GRAMÁTICA Encontro Pedagógico Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
ENCONTRO PEDAGÓGICO MARCAS DA DEFASAGEM Os índices de reprovação comprometem o desempenho do DF nas avaliações nacionais. A situação levou a Secretaria de Educação a implementar programa para recuperar o ensino de alunos com dois anos ou mais de distorção idade-série. Aos 14 anos, a estudante Maria Fernanda Cândido começará a cursar o 7º ano do ensino fundamental quando poderia ingressar no ensino médio. Já seu irmão, João Victor da Rocha, 17, deveria ter concluído os estudos no fim do ano passado, mas abandonou a escola. Eles engrossam uma estatística preocupante para a educação do DF: são mais de 85 mil alunos acima da idade ideal para a série em que estão matriculados. Esse é o dado que contribui para o desempenho longe do esperado para a região – nenhuma das três metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foram alcançadas. A artesã Maria Fátima da Rocha, 47, é mãe de Maria Fernanda e de João Victor. Ela conta que a adolescente parou de frequentar a escola duas vezes. Apesar da defasagem, quer continuar os estudos e sonha ser advogada. A menina apresenta realidade diferente da do irmão, que deixou o colégio e não tem previsão de retornar. Apesar de Maria Fátima matriculá-lo anualmente, João Victor não frequenta as aulas. “Não tem quem faça ele ir para a escola. Ele disse que, neste ano, não precisa nem colocá-lo, porque ele não vai. Sempre foi muito difícil para ele aprender e, agora, falou que não vai ficar grande no meio das criancinhas”, lamenta. Para reverter esse cenário, a Secretaria de Educação criou o Programa de Avanço das Aprendizagens Escolares no Ensino Fundamental. Hoje, o projeto atende cerca de 3 mil estudantes nessas condições em 100 turmas específicas. A expectativa do órgão é dobrar essa quantidade em 2017. O diretor de Ensino Fundamental da pasta, Francisco Carlos Costa, Prof. Carlinhos, explica que a matriz aproxima a Educação de Jovens e Adultos (EJA) ao ensino fundamental na tentativa de acelerar os estudantes e garantir o aprendizado. ANOTAÇÕES
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O atendimento funciona em três blocos. O primeiro recebe estudantes do 6º e do 7º ano. O segundo é voltado aos do 7º e do 8º ano. E o terceiro é exclusivo para quem está no 8º ou no 9º ano. “A perspectiva é que os alunos consigam concluir os dois anos em um para tentar corrigir o fluxo. A maioria, cerca de 80%, apresenta resultado e volta ao fluxo normal. Já recebemos muitas adesões de diretores. No Gama, por exemplo, onde havia duas turmas, agora são 14”, ressalta. Na avaliação do Prof. Carlinhos Costa, transformar essa realidade exige uma modificação da cultura da reprovação como forma de manter disciplina na escola. “Mudar essa situação demora, mas a grande maioria entende que não é a melhor estratégia pedagógica. A escola tradicional era excludente, onde a reprovação se tornava o caminho para manter a ordem”, destaca. Para Célio Cunha, professor da Universidade Católica de Brasília (UCB) e assessor da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a repetência acaba gerando evasão escolar. “Quando o aluno é reprovado, em tese, deveria, no ano seguinte, ter vantagem em relação aos outros. Mas isso nem sempre ocorre. A repetência é um fenômeno histórico que sacrifica a nossa educação”, lamenta. Para resolver o problema, o professor enumera alguns exemplos, como aula de reforço em outro turno e apoio para a família, que, às vezes, é marcada por um histórico de problemas socioeconômicos. “A instituição precisa trabalhar pedagógica e socialmente, fazer uma aliança para atender a família. Quando uma criança começa a faltar, por exemplo, um funcionário pode ir à casa dela e ver o que está acontecendo. O lucro pedagógico é muito bom”, conclui. 1) Segundo o texto, um dos fatores que tem comprometido o desempenho da educação no DF é o índice de reprovações. Por esse motivo, a Secretaria de Educação implementou um programa que deve resolver essa situação. 2) Infere-se do texto que os dois estudantes citados são exemplos de alunos fora do padrão idade-série. Por essa razão, eles abandonaram a escola. 3) Conclui-se, do texto, que João não vai mais à escola por estar fora da idade adequada à série. 4) O objetivo do texto é informar o atual cenário da educação no DF, em que altos índices de reprovação influem na evasão escolar.
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5) Segundo Carlinhos, há uma opinião de que reprovar não é a melhor estratégia pedagógica; portanto, mudar essa situação é demorado. 6) Caso o primeiro período do texto fosse transposto para a voz passiva, o resultado seria: o desempenho do DF nas avaliações nacionais foi comprometido pelos índices de reprovação. 7) No terceiro período do segundo parágrafo, a preposição “em”, em “em que”, poderia ser eliminada, sem prejuízo à correção gramatical. 8) Em “ela conta que a adolescente parou de frequentar a escola duas vezes”, a introdução da preposição por antes de “que” prejudicaria a correção gramatical do texto. 9) No quarto período do terceiro parágrafo, a retirada da vírgula não alteraria o sentido original do texto. 10) Em “apesar de Maria Fátima matriculá-lo anualmente”, o pronome oblíquo não poderia assumir outra posição em relação ao verbo. PROPOSTA DE REDAÇÃO Considerando que o texto apresentado possui propósito unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema: A defasagem escolar: um grave problema nacional. Ao redigir o seu texto, aborde os aspectos subsequentes. • Causas que motivam a defasagem escolar. • Como a reprovação pode ser um vetor da evasão escolar. • Medidas a serem adotadas pelas famílias e pelo governo a fim de diminuir os índices de defasagem escolar. 1) Sobre a defasagem escolar, é consensual que essa advém da retenção escolar, porém pode apresentar outras fontes. 2) O Plano Nacional de Educação e o Plano de Distrital de Educação trazem como meta a conclusão do ensino fundamental até os 14 anos. ANOTAÇÕES
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3) A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino destinada àqueles que não tiveram acesso, ou continuidade, aos estudos nos ensinos fundamental e médio, na idade própria. 4) Considerando-se o Regimento Escolar das unidades públicas, a avaliação na Organização do Trabalho Pedagógico deverá observar a existência de Progressão Parcial em Regime de Dependência; essa não se aplica aos estudantes matriculados nas turmas de Correção da Distorção e Idade/Série – CDIS. 5) O trabalho de orientação de pais constitui um elemento importante na recuperação da defasagem do aluno com dificuldade. 6) De acordo com a LDB, existe a possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar. 7) A organização escolar em ciclos, proposta pela SEEDF como estratégia do Plano Nacional de Educação, tem como objetivo enfrentar os altos índices de alunos em defasagem escolar. 8) Com proposição de problemas, novos conhecimentos e situações sincronizadas com a vida real, os adultos vivem a realidade do dia-a-dia. Sendo assim, estarão predispostos a aprender algo que contribua para suas atividades profissionais ou para resolver problemas reais. 9) Adultos se sentem determinados a aprender quando percebem as prerrogativas e os benefícios de um aprendizado, bem como as consequências negativas de seu desconhecimento. 10) Quando o objetivo do pedagogo-professor se refere ao trabalho com habilidades, valores e atitudes, não há a necessidade de conectar esses assuntos com situações da vida real, pois o adulto tem capacidade de abstração, e isso basta.
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