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GOVERNO DO ESTADO SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA “PROF.ALEXANDRE VRANJAC” DIVI...
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GOVERNO DO ESTADO SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA “PROF.ALEXANDRE VRANJAC” DIVISÃO DE DOENÇAS DE TRANSMISSÃO RESPIRATÓRIA

ALERTA SARAMPO – VIAJANTES 20/03/2017 O sarampo é uma doença viral, altamente transmissível, que acomete indivíduos suscetíveis de qualquer idade e que pode ser especialmente grave e evoluir com complicações eventualmente fatais, principalmente em crianças menores de um ano de idade e adultos. A transmissão do sarampo ocorre por dispersão de partículas virais no ar ou pelo contato direto com as secreções nasais e orais eliminadas pelas pessoas infectadas. O vírus pode ser transmitido cerca de 5 dias antes e 5 dias após a erupção cutânea. Desta maneira, não é possível se determinar quando a exposição poderá ocorrer. A rubéola, também, é uma doença viral de transmissão respiratória, com sintomas que aparecem de duas a três semanas após a exposição. Em crianças, a apresentação clínica é geralmente branda, com exantema, febre baixa e gânglios. Em adultos, a doença é acompanhada de artralgias. A infecção pelo vírus da rubéola no primeiro trimestre da gestação pode levar ao abortamento, óbito fetal ou a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), caracterizada por múltiplas malformações, especialmente cardíacas, neurológicas, oftalmológicas e auditivas. Com a ampla utilização da vacina tríplice viral, a vigilância da rubéola /SRC é realizada de maneira integrada à do sarampo. O termo “Eliminação” é definido como a ausência da circulação endêmica do vírus do sarampo (ou da rubéola) em uma determinada área geográfica, por um período igual ou superior a 12 meses, que se faz acompanhar por um sistema de vigilância universal, qualificado e integralizado (1). A região das Américas foi a primeira considerada livre do sarampo em 27 de setembro de 2016 (2). As outras cinco regiões do mundo têm como meta alcançar a eliminação do sarampo até 2020 (2). O Brasil recebeu a certificação da eliminação da rubéola em 05 de dezembro de 2015, após cinco anos sem casos registrados (3). Desta maneira, o sarampo permanece endêmico em muitas regiões do mundo, incluindo a Europa, Oriente Médio, Ásia, países do Pacífico e África. Na Europa, a Romênia (com 3.446 casos de sarampo, incluindo 17 óbitos entre 1º de janeiro de 2016 a 10 de março de 2017) e a Itália (com aumento de 230% de casos em 2017: 700 casos de sarampo de janeiro a março deste ano) ganham destaque. Ainda em 2017, surtos são registrados na Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Hungria, Espanha e Suécia (4). A vacina contra o sarampo é a medida de prevenção mais eficaz. No calendário nacional de vacinação de rotina todos os indivíduos de 1 a 29 anos de idade devem ter duas doses de vacina para sarampo (5). Recomenda-se que os adultos nascidos depois de 1960, sem comprovação de nenhuma dose, recebam pelo menos uma dose da vacina tríplice viral (SCR). Esta vacina não é recomendada a gestantes e pessoas

com problemas de imunodepressão. A vacina tríplice viral (SCR) que protege contra o sarampo, protege também contra a rubéola e a caxumba. Para sua completa proteção e de seus familiares, o viajante suscetível deve receber a vacina tríplice viral 15 dias antes de viajar ao exterior. No retorno recente de viagem ao exterior, o viajante deve ficar atento: se apresentar febre, manchas avermelhadas pelo corpo, acompanhadas de tosse ou coriza ou conjuntivite, até 30 dias após seu regresso, estes podem ser sintomas do sarampo. Recomenda-se que procure imediatamente um serviço de saúde, informe seu itinerário de viagem, permaneça em isolamento social e evite circular em locais públicos. Vale reforçar que medidas simples auxiliam na prevenção das doenças de transmissão respiratória: - Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir. - Lavar as mãos com frequência com água e sabão, ou então utilizar álcool em gel. - Não compartilhar copos, talheres e alimentos. - Procurar não levar as mãos à boca ou aos olhos. - Sempre que possível evitar aglomerações ou locais pouco arejados. - Manter os ambientes frequentados sempre limpos e ventilados. - Evitar contato próximo com pessoas doentes. Todo caso suspeito de sarampo deve ser notificado imediatamente à Secretaria Municipal de Saúde ou à Central de Vigilância/CVE/CCD/SES-SP, telefone 08000555466. Referências consultadas: (1) Ministério da Saúde. Relatório da verificação dos critérios de eliminação da transmissão dos vírus endêmicos do sarampo e rubéola e da síndrome da rubéola congênita (SRC) no Brasil.2010. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/livro_relatorio_rubeola_2010_116p gs.pdf (2) OPAS. A Região das Américas é a primeira no mundo a ser declarada como livre da rubéola. Disponível em: http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=4828:aregiao-das-americas-e-a-primeira-no-mundo-a-ser-declarada-como-livre-da-rubeola&Itemid=821. (3) OPAS. Plano de ação para manter a eliminação do sarampo, rubéola e síndrome da rubéola congênita na região das Américas: relatório final. Disponível em: http://www.paho.org/hq/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=356 79&Itemid=270&lang=pt. (4) ECDC Epidemiological update: Measles - monitoring european outbreaks, 7 de março de 2017. Disponível em: http://ecdc.europa.eu (5) Brasil, MS. Nota Informativa nº 384, de 2016/CGPNI/DEVIT/SVS/MS. Informa as mudanças no Calendário Nacional de Vacinação para o ano de 2017; 26 de Dezembro de 2016. Documento elaborado pela equipe Técnica da Divisão de Doenças de Transmissão Respiratória/CVE/CCD/SES-SP, em 20 de março de 2017,São Paulo, Brasil.