Brasil 2018/2019 Recuperação acelerada após profunda recessão
EESP-FGV Outubro/2017
Cristiano Oliveira
[email protected] Twitter: @FibraMacro
2
BRASIL – ATIVIDADE ECONÔMICA
Crescimento anual do PIB (%) 8
7.5
7.1 5.7
6
5.1
4.3 3.2
2.7
2
4.1*
4.0
4.0
4
3.0 1.9
1.3
1.1
Recomposição de estoques deve dar o impulso inicial neste ciclo de crescimento
0.8*
0.4
0 -0.1
-2 -4
-3.8 -3.6
-6 2000
2002
2004
2006
Fonte: IBGE e Banco Fibra (*) Estim ativa: Banco Fibra
• •
Economia brasileira deve apresentar expansão em 2017 e 2018, após vários trimestres de recessão
2017: PIB cresce 0,8%; absorção doméstica cresce 0,5% 2018: PIB cresce 4,1%; absorção doméstica cresce 3,5%
2008
2010
2012
2014
2016
2018
Investimento e consumo devem contribuir com mais força apenas em 2018 3
DRIVERS DO PRÓXIMO CICLO DE CRESCIMENTO ECONÔMICO
1. Ambiente internacional favorável 2. Queda da taxa de juros real 3. Melhora dos índices de confiança 4. Recuo “permanente” da taxa de inflação 5. Recuperação do mercado de trabalho 6. Retomada do mercado de crédito bancário/ desalavancagem 4
1. AMBIENTE INTERNACIONAL - Fatores externos exercem
grande influencia sobre a dinâmica de crescimento dos EM
- Edição de outubro do World Economic Outlook revisa mais uma vez para cima a perspectiva de crescimento para a economia mundial e brasileira - Nosso monitoramento macro indica crescimento das economias centrais (+China) com manutenção de taxas de juros reais negativas ou muito próximas de zero (continuidade do “interregnum benigno”) - É possível explicar relativamente bem a dinâmica do crescimento regional da América latina estimando o: - Crescimento mundial - Evolução preços commodities metálicas e agrícolas (CRB e crescimento chinês) - Media de risco de credito para a região (CDS 5Y ou o EMBI+) 5
2. RECUO DA TAXA DE JUROS REAL
Taxa de Juros Real (Fibra) 24%
Taxa de juros real está abaixo da taxa neutra (nível estimulativo) e recuando...
Taxa de juros Real (Swap DIxPré vs. IPCA ex-ante 12m)
21% 18% 15% 12% 9% 6% 3% 0% 2002
3.05%
2005
2008
2011
2014
2017
Estimamos patamar neutro em torno de 4,8%*, porém o juro neutro também está recuando devido à boa gestão macro do atual governo (ver prêmio de risco país e prêmio NTN-B) Política monetária age com defasagens
Fonte: Banco Fibra, Banco Central do Brasil
* Média obtida a partir da estimativa de 6 modelos diferentes. Ver Fibra Semanal 10 de abril de 2017 e 28 de Julho de 2014 Estimamos que cada 100 bps queda da taxa Selic reduz o hiato do produto em 0,37 p.p. no atual steady state
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3. MELHORA ÍNDICES DE CONFIANÇA
Confiança do setor de serviços
Confiança da indústria 120 120 110 110 100 100 90 90
80
80
70
70 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
60 2008
Confiança do comércio
120
110
100
100
90
90
80
80
70
70
2011
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2010
2016
2017
60 2011
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
Confiança da construção
120
110
60 2010
2009
2012
2013
2014
2015
2016
2017
7
3. MELHORA ÍNDICES DE CONFIANÇA
Confiança agregada
110
120
100
110
90
100
80
90
70
80
60
Confiança da Confiança de Confiança do Confiança da
50 40 2010
Confiança do consumidor
2011
2012
2013
indústria serviços comércio construção 2013
2014
70 60 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2015
2016
2017
Fonte: FGV (Sondagens mensais), Banco Fibra
8
4. INFLAÇÃO QUEDA É PERMANENTE (libera renda disponível para as famílias ao aumentar poder compra dos salários)
IPCA: Variação acumulada em 12 meses
2016
11%
SM = $880 comprava cesta básica e sobrava $183
10% 9% 8% 7% 6%
2017
5%
Meta
4% 3%
2.54%
2%
SM = $937 compra cesta básica e sobra $300
1% 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte: IBGE e Banco Fibra
Setem bro: 0.16% Média (2011-2017): 0.44%
9
4. INFLAÇÃO QUEDA É PERMANENTE
10
4. INFLAÇÃO QUEDA É PERMANENTE
IPCA Serviços (Acumulado 12m) 10% 9% 8% 7% 6% 5.00%
5% Acumulado Serviços (12m)
4% 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte: IBGE e Banco Fibra
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4. INFLAÇÃO QUEDA É PERMANENTE
IPCA: Evolução mensal (média dos núcleos) 1.1%
2008 2012 2016
1.0%
2009 2013 2017
2010 2014
2011 2015
0.9% 0.8% 0.7% 0.6% 0.5% 0.4% 0.3% 0.2%
0.21%
0.1% jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
Fonte: IBGE e Banco Fibra
12
4. INFLAÇÃO QUEDA É PERMANENTE
IPCA - 2017
IPCA - 2018
Mês
Ano
12 m
Jan-17
0.38%
0.38%
5.35%
Feb-17
0.33%
0.71%
4.76%
Mar-17
0.25%
0.96%
4.57%
Apr-17
0.14%
1.10%
May-17
0.31%
Jun-17
Trim
Mês
Ano
12 m
Jan-18
0.45%
0.45%
3.30%
Feb-18
0.50%
0.95%
3.47%
Mar-18
0.48%
1.44%
3.71%
4.08%
Apr-18
0.38%
1.82%
3.96%
1.42%
3.60%
May-18
0.28%
2.10%
3.92%
-0.23%
1.18%
3.00%
Jun-18
0.15%
2.26%
4.32%
Jul-17
0.24%
1.43%
2.71%
Jul-18
0.20%
2.46%
4.28%
Aug-17
0.19%
1.62%
2.46%
Aug-18
0.20%
2.67%
4.29%
Sep-17
0.16%
1.78%
2.54%
Sep-18
0.40%
3.08%
4.54%
Oct-17
0.57%
2.36%
2.85%
Oct-18
0.40%
3.49%
4.36%
Nov-17
0.40%
2.77%
3.08%
Nov-18
0.45%
3.95%
4.41%
Dec-17
0.44%
3.22%
3.22%
Dec-18
0.54%
4.52%
4.52%
0.96%
0.22%
0.59%
1.42%
Trim
1.44%
0.81%
0.80%
1.40%
Projeção: Banco Fibra.
Projeção: Banco Fibra.
Estimativa com pass through cambial de 5.2% e taxa de câmbio Banco Fibra
Estimativa com pass through cambial de 5.2% e taxa de câmbio Banco Fibra
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5. RECUPERAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO
Caged: Criação líquida de empregos formais (com ajuste sazonal I)
225000 125000 25000 -75000 -175000 Criação líquida de empregos formais (com ajuste sazonal)
-275000 2001
2004
2007
2010
2013
2016
Fonte: MTE e Banco Fibra
14
5. RECUPERAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO
Salário médio real de admissão (var % YoY) 9
Salário de admissão
7 5
5.08
3 1 -1 -3 -5 -7
2011 2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014 2015 2015 2016 2016 2017 2017
Fonte: MTE e Banco Fibra
15
5. RECUPERAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO
Razão entre Salários admitidos x Salários desligados 12M 0.940 0.920 0.900 0.880 0.873
0.860 0.840 0.820 2001
2003
2005
2007
2009
2011
2013
2015
2017
Fonte: MTE e Banco Fibra
16
5. RECUPERAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO
PNAD: Taxa de Desemprego Dessazonalizada* (% PEA) .
13.0
Taxa de desocupação (% FT) 12.5
12.0 11.0 10.0 9.0 8.0 7.0
6.0 jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 jan/14 jul/14 jan/15 jul/15 jan/16 jul/16 jan/17 jul/17 Fonte: IBGE e Banco Fibra
* trim estre m óvel
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5. RECUPERAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO
PNAD: Ocupação/Tipos de Emprego 4.6% 2.5%
Empregados com carteira assinada Conta Própria
6.8%
36.7%
12.4%
Empregados sem carteira assinada Servidores Públicos Trabalhadores Domésticos Empregadores
11.8%
Trabalhador Auxiliar
25.2% *Fonte: IBGE e Banco Fibra
* posição: agosto em 2017
18
6. RETOMADA MERCADO DE CRÉDITO/ DESALAVANCAGEM FAMILIAS E EMPRESAS
Comprometimento da Renda (juros + amortização) 24
Comprometimento
% PIB Comprometimento (ex-habitacional)
22 20.80
20 18
18.30 Rel ação percentual entre o valor médio estimado para o pa gamento do serviço das dívi das das famílias no trimestre encerrado no mês de referência e a MSAD média apurada no período
16 14
2005
2007
2009
Fonte: Banco Central do Brasil e Banco Fibra
2011
2013
2015
2017 jul/17
Estudos recentes indicam que comprometimento de renda deverá ter uma queda significativa, passando de 21%, atualmente, para perto de 18% da massa salarial disponível ao final de 2018. Do ponto de vista das famílias cresce a capacidade de endividar-se para consumir, e do ponto de vista dos bancos caem os riscos de inadimplência. 19
DESAFIO: CRESCER A PARTIR DE 2020
- Estimativas para a taxa de crescimento do PIB potencial desaceleram nos últimos anos como resultado do ambiente de incerteza e da menor participação investimento no PIB - Julgamos que o crescimento potencial esteja próximo de 2% (que é o resultado mais favorável dos modelos disponíveis) - Alguns modelos indicam crescimento potencial muito próximo de zero (filtros estatísticos) e outros sinalizam baixíssima produtividade total dos fatores (função de produção) - Acreditamos que a partir de 2020 tais problemas voltarão ao debate macroeconômico 20
DESAFIO: ENERGIA ELÉTRICA É PROBLEMA IMEDIATO
21