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Curso Top Temas Professor Eduardo Galves Biologia Parasitoses I: H2 - Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com ...
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Curso Top Temas Professor Eduardo Galves Biologia Parasitoses I: H2 - Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico: Vírus: Os vírus são seres acelulares, uma vez que não são constituídos por células. Apresentam tamanhos que variam entre 20 e 300 nm, e são constituídos basicamente por ácidos nucleicos (material genético) e proteínas, formadoras do envoltório viral. Por não apresentarem estrutura celular, necessitam do maquinário celular para se desenvolverem e se reproduzir, sendo, portanto, parasitas intracelulares obrigatórios. Podem parasitar em diferentes organismos como bactérias, fungos, protoctistas, animais e plantas. Por isso, alguns cientistas não os consideram seres vivos. Apesar dos vírus não se enquadrarem na teoria celular, que diz que todos os seres vivos são formados por células, estudiosos admitem que os vírus sejam os seres vivos mais simples que existem, visto que, por apresentarem material genético, possuem capacidade reprodutiva, hereditariedade, variabilidade genética e poder adaptativo, que são características exclusivas dos seres vivos.

A infecção viral ocorre a partir do momento em que a célula hospedeira reconhece quimicamente acessórios virais presentes no envoltório do vírus. A célula hospedeira conta com receptores virais para realizar tal tarefa.

Principais Viroses: Poliomielite: Geralmente é assintomática ou ocasiona sintomas leves como dores de cabeça, de garganta, febre e náuseas. Os vírus se multiplicam nas células da garganta e do intestino delgado. Posteriormente, invadem as tonsilas, os linfonodos do pescoço e o íleo. Em alguns casos, eles atingem a circulação e podem penetrar no sistema nervoso, resultando possivelmente em morte de células dos nervos espinhais, provocando, assim, paralisia e atrofia dos músculos por eles inervados. Raiva: O Rhabdoviridae, causador da raiva, se estabelece inicialmente no tecido muscular e conjuntivo, multipicando-se silenciosamente por dias ou meses. Em seguida, atinge o sistema nervoso periférico e então o sistema nervoso central, causando encefalite. Uma vez atingindo o sistema nervoso, torna-se muito improvável o sucesso na eliminação desse vírus (há poucos casos de cura dessa doença). Após o período de incubação, o indivíduo alterna quadros de agitação e calma. Além disso, fortes espasmos musculares geram rigidez dolorosa, inclusive nos músculos da laringe, dificultando a deglutição um processo bastante doloroso. A doença acabou conhecida como hidrofobia devido à fobia dos pacientes ao verem água. Dengue: O vetor dessa doença é o díptero (mosquito) do gênero Aedes, merecendo destaque as espécies Aedes aegyti e Aedes albopictus; ambas são exemplo de introdução de espécie exótica. Dengue clássica: Febre alta (entre 39° e 40°), de início repentino, associada a dor de cabeça, prostração, dores musculares, nas articulações, atrás dos olhos, vermelhidão no corpo, vômitos e diarreia. Em um período de 3 a 7 dias, a temperatura começa a cair e os sintomas geralmente regridem, mas pode persistir um quadro de prostração e fraqueza durante algumas semanas. Os sintomas da dengue são causados em parte pela inflamação dos vasos sanguíneos decorrente da invasão dos vírus. ” Dengue hemorrágica: no início, são os mesmos sintomas da forma clássica. Entretanto, depois do terceiro dia, quando a febre começa a ceder, aparecem sinais de hemorragia, como sangramento nasal, gengival, vaginal e formação de petéquias. Febre Amarela: o sintoma mais evidente da febre amarela se deve ao fato de a lesão causada no fígado gerar o depósito do pigmento bilirrubina nas mucosas e esclera dos olhos, deixando-os com aspecto amarelado denominado icterícia. Além disso, a infecção pode causar episódios de febre alta e mal-estar. Não há tratamento específico para a doença, utilizam-se paliativos para diminuir a temperatura e as dores no corpo.

Aids: esse retrovírus ataca especicamente os linfócitos T CD4, também chamados de linfócitos T helper, ou auxiliadores. Essas células são responsáveis por ativar outras, além dos mecanismos no sistema imunológico por meio da liberação de mediadores químicos. Ao serem atacados pelo HIV, os linfócitos T auxiliadores deixam de ativar linfócitos B, por exemplo, o que impede a produção de anticorpos. Dessa maneira, a capacidade de defesa do organismo vai diminuindo progressivamente. Bactérias: As bactérias, que são seres microscópios, estão em grande quantidade por toda parte. No corpo humano, a quantidade de bactérias observadas no trato intestinal é muito maior que o número de células corporais. Além disso, as bactérias são fundamentais em determinados papéis na biosfera, sendo indispensáveis para a reciclagem de matéria. As bactérias estão presentes nos mais diversos ambientes e suas funções podem variar bastante. Em alguns casos, apresentam importância ecológica. Em outras situações, podem ser utilizadas a serviço do homem na indústria alimentícia ou farmacêutica.

Principais Bacterioses: Tuberculose: a tuberculose é uma doença transmitida através do ar, ou seja, ocorre a partir do contato com gotículas de saliva de pessoas contaminadas, sendo muito maior o risco quando as pessoas estão em ambientes fechados, com pouca circulação de ar. As bactérias, ao chegarem ao trato respiratório, são capturadas por macrófagos (células do sistema de defesa), que em vez de destruí- las acabam por protegê-las, uma vez que as células bacterianas não são destruídas no interior do macrófago. Quando abandonam estas células, espalham-se por todo o sistema respiratório. Pessoas saudáveis normalmente

são resistentes a este tipo de ação da bactéria. Hanseníase: a transmissão se dá por meio do contato direto com as secreções contaminadas de doentes. As bactérias penetram normalmente por lesões cutâneas ou de mucosas das vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim infectar outras pessoas suscetíveis. Poucas pessoas adoecem, graças à capacidade de defesa do organismo contra o bacilo de Hansen. Tétano: ocorre pela introdução dos esporos da bactéria em ferimentos externos, quando em contato com materiais perfurantes, normalmente metais, contaminados com terra, poeira e fezes de animais. Em caso de acidente com objetos cortantes em pessoas não vacinadas, utiliza-se o soro antitetânico. Como o período de incubação da bactéria varia de 3 a 21 dias, quanto mais cedo for a inoculação do soro maior será o êxito. Evitar o contato com superfícies cortantes não esterilizadas e a vacinação são as formas de prevenção. Botulismo: a transmissão ocorre pela ingestão de alimentos contaminados, na maioria dos casos, alimentos em conserva e enlatados, visto que estas bactérias se encontram em meio adequado (anaeróbio) para seu desenvolvimento. Os principais sintomas são problemas de visão, fotofobia (aversão à luz), tonturas, boca seca, intestino preso, dificuldade para urinar, paralisia dos músculos respiratórios, que normalmente leva à morte, caso o diagnóstico não seja feito nas primeiras horas. Sífilis: A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante relação sexual sem preservativo com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado, ou vertical, da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto. Os primeiros sintomas aparecem cerca de 20 dias após a contaminação e referem-se a lesões cutâneas, com bordos duros e pouca sensibilidade dolorosa, normalmente nas regiões genitais, que desaparecem uma ou duas semanas depois. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés). Isso indica o segundo estágio da sífilis. A partir daí a doença pode estacionar por meses ou anos, até́ o momento em que surgirem complicações graves no sistema nervoso, podendo levar a sérios problemas mentais, cegueira, paralisia e morte. Gonorreia: é uma doença sexualmente transmissível (DST). Pode haver também transmissão de mãe para filho, durante o parto. A gonorreia provoca dor ou

ardência ao urinar e saída de secreção purulenta. Nos homens, em geral, a doença provoca sintomas mais aparentes e nas mulheres pode ser assintomática, no entanto, pode evoluir para doenças inflamatórias pélvicas, como infecções tubárias, levando à esterilidade. Protozoários: São organismos exclusivamente unicelulares, podendo ou não formar colônias. São encontrados vivendo em água doce, água salgada e terra úmida. São heterotróficos, com espécies de vida livre e outras parasitárias de invertebrados e vertebrados. O alimento capturado é transformado por meio da ação de lisossomos em moléculas mais simples que poderão ser utilizadas pelos protozoários. A classificação dos protozoários se dá por meio de sua estrutura locomotora:

Principais Protozooses: Doença de Chagas: a doença de Chagas é causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi, nome dado por seu descobridor, o cientista brasileiro Carlos Chagas, em homenagem a outro cientista, também, brasileiro, Oswaldo Cruz. O tripanossoma é transmitido por insetos hemípteros popularmente conhecidos como barbeiros ou chupões, o Triatoma infestans. A doença é adquirida quando

as fezes do inseto infectado pelo parasita entram em contato com mucosas ou com lesões cutâneas que podem ser determinadas pela própria picada do inseto, visto que ele é hematófago. Leishmaniose: infecção causada por protozoários flagelados do gênero Leishmania, principalmente da espécie Leishmania brasiliensis. A leishmaniose tegumentar americana ou úlcera de Bauru provoca ulcerações cutâneas com bordas altas e fundo granuloso. A transmissão é feita pela picada de mosquitos do gênero Lutzomyia, popularmente conhecido como mosquito – palha ou birigui. Malária: doença causada pelo protozoário do gênero Plasmodium, transmitida por meio da picada de fêmeas do mosquito do gênero Anopheles que estejam contaminadas com o protozoário. Durante a picada, eles inoculam no indivíduo uma secreção salivar anticoagulante que pode conter as formas infestantes do plasmódio, chamadas esporozoítos. Estes são levados pela circulação até as células hepáticas, ultrapassam a membrana plasmática e iniciam a sua reprodução assexuada. Entre 5 e 16 dias após a infecção inicial, as células hepáticas rompem-se, liberando no sangue novos parasitas, em uma nova forma chamada merozoíto. Cada merozoíto invade uma hemácia para reproduzir-se, originando novos merozoítos. Toxoplasmose: Toxoplasma gondii é um protozoário de distribuição geográfica mundial, podendo atingir mais de 60% da população em determinados países. No entanto, os casos de doença clínica são menos frequentes, pois a maior parte das pessoas tem contato com o protozoário, mas não desenvolve a doença. Nestes, a forma mais grave é encontrada em crianças recém-nascidas, sendo caracterizada por encefalite, icterícia, urticária e hepatomegalia. O ciclo biológico do T. gondii desenvolve-se em duas fases distintas: fase assexuada, nos linfonodos e nos tecidos de vários hospedeiros (inclusive gatos e outros felídeos), e fase coccidiana ou sexuada, nas células do epitélio intestinal de gatos jovens (e outros felideos) não imunes. DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS 1. Investigadores das Universidades de Oxford e da Califórnia desenvolveram uma variedade de Aedes aegypti geneticamente modificada que é candidata para uso na busca de redução na transmissão do vírus da dengue. Nessa nova variedade de mosquito, as fêmeas não conseguem voar devido à interrupção do desenvolvimento do músculo das asas.

A modificação genética introduzida é um gene dominante condicional, isso é, o gene tem expressão dominante (basta apenas uma cópia do alelo) e este só atua nas fêmeas. FU, G. et al. Female-specific flightless phenotype for mosquito control. PNAS 107 (10): 4550-4554, 2010. Prevê-se, porém, que a utilização dessa variedade de Aedes aegypti demore ainda anos para ser implementada, pois há demanda de muitos estudos com relação ao impacto ambiental. A liberação de machos de Aedes aegypti dessa variedade geneticamente modificada reduziria o número de casos de dengue em uma determinada região porque (a) diminuiria o sucesso reprodutivo desses machos transgênicos. (b) restringiria a área geográfica de voo dessa espécie de mosquito. (c) dificultaria a contaminação e reprodução do vetor natural da doença. (d) tornaria o mosquito menos resistente ao agente etiológico da doença. (e) dificultaria a obtenção de alimentos pelos machos geneticamente modificados. Gabarito: C 2. A partir do primeiro semestre de 2000, a ocorrência de casos humanos de febre amarela silvestre extrapolou as áreas endêmicas, com registro de casos em São Paulo e na Bahia, onde os últimos casos tinham ocorrido em 1953 e 1948. Para controlar a febre amarela silvestre e prevenir o risco de uma reurbanização da doença, foram propostas as seguintes ações: I. Exterminar os animais que servem de reservatório do vírus causador da doença. II. Combater a proliferação do mosquito transmissor. III. Intensificar a vacinação nas áreas onde a febre amarela é endêmica e em suas regiões limítrofes. É efetiva e possível de ser implementada uma estratégia envolvendo (a) a ação II, apenas. (b) as ações I e II, apenas. (c) as ações I e III, apenas. (d) as ações II e III, apenas. (e) as ações I, II e III.

Gabarito: D 3. Entre 1975 e 1999, apenas 15 novos produtos foram desenvolvidos para o tratamento da tuberculose e de doenças tropicais, as chamadas doenças negligenciadas. No mesmo período, 179 novas drogas surgiram para atender portadores de doenças cardiovasculares. Desde 2003, um grande programa articula esforços em pesquisa e desenvolvimento tecnológico de instituições científicas, governamentais e privadas de vários países para reverter esse quadro de modo duradouro e profissional. Sobre as doenças negligenciadas e o programa internacional, considere as seguintes afirmativas: I. As doenças negligenciadas, típicas das regiões subdesenvolvidas do planeta, são geralmente associadas à subnutrição e à falta de saneamento básico. II. As pesquisas sobre as doenças negligenciadas não interessam à indústria farmacêutica porque atingem países em desenvolvimento sendo economicamente pouco atrativas. III. O programa de combate às doenças negligenciadas endêmicas não interessa ao Brasil porque atende a uma parcela muito pequena da população. Está correto apenas o que se afirma em (a) I. (b) II. (c) III. (d) I e II. (e) II e III. Gabarito: D 4. O botulismo, intoxicação alimentar que pode levar à morte, é causado por toxinas produzidas por certas bactérias, cuja reprodução ocorre nas seguintes condições: é inibida por pH inferior a 4,5 (meio ácido), temperaturas próxima a 1000°C, concentrações de sal superiores a 10% e presença de nitritos e nitratos como aditivos. A ocorrência de casos recentes de botulismo em consumidores de palmito em conserva levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a implementar normas para a fabricação e comercialização do produto. No rótulo de uma determinada marca de palmito em conserva, encontram-se as seguintes informações:

I. Ingredientes: Palmito, açaí́, sal diluído a 12% em água, ácido cítrico; II. Produto fabricado conforme as normas da ANVISA; III. Ecologicamente correto. As informações do rótulo que têm relação com as medidas contra o botulismo estão contidas em (a) II, apenas. (b) III, apenas. (c) I e II, apenas. (d) II e III, apenas. (e) I, II e III. Gabarito: C