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November 25, 2016 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Estudo Dirigido: Observação de aula. Habilidade: Raciocinar de forma crítica e analítica. Professora: Claudia Zuppini Da...

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Leitura: Atividade Discursiva 1 – 2015/2

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Leitura: Atividade Discursiva 1 – 2015/2

Estudo Dirigido: Observação de aula Habilidade: Raciocinar de forma crítica e analítica Professora: Claudia Zuppini Dalcorso e Silvana Ap. Santana Tamassia Tema: Leitura

Caro(a) aluno(a)! Esta atividade discursiva vale uma porcentagem em sua frequência neste ED, antes de respondê-la, estude o texto teórico e o complementar, anexos a esta atividade.

Observações: 1) O registro e o controle de frequência são feitos automaticamente pelo Portal Universitário. Dessa forma, a sua frequência somente será registrada através do envio e alcance mínimo de 60% dos indicadores. Portanto, não se esqueça de salvar e enviar a atividade ao concluir a tarefa. 2) O manual do aluno traz informações importantes, sobre os Estudos Dirigidos. Leiao com atenção e consulte-o sempre que tiver alguma dúvida. 3) Ao redigir as suas respostas às questões dissertativas, espera-se que você elabore textos com no mínimo 3 parágrafos, que contenham introdução, desenvolvimento e a conclusão. Textos em formatos de tópicos, por exemplo, não atenderão à estrutura de elaboração das respostas.

Boa Atividade!

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ATIVIDADE DISCURSIVA I – Leitura

A LEITURA EM TODAS AS DISCIPLINAS Silvana Ap. Santana Tamassia 1 Introdução Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender o que alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isto faz da leitura sempre uma releitura. [...] Sendo assim, fica evidente que cada leitor é coautor. (BOFF, 1997, p. 9)

Embora seja papel social da escola formar leitores e escritores autônomos, as instituições, em geral, ainda não desenvolvem essa tarefa com plenitude. Prova disso é o índice de alfabetismo rudimentar e básico que, segundo o INAF 2, permanece alto no Brasil. Os dados mostram que em dez anos (2001/2002 a 2011/2012) não houve aumentos significativos, pois embora o nível rudimentar tenha diminuído de 27% para 21% e o nível básico tenha aumentado de 34% para 47%, ainda assim o alfabetismo pleno se mantém em 26% nesses anos, ou seja, apenas a minoria da população é plenamente alfabetizada, consegue ler e compreender textos complexos e expressar o que pensa de forma escrita. A partir dessa realidade, acreditamos que a leitura deva ser um foco central de atuação de qualquer professor, em qualquer disciplina. Sendo assim, este artigo visa colaborar com a formação do professor, especificamente com relação ao ensino e aprendizagem da leitura, e relatar o uso de técnicas como ferramentas de um trabalho de excelência. Para que ler? Muitos pesquisadores escreveram sobre as possibilidades de leitura na escola e sobre as relações e interações que se dão neste momento que pode ser tão prazeroso. Todos eles contribuem significativamente para a compreensão didática que se estabelece na escola ou fora dela. No entanto, dentre os mais diversos e importantes autores que abordam o tema, citaremos, neste artigo, três que contribuirão para conceituar a leitura. Lerner (2002) afirma que a leitura é, antes de tudo, um objeto de ensino, e, para que também se transforme num objeto de aprendizagem, é necessário que tenha sentido do ponto de vista do aluno, o que significa que deve cumprir uma função para a realização de um propósito que ele conhece e valoriza. Dessa forma, o olhar do sujeito leitor se faz Mestre em Educação: Currículo pela PUC-SP e sócia-fundadora da Elos Educacional – [email protected]. 2 INAF: Indicador de Alfabetismo Funcional. Nível Rudimentar: corresponde à capacidade de localizar uma informação explícita em textos curtos e familiares. Nível Básico: corresponde à capacidade de ler e compreender textos de média extensão, localiza informações mesmo que seja necessário realizar pequenas inferências. Nível Pleno: corresponde à capacidade de compreender e interpretar textos em situações usuais: leem textos mais longos, analisando e relacionando suas partes, comparam e avaliam informações, distinguem fato de opinião, realizam inferências e sínteses. 1

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presente e necessário para que haja uma relação dialógica, coerente e significativa. Para ela, o grande desafio que se coloca é a necessidade de formarmos praticantes da leitura e não apenas sujeitos que possam “decifrar” o sistema de escrita. Lajolo (2005) observa que quando vemos e ouvimos pessoas lendo, quando participamos de ambientes em que livros e leituras se fazem presentes, é que nos tornamos leitores. Enfatiza que é em situações coletivas de leitura que nos tornamos leitores, por isso precisamos ler muito (e bem) com e para os alunos. Quando lemos em voz alta para um grupo de pessoas, somos porta-vozes do texto, o que aumenta muito a responsabilidade de quem está lendo, pois é através da nossa voz que os ouvintes têm contato com o texto, além de dirigirmos a reação dos mesmos. Isso reforça a importância da leitura diária em sala de aula, proporcionando aos alunos muitos e múltiplos momentos de leitura, colaborando para o desenvolvimento desta competência, em qualquer faixa etária. Para Solé (1998), quando um leitor compreende o que lê, está aprendendo; à medida que sua leitura o informa, permite que se aproxime do mundo de significados de um autor, o que lhe oferece novas perspectivas ou opiniões sobre determinados aspectos. Também nos questiona sobre a necessidade de ensinarmos estratégias de compreensão para formarmos leitores autônomos capazes de enfrentar de forma inteligente textos diversos. A autora considera também que para se trabalhar a compreensão antes, durante e depois do texto, algumas estratégias auxiliam o estudante a utilizar o conhecimento prévio, realizar inferências para interpretar o texto, identificar as coisas que não entende e esclarecê-las para que possa retrabalhar a informação encontrada, por exemplo. Lemov (2011) reforça a importância da leitura como prática didática a ser implementada em todas as disciplinas. Além disso, reforça a importância do desenvolvimento de estratégias específicas para desenvolver as diferentes habilidades de leitura: vocabulário, fluência, decodificação e compreensão. A decodificação é a habilidade necessária para decifrar um texto escrito, identificando as palavras faladas que ele representa. As técnicas sugeridas para lidar com erros de decodificação permitem que o professor corrija erros regularmente com um mínimo de custo de transação, além de estimular a autocorreção pelos alunos, por exemplo, repetindo a palavra que o aluno leu errado, enfatizando a parte em que o erro ocorreu para que o próprio aluno reconheça e corrija. A fluência reflete como colocamos sentido e tom naquilo que lemos. A leitura expressiva e fluente favorece a compreensão. Por isso, o professor deve servir de modelo, lendo para os alunos de maneira enfática, dando ênfase em palavras que quer destacar, ou até mesmo, expressando as vozes dos personagens e dando maior realismo para a leitura. O Vocabulário é a base de conhecimentos de palavras de um aluno, ou seja, quantas palavras conhece e quanto as conhece. A apropriação de um vocabulário diferenciado favorece um repertório mais amplo. Para isso, o professor pode, por exemplo, combinar a palavra no contexto, comparar palavras

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com significados parecidos, diferenciando-as, e contrastar palavras e seu significado no texto. Ensinar os alunos a entenderem aquilo que leem é o objetivo supremo da leitura, porém este talvez seja o maior desafio dos professores em sala de aula, pois dependem do domínio de diferentes habilidades. Por isso, consideramos que a habilidade de compreensão abarca todas as habilidades anteriores, para que realmente alcance seu pleno desenvolvimento. Trabalhar a habilidade de compreensão requer entender que o processo de leitura acontece em três momentos: antes, durante e depois da leitura. Lemov (2011) considera que, muitas vezes, quando os alunos não conseguem responder perguntas sobre o sentido completo do texto, é porque não entendem completamente o que leram e tentam dar saltos cognitivos sem ter os conhecimentos prévios necessários. Pensando nessas barreiras não visíveis à compreensão, o autor sugere algumas estratégias para que o trabalho com a habilidade de compreensão seja contemplado. Por exemplo, iniciar a leitura contextualizando e trazendo informações-chave para que os alunos comecem a leitura como leitores informados. Embora o trabalho anterior à leitura seja importante, o tipo de pergunta que se faz aos alunos durante a leitura também é decisivo para que uma dificuldade com uma palavra desconhecida, por exemplo, não atrapalhe a compreensão do texto como um todo. E, por fim, é muito importante fazer um fechamento, uma finalização da leitura, resumindo com os alunos as ideias principais a fim de garantir que todos tiraram o máximo proveito e compreenderam todos os aspetos fundamentais. Lemov (2011. p. 270) enfatiza que: O valor da leitura também está no ato de ler em si, com os alunos lendo muito e de forma ampla como um objetivo fundamental da escola. Não apenas os programas de leitura e as aulas de linguagem de muitas escolas deixam de incluir a leitura propriamente dita (o ato de ler), mas oportunidades potenciais de leitura brotam por toda parte nas aulas sem serem aproveitadas.

Deste modo, defendemos o trabalho com leitura de forma sistemática e planejada e não de maneira intuitiva. Vista e compreendida como um tema transversal, fica entendido que a leitura deve perpassar todo o currículo, pois tem um potencial de suporte para a compreensão de todos os conteúdos com os quais o estudante terá contato ao longo da vida escolar e social em todos os âmbitos. Portanto, desenvolver estratégias e habilidades de leitura é de suma importância para potencializar os conhecimentos dos alunos em qualquer disciplina, atuando em prol de um sujeito autônomo, consciente e reflexivo. Considerações Finais Este breve artigo indica, com suas reflexões teóricas sobre o tema, o quanto é preciso enfatizar o trabalho com leitura em sala de aula para que os índices de analfabetismo no Brasil possam ser significativamente reduzidos e para que os alunos tirem o máximo proveito da leitura.

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Voltamos a enfatizar a importância desse trabalho acontecer de forma conjunta, envolvendo todos os professores, inclusive os que trabalham com alunos mais velhos, para que estes também tenham a oportunidade de melhorar o seu aproveitamento na leitura, principalmente quando isso não aconteceu nas séries anteriores. Reforçamos, então, o valor da leitura e a necessidade de trabalhar todas as habilidades nela envolvidas de maneira sistematizada, planejando diariamente estas ações.

BIBLIOGRAFIA BOFF, Leonardo. A águia e a galinha: Uma metáfora da condição humana. Petrópolis: Rio de Janeiro, Vozes, 1997. LAJOLO, Marisa. Meus alunos não gostam de ler... o que eu faço? Campinas: Cefiel/IEL/Unicamp, 2005. LEMOV, Doug. Aula Nota 10: 49 técnicas para ser um bom professor campeão de audiência. Trad. Leda Beck. São Paulo: Da Boa Prosa, Fundação Lemann, 2011. LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Trad. Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2002. RATIER, Rodrigo. O desafio de ler e compreender em todas as disciplinas. Revista Nova Escola. Disponível em: . Acesso em 23 ago. 2015. SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Tradução Claudia Schilling. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Questão 1 De acordo com as autoras Lerner, Lajolo e Solé, quais são as possibilidades do uso da leitura em sala de aula?

Questão 2 O valor da leitura também está no ato de ler em si, com os alunos lendo muito e de forma ampla como um objetivo fundamental da escola. Não apenas os programas de leitura e as aulas de linguagem de muitas escolas deixam de incluir a leitura propriamente dita (o ato de ler), mas oportunidades potenciais de leitura brotam por toda parte nas aulas sem serem aproveitadas (LEMOV, 2011).

O que você pensa sobre o trabalho com leitura em todas as disciplinas? Você acha que é possível potencializar a aprendizagem do aluno quando o trabalho efetivo com a leitura em todas as disciplinas acontece sistematicamente? Justifique.

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Questão 3 De acordo com Lemov, existem quatro habilidades de leitura: vocabulário, fluência, decodificação e compreensão. Explique cada uma delas e dê um exemplo de técnica em cada uma..

AUTORIZAÇÃO PARA PUBLICAÇÃO DA ATIVIDADE DISCURSIVA I – LEITURA Caso sua atividade seja selecionada, você nos autoriza sua publicação integral ou parcial no Guia de Possibilidades de Respostas? ( ) Sim ( ) Não

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