Documento não encontrado! Por favor, tente novamente

ID: 59925679

29-06-2015

Tiragem: 8000

Pág: 6

País: Portugal

Cores: Preto e Branco

Period.: Diária

Área: 25,00 x 32,23 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 1 de 1

DR

Fromação com 15 adultos residentes em Kwaggafontein, Vlaklaagate e Siyabuswa, cidades situadas a vários quilómetros de Pretória

Cinema digital itinerante chega a zonas rurais da África do Sul CENTRO DE COMPUTAÇÃO GRÁFICA da Universidade do Minho quer levar o cinema itinerante a zonas rurais de África do Sul, fornecendo gratuitamente a habitantes alguns materiais. UMINHO

+ download

| Redacção |

O Centro de Computação Gráfica (CCG) da Universidade do Minho, quer levar o cinema itinerante a zonas rurais da África do Sul, fornecendo gratuitamente a um conjunto de habitantes mochilas com tablet, projector portátil, colunas hi-fi, bateria e acesso à cloud. A ideia é que estas tecnologias de computação móvel potenciem o micro-empreendedorismo e as oportunidades de negócio, melhorando, consequentemente, a qualidade de vida destas pessoas. Apoiado pela Comissão Europeia e pelo governo sul-africano, o projecto MOSAIC 2B conta também com o envolvimento da rede GraphicsMedia.net, da Disney Research Zurich, da Universidade de Pretória, entre outras entidades. Este projecto visa promover o micro-empreendedorismo em zonas rurais de países em desen-

Garantir o download de filmes e outros conteúdos multimédia em zonas com cobertura “inexistente ou limitada” não é tarefa fácil, salienta Luís Almeida. O processo inicia no servidor central, instalado na Universidade de Pretória e ligado por internet ao ponto de acesso de uma das maiores empresas de autocarros da região.

DR

Luís Almeida, coordenador do MOSAIC 2B

Os conteúdos são transferidos daí para as unidades móveis montadas nestes autocarros para o efeito. Os dados são transportados, de seguida, por esses autocarros até aos terminais do distrito de Mpumalanga, no nordeste do país, em função dos seus horários.

volvimento através da utilização de novas tecnologias. Foram seleccionados para o ‘case-study’ 15 adultos residentes em Kwaggafontein, Vlaklaagate e Siyabuswa, cidades situadas a vários quilómetros de Pretória. O objectivo é que estes empreendedores conheçam as várias fases de um negócio, desde a compra da matéria-prima à venda do produto, passando pela fixação de preços e captação de novos clientes. Além disso, pretende-se que eles consigam expandir-se com outros serviços ligados ou não à projecção de conteúdos de entretenimento (por exemplo, a comercialização de bebidas). “Esperemos que fiquem com o bichinho do negócio. Esta postura pode ter, a médio prazo, repercussões positivas na economia local e na qualidade de vida destas pessoas. O governo sul-africano reconhece o papel das novas tecnologias neste processo”, afirma Luís Almeida, coordenador do MOSAIC 2B, implementado no terreno há dois meses. O feedback tem sido positivo, quer em termos de adesão, como de gestão. No sentido de assegurar o “funcionamento normal” dos negócios, foram desenvolvidos mecanismos de rede de baixo custo e tolerantes a falhas e atrasos (delay tolerant network) e aplicações baseadas em tecnologias cloud. A cargo do CCG ficou a conceção técnica de várias aplicações interativas. Uma delas permite, por exemplo, a análise em tempo real das despesas e dos lucros efetuados, dos filmes mais e menos visionados, entre outras variáveis que, ao serem analisadas adequadamente, permitem a otimização do micro-negócio.