CARLOS ALTMAN/EM/D.A PRESS

ESTADO DE MINAS

● TERÇA-FEIRA, 29 DE AGOSTO DE 2017 ●EDITORA: Teresa Caram ●E-MAIL: [email protected] ●TELEFONE: (31) 3263-5779 ● www.uai.com.br/turismo

TURISMO

BATE E VOLTA

SERRA DOS ALVES

Pequeno vilarejo ao leste da Serra do Espinhaço se destaca por conta de sua exuberância natural. PÁGINAS 4 E 5

Ganhar o mundo DEPOIS DOS 60

Turistas apaixonados por história e gastronomia encontram em Carcassonne, na França, o roteiro de férias ideal

VIAJAR SEM PREOCUPAÇÃO E SEM PRAZO PARA VOLTAR PARA CASA É UM SONHO QUE PELO MENOS UMA VEZ NA VIDA EMBALARÁ O SEU SONO. E SE VOCÊ FAZ PARTE DOS 12% DA POPULAÇÃO MUNDIAL – QUE REPRESENTA O NÚMERO DE IDOSOS –, ESSE SONHO PODE ESTAR PRESTES A SE TORNAR REALIDADE SE DEPENDER DO MERCADO TURÍSTICO. A DESCOBERTA DESSE NICHO, CUJA PERSPECTIVA É DE CRESCIMENTO, TEM PROVOCADO UMA REVOLUÇÃO NOS FORNECEDORES DE SERVIÇOS. PÁGINAS 6 A 8 ● Quatro cidades em Minas ganharam destaque na última década pelas atividades de aventura oferecidas, como o rapel. PÁGINA 10

E STA D O D E M I N A S



T E R Ç A - F E I R A ,

2

2 9

D E

A G O S T O

D E

2 0 1 7

TURISMO P+G COMUNICAÇÃO INTEGRADA/DIVULGAÇÃO

VIAJE LEGAL L U C I A N A AT H E N I E N S E

Advogada especialista em direito do consumidor Envie sua pergunta para [email protected] Acesse também o site www.uai.com.br/turismo

Documentos perdidos ou furtados no exterior É comum a coluna Viaje Legal receber dúvidas a respeito dos procedimentos necessários que o turista deve ter caso seus documentos pessoais sejam roubados/furtados ou perdidos durante sua permanência no exterior. Veja o que fazer: 1 – Antes de viajar, faça cópias autenticadas dos seus documentos, como carteira de identidade, título de eleitor, certificado de alistamento militar, certidão de nascimento ou casamento. Caso necessite tirar um novo passaporte no exterior, eles serão necessários.

É RECOMENDÁVEL QUE VOCÊ DEIXE AS CÓPIAS DOS DOCUMENTOS COM UM PARENTE OU ALGUÉM DE SUA CONFIANÇA. EM CASO DE PERDA OU FURTO, A PESSOA PODERÁ LHE ENVIAR OS PAPÉIS ESCANEADO POR MENSAGEM ELETRÔNICA

2 – É recomendável que você deixe as cópias dos documentos com um parente ou alguém de sua confiança. Em caso de perda ou furto, a pessoa poderá lhe enviar os papéis escaneados por mensagem eletrônica. 3 – Durante a viagem, evite colocar o passaporte na sua bolsa. Deixe-o em local seguro. É recomendável dentro do cofre do hotel. Faça uma cópia autenticada e coloque na sua carteira.

4 – Não é aconselhável andar com uma quantia grande de dinheiro na carteira. Guarde todos os objetos de valor e as passagens de volta no cofre no quarto do hotel. 5 – Não se esqueça de anotar e levar com você os endereços e telefones das embaixadas e consulados brasileiros no seu país de destino. Eles serão úteis em caso de emergência. 6 – Tenha a cautela de anotar os telefones de emergência do seu banco e da operadora do seu cartão de crédito (Visa, Mastercard etc.) no exterior, além do número de seu cartão de crédito. Vale esclarecer que os telefones de contato no Brasil não são os mesmos do exterior. Essa precaução é útil caso seu cartão seja extraviado ou furtado e você necessite, o mais rápido possível, cancelá-lo ou solicitar novo cartão de urgência. 7 – Sempre leve com você o nome e o endereço do local em que estiver hospedado para o caso de se perder na cidade.

O ideal é ter duas nécessaires:uma na bolsa e uma na mala

Como arrumar a nécessaire antes de uma viagem PRÁTICA, A PEÇA É UMA ALIADA MUITO IMPORTANTE NA HORA DE ORGANIZAR A MALA Ela pode ser considerada coadjuvante por muitos na hora de arrumar as malas, mas a nécessaire é uma aliada importante no quesito organização. Segundo a consultora de comportamento profissional e de etiqueta social Maria Inês Borges da Silveira, professora do Isae – Escola de Negócios, arrumar essa pequena bolsa exige não só objetividade, como autoconhecimento. Como o próprio nome diz, nela carregamos o estritamente necessário para determinada ocasião. Prática, ela pode ser arrumada com tudo, desde maquiagens até remédios e produtos de pri-

meiros socorros. “É prático carregar nela tudo que vamos precisar na viagem, assim ela serve como um auxílio caso necessário”, explica. Para a especialista, as mulheres geralmente optam por uma ou duas nécessaires. “É legal ter uma básica na bolsa, com produtos básicos e nossa maquiagem diária: base, corretivo, delineador, rímel e batom.” Maria Inês comenta que é interessante levar um estojo de sombras e lembrar, também, de hidratantes e cremes. “Quando essa nécessaire vai na bolsa de mão, os produtos devem ter no máximo 100ml, respeitando as normas. Aci-

ma desse limite, eles podem ser retidos no aeroporto. É bom tomar esse cuidado”, detalha a especialista. Já as pessoas que gostam de viajar levando demaquilante, óleos, perfumes, kits com pasta de dentes e escova, ela recomenda que eles sejam despachados com a mala. “Todos os produtos devem estar devidamente embalados em sacos plásticos, nunca soltos, mesmo dentro da nécessaire, já que no transporte eles podem vazar ou quebrar e estragar algumas peças de roupas, por isso é sempre bom usar o plástico como proteção”, completa Maria Inês.

E STA D O D E M I N A S



T E R Ç A - F E I R A ,

2 9

D E

A G O S T O

D E

2 0 1 7

3

TURISMO

Um lugar de outro mundo ALICE DE SOUZA Tão perto da efervescência e do protagonismo da capital federal, adormece sobre a savana de maior biodiversidade do planeta um oásis de mística e tranquilidade. Enquanto, a 246 quilômetros, Brasília pulsa em agonia, a Chapada dos Veadeiros pode ostentar um território de absolutapaz.Direitoinstituídopelaprivilegiada posição geográfica, em pleno cerrado de altitude, e reassegurado no começo do mêspassado,quandoaOrganizaçãoMundial das Nações Unidas para a Educação, a CiênciaeaCultura(Unesco)afastoudevez o risco de a unidade de conservação perder o título de patrimônio mundial. Se com os seus 65.514 hectares de área preservada a Chapada já era uma rota de ecoturismo em pleno processo de descobrimento, a ampliação da área de proteção para 240 mil hectares (fundamental para a seguridade do título) exponencia os motivos para escapar da rotina e se jogar entre as trilhas que cortam o cerrado. Nem sempre será fácil, é preciso fôlego e perna para caminhar quilômetros adentro em busca dos paraísos escondidos entre a múltipla formação vegetal que cobre a área. Entretanto, é justamente a quase imperceptível intervenção humana, evidente apenas nas taxas de entrada das cachoeiras, que transforma Veadeiros em uma experiência única. Seis municípios circundam a unidade de conservação. Alto Paraíso de Goiás é o mais famoso deles, com 3,5 mil leitos e uma relativa infraestrutura de comércio e serviços para o visitante. Cavalcante, Colinas do Sul, Teresina de Goiás, Nova Roma e São João da Aliança completam o circuito. As cidades são pequenas, mas podem ser ainda menores e mais inusitadas em seus distritos, a maioria deles de ruas de terra batida e com espaços para camping. A área de preservação abarca o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, a Área de Proteção Ambiental Estadual do Pouso Alto, 22 reservas particulares de patrimônio natural e o quilombo Kalunga. As cidades são apenas o ponto de partida para conhecer a região, pois o visitante passa mais tempo mesmo entre estradas de barro e a natureza. São mais de 2 mil cachoeiras catalogadas. Umas a poucos quilômetros de veículo automotor da área urbana, outras escondidas em trilhas de mata aberta e algumas que exigem descidas por paredões de pedra íngremes e um dia inteiro de caminhada em mata fechada. A paisagem muda a cada instante e há quem diga por lá que, com um esforço da imaginação, seja possível até chegar mais perto da Lua.

MARCELO FERREIRA/CB/D.A. PRESS – 8/1/17

ONDE IR 1) CATARATAS DOS COUROS

Se você precisar escolher apenas um passeio em Veadeiros, vá para as Cataratas dos Couros. É o mais surpreendente e diverso. O conjunto de quedas está na direção de Brasília, 20 quilômetros de asfalto distante do Centro de Alto Paraíso e mais 35 quilômetros de estrada de terra sem placas e com muitas bifurcações. Couros começa com uma trilha fácil que desemboca na deslumbrante Cachoeira da Muralha. Depois avança com descidas sobre pedras e paredões, às margens do Rio dos Couros, até uma cachoeira com 100 metros de altura.

Cataratas dos Couros é uma das mais procuradas pelos turistas na Chapada dos Veadeiros

ALTO PARAÍSO DE GOIÁS É a porta de

entrada mais famosa da Chapada dos Veadeiros e também onde existe a maior estrutura hoteleira e de alimentação. Está a 402 quilômetros de Goiânia e 230 quilômetros de Brasília. Aproveite para abastecer o carro rumo às estradas de barro, pegar mapas no Centro de Atendimento ao Turista, comprar alimentos orgânicos na feirinha da praça ou ainda purificar as energias adquirindo um apanhador de sonhos.

5) CACHOEIRA DA CAPIVARA

ENTRADA: Está em área da União e, portanto, é um dos poucos gratuitos de Veadeiros. Entretanto, recomenda-se contratar um guia.

É uma visita casada a Santa Bárbara e pode ser feita antes ou depois, a depender da concentração de pessoas na primeira. De onde se deixa o carro até lá são 800 metros de descida. A trilha é fácil e feita em mata aberta. O fim tem um precipício de águas verdes claras e várias piscinas para banho.

São Jorge Distrito de Alto Paraíso, São Jorge é o encontro definitivo do turista com a magia que ronda a região. Ruas são todas de barro, as hospedagens em maioria são campings e o clima é de encontro com a simplicidade. No antigo vilarejo de garimpeiros fica a entrada para o Parque Nacional e o estande onde se compra ingresso para a Cachoeira do Segredo.

Escondidas quilômetros de estradas de terra adentro, 700 pessoas residem e resistem pela força do turismo de base comunitária neste quilombo. São elas que controlam a entrada dos turistas, fazem o serviço de guia para as cachoeiras da região e oferecem um delicioso almoço preparado em fogão a lenha.

2) VALE DA LUA

Em Veadeiros, reza a lenda fundamentada na existência do paralelo 14 que humanos e extraterrestres convivem em coexistência pacífica. A linha, que também cruza Machu Picchu, no Peru, confere um astral místico à região. E de fato é difícil sair de lá sem ver um ET, nem que seja as estátuas e pinturas usadas na propaganda do turismo local. Se você der sorte, também encontrará araras e tucanos atravessando o céu. Em três dias é possível conhecer o básico, mas o ideal é passar uma semana para desfrutar com tranquilidade de cada passeio. Se você não tiver intimidade com o turismo de aventura, pode contratar guias para percorrer as trilhas. Prepare o físico e a mente, mas vá de antemão sabendo que a Chapada dos Veadeiros tem muito a surpreender.

Cavalcante Dos dois municípios de Veadeiros que recebem o maior fluxo de turistas, Cavalcante é o mais remoto. Está a 109 quilômetros de Alto Paraíso. Nem por isso passa despercebido. É dentro do território do município onde correm as águas transparentes e azuladas da cachoeira de Santa Bárbara, cartão-postal da chapada, e onde vive a comunidade quilombola Kalunga.

Uma formação rochosa de mais de 600 milhões de anos, esculpida pela passagem da água do rio. Reza a lenda que os donos trocaram a terra por uns bois e, na época, viraram piada na região. Hoje, não aceitam menos de R$ 15 milhões pela área. O Vale da Lua tem acesso fácil por uma trilha sinalizada de 600 metros. E três áreas para piscina, mas algumas fecham a depender da vazão da água e das chuvas.

6) QUILOMBO KALUNGA

7) CACHOEIRA DE SANTA BÁRBARA

Antes do mergulho, alguns segundos de contemplação. A dica é chegar entre as 11h e as 13h, quando o sol atinge a água e a deixa ainda mais clara, e evitar a aglomeração dos fins de semana. ENTRADA: R$ 20, mais R$ 70 do guia (único obrigatório).

ENTRADA: R$ 20

A trilha até Santa Bárbara:

Atenção! Evite ir de chinelo e tome cuidado para não cair nas lacunas das formações rochosas.

28 quilômetros de Cavalcante até o quilombo Kalunga; 1 quilômetro até o estacionamento. Nesse local, o visitante pode deixar o carro (a estrada é cheia de buracos) e pegar um 4x4 a R$ 10 por pessoa; 4 quilômetros em um carro 4x4 até o ponto final da passagem de veículos; 1 quilômetro andando.

3) CACHOEIRA DO SEGREDO

Será preciso encarar 11 quilômetros em estrada de barro até o portão, passar o carro dentro do rio quatro vezes e depois andar mais 3,5 quilômetros por mata fechada, cruzando as águas cinco vezes. A paisagem final compensa. A água desce de um paredão de 120 metros de altura. De tão íngreme, o sol só bate lá no mês de abril. ENTRADA: R$ 25 (comprada em São Jorge)

4) PARQUE NACIONAL DA CHAPADA DOS VEADEIROS

O parque protege uma área de 65.514 hectares do cerrado e oferece quatro atrativos, com vários níveis de dificuldade: a travessia das sete quedas, a trilha dos saltos, a trilha dos cânions e a trilha da seriema. Aberto para entrada das 8h às 12h, de terça a domingo. Em janeiro e julho, também abre às segundas-feiras. ENTRADA: Gratuita



COMO SE PREPARAR PARA AS TRILHAS NA CHAPADA DOS VEADEIROS

>> Tome um café da manhã reforçado >> Leve água e lanches, pois a maioria dos lugares não dispõe de pontos de vendas >> Utilize tênis ou outro calçado fechado >> Leve boné ou chapéu >> Passe protetor solar e repelente >> Tome a vacina de febre amarela 10 dias antes da viagem >> Siga as normas das cachoeiras e instruções dos guias

E STA D O D E M I N A S



T E R Ç A - F E I R A ,

4

2 9

D E

A G O S T O

D E

2 0 1 7

TURISMO

BATE E VOLTA

SERRA DOS ALVES

CERCADO POR BELEZAS NATURAIS O TURISTA QUE SE DESLOCAR ATÉ A REGIÃO PARA APROVEITAR UM FIM DE SEMANA REPLETO DE AVENTURAS PODE COMEÇAR O PASSEIO CONHECENDO O CÂNION BOCA DA SERRA

PAULO PIANETTI* A leste da Serra do Espinhaço e fazendo limite com o Parque Nacional da Serra do Cipó, a Serra dos Alves é um pequeno vilarejo, que se destaca na região por conta de sua exuberância natural. Localizada próximo a Senhora do Carmo, no distrito de Itabira, a pequena comunidade gira ao redor da simpática Capela de São José. Para chegar à cidade saindo de Belo Horizonte, basta acessar a BR-381 até o trevo de Ipoema e seguir placas que indicam a estrada de terra até a cidade. São aproximadamente 105 quilômetros de distância. O turismo na cidade é, basicamente, concentrado nas belezas naturais. São várias cachoeiras, cânions e mirantes estupendos ao redor da Serra dos Alves. O turista que se deslocar até a região para aproveitar um fim de semana repleto de aventuras pode começar o passeio conhecendo o Cânion Boca da Serra. Formado pelo afunilamento do córrego Boca da Serra, o cânion tem uma

série de piscinas naturais, cachoeiras e paredões acima de 100 metros de altura. Os visitantes devem se orientar com relação às vestes adequadas para caminhadas na natureza. O acesso se dá pela parte alta, que é considerada um trajeto difícil, e pela parte baixa, que carrega um grau de dificuldade bem menor. Ainda no cânion do Rio Boca da Serra encontra-se uma queda d'água de, aproximadamente, 15 metros de altura. Em sua base, um poço de águas cristalinas ideal para um belo banho. Conhecida como Cachoeira da Lucy, o local não tem infraestrutura de apoio ao turista, embora haja a possibilidade de praticar trekking. Quem se aventurar no local deverá estar atento ao acesso. As dificuldades são evidentes, uma vez que a descida para a cachoeira é dificultada pela grande quantidade de pedras e pela alta declividade do terreno. Nas redondezas, ainda é possível se deparar com belas quedas d'água que, juntas, formam a Cachoeira do Bongue. Com aproximadamente 50 metros de altura, as águas da cachoeira escorrem de um paredão, formando corredeiras e diversas piscinas naturais. O local fica no meio da mata e é de difícil acesso, com pedras extremamente escorregadias. Ainda no povoado de Serra dos Alves, outras duas cachoeiras chamam a atenção e podem ser enquadradas no mesmo roteiro. A primeiraéaCachoeiradosCristais, um conjunto de duas quedas d'água que formam grandes poços para banhos de água gelada. A cachoeira tem água cristalina que re-

Apesar de todo o esplendor, a Cachoeira da Lucy é um local que não tem infraestrutura de apoio ao turista

flete o tom esverdeado do fundo do poço que a compõe, sendo, por vezes, chamada Cachoeira da Esmeralda.Suabelezacênicadeve-se, também, à quantidade de afloramentosrochososquecompõemo seuentornoeavegetaçãotípicade camposrupestres.Asegundaéconhecida como Cânion dos Marques, formado pelo Rio Tanque e seus afluentes, que também formamaspiscinasnaturaisdeáguas cristalinas. O local é considerado um parque de diversões para os amantes dos esportes radicais, umavezquetemrelevoadequado para a prática de rapel, canyoning, escalada, rafting, trekking, moutain bike e passeio a cavalo. Vale destacar que o Cânion dos Marques se encontra a, aproximadamente,trêsquilômetrosdopovoado de Serra dos Alves. Cânion Boca da Serra tem uma série de piscinas naturais, cachoeiras e paredões acima de 100 metros de altura

FOTOS: RONEIJOBER ANDRADE/DIVULGAÇÃO

E STA D O D E M I N A S



T E R Ç A - F E I R A ,

2 9

D E

A G O S T O

D E

2 0 1 7

5

TURISMO

MEMÓRIA

DOS TROPEIROS

SERRA DOS ALVES

A pequena comunidade de Serra dos Alves gira em torno da simpática Capela de São José PAULO PIANETTI* Como a maioria das cidades do interior de Minas, Serra dos Alves também tem seu conjunto histórico, com a simples, mas elegante, Capela de São José. Construída por volta de 1860, a capela carrega traços coloniais. Com uma estrutura autônoma de madeira, a igreja abriga diversos eventos festivos na cidade, como as festas de Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora do Rosário e Divino Espírito Santo, entre outras. Para incrementar um pouco o programa cultural na região, recomenda-se que o turista visite também o Museu do Tropeiro, no distrito de Ipoema. São 17 quilômetrosdeSerradosAlvesatéomuseu, masquevalemuitoapenaservisitado. A construção foi, a princípio, rancho de tropeiros, onde eles descansavam e dormiam. Posteriormente, tornou-se casa paroquial e, por fim, Museu do Tropeiro. A ideia do museu é resgatar a memória dos tropeiros viajantes, que eram condutores de tropas de mulas no século 18. Se levarmos em conta o descobrimento das minas de ouro e a ocupação das terras, surge a necessidade do abastecimento de diversos produtos. E foi justamente aí que o tropeirismo entra como parte

A CONSTRUÇÃO FOI, A PRINCÍPIO, RANCHO DE TROPEIROS, ONDE ELES DESCANSAVAM E DORMIAM. POSTERIORMENTE, TORNOU-SE CASA PAROQUIAL E, POR FIM, MUSEU DO TROPEIRO importante da economia e colonização do Brasil. Nesse museu encontram-se mais de 400 peças que contam uma história rica, cheia de usos e costumes. Os serviços de hospedagem da cidade são pousadas aconchegantes, todas com serviço de café da manhã, e uma estrutura montada para levar o melhor do interior de Minas Gerais para o turista. SERVIÇO Roneijober Expedições – Guia Turístico Guia: Roneijober. R$ 160 a diária Telefone: (31) 98808-9294 * Estagiário sob a supervisão da editora Teresa Caram

RONEIJOBER ANDRADE/DIVULGAÇÃO

BATE E VOLTA

E STA D O D E M I N A S



T E R Ç A - F E I R A ,

6

2 9

D E

A G O S T O

D E

2 0 1 7

7

TURISMO

CARLOS ALTMAN/EM/D.A PRESS – 15/10/16

Milhares de turistas visitam as pirâmides do Cairo, que atraem, principalmente, um público mais maduro

FRANCELLE MARZANO/EM/D.A PRESS

AMR ABDALLAH DALSH/REUTERS

REPORTAGEM DE CAPA

Cruzeiro na Amazônia é um dos roteiros que mais encantam os visitantes

Viagem em cruzeiro de luxo pela Europa é uma opção que atrai turistas da terceira idade

Novas experiências LUCIANNA RODRIGUES*

O setor de turismo para a terceira idade tem aprimorado as ofertas, criado incentivos e se profissionalizado para atender às necessidades e cuidados que os mais experientes necessitam. Por outro lado, as facilidades digitais proporcionaram a abertura de um novo mundo para essa população específica. Já não é raro encontrar senhores e senhoras digitando em seus smartphones, com contas em redes sociais e enviando mensagens em aplicativos de comunicação. A troca de informações, por exemplo, é um dos maiores estímulos às viagens. “A tecnologia permitiu mudanças excepcionais na vida dos

HÁ OPÇÕES DE VIAGENS EM GRUPOS PROMOVIDAS POR AGÊNCIAS DE TURISMO E ATÉ A POSSIBILIDADE DE PERMANECER POR VÁRIOS MESES EM UM PAÍS POR MEIO DE INTERCÂMBIOS

idosos. Evita que fiquem isolados, integrando-os na rotina da sociedade. Hoje, esse segmento da população tem outro perfil, com comportamento diferente”, afirma a professora Aldemita

Vaz de Oliveira, ex-coordenadora do grupo de trabalho da Universidade de Brasília (UnB), que estuda a vida do idoso na comunidade. De acordo com a Sondagem do Consumidor — Intenção de viagem, do Ministério do Turismo (MTur), o desejo de viajar sozinho ou acompanhado subiu de 23,7% para 26,9% no grupo de viajantes com idade acima dos 60 em junho deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a mesma pesquisa, cresceu a opção por viagem de avião entre os acima de 60 anos, em detrimento do automóvel e do ônibus, e também pela estada em hotéis e pousadas (67,5%), em vez da hospedagem em casa de parentes e amigos ou

em residência própria ou alugada. Os números indicam, portanto, que o negócio de turismo para a terceira idade é promissor e que a tendência é de crescimento. Atentos à realidade do mercado, os prestadores de serviço têm moldado as suas ofertas ao estilo de vida e às necessidades desses clientes especiais. Há opções de viagens em grupos promovidas por agências de turismo e até a possibilidade de permanecer por vários meses em um país por meio de intercâmbios. E há, claro, as viagens acompanhadas por familiares, com o parceiro ou sozinho. E, para todas as possibilidades, há incentivos. Tanto das empresas, quanto governamentais.

E STA D O D E M I N A S



8

T E R Ç A - F E I R A ,

2 9

D E

A G O S T O

D E

2 0 1 7

TURISMO

REPORTAGEM DE CAPA

Sozinho ou com os amigos

BERTHA MAAKAROUN/EM/D.A PRESS

Para um público especial, programas mais que especiais. Além dos roteiros, que precisam ser bem definidos, viajar com um idoso, ou mais de um, requer preparativos que fazem a viagem começar muito tempo antes da partida. É preciso levar em conta as condições de saúde e a disposição dos viajantes, o tempo do percurso e o tempo de estada. A opção de viajar com a família ou sozinho dá mais liberdade, mas há os que preferem se aventurar sozinhos ou na companhia de um grupo de amigos em excursões organizadas por agências de viagem. Empresas especializadas têm aprimorado a oferta de serviço ao mesmo tempo em que esmiúçam as necessidades dos clientes com atendimento personalizado. Esse tratamentoexclusivoéaexplicação para o sucesso das excursões e o motivo pelo qual os idosos têm preferido compartilhar viagens e experiências com pessoas desconhecidas. A supervisora do setor de grupos e eventos da agência de turismo Bancobrás, Regina Vieira, explicaqueoprogramadaempresa começou em 2005 e que a procura tem crescido bastante. “De lá pra cá, a gente tem aumentado o número desaídas.Nocomeçofazíamosuma viagem por ano, mas passamos a fazer duas, uma nacional e outra internacional”, afirma. Regina explica que há o cuidado de nunca superlotar o passeio, para dar mais conforto e liberdade aos turistas. “Preferimos grupos pequenos, de 50 pessoas, para que tenhamos um contato maior com o participante. Assim os chamamos pelo nome, eles sabem os nossos, e podemos conversar durante a programação. Quando percebemos que uma saída está tendo muita procura, lançamos a segunda edição.” A empresa atende pessoas em todo o país, mas a maioria dos viajantes é de Brasília, com perfis que variam dos 55 até mais de 90 anos. “Temos clientes de 92 anos”, orgulha-se a supervisora. * Estagiária sob a supervisão da editora Taís Braga

Vladimir, antiga cidade da Rússia, com seus parques naturais e templos, é um destino muito procurado por grupos de turistas

Roteiro deve ser bem definido e é preciso levar em conta condições de saúde e tempo do percurso e de estada PLANOS DE VIAGEM/REPRODUÇÃO DA INTERNET

SAIBA MAIS

MODELO REVOGADO

A Lei 10.741, de 2003, garante vaga gratuita para idosos em ônibus interestaduais desde que se adeque às regras. Se o assento determinado estiver ocupado, o idoso pagará 50% do valor da tarifa. Para conseguir o benefício, é preciso solicitá-lo com antecedência de, no mínimo, três horas antes da partida. Voltado para os idosos, o programa Viaja mais melhor idade, criado em 2007 pelo MTur, cujo objetivo era oferecer descontos em passagens e hospedagens aos participantes,

foi suspenso. A explicação, segundo a assessoria do ministério, foi a “necessidade de ajustes”, mas garantiu que um novo programa será criado. “O modelo foi revogado, e está em curso um diagnóstico para a criação de um novo projeto de incentivo à viagem desse público específico.” Enquanto não entra em vigor o programa governamental, a solução é participar de outros projeto,s como, por exemplo, os cartões de crédito da Caixa Econômica. “Os

cartões turismo têm juros e anuidades entre os menores do mercado e oferecem parcelamento de compras de passagens e pacotes de viagens em até 48 vezes, além de ter um programa de pontos nas variantes Internacional, Gold e Platinum. Por exemplo, para a variante Platinum, a bonificação no programa de pontos é de 1,4 ponto para cada US$ 1 gasto e 1,8 ponto para cada U$ 1 gasto em estabelecimentos de turismo e entretenimento”, explica o superintendente nacional de cartões da

E STA D O D E M I N A S



T E R Ç A - F E I R A ,

2 9

D E

A G O S T O

D E

2 0 1 7

9

TURISMO

1001 LUGARES PRA SE VIVER

EU INDICO!

SARLAT, FRANÇA

Montanhas Rochosas

BERTHA MA AKAROU N

Jornalista e cientista política

EMERSON LOMBARDI

Acesse também o blog 1001lugarespraseviver.com EMERSON LOMBARDI/DIVULGAÇÃO

Consultor da SSViagens

Os lagos refletem cores variadas de acordo com a composição da água

NATUREZA EXUBERANTE E PAISAGEM DE CINEMA As Montanhas Rochosas são uma cordilheira com mais de 4.800 quilômetros de extensão que vão do Novo México, nos Estados Unidos, até o Norte do Canadá. Menos visitadas por brasileiros que os destinos do Leste do país, as rochosas canadenses oferecem paisagens deslumbrantes e inesquecíveis. O ideal é viajar de carro, pois dá mais liberdade para paradas nos vários mirantes pelo caminho. O trajeto começa por Calgary e a primeira parada é no Bow Valley, onde estão formações rochosas que foram criadas através do processo natural de erosão por água e vento, conhecidas como Hoodoos. Em Banff, um teleférico leva ao topo da Sulphur Mountain, que proporciona uma vista incrível do parque nacional onde fica a cidade. Depois de uma noite no famoso Lake Louise, uma parada para uma experiência memorável no glaciar Athabasca, braço do campo de gelo Columbia, um dos maiores do mundo abaixo do círculo polar. Um enorme ônibus especialmente desenvolvido para explorar o local leva os visitantes para andar sobre o glaciar e ver de perto o gelo azul enconUM ENORME ÔNIBUS trado apenas em glaciares. ESPECIALMENTE A próxima parada é Jasper, que fica no parque naDESENVOLVIDO PARA cional de mesmo nome. Na EXPLORAR O LOCAL LEVA região há vários lagos, e é possível fazer uma trilha OS VISITANTES PARA pelo belíssimo Maligne ANDAR SOBRE O GLACIAR Canyon, esculpido pelas águas após o derretimento E VER DE PERTO O GELO das geleiras do local. De lá, AZUL ENCONTRADO a viagem segue para o ouAPENAS EM GLACIARES tro lado das rochosas canadenses, passando pelo Mount Robson, seu pico mais alto, com quase 4 mil metros de altitude. Nos rios da região, os salmões fazem a desova depois de viajar centenas de quilômetros desde o Oceano Pacífico. A jornada pode ser encerrada na cosmopolita Vancouver, e é importante decidir a época da viagem, já que a paisagem, apesar de ser sempre muito bonita, é bem diferente no verão e nas temporadas com neve, já que os lagos ficam congelados.

Joia medieval no coração do Périgord Entre ruelas de paralelepípedo, impecáveis fachadas medievais e renascentistas em pedra, pulsa ao centro da antiga vila de Sarlat-la-Caneda o coração do Périgord, região que, com os seus 1.001 castelos, está entre as mais belas da França. Cenário de dezenas de filmes, entre eles Jeanne D´Arc, de Luc Besson, a charmosa cidade guarda 77 monumentos e edificações que formam um dos mais importantes conjuntos urbanos medievais da França, o primeiro restaurado e preservado a partir da legislação francesa de 1962. A imersão em um modo de vida vem acompanhada de cheiros e sabores que inundam a Place de la Liberté ou a antiga igreja, que acolhe um importante mercado. Ali, nozes, trufas negras, cogumelos selvagens, foie gras, entre outras iguarias confeccionadas com porco, guardam séculos da tradição no território. Habitada desde o período gálico-romano, Sarlat começou a se desenvolver em torno de um antigo monastério beneditino. Prosperou sob o reinado de Pepino, o Breve (751-768) e, em seguida, de Carlos, o Grande (768-814), primeiro imperador Franco Romano (800-814). Pepino e Carlos eram, respectivamente, filho e neto do comandante Carlos Martel, fundador da dinastia Carolíngia (751-987), fortalecendo-se após impor a vitória dos francos sobre os árabes na batalha de Poitiers, em 732. De múltiplos significados, principalmente porque deteve o avanço dos chamados “infiéis” que solapavam a cristandade, a vitória de Carlos Martel acelerou a unificação do poder da nobreza guerreira em torno de um comandante, cujo prestígio suplantava o do próprio rei merovíngeo, Childerico III, que terminou deposto com o apoio da nobreza e da Igreja Católica. Sarlat, que já era um centro de peregrinação religioso, projeta-se nesse contexto em que francos fortalecem as bases da aliança

BORDEAUX TOURISME/INTERNET

Place de la Liberté acolhe um importante mercado disputado pelos visitantes

ALVO DE ATAQUES VIKINGS E REGIÃO FRONTEIRIÇA ENTRE A FRANÇA E A INGLATERRA, QUE SE BATIAM NA GUERRA DOS CEM ANOS, A FORTIFICADA SARLAT SOFREU DIVERSOS ATAQUES QUE SE ESTENDERAM ATÉ O SÉCULO 17

com a Igreja Católica. Esse processo se torna irreversível, sobretudo após derrotarem os lombardos, povo de origem germânica, que penetrava em direção ao centro da península, ameaçando Roma e a Igreja. Alvo de ataques vikings e região fronteiriça entre a França e a Inglaterra, que se batiam na Guerra dos Cem Anos, a fortificada Sarlat sofreu diversos ataques que se estenderam até o século 17. Resistiu a todos, mas em decorrência do tratado de Brétigny, de 1360 – que pôs fim à primeira parte do conflito –, Sarlat passou ao controle do soberano inglês Eduardo III, depois

de a França ser levada a abdicar cerca de um terço de seu território – de Calais aos Pirinéus – em capitulação à derrota na Batalha de Poitiers, de 1356, em que o rei João II foi feito refém. Dez anos mais tarde, sob o reinado de Carlos V, que se estendeu de 1364 a 1380, Bertrand du Guesclin comandou a investida contra os ingleses, recuperando os territórios, à exceção da Aquitânia, Gasconha e Calais. O fim da Guerra dos Cem Anos, selado com o Tratado de Castillon, de 1453, contudo, não pacificou a França, afetada pelas guerras entre católicos e protestantes. Sede do bispado no século 14, Sarlat não apenas confirmou a sua autoridade religiosa ao Sul do Périgord, mas desenvolveu uma elite de mercadores, cuja prosperidade, somada aos benefícios que recebeu da Coroa francesa por sua lealdade na Guerra dos Cem Anos, reflete-se em belos edifícios de inspiração romana e gótica. Estreitas alamedas, arcadas, belas mansões, a Catedral de Saint Sacerdos e o Palácio do Bispo se espalham nesse museu a céu aberto, onde se congelou no tempo uma arquitetura de época.

E STA D O D E M I N A S



T E R Ç A - F E I R A ,

10

2 9

D E

A G O S T O

D E

2 0 1 7

TURISMO

EMBARQUE turismodeminas.com.br - uai.com.br/turismo

4 CIDADES DE MINAS GERAIS PARA TURISMO DE AVENTURA FOTOS: MARDEN COUTO/TM/DIVULGAÇÃO

O turismo de aventura ganhou destaque nas últimas décadas e a procura por destinos turísticos que oferecem atividades de aventura, como mergulho, rapel, arvorismo e trekking, aumentou consideravelmente, talvez movida pela experiência de estar em contato com a natureza e de fomentar a adrenalina. O Brasil foi eleito o melhor destino de aventura do mundo no ranking global Best Countries e não foi sem razão. Afinal, somos privilegiados quando se trata de belezas naturais. Mas com tantas opções, como escolher o destino da próxima viagem? Pensando nisso, nesta matéria selecionamos as melhores cidades de Minas Gerais para quem deseja fazer turismo de aventura. Confira:

SÃO ROQUE DE MINAS – PARQUE NACIONAL DA SERRA DA CANASTRA São Roque é uma cidade privilegiada e um dos locais mais procurados para o turismo de aventura, já que dá acesso ao Parque Nacional da Serra da Canastra. A região conta com diversas cachoeiras que favorecem a prática de rapel e canionismo, como as cachoeiras do Capão Forro e do Nego. Mas o destaque vai para a cachoeira Casca d’Anta. Com nada menos do que 186 metros, é a maior queda do Rio São Francisco e considerada o atrativo mais importante da Serra da Canastra. O acesso é relativamente fácil tanto pela parte alta quanto pela parte baixa da serra e feito por estradas de terra. ONDE SE HOSPEDAR: Hotel Chapadão da Canastra (37) 3433-1267 www.chapadaodacanastra.com.br

SANTANA DO RIACHO – PARQUE NACIONAL DA SERRA DO CIPÓ LIMA DUARTE – PARQUE ESTADUAL DO IBITIPOCA

ALTO CAPARAÓ – PARQUE NACIONAL DO CAPARAÓ

Conceição do Ibitipoca é um distrito do município de Lima Duarte, na Zona da Mata, conhecido pela beleza natural exuberante e pela simplicidade do povoado rústico e acolhedor localizado na Serra da Mantiqueira, cadeia montanhosa que se estende por três estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. AsmaioresbelezasdacidadeestãoprotegidasnaáreadoParqueEstadualdo Ibitipoca,quecontacomgrutas,montanhasecachoeiras.Entreosvários atrativosnaturaisetrilhasqueoparqueoferece,ocircuitodaJaneladoCéutem cercade18quilômetroséopreferidodosaventureirosquevisitamaregião.

AltoCaparaóéomunicípioondeselocalizaoprincipalacessoaoParqueNacionaldo Caparaó.Aatraçãomaisprocuradadacidadepelosapaixonadosporturismodeaventuraé atrilhaatéoPicodaBandeira,terceiramontanhamaisaltadoBrasil,paraassistiraonascer dosoleapreciaravistadaregiãoamaisde2.892metrosdealtitude. Nos arredores do parque também é possível explorar as belíssimas cachoeiras. As mais frequentadas são a cachoeira Bonita, com 80 metros de queda e acesso por uma trilha fácil com cerca de 300 metros de extensão, e o Vale Encantado, formado por diversas corredeiras, cachoeiras e piscinas naturais, com cerca de 400 metros de trilha.

ONDE SE HOSPEDAR: Serra do Ibitipoca Hotel de Lazer (32) 3281-8148 www.serradoibitipoca.com.br

ONDE SE HOSPEDAR: Pousada do Bezerra (32) 3747-2538 www.pousadadobezerra.com.br

Para ler mais matérias sobre Minas Gerais acesse www.turismodeminas.com.br

Serra do Cipó, distrito de Santana do Riacho, é considerada por muitos a capital mineira do ecoturismo, por ser a porta de entrada para o Parque Nacional da Serra do Cipó. O lugar é rico em curso d’água e conta com diversos lagos, poços e cachoeiras, além, é claro, das belíssimas paisagens naturais, grutas, pedreiras e campos rupestres. EntreosatrativosestãoacachoeiraGrande,que tem50metrosdeextensãoenovemetrosde altura.Umcenárioconvidativoparaumanova aventura.EoPoçoAzul,umpequenopoço formadoporfiletedeáguaquenascedas profundezasdoSalãodePedras.Aságuas incrivelmenteazuisecristalinasimpressionamos visitantes. ONDE SE HOSPEDAR: Pousada Chão da Serra (31) 3718-7040 www.chaodaserra.com.br

E STA D O D E M I N A S



T E R Ç A - F E I R A ,

2 9

D E

A G O S T O

D E

2 0 1 7

11

TURISMO

DESEMBARQUE turismodeminas.com.br - uai.com.br/turismo

BATE-PAPO

MARDEN COUTO

[email protected] FOTOS: MARDEN COUTO/TM/DIVULGAÇÃO

MARINA GOMES DIRETORA DA MUNDI TRAVEL

PLANO DE EXPANSÃO Marina Gomes, de 34 anos, formada em turismo, fundou a agência de viagem e operadora Mundi Travel em 2010. Ela já havia trabalhado na ABC Turismo e no Club Med. Entre seus aplicativos preferidos estão Melhores Destinos, TripAdvisor, Uber e Facebook. Este ano, sua empresa adquiriu o terceiro ônibus da frota para atender à demanda de fretamentos e excursões para Caldas Novas e Rio Quente.

Rodrigo Napoli, Marcius Moreno e Tarcisio Gargioni, da Avianca, com Adriano Pinho e Daniel Bircher, do BH Airport

VOOS PARA SÃO PAULO

No dia 21, a Avianca iniciou as operações no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, com quatro voos diários entre a capital mineira e São Paulo, em Guarulhos. De lá o passageiro pode também fazer conexões para destinos nacionais e internacionais atendidos pela companhia aérea e por suas parceiras da Star Alliance.

SUSTENTAR NA FDC

Uma das atividades que integram o 10º Sustentar – Fórum Internacional pelo Desenvolvimento Sustentável, hoje, na Fundação Dom Cabral (FDC/Alphaville), é o workshop Como planejar, desenvolver e comercializar produtos de ecoturismo promovendo o desenvolvimento de comunidades. Será ministrado pelo birdman Douglas Trend, das 14h às 16h. Inscrições: www.sustentar.net HOTEL GREEN HILL/DIVULGAÇÃO

MOSTRA VIAJAR

De 1º a 3 de setembro, ocorrerá no Parque Ibirapuera, em São Paulo, a Mostra Viajar. O evento sensorial traz cheiros, sabores, toques e sons para o viajante experimentar o destino antes mesmo de embarcar. Minas Gerais, com outros estados e países, se apresentará de forma interativa com o público. Informações: www.mostraviajar.com.br

70 ANOS DA COPA

No dia 15, a Copa Airlines – Companhia Panamenha de Aviação completou 70 anos de fundação. A empresa atua em Belo Horizonte há nove anos, conectando Minas Gerais com 74 destinos em todas as Américas.

A empresa adquiriu recentemente mais um ônibus. Quais são as demandas? Foi um investimento para suprir nossa demanda que cresceu bastante. Inclusive, para 2018, estamos prevendo a compra do quarto ônibus. O público procura por viagens para o interior de Minas Gerais? Quais os destinos mais buscados? Sim, temos buscas por Tiradentes, Ouro Preto e Lavras Novas.

WORKSHOP MMTGAPNET

A operadora MMTGapnet promoveu dia 23, em Belo Horizonte, o 3º Wokshop América Central, México e Caribe. O evento reuniu 40 representantes de destinos, hotéis, companhias aéreas, armadoras e atrativos, para apresentar as novidades aos agentes de viagens de Minas Gerais. A operadora está com campanha para agentes de viagem na venda de pacotes com os hotéis caribenhos Barceló, Hard Rock, Iberostar e Meliá, além da Copa Airlines, para concorrer a Iphones.

Quais são os principais serviços oferecidos pela Mundi Travel? Noventa por cento da nossa operação é rodoviária, para Caldas Novas, nos hotéis Di Roma e Grupo Privê, e para Rio Quente, no Rio Quente Resorts.

Qual a previsão de crescimento e o que tem sido feito para isso? Nosso crescimento previsto para este ano é de no mínimo 30%. Além da recente aquisição de um novo ônibus, investimos no quadro de funcionários, com mais dois vendedores e mais uma promotora de vendas.

VAIVÉM

Eugênio Montanaro (foto) é o novo gerente operacional do Hotel Green Hill, de Juiz de Fora. Ele tem 26 anos de atuação no mercado de turismo e já trabalhou em operadoras e redes hoteleiras.

DE VOLTA

Com a retomada das operações em Minas Gerais, Leandra Chagas (foto) foi recontratada pela Avianca para atender ao mercado mineiro. [email protected]

Quais as dicas de viagem em Minas, no Brasil e no mundo, e o que fazer em cada lugar? Tiradentes: caminhar pelas ruas apreciando a arquitetura e a arte da região. Visitar a Igreja Matriz de Santo Antônio e jantar no restaurante Tragaluz. Rio Quente: visitar o Rio Quente Resorts, o maior complexo de águas quentes e naturais do mundo. Lugar ideal para descanso e lazer. Nova York: assistir a um espetáculo na Broadway, fazer um piquiníque no Central Park, ir ao memorial 11 de Setembro e jantar no Little Italy. Tailândia: conhecer as tribos das mulheres girafas, fazer um passeio de elefante e se hospedar por uma noite no Lebua Hotel e jantar.

E STA D O D E M I N A S



T E R Ç A - F E I R A ,

12

2 9

D E

A G O S T O

D E

2 0 1 7

TURISMO FOTOS: HBO/DIVULGAÇÃO

CARA A CARA COM GOT Croácia, Irlanda do Norte, Marrocos e Espanha deram vida aos episódios do famoso programa de televisão Game of thrones. Conheça as paisagens que serviram de cenário para a série C ARLOS A LTMAN A sétima temporada de Game of thrones terminou no domingo batendo recorde de audiência em todo o mundo. A saga daqui pra frente terá um novo desfecho. Em vez dos confrontos dos clãs dos Sete Reinos na conquista pelo Trono de Ferro, agora é a luta pela sobrevivência. A ameaça dos caminhantes brancos será a verdadeira batalha final da série épica – os vivos contra os mortos. Emoção de sobra para os amantes de GoT. Cenários incríveis, batalhas , intrigas e traições. Não por menos, a série é um sucesso de audiência. Inspirada nos livros As crônicas de gelo e fogo, de George R.R. Martin, a disputa entre dinastias da imaginária terra de Westeros cativa uma legião de fãs ansiosos com o desfecho televisivo. Vamos reviver as belas paisagens da trama ao conhecer as locações que dão vida a King's Landing, Qarth, Fortaleza Vermelha e a Baía da Água Negra. Países como Croácia, Espanha, Irlanda do Norte, Malta e Marrocos “emprestam” castelos, fortes, pontes, litoral, campos e florestas ao continente fictício. Algumas cidades já entraram no clima da série e têm roteiros criados para quem deseja conhecer curiosidades e detalhes sobre as locações de GoT.

IRLANDA DO NORTE

CROÁCIA

Patrimônio da humanidade, a cidade litorânea de Dubrovnik, capital da Croácia, foi um dos palcos da Batalha da Água Negra. Andando pelo Centro de Dubrovnik, é possível conhecer as muralhas e a Fortaleza de Lovrijenac (na série, Fortaleza Vermelha), edificação de mais de 30 metros de altura feita com rocha. A cidade também abriga a Torre Minceta (na série, a misteriosa Casa dos Imortais). É considerada como a “pérola do Mar Adriático”. Lar da rainha Cersei, a cidade é toda cercada por muros fortificados, que foram construídos entre os séculos 13 e 16. Compõem o cenário 14 torres e uma fortaleza. As águas azuladas do Mar Adriático são de tirar o fôlego. Ao lado de Dubrovnik, a Ilha de Lokrum (Lokrum Island) é o lar de magos, príncipes e mercadores, Qarth é um portal de comércio e cultura entre o norte e o sul de Westeros. E várias cenas da quinta temporada da série se passam em Split, segunda maior cidade da Croácia.

ESPANHA

APlazadosToros,nabelíssimacidadedeSevilha, no Sudoeste da península ibérica, virou a Arena de Daznak na quarta temporada da série. O Alcázar de Sevilha, um complexo de palácios, recebeu o título de patrimônio da humanidade, se tornou a casa do príncipe Oberyn. Fugindo da série, a cidade, uma das maisbonitasdomundo,comsuasconstruções com séculos de idade, por si só já garante dias de diversão. Já em Córdoba, também na Andaluzia, abrigou gravações de GoT na sua famosa PonteRomana(nasérie,PonteLongadeVolantis). Construções centenárias e Centro Histórico fizeram Córdoba ser considerada patrimônio mundial pela Unesco.

MALTA

É na Irlanda do Norte que se passam os principais conflitos e eventos de Game of thrones. E, partindo de Belfast, capital do país, é possível conhecer diversas locações da série. Enquanto as cenas interiores são filmadas nos enormes estúdios da Titanic Studios, em Belfast, a produção faz um ótimo proveito das paisagens rurais e litorâneas do país. O Parque Nacional Florestal de Tollymore (Tollymore Forest Park), em Belfast, é o cenário de Winterfell, as florestas do norte, lar dos lobos gigantes e da família Stark em GoT. Quem é fã da série reconhecerá o Castelo Ward, aberto ao público, bem próximo ao parque, com área de quase 630 hectares no sopé da montanha Mourne e vista imperdível. E a praia Downhill , com 11 quilômetros de extensão, abriga as ruínas de Downhill Demesne e o Templo Mussenden. Em Game of thrones, essa faixa costeira é a Pedra do Dragão.

Mdina, a antiga capital medieval de Malta, comseus4milanoseruelas,foicenárioconstante em GoT. Murada, a cidade fica em uma colina no centro da ilha e abriga o Forte Manoel, construído em 1723, onde, na série, Eddard Stark foi executadoemfrenteàmultidão.Tambémfoilocação para King’s Landing, capital dos Sete Reinos. Gozo, pequena ilha de Malta, foi utilizada como cenário em boa parte da primeira temporada da série. O arco de mais de 50 metros de altura de Azure Window, uma das formações rochosas mais belas do mundo, foi usado como acampamento dos Dothraki na preparação paraacerimôniadecasamentodeDrogocomDaenerys Targaryen.

MARROCOS

A cidade de Essaouira fica a de 100 quilômetros de Marrakech, na costa atlântica do Marrocos. Sua marcante muralha faz parte de Astapor, cidade da Baía dos Escravos na ficcional terra de Westeros. Essaouira é considerada uma das mais agradáveis estâncias de praia do Marrocos, bem conhecida pelos amantes de windsurfe. Além de seus extensos areais e dunas, o Centro Histórico é mistura de cidade do século 18 com povoado medieval. Patrimônio mundial da humanidade, a cidade histórica de Aït-Ben-Haddou, no Marrocos, era uma antiga rota de caravanas entre o Saara e Marrakech. No seriado, é a cidade de Yunkai, onde Daenerys chega com seu exército.