 2014

O Seminário Mobilidade Urbana Sustentável - práticas e tendências reuniu 40 cidades brasileiras, representadas por seus prefeitos, secretários de transporte, planejamento e mobilidade. Os 160 palestrantes e participantes também incluiram técnicos do Ministério das Cidades e especialistas nacionais e internacionais. Realizado nos dias 2 e 3 de dezembro, o evento discutiu questões-chave ao futuro da mobilidade urbana no país. A EMBARQ Brasil aproveitou o momento especial para lançar cinco publicações produzidas para auxiliar gestores públicos e técnicos na elaboração de planos de mobilidade urbana e incentivar o desenvolvimento urbano orientado ao transporte sustentável (TOD) e a melhoria do serviço de transporte coletivo por ônibus.

Cidades participantes

1. Anápolis

15. Guarujá

29. Rio Branco

2. Araras

16. Itapevi

30. Rio de Janeiro

3. Araruama

17. João Pessoa

31. Rio Grande

4. Belo Horizonte

18. Joinville

32. Salvador

5. Betim

19. Juiz de Fora

33. Santa Maria

6. Blumenau

20. Jundiaí

34. São Caetano do Sul

7. Cabo Frio

21. Londrina

35. São José dos Campos

8. Campinas

22. Maringá

36. São Leopoldo

9. Campo Limpo

23. Mogi das Cruzes

37. São Paulo

10. Campo dos Goytacazes

24. Olinda

38. Sorocaba

11. Curitiba

25. Palmas

39. Uberlândia

12. Florianópolis

26. Pelotas

40. Volta Redonda

13. Fortaleza

27. Petrolina

14. Foz do Iguaçu

28. Recife

Palestrantes

Athanasia Michalopoulo

Alexandre Lucas Alves Coordenador Municipal de Defesa Civil, Prefeitura de Belo Horizonte

Ana Nassar Gerente de Políticas Públicas, ITDP Brasil

André Fraga Secretário Municipal de Cidade Sustentável, Prefeitura de Salvador

Diretora de Trânsito da Secretaria de Transportes de São José dos Campos

Brenda Medeiros Gerente de Projetos de Transporte, EMBARQ Brasil

Carlos Eduardo Barbi Coordenador Municipal de Defesa Civil, Prefeitura de São Caetano do Sul

Ciro Biderman Chefe de Gabinete da SPTrans, Prefeitura de São Paulo

Angelica Castro Diretora Internacional, TransConsult

Fábio Mariz Gonçalves

Palestrantes Cristina Albuquerque Engenheira de Transportes, EMBARQ Brasil

Daniela Facchini Diretora de Projetos & Operações, EMBARQ Brasil

Diretor do Departamento de Urbanismo – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Prefeitura de São Paulo

Guilherme Medeiros Coordenador Técnico – SCParcerias, Governo Estadual de Santa Catarina

Jesse Worker Especialista, The Access Initiative, World Resources Institute

Eduardo Leite Prefeito - Prefeitura de Pelotas

Katerina Elias-Trotsmann Pesquisadora, World Resources Institute Brasil

Fabio Abdala Gerente Regional de Sustentabilidade, Alcoa

Palestrantes

Marcos Bicalho dos Santos

Larissa Fernandes da Silva Gerente Global de Parcerias, EMBARQ

Diretor-executivo, NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos

Maria Lucia Navarro Gerente do Plano Cicloviário da Secretaria de Meio Ambiente do Rio de Janeiro

Laura Valente Consultora Sênior, WRI Brasil

Lúcia Mendonça Santos Gerente de Projetos do Departamento de Mobilidade Urbana, Ministério das Cidades

Luis Antonio Lindau Diretor-presidente, EMBARQ Brasil

Martha Martorelli Analista de Infraestrutura do Departamento de Cidadania e Inclusão Social, Ministério das Cidades

Nina Lualdi Diretora Sênior de Estratégia e Planejamento da Cisco Brasil

Palestrantes

Rachel Biderman

Nívea Oppermann Peixoto Coordenadora de Desenvolvimento Urbano, EMBARQ Brasil

Orlando Strambi Professor e Especialista em Transporte Urbano, USP – Universidade de São Paulo

Diretora-executiva, WRI Brasil

Ramon Victor Cesar Presidente, BHTrans – Prefeitura de Belo Horizonte

Rejane D. Fernandes Diretora de Relações Estratégicas & Desenvolvimento, EMBARQ Brasil

Paula Santos Coordenadora de Projetos de Transportes, EMBARQ Brasil

Roberto Gregório da Silva Junior Presidente da URBS (Urbanização de Curitiba)

Peter Valk Presidente, TMS – Transportation Management Services

Palestrantes Rodrigo Díaz Coordenador de Políticas Públicas, CTS EMBARQ México

Rodrigo Mata Tortoriello Secretário Municipal de Transporte e Trânsito Prefeitura de Juiz de Fora

Ronald Boenau Gerente Sênior de Sistemas de Transporte Departamento de Transportes do Governo Federal dos Estados Unidos

Susanne Boehler-Baedeker Consultora Sênior, Rupprecht Consult

Vladimir Constante Presidente – IPPUJ - Prefeitura de Joinville

Walter Figueiredo De Simoni Gerente de Projetos da LARCI

2 de dezembro

Abertura

• Luis Antonio Lindau Diretor-presidente, EMBARQ Brasil

• Rachel Biderman Diretora-executiva, WRI Brasil

• Lúcia Mendonça Santos Gerente de Projetos do Departamento de Mobilidade Urbana, Ministério das Cidades

• Walter Figueiredo de Simoni Gerente de Projetos, LARCI – Iniciativa Clima América Latina

• Fabio Abdala

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Gerente Regional de Sustentabilidade, Alcoa

2 de dezembro

Abertura



Nosso objetivo é apresentar aqui as melhores práticas para que as cidades tenham um direcionamento para construir projetos de mobilidade de qualidade e genuinamente brasileiros. Os investimentos do governo federal hoje no setor passam dos R$ 100 bilhões em mais de 80 cidades do país. Precisamos aproveitar esse momento único para nossa mobilidade.



Luis Antonio Lindau Diretor-presidente, EMBARQ Brasil



A adaptabilidade dos Transportes é fundamental para direcionar o futuro de nossas cidades. O setor é um dos que mais contribui para emissões e, consequentemente, às mudanças climáticas. Queremos chamar atenção também para este fator nesses dias de debates.



Rachel Biderman Diretora-executiva, WRI Brasil



Cada vez mais o Ministério está imbuído de construir projetos de mobilidade, não apenas rodoviários. Por isso o nosso foco aqui é poder ajudar cidades de médio porte a dar uma direção mais sustentável ao futuro da mobilidade deste país.



Lúcia Mendonça Santos Gerente de Projetos do Departamento de Mobilidade Urbana, Ministério das Cidades



É importante destacar que os benefícios da qualificação dos projetos não são medidos em toneladas de emissões reduzidas, mas sim no bem-estar das populações locais, na qualidade de vida. Hoje veremos como atingir esse objetivo de diferentes formas.



Walter Figueiredo De Simoni Gerente de Projetos, LARCI – Iniciativa Clima América Latina



Parabenizo a EMBARQ Brasil e o WRI Brasil pela organização do evento, e às cidades presentes preocupadas com a mobilidade urbana e a sustentabilidade. São dois temas muito importantes para a qualidade de vida nas cidades, especialmente em São Paulo, um município tão populoso.



Fabio Abdala Gerente Regional de Sustentabilidade, Alcoa

2 de dezembro

PALESTRA | O transporte como vetor de desenvolvimento sustentável

Luis Antonio Lindau Diretor-presidente, EMBARQ Brasil

Com um montante de investimentos nunca antes destinado ao setor de mobilidade, este é o momento propício para direcionar os recursos a projetos que levem em conta a escala humana, ou seja, que tornem o ambiente urbano mais seguro e amigável às pessoas.

Muitas cidades já reinventaram seus espaços ou estão no processo de, como San Francisco e Nova Iorque, nos EUA, que investiram em revitalização de locais públicos, ciclovias e parklets.

Cidades que oferecem alternativas de mobilidade mais sustentável são grandes vetores de transformação. No passado mostrávamos bons exemplos do exterior. Hoje temos a alegria de apontar belos exemplos nacionais. Isso comprova que já estamos fazendo a mudança em nossas cidades, agora só precisamos acelerar esse processo.

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2 de dezembro

PAINEL | Planos de Mobilidade Urbana: Planejando para as Pessoas Os impactos de uma boa governança refletem mutuamente em gestores públicos e população, pois decisores compreendem mais a fundo as necessidades da população e estabelecem relações de construção e apoio com sociedade civil. E os cidadãos ganham voz ativa nos processos de planejamento, mais oportunidade para influenciar resultados e se fortalecem através da criação de redes e alianças. É um processo natural no desenvolvimento do plano de mobilidade urbana. Jesse Worker (World Resources Institute) Para orientar as cidades, o Ministério das Cidades desenvolveu, em 2007, o PlanMob. Ele engloba muito da política que foi instituída em 2012, pois serviu como premissas para ela. De lá para cá, a sociedade mudou muito, os conceitos também, e ainda não havia os investimentos feitos hoje em mobilidade urbana, por isso sua revisão foi essencial. Martha Martorelli (Ministério das Cidades) A Política Nacional de Mobilidade Urbana modifica o parâmetro de prioridades, que passa a ser as pessoas e não mais veículos motorizados. É importante que o processo de construção dos planos seja legitimado pela gestão democrática e participativa. Nívea Oppermann Peixoto (Coordenadora de Desenvolvimento Urbano, EMBARQ Brasil)

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2 de dezembro

PAINEL | Experiências Brasileiras e Internacionais em Planos de Mobilidade Urbana Em Belo Horizonte, o plano envolveu a participação de diferentes atores e representantes civis entre fevereiro e agosto deste ano. A ação já estava prevista dentro da revisão do nosso Plano Diretor, que hoje contempla amplamente os conceitos de mobilidade urbana sustentável. Contudo, em cinco anos, o transporte público cresceu apenas 8% enquanto o individual passou de 34% para 48% das viagens realizadas na capital mineira. Para reverter a situação, a cidade investiu recentemente no BRT MOVE, no Plano Diretor de Mobilidade Urbana e, agora, na modernização e expansão do metrô. E a meta é fechar 2016 com uma rede cicloviária de 200 km. Ramon Victor Cesar (BHTrans)

CLIQUE E SAIBA MAIS O PLAMUS, primeiro plano de mobilidade urbana metropolitano do Brasil, envolve 13 municípios. Os estudos apontam que 48% das viagens são feitas em automóveis ou motocicletas, o que indica que a RM de Florianópolis tem a maior participação do uso do automóvel para em viagens diárias do Brasil. Entre as propostas de melhorias, estão investimentos em ruas completas, implementação de “Zonas 30” e ciclovias, além do desenvolvimento de um sistema troncal de transporte coletivo. A opção do transporte aquaviário também está sendo avaliada pelo consórcio responsável. Guilherme Medeiros (SCParcerias)

Na Europa, há bons exemplos como a França, onde o plano de mobilidade urbana sustentável é obrigatório, assim como Flanders (Bélgica) e Inglaterra. Mas até chegar a esse ponto, as cidades enfrentaram muitas barreiras. Como falta de engajamento político e de participação social, de cooperação institucional entre diferentes secretarias, e de monitoramento e avaliação do próprio trabalho. Há que criar metas atingíveis e elaborar um plano de ação que contemple uma visão comum da cidade que se quer; forte liderança politica; compromisso politico em longo prazo; conexão com o planejamento do uso do solo; e compromisso de recursos financeiros. Susanne Boehler-Baedeker (Rupprecht Consult) Mais do que uma obrigação, a elaboração do plano de mobilidade urbana está dando às cidades a chance de melhorar a qualidade de vida de seus residentes. Essa é a grande oportunidade. Daniela Facchini (EMBARQ Brasil )

2 de dezembro

PAINEL | Do PAC ao Plano – Como alinhar os projetos atuais ao planejamento do futuro Além de planejar, outro desafio é dar continuidade às obras já em andamento, muitas vezes através do PAC Mobilidade Urbana. Brenda Medeiros (EMBARQ Brasil)

Sem corpo técnico proativo, as cidades perdem oportunidades quando abrem chamadas para recursos em mobilidade. Juiz de Fora tem verbas destinadas do PAC para implantação de corredores e requalificação de outros já existentes, com a previsão de ampliação de calçadas. É obrigação da gestão pública apresentar projetos de qualidade que atendam os anseios do Ministério das Cidades e da população. Precisamos de responsabilidade sobre como o dinheiro público é utilizado e precisamos estar qualificados para poder utilizá-lo. Rodrigo Tortoriello (Secretário Municipal de Transporte e Trânsito de Juiz de Fora)

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2 de dezembro

PAINEL | Do PAC ao Plano – Como alinhar os projetos atuais ao planejamento do futuro De calçadas a sistemas BRT (Bus Rapid Transit), cada elemento do espaço urbano desempenha um papel fundamental na maneira como as pessoas se deslocam pela cidade e influencia o bem estar comum. Para garantir projetos que contemplem as melhores práticas em transporte sustentável, o Ministério das Cidades, com apoio técnico da EMBARQ Brasil, elaborou o guia Critérios Técnicos para Avaliação de Projetos de Mobilidade Urbana. As cidades precisam entender suas reais necessidades para submeter projetos que respondam a elas e beneficiem cidadãos.

Temos disponíveis R$ 100 milhões para a execução de 55 km de corredor e faixas dedicadas ao transporte coletivo. O apoio da EMBARQ Brasil está fazendo diferença, com o programa Do PAC ao Plano, alinhamento estratégico e aplicação dos critérios técnicos para projetos de mobilidade, além de auditorias de segurança viária. Joinville também desenvolveu seu plano por meio de intensa participação popular, que já atingiu 14 mil pessoas. Vladimir Constante (Presidente do IPPUJ de Joinville)

Lúcia Mendonça (Ministério das Cidades) A mudança de modal na apresentação ao Ministério das Cidades foi decisiva para a aquisição dos R$ 800 milhões aprovados por meio do PAC Médias Cidades. Com um projeto inicial de VLT muito distante da realidade local, São José dos Campos ficou estudando até conceber o projeto atual do sistema BRT. A cidade recebeu o programa do PAC ao Plano de Mobilidade Urbana, da EMBARQ Brasil, e iniciou um processo de reestruturação do projeto. Vamos implantar quase 80 km de corredores aos ônibus rápidos ao todo.

À medida que a prefeitura é altamente demandada pela população, depende de recursos provenientes da esfera federal para investimentos em infraestrutura. O que é uma barreira para que muitos dos projetos tenham um andamento ágil.Temos que superar esses gargalos para entregar resultados à população, e compreendo o porquê de o povo ir às ruas, dizer que o governo não responde e não acontece, pois é cada vez mais difícil ser governo numa burocracia que impõe tantas dificuldades.

Athanasia Michalopoulo (Diretora de trânsito da Secretaria de Transportes de São José dos Campos)

Eduardo Leite (Prefeito de Pelotas)

2 de dezembro

PAINEL | Cidades para Pessoas A multiplicação de projetos de habitação de forma mal planejada no país tem contribuído para o fortalecimento do modelo de ocupação territorial 3D – distante, disperso e desconectado. Para reverter essa lógica, a EMBARQ Brasil lançou o DOTS Cidades - Manual de Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável, com diretrizes e técnicas que já provaram ser eficientes em diversas cidades.

Já faz tempo que os cariocas adotaram a bicicleta como meio de transporte diário. O Rio tem a maior malha cicloviária entre todos municípios do país, com 361 km. A prefeitura estipulou normas, especificações e detalhes para padronizá-las, mas sem restringir as possibilidades. Outro ponto positivo tem sido a implantação de bicicletários e de Zonas 30, que oferecem mais comodidade e segurança aos ciclistas e pedestres.

Nívea Oppermann (EMBARQ Brasil)

Maria Lucia Navarro (Plano Cicloviário Rio de Janeiro) Quando falamos em pessoas, falamos em qualidade de vida e bem-estar. Queremos que todos tenham uma nova relação com suas cidades, mais humanas, mais diversas. Para isso, não existe fórmula mágica, mas sim conceitos estratégicos e práticas efetivas de planejamento urbano. Ana Nassar ((ITDP Brasil))

CLIQUE E SAIBA MAIS Liderada por ACM Neto, Salvador tem sido protagonista em mudanças de planejamento e requalificação do espaço urbano. A mais recente transformação foi no Farol da Barra, onde houve investimento para qualificar o passeio, retirando a passagem para os carros e devolvendo o espaço para as pessoas. Iniciativas como “Salvador Vai de Bike”, e “Eu curto meu passeio - Salvador acessível a todos”, para recuperação de calçadas com piso tátil, dão vida e humanidade à cidade. André Fraga (Secretário de Cidade Sustentável de Salvador)

3 de dezembro

PAINEL | Políticas e Estratégias de Transporte Urbano Sustentável Por que é tão difícil seguir a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU)? Primeiro vem o pleito por recursos para os projetos. Em segundo lugar, estão as batalhas contra preconceitos. São quatro consensos gerais sobre como ir ao encontro da PNMU: o desestímulo ao uso do automóvel, a melhoria do transporte coletivo, o estímulo ao transporte não motorizado e a integração do uso do solo e os transportes. Orlando Strambi (USP)

Curitiba está investindo na qualificação do transporte coletivo, com ferramentas como a QualiÔnibus - Pesquisa de Satisfação, realizada pela EMBARQ Brasil. A cidade tem seu adensamento comercial em torno dos eixos de transportes, fazendo com que o sistema seja instrumento de desenvolvimento urbano. Hoje o sistema é visto como instrumento de sustentabilidade do ponto de vista social.

Mais de 5 milhões de casas estão desocupadas no México, um país cujo déficit habitacional é de 9 milhões.Paralelamente, um terço das famílias mexicanas afirmam deixar suas residências por estarem afastadas dos centros urbanos, onde estão os postos de trabalho e educação. Um exemplo é a cidade de Juarez, um condomínio popular a 35 km do centro foi desabitado após um ano, pois moradores despendiam 30% da renda mensal com transporte. As cidades devem apostar em crescimento compacto, conectado e coordenado, priorizando o desenvolvimento orientado ao transporte e o uso misto do solo. Rodrigo Díaz (CTS EMBARQ México)

Roberto Gregório (URBS)

Até ser aprovado, em julho de 2014, o Plano Diretor de São Paulo, passou por grandes debates, num processo que prepara a cidade para as mudanças. Paralelo ao incentivo ao desenvolvimento ao longo dos eixos de transporte, o novo Plano Diretor estimula as construções com uso misto, amplia a oferta de emprego próximo à moradia, suprimindo a necessidade de deslocamentos. Fábio Mariz Gonçalves (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano de São Paulo)

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3 de dezembro

PAINEL | Cidades e Resiliência

Debater este assunto em um evento de mobilidade é olhar para um futuro iminente de nossas cidades. Elas estão vivendo, a cada ano de forma mais intensa, as consequências das mudanças climáticas. Enchentes, períodos de seca, deslizamentos, entre outras situações que colocam habitantes e patrimônios em risco. Mais do que nunca, os centros urbanos precisam ampliar o poder de adaptação e resiliência, ou seja, a capacidade de lidar com estes momentos extremos e seus impactos. Laura Valente (WRI Brasil) Belo Horizonte é o grande exemplo brasileiro em resiliência. Desde 2003 não registra mortes por deslizamentos, e por inundações há uma média de uma morte ao ano. A capital mineira conquistou, em 2013, o Sasakawa Award, da ONU, considerado o maior prêmio para cidades resilientes do mundo. O principal desafio está na própria tipologia da cidade, com muitos altos e baixos, e 700 km de córregos, o que favorece casos de enchentes e deslizamentos. Criação do Grupo Executivo de Áreas de Risco (GEAR) ajudou a coordenar o processo. A cada segunda-feira, às 9h, todos os secretários e gestores públicos se reúnem em um único ambiente para socializar os eventos ocorridos na semana, os recursos e planejar as ações de mitigação.

CLIQUE E SAIBA MAIS Totalmente urbanizada e cortada por duas bacias hidrográficas, São José dos Campos sofre com enchentes, que podem resultar em mortes, desabamentos e vazamento de produtos perigosos. A Prefeitura priorizou a criação de uma coordenadoria, um conselho e um fundo municipal de Proteção e Defesa Civil. A equipe iniciou um mapeamento do histórico dos desastres, reelaboração do Plano Diretor de Drenagem da cidade, obras contínuas para preparar o ambiente viário contra as enchentes. Alteamento de pontes e vias foram feitos para evitar que a água tomasse conta de pontos estratégicos na cidade. Carlos Eduardo Barbi (Defesa Civil de Sâo José dos Campos)

Alexandre Lucas Alves (Defesa Civil de BH)

O Brasil ainda não possui um Plano Nacional de Adaptação, mas está em processo de desenvolvimento. Existem vários grupos de trabalho e serão desenvolvidos também planos setoriais - um deles com foco em cidades e transportes. As informações e a participação são acessíveis a todos na página do Governo Federal. De acordo com a especialista, cidades com boa Adaptação apresentam as seguintes características: aprendizagem constante; contenção dos impactos; recuperação rápida; flexibilidade; capacidade de reserva. Katerina Elias-Trostmann (WRI Brasil)

3 de dezembro

PAINEL | O Papel da Tecnologia para Melhorar a Mobilidade Urbana O MobiLab é um laboratório de dados abertos de mobilidade urbana cujo objetivo é modificar a forma do governo lida com inovação. Graças aos dados, surgiram aplicativos como o Moovit e Waze, que facilitam e planejam viagens. A ideia é sair da caixa e chegar a um modelo diferente que vai gerar economia ao governo. Comprar tecnologia para inovar. Ciro Biderman (Prefeitura de São Paulo)

Empresas têm um papel para melhorar o trânsito, através de estratégias Gestão da Demanda de Viagens (GDV). O propósito é influenciar mudanças a fim de melhorar a mobilidade e a qualidade do ar, impactando o bem-estar do funcionário. Ônibus fretados, caronas, vale-transporte, home-office e outras alternativas podem dar certo quando a política de GDV engloba um fator-chave: a conveniência ao funcionário. Peter Valk (TMS)

O problema não é com a tecnologia, mas a capacidade em utilizá-la, bem como as relações interinstitucionais que prejudicam a comunicação. Um dos aspectos fundamentais é a comunicação entre órgãos públicos, pois dados existem, mas não são eficientes quando não há conexão entre instituições.

Não há mais espaço para novas construções, por isso há que pensar como a tecnologia poderá conectar pessoas às redes de transporte e facilitar seu acesso ao transporte coletivo. Melhorar a vida das pessoas é a verdadeira utilidade da tecnologia.

Ronald Boenau (Governo Federal dos Estados Unidos)

Nina Lualdi (CISCO Brasil)

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3 de dezembro

PAINEL | Qualidade de Serviço no Transporte Coletivo

A qualidade no serviço torna sistemas de ônibus eficientes e atrativos a novos usuários. Com as faixas exclusivas em São Paulo, a velocidade média dos ônibus passou de 14 km/h para 20 km/h. O ganho é para sociedade e empresa, pois ao dobrar a velocidade de operação, reduz-se 25% dos custos para os operadores. Há que atentar também para outros fatores, como confiabilidade, infraestrutura, segurança, acessibilidade, limpeza, imagem do sistema, integração com outros modais, entre outros. Marcos Bicalho dos Santos (NTU)

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3 de dezembro

PAINEL | Qualidade de Serviço no Transporte Coletivo Programa QualiÔnibus

O primeiro dia de operação é estratégico para que, através da prestação de um serviço eficiente e de qualidade, a imagem do sistema se mostre forte e confiável ao usuário. No caso do TransMilenio, na Colômbia, o erro do primeiro dia foi que algumas estações não tinham sinalização e nem pessoal para orientar sobre o funcionamento das novas linhas, o que gerou tumultos. Por causa do lançamento desastroso, o sistema ficou com nível de satisfação de apenas 50% durante um longo período. Angelica Castro (TransConsult) Queremos iniciar a lógica da qualidade no transporte coletivo. Se os clientes não estiverem satisfeitos com o serviço ofertado, eles migrarão para o transporte privado e isso gera os transtornos já conhecidos por todos. Cristina Albuquerque (EMBARQ Brasil)

Quando falamos em segurança na operação, necessariamente chegamos ao motorista. Ele é o responsável direto pelas vidas que carrega. Mas a simples equação motoristas + treinamento não é o suficiente. O Segurança em Primeiro Lugar apresenta programas que valorizam o profissional à altura da importância de seu trabalho que é transportar vidas.

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Paula Santos (EMBARQ Brasil)

3 de dezembro

PAINEL | 10 anos da EMBARQ Brasil No encerramento do Seminário, a diretora de Relações Estratégicas & Desenvolvimento da EMBARQ Brasil, Rejane Fernandes, apresentou os encontros que marcarão os 10 anos de atividade no país.

Cúpula de Prefeitos “Cidades do Futuro”, dia 9 de setembro: seis prefeitos visionários de diferentes países, que promoveram mudanças viscerais em suas cidades, vão inspirar prefeitos locais com histórias de coragem, firmeza de decisões e visão sustentável. Os prefeitos convidados à Cúpula são Jaime Lerner (Curitiba), Ken Livingstone (Londres), Joan Clos (Barcelona), Michael Bloomberg (Nova York), Enrique Peñalosa (Bogotá) e Lee Myung-bak (Seul). O Congresso Internacional Cidades &Transporte, dias 10 e 11 de setembro: aborda seis grandes temáticas que devem se consolidar na agenda política para que as cidades cresçam preparadas para o futuro. São elas: Vulnerabilidade, Resiliência e Adaptação; Políticas Públicas Inovadoras; Transporte Sustentável e Mobilidade; Novas Tecnologias; Desenvolvimento Sustentável Urbano; Equidade Econômica. Ambos os eventos serão realizados na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro.





Os líderes e as temáticas abordadas nos 10 anos da EMBARQ Brasil vão inspirar nossos prefeitos a pensar em cidades para todos e no desenvolvimento sustentável. Histórias inspiradoras, de gestores públicos que enfrentaram obstáculos poderosos, mostram que é possível fazer já. Porque as decisões de hoje terão impacto no amanhã, na vida destas e das próximas gerações. Rejane Fernandes

CONHEÇA O EVENTO



Publicações lançadas no evento

Passo a Passo

para a Construção de um plano de mobilidade urbana

Passo a Passo para a Construção de Um Plano de Mobilidade Urbana

Apresenta os sete passos essenciais para a formulação do plano, bem como as 26 atividades simultâneas que devem ser lideradas pelas administrações de cada município. O guia pode ser adaptado às realidades de cada cidade

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Publicações lançadas no evento

DOTS Cidades – Manual de Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável

CIDADES MANUAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO ORIENTADO AO TRANSPORTE SUSTENTÁVEL

A urbanização impõe uma série de desafios às cidades. Um planejamento estratégico que incentive um desenvolvimento com uso misto do solo e acesso ao transporte coletivo pode fomentar comunidades urbanas mais habitáveis, o que é foco do DOTS Cidades. Ele oferece informação técnica acerca de sete elementos-chave a cidades centradas nas pessoas. Transporte Coletivo de Qualidade; Mobilidade Não Motorizada; Gestão do Uso do Automóvel; Uso Misto e Edifícios Eficientes; Centros de Bairros e Pisos Térreos Ativos; Espaços Públicos e Recursos Naturais; Participação e Identidade Comunitária.

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Publicações lançadas no evento

Desenvolvido pela EMBARQ Brasil com o apoio financeiro da FedEx Corporation, o programa QualiÔnibus tem por objetivo qualificar o serviço de transporte coletivo por ônibus para atrair novos usuários ao sistema e tornar a mobilidade das cidades mais sustentável. O programa é formado por três projetos específicos cujas publicações foram lançadas.

Publicações lançadas no evento

Dia Um de Operação

qualiônibus

dia um de operação

O primeiro dia de operação do sistema BRT (Bus Rapid Transit) é estratégico para que, através da prestação de um serviço eficiente e de qualidade, a imagem do sistema se mostre forte e confiável ao usuário. O guia prepara as cidades para este dia.

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Publicações lançadas no evento

Pesquisa de Satisfação

qualiônibus

Pesquisa de SatiSfação

A EMBARQ Brasil desenvolve um projeto de pesquisa de satisfação para ser aplicada em cidades que possuem sistemas de ônibus. O grande objetivo é entender melhor as necessidades dos clientes do transporte coletivo nas cidades brasileiras.

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Publicações lançadas no evento

Segurança em Primeiro Lugar

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SEGURANÇA EM PRIMEIRO LUGAR

Busca aprimorar a gestão dos programas de treinamento em segurança dos motoristas de ônibus. O objetivo é estimular a preocupação com a segurança viária dentro das empresas que operam o transporte urbano para reduzir o número de incidentes envolvendo ônibus urbanos nos países latino-americanos. DOWNLOAD

Galeria de fotos do Seminário

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